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- No seu primeiro encontro com Emmanuel,ele enfatizou muito a disciplina.Teria falado algo mais?

CHICO XAVIER- Depois de haver salientado adisciplina como elemento indispensável a umaboa tarefa mediúnica, ele me disse:- Temos algo a realizar.Repliquei de minha parte qual seria esse algo eo Benfeitor esclareceu:- Trinta livros para começar.Considerei então de minha parte:- Como avaliar esta informação se somos umafamília sem maiores recursos além do nossopróprio trabalho diário, e a publicação de umlivro demanda muito dinheiro...Já que meu pai lidava com bilhetes de loteria,eu acrescentei:- Será que meu pai vai ganhar a sorte grande?Emmanuel respondeu:- Nada, nada disso, a maior sorte grande é otrabalho com a fé viva na ProvidênciaDivina. Os livros chegarão através decaminhos inesperados.Algum tempo depois, enviando as poesias do“PARNASO DE ALÉM-TÚMULO” para umdos diretores da Federação Espírita Brasileira,tive a grade surpresa de ver o livro aceito epublicado em 1932.A este livro se seguiram outros e, em 1947,atingíamos os trinta livros.Ficamos muito contentes e perguntei ao AmigoEspiritual se a tarefa estava terminada.Ele então considerou, sorrindo:- Agora começaremos uma nova série detrinta volumes.Em 1958 indaguei-lhe novamente se o trabalhofinalizara. Os sessenta livros estavampublicados e eu me encontrava quase demudança para a cidade de Uberaba, ondecheguei a 5 de Janeiro de 1959.O grande Benfeitor explicou-me com paciência:- Você perguntou em Pedro Leopoldo se anossa tarefa estava completa e queroinformar-lhe que os Mentores da Vida Maior,perante os quais devo também estardisciplinado, advertiram-me que nos cabechegar ao limite de cem livros.Fiquei muito admirado e as tarefas

prosseguiram.Quando alcançamos o número de cemvolumes publicados, voltei a consultá-lo sobreo termo de nossos compromissos.Ele esclareceu, com bondade:- Você não deve pensar em agir e trabalharcom tanta pressa. Agora estou naobrigação de dizer-lhe que os Mentores daVida Superior, que nos orientam, expediramcerta instrução que determina seja a suaatual reencarnação desapropriada, embenefício da divulgação dos princípiosespíritas cristãos, permanecendo a suaexistência, no ponto de vista físico, àdisposição das Entidades Espirituais quepossam colaborar na execução doprograma das mensagens e livros,enquanto o seu corpo se mostre apto paraas nossas atividades.Muito desapontado, perguntei:- Então devo trabalhar na recepção demensagens e livros do Mundo Espiritual até ofim da minha vida atual?Emmanuel acentuou:- Sim, não temos outra alternativa.Naturalmente, impressionado com o que eledizia, voltei a interrogar:- E se eu não quiser,já que a Doutrina Espíritanos ensina que somos portadores do livre-arbítrio para decidir sobre os nossos próprioscaminhos?Emmanuel fêz então um sorriso debenevolência paternal e me cientificou:- A instrução a que me refiro é semelhante aum decreto de desapropriação, quandolançado por autoridade da Terra. Se vocêrecusar o serviço a que me reporto,segundo creio, os Orientadores dessa obrade nos dedicarmos ao CristianismoRedivivo, de certo que eles, osOrientadores, terão autoridade bastantepara retirar você do seu atual corpo físico.Quando eu ouvi esta declaração dele silencieipara pensar na gravidade do assunto, econtinuo trabalhando sem a menor expectativade interromper ou dificultar o que passei achamar por “Designios de Cima”.FONTE: “O Espírita Mineiro” - Belo Horizonte, Minas - abril/junho - 88).

Chico e Emmanuel (O Aprendiz e o Mestre)

(Extraído de NOVO MUNDO, IDEAL, 1º edição)

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SUMÁRIO

Em “O EVANGELHO SEGUNDO

O ESPIRITISMO” cap. XIII, item 9

“Desejo que compreendais bem oque pode ser a caridade moral, aque cada um pode praticar, a quenada custa materialmente, eentretanto, a que é mais difícil de sepôr em prática.A caridade moral consiste em sesuportar uns aos outros, e é o quemenos fazeis nesse mundo inferioronde estais encarnados no momento.Há um grande mérito, crede-me emsaber se calar para deixar falar ummais tolo; e ainda aí está um gênerode caridade. Saber ser surdo quandouma palavra de zombaria escapar deuma boca habituada a escarnecer;não ver o sorriso de desdém queacolhe vossa entrada entre pessoasque, freqüentemente, erradamente,se crêem acima de vós, enquantoque, na vida espírita, a única real,estão algumas vezes bem longedisso; eis um mérito, não dehumildade mas de caridade; porquenão anotar os erros de outrem écaridade moral”.

COMUNICAÇÃODA INFLUÊNCIA E DAS AÇÕESDOS MÉDIUNS

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SERVIÇOSÉRIE ACONTECEU COM...

(7ª PARTE)

6

CIÊNCIAA QUESTÃO ESPIRITUAL DOSANIMAIS

8

PANORAMAPOLUIÇÃO ESPIRITUAL

12

JUVENTUDEO JOVEM E SEUS PROBLEMAS

15

EDUCAÇÃOA VIOLÊNCIA E SEUS EFEITOSNA CRIANÇA

19

Conversa BreveKardec AfirmaA Vida ContinuaChico e EmmanuelAs Lições de Chico XavierMensagens

ASSUNTOS

OUTROS...

REVISTA ESPÍRITA MENSALANO XXVIII Nº335SETEMBRO 2004

Kardec Afirma

Mensagem da capa

EXPE

DIE

NTE

“INFORMAÇÃO”:é registrada na D.C.D.P. Do D.P.F. sob n.1702(Portaria 209/73) - publicada pelo Grupo Espírita“Casa do Caminho” - Jornalista responsável:Zancopé Simões (Reg. 10.162) - Redação: Rua Souza Caldas, 343 - Fone: (11) 6097-5700Correspondência:Cx Postal: 45.307 - Ag. VI. Mariana/São Paulo (SP),

“INFORMAÇÃO” não se responsabiliza pelosconceitos e opiniões emitidos pelos seusentrevistados ou articulistas

Edição, Fotolito e Impressão: VAN MOORSEL,ANDRADE & CIA. LTDA.Rua Souza Caldas, 343 - São Paulo - SP

“ A fonte que proteges, em muitasocasiões, será o alimento paramilhares de criaturas, e a árvore queplantas dar-te-á, talvez amanhã, oremédio de que precises”.

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Aceita, na Terra, a existência que a Divina Sabedoria te confiou,mantendo-te naatitude do cultivador que se consagra sinceramente ao trato de solo que lhe cabelavrar.

***Quando e quanto se te faça possível, auxilia aos companheiros de experiência, semabsorver-lhes as responsabilidades.

***Se alguns daqueles que te compartilham a paisagem se mostrarem desinteressados,quanto as obrigações que lhes competem ou se desorganizarem a tarefa que lhes dizrespeito, ajuda-os no reajuste desejável, sem tisnar-lhes o livre arbítrio, mas não telamentes se não conseguires fazer isso, de vez que todos responderemos pelosnossos próprios encargos.

***Ama aos familiares e aos entes queridos sem vinculá-los a qualquer exigência esejamos agradecidos aos que nos estendam compreensão e bondade.

***Não aspireis a retificar apressadamente os outros, quando os consideres errados,segundo os teus pontos de vista, porque também nós, quando em erro, nem sempreadmitimos corrigendas imediatas.

***Quando ofensas te espancarem o coração, esquece todo mal, recordando quantasvezes teremos ferido impensadamente aos outros e não conserves mágoas que teenvenenariam a vida.

***Não imponhas o teu ideal de felicidade àqueles que estimas, de vez que a felicidadedas criaturas varia sempre conforme o degrau evolutivo em que se encontrem.

***Diante de opiniões alheias, respeita no próximo o direito de emití-las conquanto nemsempre te sintas no dever de adotá-las, reconhecendo que os pensamentos denossos vizinhos podem ser diferentes dos nossos.

***Em matéria de fé, procura acatar o modo pelo qual esse ou aquele irmão se coloca àbusca de Deus, porque, se para cada cidade terrestre dispomos de trilhas numerosas,imagina quantas vias de acesso existirão para o acesso aos Lugares Divinos.

