Capítulo 8 O Homem Infiel

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Capítulo 8 O homem infiel (4:1-10) Tiago parece apreciar a simetria e, por essa razão, abre esta seção (4:1-10) da mesma forma que fizera na seção anterior (3:13-18): com perguntas e pleonasmos retóricos: “de onde vêm as guerras (pólemoi) e batalhas (máchai) entre vós? Não vêm disto, dos prazeres (hedonai) que nos vossos membros guerreiam (strateuoménoi)?” (4:1). O contexto deste primeiro versículo é inteiramente bélico. O apóstolo emprega palavras gregas relacionadas a termos portugueses como “polêmica”, “maquia” e “estratégia”. Todas essas palavras pertencem, em grego, ao universo dos combates marciais. O conteúdo do versículo é bastante semelhante a uma declaração de Filo de Alexandria, em seu tratado intitulado O decálogo: “todas as guerras (pólemoi) vêm de uma única fonte: da concupiscência (epithymíai), dos bens, da opinião ou do prazer (hedone)”. No entanto, não é possível dizer se houve algum tipo de influência ainda que mútua. Provavelmente os dois autores estavam familiarizados com essa tradição e, por isso, usaram fontes comuns. O tratado filosófico que pode ter servido de base tanto para a declaração de Tiago quanto para a de Filo pode ter sido o diálogo Fedro, de Platão, no qual este filósofo afirma que “não há nenhuma outra causa para as guerras (pólemoi), as sedições (stáseis) e as batalhas (máchai) a não ser o corpo e as suas concupiscências (epithymíai)”. O verso seguinte enfatiza ainda mais o contexto bélico da discussão: “desejais (epithyméite), mas nada tendes; matais (phonéuete) e rivalizais (zeloute), mas não podeis obter; combateis (máchesthe) e guerreais (poleméite), nada tendes porque não pedis” (4:2). Vemos aqui a repetição das mesmas palavras bélicas que haviam aparecido no verso anterior. Contudo, desta vez, Tiago optou por suas formas verbais, o que dá ênfase ainda maior ao clima de rivalidade existente nas congregações às quais escreve. Além disso, o apóstolo usa a forma verbal “rivalizais” (zeloute) etimologicamente ligada à repreensão que fizera em 3:14. Mas o que causa mais estranheza, aqui, é a expressão “matais” (phonéuete). Essa expressão é tão inesperada e constrangedora que muitos intérpretes bíblicos apressaramse a apontar o contexto platônico e estóico da passagem a fim de se livrar da inconveniência de ter que explicá-la. Segundo eles, Tiago está provavelmente citando um aforismo estóico que, portanto, encontra-se ligeiramente fora de contexto. Erasmo foi ainda mais longe, ao rejeitar a integridade dos manuscritos mais antigos em relação a essa passagem. O erudito propõe que, em vez de “matais” (phonéuete), leiamos, aqui, “cobiçais” (phthonéuete). O erro teria sido, então, culpa de um copista menos atento. Outros há que proponham que a passagem seja entendida de forma metafórica: matar a reputação ou a

