Capital Intelectual e Práticas de Mensuração No Brasil
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8/17/2019 Capital Intelectual e Práticas de Mensuração No Brasil
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Capital intelectual e práticas de mensuração no Brasil.1
Fernando Fonseca Santos2
Sebastião Eustáquio Pereira3
Resumo
O objetivo deste artigo é identificar práticas de mensuração do capital intelectual noBrasil. Existe uma vasta literatura que ressalta a importância e utilidade damensuração e divulgação do capital intelectual para as empresas, acionistas eusuários da contabilidade. Com este propósito o artigo pesquisou as 30 (trinta)maiores empresas de diversos setores listadas segundo a Revista Exame Melhorese Maiores e por meio da análise nas demonstrações financeiras, procuramos casosde empresas que utilizassem esse método, resultando na constatação de nenhumcaso de empresas que mensuram ou divulgam seu capital intelectual.
Palavras-Chave
Mensuração, divulgação, evidenciação, capital intelectual.
Intellectual capital and practical of measurement inBrazil.
SummaryThe objective of this article is to identify practical of measurement of the intellectualcapital in Brazil. A vast literature exists that standes out the importance and utility ofthe measurement and spreading of the intellectual capital for the companies,shareholders and users of the accounting. With this intention the article searched the30 (thirty) bigger companies of diverse Better and Bigger listed sectors accordingto Revista Exame and by means of the analysis in the financial demonstrations, welook cases of companies who used this method, resulting in the evidence of nonecase of companies who measure or divulge its capital intellectual.
Keywordsmeasurement, spreading, evidence, intellectual capital.
1 Trabalho desenvolvido na Graduação de Ciências Contábeis da Universidade Católica de Brasília2 Bacharelando em Ciências Contábeis do 2º semestre de 2003 da UCB3 Professor orientador do trabalho
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1. INTRODUÇÃO
O estudo do ativo intangível dentro da contabilidade, vem se aprofundando
nas últimas décadas, contadores e profissionais da área tem o intuito de incorporar e
divulgar nas demonstrações financeiras o capital intelectual das empresas. A
avaliação do patrimônio pela contabilidade não reflete o verdadeiro valor de mercado
das empresas, pois tradicionalmente, o que não se pode medir, não pode ser
incorporado no patrimônio das organizações, segundo a contabilidade tradicional.
A procura do modelo de gestão de capital intelectual surge como alternativa
para todas as organizações, pois se entende como desafio para os gestores das
empresas, identificar e desenvolver continuamente os ativos intangíveis, e para que
isso seja possível, a contabilidade precisa estabelecendo padrões para mensurar,registrar e evidenciar o capital intelectual, testando sua viabilidade no que se refere
ao contexto organizacional, pois a empresa que adota esse método, com a maior
eficácia estará dando um salto à frente das suas concorrentes.
No Brasil, diversos trabalhos foram desenvolvidos relacionados a
contabilização dos recursos humanos sobre ativos intangíveis, mas que ainda não
foram incorporados à contabilidade tradicional em virtudes da complexidade de
atribuir valor, devido a grande dificuldade de elaborar um modelo que sejaamplamente aceitável para vários tipos de organizações, entretanto a essência
principal dos modelos existentes não varia significamente.
A finalidade deste artigo é identificar práticas de mensuração do capital
intelectual no Brasil, buscando esclarecer porque as empresas, sabendo da
importância da mensuração do capital intelectual nas demonstrações financeiras,
não utilizam esse método há vários anos mundialmente, gerando debate entre
contadores. Existe concordância sobre a importância do capital intelectual, da
gestão do conhecimento, da contabilização do ativo intangível e vários nomes
ligados a contabilização dos recursos humanos de uma empresa, reconhecendo a
importância em agregar valor a esses assuntos.
Este artigo pesquisou 30 (trinta) empresas brasileiras da área de informática,
bancária, serviços públicos, entre outras, selecionadas, segundo classificação da
Revista exame Melhores e Maiores, publicada em julho de 2002 e são apresentadas
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conclusões extraídas da análise dos balanços patrimoniais, notas explicativas,
relatórios administrativos, balanço social e outras demonstrações, com a intenção de
encontrar casos de mensuração, divulgação e evidenciação do capital intelectual,
mostrando quais as vantagens de sua publicação e analisando os casos
encontrados.
2. CONCEITOS DE CAPITAL INTELECTUAL UTILIZADO PELAS
EMPRESAS.
Atualmente, com o grande crescimento no espaço das organizações mundiais, e
todo interesse que o tema vem despertando, definir e conceituar capital intelectual é
uma tarefa complicada e com riscos de precipitações.
