CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DAS ......Piratininga compreende uma área de 2,87 km² e tem...
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
1° RELATÓRIO PARCIAL
CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E ITAIPU E DO CANAL DE
CAMBOATÁ
CONTRATO SEXEC N° 07/2018 - ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA ANÁLISE DA CONDIÇÃO AMBIENTAL DO SISTEMA PERILAGUNAR
PIRATININGA-ITAIPU – NITERÓI
Porto Alegre, 22 de outubro de 2018
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
1° RELATÓRIO PARCIAL
CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E ITAIPU E DO CANAL DE
CAMBOATÁ
CONTRATO SEXEC Nº 07/2018 - ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA ANÁLISE DA CONDIÇÃO AMBIENTAL DO SISTEMA PERILAGUNAR
PIRATININGA-ITAIPU - NITERÓI
Preparado para:
PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI - RJ SECRETARIA EXECUTIVA
Niterói – RJ
Preparado por:
HIDROSCIENCE CONSULTORIA E RESTAURAÇÃO AMBIENTAL EIRELI Porto Alegre - RS
Distribuição: 01 cópia – Prefeitura Municipal de Niterói – RJ. 01 CÓPIA – HIDROSCIENCE Consultoria e Restauração Ambiental EIRELI.
Mês/Ano Documento
Outubro, 2018 RE_P2_QA_1º TRIM_V02
Controle de Produção do Documento
Profissional Qualificação Registro
Profissional Cargo/Função
Assinatura
Tiago Finkler Ferreira
Biólogo Ms. Dr. Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental
CRBIO RS 41024
Coordenação Geral e Responsabilidade
técnica dos serviços
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
1° RELATÓRIO PARCIAL
CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E ITAIPU E DO CANAL DE
CAMBOATÁ
CONTRATO SEXEC Nº 07/2018 - ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA ANÁLISE DA CONDIÇÃO AMBIENTAL DO SISTEMA PERILAGUNAR
PIRATININGA-ITAIPU - NITERÓI
SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 4
2. ESCOPO DO SERVIÇO ............................................................................................................ 4
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SISTEMA LAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU ................................. 4
4. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................................... 8
5. RESULTADOS DO MONITORAMENTO TRIMESTRAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO
SISTEMA LAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU. ................................................................................ 12
6. CONSIDERAÇÕES GERAIS A RESPEITO DO SISTEMA LAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU ..... 31
7. EQUIPE TÉCNICA ................................................................................................................. 31
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 33
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
1. APRESENTAÇÃO
A empresa HIDROSCIENCE CONSULTORIA E RESTAURAÇÃO AMBIENTAL EIRELI,
com sede à Rua Joaquim Nabuco nº 115/304, Bairro Cidade Baixa, CEP 90050-340 em
Porto Alegre – RS, vem por meio deste, apresentar o 1º RELATÓRIO PARCIAL DE
CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E ITAIPU E
DO CANAL DE CAMBOATÁ referente ao contrato SEXEC n° 07/2018, cujo objeto é a
execução dos “Estudos para Análise da Condição Ambiental do Sistema Lagunar
Piratininga- Itaipu e Proposição das Ações necessárias à melhoria da sua dinâmica
ambiental e hídrica, bem como a redução do aporte de nutrientes às lagoas, visando
aos usos múltiplos”.
2. ESCOPO DO SERVIÇO
Os serviços contratados para análise da condição ambiental do sistema
Perilagunar Piratininga-Itaipu compreendem o monitoramento da qualidade da água
das lagoas, monitoramento da qualidade do sedimento, aplicação dos dados
meteorológicos e oceanográficos, levantamento de dados hidrológicos, caracterização
das comunidades planctônicas, bentônicas e de macrófitas aquáticas, inventário da
ictiofauna e carcinofauna, inventário da herpetofauna, avaliação do estado trófico do
sistema e estudo de balanço de massas.
Para avaliação e proposição de ações de recuperação ambiental, serão realizadas
modelagens matemáticas integrando dados biológicos e físicos obtidos ao longo dos
monitoramentos para simular cenários de qualidade da água, considerando aspectos
hidrodinâmicos e morfodinâmicos costeiros. Estas modelagens servirão para avaliar os
processos de renovação hidráulica das lagoas em função de sua interação com o
oceano e recebimento de cargas da bacia. Desta forma será possível avaliar a
capacidade de depuração do sistema no cenário atual e em cenários futuros
considerando a implementação de ações de recuperação ambiental.
3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SISTEMA LAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU
A região oceânica de Niterói vem sofrendo um intenso processo de urbanização
desde a década de 1940, quando foi determinada pelo poder público e pelo setor
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
privado como área de expansão urbana de Niterói (SALANDÍA, 2001). Este intenso
processo de urbanização ao longo dos anos promoveu incremento das densidades
populacionais na região e maior demanda para construção de residências. Esse
processo é caracterizado principalmente pela ocupação de favelas e loteamentos nas
margens das lagunas, por condições precárias de infraestrutura sanitária (Figura 1),
despejos de esgotos sanitário in natura, desmatamento das matas ciliares e erosão das
encostas. Estas ações ocasionaram mudanças negativas para conservação do
patrimônio paisagístico da região, pondo em risco a manutenção e conservação da
biodiversidade local.
Figura 1 – Afluentes constituintes do sistema lagunar Piratininga-Itaipu. Nas imagens é possível observar as condições precárias de qualidade da água do sistema decorrentes do
lançamento de esgotos in natura nos principais contribuintes da bacia (Foto tirada durante visita técnica realizada pela Hydroscience em 25/05/2018).
Essa região apresenta uma paisagem fortemente marcada pela presença das
lagoas de Piratininga e Itaipu, constituindo o sistema Lagunar de Piratininga-Itaipu
(Figura 2), as quais vêm sofrendo crescente processo de alteração de suas
características morfométricas e biológicas em função das atividades antrópicas
executadas na região de entorno (FONTENELLE e CÔRREA, 2014). Esse processo de
degradação se intensificou a partir de 1946 com a abertura do Canal do Camboatá, um
canal de ligação entre a Lagoa de Piratininga e a de Itaipu que possui cerca de 2,15 km
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QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
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de extensão, largura média de 9,5 m e profundidade média de 0,4 m (SEMADS, 2001).