***Administra com equilíbrio e abnegação os bens materiais e espirituais que a EternaBondade te situou nas mãos, entretanto, não olvides que a tua permanência na Terraguarda por objetivo essencial, acima de tudo, ensinar-te a ser um Espírito Sublimadopara a Verdadeira Vida, além da morte, e que, um dia, partirás do mundo, carregandocontigo unicamente os valores que houveres entesourado dentro de ti.

***Quanto puderes, como puderes e onde puderes. guardando a consciência tranqüila,trabalha servindo sempre. Assim agindo, ainda que não percebas, desde agora, estarás, impertubavelmente, nosdomínios da paz.

(psicografia F.C.Xavier)

CONVERSA BREVE

SUGESTÕES DA PAZ

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EMMANUEL

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Considerada como vem sendo aparticipação anímica na produção dofenômeno mediúnico, sem desdouroou desvalia deste, antes reconhecidasa magnitude de sua importância,podemos analisar sem paixão ainfluência do medium. Pensar-se quesó o Espírito manifestante atue eimporte num trabalho desta naturezaseria tão errado como atribuir tudo aomédium, fosse por ilusão ou por fraude.Deveremos saber que o médium pode,sobretudo nas primeiras fases dedesenvolvimento da faculdade, captarcertos pensamentos; involuntariamenterefletir no trabalho estados oupreocupações pessoais; interpretarerroneamente sensações internas esubjetivas; sintonizar fontes enganadorastidas por fidedignas ou de origemterreal aceitas por espirituais; ser presade obsessões; afastados osmensageiros espirituais, manipular ospróprios pensamentos suplementando-os sem má-fé. Tudo isso se constituiráem motivo para estudo da mediunidadee não para desacreditá-la. Nem sepoderia aceitar a tese, desmascaradapor experiências sérias e imparciais, deque fosse o médium, por exteriorizaçãode imagens de seu subconsciente oupela projeção mental dos assistentes,que faria materializar a forma pura esimplesmente, haja vista a plenaidentificação em milhares deexperiências, fugindo por completo àhipótese de personificação de tipos: asmanifestações contrárias à convicção ea vontade do médium, ao sentimento eao caráter do médium e dos presentes,hostis mesmo, e aquelas acima doconhecimento do medianeiro etotalmente inesperadas. Nem aexteriorização poderia explicar forças

superiores à do médium, transportes àdistância e assim por diante...Um ponto de referência nem semprebem fixado no estudo da mediunidadeé o de que a faculdade se radica noorganismo. Ela em si independe, comofenômeno, do estágio moral eintelectual do médium. O mesmo nãodiríamos de seu uso, o que é um outroproblema. Da mesma forma, aexteriorização dos princípios anímicos,como no-lo afirma André Luiz(“MECANISMOS DA MEDIUNIDADE”)“nada tem a ver, em absoluto, com oaperfeiçoamento moral”. Esclarece “OLIVRO DOS MÉDIUNS” que ummédium imperfeito pode, algumasvezes, obter boas coisas, porque, sedispõe de uma bela faculdade, não éraro que os bons Espíritos se sirvamdele, à falta de outro, emcircunstâncias especiais; porém issosó acontece momentaneamenteporquanto desde que os Espíritosencontrem um que mais lhesconvenha, dão preferência a este”. Háentão aí a diferença feita entre acondição do médium (imperfeito, nocaso) e a sua faculdade (dada aqui porexcelente). Acrescenta a mesma obra(Cap.XIV) que o ascendente moral domédium “permite-lhe dominar assituações e as presenças inferiores”. Ecomplementa: “Para isso é preciso queo médium passe do médium natural amédium voluntário. Ao invés de oporóbices ao fenômeno, o que se tem afazer é concitar o médium a produzí-losà sua vontade, impodo-se ao Espírito”.Prossegue a mesma obra: “A par dasaptidões do Espírito há as do médium,que é, para o primeiro, instrumentomais ou menos cômodo, mais oumenos flexível e no qual descobre ele

COMUNICAÇÃO

DA INFLUÊNCIA E DA AÇÃO DOS

MÉDIUNS

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Alberto de Souza Rocha

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qualidades particulares que nãopodemos apreciar. O Espírito preferiráum outro, conforme o gênero decomunicação que queira transmitir. Econclusivo: “Cumpre se estude anatureza do médium como se estuda ado Espírito”.O Cap.XIV de “O LIVRO DOS MÉDIUNS”,como se sabe, considera os médiuns,quanto a seus efeitos, em médiuns deefeitos físicos e de efeitos intelectuais;os primeiros em médiuns facultativos emédiuns involuntários. Os médiuns têmconsciência de seu estado e de seupoder; podem eles prever o gênero demanifestações que terão curso,embora não possam produzí-las porespontânea vontade e nem dependadeles o caráter da comunicação em si,mas o gênero da manifestação.Falando de Eusápia, Lombroso contaque “antes da sessão e às vezes nodecorrer dela, pode prever o que sefará, se bem que depois não se recordede que obteve ou não o que prometeu”.Já Home pretendia não exercerinfluência sobre os fenômenos e, se osdesejava realizar, não obtinha êxito.D’Esperance alegava: “Quando ofantasma aparece experimentodificuldade em encontrar meuspensamentos e minhas forças; estoucomo que em sonho e não possomover-me”.Os médiuns involuntários, como ocorreaté mesmo com crianças, nenhumaconsciência, em princípio, têm dopoder que possuem, que lhes advémda abundante emissão de fluido vital.Vale registrar a observação de AndréLuiz em “MECANISMOS DAMEDIUNIDADE” segundo a qual “ummédium, ainda mesmo nas mais altassituações de amnésia cerebral, doponto de vista fisiológico, não estáinconsciente de todo, na faixa da

realidade espiritual”.Médiuns intelectuais são aqueles dequem os Espíritos se servem dosmateriais existentes no seu cérebro.Vale ainda aqui lembrar que o conceitode médium incorreto usado por Kardecnão diz respeito à sua condição moralmas à incorreção no desempenho dafaculdade, insuficiente capacidade deprodução do fenômeno. A falta deconhecimentos pode afetar (nãosempre) a produção intelectual (omédium poder ter sido culto em outraencarnação e valer-se deconhecimentos desse passado).Lombroso anota que “médiunsadquirem no transe energiasmusculares e intelectuais que não têmantes e que só raras vezes se podemexplicar pela transmissão dopensamento dos presentes, pelatelepatia e que exigem, pois, umaexplicação especial, qual a ajuda dosEspíritos”. Mas se reconhece muitasvezes o esgotamento físico dosmédiuns, logo a participação doesforço de seu organismo. Ochorowiczdescobriu médiuns capazes de atraircom os dedos objetos como se fossemimãs. Essa força psíquica, nêurica,ódica, ectênica ou como se queirachamar, casa-se ao esforço dosEspíritos atuantes.Erny lembra em “O PSIQUISMOEXPERIMENTAL”, que, durantetrabalhos de efeitos físicos, se forescassa a força psíquica do médium, oseu corpo psíquico exterioriza-se,condensa-se e pode transformar-se àvontade, ligado embora maisestreitamente ao corpo físico; quando omédium é mais poderoso, o corpopsíquico, desdobrado maisinteiramente, serve de invólucro aodesencarnado e ele pode inclusivedesenvolver certas atividades. Em

COMUNICAÇÃO

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resumo: conforme a força psíquica domédium, a forma se condensa de ummodo mais ou menos preciso ematerial. Wallace acentua que “asaparições e as materializações não sãoevidentemente senão modalidadesligeiramente diferentes do mesmofenômeno”. E Erny, que transcreve naobra aqui já citada, também afirma:“Uma forma materializada não é,provavelmente, mais que um fantasmacondensado, passando do estadofluídico para o semi-material...”. E porestudarmos a influência do médium éjusto não olvidar um outro tipo deinfluência decisiva e para issoouçamos, citado também por Erny, apalavra de Brackett: “Bons resultadosjamais se obtém sem levar em conta ainfluência mais ou menos hipnótica doEspírito-guia quer sobre o médiumquer sobre os manifestantes”.O estado em que o médium seencontra durante o transe, agindo numsinergismo de forças, tem de serlevado em conta no que se respeita aoconceito que dele façamos em certascircunstâncias e, se é louvável todo ocuidado de observação, não será justonenhum julgamento apressado.Lombroso nos relata da médium de suamaior admiração: “Muitos são os

truques que Eusápia fazia em estadode transe, inconscientemente, e foradisto, por exemplo, liberando uma damãos para mover ob je tos oulevantar a perna da mesa com opé”. Médium por demais testada,reconhecidamente capaz, tentariaantes por si mesma, a impulsoirresistível, o que a seguir era obtidopela força fluídica. É de cre-se que sesubmetia a uma vontade dominanteque agia sobre o conjunto de que elaprópria fazia parte, para logo passaradiante o comando da ação. Cerviño,na obra “ALÉM DO INCONSCIENTE”,admite que “é possível, inclusive,queum fenômeno inicialmente neuro-muscular ultrapasse os limitesfisiológicos e se converta emextramotor de modo que se torna muitodifícil dizer onde termina a psicopraxiae começa a psicocinesia.”Devemos reconhecer de nossa parte,antes que o façam criteriososobservadores, que o assunto aquitratado é por demais profundo para queo seja abordado em singelasabordagens.

