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Introdução

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História do Alentejo

A história da Região Alentejana está fortemente ligada à história de Portugal e à da Peninsula Ibérica. Ao pesquisar aprofundamente sobre a história do Alentejo, encontramos diversas referências ao domínio realizado pelos Fenícios, Celtas, Arabes e Romanos a Portugal, mais particularmente a sul deste continente. Por exemplo, Beja foi uma das primeiras colónias portuguesas romanas. Habitada inicialmente por soldados romanos, tinha um grande espólio de recursos devido à fertilidade dos campos e aos recursos em minério. Estes deixaram um legado de importantes monumentos megalíticos, ,mosaicos e diversos escritos. Mais tarde os Àrabes protegeram a região com a contrução de várias muralhas.

Hoje em dia, a região alentejana continua a crescer, a riqueza existente na agricultura, na pesca,na indústria e na pecuária continuam a ser a base do desenvolvimento económico. A partir, aproximadamente, do inicio do século XXI o turismo, principalmente o turismo rural, deu um grande impulso a esta região, tanto a nível económico como a nível social.

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Lendas da região alentejana

Como as diversas regiões localizadas no nosso país, o Alentejo detêm diversas lendas que deixam esta uma região ainda mais rica culturalmente.

A lenda da nossa Senhora do Castelo, lenda que faz parte do imaginário da população, relata que Nossa senhora terá parecido em cima de uma rocha que se localizava na planta de uma igreja em Aljustrel. Quando se começou a construir a igreja, ninguém se lembrou de incluir a essa “santa” pedra nas obras, então, sempre que iniciavam a construção esta ruia. Somente, quando utilizaram a pedra onde tinha aparecido a Nossa Senhora do Castelo, é que a obra se consegui finalizar. Outros crentes ainda dizem que se encostarmos o ouvido a esta pedra ouve-se o som do mar. Estes acreditam que se a pedra for arrancada o mar irá invadir esta localidade. Outra lenda que é característica desta região é a lenda de Beja. Esta lenda pretende justificar a razão porque se encontra no escudo da cidade a cabeça de um toiro. Diz-nos a lenda: que «Muito antes dos lusitanos, o local onde hoje se encontra a nobre cidade de Beja com as suas muralhas romanas, os seus prédios góticos, a mesquita árabe e o castelo do princípio da monarquia portuguesa. Essa Beja com documentos que representam 4 civilizações, era pequeno povo que vivia em cabanas cobertas de colmo, que apenas se empregava no exercício da caça. Todos esses campos ubérrimos de pão que vemos hoje, eram um compacto matagal, impossível de ser penetrado pelo homem. E uma serpente, uma serpente monstro que tudo matava, tudo triturava, era a horrível preocupação do povo que habitava no local que mais tarde, no tempo dos romanos, se havia de chamar Pax-Júlia, depois no domínio árabe se chamou Buxú e presentemente se chama Beja. Um ardil porém germinou no cérebro de um habitante dessa região: Envenenar um toiro, deitá-lo para a floresta onde existia a tal serpente. Aprovada por todos essa ideia, o toiro foi envenado e deitado para o local indicado».

Outro mito ou lenda, ainda na cidade de Beja, é a lenda da luz misteriosa. As histórias de lobisomens e de bruxas são vulgares no meio rural tradicional. Maus encontros com animais a horas tardias, doenças provocadas pelas chamadas feitiçarias, filtros de amor, visões, vozes, são elementos do vasto manancial do imaginário popular sobre forças maléficas. Há, contudo, outro tipo de histórias que são comuns a várias aldeias e vilas do Alentejo. É o caso da estranha luz que, de noite, acompanhava os viajantes. Segundo os crentes desta lenda, havia uma luz que acompanhava o viajante, seguindo a seu lado, parando quando este parava, e acompanhando a velocidade da sua deslocação. Nenhuma das pessoas que afirmam ter estado em contacto com o fenómeno, esboçou qualquer reacção. Para essa passividade contribuiu seguramente o facto de ser conhecida a reacção da luz quando atacada. A tradição popular registra é que quando a luz era hostilizada, conduzia à morte do atacante. Outra lenda característica desta cidade alentejana é a lenda da costureirinha. Segundo diversos testemunhos,ouvia-se o som de uma máquina de costura, das antigas, de pedal, assim como o cortar de uma linha e até mesmo, o som de uma tesoura a ser pousada.Seria supostamente, um trabalho de costura feito por alguém. O som trepidante da máquina podia provir de qualquer parte da casa: cozinha, quarto de dormir, a casa de fora, e até mesmo de alpendres. De tal modo era familiar a sua presença nos lares alentejanos que não suscitava medo. Era a costureirinha.Afirma a tradição que se tratava de uma costureira que, em vida,costumava trabalhar ao domingo, não respeitando, portanto, o dia sagrado. É esta a versão mais conhecida. Outra versão afirma que a costureirinha não cumprira uma promessa feita a S. Francisco. Esta última versão aparece referenciada num exemplar do Diário de Notícias do ano 1914 em notícia oriunda de aldeias do Ribatejo. Pelo não cumprimento dos seus deveres religiosos, a