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Capítulo 8 O homem infiel (4:1-10) Tiago parece apreciar a simetria e, por essa razão, abre esta seção (4:1-10) da mesma forma que fizera na seção anterior (3:13-18): com perguntas e pleonasmos retóricos: “de onde vêm as guerras (pólemoi) e batalhas (máchai) entre vós? Não vêm disto, dos prazeres (hedonai) que nos vossos membros guerreiam (strateuoménoi)?” (4:1). O contexto deste primeiro versículo é inteiramente bélico. O apóstolo emprega palavras gregas relacionadas a termos portugueses como “polêmica”, “maquia” e “estratégia”. Todas essas palavras pertencem, em grego, ao universo dos combates marciais. O conteúdo do versículo é bastante semelhante a uma declaração de Filo de Alexandria, em seu tratado intitulado O decálogo: “todas as guerras (pólemoi) vêm de uma única fonte: da concupiscência (epithymíai), dos bens, da opinião ou do prazer (hedone)”. No entanto, não é possível dizer se houve algum tipo de influência ainda que mútua. Provavelmente os dois autores estavam familiarizados com essa tradição e, por isso, usaram fontes comuns. O tratado filosófico que pode ter servido de base tanto para a declaração de Tiago quanto para a de Filo pode ter sido o diálogo Fedro, de Platão, no qual este filósofo afirma que “não há nenhuma outra causa para as guerras (pólemoi), as sedições (stáseis) e as batalhas (máchai) a não ser o corpo e as suas concupiscências (epithymíai)”. O verso seguinte enfatiza ainda mais o contexto bélico da discussão: “desejais (epithyméite), mas nada tendes; matais (phonéuete) e rivalizais (zeloute), mas não podeis obter; combateis (máchesthe) e guerreais (poleméite), nada tendes porque não pedis” (4:2). Vemos aqui a repetição das mesmas palavras bélicas que haviam aparecido no verso anterior. Contudo, desta vez, Tiago optou por suas formas verbais, o que dá ênfase ainda maior ao clima de rivalidade existente nas congregações às quais escreve. Além disso, o apóstolo usa a forma verbal “rivalizais” (zeloute) etimologicamente ligada à repreensão que fizera em 3:14. Mas o que causa mais estranheza, aqui, é a expressão “matais” (phonéuete). Essa expressão é tão inesperada e constrangedora que muitos intérpretes bíblicos apressaramse a apontar o contexto platônico e estóico da passagem a fim de se livrar da inconveniência de ter que explicá-la. Segundo eles, Tiago está provavelmente citando um aforismo estóico que, portanto, encontra-se ligeiramente fora de contexto. Erasmo foi ainda mais longe, ao rejeitar a integridade dos manuscritos mais antigos em relação a essa passagem. O erudito propõe que, em vez de “matais” (phonéuete), leiamos, aqui, “cobiçais” (phthonéuete). O erro teria sido, então, culpa de um copista menos atento. Outros há que proponham que a passagem seja entendida de forma metafórica: matar a reputação ou a espiritualidade. O contexto, contudo, parece indicar que Tiago repreendia os cristãos primitivos que, naquelas épocas remotas, ainda permitiam que sua própria comodidade ocasionasse o sofrimento e até mesmo a morte daqueles a quem exploravam. Desde o iníco de sua carta Tiago repreende seus ouvintes por sua subserviência aos ricos e seu descaso pelos necessitados, levando-os aos tribunais ou permitindo que fossem para lá levados. A preocupação do apóstolo com uma fé prática, demonstrada pelas obras, sugere que Tiago queria desafiar seus ouvintes a uma ação mais determinada em benefício dos menos afortunados. Tiago queria criar uma comunidade cristã fundamentada na igualdade, no respeito e no amor mútuo, em que cada membro estivesse disposto a amar o próximo com ações concretas e não meramente por meio do discurso. Fazer menos do que isso, para Tiago, equivalia a condenar o próximo à morte, significava praticar homicídio. Por essa razão, o clima de desavença, competição e rivalidade precisava ceder em favor de uma atmosfera de paz, comunhão e amor fraternal. A base dessa repreensão nada mais é do que a insistência daqueles primeiros cristãos em viverem uma vida voltada para seus próprios interesses. Talvez eles estivessem longe demais de Jerusalém para atinar quanto aos sacrifícios que os cristãos daquele lugar estavam fazendo a fim de que a mensagem de Cristo continuasse a ser pregada. Talvez eles não houvessem testemunhado, ainda, a renúncia que seus contemporâneos estavam fazendo em prol do evangelho, preferindo sacrificar a sua vida a renegar o nome do Salvador. Os poucos cristãos que havia espalhados pelo Império Romano, a maioria provavelmente convertida a partir do judaísmo helenístico, talvez não tivessem, ainda, compreendido a natureza elevada do chamado que estavam

