Capuchinha - Tropaeolum majus L. - Ficha Completa Ilustrada

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    Capuchinha

    Nome cientfico: Tropaeolum majus L.Sinonmia popular: Chagas, mastruo, capuchinho,capuchinha-grande, mastruo-do-peru, flor de sangue,agrio-do-m!ico, chaguinha, nast"rcio, flor-de-chagas,capucine, cinco-chagas, agrio-da-india.

    Sinonmia cientfica: Cardamindum majus #oench.

    $amlia: Tropaeolaceae

    %artes usadas: $olha, &oto floral e flor.

    %rincpio ati'o: #irosina (fermento), a"cares (glicose efrutose), *leo gordo, (+ nas sementes), al&uminas, *leoessencial, su&stncias anti&i*ticas, glicosdeo(glucotrapaeoline) (/,0 nas sementes), isotiocianato (ou*leo mostarda), pigmentos, resinas, pectinas.

    %ropriedade terap1utica: 2!pectorante, desinfetante,nutricional, aperiente, digesti'o, antiescor&"tico, antissptico,fortificante dos ca&elos, t3nica do sangue, diurtica,depurati'a.

    4ndicao terap1utica: 5epresso ner'osa, estafa, limpe6ade pele e olhos, desinfetar e cicatri6ar feridas, tratamento deafec7es cutneas, enfi6ema pulmonar, desinfetante das'ias urin8rias, fortalecer o couro ca&eludo.

    Nome em outros idiomas

    9lemo: apu6iner;resse, gerl, apu6inerli,salat&lume

    2spanhol: mastuer6o de ?ndias, capuchina

    $ranc1s: capucine

    4ngl1s: indian cress, nasturtium

    4taliano: cappucina

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    @rigem%eru e #!ico. $oi le'ada A 2uropa pelos desco&ridores.

    @utros princpios ati'os=itamina C (folhas e flores), sais minerais, 8cido o!8lico.

    Bso medicinalComest'el com sa&or picante e fresco, semelhante aoagrio, podendo suas folhas e flores serem consumidas emforma de saladas re'itali6antes na prima'era (em caso dea'itaminoses).

    Seu sa&or picante e ao anti&i*tica de'ido aos compostos

    similares ao *leo de mostarda, a glucotrapaeolina, ue com apresena da en6ima especfica (mirosina) li&era glicose eisotiocianato de &en6ila.

    9 presena do composto sulfurado e!plica o sa&or picantedo en!ofre, e a ao anti&i*tica e antif"ngica. @ uso dasfolhas e flores a&re o apetite e fa'orece a digesto, alm deter propriedades antiescor&"ticas. Tam&m reputa-se aodepurati'a.

    Com propriedades anti-spticas e t3nicas do sangue e dos*rgo digesti'os, a capuchinha pode ser utili6ada nasdepress7es ner'osas e estafas.

    %ode tam&m se utili6ada na limpe6a de pele e dos olhos, eseus frutos uando secos e redu6idos a p* constituem um&om purgante. %rodu6 *timos resultados no tratamento deescrofuloses, ec6emas, psorases e outras afec7escutneas.

    #uito utili6ado desde tempos remotos para desinfetar ecicatri6ar feridas.

    9 semente um anti&i*tico 'egetal, ati'o contra osmicroorganismos dos g1neros estafilococo, proteus,estreptococo e salmonela.

    9s su&stncias contidas nas sementes so intensamenteeliminadas pela urina e parcialmente pelos pulm7esD sousadas portanto, pelo seu efeito desinfetante em caso de

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    infec7es agudas das 'ias urin8rias ou dos &r3nuios,geralmente so& a forma de comprimidos.

    @ teor significati'o da 'itamina C e a presena do *leo demostarda fa6em aumentar naturalmente as defesas doorganismo.

    @ suco fresco das plantas tem os mesmos efeitos: a dose de E a 0g ao dia.

    9s flores e folhas tam&m possuem este anti&i*tico naturalue no interfere na flora intestinal, sendo efeti'a mesmocontra os microorganismo ue j8 aduiriram resist1ncia Aanti&i*ticos comuns.

    Seu suco tem not8'el efeito uando &e&ido com leite paracasos de enfi6ema pulmonar. Tem tam&m a reputao depromo'er produo de clulas 'ermelhas na medula *ssea.

    5osagem indicadaAfeces pulmonares, expectorante2m um pilo, coloue + colheres (sopa) de folhas frescas.

    9masse &em e em seguida adicione / !cara (ch8) de leite

    uente. Coe em uma peneira. Tome / !cara (ch8), + 'e6esao dia, podendo ser adoado com mel.