Apresentamos as conceituações das principais autores considerados no
assunto e os pioneiros no desenvolvimento de pesquisas, embora ainda não
definidas por se tratar de um assunto que se encontra em constante pesquisa e por
possuir várias definições e formas para se alcançar um ponto concreto em sua
publicação, envolvendo mensuração e o gerenciamento do capital intelectual.
Para Edvinsson e Malone (1998, p. 19)
“[...] capital intelectual é um capital não financeiro que representa alacuna entre o valor de mercado e o valor contábil. Sendo a soma docapital humano e o capital estrutural:
Capital humano: refere-se a toda capacidade, conhecimento, poderde inovação, habilidades e experiências individuais dos empregadose gerentes, mais os valores, cultura e filosofia da empresa.
Capital estrutural: compreende a infra-estrutura, formado pelosequipamentos de informática, softwares, banco de dados, patentes,marcas registradas, relacionamento com os clientes e tudo mais dacapacidade organizacional que apoia a produtividade dosempregados”.
Segundo Edvinsson e Malone (1998) capital organizacional pode ser visto
como investimento da empresa em sistemas, instrumentos, filosofia operacional ou
facilita e agiliza o fluxo de conhecimento pela organização, também voltado para
áreas externas, como setores de suprimentos e distribuição.
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Ainda segundo Edvinsson e Malone (1998), têm capital de inovação, referente
à capacidade, renovação e os resultados da inovação, sob a forma de direitos
comerciais amparados por lei, propriedade intelectual e outros ativos utilizados para
criar e colocar no mercado novos produtos e serviços.
E o capital de clientes, que é o valor do relacionamento com os clientes,
Edvinsson e Malone (1998, p.33) afirma que o capital de clientes “sempre esteve
presente oculto sobre a definição de goodwill” , e cita que quando uma empresa é
vendida por um valor maior que o contábil, a diferença significa o grau de
importância e reconhecimento que a empresa possui, junto aos seus empregados e
clientes, e para mensurar esse relacionamento do capital de clientes, teria que
aplicar o valor líquido descontando o lucro médio por cliente ao longo dos anos de
relacionamento. Sendo que este é o grande propósito para a categoria do capital de
clientes, medir tal solidez e lealdade.
Para Stewart (1998 p.13):
“[...] capital intelectual é a soma do conhecimento de todos em umaempresa, o que lhe proporciona vantagem competitiva. Ao contráriodos ativos, com os quais empresários e contabilistas estãofamiliarizados como propriedades, fábricas, equipamentos, dinheiro,constitui-se a matéria intelectual, sendo o conhecimento,informações, propriedade intelectual, experiência, que pode serutilizada para gerar riqueza”.
Através desse conceito, no entendimento de Stewart (1998), o capital
intelectual corresponde ao conjunto de conhecimentos e informações, encontrados
nas organizações, que agregam valor ao produto e/ou serviços, inerente da
aplicação da inteligência, por exemplo: o conhecimento da força de trabalho, o
treinamento e profissionalismo de uma equipe de químicos que descobre uma nova
fórmula de dólares ou Know-how de trabalhadores que apresentam milhares de
formas diferentes de melhorar a eficiência de uma indústria.
Brooking apud Antunes (2000, p. 78)
“[...] define capital intelectual como uma combinação de ativosintangíveis, fruto das mudanças ocorridas nas áreas de tecnologiada informação, mídia e comunicação, que trazem bens intangíveispara as empresas e que capacitam seu funcionamento, podendo serdivididos em quatro categorias: ativos de mercado, ativo humano,ativos de propriedade intelectual e ativo de infra-estrutura”.
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Complementando a conceituação do capital intelectual do capital intelectual,
Brooking apud Antunes define os ativo de mercado, que está ligado ao potencial que
a empresa possui em decorrência dos intangíveis, que estão relacionados aomercado, por exemplo, marcas, patentes, lealdade dos clientes, negócios
recorrentes, negócios em andamento, canais de distribuição, franquias entre outros.
Segundo Brooking apud Antunes (2000), o ativo humano é tudo que o
trabalhador pode gerar de benefício para a organização por meio de sua experiência
(expertise), criatividade, conhecimento, habilidade para resolver problemas, sendo
tudo visto de forma coletiva e dinâmica.
Ainda se tratando do mesmo autor, ativos de propriedade intelectual, são osque necessitam de proteção legal para proporcionarem às organizações, benefícios,
tais como know-how, segredos industriais, copyright, patentes e designes. Os ativos
de infra-estrutura são substancialmente as tecnologias, as metodologias e os
processos empregados como a cultura, sistema de informação, métodos gerencias,
aceitação de risco e banco de dados de clientes.
