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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 1 ÍNDICE INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 03 HISTÓRIA DO GRUPO MAN ....................................................................................... 04 - Cronologia do Desenvolvimento Tecnológico MAN .............................................................. 06 CAMINHÕES MAN SÉRIE TG ..................................................................................... 10 CAMINHÕES MAN SÉRIE TGX ................................................................................... 11 - Designação ......................................................................................................................... 11 - Logotipia ............................................................................................................................. 12 CABINE ..................................................................................................................... 13 - Espelhos retrovisores .......................................................................................................... 14 - Espelho frontal adicional ...................................................................................................... 14 - Isolamento acústico ............................................................................................................ 15 - Estrutura ............................................................................................................................. 15 - Cabine com suspensão pneumática .................................................................................... 16 - Versões ............................................................................................................................... 17 - Basculamento da cabine TGX e TGS ................................................................................... 18 - Acesso ................................................................................................................................ 19 - Ergonomia .......................................................................................................................... 19 - Iluminação interna ............................................................................................................... 20 - Leito ................................................................................................................................... 20 - Controles e Instrumentos .................................................................................................... 22 - Volante multifuncional .......................................................................................................... 23 - Regulagem do volante da direção ........................................................................................ 24 - Painel de Instrumentos ........................................................................................................ 24 - Tacômetro ........................................................................................................................... 25 - Velocímetro ......................................................................................................................... 25 - Sistema de áudio MAN ........................................................................................................ 26 - Sistema de ar-condicionado ................................................................................................ 27 - Iluminação externa (noturna / diurna) ................................................................................... 28 - Luz de curva ....................................................................................................................... 30 - Luz de manobra .................................................................................................................. 30 MOTOR D 26 ............................................................................................................. 31 - Monitoramento do motor .................................................................................................... 31 - Dados técnicos ................................................................................................................... 33 - Explicação da denominação do tipo ..................................................................................... 33 - Dados característicos- D2676 LF 10 ................................................................................... 33 - Dados característicos- D2676 LF 13 ................................................................................... 34 - Componentes do motor ...................................................................................................... 35 - Bloco de cilindros ................................................................................................................ 35

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 1

ÍNDICE

INTRODUÇÃO............................................................................................................ 03

HISTÓRIA DO GRUPO MAN ....................................................................................... 04

- Cronologia do Desenvolvimento Tecnológico MAN ..............................................................06

CAMINHÕES MAN SÉRIE TG..................................................................................... 10

CAMINHÕES MAN SÉRIE TGX................................................................................... 11

- Designação .........................................................................................................................11

- Logotipia .............................................................................................................................12

CABINE ..................................................................................................................... 13

- Espelhos retrovisores ..........................................................................................................14

- Espelho frontal adicional ......................................................................................................14

- Isolamento acústico ............................................................................................................15

- Estrutura .............................................................................................................................15

- Cabine com suspensão pneumática ....................................................................................16

- Versões ...............................................................................................................................17

- Basculamento da cabine TGX e TGS ...................................................................................18

- Acesso................................................................................................................................19

- Ergonomia ..........................................................................................................................19

- Iluminação interna ...............................................................................................................20

- Leito ...................................................................................................................................20

- Controles e Instrumentos ....................................................................................................22

- Volante multifuncional ..........................................................................................................23

- Regulagem do volante da direção ........................................................................................24

- Painel de Instrumentos........................................................................................................24

- Tacômetro ...........................................................................................................................25

- Velocímetro .........................................................................................................................25

- Sistema de áudio MAN ........................................................................................................26

- Sistema de ar-condicionado ................................................................................................27

- Iluminação externa (noturna / diurna) ...................................................................................28

- Luz de curva .......................................................................................................................30

- Luz de manobra ..................................................................................................................30

MOTOR D 26 ............................................................................................................. 31

- Monitoramento do motor ....................................................................................................31

- Dados técnicos ...................................................................................................................33

- Explicação da denominação do tipo.....................................................................................33

- Dados característicos- D2676 LF 10 ...................................................................................33

- Dados característicos- D2676 LF 13 ...................................................................................34

- Componentes do motor ......................................................................................................35

- Bloco de cilindros ................................................................................................................35

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- Cárter ..................................................................................................................................36

- Árvore de manivelas.............................................................................................................36

- Biela....................................................................................................................................37

- Pistões e anéis ....................................................................................................................37

- Cabeçote do motor .............................................................................................................39

- Árvore de comando das válvulas ..........................................................................................40

- Lubrificação do motor .........................................................................................................41

- Sistema de arrefecimento ....................................................................................................42

- Sistema de aspiração / Sistema de escape ..........................................................................43

- Sistema de injeção de alta pressão - Common Rail ..............................................................44

- Sistema de baixa pressão ....................................................................................................44

- Sistema de alta pressão ......................................................................................................44

- Alternador - alimentação de corrente ...................................................................................45

- Vantagens para o cliente......................................................................................................45

- HD-OBD .............................................................................................................................46

- Tarefas / Objetivos ...............................................................................................................46

- Valores-limite de emissões HD-OBD ....................................................................................47

- Valores-limite para partículas – Normas Euro ........................................................................47

- Calendário de introdução do OBD .......................................................................................48

- Sistema de ARLA 32 (URÉIA) ..............................................................................................50

- Embreagem.........................................................................................................................51

- Denominação do tipo ..........................................................................................................51

- Descrição da embreagem ....................................................................................................51

CAIXA DE MUDANÇAS .............................................................................................. 52

- 1- MAN TipMatic (ZF) - Sistema de Transmissão Automatizado ............................................52

- 2- ZF Ecolite - 16S 2521 TO ...............................................................................................53

EIXOS TRASEIROS .................................................................................................... 54

SUSPENSÃO............................................................................................................. 56

- Eixo dianteiro / Suspensão dianteira ....................................................................................56

- Eixo traseiro / Suspensão traseira ........................................................................................56

- Suspensão metálica ............................................................................................................57

- Suspensão pneumática gerenciada eletronicamente (ECAS) ................................................58

SISTEMA DE FREIOS ................................................................................................. 59

- Sistema eletrônico de freios (EBS) .......................................................................................59

- ABS (Anti-lock Brake System) - Sistema de freio com Dispositivo Antibloqueio.....................60

- ASR (Anti-Slip Regulation) - Sistema de Tração com Regulagem Antideslizante ...................61

- ESP (Electronic Stability Program) - Programa Eletrônico de Estabilidade ..............................61

- MAN Break Matic ................................................................................................................61

SISTEMA ELÉTRICO .................................................................................................. 62

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 3

INTRODUÇÃO

As informações e dados técnicos contidos nesta apostila são de uso específico emações de treinamento, estando sujeitos a alterações sem prévio aviso. Consultesempre a literatura atualizada editada pela MAN Latin America.

Neste fascículo apresentamos as características técnicas e construtivas dos modelos TGX e TGS, oprincípio de funcionamento de seus componentes, vantagens e benefícios oferecidos pelo conjuntomecânico de um dos veículos de maior comercialização em todo o mundo.

Leia o conteúdo desta apostila e aproveite a oportunidade para seu desenvolvimento profissional!

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HISTÓRIA DO GRUPO MAN

A trajetória do grupo MAN (M.A.N. - Maschinenfabrik Augsburg-Nürnberg) é repleta de desafios e desucessos, afinal, representa uma empresa com mais de 250 anos de existência e que influencioudefinitivamente o rumo da indústria automotiva mundial.

Desde o seu nascimento na Alemanha, em 1758, como a pequena metalúrgica St. Antonylocalizada próxima à cidade de Österfeld, até sua formação atual, a MAN vem desenvolvendo etransformando o mercado do transporte, tanto de carga como de passageiros.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 5

O conglomerado de empresas que formam o Grupo MAN dos dias de hoje é o resultado dosurgimento e da fusão de algumas empresas ocorridos em seus mais de 250 anos de história, daqual destacamos os seguintes registros:

Empresas predecessoras de GHH Empresas predecessoras de MAN

1758 Planta metalúrgica "St. Antony" junto aOsterfeld.

1782 "Gute Hoffung" em Sterkrade.

1791 "Neu Essen" em Reichsstift Essen.

1873 Gutehoffnungshütte, Actienverein fürBergbau und Hüttenbetrieb emSterkrade.

1840 Sander'sche Maschinen-Fabrikem Augsburgo.

1841 Fundición de hierro y fábrica demaquinaria Klett & Comp. EmNuremberg.

1898/1908 M.A.N. MaschinenfabrikAugsburg-Nürnberg AG emAugsburgo

19211921

Em 1986 ocorre a fusão da M.A.N. com o grupo Gutehoffnungshütte Aktienverein AG para formar oGrupo MAN Aktiengesellschaft. Um dos resultados dessa fusão foi a mudança da sede da empresapara Munique (München).

