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VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X 2802 CARACTERIZAÇÃO DE ESTUDANTES COM ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO ATENDIDOS EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA E A ORGANIZAÇÃO DO GRUPO DE PAIS E PROFISSIONAIS. SCHEILLA MARIA ORLOSQUI CAVALCANTE DA SILVA 1 1. INTRODUÇÃO A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais garantindo: a transversalidade da educação especial em todos os níveis de ensino, a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE), a continuidade da escolarização em níveis elevados de ensino, a formação de professores para o AEE e para a inclusão escolar, a participação da família e da comunidade, a acessibilidade e a articulação intersetorial na implementação de políticas públicas (Brasil, 2008). Por meio da efetivação dessa política, os sistemas de ensino passam por adequações a fim de efetivar o atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação, bem como o atendimento aos profissionais e familiares desses sujeitos. Fundamentado nessa Política, os indivíduos com altas habilidades/ superdotação, que se constituem como foco dessa pesquisa, são conceituados como: Aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes; além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas do seu interesse. (BRASIL, 2008, p.9) Nesse contexto, entende-se que pessoas com altas habilidades/ superdotação são aquelas que apresentam potencial elevado quando comparados com outro de sua faixa etária. O presente artigo propõe um estudo a cerca da organização e caracterização do Grupo de Pais e Profissionais de Estudantes com Altas Habilidades/ Superdotação e a respeito das pessoas com altas habilidades atendidas nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) existentes em um município da região metropolitana de Curitiba. A pesquisa foi desenvolvida nos encontros do grupo supracitado ofertadas no primeiro semestre de 2013 por meio de observações, questionários e análise documental dos estudantes com altas habilidades/ superdotação dessa região. Esse trabalho buscou evidenciar dados para reflexões a cerca do atendimento a esse público bem como para aperfeiçoar e otimizar ações que 1 Pedagoga, pós-graduada em Educação Especial com Ênfase em Inclusão e Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Professora dos Anos Iniciais da Prefeitura Municipal de Curitiba/PR e Araucária/PR. Contato: [email protected].

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VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X

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CARACTERIZAÇÃO DE ESTUDANTES COM ALTAS HABILIDADES/

SUPERDOTAÇÃO ATENDIDOS EM UM MUNICÍPIO DA REGIÃO

METROPOLITANA DE CURITIBA E A ORGANIZAÇÃO DO GRUPO DE PAIS E

PROFISSIONAIS.

SCHEILLA MARIA ORLOSQUI CAVALCANTE DA SILVA 1

1. INTRODUÇÃO

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como

objetivo o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando

os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais

garantindo: a transversalidade da educação especial em todos os níveis de ensino, a oferta do

Atendimento Educacional Especializado (AEE), a continuidade da escolarização em níveis

elevados de ensino, a formação de professores para o AEE e para a inclusão escolar, a

participação da família e da comunidade, a acessibilidade e a articulação intersetorial na

implementação de políticas públicas (Brasil, 2008).

Por meio da efetivação dessa política, os sistemas de ensino passam por adequações a fim de

efetivar o atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiências, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades/ superdotação, bem como o atendimento aos

profissionais e familiares desses sujeitos.

Fundamentado nessa Política, os indivíduos com altas habilidades/ superdotação, que se

constituem como foco dessa pesquisa, são conceituados como:

Aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas,

isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes;

além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de

tarefas em áreas do seu interesse. (BRASIL, 2008, p.9)

Nesse contexto, entende-se que pessoas com altas habilidades/ superdotação são aquelas que

apresentam potencial elevado quando comparados com outro de sua faixa etária.

O presente artigo propõe um estudo a cerca da organização e caracterização do Grupo de Pais e

Profissionais de Estudantes com Altas Habilidades/ Superdotação e a respeito das pessoas com

altas habilidades atendidas nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) existentes em um

município da região metropolitana de Curitiba.

