Capítulo XXVIII ao30

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    Captulo XXVIIICaptulo XXVIIIA Defesa do Nvel de Emprego e a Concentrao de

    Renda

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    Relembrando dois pontos sobre doRelembrando dois pontos sobre do

    captulo XXVIcaptulo XXVI

    y A reserva de mo de obra no pas junto com o fluxo de

    imigrao permitia um aumento do salrio mdio sem

    aumentar o nvel do salrio. Assim as melhoras deprodutividade iam para o lucro.

    y Os aumentos de produtividade na economia

    exportadora era de natureza econmica (aumento de

    preo do caf) e no devido a mudana tecnolgica oumelhora de capital humano.

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    Aumento de produtividadeAumento de produtividade

    y Como o salrio no pressionava o lucro eraracional crescer sem substituir capital portrabalho.

    y O mesmo vale com relao terra.

    y Era racional usa-la extensivamente e minar o solo.

    y Furtado argumenta que at a longo prazo minar osolo era racional se desse incio a um processo dedesenvolvimento.

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    Defesa do nvel de empregoDefesa do nvel de emprego

    y Se os lucros absorviam todos os aumentos deprodutividade quando o preo do caf subia,ser que ele absorvia as perdas quando o preocaa?

    y J que o salrio no subia nas pocas deexpanso, tambm no podia ser comprimidonas pocas de retrao.

    y Furtado argumenta que era importante que asperdas no recassem somente sobre os lucros.

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    Defesa do nvel de empregoDefesa do nvel de emprego

    y Se operasse no padro-ouro a queda do preodo caf levaria a um dficit da balana depagamentos, sairiam divisas e os preos dosprodutos nacionais cairiam relativos aos

    importados.y A queda do lucro dos exportadores levaria a

    um consumo menor dos exportadores quepropagaria pela economia, levando a menosimportaes.

    y Os exportadores investiriam menos o quetambm levaria a menor procura porimportados. Isto corrigiria o desequilbrio.

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    Defesa do nvel de empregoDefesa do nvel de emprego

    y No Brasil, na impossibilidade de permanecer no

    padro ouro a correo do desequilbrio se

    dava atravs de uma desvalorizao da taxa de

    cmbio.

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    Efeitos de umaEfeitos de uma desvalorizaodesvalorizao

    Preo de uma

    saca de caf

    US$25

    Taxa de cmbio

    12 R$/US$

    Receita do

    Exportador

    R$120

    Crise externa leva a uma queda no preo do caf de 40%

    Preo de uma

    saca de caf

    US$15

    Porm, com uma desvalorizao (devido a maior escassez de divisas)

    Receita do

    Exportador

    R$180

    Taxa de cmbio

    8 R$/US$

    Taxa de cmbio

    8 R$/US$

    Receita do

    Exportador

    R$200

    Preo de uma

    saca de caf

    US$15

    Sobre a receita dos exportadores

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    Efeitos de uma desvalorizaoEfeitos de uma desvalorizao

    Preo de um

    metro de tecido

    US$10

    Despesa do

    importadorR$120

    Porm, com uma desvalorizao (devido a maior escassez de divisas)

    Taxa de cmbio

    12 R$/US$

    Taxa de cmbio

    8 R$/US$

    Despesa do

    importador

    R$80

    Preo de um

    metro de tecidoUS$10

    Sobre a renda dos importadores

    Concluso, a desvalorizao aumentou os gastos dos consumidores

    de produtos importados e defendeu a receita dos exportadores.

    Logo houve uma socializao das perdas devidos a queda do preo

    do caf

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    Defesa do nvel de empregoDefesa do nvel de emprego

    y Qualquer que fosse a reduo do preointernacional do caf, sempre era vantajoso, do pontode vista do conjunto da coletividade, manter o nveldas exportaes.

    y Defendia-se, assim, o nvel de emprego dentro do pase limitavam-se os efeitos secundrios da crise.

    y Sem embargo, para que esse objetivo fosse alcanadoera necessrio que o impacto da crise no seconcentrasse nos lucros dos empresrios, pois do

    contrrio parte destes ltimos seria forada aparalisar suas atividades...

