Caracterização do Ferro Puro Através da Difração de Raios
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Caracterizao do Ferro Puro Atravs da Difrao de Raio-X.
Adriane da Silva Reis1
1Universidade Federal do Amazonas, Departamento de Fsica, Laboratrio de Fsica Moderna II,
21104712.
O experimento tem como objetivo
determinar o parmetro de rede atravs
do difratograma do Ferro puro (Fe) bem
como a estrutura da rede cristalina para
esta amostra.
Mtodos
Utilizamos o Fe para uma anlise da sua
caracterizao estrutural numa difrao
de Raio-X feita no laboratrio de
geologia. O equipamento consiste de
uma cmara de cobre onde no seu
interior, h um porta amostra que varia
o ngulo de inclinao da mesma. As
especificaes tcnicas do equipamento
so:
Tubo de raio X
Alvo = Cu Voltagem = 40.0 (kV) Corrente = 30.0 (mA)
importante ressaltar que o p de ferro
foi misturado com um pouco de lcool
para que o mesmo no casse quando o
porta amostra variasse o ngulo, dessa
forma conseguimos uma superfcie
uniforme de modo que o Raio-X
incidente no tivesse nenhuma direo
preferencial. Depois que a amostra
estava preparada, colocamos dentro do
difratmetro para que o mesmo fizesse
uma DRX da amostra.
Resultados
Feita a anlise do material na DRX1,
obteve-se uma srie de dados com 1 Difrao de Raio-X
valores de intensidade e da variao
angular2, ento pode-se plotar no Oring
um Grfico = (2) da seguinte forma:
Grfico 01: Difratograma da amostra de Ferro puro.
Em uma rpida anlise do grfico,
podemos dizer que onde ocorrem os
picos de difrao houve uma
interferncia construtiva. Na difrao de
Raio-X uma onda no material incidente (neste caso o ferro) interfere
construtivamente quando o ngulo de
incidncia igual ao ngulo refletido e a
diferena de caminho percorrido um
nmero inteiro do comprimento de onda,
isto caracteriza a lei de Bragg dada pela
expresso:
2 = (1)
Atravs dos picos vamos determinar o
parmetro de rede e os ndices de Miller
2 Estes dados no sero apresentados aqui em
forma de tabela por fins didticos, pois trata-se
de uma grande quantidade de dados.
0 20 40 60 80 100
-100
0
100
200
300
400
500
600
700
Inte
nsid
ad
e
2
Ferro
-
(), para saber qual a estrutura cristalina do Fe. Podemos calcular o
parmetro de rede atravs da equao:
sin2
=2
42 (2)
O primeiro pico de difrao ocorre em
2 44.70, fcil ver que neste caso
22.35. Vamos refazer este mesmo
procedimento para os trs picos
remanescente. Para calcularmos o valor
de vamos reescrever (2) como:
=
2
sin2 (3)
Para fins didticos vamos montar uma
tabela com os seguintes valores:
Tabela 01: Valores de , sin2 , parmetro
de rede () e ndice de Miller ().
()
22,3500 0,1446 2 2,8636 110 32,5100 0,2888 4 2,8656 200 41,1600 0,4331 6 2,8659 211 49,4700 0,5777 8 2,8653 220
Com base nisso, vamos retornar
figura01 e analisar os picos de difrao.
O primeiro pico corresponde ao ndice
(), o segundo pico ao ndice (),
o terceiro ao () e o ltimo, ao
ndice ().
Consideraes
Utilizaram-se os valores de para os
quais os valores de tivessem
aproximadamente valor terico que do
parmetro de rede que de = ,.
Em mdia, o valor obtido na DRX foi
= ,, com um desvio relativo de
= ,%. Com o auxlio dos
valores calculados do padro de
difrao para vrias estruturas
cristalinas,3 pde-se determinar os
ndices de Miller (), com base nos
dados calculados, notou-se que os
mesmos correspondem a uma estrutura
cbica de corpo centrado.
Para os valores calculados do parmetro
de rede (), valido ressaltar ainda que
quanto maior for o ngulo, menor ser o
erro associado ao parmetro de rede. Ou
seja, o valor de mais prximo ao seu
valor terico quanto maior for esse
angulo ngulo.
Referncias
[1] D. B. Cullity. Elements of X-Ray
Difraction. 2th Ed.
[2] KITELL, Charles. Fsica do Estado
Slido. 18 Edio. LTC, 2006.
Agradecimento
Ao departamento de Geologia, por nos
ceder o laboratrio para que fosse
possvel fazer a DRX do Fe.
3 Esta tabela encontra-se na referncia [1].