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EXCELÊNCIA INSTITUCIONAL Programa de Gestão 2013 – 2016 Julio Cezar Durigan Candidato a Reitor Marilza Vieira Cunha Rudge Candidata a Vice-reitora

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EXCELÊNCIA INSTITUCIONAL

Programa de Gestão 2013 – 2016

Julio Cezar Durigan Candidato a Reitor

Marilza Vieira Cunha Rudge Candidata a Vice-reitora

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1. INTRODUÇÃO Nos últimos oito anos, a Unesp viveu período extremamente importante de sua história, crescendo, em todas as suas áreas de atuação, com qualidade e planejamento. O resultado é uma Universidade mais madura, com visibilidade nacional e internacional e, principalmente, consciente da sua responsabilidade perante a sociedade, na sua missão de formação, pesquisa e extensão do conhecimento. Esse avanço institucional só foi possível graças à união de esforços de toda a comunidade, conduzida por uma administração determinada em cumprir o planejamento proposto no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), sem improvisos, e seguindo as decisões dos órgãos colegiados. Com esta filosofia, a universidade priorizou investimento em recursos humanos, que é o seu maior bem, não só na reposição e contratação de novos docentes e servidores técnico-administrativos em grande monta, mas também na valorização de seu pessoal, através da implantação do Plano de Carreira Docente e da Reestruturação do Plano de Carreira dos seus funcionários, reconhecendo e estimulando a excelência no trabalho. Esse investimento, fundamental para a Universidade, associado a programas com metas bem definidas e ações administrativas bem planejadas, resultou em grande salto de qualidade para a Unesp. A busca da excelência nacional e internacional depende não apenas de medidas institucionais, mas, principalmente, do envolvimento pessoal de cada docente, de cada pesquisador, de cada funcionário e de cada estudante que a compõe. Uma Universidade de Excelência, merecedora do status de Universidade de Classe Mundial, pressupõe docentes e pesquisadores altamente qualificados, servidores técnico-administrativos envolvidos com essa premissa, pesquisas na fronteira do conhecimento, investimentos adequados dos setores públicos e privados, estudantes com oportunidade para a educação continuada e preparados para os novos desafios nacionais e internacionais, protagonismo e diálogo constante com a sociedade e, por fim, mas não menos importante, autonomia acadêmica, estrutura de gestão eficiente e infraestrutura adequada às atuais e futuras demandas do ensino, pesquisa, extensão, administração e assistência estudantil. O atendimento a esses pressupostos abre a possibilidade para a formação de profissionais inovadores, capazes de exercerem a cidadania em sua plenitude e contribuir para a construção de um eficiente sistema de inovação tecnológica e uma sociedade consciente dos princípios de sustentabilidade. A Universidade de Classe Mundial é local de debate e de proposição de novas políticas acadêmicas e científicas para o desenvolvimento do país. A Unesp, ao estabelecer seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) em 2009, com programas, ações, metas, indicadores e, sobretudo, recursos orçamentários para a concretização dos seus objetivos máximos, caminha na direção da excelência. A análise dos resultados dos últimos rankings, que refletem o crescente número e qualificação dos livros e artigos publicados, o incremento da captação de recursos para pesquisa, a elevação progressiva do número de Mestres e Doutores formados, o desempenho dos alunos de graduação nas avaliações realizadas pelo Ministério da Educação e a constante visão das necessidades do Estado Brasileiro, coloca a Unesp em posição de destaque e entre as melhores Universidades do mundo.