    Diurtico, desinfetante das vias urinrias2m / !cara (ch8), coloue / colher (sopa) de folhas frescasou secas picadas e adicione 8gua fer'ente. 9&afe por /minutos e coe. Tome / !cara (ch8), + 'e6es ao dia.Fecomenda-se no tomar este infuso ap*s as /G:h.

    Alimento nutritivo

    2m um recipiente, coloue / punhado de folhas e floresfrescas picadas, / ce&ola mdia picada, / ma picada e /!cara (ch8) de trigo para ui&e j8 preparado. Tempere comsal e limo. 5e'e ser consumida antes das principaisrefei7es.

    Fortalecer o couro cabeludo, cabelos fortes e brilhantes,crescimento de cabelos, preveno da queda de cabelos2m um pilo coloue + colheres (sopa) de folhas frescas decapuchinha e + colheres (sopa) de folhas frescas de&ardana. 9masse &em e acrescente / !cara (ch8) de 8lcoolde cereais a H. 5ei!e em macerao por 0 dias. Coe em

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    um pano, espremendo &em. 9pliue a loo no couroca&eludo, fa6endo uma ligeira frico. 2spere 0 minutos een!8gue com 8gua morna. Fepita / 'e6 por semana.

    2feito colateralNo caso de consumir em grandes uantidades, pode ha'eirritao do est3mago, intestino ou rins. %ara f*rmulaspreparadas com doses esta&elecidas, no h8 com ue sepreocupar.

    Bso culin8rio9s flores e folhas podem ser empregadas em saladas. No'inagrete, os &rotos de flores podem ser utili6ados em

    su&stituio As alcaparras. Tam&m torna-se um alimentodelicioso, consumido em forma de pat1 preparado comricota.

    Iualuer de suas partes pode ser &atida com manteigaamornada, para ento oferecer A manteiga um sa&orespecial. Consumida no po ou torrada, fica sendo uma*tima sugesto.

    Bso 'eterin8rio5ar As galinhas em forma de alimento para pre'enir e curarpor 'rus.

    Curiosidades

    @s indgenas das montanhas peruanas h8 sculos j8 conheciam e utili6a'desta planta.

    Nas antigas em&arca7es, as tripula7es eram freuente e rudemente ata

    dos na'ios a 'ela, jamais falta'am os &rotos e os frutos da capuchinha, cogra'e enfermidade.

    Nos tempos remotos, a planta era utili6ada para tingir de amarelo os tecid

    Fefer1ncias

    Jalm, $ranois. lantas !edicinais. Kemus 2ditoraLimitada. So %aulo.

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    Joc;sch, #anfred. Keilplan6en. enn6eichen, Keilir;ung,9nendung. JMchergilde

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    Se o leitor est8 entre as pessoas ue consomem tomateregularmente por sa&er ue o fruto contm um tipo decaroten*ide, o licopeno, ue est8 associado A proteocontra doenas cardio'asculares e alguns tipos de cncer,

    so&retudo o de pr*stata, pulmo e est3mago, uma &oanotcia: a melancia oferece uantidade semelhante damesma su&stncia. @utro dado al'issareiro ue uma florcomest'el de nome popular Capuchinha ou Nast"rcio,normalmente usada para adornar saladas, rica em outrocaroten*ide, a lutena, ue est8 relacionada com apre'eno de doenas como a catarata e a degeneraomacular, principal causa de cegueira entre pessoas commais de 00 anos. 9s constata7es esto na dissertao demestrado de %atrcia uasa Nii6u, defendida junto A

    $aculdade de 2ngenharia de 9limentos ($29) da Bnicamp.#ais do ue tra6er &oas no'as, o tra&alho pode ser'ir deinstrumento para orientar e'entuais programas ue 'inculemalimentao e proteo A sa"de humana.

    Caroten*ides so pigmentos amplamente distri&udos nanature6a, respons8'eis pelas cores laranja, amarela e'ermelha das frutas, 'erduras, flores, alguns pei!es ep8ssaros, &actrias, algas, fungos e le'eduras. 2m&ora nohaja uma recomendao YformalY uanto A uantidade a serconsumida, alguns estudos apontam ue a ingestoYprudenteY dessas su&stncias au!ilia no fortalecimento dosistema imunol*gico e na reduo de doenasdegenerati'as, como as do corao, da 'iso e certos tiposde cncer. 5e acordo com %atrcia, e!istem pesuisas ueapontam ue cinco por7es de frutas e 'erduras ao diaseriam adeuadas para proporcionar ganhos A sa"de.