A obra, executada pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento, foi feita com
o intuito de conter enchentes na região, evitar alagamento das áreas adjacentes às
lagoas, e assim, conter epidemias causadas por doenças transmitidas por mosquitos.
Entretanto, isso causou rebaixamento do nível da água em Piratininga ocasionando
transformações nas condições hidráulicas e ambientais do sistema.
Figura 2 – Localização das lagoas de Piratininga e Itaipu. Na imagem é possível observar elevado adensamento populacional no entorno das lagoas. Fonte: Google Earth.
A existência do Canal de Camboatá possibilitou a partir de 1970, a construção de
grandes loteamentos na região, tais como, Camboinhas, Cafubá e Maravista, e
posteriormente, a ampliação das terras situadas no entorno das lagoas (RODRIGUES,
2004), visto que, com a abertura do canal houve a redução no nível da água da lagoa.
O surgimento de novas áreas secas nesse entorno estimulou a ocupação urbana
irregular das margens, agravando ainda mais os problemas ambientais (CARNEIRO et
al., 1993). Além disso, esse processo acelerado de ocupação também foi decorrente da
inauguração da Ponte Rio – Niterói (1974), que resultou em grandes investimentos do
setor imobiliário (MIZUBUTI, 1986). Como resultado, a área urbana avançou 10,35 km
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
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entre 1976 e 2011, com um crescimento de 111,7%, e com aumento de 600% no
número de domicílios, chegando a cerca de 22.000 unidades habitacionais
(FONTENELLE e CORRÊA, 2012).
Em decorrência destes fatores, o sistema lagunar Itaipu-Piratininga sofreu e vem
sofrendo os impactos de uma ocupação desordenada, que gerou o lançamento de
esgotos sanitários in natura, carreamento de lixo e sedimentos para o corpo hídrico,
ocasionando perdas totais de 879.000 m no espelho d’água de ambas as lagoas
(FONTENELLE et al., 2014) e, consequentemente, mudanças na qualidade hídrica
(Figura 3). Além disso, a região marginal sofreu com aterros e construções, perdendo
cobertura original de restinga.
Figura 3 – Alteração da qualidade hídrica do sistema lagunar de Piratininga-Itaipu em
decorrência dos impactos da ocupação desordenada. Foto tirada durante visita técnica realizada pela Hydroscience em 25/05/2018.
Diante desse contexto, a execução dos estudos de análise da condição ambiental
do sistema Lagunar Piratininga-Itaipu tem o intuito de propor ações necessárias à
melhoria da sua condição ambiental e melhor aproveitamento dos usos múltiplos
desses recursos hídricos, considerando o cenário atual de aporte de cargas na bacia e
cenário futuro de redução desses impactos esperado em função das ações do Projeto
SE LIGA que vem sendo conduzidas e melhoramentos da rede de coleta sanitária.
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
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4. MATERIAL E MÉTODOS
A seguir é apresentada a metodologia referente a execução da 1ª campanha
trimestral de caracterização da qualidade da água das lagoas de Piratininga e Itaipu e
do Canal de Camboatá.
4.1 Área de Estudo
A execução dos estudos de caracterização da qualidade da água do sistema
lagunar Piratininga-Itaipu foi realizado na lagoa de Piratininga (LAT 7461075.43 m S
LONG 697513.31 m E), Canal de Camboatá (LAT 7460580.67 m S LONG 699556.57 m E)
e lagoa de Itaipu (LAT 7459505.41 m S LONG 700808.19 m E). Atualmente a lagoa de
Piratininga compreende uma área de 2,87 km² e tem profundidade média de 0,6 m
atingindo em poucos trechos uma profundidade de 1,5 m. Sua ligação com o Oceano
Atlântico é feita através do canal de Tibau. A lagoa de Itaipu possui uma área de cerca
de 1 km² e sua profundidade média é inferior a um metro, além disso, apresenta um
alagadiço de 2 km² (Figura 4).
Figura 4 – Lagoas de Piratininga e Itaipu e Canal de Camboatá. Sistema lagunar Piratininga-
Niterói – Niterói/rio de Janeiro.
4.2. Amostragem dos dados
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
Para este estudo foi realizada a coleta de água em 14 pontos amostrais (Quadro 1
e Figura 5), sendo seis pontos localizados na lagoa de Piratininga, seis pontos na lagoa
de Itaipu e dois pontos no Canal de Camboatá.
Quadro 1 - Estações para monitoramento da qualidade da água e comunidades biológicas na lagoa de Piratininga (P), canal de Camboatá (CC) e lagoa de Itaipu (I). Coordenadas
georreferenciadas pelo Sistema Universal Transverso de Mercartor (UTM).
PONTOS LATITUDE LONGITUDE
P1 7460763.80 m S 698149.29 m E
P2 7461327.62 m S 697877.35 m E
P3 7461350.40 m S 696641.64 m E
P4 7460866.10 m S 695561.79 m E
P5 7460603.79 m S 696901.45 m E
P6 7460957.69 m S 697338.91 m E
CC1 7460717.37 m S 699065.61 m E
CC2 7460572.00 m S 699260.00 m E
I1 7459084.77 m S 700546.80 m E
I2 7459172.08 m S 700947.20 m E
I3 7459643.58 m S 701151.16 m E
I4 7459798.53 m S 700555.06 m E
I5 7459482.07 m S 700364.57 m E
I6 7459441.25 m S 700771.64 m E
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Figura 5 – Pontos de monitoramento da qualidade da qualidade da água no sistema Lagunar Piratininga-Itaipu – Niterói/Rio de Janeiro.
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QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
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4.3. Parâmetros monitorados
As amostras de água coletadas no sistema Lagunar Piratininga-Itaipu foram
obtidas a partir da amostragem de água na região de superfície da coluna d’água. Os
parâmetros avaliados em cada uma dos pontos amostrais podem ser observados no
Quadro 2. Todas as amostras coletadas no monitoramento do sistema lagunar
Piratininga-Itaipu foram encaminhadas ao Laboratório QualyLab, acreditado pela
Norma NBR ISO/IEC 17025:2005, e foram analisadas de acordo metodologia de
referência proposta pelo Standard Methods for the Examination of Water and
Wastewater, 23ª Ed. ou por outros métodos também padronizados pelo laboratório.