Os modelos apresentados estabeleceram várias formas e critérios que em
tese poderiam auxiliar na gestão, na mensuração e, finalmente no registro edivulgação do capital intelectual. No entanto, a vasta literatura existente com
diversos pontos de vista diferentes, também evidencia a complexidade do tema e
talvez não seja possível elaborar um modelo que seja único para os vários tipos de
organizações que alcancem um grau de satisfação e eficácia nos seus resultados.
3. VANTAGENS DA MENSURAÇÃO DO CAPITAL INTELECTUAL
As informações contidas no relatório de capital intelectual fornecem dados
relevantes a vários interlocutores interessados, que são os gestores, acionistas,
clientes e usuários da contabilidade.
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No aspecto gerencial, o conhecimento do capital intelectual das empresas
auxilia para que as organizações possam se conhecer melhor, aperfeiçoando o
processo de tomada de decisão e consequentemente o aprimoramento referente à
contabilização do ativo intangível.
Com base nas idéias de Brooking apud Antunes (2000), argumenta-se que, o
conhecimento do capital intelectual é uma fonte rica de informações sobre a
organização em sua totalidade e, sobretudo, um instrumento valioso para confirmar
a habilidade da organização para atingir objetivos, fornecer um foco para programas
de educação organizacional e treinamento, analisar o valor da empresa e ampliar a
memória organizacional.
Além dessas vantagens apresentadas por Brooking apud Antunes (2000),acrescentou-se outras como:
• A empresa que conhece seu capital intelectual tem a possibilidade de
identificar os recursos necessários em ativos intangíveis, pois, não
conhecendo, se torna impedida de executar um planejamento
estabelecido, resultando que seu planejamento estratégico seja
publicado sem possuir alguns elementos intangíveis, não tendo a
certeza de que dispõe ou não de tais recursos, compromete seu
resultado para o futuro;
• Através do conhecimento do capital intelectual, segundo Antunes
(2000, p.122), “pode-se distinguir as diferenças entre a criação de
patentes, desenvolvimento de vários designes e novos produtos,
compreendendo as vantagens competitivas que cada um desses
elementos possui”;
• O conhecimento do grau de instrução dos funcionários impede o cortede pessoas com a capacidade e know-how valiosos para a
organização, como nos casos de Programa de Demissão Voluntária
que muitas empresas do setor público e privado adotaram nos últimos
anos.
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Para Antunes (2000), do ponto de vista externo da organização, as vantagens
utilizadas pelos usuários externos são:
• Os demonstrativos e relatórios financeiros contendo os indicadores do
capital intelectual são subsídios valiosos para analistas e financiadores,
para ter uma projeção futura da capacidade que a empresa tem de
gerar caixa;
• Para os acionistas, esses relatórios são de fundamental importância,
como cita Edivinsson e Malone (1998, p.19) […] capital não financeiro
que represente a parte oculta das organizações […] a qual está
aparente nas demonstrações contábeis, podendo os acionistas ter a
visão do presente e do futuro, mais as tendências apresentadas pelaempresa.
4. LIMITAÇÕES A MENSURAÇÃO DO CAPITAL INTELECTUAL
A luz da teoria e concordando com a opinião de Antunes (2000), atualmente
não identificamos desvantagens relevantes, mas apenas limitações e ponderações
que podem ser consideradas temporárias, devido os constantes estudos que sãodesenvolvidos nesta área e deve-se levar em consideração a importância do tema
nos últimos anos.
Embora seja do conhecimento que órgãos internacionais como a IASC –
Intenational Accouting Standards Commitee, o FASB – Financial Accouting Standard
Board e a SEC – Securities Exchange Comission que patrocinam reuniões para
debater tal assunto, não existe um modelo padrão para divulgação dessas
informações e nesse sentido a IFAC – Federação Internacional de Contabilidade,trabalha com o objetivo de divulgar o conceito de capital intelectual e sua
importância na sociedade atual, mesmo sabendo que, um modelo único seja remoto,
o possível seria adotar um modelo por setor, devido às particularidades econômicas
e estruturais de cada segmento.
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Segundo Antunes (2000, p.125) em relação a mensuração do capital
intelectual, […] se trata de um modelo desenvolvido para identificar e mensurar
componentes subjetivos do Goodwill, não apresentando uma unidade padrão de
mensuração.
Os modelos para mensuração do capital intelectual necessitam da existência
de um sistema de informações eficiente devido o grande número de indicadores que
mostram os dados específicos, não apontando como irrelevância os indicadores
elaborados, apesar de serem difíceis de serem obtidos.