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recebendo. Nas cidades mais civilizadas e cosmopolitas, como Roma, Alexandria e Corinto, por exemplo, a perseguição religiosa não era, naquela época, algo comum. Como os romanos eram dados à tolerância religiosa, esses conversos não podiam prever o que os esperava. Por isso, continuavam vivendo suas vidas como antes, com as mesmas ambições, os mesmos interesses profissionais, o mesmo descaso pelos menos afortunados. Tiago deseja, portanto, sacudi-los dessa inércia social e espiritual. Os destinatários da epístola de Tiago se preocupavam tanto com suas ambições e interesses seculares que o apóstolo os repreende por sequer saberem orar a Deus fora desse contexto: “nada tendes porque não pedis; pedis e não recebeis porque pedis mal, para o gastardes em vossos prazeres” (4:2b-3). Como suas petições não se baseavam em suas necessidades espirituais, eles se encontravam completamente destituídos de benefícios nessa área. Em meio às contendas e divergências existentes na igreja, o foco de suas preces repousava sobre a ganância e a busca de prazeres (hedonai). A mensagem de Tiago é inequívoca: Deus distribui bênçãos aos que oram e não aos que brigam. Ele nunca será o ministro de nossas concupiscências. Não se pode dizer que os ouvintes de Tiago flertavam com o mundo. Mais do que isso, eles ardiam em paixão pelas conveniências e vantagens de uma vida secular voltada para a satisfação de suas inclinações carnais. Daí, a penosa exprobração de Tiago: “infiéis (moichalides), não sabeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus?” (4:4a). A palavra grega “infiéis” (moichalides) é um termo feminino que poderia ser vertido, de forma mais adequada, como “adúlteras”. Tanto o versículo 4 quanto o seguinte fazem referência ao matrimônio espiritual entre Deus e sua igreja, o que justifica essa referência ao adultério. Tiago usa a expressão “adúlteras” porque se dirige às congregações a que está escrevendo. Essas igrejas se encontravam em um estado de desinteresse espiritual porque, embora desejosas de gozar da liberdade de uma religião nova e, para elas, menos etnocêntrica do que parecia ser o judaísmo tradicional, não haviam se conscientizado, ainda, de que necessitavam entrar em um relacionamento mais íntimo com Deus. Metaforicamente poderíamos comparar essas igrejas às moças levianas que se casam, mas continuam a se comportar como se fossem solteiras, aceitando o galanteio daqueles com os quais entram em contato. A imagem do casamento é bastante apropriada para nossa época, uma vez que as núpcias pressupõem, em nossos dias, escolha mútua, afeição mútua, união mútua e obrigação mútua. Ora, Deus reinvindica o homem por inteiro, sem a divisão daquilo que o estraçalha: “qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus” (4:4b). A amizade ao mundo caracteriza-se, portanto, como infidelidade (conjugal) a Deus. O versículo 5 dá continuidade a essa idéia: “ou pensais que em vão diz a Escritura que o Espírito que ele fez habitar em nós tem intenso ciúme?” Apesar da clara ligação desse versículo com a metáfora do casamento espiritual da igreja com Deus, o conteúdo do versículo é deveras intrigante. Em primeiro lugar, não há uma passagem específica das Escrituras que corresponda literalmente à declaração. Em segundo lugar, temos no versículo mais um exemplo da veia poética de Tiago. Em terceiro lugar, os estudiosos têm encontrado dificuldades em colocar sinais de pontuação que façam sentido sem a necessidade de inserir palavras que completem a frase. Finalmente, a frase é sintaticamente ambígua. Quanto à questão da origem da citação ou alusão de Tiago, há sugestões de que o apóstolo esteja se referindo, poética e, portanto, livremente, à passagem de Êx 20:5. Falando da adoração de imagens, Moisés expõe, ali, o mandamento divino: “não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem”. Da mesma forma que na passagem de Tiago, o mandamento condenaria a infidelidade a Deus como equivalente ao pecado do adultério. Com respeito à forma poética da passagem (4:5b), de novo temos um hexâmetro: epipo|thei to | pneuma ho | kato1|kse1n en | hem1n 1 2 3 4 5 6 “deseja o Espírito que habita [fez habitar] em nós” Na representação acima, como em 1:17, os espaços representam a separação natural dos vocábulos na sentença, enquanto as barras verticais separam os seis pés do hexâmetro e as barras horizontais indicam as sílabas longas (as sílabas breves obviamente não necessitam conter nenhum sinal que as indique). Os