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    AulaAula 1919

    Celso FurtadoCelso FurtadoCaptulo XXIX e XXX

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    Captulo XXIXCaptulo XXIXA Descentralizao Republicana e a Formao de

    Novos Grupos de Presso

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    Efeitos das DesvalorizaesEfeitos das Desvalorizaes

    y Transferncia de renda do setor de

    subsistncia para o setor exportador.

    y Transferncias dentro do setor

    exportador dos trabalhadores rurais para

    os proprietrios.

    y Transferncias das populaes urbanas

    assalariadas para o setor exportador.

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    Efeitos das DesvalorizaesEfeitos das Desvalorizaes

    y As desvalorizaes reduziam a

    arrecadao do governo, gerando emisso

    e portanto inflao.

    y Isto ocorria por que a taxa de cmbio a

    qual era pago o imposto era fixa (at

    1900).

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    Efeito da desvalorizao sobre oEfeito da desvalorizao sobre o

    imposto de importaoimposto de importaoSuponha a importao de um bem de US$100

    O importador paga os US$100 a taxa de

    cmbio de 1,05 R$/US$.Ou seja, ele paga R$105 pelo bem.

    O imposto de

    importao de

    10% e pago taxade cmbio fixa de

    1,05 R$/US$

    Portanto o importador

    paga R$ 10,50 deimposto.

    Acontece uma desvalorizao passando

    a moeda nacional a 1,10 R$/US$. Ou

    seja, agora o importador paga R$ 110

    pelo bem.

    Como a taxa de cmbio do imposto

    esta fixa o imposto continua sendo

    R$ 10,50

    Ou seja, o imposto pago

    passa de 10,50/105 =10%

    para 10,05/110 = 9.54%

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    Efeito da desvalorizao sobre oEfeito da desvalorizao sobre o

    imposto de importaoimposto de importaoy O efeito portanto de uma menor arrecadaopelo governo e portanto a necessidade de

    emitir para cobrir suas despesas.

    y A desvalorizao tambm tornava o servio dadvida externa do governo mais pesada, gerando

    mais necessidade de emitir.

    y Esta situao levou a diversas instncias de

    rebelies regionais.

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    Efeito da desvalorizao sobre oEfeito da desvalorizao sobre o

    imposto de importaoimposto de importaoy Com a proclamao da Repblica em 1889

    comeam a ocorrer mudanas na conduo dapolticas.

    y

    Na primeira metade da dcada de 1890 ocorre oEncilhamento quando se aumentou a emisso edisponibilidade de crdito levando a grandeatividade econmica e mais desvalorizao einflao.

    y Em seguida veio um perodo de melhoras nasexportaes e mais uma tentativa deconversibilidade.

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    Grupos de InteresseGrupos de Interesse

    y Os interesses diretamente ligados depreciao externa da moeda - gruposexportadores - tero a partir dessa poca queenfrentar a resistncia de outros grupos

    urbanos.

    y Classe mdia urbana, assalariados rurais eurbanos, produtores agrcolas ligados ao setorinterno, empresas estrangeiras de servios

    pblicos, grupos industriais.y Passa a se tornar mais tensa tambm o conflito

    estadual-federal.

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    Captulo XXXCaptulo XXXA Crise da Economia Cafeeira

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    Situao favorvel para o setor cafeeiro brasileiroSituao favorvel para o setor cafeeiro brasileiro

    no fim do sculo XIXno fim do sculo XIX

    y Competidores com problemas (Ceilo).

    y A Repblica agilizou a imigrao ao descentralizar o

    poder. (Estado de SP).

    y Encilhamento levou a desvalorizao e propiciou

    crdito para a abertura de novas terras.

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    Situao favorvel para o setor cafeeiro brasileiroSituao favorvel para o setor cafeeiro brasileiro

    no fim do sculo XIXno fim do sculo XIX

    y Como consequncia a produo do caf aumentoudrasticamente. Enquanto o caf fosse rentvel sua produocontinuaria aumentando. Enquanto houvesse terra e mo de

    obra disponvel os lucros seriam reinvestidos no caf.y Porm eventualmente o preo teria de cair para o nvel de

    competio.

    y O Brasil controlava mais de 75% da produo mundial de caf,o que permitia manipular a oferta.

    y Porm lembre que um monoplio sempre trs consigo asemente de sua prpria destruio.