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costureirinha for a condenada, após a morte, a errar pelo mundo dos vivos durante algum tempo, para se redimir. No fundo, a costureirinha é uma alma penada que expia os seus pecados, de acordo com a crença que os pecados do mundo, o desrespeito pelas coisas sagradas e, nomeadamente, o não cumprimento de promessas feitas a Deus ou aos Santos podiam levar à errância, depois da morte. Atualmente, não se houve qualquer relato de que a costureirinha continue no meio da população alentejana. Diversas pessoas dizem que esta desapareceu porque o Alentejo ruaral da sua altura tornou-se num Alentejo moderno, com televisão, computadores, entre outros equipamentos, que levaram a que esta não reconhece-se mais este lugar e então, partiu.

Na cidade de Ourique, a população não se esquece da lenda típica deste local. O chamado milagre de ourique Conta a lenda que a Batalha de Ourique foi o momento decisivo da independência do pequeno condado portucalense e que, no fim da peleja, D. Afonso Henriques foi aclamado pelos combatentes como Rei. Era noite. Véspera de batalha. Os guerreiros tentavam descansar. Nas tendas mouras o movimento tinha sido bastante intenso durante todo o dia. De cinco reinos havia chegado homens aguerridos, decididos a não deixar progredir o pequeno exército dos cristãos. Diz-se mesmo que tinha vindo gente de além-mar.  Durante o dia, não tinha havido descanso para ninguém. As setas tinham sido cuidadosamente afiadas e guardadas nas aljavas. Os velozes alfarazes da cavalaria moura tinham tido ração suplementar e relinchavam respondendo aos puros-sangues árabes dos grandes senhores que, impacientes, esperavam pelo combate. Enfim, era noite e a algazarra que pairava todo o dia sobre o arraial esmorecera um pouco e só se ouvira como que um zunir de  moscas.  No acampamento cristão pairava o silêncio. Também os ginetes da guerra estavam prontos e impacientes, as espadas tinham sido afiadas, os peões haviam experimentado as bestas para que tudo corresse como desejavam. Os guerreiros descansavam nas tendas, recostados em leitos improvisados com as peles dos animais mortos, lá mais ao norte, nas selvas que bordejavam as suas tendências e propriedades. Também Afonso Henriques estava recostado na sua tenda. Dera ordem para que ninguém o incomodasse. Não conseguia dormir. Pensava na batalha do dia seguinte, na enorme cópia de gente moura contra a sua minúscula hoste. Corria até que o exército árabe tinha uma ala de mulheres guerreiras... Mas, era necessário vencer... Deus se  encarregaria de se mostrar ao infiel o seu poder pelo braço do guerreiro. Semi-adormecido, apareceu-lhe como que um sonho, um ancião.

Fez sobre ele o sinal-da-cruz, chamou-lhe escolhido por Deus e alertou-o da batalha.Entretanto, apareceu-lhe um escudeiro, que vinha dizer-lhe que estava ali um velho quequeria falar-lhe com muita urgência:  Afonso Henriques viu, diante dos olhos, bem despertos, o velho do sonho:- Tu, outra vez? Quem és afinal, ancião? O que me queres?-Quem sou não interessa... Acalma-te e ouve o que venho dizer-te da parte de Jesus, Nosso Senhor: daqui a instantes, quando ouvires tocar os sinos da ermida onde há já sessenta e sei anos vivo, deves sair do arraial, só e sem testemunhas. É isto o que ele manda dizer-te! Antes do guerreiro abrir a boca, o velho desapareceu na noite, sem deixar rasto. Daí a instantes, soou, efectivamente, o sino da ermida e Afonso Henriques pegou na espada e no escudo, com gesto quase automático, saiu da tenda embrenhando-se na noite, sem destino, só, como lhe fora recomendado. Subitamente, um raio iluminou a noite e de dentro dele saiu uma cruz esplendorosa. Ao centro estava Jesus Cristo rodeado de anjos. Afonso Henriques,