FONTE: Rocha, Alberto Souza; “PSIQUISMO EESPIRITISMO”, 1° edição, Correio Fraterno

COMUNICAÇÃO

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“Todos somos chamados à edificação da paz que , aliás, prescinde de qualquerimpulso vinculado às atividades de guerra e que, paradoxalmente, depende denossa luta por melhorar-nos e educar-nos, de vez que paz não é inércia e simesfôrço, devotamento, trabalho e vigilância incessantes a serviço do bem.Nenhum de nós está dispensado de auxiliar-lhe a defesa e a sustentação,porquanto, muitas vêzes, a tranquilidade coletiva jaz suspensa de um minuto detolerância, de um gesto, de uma frase, de um olhar...”

“Todos ambicionam a paz. Raros ajudam-na. Que fazes por sustentá-la?”

EMMANUEL

Mensagens

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SERVIÇO

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... EURÍPEDES BARSANULFOEm 1º. de abril de 1907, EurípedesBarsanulfo fundou em Sacramento,Minas Gerais, o Colégio Allan Kardec,que se tornou verdadeiro marco nocampo do ensino. Esse instituto deensino passou a ser conhecido emtodo o Brasil, tendo funcionadoininterruptamente desde a suainauguração, com a média de 100 a200 alunos, até o dia 18 de outubrode 1919, quando foi obrigado a cerrarsuas portas por algum tempo, devidoà grande epidemia de gripeespanhola que assolou nosso país.Seu trabalho ficou tão conhecido que,ao abrirem- se as inscrições paramatrículas, as mesmas seencerravam no mesmo dia, tal aprocura de alunos, obrigando umcolégio da mesma região, dirigido porfreiras da Ordem de S. Francisco, aencerrar suas atividades por falta defreqüentadores.Liderado a pulso forte, com diretrizsegura, robustecia- se o movimentoespírita na região e esse fatoincomodava sobremaneira o clerocatólico, passando este, inicialmentede forma velada e logo após,declaradamente, a desenvolver umacampanha difamatória envolvendo odigno missionário e a doutrina delibertação, que foi galhardamentedefendida por Eurípedes, através dascolunas do jornal "ALAVANCA".Diante de um gigante que nãoconhecia esmorecimento na luta,mandaram vir de Campinas, Estadode S. Paulo, o reverendo FelicianoYague, famoso por suas pregações econhecimentos, convencidos de que

com suas argumentações econvicções infringiriam o golpederradeiro no Espiritismo.Foi assim que o referido padredesafiou Eurípedes para umapolêmica em praça pública, aceita ecombinada em termos que foirespeitada pelo conhecido apóstolodo bem.No dia marcado o padre iniciou suasobservações, insultando o Espiritismoe os espíritas, "doutrina do demônio eseus adeptos, loucos passíveis daspenas eternas", numa demonstraçãode falso zelo religioso, dando assimtestemunho público do ódio,mostrando sua alma repleta deintolerância e de sectarismo.O missionário sublime, aguardouserenamente sua oportunidade,iniciando sua parte com uma precesincera, humilde e bela, implorandopaz e tranqüilidade para uns e luzpara outros, tornando o ambientepropício para inspiração e assistênciado plano maior e em seguida iniciou adefesa dos princípios nos quais sealicerçavam seus ensinamentos.Com delicadeza, com lógica, dandovazão à sua inteligência, descortinouos desvirtuamentos doutrináriosapregoados pelo Reverendo,corroborado pela manifestaçãoalegre e ruidosa da multidão quedesde o princípio confiou naqueleque facilmente demonstrava a lógicados ensinos apregoados peloEspiritismo.Ao terminar a famosa polêmica ereconhecendo o estado de alma doReverendo, Eurípedes aproximou- sedele e abraçou-o fraterna e

SÉRIE ACONTECEU COM...(7ª PARTE)

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SERVIÇO

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sinceramente, como sinceros eramseus pensamentos e suas atitudes.

...DIAS DA CRUZO Dr. Francisco de Menezes Dias daCruz possuía enorme clínica e nãofugia aos deveres da caridade, dandoassim, expansão aos seussentimentos humanitários. Homemde grande e invulgar cultura,estudioso desde a infância,preocupou-se com a ciênciahomeopática e, mais tarde, diante deprovas irrefutáveis, tornou-se espíritados mais caridosos e evangélicos. Éinteressante relatar, ainda quesuperficialmente, a maneira por quese verificou sua conversão.Tendo chegado ao seu conhecimentoque o Espírito de seu genitordesenvolvia largo programa decaridade, através de médiunsreceitistas, decidiu-se ele, homemaustero e cultor da verdade, ir àFederação Espírita Brasileira paraobservar e apurar quanto de realpudesse haver em torno dainformação recebida.Iniciada a reunião com a precehabitual, passou-se ao estudodoutrinário. Até então nada ocorrerasuscetível de lhe permitir aceitar aversão das manifestações atribuídasao espírito de seu pai. Já estavapropenso a acreditar em mistificação,quando, à mesa que dirigira os

trabalhos, um médium demonstrouhaver caído em transe. Era, afinal, atão desejada manifestação queinesperadamente se realizava.Através do médium, o espírito doprimeiro Dr. Dias da Cruz pediu quechamassem seu filho, que ali seencontrava no meio dos assistentes.Surpreso, este se aproximou,incrédulo. A um dado momento,porém, seu genitor disse-lhe:- Você se lembra daquele fato queocorreu conosco, na praça tal?E a seguir, revelou uma ocorrência sóde ambos conhecida. Diante disto, odoutor Dias da Cruz (filho) sentiuchegada a hora de se render àinelutável evidência. Ninguém oconhecia naquela assembléia e o fatoreferido pelo Espírito eraabsolutamente desconhecido de todaa sua família, pois somente os doisdele haviam tido conhecimento.Percebeu, então, que ao seu caráteríntegro e probo só havia um caminho:aceitar a veracidade da manifestaçãoespirítica de seu genitor. E fê-lo semconstrangimento, com a simplicidadenatural das almas puras.Pôs-se a estudar o Espiritismo,enfronhou-se na interpretação dostextos doutrinários e passou a ser, daípor diante, um novo e valorososervidor do Cristo nas fileiras dosseguidores de Kardec.

Agora você pode pesquisar números anteriores de INFORMAÇÃO no site:

http://revistainformacao.anderung.com.br

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CIÊNCIA

Irvênia Prada é médica veterinária e atuano movimento espírita há mais de 20anos, dedicando-se, entre outras coisas,a estudar a questão espiritual dosanimais. Ex-presidente da Comissão deÉtica da Faculdade de MedicinaVeterinária da USP, participou doConselho Orientador da Fundação doParque Zoológico de São Paulo. NaSemana Espírita de Londrina de julho de2002, realizada no Centro Espírita NossoLar, Irvênia falou sobre a questãoespiritual dos animais, que é tema de umde seu livro - “A QUESTÃO ESPIRITUALDOS ANIMAIS”-,em que concilia oconhecimento científico com o queensina a Doutrina Espírita sobre oassunto. Na ocasião, ela foi entrevistadapor Fernanda Boni para o programa“Reflexão Espírita”, levado ao ar naquelaocasião pelo Canal 21 da NET Londrina.Eis a seguir a entrevista:

Fernanda - Os animais tem alma?Irvênia - No LIVRO DOS ESPÍRITOS,questão 597, nós vemos a pergunta deKardec aos Espíritos: se o animal tem umprincípio inteligente independente doprincípio material.E a resposta é totalmente afirmativa: Sim!Eles têm um princípio que preexiste aocorpo físico e que sobrevive a ele. Osanimais e nós temos o mesmo princípiochamado espiritual ou princípio inteligente.E na seqüência evolutiva também existe apossibilidade de o Espírito humano evoluira partir da evolução do princípiointeligente dos animais. Mas o assuntoainda, dentro da própria Doutrina, édiscutível.