Quadro 2 – Parâmetros analisados na caracterização trimestral da qualidade da água do sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
PARÂMETROS METODOLOGIA DE REFERÊNCIA
Clorofila-a SMEWW, 23ª Ed - 10200-H Chlorophyll
Coliformes termotolerantes SMEWW, 23ª Ed - 9221-E
Carbono Orgânico Total Oxidação por Combustão Catalítica
Demanda Bioquímica de Oxigênio SMEWW, 23ª Ed - 5210-B
Feopigmentos SMEWW, 23ª Ed - 10200-H Chlorophyll
Fósforo total SMEWW, 23ª Ed - 4500-P B e 4500-P E
Nitrato SMEWW, 23ª Ed - 4500-NO3 E
Nitrito SMEWW, 23ª Ed - 4500-NO2 B
Nitrogênio amoniacal total SMEWW, 23ª Ed - 4500-NH3 B e 4500-NH3 D
Polifosfato SMEWW, 23ª Ed - 4500-P A
Sólidos Suspensos Totais SMEWW, 23ª Ed - 2540-D
4.4. Interpolação de dados para geração de mapas quali-quantitativos
No intuito de espacializar as informações obtidas, foram elaborados mapas da
distribuição espacial para as principais variáveis (clorofila-a, DBO, fósforo total e
nitrogênio amoniacal). Para tanto, foram efetuadas interpolações matemáticas entre
os pontos amostrais. A interpolação foi realizada no software Surfer9 por meio do
método de Kriging. Este é um método geoestatístico que se mostrou útil para casos
com dados espaçados irregularmente. Kriging tenta expressar tendências sugeridas em
seus dados, de modo que, por exemplo, pontos altos possam estar conectados ao
longo de uma crista ao invés de isolados.
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4.5. Avaliação do estado trófico do sistema Lagunar Piratininga-Itaipu
As metodologias mais utilizadas para determinação do estado trófico nos estudos
realizados atualmente são o Índice de Carlson (1977), para ambientes temperados, e
Índice de Carlson modificado por Toledo Jr. (1990) adaptado para ecossistemas
lênticos tropicais.
Para avaliação do estado trófico do sistema Lagunar Piratininga-Itaipu foi utilizado
o índice de Carlson (1977) modificado por Toledo Jr. et al. (1990) para ambientes
tropicais, sendo o mesmo realizado por meio das seguintes equações premissas:
𝐼𝐸𝑇 (𝐷𝑆) = 10 ∗ (6 − (0,64 + lnDS
ln²)
𝐼𝐸𝑇 (𝐶𝐻𝐿) = 10 ∗ (6 − (2,04 − 0,695. lnCHL
ln2)
𝐼𝐸𝑇 (𝑃𝑇) = 10 ∗ (6 − (ln (
80,32PT )
ln2)
Onde: IET (DS) = índice de estado trófico para disco de Secchi (m)
IET (CHL) = índice de estado trófico para clorofila-a (µg/L)
IET (PT) = índice de estado trófico para fósforo total (µg/L)
𝐼𝐸𝑇 =𝐼𝐸𝑇 (𝐷𝑆) + 𝐼𝐸𝑇(𝐶𝐻𝐿) + 𝐼𝐸𝑇(𝑃𝑇)
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Para efeitos de comparação, os resultados do IETM (TOLEDO JR et al. 1990) foram
comparados com os resultados obtidos no IET de CARLSON (1977).
5. RESULTADOS DO MONITORAMENTO TRIMESTRAL DA QUALIDADE DA ÁGUA DO SISTEMA LAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU.
Na sequência são apresentados os resultados da 1ª campanha trimestral de
monitoramento da qualidade da água do sistema Lagunar Piratininga-Itaipu. Para este
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
relatório são apresentados os resultados obtidos no monitoramento da lagoa de Itaipu
(15/08/2018), lagoa de Piratininga (31/08/2018) e Canal de Camboatá (19/08/2018). A
avaliação dos resultados foi feita com base nos preceitos de Classe II, para águas
salobras, estipulados pela Resolução CONAMA 357/2005, conforme apresentado no
Quadro 3.
Quadro 3 – Limites da Resolução CONAMA 357/2005 para águas salobras de Classe II.
Parâmetros Unidade Limites da Resolução CONAMA 357/2005
Águas Salobras de Classe II
Carbono orgânico total (COT) mg/L 5,0
Coliformes termotolerantes NMP/100mL 2500
Fósforo total mg/L 0,186
Nitrato mg/L 0,7
Nitrito mg/L 0,2
Nitrogênio amoniacal mg/L 0,7
Polifosfatos mg/L 0,093
5.1. Qualidade da água do sistema Lagunar Piratininga-Itaipu
Na sequência são apresentados os resultados obtidos para as análises de água das
lagoas de Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá (Quadro 4), além disso, os
resultados obtidos no monitoramento quinzenal, o qual faz referência a coleta dos
parâmetros trimestrais, também foram apresentados no Quadro 4.
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
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Quadro 4 – Parâmetros físico-químicos de superfície obtidos no monitoramento trimestral de qualidade da água nas lagoas de Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu. Niterói/Rio de Janeiro.