Em 2008 o Grupo MAN comemora os 250 anos de sua fundação como um dos grandes líderesmundiais do segmento do transporte rodoviário de cargas e passageiros, além das muitas outrasatividades nas quais atua, sempre evidenciando a qualidade e a alta tecnologia de seus produtos,suas marcas registradas.

O Grupo MAN adquire o controle da Volkswagen Nutzfahrzeuge e incorpora a marca VolkswagenCaminhões e Ônibus ao seu leque de produtos.

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Cronologia do Desenvolvimento Tecnológico MAN

1787 A metalúrgica "Gute Hoffnung", emSterkrade, converte-se na primeirafabricante de trilhos da Alemanha.

1845 Apresenta sua Prensa Rápida para aimpressão de livros com "movimento demecanismo excêntrico" (tipo braçomecânico de locomotiva a vapor).

1873 Constrói a primeira Máquina Rotativa deimprimir para jornais e revistas daAlemanha.

1888 Desenvolve a primeira máquina a vaporde tripla expansão na Alemanha.

1893 a 1897 Desenvolvimento e produção do primeiro motor Diesel do

mundo.

1897 Constrói a primera ponte de aço alemãcom montagem em balanço, com um vãode 170 metros e uma altura de 108metros.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 7

1900 Apresenta ao mercado a primeira rotativade seis cores alemã.

1901 Constrói a primeira Comporta deRoldanas do mundo.

1903 Desenvolve e produz o primeiro MotorDiesel de Quatro Tempos de altavelocidade para barco.

1904 Constrói a primeira Turbina a Vapor, tipoZoelly.Instala a primeira Central de Energia comgrandes motores Diesel do mundo.

1915 Primeiro gasômetro seco do mundo.

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1923 Produz o primeiro Motor Diesel veicularcom Injeção Direta de combustivel;Primeira Turbina a Vapor de contra-marcha da Alemanha, em Ljungström.

1924 Produz o primeiro veículo pesadocom motor Diesel com injeção direta;Apresenta os primeiros MotoresDiesel de quatro tempos comsobrealimentação.

1941 Constrói a primeira Máquina deExtração de quatro cabos do mundo.

1952 Lança o primeiro "ConversorSoprado" com ar oxigenado domundo.

1957 Instala a primeira PlataformaFlutuante de extração de petróleo daEuropa.

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Desde sua fundação a MAN tem se destacado nos campos da criatividade, inovação tecnológica equalidade, fatores que lhe conferiram algumas das maiores premiações do mundo em suasatividades ou a seus produtos, como:

A atualização tecnológica e os lançamentos ocorridos a partir de 2004 ampliaram sensivelmente agama de produtos ofertados pela empresa, dentre os quais destacamos:

HydroDrive D20/D26 CommonRail

MAN Lions Regio

TGL D08 TGA Low Entry TGX/TGS

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CAMINHÕES MAN SÉRIE TG

O desenvolvimento dos veículos da Série TG levou em consideração as necessidades que omercado tinha de um produto que se destacasse por sua robustez, desempenho e produtividade.Baseada nessas exigências, a MAN desenvolveu a família TG, constituída por versões específicaspara cada segmento de transporte, buscando nessa especialização, para cada caso, a aplicação deum produto que ofereça sempre o máximo de seu rendimento, não importando o nível de solicitação aque seja submetido. A Série TG é composta pelos modelos TGA, TGL, TGS e TGX.

19001840 1950 20081850

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CAMINHÕES MAN SÉRIE TGX

Neste fascículo apresentaremos as características técnicas e construtivas dos modelos TGX, oprincípio de funcionamento de seus componentes, vantagens e benefícios oferecidos pelo conjuntomecânico de um dos veículos de maior comercialização em todo o mundo.

Designação

A designação do caminhão MAN TGX:

• Peso do chassi autorizado (t)PBT técnico

• Potência do motor (cv)*

TGX 28.440 (sem redutor no eixo traseiro)

TGX 33.440 (com redutor no eixo traseiro)

• Siglas de sérieT : Trucknology

G : Generation

X : Tamanho da cabine

* Os dados de potência são aproximados a 10 cv

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Logotipia

A logotipia dos veículos MAN, além do nome da empresa, também indica a região da Alemanha ondeestá sediada, na cidade de Munique, cujo brasão ostenta dois leões. No caso MAN, um leãoestilizado.

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CABINE

A cabine que equipa os caminhões TGX possui estilo próprio e busca integrar retas e curvas, com oobjetivo de otimizar a condição aerodinâmica do conjunto. As linhas inclinadas em forma de "V"ressaltam o estilo moderno e agressivo, enquanto as linhas horizontais, arqueadas, aprimoram esseaspecto buscando uma harmonia visual diferenciada e exclusiva.

A aplicação desses recursos na construção da cabine do TGX proporciona ao veículo excelentedesempenho dinâmico e uma estética visual, ao mesmo tempo, robusta e discreta.

Espelhos retrovisores:Desenho/formato para otimizar a

aerodinâmica e melhor campo de visãoDefletores de ar:

Otimização do fluxo de ar,menor nível de ruído

e melhor aerodinâmicaDefletores de ar:

Otimização do fluxo de ar,menor nível de ruído

e melhor aerodinâmica

Conjuntos ópticos:Faróis integrados de

construção e operaçãocom tecnologia moderna

Condutores de ar para refrigeração:Melhor aproveitamento da passagem do

ar pelas aberturas

Para-choques epara-barros:

Material plástico de altaresistência

Desenvolvida para agregar valores, tanto ao produto como aos usuários, a cabine instalada no TGXpossui excelente coeficiente aerodinâmico (Cx), com destaque para:

• Design dos spoilers (teto e para-choque), dos faróis e dos defletores contribui para melhorrendimento aerodinâmico, ao mesmo tempo em que proporciona menor acúmulo de impurezas.

• Menor resistência ao deslocamento também garante maior rendimento do trem de força, commaior durabilidade do conjunto e economia de combustível.

• Reduzido nível de ruído da passagem do vento pelos espelhos, defletores e colunas,proporcionando maior conforto para o motorista.

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O conjunto de espelhos retrovisores apresentacaracterísticas de projeto que contribuem paraampliar as vantagens aerodinâmicas doconjunto, pois seu desenho construtivo permiteque parte do fluxo de ar seja direcionada para asjanelas laterais e parte para a superfície dosespelhos retrovisores.

A vantagem resultante dessas características éde que a passagem das correntes de ar auxilie,por meio do atrito, na remoção de umidade ouimpurezas que possam aderir às superfícies dosespelhos ou das janelas.

Espelhos retrovisores

Espelho frontal adicional

Esse espelho tem por função ampliar a abrangência do campo de visão do motorista, evitandoacidentes.

Espelho frontal externo, montado na região do quebra-sol do lado do acompanhante.

O espelho é dobrável facilitando a lavagem da cabine, principalmente em lava-rápidos.

O espelho frontal adicional apresenta as seguintes vantagens:

• Ampla visibilidade na área frontal da cabine no lado do acompanhante.

• Fácil percepção, por parte do motorista, de pessoas ou objetos próximos, ao manobrar o veículo.

• Reduz o risco de acidentes.

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Isolamento acústico

Em seu processo de armação, a cabine recebea adição de materiais fonoabsorventes comobase de seu revestimento, cuja finalidade éreduzir o estresse acústico da estrutura, fatorque leva, por consequência, à redução dos níveisde ruídos, aumentando o conforto operacional nointerior da cabine.

Estrutura

A estrutura da cabine do MAN TGX é construída com materiais de alta resistência a impactos e temcomo conceito básico, além da robustez, a segurança de seus ocupantes.

Para tanto, foi projetada de forma a oferecer máxima performance de preservação dohabitáculo, com a inclusão de elementos deformáveis de alta capacidade de absorçãode energia em seu alojamento sobre o chassi e em regiões sujeitas a colisões.

A cabine TGX atende ainda aos mais rígidos padrões internacionais e normasde segurança em casos de impactos frontais, laterais, traseiros ou deformações resultantes detombamentos, capotamentos etc.

Em caso de acidente frontal, a cabine se desloca sobre o quadro do chassi, diminuindo asconsequências de lesão e protegendo os ocupantes.

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Cabine com suspensão pneumática

Com o objetivo de oferecer maior conforto e comodidade, a cabine TGX conta com avançado sistemade suspensão pneumática com 4 pontos de apoio, condição essa que propicia perfeito equilíbrio edistribuição de peso sobre a estrutura do chassi onde encontra-se fixada.