Fernanda - Normalmente nós achamosque os animais agem mais peloinstinto; eles agradam aquelas pessoasque dão comida a eles. Como fica emquestão: os animais agem mais por

inteligência ou por instinto?Irvênia - No LIVRO DOS ESPÍRITOSnós lemos que o instinto é uma espéciede inteligência, então não podemos ficarcom a noção, dentro do meio espírita, deque instinto é uma coisa e inteligência éoutra coisa, como se o instinto fosse umaespécie de combustível que se injeta nosanimais e eles saem por aí fazendo ascoisas como se fossem autômatos. Não;o instinto é uma espécie de inteligência,que diz respeito aos atos, às atitudes queo Ser já aprendeu e que ficaramacumuladas no seu banco de memória.Então, instinto e inteligência têm omesmo princípio, a mesma essência, quese manifesta de maneira diferente. Diztambém a obra espírita kaderquiana queo animal carniceiro, por exemplo, éimpelido pelo instinto, ou seja, pelo queele já aprendeu em vivências próprias, air atrás de sua presa para nutrir-se,entretanto as precauções que ele toma,as circunstâncias do momento que eletem que resolver e decidir, revelam atosde inteligencia. Portanto, tanto os sereshumanos quanto os animais nas suasatitudes costumeiras, no seu comportamento,sempre se expressa por atos chamadosinstintivos e atos inteligentes entremeados.Não é assim: ou agem por inteligência ouagem por instinto. Nós, seres humanos,agimos da mesma maneira.

(Trecho da palestra de Irvênia naSemana Espírita de Londrina: Uma vezem que estive em Salvador, na volta dovôo, eu li num jornal de Salvador umareportagem de um indivíduo, doentepsiquiátrico, que, apesar de ser tirado darua algumas vezes, volta pra rua e vivesempre encostado, como uma pessoamuito necessitada, e a companhia diáriadele, que não deixa ninguém chegarperto e o defende de tudo e de todos, éum cachorro que sempre fica ao seu lado.

A QUESTÃO ESPIRITUAL DOS ANIMAIS

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Jenai Oliveira Cazetta

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CIÊNCIA

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Cenas como esta e muitas outras é queme motivaram a colocar o tema destapalestra “Os animais: nossoscompanheiros no processo evolutivo”,porque afetivamente eles vão se ligandoa nós e nós vamos nos ligando a eles evamos caminhando juntos.)

Fernanda - Os animais são dotadosde sentimentos? Eles sentem assimcomo nós?Irvênia - Os animais têm sentimentos.Os animais que nós temos em casa jáconfirmaram essa característica. Elesse apegam a determinadas pessoas dafamília, eles atendem aos nossosafagos, aos nossos carinhos, assimcomo também aos maus tratos a que porvezes são submetidos inadvertidamente.E eu tenho também convicção de queonde os animais sofrem é dentro doslaboratórios de pesquisa, porqueinfelizmente, apesar das comissões deética, apesar do cuidado de alguns, nofundo dos laboratórios sempre existempessoas menos criteriosas que acabamcausando sofrimento aos animais com afinalidade de trazer algum conhecimentopara a Ciência. Eu acho que tudo temlimite. Os animais podem ser utilizados,mas de maneira criteriosa, respeitandoo limite da vida deles e da capacidadede sofrimento que eles têm.

Fernanda - Para onde vão os animaisdepois que eles morrem?Irvênia - Chamando de erraticidade oestado de desencarnado, nós podemosdizer que os animais ficam naerraticidade. O LIVRO DOS ESPÍRITOSdiz que os animais reencarnam tão logoeles desencarnam, porque não existepra eles esse período longo deerraticidade. Entretanto, nesse livro queescrevi sobre os aspectos espirituaisdos animais, eu chamei de “questão” aquestão espiritual dos animais, porque

muitos desses aspectos ainda estão emdiscussão... Questão quer dizer matériaem discussão. Uma delas, para mim, é aquestão da erraticidade, porque osvários relatos que a gente tem nosindicam, nos sinalizam que cada caso éum caso. Eu acho que, de modo geral,os animais se reencarnam logo após odesencarne, mas existem casos em queeles ficam períodos diferentes nachamada erraticidade, ou seja, comodesencarnados. Por exemplo, o ChicoXavier, em carta escrita ao entãopresidente da Federação EspíritaBrasileira, Wantuil de Freitas, relata queperdeu um cachorro de nome Lord.José, irmão de Chico, que desencarnouantes, recomendou que ele cuidassemuito bem de Lord, uma recomendaçãoque foi só pra reforçar uma atitude que oChico teria naturalmente, uma vez queele gostava muito de animais. Então,Lord viveu ainda alguns anos, e quandoele ficou doente e depois desencarnou,Chico relata de próprio punho, em carta,que quando o Lord estava desencarnandoele viu o Espírito de José, seu irmão, vire acolher o espírito do Lord em seusbraços, e que, depois, nos meses quese seguiram, quando ele via o Espíritode José, via José acompanhado doespírito do Lord. Portanto, esse animalestava na erraticidade como estavatambém José, irmão de Chico. Existemmuitos casos e são muito bonitos. Euma coisa que certamente prende muitoa vivência entre os homens e animais éa questão da afetividade.

Fernanda - Existem Espíritosresponsáveis por perceber essesanimais na erraticidade?Irvênia - Existem equipes no planoespiritual de Espíritos zoófilos, ou seja,que cuidam dos animais. Não só emrepetidas vezes o plano espiritual meconfirmou esse fato, mas também nós

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CIÊNCIA

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encontramos alguns relatos. porexemplo, em reportagens da FolhaEspírita feita pela Sônia Rinaldi, quetrabalha com transcomunicaçãoinstrumental, existe uma matéria sobreKonrad Lorentz, que foi um cientistaconsiderado Pai da Etologia, a ciênciado comportamento animal que faz ainter-relação do comportamento animalcom o comportamento humano, e é poressa notícia, vinda através datranscomunicação instrumental, queexiste o relato de que Konrad Lorentz,agora no plano espiritual, faz parte deuma equipe de Espíritos zoófilos querecebam os animais desencarnados noplano espiritual, cuidam deles eestabelecem a devida destinação paracada um.

(Trecho da palestra de Irvênia, acimamencionada: Eu perguntei ao planoespiritual se é válido nós darmos águafluída para os animais, darmos passesnos animais, e assim por diante. Aresposta que eu tive é que tudo é válidono serviço do bem. Nós podemos, sim,dar água fluída, dar passes nos animaise fazer preces pelos animais. Agora, arecomendação é a seguinte: que nóssempre recorramos aos Espíritoszoófilos para que venham atendertambém ao sofrimento dos animais eque, no caso de nós fazermos aimposição das mãos, na tentativa detransmitir passes para os animais, nóspeçamos aos Espíritos zoófilos quetransformem nossos fluidos de maneiraque eles sejam adequados para serviraos animais.)

Fernanda - Os animais têm umaescala evolutiva própria? Como se dáessa evolução nos animais?Irvênia - Os animais evoluem comotodo princípio inteligente evolui. Na obrade Kardec eu não encontrei. Não sei seexiste alguma referência a, por exemplo,

se o gato pode reencarnar comocachorro e depois como cavalo, e assimpor diante. Não encontrei nada quesinalizasse uma seqüência evolutiva,mas os animais evoluem e isso as obrasespíritas confirmam. Emmanuel mesmodisse que os animais caminham para acondição de seres humanos assimcomo nós, seres humanos, caminhamospara a condição de angelitude.

Fernanda - Hoje ainda é consideradoum mistério: como é que passa deanimal para homem? Como é quereencarna, porque a gente sabe que ohomem não volta a reencarnar comoanimal. Mas, como é que se dá essatransição de animal para homem?Irvênia - Kardec, no seu livro AGÊNESE, cuja primeira edição foipublicada em 1868, portanto nove anosdepois da publicação da Origem dasEspécies de Darwin, coloca o assuntocomo hipótese. Ele teve um bom sensomuito grande ao colocar esse assuntocomo hipótese, pois no métodocientífico, o único enfoque que caberia érealmente como hipótese. Então, elecoloca a hipótese do aparecimento dosprimeiros corpos humanos no planeta.Assim, diz ele que corpos de macacosteriam sido os mais indicados, os maisadequados para a reencarnação dosprimeiros espíritos humanos que vieramencarnar-se no planeta. Entretanto, senós continuarmos a leitura da GÊNESEe depois de Emmanuel e também deAndré Luiz, vamos ficar com o conceitode que esses primeiros Espíritoschamados humanos, que reencarnamna Terra em corpos de macacos,estavam, na realidade, adentrando operíodo que chamamos de humanidade.Kardec mesmo coloca: com que é queseria os homens encarnados nessesmacacos? Eles conservariam ainda ostraços que tinham nesse períodochamado ante-humano? Então, os

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Espíritos respondem que depende doprogresso realizados pelos Espíritosindividualmente. Mas esses primeirosEspíritos encarnam em corpos demacacos porque não existia outro corpoaqui que mais se adequasse a isso.Tais Espíritos estavam adentrandoespiritualmente esse período que nóschamamos de humanidade.