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estudiosos ainda não foram capazes de identifiar a fonte poética deste verso e, por isso, é justo supor que o próprio Tiago (ou seu amanuense/colaborador) o tenha composto. A pontuação e a sintaxe de 4:5b são também problemáticas. Obviamente, os textos gregos, de modo geral, não continham sinais de pontuação na época de Tiago. O que quero dizer é que a pontuação, nesta passagem, representa um desafio para os que querem traduzir ou editar o livro de Tiago em nossos dias. Sintaticamente, não é possível determinar qual é o sujeito da frase, uma vez que, por um lado, alguns manuscritos contêm o verbo katoikesen, que significa “habita” (aoristo constatativo), e outros, o verbo katoikesen, que significa “fez habitar”, enquanto, por outro lado, o verbo epipothéi admite, como sujeito, tanto a palavra “Espírito” quanto a expressão subentendida “Ele”, uma provável referência a Deus, o Pai. Portanto, há algumas alternativas igualmente possíveis para traduzir a passagem. Se incluirmos a expressão “por ciúme” ou “até o ciúme” (prós phthónon), que introduz o hexâmetro, as possíveis traduções seriam: a) “até o ciúme, Ele deseja o Espírito que fez habitar em nós”; b) “até o ciúme, o Espírito que habita em nós tem desejo”; c) “até o ciúme, Ele deseja o Espírito que habita em nós”; d) “até o ciúme, o Espírito que Ele fez habitar em nós tem desejo”. No atual estágio da pesquisa bíblica, qualquer decisão em relação à melhor tradução para a passagem se torna pouco mais que mera opinião. O contexto deixa claro, no entanto, que o assunto aqui é a insatisfação de Deus quanto à infidelidade de sua igreja e seu envolvimento com o mundo. A dificuldade em relação à tradução de Tg4:5b se mostra ainda mais intensa quando examinamos a primeira parte do verso seguinte (Tg4:6a) cuja expressão parece tão esdrúxula que muitos estudiosos imaginam ter havido, aí, algum tipo de corrupção textual: “ora, Ele nos dá graça maior”. Essa declaração vem seguida de uma citação literal de Pr 3:34, a partir da Septuaginta (o texto hebraico é ligeiramente diferente): “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça ao humilde” (Tg4:6b). O tema do desagrado de Deus em relação à soberba já havia sido tratado antes (em Tg1:10 e 2:5), mas agora ele abre caminho para vários imperativos que mostram que Deus espera ação imediata em direção a uma mudança de postura. Tiago, com efeito, ensina os passos para a humilhação espiritual (4:10), do tipo que é aceitável a Deus: sujeição a Deus (4:6-7a), resistência ao diabo (4:7b), purificação espiritual (4:8) e contrição (4:9). Os primeiros passos da humildade espiritual desejada por Deus caracterizam-se pela sujeição a Deus e a resistência ao diabo. As formas verbais imperativas mostram que Tiago está falando de forma cada vez mais direta e buscando reações cada vez mais urgentes. Essa é uma característica da diatribe que se torna cada vez mais contundente à medida que o orador percebe que conquistou a atenção de seus ouvintes e granjeou-lhes, também, o respeito. Contudo, Tiago não escreve apenas uma diatribe, mas uma diatribe sapiencial. Por isso, sua temática mantém relações muito próximas com a literatura de sabedoria. Assim, a frase inspirada do apóstolo, em 4:7, antecipa a declaração do Pastor de Hermas, que escreverá seu tratado muitos anos mais tarde (140-150 A.D.): “o diabo pode lutar, mas não pode vencer; portanto, se lhe oferecerdes resistência, ele fugirá de vós, derrotado e envergonhado”. No verso seguinte (4:8), Tiago faz uma conflação de Zc 1:3 (voltar-se para o Senhor) e Is 1:16 (a necessidade de purificar os olhos). Ao apresentar esses conceitos, o apóstolo modifica ligeiramente as palavras e, talvez por isso, não nomeie essas fontes. Sua proposta inclui aproximar-se do Senhor e purificar as mãos e o coração. A ênfase de Tiago recai sobre ações práticas que provocam mudanças interiores. A esse respeito, Ellen White afirma que “não podemos nos aproximar de Deus e contemplar Seu caráter amoroso e compassivo sem perceber nossos defeitos e ser cheios de um desejo de elevar-nos até Ele” (Carta 40, 1901). Por isso, é preciso que as ações sejam acompanhadas de um profundo arrependimento pelos pecados (4:8-9). Nesse contexto, o apóstolo se dirige aos homens infiéis das congregações às quais escreve, chamando-os de “homens pecadores” e “homens de duas caras” (4:8). Tiago já havia apontado para a natureza inconstante e preconceituosa de alguns membros dessas congregações (1:6-8), mas agora ele o faz no contexto do arrependimento por um proceder tão ofensivo a Deus. Para isso, o apóstolo menciona uma lista de palavras intimamente associadas ao luto: “sentir as misérias” (talaiporeo), “prantear” (pentheo),

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“chorar” (klauo), “pranto” (pénthos) e “desalento” (katepheia). O acúmulo dessas palavras indicativas de luto nos lança no contexto de 2 Co 7:10, onde se afirma, paradoxalmente, que a “tristeza” (lype) produz “arrependimento sem pesar” (metánoia ametaméletos). Uma comparação entre Tiago e a passagem paulina nos faz perceber “que enquanto” o riso pode se “transformar” (metatrepo) em pranto (Tg 4:9), a contrição nunca há de produzir prostração (2 Co 7:10). Depois de falar diretamente à mente e ao coração de seus ouvintes, provocando-os à ação piedosa, depois de agravá-los com palavras fortes, chamando-os de adúlteros (Tg4:4), pecadores (4:8) e duas-caras (4:8), liberdade de franqueza que apenas a certeza do amor pode conceder, o apóstolo mostra o caminho seguro para a correção. Segundo ele, o caminho para a contrição é a humilhação diante de Deus (4:10). Insisto que a melhor tradução para a palavra tapéinosis e seus derivados verbais é “humilhação”. A tradução “humildade” não faria jus à força da palavra. Ou seja, Tiago não conclama o cristão a apenas ser humilde. A vontade de Deus, segundo ele, é que o cristão se humilhe para que o Senhor o exalte (4:10). Esse tipo de compromisso requer que não nos consideremos como superiores a ninguém (Fp 2:3), tornando-nos servos daqueles que estão na igreja de Deus. Ao mesmo tempo, Ellen White afirma que “Deus não concede perdão algum àqueles cuja penitência não produza humildade” (Manuscrito 11, 1888).