LAGOA DE PIRATININGA C.C LAGOA DE ITAIPU
Parâmetros Unidade P1 P2 P3 P4 P5 P6 CC1 CC2 I1 I2 I3 I4 I5 I6
Clorofila-a µg/L 61,41 16,91 3 53,4 25,17 26,7 36,62 7,83 3 3 267 39,16 90,37 3
Coliformes termotolerantes NMP/100mL 1,8 20 1,8 1,8 130 45 16000 9200 490 220 110 1100 790 200
Carbono orgânico total mg/L 13,6 11 9,2 13,5 10,6 10,54 11,9 7,6 5 5 7,6 6,3 5 5,7
DBO mg/L 2,8 1,3 1,8 2 2,4 3 43,5 28,4 1,3 2,2 1 3 2,4 1,6
Feofitina µg/L 3 3 282 3 3 3 3 4,13 571,71 740,84 3 3 59,15 170,88
Fósforo total mg/L 0,3 0,2 0,27 0,33 0,25 0,28 0,41 0,4 0,41 0,33 0,39 0,52 0,38 0,47
Nitrato mg/L 0,43 0,12 0,05 0,13 0,05 0,12 0,11 0,1 0,83 0,22 0,28 0,18 0,25 0,49
Nitrito mg/L 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02 0,03 0,02 0,02 0,03
Nitrogênio amoniacal mg/L 1,4 0,92 1,09 0,93 1,11 1,79 6,93 3,77 0,88 0,97 0,85 2,72 1,15 0,84
Polifosfatos mg/L 0,04 0,05 0,01 0,03 0,06 0,06 0,15 0,17 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Sólidos em suspensão totais mg/L 308 270 260 214 252 254 168 256 92 97 115 89 102 90
Oxigênio dissolvido mg/L 9,37 9,2 9,9 8,3 9,5 10,12 6,32 7,86 8,24 9,42 9,44 7,21 9,89 9,72
ORP mV 21 -61 41 40 41 49 39 34 60 16 32 26 48 70
pH - 9,19 9,2 9,34 9,445 9,24 9,29 9,1 8,21 9,89 9,88 9,83 9,92 9,88 10,02
Profundidade m 0,5 1 0,92 0,95 0,8 0,4 0,5 0,6 0,49 0,7 0,7 0,75 1 3,8
Salinidade ppt 23,07 23,2 23,84 23,26 23,22 23,6 23,3 26,4 26,77 26,06 25,6 26,06 24,57 24,07
Temperatura °C 26,05 25,7 25,35 24,8 24,5 24,81 25,32 25,34 22,11 23,07 23,68 22,64 22,3 20,39
Transparência m 0,5 0,9 0,92 0,95 0,8 0,4 0,4 0,4 0,29 0,51 0,53 0,5 0,51 0,52
Turbidez NTU 3,8 12,1 4,1 21,5 4,1 6,6 5,6 22 10,1 15,7 18,7 19,9 15,2 17,1
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15
1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
Clorofila-a
Os valores clorofila-a registrados na região de superfície das lagoas de Piratininga
e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª campanha de
monitoramento trimestral, constam na Figura 6.
Figura 6 – Concentrações de clorofila-a (ug/L) registradas na região de superfície das lagoas
de Piratininga e Itaipu e do Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
Na lagoa de Piratininga os valores de clorofila-a apresentaram variação entre 3 e
61,41 ug/L. A menor concentração registrada foi atribuída ao ponto P3, já o maior
valor foi registrado para o ponto P1. O valor médio obtido para o período foi de 31,09
ug/L. Para o Canal de Camboatá os resultados de clorofila-a apresentaram variação
entre 7,83 e 36,62 ug/L. O menor valor foi registrado para o ponto CC2, já a maior
concentração foi obtida para o ponto CC1. A concentração média obtida para o canal
foi igual a 22,22 ug/L. Para lagoa de Itaipu a concentração média obtida foi de 67,58
ug/L, sendo a menor concentração registrada para os pontos I1, I2 e I6, com
concentração igual a 3 ug/L, e maior valor para o ponto I3, com uma concentração de
267 ug/L.
A distribuição espacial das concentrações de clorofila-a na superfície da coluna
d’água pode ser observada na Figura 7.
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
Figura 7 – Distribuição espacial das concentrações de clorofila-a (ug/L) na superfície da
coluna d’água no sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
Coliformes Termotolerantes
As densidades de coliformes termotolerantes registradas na região de superfície
das lagoas de Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidas durante a
execução da 1ª campanha de monitoramento trimestral, constam na Figura 8.
Figura 8 – Densidades de coliformes termotolerantes (UFC/100mL) registradas na região de
superfície das lagoas de Piratininga e Itaipu e do Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
As densidades de coliformes termotolerantes na lagoa de Piratininga
apresentaram densidade média de 33,4 NMP/100mL, e variação entre 1,8 e 130
NMP/100mL. A menor densidade foi registrada para os pontos P1, P3 e P4, já o maior
valor foi obtido para o ponto P5. No Canal de Camboatá foi observada uma densidade
média de 12.600 NMP/100mL. A maior densidade foi atribuída ao ponto CC1, com
NMP/100mL igual a 16.000, já o ponto CC2 apresentou uma densidade igual a 9.200
NMP/100mL. Em comparação a lagoa de Piratininga, a lagoa de Itaipu apresentou
densidades mais elevadas de coliformes. A densidade média registrada durante a
execução da 1ª campanha trimestral de monitoramento foi igual a 485 NMP/100mL,
sendo que as densidades apresentaram variação entre 110 NMP/100mL, registrada
para o ponto I3, e 1100 NMP/100mL, observada para o ponto I4.
Em comparação ao valor de 2500 NMP/100mL preconizado pela Resolução do
CONAMA 357/2005 para águas salobras de Classe II, todos os pontos monitorados nas
duas lagoas apresentaram densidades condizentes com o limite máximo permitido
pela legislação. Para o Canal de Camboatá, as densidades foram superiores ao limite
máximo determinado.
Carbono Orgânico Total
As concentrações de carbono orgânico total (COT) registradas na região de
superfície das lagoas de Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidas
durante a execução da 1ª campanha de monitoramento trimestral, constam na Figura
9
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
Figura 9 – Concentrações de carbono orgânico total (mg/L) registradas na região de
superfície das lagoas de Piratininga e Itaipu e do Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
Os valores de COT registrados na lagoa de Piratininga apresentaram variação entre
9,2 e 13,6 mg/L, sendo a concentração média de COT registrada para a lagoa no
período igual a 11,4 mg/L. O menor valor foi registrado para o ponto P3, já a maior
concentração foi obtida no ponto P1. No Canal de Camboatá a variação observada foi
entre 7,6 e 11,9 mg/L, sendo o valor médio obtido igual a 9,75 mg/L. O menor valor foi
atribuído ao ponto CC2, já a maior concentração foi registrada para o ponto CC1. Em
comparação a lagoa de Piratininga, a lagoa de Itaipu apresentou concentrações mais
baixas de COT, sendo observada uma variação entre 5 e 7,6 mg/L. O menor valor foi
registrado para os pontos I1 e I2, já a maior concentração foi observada para o ponto
I3. A concentração média registrada para o período foi de 5,76 mg/L.