A pesquisa foi desenvolvida nos encontros do grupo supracitado ofertadas no primeiro semestre

de 2013 por meio de observações, questionários e análise documental dos estudantes com altas

habilidades/ superdotação dessa região. Esse trabalho buscou evidenciar dados para reflexões a

cerca do atendimento a esse público bem como para aperfeiçoar e otimizar ações que

1 Pedagoga, pós-graduada em Educação Especial com Ênfase em Inclusão e Especialista em Psicopedagogia

Clínica e Institucional. Professora dos Anos Iniciais da Prefeitura Municipal de Curitiba/PR e Araucária/PR.

Contato: [email protected].

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contribuam para o desenvolvimento sócio-emocional de estudantes superdotados, de seus

familiares e dos profissionais envolvidos no processo de escolarização desses indivíduos.

2. MÉTODO

A Secretaria Municipal de Educação do referido município, por meio do Departamento de

Educação Especial (DEE), organizou encontros com pais e profissionais de estudantes com

altas habilidades/ superdotação (AH/SD) com objetivo de promover momentos organizados

para trocas, busca de maiores informações sobre AH/SD e proporcionar oportunidades de

diálogos entre outros pais e profissionais que anseiam responder suas necessidades relativas às

características de seus filhos. A nomenclatura utilizada para identificação do grupo foi definida

pelos profissionais do DEE e é: Grupo de Pais e Profissionais de Estudantes com Altas

Habilidades/Superdotação (GPPEAH/SD).

De acordo com Sabatella (2007, p.148):

Os pais de crianças com altas habilidades têm uma necessidade especial de se

comunicar e trocar experiências, como uma maneira de melhor entendê-las. Isso é tão

importante como receber as informações e orientações que os capacitarão a escolher

as condutas que ampliarão – e não frustrarão – o desenvolvimento do potencial dos

seus filhos, tanto intelectual como emocionalmente.

Essa análise permite reconhecer a importância de um trabalho desenvolvido junto aos

familiares que possa contribuir para o desenvolvimento de pessoas com altas habilidades/

superdotação (PAH/SD).

Os encontros foram organizados mensalmente e contaram com a participação de profissionais

da rede municipal de educação e convidados especializados na área para mediar conhecimentos

e oportunizar significativos momentos de aprendizagem. Os mesmos ocorreram no horário

noturno e aconteceram no Anfiteatro do Paço Municipal.

Durante a realização dos encontros foi possível observar a necessidade dos familiares em

exporem suas experiências e também suas angústias, pois muitos deles não sabem como lidar

com situações diversas.

Sabatella (2007, p.148) elucida que organizar e reunir familiares constitui uma rica fonte de

informações para todos os integrantes, e evidencia esclarecimentos de ajuda mútua e análise de

estratégias de sucesso que alguns pais tiveram com seus filhos.

Dessa forma, a organização do grupo e a continuidade dele, tornam-se fundamentais aos

familiares, bem como aos profissionais, para que possam refletir, compreender e desenvolver

práticas de inclusão adequadas às necessidades específicas de PAH/SD.

Nesse sentido, o encontro de pais apresentou resultados importantes para análise. A abordagem

metodológica utilizada foi com enfoque qualitativo e, para oferecer credibilidade à mesma,

optou-se pela triangulação de dados. Em relação aos métodos de investigação, foram utilizados:

questionário, observação participativa e análise documental estabelecendo relações e

comparações com as informações obtidas em todos os âmbitos da pesquisa.

Os sujeitos da pesquisa foram àqueles envolvidos no processo de escolarização de estudantes

com altas habilidades/ superdotação, além dos familiares, professores, pedagogos e estudantes

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com indicativos de altas habilidades/ superdotação. Para a seleção dos sujeitos, foi verificada a

participação no GPPEAH/SD e o envolvimento com o público alvo da pesquisa.

A coleta de dados inicialmente se deu na observação dos sujeitos da pesquisa durante dois

encontros do GPPEAH/SD realizados no primeiro semestre de 2013. Em seguida, optou-se pela

entrega de questionários às dez famílias participantes do grupo e aos profissionais presentes no

grupo. Durante o processo de pesquisa foi possível o acesso a documentos de escolarização dos

vinte e um estudantes com AH/SD atendidos no município.