(2) Strife resultante de desejos egoístas, 4: 1-10

Anteriormente James tinha afirmado que conflitos causados pela controvérsia

nasceu de uma mente caracterizado pela falsa

sabedoria que era terrena, sensual e diabólica

(3:15). Agora, ele afirma claramente e fortemente que tais

Orientação sensual faz com que todos os tipos de problemas para

Cristianismo. Aqui é, basicamente, uma descrição do

mentalidade mundana, onde o egocentrismo do homem

governa suas ações. Os resultados são devastadores para

comunhão com os outros, bem como com Deus.

uma. Paixão pela auto-gratificação é a causa de

guerras e combates, 4: 1-2

James primeiro faz a pergunta direta sobre o que

faz com que a contenda. Em seguida, ele imediatamente responde mais

diretamente por dizer a causa de diferentes tipos de

discórdia é um desejo de prazer. Pode ser descrito

como desejos egoístas, luxúria por prazer ou paixão para

auto-gratificação. Cada expressão fala de uma base

egocentrismo. Na verdade, esta paixão é de terra e

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terrena. É sensual, que busca satisfazer animais básica

apetites acima de tudo e apesar de tudo. E é diabólico

uma vez que provoca um para seguir seus ditames, em vez de

a vontade de Deus.

James está escrevendo aos cristãos que estavam sendo

devorado por discórdia e rixas. É sempre presente

problema. Foi provavelmente não característica do

congregação todo, é claro, ou mesmo da maioria.

Mas uma minoria tão influente foi arrebatado

neste devastação que estava corrompendo o todo

corpo. Muitos estavam sendo engolida como o resultado

de guerras entre grupos e brigas entre os indivíduos.

A natureza exata ou na identidade da contenda é

não apresentou. Ao longo da história do cristianismo

tem havido tais lutas que têm dulled a

vanguarda da mensagem cristã. Tiago está dizendo

a fonte de tais problemas, independentemente da sua natureza,

é a nossa ceder ao desejo de auto-gratificação.

Quando um cristão se afasta de Deus e Sua vontade

ele tende a entronizar sua própria vontade e se vira para satisfazer

seus próprios apetites. Há uma guerra constante dentro

a própria maquiagem para saber se a carne ou o Santo

Espírito vai dominar as atitudes e ações. Quando

o cristão torna-se "hedonista", dobrado em prazer,

este desejo de auto-gratificação tem precedência sobre

a honra do Senhor ou o bem-estar dos outros. O

resultado é a divisão, contenda, facção, confusão e

problemas em geral.

James vividamente, mas tragicamente, descreve as consequências

de tal mau desejo para o prazer no versículo 2.

Os cristãos que se tinham tornado dobrado no prazer tinha

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tornar-se preso em ciúme e cobiça, mas

seus desejos tinha realmente foram cumpridas. Apesar de

sua sede habitual de prazer mundano e bens que

não poderia tê-los. E o que eles obtiveram no

cumprimento parcial de sua luxúria não satisfazê-los.

É só aumentou o seu desejo de modo que não foi uma constante

insatiableness.

Porque eles nunca estavam satisfeitos eles se tornaram

como assassinos. Odiar é assassinar medida em que o coração

está preocupado. Para ser movido pela luxúria ea cobiça

está a ser transferida para o ponto de renúncia o valor

de outras pessoas; assassínio real torna-se o passo seguinte.

Murder é levar a vida. Para tirar o que é valioso

da vida é uma espécie de assassinato.

A idéia é a de perder de vista o valor

eo bem-estar de outro. O problema é egocentrismo.

Tudo o que conta é a própria gratificação sem

em conta o dano que ele pode fazer para os outros. A vicioso

é sugerido ciclo quando James diz que eles posteriormente

queimada com inveja e raiva, mas ainda pode

não encontrar satisfação para que eles lutaram e rivalizou, e

com consequências trágicas.

b. Paixão pela auto-gratificação nega oração, 4: 3

O problema de muitos leitores de James que é enfrentado

eles olharam para si mesmos, tanto para a fonte de sua

prazer e ao fim do seu prazer. Eles deviam

têm olhado para Deus. Então, ele diz que não, porque têm

eles não perguntar. O seu egocentrismo tinha negado sua

vida de oração. Uma vez que eles fizeram para si o centro de

todas as ações, por que eles precisam de Deus? Esta auto-centrada

arrogância viciada oração.