Fernanda - Os homems são, dealguma forma, responsáveis porcolaborar ou, até mesmo, responsáveisrealmente pela evolução dos animais,por ajudá-los a evoluir?Irvênia - André Luiz diz emMISSIONÁRIOS DA LUZ que a missãodo superior é proteger e encaminhar aevolução dos inferiores. Entendendonessa linguagem que nós seríamos,entre aspas, superiores no processoevolutivo em relação aos animais, anossa obrigação é cuidar deles eauxiliá-los no processo evolutivo.Infelizmente, nós encontramos cenaslamentáveis de atuação do Ser humanoem relação ao comportamento dosanimais. É o caso de pessoas que

fazem criação de pitbull para rinha decão e usa os animais para fins deviolência. É um fato absolutamentelamentável do ponto de vista daevolução do princípio inteligente dosanimais e, também, do comportamentohumano.

Fernanda - Outra questão bempolêmica, Irvênia, é esta: os animaistêm ou não têm mediúnidade?Irvênia - Este assunto tem que seranalisado sob três aspectos, comoKardec faz. Ele fala de mediunidade deefeito inteligente, mediunidade deefeitos físicos e de algumas formas quenós chamamos, entre aspas,mediunidade, que Kardec contesta seseriam realmente formas demediunidade. É a vidência, a audiência,os chamados médiuns impressionáveis,os médiuns de cura e os sonâmbulicos.Então, a pessoa faz por si mesmo aquiloe não é um intermediário dos Espíritos.Em cada uma dessas situações nósprecisamos analisar a condição.

FONTE: O IMORTAL, nº609

CIÊNCIA

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PANORAMA

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De repente, despertou no mundointeiro uma aguda consciência doproblema da poluição. Descobriram,afinal, os homens, que estãoenvenenando de mil formas diferenteso planeta em que vivemos. Os mares,que abrigaram as primeiras formas devida e que seguiram, através dosmilênios sem conta, estimulando esustentando a vida em suas múltiplasmanifestações, converteram-se, nasdécadas finais do século XX, emvastíssimas e mudas latas de lixo,onde os rios também poluídosdespejam, a cada minuto, quantidadesincalculáveis de detritos, tóxicos epodridão.Nas grandes cidades, está poluído o arque respiramos. Partículas invisíveisde venenos de toda sorte bóiam naatmosfera e invadem-nos o organismoindefeso. O motor a explosão, base detodo o sistema de transporte moderno,expele, dia e noite, largas quantidadesde gases de alto poder tóxico. Sãoainda nesses motores infernais, que setornaram praticamente indispensáveisao fluxo e refluxo das massashumanas, que vieram agravar ocalamitoso problema do ruído urbano.Essa nova forma de poluição, chamadaauditiva, nos atormenta de dia e nosenerva de noite, precipitando desarranjospsíquicos já de si tão comuns nosseres que vivem sob a terrível pressãodas tensões embutidas no mecanismoda vida moderna em sociedade.Até os alimentos que ingerimos trazemtaxas elevadas de substânciasmaléficas, absorvidas da atmosfera ouprojetadas sobre as plantas para asdefenderem de insetos e larvas. É quea civilização, há longo tempo, começoua perturbar o equilíbrio renovador dasleis naturais, na ingênua, perigosa e

irresponsável ilusão de corrigir a obrade Deus.As chaminés das usinas contaminamos ares, enquanto suas tubulações dedescarga de rejeitos infectam os rios.Além disso, circulam em torno de nós,em todo o espaço aéreo que nosenvolve, radiações, terríveis, desprendidasdas experiências atômicas, nas quaisse ensaiam as dantescas matanças dofuturo. Um cientista americano dizia hápouco, a um jornalista, que serãonecessários de seis a dez séculos parase esgotar o poder destruidor dosrefugos radiativos resultantes dafabricação de armas nucleares. Essesrefugos são guardados em tanques deaço e envolvidos em argila para nãoafetarem os organismos vivos.Junte-se a tudo isso o “background” deinteresses comerciais irredutíveis eimpiedosos que não abdicam, por uminstante, à fúria incontida de ganhardinheiro e teremos a imagemapocalíptica do mundo em quevivemos. É aterradora, pois, a visãoque poderemos projetar do mundo quenos espera e aos nossos filhos, mundoque a incúria humana deixará para asgerações que nos sucederem , até queas leis divinas do amor interfiram noprocesso de desagregação eespoliação dos recursos naturais parao qual se arranjou o nome tão sonoro,mas enganador, de civilização.Há, porém, a outra face dessadeprimente medalha: a face espiritualque os cientistas humanos, semprevoltados para os aspectos materiais davida, ainda não aprenderam a sentir.Há também - e como! a poluiçãoespiritual no mundo em que vivemos.Essa não a vemos, nem ouvimos, nemingerimos ou respiramos, mas está portoda a parte, à nossa volta,nos dramas

POLUIÇÃO ESPIRITUALHermínio Correa de Miranda

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espirituais que se desencadeiam nosdois planos da vida. Espíritos ehomens, envolvidos nos seusproblemas e presos às suas paixões,aos seus ódios e compromissos,atormentam-se mutuamente, numintercâmbio doentio que espalharadiações perturbadoras.O fantástico crescimento populacionalda Terra - saltamos de 3,6 bilhões para7 bilhões até o fim do século - convoca,neste final dos tempos, bilhões deespíritos que vagam pelas paragensinfelizes do mundo espiritual. Para aquivêm renascer multidões de seresdesajustados, que carregam consigouma atmosfera psíquica depressiva, airradiar vibrações viciosas. Acompanham-nos comparsas desiquilibrados,empenhados em partilharem osprazeres mais grosseiros que o corpofísico possa proporcionar. Despreparadospara as conquistas so espírito, fora doalcance, ainda, das injunções do amorverdadeiro, pobres irmãosdesorientados, entregam-sedesesperadamente à trágica tarefa detransformar o corpo físico numinstrumento de gozo. Não importa opreço que isso vai custar em angústiaspresentes e futuras. Ignorando eles arealidade do mundo póstumo, a vidalhes parece apenas uma fração fugidiade tempo que é preciso “matar” e nãoaproveitar no desenvolvimento dasfaculdades espirituais.Nessa multidão aflita e em fuga, quedesfila diante dos nossos olhosatônitos, figuram, por certo, muitostalentos genuínos cultivados em vidasinúmeras, que se foram e se perderamem experiências frustradas. Seguembuscando coisas que não sabem,sonhando sonhos qua não se realizam,assistindo a uma vida que não vivem,querendo ao mesmo tempo ser

espectadores e atores no imensodrama da existência.Daí as drogas, instrumento de fuga,recurso final daqueles que não estãoainda armados espiritualmente paraenfrentar as lutas e as realidades doviver terreno, com suas dificuldades,suas conquistas, seu trabalho, suasalegrias, seu aprendizado, enfim. Todoesse pensamento tumultuado depobres irmãos aflitos, que nem sabemo que são e o que desejam, circulapelos espaços, avolumando asvibrações pesadas do desespero,dessa indefinível angústia que pesaespecialmente sobre aqueles que têmmais aguda a sensibilidade psíquica.Os mensageiros espirituais nos falam,com frequência, das dificuldades quedevem vencer os dedicados trabalhadoresdo bem que, em missões de amor esacrifício, penetram nesta atmosferapsíquica em que vivemos, parasocorrer-nos, para trazer o consolo desua presença, a certeza do seu afeto, aesperança de nossa redenção.Nessas tarefas de profundo teorfraterno, encontram apoio nos núcleosespíritas, na prece desinteressada detodos aqueles que - espíritas ou não -aprenderam a estabelecer com Deus odiálogo do amor universal. É que paraorar não precisamos de nenhumacredencial senão a de sentir em nós,viva e atuante, uma partícula da luzdivina que nos faz criaturas do mesmoPai, ovelhas do mesmo rebanho, com omesmo destino de paz inscrito nofuturo.É bem verdade que viemos viver numaépoca difícil, na qual a poderosamáquina civilizadora criou uma novaesfinge a rosnar soturnamente aameaça multimilenar: Ou me decifrasou te devoro!Quanto a nós, espíritas, é evidente que