Controlada por válvulas niveladoras de altura - uma em cada ponto de sustentação - a cabineapresenta oscilações (esquerda/direita e frente/trás) com deslocamento máximo de 45 mm,oferecendo sensações de grande nível de estabilidade do veículo.

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Seu piso plano e a ausência de obstáculos, comocobertura do motor, permitem fácil movimentaçãoem seu interior para pessoas com até 1,80 m dealtura (versão XLX com vão livre de 1820 mm). Nosentido horizontal, na região do leito, apresenta vãolivre de 2200 mm e largura de 790 mm, possibilitandouma acomodação bastante confortável para pessoasde média/grande estatura.

Versões

Apresentadas em duas versões - XL e XLX, as cabines dos caminhões MAN TGX - Tractor paralongas distâncias possuem as seguintes características dimensionais:

TGX - XL - Cabine Leito (teto baixo) TGX - XLX - Cabine Leito (teto alto)

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Basculamento da cabine TGX e TGS

O acesso aos componentes do trem de força, localizados na parte frontal do veículo, sob a cabine, éfacilitado por uma operação de basculamento comandada por mecanismo eletrohidráulico. Essesistema aumenta o conforto e diminui o estresse da operação, facilitando a atividade de inspeçãodiária ou manutenção.

O mecanismo tem seu acionamento liberadoapós a abertura da grade frontal e permite umainclinação da cabine de 65º, criando um amploespaço para as operações de manutenção ereparo dos componentes ali alojados. Ocomando do mecanismo está posicionado nodegrau da porta, no lado esquerdo do veículo.

Caso ocorra uma pane elétrica no veículo e omecanismo não possa ser acionado por essemeio, o sistema possui um recurso demecanismo manual para realizar a operação.Para atuar mecanicamente, deve ser utilizada achave de rodas do veículo para movimentar odispositivo hidráulico.

1 - Acionamento manual do basculamento;

2 - Tubulação hidráulica;

3 - Pressão hidráulica para liberação das travas;

4 - Cilindro de basculamento.

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Acesso

As alças de sustentação, formadas de uma sópeça e lisas, e os amplos degraus tornam aoperação de acesso ao interior da cabine fácil econfortável, pois o conjunto de degraus e apoiospara as mãos estão ergonomicamenteposicionados e dimensionados adequadamente.

O ângulo abertura das portas, de 90 graus, e ainstalação de alças nas duas colunas da porta(coluna A e coluna B) permitem um acessosem interferência e sem a necessidade degrandes esforços físicos aumentando o confortoe a segurança, tanto na ação de subida quantona descida.

Ergonomia

Outro destaque altamente considerado no projeto da cabine MAN TGX refere-se às condiçõesergonômicas de seu interior, quer no aspecto dimensões, quer no aspecto posicionamento doscomandos.

Interruptores para acessórios e sistemas deiluminação, gerenciamento e dispositivos desegurança estão posicionados ao alcance dasmãos, de forma a serem acessados e ativadossem necessidade de que o motorista semovimente de sua posição de concentração napista de rolamento do veículo.

Porta-objetos acessível desde o banco domotorista e porta-pacotes central de fácil alcancepara motoristas das mais variadas alturas.

Para complementar o conforto oferecido, acabine conta com diversos espaços paraacomodar objetos, como console no teto, porta-objetos no painel, lateral das portas, além doscompartimentos localizados sob a cama. Essesnichos possibilitam melhor organizaçãovalorizando o espaço livre, além de oferecermaior segurança quanto a objetos soltos nacabine.

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Iluminação interna

O sistema de iluminação interna da cabine foi desenvolvido de forma a oferecer luminosidade eficaz ecom altos índices de segurança, pois a luz avermelhada difusa e não ofuscante não atrapalha omotorista durante a operação. O sistema conta, ainda, com elementos luminosos com foco definidopara leitura de bordo.

A iluminação adotada permite que todos os dispositivos de comando sejam facilmente identificadosdurante condução noturna.

Leito

Cama de grandes dimensões e com a densidadedo colchão, proporciona excelentes condições derepouso. As boas condições de higiene estão,também, asseguradas, pois o material docolchão é lavável.

A estrutura da cama, além de oferecer granderesistência, conta com avançado sistema demolas de madeira, com calibração específicapara a região dos pés e da cabeça, que aumentaainda mais o conforto desse acessório.

Cortinas envolventes (opcional), tanto para oespaço do leito como para a parte frontal internada cabine, com ótima vedação da luminosidadeexterna, proporciona escurecimento adequadodo ambiente.

Um compartimento multifunção, que tambémserve como uma segunda cama, possibilita aacomodação de objetos de maneira fácil esegura e oferece, além de conforto, melhorcondição de organização no interior da cabine.

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Para aumentar a segurança operacional e proteger a visibilidade do motorista em condições deexcesso de luminosidade (ofuscamento pela luz solar), a cabine TGX conta com quebras-sollocalizados tanto na lateral da porta do motorista como no para-brisa.

Dotado de suspensão pneumática decaracterísticas ergonômicas avançadas, o bancodo motorista oferece perfeita acomodação aoseu ocupante e propicia uma operação maiscômoda, diminuindo o estresse durante aoperação do veículo.

quebra-sol

frontalquebra-sol

lateral

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Controles e instrumentos

A cabine do TGX foi projetada visando facilitar o acesso aos dispositivos de controle do veículo porparte do condutor, principalmente no acesso aos interruptores de comando e aos instrumentos dopainel utilizados como monitores da operação.

Por questões de otimização de espaço e racionalidade de operação, alguns comandos estãolocalizados na lateral da porta do motorista, sempre em posições ergonômicas e de fácil acesso.

1 Botão fechar; sistema de fechamento centralizado;

2 Botão basculante para elevador elétrico do vidro (condutor);

3 Botão deslocar brevemente o espelho principal;

4 Botão aquecimento dos espelhos com luz de controle;

5 Botão para pré-seleção do espelho - lado esquerdo;

6 Disco de regulagem (joystick) para regulagem dos espelhos;

7 Botão para pré-seleção do espelho - lado direito;

8 Interruptor basculante para pré-seleção do espelho principal,de grande ângulo e de visão do passeio;

9 Botão basculante para elevador elétrico do vidro (passageiro);

10 Botão para abrir o sistema de fechamento centralizado.

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Controles de condução:

Botões (+/-):Ajuste da rotação do motor para veículo parado.Ajuste da velocidade do veículo quando emmovimento.

OFF (desativar):Para desativar a função em operação.

MEM (memorização):Mostra a última função utilizada, não sendonecessário selecioná-la novamente por meiodo botão de função e reprogramá-la.

Interruptor de "Função":Seleciona as funções a serem utilizadas.

Volante multifuncional

Consulte o Manual de Instruções de Operação (Manual do Proprietário) para conhecerdetalhes de programação dessas funções.Velocidade mínima de programação = 25 km/h.

O interruptor seletor de "função", permite ao motorista escolher a função de controle do pilotoautomático (FGR - cruise control) ou o limitador de velocidade (FGB).

Piloto automático - cruise control (FGR)*Essa função permite estabelecer uma velocidade pretendida de condução (velocidade de cruzeiro) aser mantida pelo veículo, sem que seja necessário acionar o pedal de acelerador.

Controle de limite de velocidade (FGB)*Essa função permite estabelecer uma velocidade máxima a ser atingida pelo veículo durante suaoperação, impedindo que seja ultrapassada mesmo que o pedal seja acionado ao máximo do curso.Com a ativação do Kick down o veículo passa a se deslocar acima da velocidade programada. Após adesativação do Kick down, o veículo volta à velocidade programada.

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Regulagem do volante da direção.

Além da característica de multifunção, o volante dos modelos TGX vem com ajuste pneumático dealtura e inclinação, adaptando-se às posições mais confortáveis para o motorista, ajustadas ao seubiótipo.

Painel de instrumentos

O conjunto de Instrumentos Combinados conta com uma lente de proteção com tratamento anti-reflexopara evitar distorções de leituras e indicações dos instrumentos sem exigir movimentações edeslocamentos por parte do motorista. Essa condição, além de ressaltar a ergonomia do projeto,contribui para o aspecto de segurança de operação, ao evitar o desvio da atenção da rota paramonitorar o equipamento.

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Fazem parte do conjunto de Instrumentos Combinados os seguintes componentes:

Tacômetro

O tacômetro, instrumento destinado a informar arotação momentânea do motor, apresenta seugrafismo adaptado ao monitoramento do veículoem que se encontra instalado, com faixas derotações específicas do modelo.