O questionário foi organizado a fim de caracterizar-se como um instrumento de investigação

sobre dados pessoais de familiares, bem como de dados dos estudantes com AH/SD por meio

de perguntas abertas e fechadas a respeito de opiniões, dúvidas e anseios dos mesmos em

relação ao tema do estudo. Dessa forma, a análise presente nesse artigo refere-se à

caracterização dos participantes do GPPEAH/SD e do público alvo atendido nesse município.

Em um segundo momento, utilizar-se-á os questionários para análise sobre o que esses

profissionais e familiares pensam a respeito da área que se constitui como foco nessa pesquisa.

3. RESULTADOS

A análise dos dados ocorreu da seguinte forma: foram evidenciadas características dos

participantes do GPPEAH/SD totalizando trinta e duas pessoas, e dados relativos aos

atendimentos a vinte e um estudantes com Altas Habilidades/ Superdotação.

Em relação aos participantes do grupo, observa-se:

62%16%

22%

Caracterização Geral dos

Participantes do GPPEAH/SD

Famílias

Profissionais da Escola

SMED

16%

27%

10%6%3%

6%

10%

16%

6%

Caracterização Detalhada dos Participantes do GPPEAH/SD

Pais

Mães

Estudante com AH/SD

Irmãos

Tios

Pedagogos

Professores

Figuras 1A e 1B – Participantes dos encontros do GPPEAH/SD.

Foram 32 sujeitos envolvidos na categorização do Grupo de Pais e Profissionais de Estudantes

com Altas Habilidades/Superdotação (GPPEAH/SD) nessa pesquisa, sendo que, no que se

refere à caracterização desse grupo, 62% das pessoas são do contexto familiar dos estudantes

com AH/SD, 16% são profissionais da escola e 22% profissionais dos Departamentos de

Educação Especial e da Avaliação Psicoeducacional da Secretaria Municipal de Educação.

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Nessa perspectiva é possível observar a disparidade dos sujeitos envolvidos no processo de

aperfeiçoamento que se deu durante o encontro do GPPEAH/SD. Isso porque, dentre os

envolvidos a minoria é caracterizada pelo grupo escolar. De acordo com Sakaguti (2010) uma

das barreiras da inclusão do estudante com AH/SD pode estar relacionada ao despreparo do

professor para reconhecê-lo ou identifica-lo. Pimenta (1996) corrobora que:

Formação é, na verdade, autoformação, uma vez que os professores reelaboram os

saberes iniciais em confronto com suas experiências práticas, cotidianamente

vivenciadas nos contextos escolares. É nesse confronto e num processo coletivo de

troca de experiências e práticas que os professores vão constituindo seus saberes como

praticum, ou seja, aquele que constantemente reflete na e sobre a prática.

Desta forma, é evidente que a participação de todos os envolvidos no contexto educacional é

necessária para a reflexão acerca das práticas – e de sua efetividade - que estão sendo

desenvolvidas no interior das escolas.

O Ministério da Educação (2004), afirma que:

Para que uma escola se torne inclusiva há que se contar com a participação consciente

e responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional: gestores,

professores, familiares e membros da comunidade na qual cada aluno vive.

Nesse contexto, essa participação tem que ser constante em todos os momentos seja em

formações, grupos de pais, reuniões, conselhos, dentre tantas outras ações que possibilitam

discussões e análises coletivas da realidade escolar.

Em relação aos profissionais atuantes nos Departamentos da Secretaria Municipal de Educação,

a equipe da Educação Especial organizou essa formação e considera importante a participação

de todos os agentes envolvidos no cotidiano de PAH/SD nesses encontros.

O interesse na participação do grupo pela Equipe da Avaliação Psicoeducacional, partiu dos

mesmos ao evidenciar a necessidade de aprofundamento ao tema e pela parceria entre os

profissionais comprometidos com o processo de escolarização desses estudantes.

A figura 2 ilustra, de forma detalhada, a participação não somente de pais e mães de estudantes

com AH/SD, mas de tios e irmãos que se interessam pelo processo de ensino e aprendizagem

desses sujeitos.