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PANORAMA

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sentimos no fundo do Ser arepercurssão dessas dores e angústiasda hora última, mas graças a Deus jásentimos despertar a compreensãodas leis divinas. Já sabemos quesomos espíritos mortais e eternos,repetindo no mundo confuso de hoje,experiências que nos levarão aoplaneta redimido de amanhã. O planoespiritual, na generosidade de seusmentores, sob a luz poderosa doCristo, colocou à nossa disposição umconhecimento que fortalece, porquenos ensina a compreender as crisesque desatam a aceleração do processoevolutivo. Sabemos que precisamosser pacientes e tolerantes. Entendemosque é necessário mantermo-nos emprece, servindo o quanto possível,dentro das nossas próprias limitaçõese imperfeições. não nos faltará, jamais,a proteção espiritual para o trabalho

honesto. Se a hora é difícil, grande é onosso patrimônio espiritual, noconhecimento das verdades eternas,diante das quais as angústias domomento são manchas de sombrasnum caminho que nos leva à redençãoespiritual.Nada, pois, de temores. O mesmoDeus de amor que nos trouxe até estesdias tumultuados continuará a cuidarde nós todos, mesmo daqueles que seacham momentaneamente perdidospelos atalhos perigosos da ilusão. Nãonos deixemos contaminar pelopessimismo, em impressionar peladensa onda de poluição espiritual quese amplia sobre o planeta em quevivemos. Deus vela por todos nós.

FONTE: CANDEIAS NA NOITE ESCURA, Hermínio Correiade Miranda, 1º edição, FEB

“Tua obra de hoje é o serviço que o Senhor te deu hoje a realizar.Faze-o do melhor modo, recordando que, apesar da grandeza divinado nosso Divino Mestre, foi êle, um dia, na Terra, humilde criança,construindo obra de abnegação e amor para os braços de pobre mãe,recolhida temporàriamente à estrebaria, sem confôrto e sem lar”.

“Sirvamos ao bem, simplificando o caminho, de vez que a vitória realé a história de todos, convictos de que não precisamos gastar aspossibilidades da existência em expectativas e tensão, porquanto, seestivermos em Cristo, tudo quanto de que necessitarmos será feitoem nosso favor, no momento oportuno”.

“Se Tens a consciência tranqüila no cumprimento do próprio dever,guardas em ti mesmo cidadela e refúgio. Não te percas emconflitos inúteis, nem te emaranhes nas explicações infindáveis.Acusado de mistificador, responde com o devotamento à verdade”.

EMMANUEL

Mensagens

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JUVENTUDE

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DEUS, JESUS E MOISÉS"O que havia de diferente entre Jesus eMoisés em relação à idéia que elesfaziam de Deus?"- Jair Ângelo Junior -Garça - SPMoisés e Jesus, dois grandespersonagens da civilização hebraica,viveram em épocas bem recuadas um dooutro. Entre Moisés e Jesus há, pelomenos, 12 séculos de diferença,. Só essefator - o largo tempo que os separou - já ésuficiente para determinar que entre eleshouvesse uma visão bem diferente deDeus. Não há verdade absoluta para oSer humano, Junior. O tempo muda anossa maneira de ver as coisas, muda asconcepções de vida das pessoas e dascoletividades, a respeito do que for,inclusive de Deus. Isso porque existe umalei natural de progresso, de evolução, eesse progresso significa, acima de tudo,mudança. Assim, se Jesus viesseafirmando o mesmo que Moisés afirmou arespeito de Deus, em 1.200 anos, nãoteria mudado nada e, portanto, Jesusnada teria que acrescentar ao que Moiséshavia dito. Mas, como você bem sabe,não foi o que aconteceu. Jesus mudoumuito a maneira de conceber Deus.Vamos fazer aqui uma comparação paravocê entender melhor o que estamosquerendo dizer. Analisando a história dahumanidade e o desenvolvimento dasidéias através dos tempos, vamosperceber algo muito importante, quedevemos levar sempre em consideração:na essência, as coisas não mudam; o quemuda é o nosso pensamento a respeitodelas. Por exemplo: o Sol, que iluminava aTerra na época de Moisés ( mais de 3.200anos atrás) é o mesmo Sol que nosilumina hoje. No entanto, o que Moiséspensava a respeito do Sol não é o quepensamos hoje. Por quê? Porque osconhecimentos, que temos hoje, sobre oSol são muito mais amplos e profundos doque os conhecimentos que a humanidade

tinha naquele tempo. Aliás, Moisésacreditava que o Sol girava em torno daTerra; hoje sabemos que é a Terra quegira em torno do Sol. Por aí você percebecomo o fator tempo é importante comoelemento de mudança. Moisés e Jesuspertenceram a um povo, que teve umgrande papel da história da humanidade:os hebreus. Os hebreus se destacaram nomundo pela sua contribuição aopensamento religioso, porque elessempre foram, acima de tudo, um povodevotado à religião: fizeram de suareligião a razão e o objetivo da vida. Seformos pesquisar a história desse povo,vamos perceber que a religião, quecomeça no patriarca Abraão, veiopassando, durante séculos, por váriasfases de desenvolvimento, ou seja, veiosofrendo mudanças significativas ao longodo tempo. O historiador Edward MacNallBurns, na sua História da CivilizaçãoOcidental, divide a história religiosa dessepovo em 5 principais fases: a pré-mosaica(antes de Moises), a fase da monolatrianacional ( a de Moisés), a da revoluçãoprofética, a fase do exílio ou do cativeiroda Babilônia e, finalmente, a fase pós-exílio. Cada uma dessas fases tem suascaracterísticas próprias e aponta parasignificativas mudanças na maneira depensar sobre Deus e a sua relação comoo homem. Mas, a participação de Jesusno cenário religioso de seu tempo foirevolucionária, porque Jesus,diferentemente dos profetas que oantecederam, veio com uma visão muitoprópria, e tão diferente que ele não foiabsorvido pela religião judaica, que orejeitou, pois seu pensamento não seenquadrava nas idéias de seusantecessores. Moisés chamou Iavé ( odeus de Abraão) apenas para seu povo,como se seu povo fosse exclusivo dele -um deus nacional - não descartando aexistência de outros deuses de outrospovos. Sua religião estava voltada

O JOVEM E SEUS PROBLEMAS

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exclusivamente para esta vida - ele nãocogitava de uma vida espiritual, alémdesta. Iavé era um soberano poderoso eviolento. Seus mandamentos, embora sefale que eram apenas dez - na verdade,eram mais de 600, conforme está naBíblia. Através deles, estabelecia regrasrígidas que deveriam ser seguidas à risca.O prêmio para os obedientes era umalonga vida; o castigo, em muitos casos,era a morte. O desobediente eracondenado à morte sem direito à defesa,até mesmo por erros mínimos como, porexemplo, fazer algum trabalho no sábado.É claro que passados mais de 12 séculosdepois, as coisas tinham mudado nopanorama político e social daquele povo.Os hebreus receberam muita influência deoutros povos - principalmente dos povosque o dominaram - como também deoutras religiões. O deus impiedoso eintolerante de Moisés não podiapermanecer reinando durante tantotempo. Antes de Jesus, profetas, comoIsaías, por exemplo, diferentemente deMoisés, já viam em Deus bondade emisericórdia. O povo já não podiacontinuar suportando, além dossofrimentos da vida, uma impiedade tãogrande e nenhuma esperança para ofuturo. Fazia-se necessária uma outraconcepção, como foi a que Jesus trouxeno justo momento, tentando apagar damente do povo a idéia de um Deusautoritário e violento. Explica-se, dessemodo, a razão daqueles conflitos deJesus com os fariseus, com os escribas ecom os saduceus, que seguiamrigidamente a tradição e e a lei de Moisés.A discussão sobre o sábado - porexemplo, a intervenção de Jesus em favorda mulher adúltera para que não fosseapedrejada, a aproximação simpática comos hereges samaritanos, o novomandamento que mandava amar atémesmo os inimigos, a defesa daprostituta, a crítica aos ricos e poderosos,a postura em defesa dos pobres e

abandonados, o amor ao próximo e acerteza da continuidade da vida após amorte - tudo isso, na verdade, traduziauma nova concepção da vida e de Deus.Deus, agora, não era mais um soberanopoderoso e prepotente, mas um Paiamoroso e compreensível; não era maisum aplicador de penas, mas um Pai deamor e compreensão. Nisso a diferençaentre as doutrinas de Jesus e a deMoisés. Mas não estamos dizendo queMoisés estava errado e que Jesus estavacerto: apenas que Jesus aperfeiçoou aidéia de Deus - que, na época de Moisésera uma, e no seu tempo passou a seroutra, conforme a lei de evolução.