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    Novo instrumento de defesa doNovo instrumento de defesa do

    interesse do caf.interesse do caf.y Em 1893 houve uma crise nos EUA e o preo

    do caf caiu.

    y A desvalorizao da moeda nacional defendeu arenda dos cafeicultores.

    y Em 1897 o mercado mundial estava em baixa enovamente o preo do caf caiu.

    y Agora no era mais possvel usar novasdepreciaes. Intranquilidade social.

    y Justamente nesta poca h superproduo decaf.

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    Qual a soluo de mercado.Qual a soluo de mercado.

    y O preo baixo reduziria o lucro dos cafeicultores.

    y Os mais ineficientes iriam falncia.

    y Haveria menos reinvestimento e aumento de

    plantaes.y A produo cairia e o preo voltaria a subir nos

    perodos subsequentes.

    y Seria doloroso mas o problema dasuperproduo seria resolvido.

    y O efeito multiplicador afetaria o mercado internoincipiente.

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    Qual a soluo encontradaQual a soluo encontrada??

    y Reduo da oferta atravs da estocagem.

    y Convnio de Taubat (1906): governo

    compra excedentes

    financiamento via emprstimos estrangeiros servio do emprstimos coberto por imposto sobre

    o caf exportado

    desencorajar novas plantaes.

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    Convnio de TaubatConvnio de Taubat

    y A proposta gerou polmica entre os diversosgrupos sociais: cafeicultores, comerciantesimportadores, industriais, banqueiros externos,classe mdia urbana, burocracia civil e militar.

    y O esquema foi implementado pelos governosestaduais.

    y O xito do programa foi total. Segurou o preodo caf e os estoques foram vendidos nos anos

    seguintes a bons preos gerando at um lucro.

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    Poltica de defesa do cafPoltica de defesa do caf

    y Antes de 1906 - desvalorizaes.

    y 1906 - Convnio de Taubat.

    y 1917/20 - operao de defesa do caf financiado

    atravs de emisso de moeda pelo governofederal. 3,1 milhes de sacas estocadas em uma

    nova rede de armazens, principalmente no

    portos de Santos e do Rio de Janeiro.

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    Poltica de defesa do cafPoltica de defesa do caf

    y 1921- super-safra leva a nova operao dedefesa do caf. Efeito demonstrao dasdefesas anteriores leva o governo federal aconduzir a operao.

    y Passa a vigorar a conscincia de que a defesa docaf era vital no s para o setor cafeeiro mastambm para a economia como um todo.

    y O preo do caf estimulava novas plantaes e

    aumento da oferta de outros pases.

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    Poltica de defesa do cafPoltica de defesa do caf

    y Durante a terceira valorizao do caf foiinstituda a defesa permanente do caf a serconduzida pelo estado de SP.

    y Instituto Paulista de Defesa Permanente doCaf.

    y Haviam brigas internas, presso por cotasmaiores, mas o esquema funcionava.

    y De 1924 a 1927 a situao do preo do caf erafavorvel.

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    Poltica de defesa do cafPoltica de defesa do caf

    y 1927/28 nova super-safra de caf.

    y Acionou-se o esquema de defesa novamente.

    y 1928/29 a safra foi reduzida.

    y

    1929/30 nova super-safra. A produoexportvel de caf dobrou de 1925 a 1929.

    y 1929/30 Grande Depresso.

    y Crise de demanda e crise de oferta.

    y O Instituto do Caf acaba e a nova etapa dedefesa do caf ser feita pelo Governo Federal.

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    Desequilbrio na Oferta e DemandaDesequilbrio na Oferta e Demanda

    de Cafde Cafy A renda dos EUA cresceu 35% per capita na

    dcada de 1920 e o consumo de caf se

    manteve em 12 libras por habitante. Demanda

    inelstica com relao a renda.y Os estoques ao comear a GD no tinham

    possibilidade de serem absorvidos pelo

    mercado.

    y O valor dos estoques em 1929 era mais de 10%do PIB.

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    ParaleloParalelo

    y A defesa do caf de 1927 foi feita com

    emprstimos. Estas divisas, mais aquelas

    derivadas da exportao do caf, cujo preo

    estava artificialmente sustentado, levaram a umasituao de acumulo de divisas.

    y O governo adotou novamente a

    conversibilidade.

    y Ao comear a crise em 1929 as reservassumiram em poucos meses.