Na lagoa de Piratininga e no Canal de Camboatá, todos os pontos monitorados
apresentaram concentração superior ao limite máximo de 5,0 mg/L de COT para águas
salobras de Classe II (CONAMA 357/2005), já para a lagoa de Itaipu, apenas os pontos
I3, I4 e I6 apresentaram valores em discordância com a legislação.
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
Demanda Bioquímica de Oxigênio
Os valores DBO registrados na região de superfície das lagoas de Piratininga e
Itaipu e no Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª campanha de
monitoramento trimestral, constam na Figura 10. A distribuição espacial das
concentrações de DBO na superfície da coluna d’água pode ser observada na Figura
11.
Figura 10 – Valores obtidos para DBO (mg/L) registradas na região de superfície das lagoas
de Piratininga e Itaipu e no Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
As concentrações de DBO registradas durante o monitoramento da lagoa de
Piratininga apresentaram concentração média igual a 2,21 mg/L, sendo que a variação
registrada entre os pontos apresentou concentrações entre 1,3 e 3 mg/L. O menor
valor foi obtido para o ponto P2, já a maior concentração foi observada para o ponto
P6. No Canal de Camboatá a concentração média registrada foi igual a 35,95 mg/L e as
concentrações apresentaram variação entre 28,4 mg/L, registrada para o ponto CC2, e
43,5 mg/L, obtida para o ponto CC1. Para lagoa de Itaipu foi registrada uma variação
entre 1 e 3 mg/L. O menor valor foi atribuído ao ponto I3, enquanto que o maior, foi
registrado para o ponto I4. A concentração média de DBO para a referida lagoa foi
igual a 1,91 mg/L.
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
Figura 11 – Distribuição espacial das concentrações de DBO (mg/L) na superfície da coluna
d’água no sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
Feofitina
Os resultados de feofitina obtidos na região de superfície das lagoas de Piratininga
e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª campanha de
monitoramento trimestral, constam na Figura 12.
Figura 12 – Resultados de feofitina (ug/L) registrados na região de superfície das lagoas de
Piratininga e Itaipu e no Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
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QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
As concentrações de feofitina na lagoa de Piratininga apresentaram variação entre
3 e 282 ug/L e a concentração média obtida foi igual a 49,5 ug/L. A menor
concentração de feofitina foi registrada para os pontos P1, P2, P4, P5 e P6, já o maior
valor foi observado para o ponto P3. Para o Canal de Camboatá a concentração média
obtida foi igual a 3,56 ug/L e as concentrações apresentaram variação entre 3 ug/L,
registrada para o ponto CC1, e 4,13 ug/L, obtida para o ponto CC2. Na lagoa de Itaipu
os valores registrados foram mais elevados, sendo registrada uma variação entre 3 e
740,84 ug/L. O menor valor foi registrado para os pontos I3 e I4, já a maior
concentração foi observada para o ponto I2. A concentração média obtida foi igual a
258,09 ug/L.
Fósforo Total
As concentrações de fósforo total obtidas na região de superfície das lagoas de
Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª
campanha de monitoramento trimestral, constam na Figura 13.
Figura 13 – Concentrações de fósforo total (mg/L) obtidas na região de superfície das lagoas
de Piratininga e Itaipu e do Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
A concentração média de fósforo total registrada na lagoa de Piratininga para o
período foi igual a 0,27 mg/L. O menor valor, de 0,2 mg/L, foi registrado para o ponto
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
P2, já a maior concentração foi observada para o ponto P4, com valor igual a 0,33
mg/L. No Canal de Camboatá as concentrações de PT apresentaram variação entre 0,4
e 0,41 mg/L e o valor médio registrado foi igual a 0,405 mg/L. A menor concentração
foi atribuída ao ponto CC2, já o maior resultado foi registrado para o ponto CC1. Em
comparação a lagoa de Piratininga, a lagoa de Itaipu apresentou concentrações mais
elevadas de fósforo total. Os valores registrados apresentaram variação entre 0,33 e
0,52 mg/L, e a concentração média registrada foi igual a 0,41 mg/L. O menor valor foi
registrado para o ponto o I2, enquanto a maior concentração foi obtida no ponto I4.
Em comparação a concentração de 0,186 mg/L preconizada pela Resolução do
CONAMA 357/2005 para águas salobras de Classe II, todos os pontos monitorados
apresentaram valores acima do limite máximo permitido pela legislação.
A distribuição espacial das concentrações de fósforo total na superfície da coluna
d’água pode ser observada na Figura 14.
Figura 14 – Distribuição espacial das concentrações de fósforo total (mg/L) na superfície da
coluna d’água no sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
Nitrato
As concentrações de nitrato obtidas na região de superfície das lagoas de
Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª
campanha de monitoramento trimestral, constam na Figura 15.
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QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
Figura 15 – Concentrações de nitrato (mg/L) registradas na região de superfície das lagoas de
Piratininga e Itaipu e no Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
O valor médio de nitrato registrado para a lagoa de Piratininga no período foi igual
a 0,15 mg/L e a variação registrada entre os pontos foi de 0,05 a 0,43 mg/L. O menor
valor foi registrado para os pontos P3 e P5, já a maior concentração foi observada para
o ponto P1. Para o Canal de Camboatá as concentrações de nitrato apresentaram
variação entre 0,1 e 0,11 mg/L e o valor médio obtido foi igual a 0,105mg/L. O menor
valor foi registrado para o ponto CC2, já o maior resultado foi obtido para o ponto CC1.