TEORIA E PRÁTICAPor que, mesmo sabendo queestamos errados, continuamos errando,censurando os defeitos dos outros, eferindo a nossa consciência? Não existeuma maneira de evitar tudo isso? Existe, com certeza. Mas é difícil, muitodifícil. Se fosse fácil mudarmos as nossasdisposições intimas, não teríamos tantosproblemas, mas também não haveriatanto mérito. Porém, uma mudançainterior requer muito esforço e muitaperseverança. Vemos isso nas insistentesrecomendações de Jesus. Ninguémmelhor que ele conhecia o limite e asfraquezas de seus discípulos. No entanto,ele soube compreendê-los nos momentoscruciais. Veja que, apesar da presençafísica de Jesus - um privilégio que bempoucos puderam gozar - seus discípulostiveram muita dificuldade em seguir seusensinamentos e se transformar interiormente.E eles não eram pessoas quaisquer! Foi opróprio Jesus que os escolheu. Judas otraiu, Pedro o negou e, quando ele foipreso, todos fugiram. Só retornaramquando, depois de morto, Jesus apareceuanunciando a imortalidade. Aí perceberamque, de fato, Jesus tinha razão. A respeitodisso, Chico Xavier exalta a personalidadede Jesus, que jamais exigiu nada de

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alguém. Para a mulher adúltera, Jesussimplesmente recomendou: "Vai e nãopeques mais..." Não fez sermão, nãocensurou, não perguntou com quem elehavia caído... Simplesmente recomendou."No Evangelho - diz o Chico - não existeum moralismo farisaico; a mensagem doCristo é de elevação, de compreensão doerro, de incentivo a quem desejamelhorar". E completa o Chico: "Quemolhar para dentro de si não terá coragemde olhar alguém na condição de pecador.Precisamos destacar o valor daqueles queestão ao nosso lado..." Logo, quem estáinteressado em melhorar-se moralmente,e tem plena consciência disso, não temtempo para censurar ou julgar alguém. Amudança interior exige de todos nós umesforço descomunal e constante. Mudar aroupa é simples. Mudar de casa ou deautomóvel pode custar dinheiro, mas nãose compara à cirurgia espiritual que temosde fazer para mudar nossas atitudes ecomportamento diante dos outros, a lutaque temos a empreender todos os diascontra o nosso egoísmo e contra o nossoorgulho. Entretanto, cabe a nós tornaressa mudança mais fácil ou mais difícil.Seguindo os passos de Jesus, oEspiritismo afirma o seguinte: o únicocaminho para a mudança é a ação nobem. Não há outro. Como você aprende anadar? - nadando. Como você aprende aandar de bicicleta? - andando... Se vocêquiser ser bom, faça o bem; mas faça-obem feito, constantemente, todos os dias.Só nossos atos nos transformam. Nemorações, nem promessas, nemaspirações, nem tampouco sonhos,contribuirão para que mudemos. Paraisso, só a ação, só o esforço para fazeralgo de bom. Para a Doutrina Espírita,Jesus ensinou-nos três pontosfundamentais que nos ajudarão natransformação moral: a benevolência, acompreensão para com os defeitosalheios e o perdão. A benevolência é omais fácil degrau da evolução moral:

basta você ajudar alguém, basta vocêexercitar a ação estendendo um bemmaterial ou um bem moral em favor dealguém: isso é benevolência, ou seja,fazer o bem, ajudar, ser companheiro, sersolidário. Por incrível que pareça, é esta acaridade mais fácil, acessível a todos nós.Podemos fazer o bem todos os dias - umgesto, uma palavra, uma presença, umaajuda material, seja o que for: o bem éinerente às nossas ações. O segundodegrau da transformação espiritual é umpouco mais difícil: é a indulgência ou acompreensão para com os erros alheios.Geralmente, temos muita dificuldade dever alguém errar, sem censurar, semcomentar seu erro. Muitas vezes, pareceque gostamos que os outros errem,porque assim podemos criticá-los e, aomesmo tempo, podemos proclamar aomundo a nossa superioridade. Mesmonão tendo nada com a vida dos outros,nos comprazemos na censura, namaledicência, porque, de certa forma,sentimo-nos numa condição privilegiadaem relação a quem erra e a quem ahipocrisia social critica e condena.Entretanto, o degrau mais alto da caridadeé o perdão. O perdão é a compreensão nasua expressão mais elevada, mais divina.Perdoar é compreender os motivos doofensor, é ser ofendido por ele ecompreende-lo, é pensar no ofensor antesde pensar em si mesmo, é sair um poucode si para observar o ato infeliz daqueleque errou, de um ângulo mais alto. "Pai,perdoai-lhes porque não sabem o quefazem" - disse Jesus. E, com esse atoextremo de compreensão e amor, eleencerra a sua missão.

DOAÇÃO DE ORGÃOS Segundo a Doutrina Espírita, a gentenão pode fazer doação de órgãos,porque dizem que, na noutra vida, agente vai nascer sem aquele órgão?(Maria Regina Q. da Silva - Duartina -SP)

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Não é bem assim, Maria Regina. Muito pelocontrário. A Doutrina Espírita - que ensina acaridade - não poderia se contradizer nessesentido. A doação de órgãos é um ato deamor, em favor de alguém que ainda podecontinuar encarnado. A vida na Terra émuito preciosa para o Espírito, de modo quedevemos contribuir sempre para a defesa epreservação da vida, até quanto pudermos.Aquele que doa um órgão está, portanto, seprestando a uma causa nobre, elevada, doponto de vista espiritual. Assim, como aDoutrina Espírita nos estimula a fazer obem, em qualquer circunstância, atendendoaquele que precisa de nós, também elaestimula a doação de órgãos - quer adoação ocorra enquanto o doador está vivoou quando ele já desencarnou. Comcerteza, terá a assistência daEspiritualidade para isso. Mas, a suapreocupação é se a doação de umdeterminado órgão pode prejudicar oEspírito do doador em algum momento. Naverdade, em relação à doação, existeapenas e tão somente uma pequenapreocupação. A pessoa que doa deve estarmuito consciente do que está fazendo paranão se arrepender depois e ficar angustiadadiante de sua atitude. O fato de doar implicaem se desprender totalmente daquilo quese doou, a fim de que o Espírito não seperturbe depois, porque acha que não deviater feito isso, que vai sentir falta daqueleórgão. É um problema que pode acontecercom alguns Espíritos ainda muito presos àvida material, principalmente ao seu corpo.A repercussão é, portanto, de ordempsicológica. Mas esse tipo de problema nãose restringe apenas à doação de órgãos,mas de qualquer coisa que possamos doara alguém. Por isso, Jesus disse: "Não saibaa vossa mão esquerda o que faz a direita".O que quer dizer isso? Quer dizer,sobretudo, que o ato de doar tem que serplenamente consentido pela nossaconsciência,tem que ser uma doaçãoíntima, para que nos sintamos bem com ela,

para que ela nos torne mais felizes conoscomesmos. Dar agora e arrepender-se, pois,não é dar. Neste caso, o doador sofre. Porisso, repetimos, a doação deve serconsciente. Somente o doador é que devedar o seu próprio consentimento, porque sóele sabe medir o valor de seu gesto e osignificado que esse gesto tem para elemesmo. Além do mais, há doações em vida- há pessoas que doam órgãos para seusparentes ( como o rim, por exemplo) e quesalvam vidas. Acompanhando a vida dosdoadores, vamos perceber que, na grandemaioria das vezes, eles se sentem felizes,por terem preservado uma vida e suasconsciências, com certeza, se elevam a umacondição de plena realização, porquecontribuíram para a felicidade de alguém.Não há, efetivamente, ato de mais elevadodesprendimento e abnegação. Mas, no casodo órgão, retirado do cadáver, a doação émais fácil, porque o corpo já morreu e oórgão, se não fosse doado, poderia sercomparado a um alimento jogado fora, e quenão fora aproveitado para matar a fome dealguém. Logo, Maria Regina, não vemos porque a doação de um órgão possa prejudicaro doador. Nada de bom, que possamosfazer pelos outros, nos prejudica. Pelocontrário, nos ajuda. Devemos, portanto,incentivar essa prática, porque ela faz parteda Lei da Natureza. Se você já observou, anatureza não desperdiça nada, aproveitatudo. E o homem, que tem aprendido com anatureza, pode ajudá-la a preservar-seainda mais, utilizando seus recursos em seupróprio benefício. O fato de uma pessoa senegar a doar um órgão é problema particulardela, mas não deve se constituir em regrageral. Não sei se você já pensou nisso, masse você for realista, vai verificar que todos osnossos órgãos, que vão para o tumulo umdia, serão devorados pelos vermes, paraconsolo da própria natureza. Se não dermosa eles um destino mais elevado, vamosoptar pela alimentação dos vermes e nãopela vida de outro Ser humano. Pense nisso.