Faixa de operação econômica: - representadapela cor verde (LED's), indica a gama derotações em que o motor apresenta seu torquemáximo, proporcionando melhor desempenho eeconomia operacional. (Entre 950 - 1.400 rpm)

Durante a aceleração, a área econômica ideal éidentificada por dois LED's de maiorluminosidade (1) na faixa verde do instrumento.(Entre 1.500 e 1.600 rpm)

Faixa de operação casual - sem coloração específica, representa a área em que o veículo deve seroperado por curtos espaços de tempo (como em trocas de marchas), pois a operação contínuanessa rotação pode gerar alto consumo de combustível. (Entre 1.800 e 2.200 rpm)

Durante a aplicação do freio motor, uma nova sequencia de LED's se acende, ampliando a faixaverde e estendendo-se até a graduação correspondente à rotação atingida pelo motor. Os LED's demaior intensidade indicam a eficiência apresentada pelo freio motor. (Até 2.200 rpm)

Faixa de alerta - indicada pela cor vermelha (LED's), representa um campo de aviso de risco para omotor, indicando que o mesmo se aproxima da rotação máxima admissível e estará sujeito a avarias.(Acima de 2.200 rpm)

No visor 2 são indicadas a temperatura externa e a quilometragem total percorrida pelo veículo.

Velocímetro

Instrumento que indica, analogicamente, a velocidadeoperacional momentânea do veículo.

No visor 3 são indicadas, de forma digital, a hora,a quilometragem parcial e a velocidade em km/hou mp/h.

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Sistema de áudio MAN

A cabine TGX é equipada de série com sistema de som de alta qualidade para que o motorista possadesfrutar ao máximo da qualidade sonora.

Alto-falantes de graves adicionais nas portas e subwoofer (opcional) no compartimento de porta--objetos complementam o equipamento.

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Sistema de Ar-condicionado

Com o objetivo de aumentar o conforto operacional no interior da cabine do caminhão MAN, o sistemade ar-condicionado oferecido possui duas funções ou modos de atuação, a saber:

Modo Convencional - atuação na qual, ao ser acionado o comando do ar-condicionado, o sistemafunciona de maneira ininterrupta, com o compressor desligando somente após a temperatura atingirmarca inferior a 7º C.

Modo Ecológico - nessa função a atuação do compressor é comandada eletronicamente porseleção de temperatura pré-ajustada, pelo operador do veículo, no termostato do sistema. Sempreque a temperatura atingir o valor selecionado, o compressor será desligado, voltando a ser ativadocom a elevação da temperatura fora da faixa selecionada. Essa forma de atuação propicia maioreconomia de combustível durante a operação.

1 Ajuste da velocidade de ventilação;2 Arrefecimento c/o motor em funcionamento;3 Ajuste da temperatura;4 Display;5 Ventilação dos vidros laterais;

6 Desumidificação do ar que entra;7 Ajuste da distribuição do ar;8 Sensor de temperatura dentro da cabine;9 Recirculação do ar.

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Iluminação externa (noturna / diurna)

A iluminação externa da cabine TGX oferece segurança para o motorista com o melhor conforto paraa tomada de decisões quando há necessidade de fazer alguma manobra.

O sistema de iluminação externa da cabine do TGX foi desenvolvido de forma a oferecer alto nível desegurança ativa, tanto para o motorista, proporcionando excelentes condições de visibilidade emoperação noturna ou sob neblina, quanto para os condutores de veículos que utilizam a mesma rota,permitindo a fácil visualização do veículo mesmo sob severas condições visuais.

Além das costumeiras luzes de lanterna, farol baixo, farol alto, farol de neblina, farol de longo alcance(milha) e luzes indicadoras de direção, a delineação frontal conta com 2 barras de Led's (LE/LD) naparte inferior do conjunto óptico e dois conjuntos de 4 Led's cada (LE/LD), na parte superior dacabine. Estes conjuntos apresentam baixo consumo de energia (1 W).

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 29

A identificação de presença do veículo, na lateral, é feita por dois conjuntos de 4 Led's cada, de cadalado do veículo, um próximo aos reservatórios de ar (LE) / tanque de combustível (LD) e outro juntoao conjunto de rodas (LE/LD).

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Para aumentar o campo de visão em operações noturnas ou sob neblina, o sistema de iluminaçãoexterna conta com subsistemas:

Luz de curva

Iluminação proveniente de lâmpada instalada no refletor externo dos conjuntos ópticos adicionais (LE/LD), que propicia maior segurança em curvas ou manobras. Esse dispositivo atua em sincronismocom o farol baixo, com o veículo em velocidades abaixo de 40 km/h, e com a seta.

Luz de curva

Luz de manobra

Iluminação posicionada nos degraus da escada de acesso à cabine, na porta do acompanhante, quetem como função iluminar a área no entorno do pneu dianteiro direito. É usada em conjunto com oespelho frontal adicional (espelho de chão) e auxilia o motorista a identificar obstáculos na região,evitando lesões em pessoas ou danos materiais em objetos. Acionada por um interruptor no painel.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 31

MOTOR D 26

Os caminhões MAN utilizam unidades geradoras de força produzidas sob os mais rigorosos padrõesde qualidade, seja no que se refere ao emprego de materiais ou a seu processo de manufatura,montagem e avaliação. Durante a fase de projeto dessas unidades são desenvolvidos processos eprocedimentos que se baseiam nos mais modernos conceitos tecnológicos disponíveis, além deserem, também, estabelecidos parâmetros elevados de rendimento e desempenho.

Os modelos TGX recebem uma unidade propulsora modelo D26, do ciclo Diesel, 4 tempos, arrefecidoa água, turboalimentado e pós-arrefecido, de 6 cilindros em linha e índice de emissões emconformidade com a norma EURO 4 (conforme legislação). Utiliza o sistema de injeção de alta pressãoCommon Rail e módulo de gerenciamento EDC 7 (Electronic Diesel Control).

Monitoramento do motor

O monitoramento do motor é feito por meio de diversos sensores, que transmitem as diferentescondições de funcionamento do motor à unidade de comando (EDC 7) do sistema de gerenciamentode combustível.

A unidade de comando do sistema (EDC 7) de gerenciamento funciona segundo o princípio EPS, noqual:

E = EntradaP = ProcessamentoS = Saída

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A unidade de comando (EDC 7) processa as informações recebidas dos sensores e controla os sinais desaída que são enviados aos atuadores. Os atuadores convertem os sinais em grandezas mecânicas, quesão transformadas em ação (exemplos: abertura/fechamento de válvula, acionamento de dispositivos).

São chamados atuadores os componentes que, após receberem um sinal elétrico da EDC 7,realizam uma ação que possibilite o funcionamento do motor dentro das características deperformance, rendimento, padrões pré-fixados de racionalização e economia de combustível segundoprojeto de engenharia e índice de emissões estabelecidos por órgão gestor ambiental oficial.

Sensores EDC 7 Atuadores

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 33

Explicação da denominação do tipo

Denominação Explicação Exemplode tipo

D Tipo de combustível Diesel

26 Número de referência + 100 Orifício de 126 mm

7 (Número de referência x 10) + 100 170 mm de curso (arredondado)

6 Número de cilindros 6 cilindros

L Sobrealimentação com sobrealimentação e refrigeraçãodo ar de admissão ("intercooling")

F Montagem do motor Motor/vertical/direção dianteira esquerda

10 Identificação do modelo Nível de desenvolvimento do componente

Dados característicos

D2676 LF 10

Dados técnicos

Denominação Unidade Especificações

Classificação de poluentes EURO 4

Número de cilindros / disposição 6 cilindros/em linha/verticais

Válvulas por cilindro 4

Peso do motor seco kg 1005

Sistema de injeção Common Rail/EDC 7

Sentido de rotação olhando para o volante esquerda

Diâmetro mm 126

Curso mm 166

Cilindrada ccm 12419

Sequência de ignição 1-5-3-6-2-4

Rotações nominais RPM 1900

Rotação inferior em marcha lenta RPM 550

Potência nominal CV 440

Torque máx. em rotação Nm RPM 2100 Nm a 950 - 1400 RPM

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D2676 LF 13

Denominação Unidade Especificações

Classificação de poluentes EURO 5

Número de cilindros / disposição 6 cilindros/em linha/verticais

Válvulas por cilindro 4

Peso do motor seco kg 1005

Sistema de injeção Common Rail/EDC 7

Sentido de rotação olhando para o volante esquerda

Potência nominal de acordo comISO 1585-88/195 CEE

Diâmetro mm 126

Curso mm 166

Cilindrada ccm 12419

Sequência de ignição 1-5-3-6-2-4

Rotações nominais RPM 1900

Rotação inferior em marcha lenta RPM 550

Torque máx. em rotação Nm RPM 2500 Nm a 1050 - 1350 RPM

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 35

Componentes do Motor

Bloco de cilindros

O bloco de cilindros é constituído por uma peça única, fabricada em ferro fundido nodular de altaresistência e que serve de alojamento para os componentes móveis do motor.