Page 7: Capítulo 8 O Homem Infiel

E mesmo quando oraram, suas orações foram

negados porque eles foram projetados para satisfazer sua

próprias concupiscências. Eles pediram e não receber o que eles

pediu porque eles pediram basely, com má intenção,

para passar o produto da sua orientada sensualmente

oração em seus próprios prazeres. É um facto que existem

são momentos em que a pior coisa que poderia acontecer a

você é para Deus que lhe dê o que você pedir. Oração

deve orientar um à vontade de Deus, de modo que um pedido

o que é agradável à sua vista. O que um pedido de

Deus deve ser que honra a Deus, outros-bênção, e

então será verdadeiramente auto-realizável. Quando ampliar

o último, auto-realização, para o descrédito de

A vontade de Deus, o nosso desejo de auto-gratificação se torna

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uma fonte imediata de conflitos.

c. Paixão pela auto-gratificação é abominável para

Deus, 4: 4-6

Quando uma pessoa se torna um cristão, ele entra em um

novo relacionamento. É uma relação especial, descrita

em termos de nos tornarmos como se fosse casada com Cristo.

No sentido de que Ele é o noivo da noiva e seu povo

são a noiva, estamos realmente envolvidos com Deus em um

relação especial. Para ser infiel a essa relação

constitui infidelidade espiritual, na verdade uma espécie verdadeira

de adultério. É por isso que James chama os leitores, que

tornou-se tão auto-centrada que eles adoravam o deus

de prazer, adúlteras (Hos. 2: 2; 03:20 Jer; Ps..

73:27; É um. 54: 5). Ele naturalmente usa o feminino

gênero porque somos a noiva de Cristo. Este escatológico

Page 8: Capítulo 8 O Homem Infiel

promessa já é uma realidade como o Espírito Santo

é o penhor da nossa herança (Ef. 1: 13-14).

Esta amizade com o mundo, produzida por um

mente mundana e do desejo subseqüente para o prazer,

constituía adultério espiritual e fez o culpado

inimigos de Deus. Para declarar sua lealdade ao

mundo é uma declaração de inimizade para com Deus. Janjes

fundamentado com eles com base em uma compreensão

eles deveriam ter tido. Quando se entroniza o mundo

e destrona a Deus ele se torna inimigo de Deus.

Esta posição coloca um em uma condição espiritual que

é realmente abominável a Deus.

Em seguida, ele é à toa que no versículo 5 refere-se James

a um princípio bíblico do Antigo Testamento que diz

que o Espírito que Deus fez com que habitar em nós

anseia por nós com um amor ciumento. Este versículo constitui

uma das maiores questões interpretativas

a epístola. Parece que James não está citando

diretamente qualquer passagem do Antigo Testamento explicitamente. O

verdade geral é retratado fortemente em passagens

como Hos. 2: 19ss; Êx. 20: 5; 34:14; Josh. 24: 19-20;

Deut. 6: 14-15; Jer. 03:14. James quer que seus leitores

entender claramente que sua amizade com o lascivo

mundo era totalmente antagônica ao Espírito Santo

a quem Deus havia causado a habitar neles. O Santo

Espírito é o próprio Cristo que habita em nossos corações pela fé

de acordo com Ef. 3: 16-17. Como Aquele que revela o

Pai, a relação resultante é que estamos habitando

lugares em que Deus reside (Ef. 2:22). Assim, para ligar

nossos corações para mundanas prazer e para se prostituir

com o mundo se move Deus a uma inteiramente legítima

Page 9: Capítulo 8 O Homem Infiel

amor ciumento. Seu amor ciumento é saudável e

completando porque Ele anseia por nós para o nosso bem e

para a bênção dos outros por nós. Nosso desejo para o

mundo é devastador, pois tende a destruir a nossa

bem-estar e de base fere outros no processo.

James fato reconhece que se trata de uma grande ea

ameaça constante. O desejo de auto-gratificação é um

que vai submergir mesmo o mais forte cristã.

Então, no versículo 6, ele compartilha uma promessa que Deus distinto

dá mais graça. Aquele que é egocêntrico

não sente que precisa da graça de Deus. Ele é auto-suficiente.