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A violência instalada no íntimo da criaturahumana, no seu início, por umanecessidade à sua sobrevivência, é umdentre os grandes flagelos moraisexistentes na Terra, pedindo solução deurgência.As maiores vítimas são as crianças e asmulheres, sofrendo na própria carne asconsequências de um passado delituoso,é bem verdade, porque não há dor semcausa, atual ou remota.Todavia, o que choca, e vamos nos deterneste ângulo da questão, é o estímulo àviolência a que estão sendo levadas ascrianças e os jovens. A ela, violência,recorrem as crianças e se lhe adaptam,por ser excessivamente mostrada pelamídia.É admissível e até lógico que aspessoas, vivendo de sua propagação,que se locupletam com a sua exibição,rebelem-se contra essa realidade maisdo que palpável, e tudo façam para trazerpara o atual contexto de vida violentaoutras justificativas, pontos de vistainsustentáveis, conclusões apressadase, por conseguinte, destituídas de razãopara explicar o recrudescer da violênciana criança e no jovem, principalmente.A ONU (Organização das NaçõesUnidas), preocupada com a onda deviolência mostrada claramente àscrianças e adolescentes através dedesenhos animados, durante o períodode uma semana, em agosto de 1998,gravou, até onde lhe foi possível, filmessupostamente inocentes, e por issomesmo oferecidos, aos olhares infantis.De seis emissoras de TV foram colhidas196 fitas, cujo tempo total de duraçãochegou a 1.667 horas. As cenas deviolência iam do assalto ao estupro. Ainvestigação foi foi acompanhada porsociólogos, juristas e educadores. Foramdetectados 1.432 crimes durante aquela

semana, numa média de 20 crimes poruma hora de exibição dos desenhos.Uma criança, dessarte, assistindo a duashoras diárias desse tipo de desenhoanimado (cálculo feito por baixo), estáexposta a 40 cenas de violência. Nummês sobe para 1.200, e em um anoassiste a 14.400.Sejamos lógicos: se a mídia eletrônica émundialmente reconhecida comopoderoso meio de divulgação e deinfluênciação no psiquismo humano,levando os interessados, que crêem nasua eficiência de divulgar, a consumiremmilhões de dólares em publicidade paraindulzir as pessoas a comprarem osprodutos por ela propagados, por querazão não seria ela também eficiente noque diz respeito à violência? Somente noaspectos violência a mídia eletrônica semostraria nula? por favor senhores, nãoestão lidando com seres irracionais!Nós espíritas, temos fundadas razõespara afirmar, convictos, que umapropaganda como a que é feita deviolência nos veículos de propagaçãoreforça, e substancialmente, o que oEspírito reencarnado já traz de vidasanteriores, estimulando-o à violência, portrazer a intoxicação do morbo em suasestruturas psicológicas mais sutis.O Espírito é herdeiro de si mesmo, ele éo passado. O presente e a sua aparênciasão-lhe uma máscara.A dra. Paula Cunha Gomide, daUniversidade do Paraná, segundo lemosnum periódico espírita de novembro de1998, ilustra exemplarmente esse quadrocaótico social que envolve crianças ejovens. Foram divididos 160 jovensadolescentes, entre 14 e 16 anos deidade, em três grupos. Cada qual assitiaa um determinado filme. Dois grupos sóviram filmes com cenas de violência e umsem nenhuma. Após as sessões, foi

A VIOLÊNCIA E SEUS EFEITOS NA CRIANÇAAdésio Alves Machado

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promovido um campeonato de futebol.Os estudantes dos grupos dos filmes deviolência se mostraram truculentos,propensos a chutes desleais, axinagamentos e empurrões.É óbvio que não é o filme o único fatorindutor da criança, do jovem e do adultoà violência, mas as pesquisas são pordemais concludentes do seu papelintoxicante nas mentes incautas,despreparadas.A fase de violência na criatura humanamostra-se como um mecanismoinstintivo de defesa que se instalou e tevepredoninância na fase primária doEspírito, com marcantes repercussões,ainda hoje.Sem motivo algum, outras vezes porquestões de somenos importância, aagressividade explode no Ser, causando-lhe sérios danos que não só oprejudicam, mas também à sociedadeque o tem como membro.A Terra virou um vasto campo de batalhaperigoso, constatando-se que a ausênciada guerra entre as grandes potênciasnão arrefeceu a belicosidade entre aspessoas.Hoje, como, ontem, golpeia-se primeiropor instinto de defesa, antes de se seragredido.A violência e a agressividade, segundoJoanna de Ângelis, tem início no íntimodesgovernado das criaturas, distantesque elas se acham da disciplina e doamor exarados por Jesus. São pessoasenvoltas nas faixas sombrias primitivasdo desenvolvimento moral. Nãosouberam desatar os liames instintivosque as mantêm na retaguarda evolutiva.A venerada Mentora estabelece, com alucidez psicológica sobre o Ser humano,uma diferença entre agressividade eviolência, mostrando que se pode seragressivo sem ser violento. “Aagressividade - diz ela - é natural na

criatura, faz-lhe parte da vida e, bemconduzida, responde pelas conquistas dopensamento, da arte, da ciência, datecnologia, da religião, quando osrealistas recorrentes a ela o fazem àmanutenção dos aspectos excelente dospropósitos que objetivam. Ela é força dapromotora da luta edificante, sendo umestímulo à coragem.”*Já a violência, que é típica somente doSer humano, deriva da sua maneira depensar, induzindo-o a tomar, agredindo, oque poderia pedir. Acha que o violento éa única forma de conseguir o que almeja.deste modo, toda violência é uma formade agressividade.A violência costuma-se tornar loucura ehediondez”, afirma a venerada Mentora.Reprime-se a violência quando eladeveria ser diluída com a educação daagressividade. O que é estupro, oassassínio senão formas deagressividade não dominadas! O instintosexual sem governo conduz ao estupro;o ódio, em conluio com o egoísmo, semo freio do raciocínio, da razão fraternal,leva ao assassíno.Haveremos de vencer a violência com amansuetude, a pacificação, a humildade,a paciência, a brandura, que sãocaracterísticas vivênciadas por Jesus,consequentemente, os recursos maispositivos para o enfrentamento daviolência. O exemplo de Gandhi junto aosingleses é bem marcante.Tiremos nossas conclusões. Umapergunta, entretanto, queremos deixar noar: você vai continuar dando presentesaos seus filhos e afins armas debrinquedo e permitindo, livremente, queeles assistam a filmes e desenhosanimados de violência?

*Livro Sendas Luminosas, lição 24, Edição da Casa EditoraEspírita Didier, Votuporanga, S. Paulo, psicografia de DivaldoPereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.

FONTE: O REFORMADOR, N°2102

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“Às vezes, penso em como osespíritos conseguiram escrevertanto por meu intermédio; eunão sei a técnica que elesutilizaram comigo, para oaproveitamento do tempo...Mesmo assim, sinto quedesperdicei muito tempo...Sobre a Terra, os problemasinúteis que criamos sãoformidáveis teias de aranhapara o nosso espírito; nosenvolvemos em tanta coisasem razão de ser, que, ao finalde um mês ou um ano,verificamos que, em termosespirituais, quase não saimosdo lugar... Agora é que estoupercebendo como a vida nocorpo passa depressa! Agente tem que lutar contra ocomodismo e a ociosidade;caso contrário, vamos retornarao Mundo Espiritual comenorme sensação de vazio...

Dizem que eu tenho feitomuito, mas para mim, não fizum décimo do que deveria terfeito...”

***“Se estamos trabalhando comuma enxada, com umdeterminado instrumento, énossa obrigação trazer essaenxada sempre bem tratada.Se a ferrugem ataca, nóslimpamos imediatamente. Seum bisturi sofre qualquerofensa do tempo, nós nosapressamos em colocá-lo emposição de servir. Então,nosso corpo também é uminstrumento para nossoaperfeiçoamento espiritual; sea doença aparece ou sealgum problema surge, entãoé nossa obrigação tratar muitobem do corpo e colocá-lo emposição de trabalhar para quenossa vida não seja vazia”.

Aprendendo com Chico Xavier

(Extraído de “O EVANGELHO DE CHICO XAVIER” e “ CHICO E EMMANUEL” de Carlos A. Baccelli, ed. DIDIER)

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