As camisas dos cilindros, produzidas pelo processo de fundição centrífuga em liga de aço altamenteresistente à temperatura e ao desgaste, são do tipo "úmida" e "removível". Sua vedação no interior dobloco é feita por anéis de elastômero.

O bloco do motor é fechado na traseira por uma carcaça (carcaça do volante) e, à frente, por umatampa (carcaça da distribuição), ambas produzidas em alumínio. As carcaças do volante e dadistribuição também servem como alojamento para os retentores, dianteiro e traseiro, da árvore demanivelas.

Para acomodação da árvore de manivelas o bloco conta com sete mancais de bancada, alinhadospor operação de mandrilagem única para a perfeita acomodação do componente.

Os gases formados no cárter do motor são conduzidos para um separador de óleo, com válvulareguladora de pressão do lado da aspiração do turboalimentador, seguindo daí para a câmara decombustão.

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Cárter

O cárter é fabricado com a união de duas chapas de aço estampadas, com a interposição dematerial isolante acústico (tipo sandwich) para reduzir a emissão de ruídos resultantes da vibração domotor.

Outra característica apresentada pelo cárter do motor D26 é seu sistema de fixação, que utiliza umanel de alumínio em toda sua borda, provocando maior esmagamento da junta e assegurando melhorfixação e vedação quanto a possíveis vazamentos.

Árvore de manivelas

A árvore de manivelas é forjada em aço de microliga usinado, temperado por indução e retificado paraassegurar baixo coeficiente de atrito com os casquilhos dos mancais de bancada (munhões) e debiela (moentes) e, ao mesmo tempo, alta resistência ao desgaste de forma a proporcionar longa vidaútil do componente. Para o equilíbrio de massas, a árvore de manivelas possui oito contrapesos,forjados no corpo da própria árvore.

Os munhões e moentes da árvore de manivelas assentam em casquilhos e a folga axial é ajustadano munhão traseiro (7º mancal de bancada), por meio de arruelas de encosto colocadas entre obloco e a carcaça do volante. A lubrificação dos casquilhos de biela é feita por meio de canal (orifício)interno da árvore de manivelas, com saída na região do moente correspondente.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 37

Biela

Bielas forjadas em matriz de alta precisão, emuma só peça de aço microliga e tratamento anti-stress mecânico. O olhal do pé da biela éusinado inicialmente com a peça em sua formaoriginal, inteira, e separado (capa / corpo) pormeio de fratura (processo cracking) da capa dabronzina da biela. O acabamento originado peloprocesso cracking resulta em uma superfíciecom estrutura em forma de "dentado exclusivo"entre a capa e o corpo da biela, de ajuste único,que impede sua troca de posição, ou mesmo decomponente, oferecendo ainda grandeestabilidade transversal de fixação e perfeitoalinhamento entre as peças, reduzindo aspossibilidades de vibrações durante ofuncionamento do motor.

Pistões e anéis

Nos motores D 26 são montados pistões de ligade alumínio com anel de suporte para o anel desegmento superior do pistão (anel de fogo)embutido. Os pistões estão equipados com umcanal de arrefecimento para maior dispersão docalor gerado durante as elevadas solicitações decarga ou alto rendimento e são refrigerados pormeio de jato de óleo a partir dos ejetores fixados,em posições estratégicas, no bloco.

Nas laterais do pistão, região de maior atrito eesforço em função do movimento rotativo daárvore de manivelas, o êmbolo recebe umtratamento de deposição de grafite para reduçãode atrito com as paredes da camisa durante seudeslocamento.

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Os anéis de pistão instalados no conjunto são confeccionados com a mais avançada tecnologia emateriais para apresentar grande resistência abrasiva (desgaste por atrito sob altas temperaturas) emelhor estanqueidade aos gases produzidos durante a combustão, proporcionando alto rendimentotérmico do agregado.

O conjunto é formado por três anéis, a saber:

Anel superior de compressão (anel de fogo), confeccionado em aço cromo-molibidênio, com perfiltrapezoidal duplo (abaulado), com excelente característica de vedação e resistência ao desgaste.Este anel encontra-se alojado em canaleta de aço insertada no corpo do pistão durante processo defundição do mesmo.

Na segunda canaleta é instalado um anel cônico, destinado a evitar passagem de gás da combustão parao cárter e retirar eventual excesso de óleo lubrificante e depósitos sólidos carbonizados remanescentes naregião de queima.

O conjunto é complementado por um anel raspador de óleo, cuja finalidade é prover a lubrificação naárea de deslizamento do pistão e fazer com que o mesmo se desloque de forma livre, contribuindopara o alto desempenho do motor. O anel é do tipo dupla superfície de arraste e mola expansorainterior.

Anel superior de compressão

Anel cônico

Anel raspador de óleo

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 39

Cabeçote do motor

Produzido em ferro fundido perlítico, o cabeçote que equipa os motores da série D 26 é fabricadoem peça única e possui o alojamento da árvore de comando de válvulas em sua parte superior,apresentando, por essa condição, um processo de construção conhecido como OHC - Over HeadCamshaft. Outra característica é a instalação de guias e sedes das válvulas por processo deinterferência, assegurando sua perfeita condição de fixação no alojamento.

As válvulas - 4 por cilindro - são acionadas por 2 balancins (escape / admissão), com ponte paraacionamento duplo, que agilizam os serviços de manutenção. As válvulas de escape são tambémresponsáveis pela atuação do EVB (Exhaust Valve Brake), que é ativado eletronicamente e atua porpontes individuais substituíveis. A fixação do cabeçote do motor é feita por 26 parafusos Torx de altaresistência com aperto torque + ângulo e sua junta é confeccionada em chapa de aço e conta comreforço especial na área de vedação da câmara de combustão.

A circulação do líquido de arrefecimento no cabeçote se dá em sentido diagonal, forçando o líquido apercorrer uma rota maior, retirando maior quantidade de calor nesse trajeto.

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Árvore de comando das válvulas

Considerada um dos mais importantes componentes do motor, a árvore de comando das válvulas éconstruída em aço forjado e, após usinada sob rígidos padrões de precisão, passa por processo detratamento de endurecimento da superfície dos mancais e cames por meio de indução. Esseprocesso assegura alta resistência ao desgaste dos pontos móveis do comando em contato comoutros componentes, ao mesmo tempo em que mantém características de flexibilidade e resistênciatorcional da estrutura da peça.

É posicionada na parte superior do cabeçote, apoiada em mancais providos de casquilhos bipartidose acionada por engrenagens de dentes retos instaladas no lado do volante do motor. Sua folga axial éajustada por um casquilho com flanges (abas) laterais. No ponto de contato com os balanceiros osistema conta com rolamento de rolo.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 41

Lubrificação do motor

A lubrificação do motor é feita sob pressão e em circuito fechado, para todos os pontos onde hajacontato entre peças móveis e, consequentemente, geração de atrito.O radiador e o filtro do óleo do motor estão agrupados em uma única carcaça formando um módulode lubrificação, no qual estão, também alojadas as válvulas que controlam o fluxo do lubrificante.A verificação do nível do óleo é efetuada por meio de uma vareta de medição e de um sensor de nívelmontado no interior do cárter do motor.O óleo chega até o cabeçote do motor por meio de uma única galeria reduzindo o número de pontosde passagens que necessitam vedação individual, minimizando assim o risco de vazamentos. Oturboalimentador, também é lubrificado por linha independente.

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Sistema de arrefecimento

Circuito de arrefecimento por circulação forçada com bomba de circulação, isenta de manutenção,acionada por correia multicanal tracionada por polia instalada na árvore de manivelas. O alojamentoda bomba faz parte da carcaça da caixa de distribuição mecânica do motor, que recebe também oalternador e as bombas de baixa e alta pressão do sistema de combustível.

A conexão para o retorno do líquido de arrefecimento direto para a bomba d'água (temperatura abaixodos 83º C) também faz parte da carcaça de distribuição, e recebe o líquido da caixa distribuidora dasválvulas termostáticas. As válvulas termostáticas, em número de duas, são substituíveis comelementos de cera como material elástico e atuam sob temperatura de início de abertura a 83º C eabertura total de 90º C.