Em relação aos profissionais das escolas 10% são professores e 6% pedagogos que

acompanharam de forma significativa a escolarização desses estudantes fora do contexto

escolar. De acordo com as Recomendações para a Construção de Escolas Inclusivas – Saberes e

Práticas da Inclusão (BRASIL, 2006):

A educação de crianças, com necessidades educacionais especiais, é uma tarefa a ser

dividida entre pais e profissionais. Uma atitude positiva da parte dos pais favorece a

integração escolar e social. Pais necessitam de um apoio para que possam assumir seus papéis de pais de uma criança com necessidades especiais. O papel das famílias e

dos pais deverá ser aprimorado por meio da provisão de informação necessária, em

linguagem clara e simples, satisfazer suas necessidades de informação e de

capacitação no atendimento aos filhos, é uma tarefa de singular importância, em

contextos culturais, com escassa tradição de escolarização.

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Na continuidade da caracterização do grupo, evidencia-se a faixa etária dos pais participantes

nos encontros a fim de desenvolver estratégias e atendimentos de forma concreta e condizente

com suas necessidades.

0%

11%

26%

63%

0%Faixa Etária dos Pais de Estudantes com AH/SD

participantes do GPPEAH/SD

Até 20 anos

De 21 a 30

De 31 a 40

De 41 a 50

Acima de 51

Figura 2A – Análise da faixa etária de 10 famílias presentes, resultando 20 participantes (somente pais e

mães).

No GPPEAH/SD, conforme demonstrado anteriormente, participaram dez famílias. Na análise

referente à faixa etária dos responsáveis que estiveram presentes, é possível notar que a maior

parte deles encontra-se numa média entre 41 a 50 anos. Percebe-se também que não existem

pais de estudantes com AH/SD neste grupo, que encontram-se na faixa etária acima de 51 anos

e nem abaixo de 20 anos.

Em relação ao público alvo da pesquisa, atendidos no município, obtivemos os seguintes dados:

Figura 2B – Análise da faixa etária de 21 estudantes atendidos nas SRM do município.

Os estudantes com AH/SD atendidos nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM) do

município supracitado, encontram-se na faixa etária entre 7 e 13 anos, sendo que, a maioria

deles, ou seja, 67% estão entre a faixa etária de 8 a 10 anos.

Guenther (2012 p.66) aponta que:

A faixa etária da infância à pré-adolescência (6, 7 a 10, 11 anos) é a mais propícia

para captação de sinais de potencial elevado na escola: 1°, a criança tem pouca

experiência de vida, poucas aprendizagens permanentes e conexões formadas, o que

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realça a facilidade de aprender; 2°, o grau de espontaneidade para expressar conteúdo interior, de maneira simples e direta, é maior do que em qualquer outra fase da vida.

Nessa perspectiva, a atenção aos estudantes e às suas capacidades é essencial e, na escola, essa

tarefa pode ser desempenhada com mais destreza desde que haja profissionais capacitados e

envolvidos no processo de identificação e desenvolvimento de ações às PAH/SD.

Em relação à análise de gênero dos estudantes com AH/SD, evidencia-se um número

significativamente maior de estudantes do sexo masculino em detrimento às estudantes do sexo

feminino.

Figura 3 – Análise de dados referente a 21 estudantes com indicativos de AH/SD.

Esse cenário também foi evidenciado em outras pesquisas, conforme destaca Paludo e Dallo

(2012) que ao refletir à cerca das questões de gênero em sua pesquisa, obtém uma diferença

pouco significativa, porém que evidencia o atendimento majoritário às pessoas do sexo

masculino. Paludo e Dallo (2012) afirmam que “entretanto, esses números são diferentes dos

encontrados em outras pesquisas (CHAGAS, 2003; MAIA-PINTO & FLEITH 2002;

SAKAGUTI, 2010) que mencionam um número significativamente maior de meninos sendo

atendidos em programas educacionais”.

Segundo Sakaguti (2010, p.53),

A diferença de número entre gêneros dos alunos identificados com AH/SD, explica-se

pela influência da cultura familiar e escolar, visto que, tanto as expectativas, quanto as

indicações de pais e professores, são maiores em relação aos meninos. Em geral, os

pais indicam dois meninos para cada menina, pelo fato de que os primeiros

correspondem melhor à imagem estereotipada de criança mais dotada.