Aquele que é centrado em Cristo sempre reconhece

sua constante necessidade de uma maior e mais graça. O

mais se cresce na realização Christian o mais

graça que ele precisa para ficar centrada em Cristo. James é tão

direito de aclamar que precisamos ouvir atentamente Deus

alegação de que ele se colocar contra o orgulhoso e

altivo, mas Ele graciosamente dá graça a quem

é humilde de espírito suficiente para recebê-la e ser abençoado

por ele e por sua vez, ser uma bênção para os outros por causa disso.

d. Paixão pela auto-gratificação exige arrependimento,

4: 7-10

Porque este concupiscência mundana desprezível para o prazer

era tão abominável a Deus que tinha que haver uma imediata

e arrependimento completo para evitar a catástrofe de

um relacionamento quebrado, quebrado. Nestes versos James

elementos representativos primeiras listas necessárias em arrependimento,

em seguida, uma intimação claras ao arrependimento e, finalmente,

uma breve, apontou declaração do resultado de arrependimento.

Para quem destronou Deus e entronizado

auto por uma questão de auto-gratificação existem certas

Page 10: Capítulo 8 O Homem Infiel

elementos que devem ser envolvidos em seu retorno a Deus.

Ele deve submeter-se a Deus ou tomar uma posição com Deus. Este

é um termo militar que descreve uma postura de renovada

obediência à vontade de Deus. Aqui é um compromisso positivo

a Deus em sinal de rendição total. Este elemento é

em paralelo com a sua contrapartida negativa. Ele também deve

ficar contra o diabo. É mais do que a resistência; isto

é uma posição definitiva tomada contra a vontade do diabo,

que é realmente "o caluniador." (Nos versículos 11-12 o

aquele que calunia os irmãos está atuando no papel de

o diabo, o caluniador.) Essa postura decisiva contra

o diabo irá resultar em sua fuga de você mesmo como

ele fez após própria vitória de Jesus no deserto.

James promete vitória sobre Satanás no ambiente

de um relacionamento íntimo com Deus.

Então, juntamente com a submissão a Deus é o que o acompanha

elemento de aproximar-se de Deus. Esta ação

é um ato decisivo de se aproximar de Deus e em comunhão

adoração. Nosso primeiro passo em direção a Ele será recebido pelo

Seus braços abertos estendidos como Ele na verdade se aproxima

para nós. Esta é uma relação renovada onde selfcenteredness

é dissolvido e Cristo-centrismo é

estabelecida.

Representante do nosso desenho perto de Deus é

Tendo em nossas mãos impuras purificado. James reflete sua

Fundo cerimonial judeu aqui, mas não em um mau

caminho. Ele não deve ser entendida como dizendo que pudermos

realmente limpar nossas próprias mãos. Ele também não quer dizer

que é nossas mãos, que são a parte de nós que é

contaminado. Limpeza das mãos retrata o que

contamina. Realmente é o coração que precisa de limpeza.

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Então Tiago está dizendo que à medida que nos aproximarmos de Deus nós

deve deixar que Ele nos lava de todos os nossos pecados que contaminam.

Paralelamente a este elemento de arrependimento é o

admoestação para purificar nossos corações. Não é que nós podemos

fazer isso por nós mesmos. Mas estamos a desenhar tão perto

Ele que Ele pode retificar a nossa dupla de espírito.

Remanescente de Matt. 6: 24ff James refere-se à tendência

para servir a Deus e ao materialismo. Como renovamos o nosso

lealdade a Deus não devemos mais ser caracterizados

pelo estilo de vida de duas caras. Não podemos continuar a ter

uma mente para o mundanismo e uma mente para Deus. Devemos

firmemente vir a Deus para que Ele possa reorientar nossa

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visão espiritual sobre a Sua vontade para nós.

Imediatamente após a apresentação destes

elementos necessários de arrependimento James fortemente

entrega uma intimação decisivos ao arrependimento no versículo

9. Estes elementos exteriores na convocação não deve

ser substituída pela condição do coração. Estas são a

ser genuínas expressões exteriores de um verdadeiro interior

condição. Esta convocação é sugestivo de uma profunda

estado arrependido de espírito. É uma intimação afiadas que

deve assustar seus leitores em um reconhecimento de sua

necessidade real.

A primeira palavra na convocação para o arrependimento é

uma chamada para a miséria, um reconhecimento do peso

da aflição pesando sobre o pecador. Este

sensação de miséria é crescer fora de uma profunda tristeza

para o pecado. É por isso que James segue com outro afiada

imperativo para lamentar em profundo pesar e tristeza É o

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"tristeza segundo Deus", descrito por Paulo em 2 Coríntios. 7: 9-10

que produz a salvação não deve ser lamentado. Este

tristeza interior é, então, a ser expresso exteriormente em

chorando sem vergonha, indicativo de sua genuína

desânimo por causa de seu estado lastimável em pecado. Ênfase

é colocada sobre esta convocação ao arrependimento pela conclusão

admoestação para deixar o vosso riso em se virou para

pranto, ea sua alegria ser alterado para sinceros

vergonha ou desânimo. O olhar cabisbaixo literal é

refletem um coração abatido pronto para voltar para Deus para

renovação. Este olhar abatido refletindo a humildade

do coração que reconhece plenamente que isso não acontece

merecem perdão se prepara para a primeira declaração

no versículo 10. James comanda o arrependido para

humilhar-se na presença do Senhor, e Ele

certamente vai levantá-lo. Aqui é maravilhoso e esperança

encorajamento.