São, ainda, utilizados ventiladores com acoplamento viscoso comandados por ativação elétrica. Oacoplamento do ventilador Visco depende da temperatura do líquido de arrefecimento e do sinal domódulo gerenciador FFR. O acionamento é feito pela correia multicanal e polia tracionada pelo pinhãoreto da árvore de manivelas.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 43

Sistema de aspiração / Sistema de escape

O coletor de escape, fundido em ferro nodular, resiste a altas temperaturas e tem construção tripartida.Essa característica permite melhor acomodação do componente em função da variação da temperatura,eliminando a geração de tensões internas no material que poderiam interferir em sua eficiênciaoperacional.

Está fixado ao cabeçote do motor por parafusos altamente resistentes ao calor com coeficiente deacomodação para acompanhar a movimentação do coletor. O módulo central do coletor é construídode forma a servir como alojamento para o turboalimentador. Na saída dos gases queimados do turboé instalado o tubo (cotovelo) de escapamento com a válvula do freio motor montada em seu corpo.

A válvula do freio motor possui três posições básicas de operação, fazendo variar assim a potênciaefetiva do freio motor, segundo seleção feita pelo motorista:

Posição 1 - Parcialmente fechada, porcentagem da potência de frenagem = 33%

Posição 2 - Parcialmente fechada, porcentagem da potência de frenagem = 66%

Posição 3 - (Quase) Totalmente fechada, porcentagem da potência de frenagem = 100%

O projeto de construção do motor oferece, ainda, a possibilidade de utilização de um freio auxiliar -freio motor - de alto desempenho, com rendimento de 60% de sua capacidade total de geração deenergia, conhecido como EVBec (Exhaust Valve Brake). Nos motores MAN D26, a potência defrenagem chega a atingir 285KW, propiciando uma redução substancial no desgaste dos materiais dosistema de freio de serviço, além de ampliar o espaço entre manutenções, deixando o veículodisponível para operação por mais tempo.

Outra consequência do uso desse sistema auxiliar é o aumento da segurança ativa do veículo, commenor risco de acidentes.

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Sistema de injeção de alta pressão - Common RailO sistema de injeção de combustível do tipo Common Rail baseia-se na ação de que o combustível ésuccionado do tanque e pressurizado em uma câmara em forma de tubo (Rail) equalizador, que atuacomo distribuidor comum (Common) a todas as válvulas injetoras do motor, assegurando a equalizaçãoda pressão de injeção em todos os cilindros. O sistema divide-se em circuito de baixa e de altapressão, servindo o primeiro apenas para alimentar o segundo. O sistema opera por pressão de até1.600 bar.

Sistema de baixa pressão

Corresponde à parte do circuito compreendida entre o reservatório de combustível e a entrada dabomba de baixa pressão, que tem por finalidade succionar o combustível do tanque e alimentar, comesse combustível, a bomba de alta pressão. No trajeto, o combustível circula pelos três filtros(separador, pré-filtro e filtro principal). Duas válvulas de retenção, tipo "bico de pato" (Duck bill) evitamo retorno do combustível ao tanque.

Sistema de alta pressão

O sistema de alta pressão é composto pela bomba de alta pressão, de vazão regulada, unida porflange à bomba de alimentação (bomba de baixa pressão) de combustível, pelo tubo de distribuidor(Common rail) com válvula limitadora de pressão e pelas válvulas injetoras. A atuação das válvulasinjetoras é controlada por válvulas solenóide que, por sua vez, são energizadas pelo módulo EDC7,encarregado de determinar o momento (início) e o volume (tempo) de combustível a ser injetado.

Através dos injetores controlados por válvulas solenóide podem ser realizadas injeções múltiplas:

1 - Pré-injeção para melhoramento da combustão, redução dos ruídos e picos de pressão dacombustão.

2 - Injeção principal para fornecer a energia para a potência necessária ou gerada do motor.

3 - Pós-injeção para reduzir as emissões de poluentes, principalmente NOX.

sistema de baixa pressão

sistema de alta pressão

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 45

Alternador - alimentação de corrente

Alternador de 110 A de série para alimentação de corrente de todos os consumidores.

Em caso de consumo de corrente elevada:

• Alternador de 110 A com rendimento melhorado, disponível como equipamento opcional.

Vantagens para o cliente

• Corrente em todos os demais estados de funcionamento habituais com o equipamento padrão,de jeito que, em caso de necessidade, sempre tenha suficiente corrente disponível.

• Estado de carga asegurando a bateria do veículo, inclusive em caso de conectar adicionalmentegrandes consumidores, ou baixas condições de funcionamento que exigem especialmente muitacorrente, conforme o potente alternador 110 A.

• Segurança de marcha constante do veículo baixo em qualquer condição de aplicação.

• Maior lucratividade graças ao rendimento melhorado.

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HD-OBD

A partir de janeiro de 2012, a legislação determina que todos os veículos equipados com motores EURO 5em diante disponham de uma interface de diagnóstico universal de acordo com a norma ISO 15031-3.

A normalização OBD (On Board Diagnostic) permite pela primeira vez que quase todos os veículos nomundo tenham um sistema de diagnóstico universal para os componentes relevantes do sistema deescape.

HD-OBD é a abreviatura para Heavy Duty – On Board Diagnostic. Heavy Duty significa, neste contexto,que destina-se a veículos industriais pesados. Trata-se de um sistema de diagnóstico integrado para ocontrole de emissões.

Tarefas / Objetivos

• Controle permanente das funções e componentes de um veículo relevantes para asemissões, incluindo o sistema de injeção, a recirculação dos gases de escape e o tratamentoposterior dos mesmos;

• Registro e comunicação de aumentos significativos das emissões durante o funcionamento totaldo veículo. Uma avaria é registrada após 3 ciclos de condução (3 arranques do veículo com amesma avaria) na memória eletrônica do veículo. As mensagens de avaria não podem serapagadas durante 400 dias ou 9.600 horas de funcionamento;

• As avarias são indicadas por uma lâmpada de aviso amarela no painel de instrumentos -Malfunction Indicator Lamp (MIL). A lâmpada MIL acende / pisca quando é detectada uma avariaque diz respeito ao comportamento do veículo em relação aos gases de escape;

• Arquivo dos dados em memória: Caso sejam detectadas avarias, no EURO 5 existe umamemória de avarias OBD adicional na caixa Denoxtronic-Box (DCU15);

• As avarias são lidas pela interface universal X200 (tomada OBD) por meio do MAN-cats II.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 47

Valores-limite de emissões HD-OBD

Leituras disponíveis para os órgãos governamentais.

Valores-limite para partículas - Normas Euro

Lim

ite d

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mis

sões d

e

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do [g/k

Wh]

Part

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do [g/k

Wh]

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Calendário de introdução do OBD

Janeiro de 2012 - EURO 5 / PROCONVE 7

Introdução EURO 5 em modelos novos incluindo OBD2, ou seja, controle do motor e do tratamentoposterior dos gases de escape por confrontação com valores-limite do OBD - controle do grau deeficácia do catalisador (sensor de NOx ou de NH3).

Controle das informações do OBD e das informações relevantes para as emissões entre a interfacee os aparelhos de comando do veículo.

Unidade de controleda URÉIA DCU 15

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 49

Introdução EURO 5 em matrículas novas incluindo OBD2, ou seja, controle do motor e do tratamentoposterior dos gases de escape por confrontação com valores-limite do OBD - controle do grau deeficácia do catalisador (sensor de NOx ou de NH3).

Controle das informações do OBD e das informações relevantes para as emissões entre a interfacee os aparelhos de comando do veículo.

1 Cilindro atuador da válvula de escape (EVB);

2 Válvula dosadora (Y436);

3 Injetor de ARLA 32 + misturador de ARLA 32;

4 Depósito de ARLA 32;

5 Módulo de alimentação / Denoxtronic (A808);

6 Reserva de ar (~10 bar, circuito 4);

7 Sensor de NOx;

8 Sensor de temperatura dos gases de escape 1 (B633);

9 Silenciador;

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50

10 Tubulação de aspiração;

11 Tubulação de retorno;

12 Filtro 10 µm;

13 Tubulação de alimentação de ARLA 32;

14 Ar comprimido (~ 3,6 bar);

15 Sensor de temperatura do nível de ARLA 32 (B628);

16 Camada de bloqueio (Catalisador de bloqueio de amoníaco);

17 Sensor de temperatura dos gases de escape 2 (B634);

18 Filtro de tubagem 300 µm;

19 Pré-filtro 100 µm.

Sistema de ARLA 32 (URÉIA)

O ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo de NOx) é um sistema de tratamento de gases deescape para veículos industriais utilizado em associação com um catalisador SCR (Catalisador deredução). Com a utilização deste, é reduzido em 85% o teor de óxidos azotosos e em 40% o teor departículas. Neste processo, é adicionada ao fluxo de gases de escape uma mistura de URÉIA e água a32,5% de concentração (ARLA 32) antes do catalisador SCR.