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ajoelhado, deixou-se ficar boquiaberto, sem saber o que dizer, sem se atrever a quebrar o instante, até que dentro de si, ouviu Jesus dizer-lhe:-Afonso, confia na vitória de amanhã. Confia na vitória de todas as batalhas que empreenderes contra os inimigos da Cruz. Faz como a tua gente que está alegre e esforçada. Amanhã serás rei... Apagou-se o céu e a visão celestial desapareceu, como viera. No dia seguinte a batalha foi terrível. Os mouros eram aos milhares e avançavam ferozmente contra os guerreiros  de Afonso Henriques. Ao Primeiro embate muitos homens caíram no chão trespassados pelas lanças. Puxou-se então por espadas e alfanges e a planície foi invadida por um tinir de ferros misturados com a gritaria de toda aquela multidão e os relinchos doloridos dos cavalos feridos. Durante muito tempo, foi um verdadeiro inferno. Os guerreiros cristãos, porém, levaram a melhor. Os mouros sobreviventes, fugiram pela planície fora, deixando os cadáveres naquele imenso chão. Do lado cristão também eram muitos os mortos e feridos, mas os sobreviventes proclamavam a vitória, gritando:-Real! Real! Por Afonso, Rei de Portugal!Diz a tradição que nesse momento e em memória do acontecimento, o rei pôs no seu pendão cinco escudos, representando os cinco reis mouros que derrotara. Pô-los em cruz, pela cruz de Nosso Senhor e dentro de cada um mandou bordar trinta dinheiros, que por tanto vendera Judas  a Jesus Cristo. Esta é a patriótica lenda com que os portugueses quiseram perpetuar um facto que na realidade foi bem diverso. 

As lendas presente em Serpa eram denominadas de Serpente do Rio Anas e a Cobra da Quinta do Fidalgo. Diz a primeira lenda que as suas terras de Serpa e as da vizinhança eram domínio de uma serpente alada, forte, vigorosa, que vivia acoitada nas fragas do rio Anas, hoje denominado de Guadiana. Logo que sentia Serpa em perigo ela se aprestava para vir em socorro das suas terras, e as defendia, vitoriosamente, de quem viesse para lhes fazer mal. É por isso que, no brasão de Serpa, se encontra uma serpente, recordando, assim, a guardiã de outros tempos. A segunda lenda, conta que uma dama muito linda, fidalga, chamada Ana, estava encantada e transfigurada em cobra, e era diferente das outras cobras pois apresentava uma cabeça com farta cabeleira e uns olhos de fogo, muito vivos e brilhantes, esta refugiava-se junto de uma frondosa figueira, na Quinta do Fidalgo, à entrada da Vila. Esta Cobra aparecia na manhã de S. João, com um tesouro cheio de ouro e prata, para dar à pessoa que a desencantasse. Para se dar o desencanto a Cobra dizia: " Eu não engano ninguém e quem for corajoso que venha desencantar-me". Na verdade era precisa muita coragem para se desencantar a cobra da Quinta do Fidalgo, como aqui se conta. Primeiro era preciso gritar o nome da dama encantada: "Ana".

Ao ouvir este nome a cobra transformava-se em touro que “marrava” ferozmente. Se o homem corajoso que chamasse pela dama "Ana" não mostrasse medo o touro transformava-se em Cão Preto. Se o homem continuasse a não manifestar receio o Cão Preto transfigurava-se em Cobra encantada que se aproximaria dele e se lhe enroscaria à cintura dando-lhe um beijo na face. Se o homem corajoso desse, então, sinais de medo ou repugnância a cobra mordê-lo-ia e o encanto continuaria. Se o homem valente não mostrasse qualquer temor dar-se-ia o desencanto. A cobra transformar-se-ia novamente na linda e nobre Senhora chamada Ana e o homem sem medo ficaria rico para toda a vida com o tesouro de ouro e prata.

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Apresentação geral da região Alentejana

Localização Geográfica: Limita a norte com a região Centro e com a região de Lisboa, leste com a Espanha, a sul com o Algarve e a oeste com o Oceano Atlântico e a região de Lisboa.

Àrea: É a maior região do país pois ocupa 1/3 do território Português. O Alentejo detêm 31.152 km² do território nacional.

Distritos: Portalegre, Évora, Beja e 4 concelhos do distrito de Setúbal.