Desta forma é importante ressaltar que para estabelecer conclusões à cerca do quantitativo de

pessoas com AH/SD em relação ao gênero, é preciso a análise de uma diversidade de fatores

que envolvem os contextos onde estão inseridos e, ainda, a necessidade de pesquisas

investigativas desses dados.

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20%

80%

Repetência Escolar e AH/SD

Repetentes

Não repetentes

Figura 4– Análise de dados referente a 10 estudantes com AH/SD – participantes do GPPEAH/SD.

Em relação à repetência escolar, a figura 4 demonstra que a maioria dos estudantes com AH/SD

desse município, durante a trajetória escolar até o momento da pesquisa, não repetiram o ano

escolar. Entretanto, isso não pode ser considerada uma constante relacionada aos indicativos de

altas habilidades em uma pessoa. Nessa análise, observamos que existe um percentual de 20%

de estudantes que repetiram o ano escolar e com base nos dados estudantis, apresentaram

dificuldades de aprendizagem na trajetória escolar.

Virgolim (2003) elucida que a concepção que o aluno superdotado tem de sempre tirar boas

notas é errônea. A autora estabelece uma problemática entre crianças que demonstram

dificuldades de aprendizagem, mas que revelam desempenho superior – muitas vezes fora da

escola- em alguma atividade particularmente motivadora e, afirma que:

Há pessoas que demonstram fortes habilidades e talentos em áreas especificas,

enquanto em outras demonstram fraquezas e deficiências, o que não as impossibilitou,

em absoluto, de alcançarem um alto grau de excelência em sua área de atuação.

(VIRGOLIM, p.23, 2003).

Essa afirmação nos permite cogitar que os sujeitos dessa pesquisa que apresentaram repetência

escolar em seus históricos, podem evidenciar excelência em áreas fora do contexto escolar.

Na abordagem referente às áreas de interesses dos estudantes com AH/SD, obtivemos dados

referentes a 10 estudantes com AH/SD visto a participação de seus familiares no grupo.

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5%5%

6%

22%

11%17%

6%

6%

11%

11%

Áreas de Interesses dos Estudantes com AH/SD

HistóriaGeografiaCiênciasRaciocínio Lógico MatemáticoRobóticaArtesLinguagemMúsicaConhecimentos GeraisNão identificado

Figura 7 – Foram analisados os interesses de 10 estudantes.

Nessa análise, conforme o indicativo dos pais e de alguns estudantes com AH/SD presentes no

encontro, pode-se constatar que existe uma diversidade de interesses dessas pessoas e que

muitos ainda não têm ao certo ou desconhecem a área de interesse desse sujeito. Em alguns

momentos os pais afirmavam “o (a) filho (a) gosta de tudo”, portanto relatavam o interesse dos

seus em conhecimentos gerais.

Assim, Sabatella (2005) apud Fleith (2007), enfatiza que indivíduos com a mesma capacidade

intelectual demonstram variações quanto aos interesses, habilidades e temperamento e

constituem um universo heterogêneo e complexo.

Dessa forma as áreas de interesses de PAH/SD variam e podem modificar-se de acordo com o

tempo, interesses, estímulos e curiosidade presente em cada um.

100%

0%

Participação na Efetivação do Questionário pelas famílias do

GPPEAH/SD

Respondidos

Não respondidos

20%

80%

Contribuições dos Profissionais da Escola

Realizadas

Não realizadas

Figura 5A – Foram entregues 10 questionários, sendo 1 por família/ Figura 5B – Participaram 5

profissionais de escolas.