O ARLA 32 é uma solução não tóxica, incolor, produzida sinteticamente. O ARLA 32 não é consideradonem produto tóxico, nem substância tóxica, e está incluído na classe 1, a mais baixa em termos derisco de contaminação de águas.

A partir da mistura de URÉIA e água (ARLA 32) forma-se amoníaco por hidrólise (NH3). O amoníacoassim produzido reage num catalisador SCR especial a uma temperatura específica com os óxidosazotosos dos gases de escape. Os óxidos azotosos (NO e NO2) são transformados em componentesinofensivos, nomeadamente água (H2O) e azoto (N2).

Com a reação catalítica seletiva são removidas dos gases de escape partículas de fuligem e óxidosazotosos. Ou seja, é reduzida substancialmente a carga poluente transferida para o meio ambiente.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 51

Embreagem

Denominação de tipo

Descrição da embreagem

(1) Carcaça

(2) Prato de pressão (prato de embreagem)

Embreagem do tipo pull, de acionamento mecânico, comandada por ação hidráulico-pneumática paraveículos com transmissão mecânica ou gerenciada eletronicamente e com comando hidráulico paraveículos com transmissão automatizada.

(3) Disco de embreagem

(4) Rolamento de encosto da embreagem

Tipo Denominação

M Embreagem de disco com mola de diafragma

F Volante plano (do motor)

Z Desembreagem por cabo

430 Diâmetro em mm

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CAIXA DE MUDANÇAS

Para atender às modernas solicitações de trabalho, a linha MAN TGX, oferece duas versões decaixas de mudanças:

1 - MAN TipMatic (ZF) - Sistema de Transmissão Automatizado

A caixa de mudanças ZF 12AS 2530 TO, que equipa a série TGX possui 12 marchas à frente e 2marchas à ré, que podem ser trocadas automatizadamente, por meio de um programa gerenciadoeletronicamente que seleciona cada uma das velocidades a ser utilizada, por meio de uma análisedas condições de topografia, carga, posição do pedal do acelerador, velocidade momentânea doveículo, etc., sem que haja necessidade de interferência do motorista. Sob essa forma de operação,a marcha selecionada é sempre a que melhor atende às solicitações às quais o veículo estásubmetido, proporcionando o melhor desempenho do conjunto e utilizando o motor em sua faixa detorque máximo.

A relação de transmissão da caixa varia de 12,33(1ª marcha) a 0,78:1 (12ª marcha) classificando-a como uma caixa "overdrive", condição em que,utilizada adequadamente, contribui para um baixoconsumo de combustível.

Sob determinadas condições de solicitação, oveículo poderá ser operado manualmente,bastando para isso selecionar a opção "Manual"oferecida pelo sistema de gerenciamentoeletrônico, permitindo ao motorista escolher amelhor condição de condução, segundo suaexperiência e/ou a condição momentânea.

A caixa de mudanças possui carcaça emalumínio, reforçada por nervurasestrategicamente posicionadas que, além doreforço estrutural, contribuem para a redução donível de ruídos emitidos pelo conjunto.

Relação de marchas

Marcha Relação

1L 1H 12,33 9,59

2L 2H 7,44 5,78

3L 3H 4,57 3,55

4L 4H 2,70 2,10

5L 5H 1,63 1,27

6 L 6H 1,00 0,78

RL RH 11,41 8,88

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 53

2 - ZF Ecolite - 16S 2521 TO

Oferecida opcionalmente na linha TGX, a caixa de mudanças ZF Ecolite 16S 2521 TO apresentacomo característica principal grande robustez, característica essa que se traduz em longa vida útil ebaixo custo de manutenção, além da grande versatilidade de aplicação, quer em caminhõesestradeiros que operam em longas distâncias como em outros que atuam em trabalhos específicos ecurta distância.

Construída dentro de rigorosos padrõesinternacionais de qualidade, a caixa de mudançaspossui 16 marchas à frente escalonadas de formaa permitir o maior aproveitamento do rendimento domotor que, trabalhando dentro de sua faixa ideal derotação ofereça, ao mesmo tempo, alto torque ebaixo consumo de combustível.

Utilizando o sistema de engate "servo-shift" paraa mudança de velocidades, torna as operaçõesde engate e desengate de marchas mais suave,reduzindo em até 60% o esforço necessário paraessa troca.

Marcha Relação

1L 1H 13,80 11,54

2L 2H 9,49 7,93

3L 3H 6,53 5,46

4L 4H 4,57 3,82

5L 5H 3,02 2,53

6 L 6H 2,08 1,74

7L 7H 1,43 1,20

8L 8H 1,00 0,84

RL RH 12,92 10,80

O processo construtivo da caixa, do tipo "split-range", dá à transmissão ZF 16S característica deapresentar uma secção principal com 4 marchas básicas acopladas a um grupo redutor com relaçãode transmissão fixa que, quando ativado, amplia para oito o número de marchas básicas à frente. Umsegundo grupo redutor divide cada uma dessas oito marchas, transformando-as em 16 velocidades,devidamente escalonadas e adequadas às solicitações das mais variadas aplicações do produto,oferecendo condições de alto desempenho ao conjunto propulsor do veículo.

O manuseio da alavanca de seleção de marchas, além de simples, é bastante suave, tornando o atode dirigir bastante confortável e, ao mesmo tempo, preciso e seguro.

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EIXOS TRASEIROS

O caminhão MAN TGX tem como aplicação principal o segmento dos veículos com alta capacidadede carga e de tração, operando na movimentação de bitrens, pranchas para transportesextrapesados ou em terrenos acidentados, de difícil acesso, nos quais a capacidade de arranque édeterminante para uma operação continuada.

São utilizados eixos tracionários nos quais o conjunto diferencial é montado em carcaça em chapa deaço estampada, com alta resistência mecânica e grande estabilidade dimensional, propiciando aoconjunto menor peso total.

Individualmente, cada eixo recebe um conjunto diferencial de redução simples, que atua na compensaçãoda rotação entre rodas - direita/esquerda - quando o veículo percorre uma curva ou transita por pisosirregulares.

Para compensar a diferença de rotação entre os eixos anterior e posterior, o conjunto diferencial doprimeiro (eixo traseiro anterior) possui, também, um conjunto diferencial adicional que atua nasmesmas condições de trânsito do veículo.

A série TGX está equipada em forma standard com um conjunto de eixos traseiros em tandem,ambos motrizes, do tipo cardã passante (interaxle). Opcionalmente, esse conjunto pode receber ummecanismo de redução no cubo.

HYD 1370

HY 1350 HP 1352

HPD 1382

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 55

O conjunto conta ainda com o dispositivo de bloqueio do diferencial, equipamento indispensável paracondições de trânsito ou arrancada em pisos de baixa aderência. O mecanismo é aplicado por açãoeletropneumática comandada pelo módulo de gerenciamento central do veículo, após analisar ascondições de tração do veículo quando transitando por pisos escorregadios. A ação de bloqueio seprocessa tanto no sentido longitudinal (eixo / eixo), quanto transversal (roda / roda) do veículo.

Dependendo da caixa de mudanças (automatizada ou mecânica) teremos diferentes configuraçõesde relação entre caixa e diferencial, conforme tabela abaixo:

Eixo Traseiro HYD-1370 HY-1350 HPD-1382 HP-1352

Diferencial 3,70:1 3,70:1 4,00:1 4,00:1Caixa

Mecânica

Diferencial 4,11:1 4,11:1 4,33:1 4,33:1Caixa

Automatizada

Capacidade 13 Toneladas 13 Toneladas 13 Toneladas 13 ToneladasTécnica

Bloqueio Longitudinal e Longitudinal e Longitudinal e Longitudinal etransversal transversal transversal transversalcomandado comandado comandado comandado

pneumaticamente pneumaticamente pneumaticamente pneumaticamente

CMT 80 Toneladas

Peso do eixo 738 aprox. 690 aprox. 935 aprox. 804 aprox. com óleo,

sem rodas (kg)

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SUSPENSÃO

Um dos fatores que mais influencia no conforto e, como consequência, na dirigibilidade de um veículoé a reação da suspensão, que deve assegurar a robustez necessária para cada aplicação em que oveículo for submetido, propiciando baixo custo operacional e possibilitando excelentes condições deoperação, mesmo em condições precárias ou terrenos acidentados, como nas operações fora deestrada.