5. METODOLOGIATrata-se de uma pesquisa bibliográfica, qualitativa e documental, com o intuito
de encontrar ocorrências de capital intelectual constantes na literatura e nas
demonstrações financeiras das empresas pesquisadas.
Para desenvolver essa pesquisa foram analisados os relatórios de
administração, os balanços patrimoniais, as notas explicativas, as demonstrações de
valores agregados, os balanços sociais e outras demonstrações, para verificar a
divulgação de qualquer menção sobre capital intelectual, capital humano ou outro
nome relacionado com o assunto. Partindo da definição de uma amostra de 30
(trinta) empresas brasileiras dos setores de serviços, por vendas (telecomunicações
(3), serviços públicos (11), transportes (1), tecnologia e computação (2)), do mundo
digital, por vendas eletrônicas (eletroeletrônica (2)) e maiores bancos por
produtividade (múltiplo (9) e comercial (2)), e foi realizada com base na escolha das
maiores empresas desses segmentos listados na Revista Exame Melhores e
Maiores, publicada em julho de 2002.
Esse tipo de informação pode ser divulgado em documentos diferentes dos
tradicionais para contabilização dos bens das empresas, por isso, também foi
realizada consulta aos sites das empresas relacionadas, com o propósito de
proporcionar maior clareza na pesquisa.
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Além disso, foi procedida ampla pesquisa bibliográfica, com o intuito de
identificar estudos da mesma natureza publicado no país e no exterior, constatando-
se somente os clássicos casos das empresas Skandia – AFS e VM – data,
empresas suecas, líderes internacionais no setor.
6. RESULTADO DA PESQUISA
O resultado da pesquisa com as empresas brasileiras foi negativa, porque
não foi encontrado nenhum caso de empresas que mensurassem ou divulgassem
seu capital intelectual. As vantagens e desvantagens que poderiam ser obtidas com
essa prática não foram demonstradas nos canais de comunicação das empresascom o público interno, devido à ausência de informação sobre o assunto.
7. DISCURSÃO DA PESQUISA
Esse trabalho parece ser pioneiro na tentativa de identificar práticas de
mensuração do capital intelectual no país, pois não foi encontrado nenhum
documento sobre as práticas de mensuração do capital intelectual dentro das
organizações, como explica a tabela a seguir:
TABELA I
Levantamento de possíveis fontes bibliográficas de eventos de publicações do
capital intelectual.
Documentos Sites Pesquisadosem
Ocorrências
Artigos http://www.google.com.br 15/09/03 Nihil
http://www.cade.com.br 16/09/03 Nihil
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http://www.unb.br 17/09/03 Nihil
http://www.fea.usp.br 18/09/03 NihilRevistas http://www.cfc.org.br/rbc/edicoes 18/09/03 Nihil
http://www.redecontabil.com.br 19/09/03 NihilBoletim do Ibracon http://www.ibracon.gov.br/publicacoes 20/09/03 Nihil
A pesquisa realizada com base nas informações divulgadas pelas empresas
também apresentou resultados nulos. Nenhuma empresa da amostra selecionada
apresentou qualquer conceito de capital intelectual nos seguintes relatórios: relatório
de administração, balanço patrimonial, nota explicativa, balanço social,
demonstrativo de valor agregado e outras demonstrações. Tampouco informações
específicas ligadas aos diversos conceitos de capital intelectual em documentos
divulgados retirados das empresas relacionadas na tabela a seguir:
TABELA II
Composição da amostra das empresas pesquisadas por sites.