A lagoa de Itaipu apresentou as maiores concentrações em comparação a lagoa de
Piratininga. O valor médio registrado foi igual a 0,37 mg/L e as concentrações entre os
pontos amostrais apresentaram variação entre 0,18 e 0,83 mg/L. O menor valor foi
atribuído ao ponto I4 e o maior foi observado no ponto I1.
Com exceção do ponto I1, na lagoa de Itaipu, todos os demais pontos monitorados
apresentaram concentrações abaixo do limite máximo de 0,70 mg/L preconizado pela
legislação para águas salobras de Classe II (CONAMA 357/2005).
Nitrito
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Os resultados de nitrito obtidos na região de superfície das lagoas de Piratininga e
Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª campanha de
monitoramento trimestral, constam na Figura 16.
Figura 16 – Resultados de nitrito (mg/L) registrados na região de superfície das lagoas de Piratininga e Itaipu e no Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
Com relação às concentrações de Nitrito obtidas na lagoa de Piratininga não foi
possível observar diferenças entre os pontos amostrais monitorados, sendo registrado
o valor de 0,01 mg/L para todos os pontos. No Canal de Camboatá também não houve
registro de variação, os dois pontos monitorados apresentaram concentração igual a
0,01 mg/L. Para a Lagoa de Itaipu as concentrações obtidas apresentaram variação
entre 0,02 e 0,03 mg/L. O menor valor foi registrado para os pontos I1, I2, I3 e I5, já a
maior concentração foi obtida nos pontos I3 e I6. O valor médio registrado foi igual a
0,23 mg/L.
Todos os resultados de nitrito obtidos durante a execução da 1ª campanha de
monitoramento trimestral do sistema lagunar Piratininga-Itaipu apresentaram valores
inferiores a concentração limite de 0,2 mg/L para águas salobras de Classe II (CONAMA
357/2005).
Nitrogênio Amoniacal
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ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
Os valores de nitrogênio amoniacal obtidos na região de superfície das lagoas de
Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª
campanha de monitoramento trimestral, constam na Figura 17.
Figura 17 – Concentrações de nitrogênio amoniacal (mg/L) obtidas na região de superfície das lagoas de Piratininga e Itaipu e do Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-
Itaipu.
As concentrações de nitrogênio amoniacal obtidas na lagoa de Piratininga
apresentaram concentração média igual a 1,2 mg/L, sendo a variação mínima
registrada para a lagoa foi de 0,92 mg/L, enquanto a máxima foi de 1,79 mg/L. O
menor valor foi obtido para o ponto P2, já a maior concentração foi registrada para o
ponto P6. Para o Canal de Camboatá os valores registrados foram significativamente
elevados em comparação com os demais valores obtidos. O ponto CC1 apresentou a
maior concentração, com valor igual a 6,93 mg/L, já o ponto CC2 apresentou valor
mais baixo, de 3,77 mg/L. A concentração média registrada para o Canal foi igual a 5,35
mg/L. Na lagoa de Itaipu as concentrações apresentaram variação entre 0,84 e 2,72
mg/L. O menor o valor foi observado para o ponto I6, já o maior resultado foi atribuído
ao ponto I4. A concentração média registrada para o período foi igual a 1,23 mg/L.
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Todos os pontos monitorados no sistema lagunar Piratininga-Itaipu apresentaram
concentração superior ao limite máximo de 0,7 mg/L para águas salobras de Classe II
(CONAMA 357/2005).
A distribuição espacial das concentrações de nitrogênio amoniacal na superfície da
coluna d’água pode ser observada na Figura 18.
Figura 18 – Distribuição espacial dos resultados de nitrogênio amoniacal (mg/L) na superfície
da coluna d’água no sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
Polifosfatos
Os valores de polifosfatos registrados na região de superfície das lagoas de
Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª
campanha de monitoramento trimestral, constam na Figura 19.
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
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Figura 19 – Concentrações de polifosfatos (mg/L) obtidas na região de superfície das lagoas
de Piratininga e Itaipu e do Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
Na lagoa de Piratininga as concentrações de polifosfato apresentaram variação
entre 0,01 e 0,06 mg/L. A menor concentração foi registrada para o ponto P3, já o
maior valor foi atribuído ao ponto P6. A concentração média observada para o período
foi igual a 0,04 mg/L. No Canal de Camboatá a concentração média de polifosfato
obtida apresentou valor de 0,16 mg/L, sendo que os valores apresentaram variação
0,15 mg/L, atribuído ao ponto CC1, e 0,17 mg/L, registrado para o ponto CC2. Em
comparação aos valores obtidos na lagoa de Piratininga, a lagoa de Itaipu apresentou
concentrações mais baixas de polifosfatos. Em todos os pontos monitorados a
concentração registrada foi igual a 0,01 mg/L.
Todos os pontos monitorados nas lagoas, com exceção dos pontos do Canal de
Camboatá, apresentaram concentração inferior ao limite máximo de 0,093 mg/L para
águas salobras de Classe II (CONAMA 357/2005).
Sólidos Suspensos Totais
Os valores obtidos para sólidos suspensos totais na região de superfície das lagoas
de Piratininga e Itaipu e para o Canal de Camboatá, obtidos durante a execução da 1ª
campanha de monitoramento trimestral, constam na Figura 20.
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Figura 20 – Concentrações de sólidos suspensos totais (mg/L) obtidas na região de superfície
das lagoas de Piratininga e Itaipu e do Canal de Camboatá – Sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
As concentrações de sólidos suspensos totais obtidas na lagoa de Piratininga
apresentaram variação entre 214 e 308 mg/L. A menor concentração foi registrada
para o ponto o P4 enquanto a maior concentração foi atribuída ao ponto P1. O valor
médio observado para o período foi igual a 259,66 mg/L. Para o Canal de Camboatá a
concentração média registrada foi igual a 212 mg/L e as concentrações apresentaram
variação entre 168 e 256 mg/L. O menor valor foi atribuído ao ponto CC1, já o maior
foi obtido para o ponto CC2. Para lagoa de Itaipu a concentração média registrada foi
igual a 97,5 mg/L e os valores apresentaram variação entre 89 e 115 mg/L. O menor
resultado foi obtido para o ponto I4, já a maior concentração foi registrada para o
ponto I3.