Os veículos MAN série TGX e TGS apresentam conjuntos de suspensão ajustados e calibrados paraas mais severas condições de trabalho destacando a relevância do fator segurança, quer seja doveículo, da carga ou de seus ocupantes.

Eixo dianteiro/Suspensão dianteira

Construído em viga de aço forjado, de perfil I e extremidades do tipo punho invertido, o eixo dianteirodo modelo VOK-09, com capacidade técnica para suportar 7.500 kg de peso (para veículos semredução nos cubos) ou 8.000 kg (para veículos com redução nos cubos), utiliza suspensão mecânicacom feixe de molas metálicas do tipo parabólicas, composto por 3 lâminas e silente block.

Esse tipo de suspensão assegura alto nível de conforto para os ocupantes da cabine e segurança naoperação do veículo, propiciando grande estabilidade direcional, em curvas ou terrenos acidentadoscom difíceis condições de tráfego.

Eixo traseiro/Suspensão traseira

Os veículos MAN TGX e TGS apresentam dois tipos de suspensão traseira, ficando a opção a serescolhida segundo a aplicação que se deseja destinar ao veículo.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 57

Suspensão metálica

Apresentado na versão 6X4 e com aplicação no transporte de cargas extrapesadas e em terrenosacidentados, os veículos TGX possuem suspensão traseira do tipo balancim, com articulação centrale feixe de molas invertido, com lâminas reforçadas, adequadas para serviços fora de estrada,sujeitas a grandes solicitações em função das condições do piso. Por apresentar ação progressiva,esse tipo de suspensão também oferece excelente conforto para operações em rodovias, fazendoatuar somente as lâminas sob solicitação da carga transportada, propiciando um rodar suavequalquer que seja o volume dessa carga.

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O sistema permite ainda ajustes de elevação e rebaixamento na altura do veículo, possibilitandoregulagens para carregamento e descarregamento de materiais. Com a implantação do módulo decontrole eletrônico para a suspensão, todo o controle e ajustes passam a ser coordenados porsensores, atuando com maior precisão na regulagem de altura do veículo.

A Unidade de Comando recebe e interpreta os sinais vindos de sensores específicos e envia sinais, jádecodificados, para as válvulas solenóides do sistema, que esvaziam ou inflam os bolsões dasuspensão.

Suspensão pneumática gerenciada eletronicamente (ECAS)

Opcionalmente, os caminhões MAN TGX poderão vir equipados com um sistema de suspensão a arcom sistema eletrônico de gerenciamento, que integra uma série de funções tornando a operação doveículo mais confortável e segura.

Uma das principais funções desempenhadas por essa suspensão é a manutenção da regulagem daaltura nominal específica da suspensão mesmo com a alteração da carga do veículo.Esse modelo de suspensão também apresenta a característica de propiciar um rodar mais suave,condição exigida por alguns tipos de carga, como o transporte de materiais frágeis, que necessitamde alto índice de absorção das vibrações causadas pelas irregularidades do piso.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 59

SISTEMA DE FREIOS

Sistema eletrônico de freios (EBS)

O EBS, ou sistema de freios gerenciado eletronicamente, utiliza-se de sensores e atuadores que, pormeio de comparações com parâmetros previamente estabelecidos, ajudam a controlar o veículo emsituações críticas de condução e frenagem, como mau tempo, piso escorregadio, declivespronunciados, curvas apertadas ou obstáculos que surgem repentinamente.

O EBS comanda a distribuição do ar comprimido para as câmaras do sistema de freios por meio daatuação de eletroválvulas e do módulo primário de controle da pressão. Os sinais da válvula do freio deserviço e do módulo primário de controle da pressão são conduzidos através do BUS de dados CANpara os módulos de controle da pressão das rodas. A ativação das válvulas solenóides do módulo decomando do reboque também é efetuada diretamente a partir da unidade de comando EBS.

O aumento ou a redução da pressão de frenagem regulada eletronicamente permite uma frenagemrápida e simultânea em todos os eixos, bem como uma desaplicação rápida do freio. Dessa forma, aeficácia de frenagem é otimizada, produzindo um desgaste mais uniforme das pastilhas, o quepermite aumentar em até 20% a vida útil das mesmas.

Em caso de avaria da regulagem eletrônica da pressão de frenagem o veículo trava automaticamentee em segurança, utilizando o circuito pneumático. Os componentes que se encontram próximos unsdos outros (sensores, válvulas, eletrônica) são agrupados no módulo de controle da pressão.

A unidade de comando do EBS coordena todas as funções subordinadas, como a gestão defrenagem como ABS, ASR e ESP.

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ABS (Anti-lock Brake System) - Sistema de Freio com DispositivoAntibloqueio.

Este sistema consiste em um conjunto de sensores, unidade de processamento e atuadores quetem como finalidade evitar o travamento (bloqueio) das rodas do veículo durante uma frenagememergencial ou sobre pisos com baixo coeficiente de aderência, como gelo, lama (barro) ou asfaltocontaminado por óleo ou molhado.

O travamento de uma ou mais rodas pode provocar a saída do veículo de sua trajetória (derrapagemlateral), além de aumentar a distância percorrida pelo mesmo, desde o início da frenagem até suaimobilização total.

Para identificar a condição de bloqueamento das rodas, os sensores comparam parâmetros comovelocidade periférica das rodas, velocidade de deslocamento do veículo, pressão de frenagem, etc.Uma vez detectada a condição de bloqueio, o sistema irá ajustar a pressão de frenagem para que aroda volte a girar e mantenha sua capacidade de reduzir a velocidade com eficácia.

1. Sensor de velocidade

2. Roda dentada

3. Câmara de freio

4. Válvula moduladora de pressão

5. EBS

Componentes do sistema

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 61

ASR (Anti-Slip Regulation) - Sistema de Tração com RegulagemAntideslizante

Este sistema tem a função de fazer o veículo não deslizar em situações extremas de condução, pisomolhado, com gelo, terra, etc. No momento em que o veículo começa a deslizar, o sistema percebe adiferença de rotações das rodas do mesmo eixo, entrando em funcionamento e aplicandoo freio na roda que está com maior velocidade para sincronizar com a roda de menor velocidade eassim evitar que o veículo "patine".

ESP (Electronic Stability Program), Programa Eletrônico deEstabilidade.

O ESP é o sistema encarregado em controlar eletronicamente a estabilidade do veículo e atua pormeio de sensores que verificam a posição do volante, a aceleração lateral e a longitudinal, traçandouma rota física ideal para o mesmo. As correções são feitas por atuação direta nas rodas e entramem ação independente da atuação do condutor do veículo.

MAN Break Matic

Os veículos MAN modelos TGX e TGS possuem um sistema de freios inteligente. Com o objetivo de darsegurança e proporcionar economia ao sistema de freios, o mesmo funciona utilizando o freio motor,borboleta e intarder (caminhões com intarder). Os caminhões sem intarder têm 3 estágios de frenagemque, em conjunto com o freio motor, referem-se à restrição com que a borboleta de escape atua.

Para os veículos que possuem intarder, o veículo para com o freio motor, borboleta de escape e ointarder, tendo 6 estágios de frenagem, conforme a necessidade do condutor. Se for necessário, alémde utilizar freio motor, borboleta e intarder, o sistema utilizará os freios de serviço, com o objetivo deeconomizar lonas e pastilhas de freio.

Botão ASR

e ESPBotão MAN

Break Matic

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SISTEMA ELÉTRICO

O sistema elétrico dos caminhões MAN série TGX é composto por módulos de comando e unidadesde processamento que gerenciam as funções de conforto e segurança do veículo, além das funçõesoperacionais que possibilitam a utilização e aplicação desses veículos nas mais variadas atividadesdo segmento do transporte de carga de alta capacidade.

EDC: Electronic Diesel Control (controle eletrônico diesel), este módulo está encarregado decomandar o sistema de combustível, com seus respectivos sensores e atuadores.

FFR: FAHRZEUG FÜHRUNGS RECHNER ( VEHICLE MANAGEMENT COMPUTER , ComputadorGerenciador do Veículo). Este módulo está encarregado de gerenciar o veículo. Cada informaçãoprocessada no caminhão passa por este módulo, que está conectado com todos os outros módulos.

ZBR: ZBR - ZENTRALER BORDRECHNER (Computador central de bordo), compreende ocomando, monitorização e sensorização de componentes que não aparecem no Bus de dados CAN(sistema de transmissão).

TCO: Tacógrafo, está encarregado de controlar a velocidade e distância percorrida pelo veículo.

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Desenvolvimento da Rede - Treinamento 63

ANOTAÇÕES

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ANOTAÇÕES

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