    %ensando nisso, a autora da dissertao resol'eu in'estigar

    um pouco mais so&re os caroten*ides em flores, folhas efrutas. 9 primeira constatao da pesuisa, orientada pelaprofessora 5elia J. Fodrigue6-9maa, foi ue a melanciacontm praticamente a mesma uantidade do licopenopresente no tomate. 5e acordo com %atrcia, esse dado praticamente desconhecido da populao em geral, em'irtude, entre outros fatores, do maior YstatusY aduirido peloprimeiro alimento, principalmente por causa do mar;etingfeito pelas ind"strias ue processam o fruto. Y9credito ueessa informao seja rele'ante, pois a&re perspecti'a para

    ue as pessoas di'ersifiuem sua alimentao, sem a&rirmo de su&stncias importantes para a manuteno da

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    sa"de. 9 melancia, como se sa&e, uma fruta relati'amente&arata e ue est8 dispon'el para consumo o ano todo e nomundo inteiroY, afirma.

    2m seu tra&alho, %atrcia compro'ou tam&m ue aCapuchinha rica em lutena, dado igualmente ignorado atento. @ aspecto curioso dessa desco&erta ue a flor,em&ora seja comest'el, tem um uso mais decorati'o do uenutriti'o. Y%or ser &onita e apresentar cores como o amarelo,o laranja e o 'ermelho, ela mais utili6ada para enfeitarsaladas. 2ntretanto, se for consumida em n'eis prudentes, aCapuchinha pode contri&uir para pre'enir doenas gra'es da'iso, como a degenerao macular e a catarataY, e!plica aautora da dissertao.

    @ "nico fator ue dep7e atualmente contra a Capuchinha ue, a e!emplo de outras flores comest'eis, ela cara, poisest8 associada a pratos refinados. 5ispon'el nas g3ndolasde supermercados, seu preo no est8 a alcance de muitasfamlias &rasileiras. Y#as esse pro&lema pode sercontornado. 2ssa flor de f8cil culti'o. %ode ser plantada nouintal, como parte da horta domstica. 9lm disso, tem umsa&or &om, parecido com o do agrio. 2m uma 'iagemrecente a %ortugal, minha orientadora constatou ue a

    Capuchinha to a&undante ue di'ide espao com omatoY, conta %atrcia.

    9 Capuchinha, conforme a pesuisadora, poderia su&stituiruma outra flor, de nome #arigold. 2m&ora no sejacomest'el, esta "ltima utili6ada na composio da raodo frango. 9 lutena presente na #arigold refora a coloraoamarela tanto da pele da a'e uanto da gema do o'o. Numoutro captulo de sua dissertao, %atrcia in'estigou os

    caroten*ides presentes nos alimentos mais consumidospelos &rasileiros, em saladas cruas. $oram analisados:alface lisa, alface crespa, agrio, almeiro, r"cula, cenoura,tomate e pimento, sendo ue este "ltimo no demonstrouser to rico nessas su&stncias. 9s demais, porm,apresentam uantidades significati'as dos compostosnaturais, fato ue recomenda a sua incluso na dietaalimentar cotidiana dos &rasileiros.

    Y9tualmente, '8rios estudos cientficos &uscam identificar a

    associao entre alimentao e proteo A sa"de. #inhae!pectati'a ue meu tra&alho ajude nesse esforo. @

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    consumo dos 'egetais analisados na dissertao pode serimportante no apenas para incenti'ar a ingesto decaroten*ides, mas de outras su&stncias ue concorrempara a proteo contra '8rias enfermidadesY, afirma %atrcia,

    ue contou com &olsa da Capes e do CN%. Na ediopassada, o Qornal da Bnicamp pu&licou reportagem so&re adissertao de mestrado da nutricionista Fenata #aria%ado'ani, ue tam&m te'e como o&jeto os caroten*ides.

    5e acordo com o estudo, a disponi&ilidade de caroten*idesnos grandes centros ur&anos &rasileiros no suficientepara garantir A populao a ingesto em n'eis prudentesdessas su&stncias. %ara condu6ir a sua pesuisa, anutricionista le'ou em considerao o consumo de alimentos

    por fai!a de rece&imentos (renda) de moradores de no'eregi7es metropolitanas e mais dois municpios. 2m&ora asfrutas, legumes e 'erduras sejam a&undantes no Jrasil,esses alimentos no so aduiridos nas uantidadesdesej8'eis pelas famlias &rasileiras, segundo Fenata.

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