5.1.1 Índice do Estado Trófico
O Índice de Estado Trófico de Carlson (1977), para ambientes tropicais e Índice de
Estado Trófico Modificado - ITEM por Toledo Jr. et al. (1990) para ambientes tropicais,
foi calculado para os dados obtidos no primeiro monitoramento trimestral do sistema
lagunar Piratininga-Itaipu, considerando dados da superfície da água. Os limites
considerados pelo índice de Carlson (1977) e Toledo Jr. et al. (1990) para cada estado
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QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
trófico são apresentados no Quadro 5. Para o cálculo do índice utilizou-se dados de
clorofila-a fósforo total e profundidade do disco de secchi, como apresentado no
Quadro 6.
Quadro 5 – Limites considerados na classificação de Carlson (1977) e Toledo Jr. et al. (1990). LIMITES PARA CLASSIFICAÇÃO CARLSON TOLEDO JR
Ultraoligotrófico IET < 20 IET ≤ 24
Oligotrófico IET 20 – 40 24 ≤ IET ≤ 44
Mesotrófico IET 40 – 50 44 ≤ IET ≤ 54
Eutrófico IET 50 – 60 54 IET ≤ 74
Hipereutrófico IET > 60 IET > 74
Quadro 6 – Índice de Estado Trófico para sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
CARLSON
TOLEDO JR
CARLSON TOLEDO
JR CARLSON
TOLEDO JR
CARLSON TOLEDO
JR
Pontos Clorofila-a Fósforo total Disco de Secchi Média
Lago
a d
e P
irat
inin
ga
P1 43,34 53,91 69,21 66,59 66,19 57,07 59,58 59,19
P2 43,34 49,43 68,12 64,56 63,37 54,13 58,28 56,04
P3 58,60 43,42 68,96 66,06 63,17 54,02 63,58 54,50
P4 52,07 53,42 70,40 67,07 63,47 53,86 61,98 58,11
P5 54,91 50,81 68,83 65,68 63,37 54,72 62,37 57,07
P6 43,34 51,01 69,89 66,24 63,27 58,18 58,83 58,48
C.C
CC1 53,60 52,11 67,65 68,15 63,47 58,18 61,57 59,48
CC2 49,21 46,75 65,62 68,03 60,53 58,18 58,45 57,65
Lago
a d
e It
aip
u I1 43,34 43,42 67,12 68,15 60,42 59,79 56,96 57,12
I2 53,12 43,42 68,12 67,07 60,26 56,97 60,50 55,82
I3 50,57 59,02 66,74 67,90 61,12 56,77 59,47 61,23
I4 50,77 52,35 67,30 69,34 64,58 57,07 60,88 59,58
I5 51,84 55,25 69,21 67,77 64,58 56,97 61,88 60,00
I6 46,60 43,42 69,09 68,83 64,58 56,87 60,09 56,37
Os resultados por ponto de coleta do cálculo do estado trófico, para ambos os
índices, em cada uma das lagoas e para o Canal de Camboatá constam na Figura 21. De
acordo com os resultados obtidos pelo índice de Carlson (1977), os pontos P1, P4 e P6
da lagoa de Piratininga se enquadraram como hipereutrófico, enquanto que de acordo
com o IETM, todos os pontos foram enquadrados como eutrófico. No Canal de
Camboatá, o ponto CC1 foi enquadrado como hipereutrófico, segundo Carlson (1977),
já, de acordo com o índice de Toledo Jr et al. (1990), todos foram enquadrados como
eutrófico. Para a lagoa de Itaipu, de acordo com o Carlson (1977), os pontos I3, I4 e I5
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1° RELATÓRIO PARCIAL SOBRE CARACTERIZAÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
foram classificados como hipereutrófico, já, segundo o IETM, todos os pontos foram
enquadrados como eutrófico.
Figura 21 – Representação gráfica do Índice de Estado Trófico (IET) para os pontos de
monitoramento do sistema lagunar Piratininga-Itaipu/Niterói - RJ.
Pelo sistema lagunar Piratininga-Itaipu estar situado em uma região de clima
tropical, a distribuição espacial das condições de trofia do sistema, apresentadas na,
Figura 22 condizem apenas com os resultados obtidos pelo cálculo do IETM de Toledo
Jr. et al. (1990).
Figura 22 – Condição trófica do sistema lagunar Piratininga-Itaipu.
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QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
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6. CONSIDERAÇÕES GERAIS A RESPEITO DO SISTEMA LAGUNAR PIRATININGA-
ITAIPU
De acordo com os resultados apresentados, foi possível observar uma elevada
variabilidade espacial nas características químicas de qualidade da água do sistema
lagunar Piratininga-Itaipu. Foram registradas variações entre os diferentes pontos
amostrais em cada uma das lagoas e no Canal de Camboatá, assim como, significativas
diferenças entre as lagoas.
Os maiores valores de clorofila-a, coliformes termotolerantes, fósforo total,
nitrato e nitrito, foram atribuídos à lagoa de Itaipu. Já as maiores concentrações de
carbono orgânico total, polifosfato e sólidos suspensos totais foram registrados para a
lagoa de Piratininga.
Além disso, em alguns dos pontos monitorados, foi observada uma alta
variabilidade nas concentrações de feofitina em comparação com os resultados
obtidos para a clorofila-a. Este resultado é decorrente do processo de degradação da
clorofila-a. Em ambientes onde é observada uma elevada turbidez e baixa
transparência da água ocorre uma limitação do acumulo de biomassa pelo
fitoplâncton, desta forma, ocasionando uma maior concentração de feopigmentos
(feofitina-a).
Ademais, por meio da aplicação do índice de estado trófico proposto por Toledo
(1990), foi possível caracterizar o sistema lagunar Piratininga-Itaipu como eutrófico.
Isto ocorre principalmente pela elevada carga de compostos orgânicos que chegam até
a lagoa, o qual pode ser corroborado pelas elevadas concentrações de fósforo total
registradas em cada um dos 14 pontos monitorados.
7. EQUIPE TÉCNICA
No Quadro 7 está relacionada a equipe técnica da empresa consultora responsável
pela execução dos estudos referentes ao contrato SEXEC n° 07/2018.