Setores Empresas Sites Pesquisados em
Telecomunicações Telesp http:\\www.telesp.com.br 20/09/03Brasil Telecom http:\\www.brasiltelecom.com.br 20/09/03Embratel http:\\www.embratel.com.br 20/09/03
Serviços Públicos Coelba http:\\www.coelba.com.br 20/09/03Celesc http:\\www.celesc.com.br 20/09/03Cesp http:\\www.cesp.com.br 20/09/03Bandeirantes Em. http:\\www.bandeirantes.com.br 20/09/03CPFL http:\\www.cpfl.com.br 20/09/03Light http:\\www.lightrio.com.br 20/09/03Cemig http:\\www.cemig.com.br 21/09/03Eletropaulo http:\\www.eletropaulo.com.br 21/09/03Furnas http:\\www.furnas.com.br 21/09/03Embrapa http:\\www.embrapa.br 21/09/03Itaipú Binac. http:\\www.itaipu.gov.br 21/09/03
Transportes Varig http:\\www.varig.com.br 21/09/03Eletroeletrônica Alcatel http:\\www.alcatel.com.br 21/09/03
Siemens http:\\www.siemens.com.br 22/09/03Bancos Banco do Brasil http:\\www.bb.com.br 22/09/03
Bradesco http:\\www.bradesco.com.br 22/09/03Caixa Econômica http:\\www.caixa.gov.br 22/09/03Itaú http:\\www.itau.com.br 22/09/03Unibanco http:\\www.unibanco.com.br 23/09/03
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Boa Vista http:\\www.boavista.com.br 23/09/03Banco Real http:\\www.bancoreal.com.br 23/09/03Banespa http:\\www.banespa.com.br 23/09/03Santander http:\\www.santander.com.br 24/09/03Banco Safra http:\\www.safra.com.br 24/09/03Benge http:\\www.benge.com.br 24/09/03
Tecnologia Itautec Philco http:\\www.itautec-philco.com.br 24/09/03Microsoft Brasil http:\\www.microsoft.com/brasil 24/09/03
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo buscou demonstrar as práticas de mensuração do capital
intelectual no Brasil, analisando os diversos modelos de avaliação do capitalintelectual que tentam evidenciar o desenvolvimento de critérios que auxiliam na
gestão, mensuração e divulgação desse ativo intangível. Com a complexidade que o
assunto impõe, o consenso sobre uma medida adequada de definir capital
intelectual é uma tarefa que provavelmente ainda vai trilhar um longo caminho para
atingir um formato ideal.
Através da pesquisa feita e citada neste artigo, analisamos 30 (trinta)
empresas, selecionadas segundo a classificação da Revista Exame Melhores eMaiores, publicada em julho de 2002, com o objetivo de encontrar casos de
empresas brasileiras que divulgam ou mensuram o capital intelectual em suas
demonstrações financeira. No Brasil, não foram encontrados casos de empresas que
realizam essas práticas, mesmo conhecendo as vantagens e limitações que o
assunto pode proporcionar, tendo como exemplo os casos clássicos conhecidos e
comprovados das empresas suecas Skandia – AFS e VM – data, além dos diversos
artigos e estudos desenvolvidos que apresentam relevância ao processo de
mensuração do capital intelectual.
O desenvolvimento de um modelo eficaz para agregar valor a esse ativo
intangível que é o capital intelectual será uma ferramenta de grande valor para a
administração e para a tomada de decisão de como investir em treinamento,
educação, saber quando demitir ou não os empregados, substituir homem por
máquinas, terceirizar ou não setores da empresa e criar níveis e cargos dentro da
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organização. Com isso fica claro a necessidade da contabilidade apurar o valor
desses recursos intelectuais mantidos pela empresa, porque eles possuem valor e
devem ser estudados e avaliados pelos profissionais contábeis.
Como não foi encontrado nenhum caso de empresa que mensure ou divulgueseu capital intelectual em suas demonstrações fica a pergunta para saber o porque
das organizações não utilizarem esses métodos, já que, estudiosos e profissionais
da área reconhecem a importância desse assunto. O motivo dessa lacuna deve ser
objeto de pesquisas futuras, talvez um motivo possível seja a não existência de um
modelo padrão e aceitável pelas empresas, por não ter exigência legal ou
mercadológica ou pelas empresas não dar importância à mensuração desse ativo
intangível mesmo sendo visto como o ativo mais valioso da organização.
8. REFERÊNCIAS
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_________. Capital Intelectual. São Paulo: Atlas, 2000.
BROOKING, Annie. Intelectual Capital: core asset for the third millenium entreprise. Boston: Thomson Publishing, 1996.
EDVINSSON, L..; MALONE, M.S.. Capital Intelectual. Trad. Roberto Galman. SãoPaulo: Makron Books, 1998.
MARTINS, E. ANTUNES, M. T. P. Capital Intelectual: verdades e mitos. In:
COGRESSO BRASILEIRO DE CONTABILIDADE, 16, 2000, Goiânia. Anais...
Goiânia: CFC, 2000.
MARTINS, Eliseu, Contribuição à avaliação do ativo intangível. Tese
(Doutorado): Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade
de São Paulo, 1972.
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REZENDE, Y. Informações para negócios: os novos agentes do conhecimento e a
gestão do capital intelectual. Caderno de Pesquisa em Administração, São Paulo,
v.8, n. 1 jan./mar. 2001.
SÁ, M. Thereza Antunes. Capital Intelectual: o ativo que não aparece nas
demonstrações financeiras. Boletim do Ibracon, São Paulo, p. 3-9, maio de 1996.
STEWART, Thomas A. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das
empresas. Trad. Ana Beatriz Rodrigues, Priscila Celeste. Rio de Janeiro: Campus,
1998.
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