Na observação em relação à participação dos sujeitos da pesquisa foram organizados dois

gráficos dispostos lado a lado a fim de estabelecer uma comparação entre os indivíduos

contribuintes para a mesma. Verifica-se na figura 5A que as 10 famílias, totalizando um

percentual de 100%, entregaram os questionários contribuindo para a análise a cerca da

realidade que os cerca. Visualizando a figura 5B, é possível perceber que dentre os cinco

profissionais participantes da pesquisa, apenas 1 – na representatividade de 20% - contribuiu de

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forma significativa para a reflexão à cerca do trabalho com estudantes com AH/SD que, por sua

vez, trouxe uma contextualização a cerca da dificuldade de professores e pedagogos em

trabalharem com PAH/SD e enfatizando a importância da criação do GPPEAH/SD como uma

forma de ‘poder ajudar a todos’. Nesse contexto, é possível estabelecer uma nova problemática

a cerca de quais os motivos que levaram aos demais profissionais das escolas a não opinarem

e/ou acrescentarem dúvidas e informações a respeito de fatores que envolvem o processo de

escolarização e desenvolvimento do estudante com AH/SD.

48%

52%

Famílias Participantes no GPPEAH/SD

Participantes Não participantes

Figura 6 – São 21 famílias atendidas no município de estudantes com indicativos de AH/SD.

Na apreciação dos resultados referente à participação dos pais no GPPEAH/SD, é possível

verificar que 48% das famílias buscam informações e apoio nos encontros organizados pela

Secretaria Municipal de Educação.

Freeman e Guenther (2000, p.159) apud Sakaguti & Bolsanello, (2012, p.232) reforçam que:

A parceria de pais, professores e das próprias crianças é essencial para forçar mudanças de políticas administrativas, bem como para a realização dessas políticas

em ação concreta. Muitas associações têm surgido, em vários países, algumas com

notável influência na formação de opinião e incorporação de políticas educacionais de

atendimento aos bem-dotados e talentosos.

Dessa forma, é fundamental que haja o incentivo aos pais, profissionais e estudiosos na

participação e disseminação de conhecimentos sobre a área, conforme elucida Sakaguti (2012).

Ainda nesse contexto, Sakaguti e Bolsanello (2012, p.232) assegura que: Comprova-se o valor das famílias como mentoras do desenvolvimento dos filhos

superdotados, constituindo-se num dos importantes pilares no reconhecimento,

atendimento e valorização dos potenciais das crianças e adolescentes com altas

habilidades/superdotação. Conhecer o modo de pensar, os sentimentos e as

expectativas dos pais em relação à superdotação do filho, pode contribuir para a

compreensão das diferentes, diversificadas e singulares características desta criança

especial.

Desta forma, é importante evidenciar que são necessárias ações incentivadoras por parte da

Secretaria Municipal de Educação e das Unidades Educacionais para o resgate e o

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envolvimento das famílias que não participam do GPPEAH/SD, de forma a elevar o percentual

de participações nos encontros.

20%

50%

15%

5% 10%

Escolaridade dos Pais de Estudantes com AH/SD participantes do GPPEAH/SD

Ensino Fundamental

Ensino Médio

Ensino Superior

Pós Graduação

Não respondeu

Figura 8 – Total de participantes: 20 pessoas.

Na investigação referente à escolaridade dos pais dos estudantes com AH/SD que participaram

do GPPEAH/SD, verifica-se que 50% possuem Ensino Médio e a outra metade, estão

distribuídos nos demais níveis de ensino. 10% dos pais optaram por não responder a este

questionamento.

No município de desenvolvimento da pesquisa, existem 37 escolas municipais de educação

básica e duas escolas municipais de educação especial. É importante ressaltar que os estudantes

com AH/SD atendidos nas SRM estão presentes em 14 escolas municipais, sendo que em uma

única escola há sete estudantes com indicativos de AH/SD, em duas delas há três estudantes

com indicativos de AH/SD em cada uma e os demais estão matriculados no restante das

escolas, sendo um estudante por escola. É interessante notar que em algumas escolas existem

números significativos de PAH/SD em relação às demais e nessa análise é interessante repensar

os fatores associados a esses números.