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Quadro 7 – Equipe responsável pela elaboração do Relatório Técnico.
PROFISSIONAIS FORMAÇÃO
PROFISSIONAL EXPERIÊNCIA ATIVIDADE NO PROJETO
Tiago Finkler Ferreira
Biólogo MsC.. em Ecologia, PhD em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental
Experiência comprovada em
Projetos de Recuperação e Gestão
de Ambientes Aquáticos,
Monitoramento e Modelagem
Coordenação Geral, Modelagem de Qualidade
da Água, Análise de Cenários, de Recuperação
Ambiental e Análise de Macrófitas Aquáticas
Julia Costa
Engenheira Sanitária e Ambiental e MsC em Engenharia Sanitária e Ambiental
Experiência em estudos Saneamento Ambiental, Hidrologia, Modelagem
Qualidade da Água
Coordenação Técnica, Hidrologia, análise de cargas e Modelagem Qualidade da Água
Rafael Bonanata Oceanógrafo, MsC. em Oceanografia
Experiência em morfodinâmica costeira, modelagem oceânica e
Hidrodinâmica
Coordenação Técnica, Análise morfodinâmica, Modelagem Oceânica e
análise de estruturas hidráulicas
Rafael Schmitt Biólogo, Limnólogo
Experiência em Limnologia, Análise Integrada e Gestão
Ambiental
Limnologia, caraterização meio físico e análises
Integradas
Eduardo Francisco da Silva Junior
Biólogo, PhD em Ecologia e Ictiologia
Experiência comprovada em
estudos de ictiofauna lacustre
Análise Ictiofauna
Viviane Bernardes Bióloga, PhD em Ecologia e Evolução
Experiência em estudos de plâncton lacustre
Análise de plâncton (Fito, zoo e ictioplanctôn)
Leonardo Kleba Lisboa Biólogo, PhD em Ecologia e Macrozoobentos.
Experiência em estudos de macrozoobentos
lacustre
Análise de macroinvertebrados
bentônicos
Marlon Almeida dos Santos
Biólogo, PhD em Herpetofauna
Experiência em estudos de herpetofauna
perilagunar Análise da herpetofauna
Carlos Eduardo Simão Engº Ambiental, MsC. em Engenharia Ambiental
Experiência em estudos de qualidade e poluição de água e sedimentos
Caracterização ambiental e modelagem de qualidade
da água
Anna Dalbosco Oceanógrafa, PhD em Engenharia Ambiental
Experiência em análises ambientais e modelagem
hidrodinâmica
Caracterização ambiental e modelagem hidrodinâmica
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PROFISSIONAIS FORMAÇÃO
PROFISSIONAL EXPERIÊNCIA ATIVIDADE NO PROJETO
Kleber Nunes Geógrafo
Experiência em geoprocessamento e produção de mapas
digitais
Geoprocessamento, mapas
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Resolução CONAMA 357 de 17 de março de 2005. Brasília, DF, 2005.
CARLSON, R. E. A trophic state index for lakes. Limnology and Oceanography, v. 22,
n.2, p. 361-369, 1977.
CARNEIRO, M. E. R.; BARROSO, I. V.; RAMALHO, N. M.; AZEVEDO, C.; KNOPPERS, B.
A.; KJERFVE, B.; KIRSTEIN, K. O. Diagnóstico ambiental do Sistema Lagunar
Piratininga/Itaipu, Niterói, RJ. Parte II: hidroquímica. In: III simpósio de ecossistemas
da costa brasileira: 196-203, 1993.
FONTENELLE, T. H.; CORRÊA, W. B. Uso e Cobertura do Solo (1976-2011) e os
Desafios do Planejamento Urbano-Ambiental Integrado na Região Oceânica de Niterói.
Revista GeoNORTE, Edição Especial, v. 3, n. 4, p. 1345-1357, 2012.
FONTENELLE, T. H; CORREÂ, W. B. Impactos da Urbanização no Espelho D’água dos
Sistemas Lagunares de Itaipu e de Piratininga, Niterói (RJ), Entre 1976 e 2011. Boletim
de Geografia, v. 32, n.2, p. 150-157, 2014.
LAMPARELLI, Marta Conde. Grau de trofia em corpos d’água do estado de São
Paulo: avaliação dos métodos de monitoramento. 238 f. Tese (Doutorado em Ciência
na Área de Ecossistemas Terrestres e Aquáticos) – Instituto de Biociências,
Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
MIZUBUTI, Satie. O Movimento associativo de bairro em Niterói (RJ). 291 f. Tese
(Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, 1986.
RODRIGUES, Rodrigo Carvalho. Caracterização da cobertura vegetal e do uso do
solo da bacia hidrográfica do sistema lagunar Piratininga-Itaipu, Niterói – RJ. 55 f.
Dissertação (Mestrado) Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2004.
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QUALIDADE DA ÁGUA DAS LAGOAS DE PIRATININGA E
ITAIPU E DO CANAL DE CAMBOATÁ
SALANDÍA, Luís Fernando Valverde. O papel da estrutura fundiária, das normativas
urbanas e dos paradigmas urbanísticos na configuração espacial da Região Oceânica
de Niterói, RJ. Dissertação (Mestrado em Urbanismo) – Universidade Federal do Rio de
Janeiro (PROURBE). Rio de Janeiro, 2001.
SEMADS – Bacias Hidrográficas e Rios Fluminenses Síntese Informativa por
Macrorregião Ambiental Rio de Janeiro. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, Estado do Rio de Janeiro. Projeto PLANÁGUA
SEMADS/GTZ. 2011.
Standard methods for the examination of water and waste water. American Journal
of Public Health and the Nation’s Health, v. 56, n. 3, p. 387-388, 1966.
TOLEDO JR., A. P.; TALARICO, M.; CHINEZ, S.J.; AGUDO, E.G. A aplicação de modelos
simplificados para avaliação de processo da eutrofização em lagos e reservatórios
tropicais. In: Anais do 12 Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária. Camburiú,
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária. Camburiú (SC) 34p. 1983.