É de notar que versos 7-10 não estão como

uma barricada para alegria genuína na vida cristã. Lá

é, de fato, não só espaço para várias expressões de

alegria; alegria é caracterizar a vida de comunhão com

Deus. Mas o pecado e sua expressão no orgulho arrogante é

nenhuma ocasião de alegria. É uma ocasião para ser triste, porque

do que ele faz para Deus, com os outros e para si mesmo.

(3) Strife resultante da fofoca, 4: 11-12

Outra fonte real e trágica do conflito é a expressão

do egocentrismo, difamação, calúnia ou

outra pessoa. Na verdade, é uma forma de auto-exaltação

para tentar destruir um irmão por falar contra ele.

Esta acção de julgamento crítico faz com que todos os tipos de

contenção. Então Tiago diz no verso 11 que parar de falar

Page 13: Capítulo 8 O Homem Infiel

o seu irmão. A palavra significa falar para baixo

outra pessoa no sentido de utilizar caluniosa

fala para trazer baixo essa pessoa. Ele inclui a acção

da maledicência alguém com vista a caluniar.

Quando se faz isso, ele é, na verdade, aproximando-

o diabo, não Deus. O próprio nome do diabo usado

em 4: 7 significa "caluniador".

Então James deixa claro que para difamar ou um juiz

irmão envolve um em difamar e julgar a lei.

A lei a que se refere aqui não é apenas o legalista

expressão da lei. Na verdade, deve ser tomado fundamentalmente

para referir a maior lei de amor. Jesus disse que a maior

mandamento é amar a Deus com todo o nosso ser

e amar o nosso próximo como a nós mesmos (Matt.

22: 37-39). Seu ponto de referência para a própria lei era

o Shema encontrado em Deut. 6: 5 e para o companheiro

ele encontrou em Lev. 19:18. Mesmo como era grave a quebrar

a lei, que era ainda mais para estar em juízo sobre

isto. Isto é o que James disse um fez pela ação de

fofoca. Ele acrescentou que para difamar e criticar a lei

fez um cessar praticar a lei, porque então ele

estabeleceu-se como um censor e juiz. Esta atitude

de auto-exaltação, orgulho arrogante, colocou-se acima

O próprio Deus.

Então, no versículo 12 James lembra a seus leitores prideful

a quem este retrato seria aplicável que há apenas

um Legislador e Juiz, que também é o único que

tem o poder de vida e morte. Ele é capaz de salvar, mas

Ele também é capaz de destruir. Este deve ter lembrete

trouxe humildade para o caluniador arrogante que por

sua ação de fofocas maliciosas tentou fazer-se

Page 14: Capítulo 8 O Homem Infiel

Deus. Mas quem faz isso é no lugar errado

e precisa ser derrubado. James faz isso

a pergunta: "Quem é você quem ousaria

juízos de valor sobre o seu vizinho? "

Provavelmente, não há maior causa de mais grave

problemas em nossas igrejas e denominação do que hoje

Discussão malicioso. Ela decorre do desejo egoísta de levantar

a si mesmo se rasgando outra para baixo. Sementes da dúvida

e suspeita pode ser semeada, que soa tão piedoso e

justos, mas tal calúnia feio pode causar danos

sem conserto. Porque nós somos irmãos em Cristo nós

deve se esforçar para ajudar uns aos outros e não destruir uma

outro

Sétima série de ditos: SOBRE O RISCO QUE REPRESENTA PARA NÓS O ESPÍRITO ANTIGO – Tg 4.1-12 I – A raiz má – nosso egoísmo – Tg 4.1-3 1 – A realidade da falta de paz (v. 1). 2 – A causa da discórdia – de onde ela vem (v. 1). 3 – Para onde leva a falta de paz (v. 2). 4 – Até mesmo a oração é deturpada (v. 3). 5 – O que ajuda. II – As alianças perigosas – Tg 4.4-10 1 – Ganhar o mundo significa perder a Deus (v. 4-6). 2 – Converter-se a Deus significa rechaçar o inimigo (v. 7b-10).