Com os elementos evidenciados na figura 9, é possível constatar uma problemática em relação

à participação de profissionais envolvidos no processo de escolarização desses estudantes e que

participam ou não, do GPPEAH/SD. Assim, podemos considerar o número de escolas que esses

estudantes estão matriculados e ressaltar que existe uma disparidade entre esse número e o

número de participantes nos encontros do GPPEAH/SD, pois, apenas os profissionais de uma

escola municipal participaram dos encontros. Das profissionais do Atendimento Educacional

Especializado que atuam com os estudantes com AH/SD nas duas Salas de Recursos

Multifuncionais, ambas as professoras participaram dos encontros.

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0

5

10

15

20

25

Professores das SRM Professores do Ensino Regular

Pedagogos do Ensino Regular

Profissionais na Escolas Regulares

Participantes do GPPEAH/SD

Figura 9 - Gráfico comparativo de profissionais presentes nas escolas regulares e participantes do

GPPEAH/SD.

Desta forma, verifica-se a necessidade da Secretaria Municipal de Educação enfatizar os

convites aos profissionais para os demais encontros e estabelecer uma parceria concreta com as

professoras atuantes nas SRM por meio de mediações in loco, contatos telefônicos, ofícios,

dentre outros meios de divulgação. Entretanto, há a necessidade de maior envolvimento dos

profissionais presentes nas instituições visto que, todos eles receberam convites e informações

referentes ao desenvolvimento do GPPEAH/SD e foram realizadas mediações in loco nas

unidades educacionais.

4. DISCUSSÃO

Por meio dessa pesquisa foi possível conhecer, analisar e refletir a cerca dos atendimentos que

esse município da região metropolitana de Curitiba, vem desenvolvendo junto aos estudantes

com AH/SD. Todavia, esse estudo caracterizou-se também, como um instrumento para

avaliação e reorganização do trabalho no contexto educativo junto aos familiares, profissionais

da educação e PAH/SD de forma que, as ações desenvolvidas posteriormente junto ao público

alvo supracitado, tornem-se mais eficazes e possam contribuir para o melhor desenvolvimento

dessas pessoas.

Quanto à organização do GPPEAH/SD, foram observadas respostas de profissionais e

familiares que consideram importante a realização desses momentos que, por sua vez,

caracterizam-se como forma de interação e busca de superação de dificuldades perante o

desenvolvimento de PAH/SD.

Cabe ressaltar que perante as dificuldades evidenciadas tais como a defasagem na participação

do GPPEAH/SD por parte dos profissionais da educação e pelos familiares dos demais

estudantes com AH/SD, faz-se necessário o desenvolvimento de ações conjuntas entre

Secretaria Municipal de Educação, Unidades Educacionais e Comunidade Escolar de forma a

salientar a necessidade de envolvimento e aperfeiçoamento a respeito das especificidades do

individuo superdotado.

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Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X

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5. CONCLUSÕES

Os resultados da pesquisa apontam que os encontros do Grupo de Pais e Profissionais de

Estudantes com Altas Habilidades/ Superdotação evidenciam sua importância ao compreender

que é necessário o envolvimento de todos os sujeitos dentro e fora do contexto escolar para

pensar e repensar em práticas de ações de inclusão adequadas às necessidades sócio-

educacionais e emocionais de indivíduos com AH/SD. Dessa forma, o Grupo possibilita

momentos de interação, diálogos, pesquisas e apoio necessários para a compreensão das

características do superdotado.

Cabe salientar que a reflexão sobre o atendimento aos estudantes, familiares e profissionais

envolvidos com pessoas com altas habilidades/ superdotação, despertou nos envolvidos a

necessidade de refletir sobre ações e repensar estratégias qualificadas que levem a melhoria das

práticas inclusivas dentro e fora do âmbito escolar.

Dessa forma, percebe-se a necessidade de estender os encontros para discussões a cerca das

altas habilidades, não somente às famílias, mas a todas as pessoas que fazem parte desse mundo

cheio de peculiaridades e desafios.

Assim, acredita-se que, por meio da reorganização do trabalho nas Unidades Escolares em

parceria com a Secretaria Municipal de Educação e com a Comunidade Escolar, é possível

conscientizar todas as pessoas que lidam com superdotados, para a participação, pesquisas,

debates e estudos que venham contribuir com as práticas cotidianas desenvolvidas junto a esses

sujeitos.

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