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Os indicadores de uma Universidade de Classe Mundial passam pelo número de alunos atendidos, pelo equilíbrio entre o número de alunos de graduação e de pós-graduação e pela internacionalização de seu ensino, pesquisa, atividades de extensão e ambiente acadêmico. No entanto, para que esse status seja atingido, alguns requisitos são mandatórios: concentração de talentos, recursos compatíveis e governança adequada, com ousadia, metas e estratégias sempre renovadas. Trilhar a rota da excelência e se consolidar como Universidade de Classe Mundial implica em manter ações que já vêm sendo desenvolvidas e em implementar novas e ousadas estratégias para as suas atividades fins - Ensino (graduação e pós-graduação), Pesquisa e Extensão. O compromisso com a excelência como instrumento de transformação fará com que a Unesp conquiste maiores espaços científicos, políticos e culturais, com maior proximidade à sociedade, aumentando em todos nós o ORGULHO DE SER UNESP! O conhecimento de todos os setores e unidades da Unesp, o acompanhamento de todas as discussões que resultaram no PDI e, principalmente, a vontade política e o compromisso com o futuro da nossa instituição, seguindo sempre o planejamento e respeitando as decisões de seus órgãos colegiados, credenciam nossas candidaturas a Reitor e Vice-reitora da Unesp, para os próximos quatro anos. 2. A EXCELÊNCIA INSTITUCIONAL Para que se atinja a excelência institucional, o planejamento para a gestão da Unesp deve passar, necessariamente, pela discussão com a comunidade. Colocamos aqui alguns programas e ações de sucesso que estão em andamento e outros que devem fazer parte da próxima gestão. Independentemente da aprovação ou consolidação dessas ações, a administração da Unesp deve assumir alguns princípios básicos, para que todo o trabalho realizado nos últimos anos não tenha sido em vão. É fundamental que: ● se busque a excelência em todas as áreas do ensino de graduação e pós-graduação, a ampliação e a diversificação do acesso à Universidade e o aprimoramento da formação científica, tecnológica, humanística, ética, política e cultural, articulada com conhecimentos multidisciplinares, proporcionando condições para a reflexão crítica e autônoma; ● se invista na formação de recursos humanos de excelência, aptos a enfrentar os desafios da contemporaneidade e contribuir para o desenvolvimento humano e sustentável do Brasil e do mundo; ● a universidade, além de cumprir sua missão formadora, geradora de conhecimento e transformadora, por meio de práticas acadêmicas que a interligam à comunidade, enfrente os desafios que vão em direção à exigência de respostas cada vez mais rápidas às demandas de uma sociedade globalizada; ● os gestores respeitem as normas estatutárias, as decisões dos órgãos colegiados e as sugestões e críticas que emanam da comunidade e que incentivem as idéias e as ações participativas e mantenham um ambiente saudável e criativo na comunidade;

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● que a gestão trabalhe com austeridade administrativa, probidade, transparência e planejamento, orientando-se sempre pelo PDI, em ações articuladas com as Unidades e agilizando os processos decisórios; ● seja sempre reconhecido e incentivado o trabalho de excelência, buscando sempre o justo e o correto e defendendo com veemência a autonomia universitária; ● que se defenda sempre uma universidade para todos, pública, gratuita, democrática, com inclusão social e respeito ao meio ambiente, inovadora e de qualidade. 3. GRADUAÇÃO A Universidade terá que formar profissionais cada vez mais qualificados tecnicamente, mas também formar cidadãos comprometidos com a sustentabilidade e com a superação das enormes desigualdades sociais ainda existentes no país. A construção das propostas ora apresentadas para o ensino de graduação está permeada pela compreensão de que a pesquisa, geradora de novos conhecimentos, empreendida por docentes e estudantes, propicia maior efetividade ao processo de ensino-aprendizagem e de que a participação ativa e articulada em atividades de extensão proporciona, ao futuro profissional, formação mais adequada para atender às variadas demandas da sociedade. A comunidade da Unesp já demonstrou estar ciente da grande responsabilidade, pois, ao elaborar o PDI, definiu como diretrizes para a “Dimensão Graduação” a busca da excelência em todas as áreas do ensino de graduação, a ampliação e a diversificação do acesso à Universidade. Três principais programas, derivados do PDI, nortearam as ações da Pró-reitoria de Graduação nos últimos anos: a Ampliação do Acesso à Universidade, O Aperfeiçoamento do Ensino de Graduação e a Avaliação Contínua do Ensino. A partir da avaliação do trabalho desenvolvido na graduação, no período de 2009 a 2012, e tendo por base reflexões atuais, propõe-se implementar ações de continuidade e novas iniciativas que visam a consolidar conquistas alcançadas e melhorar ainda mais a qualidade do ensino de graduação, permitindo que a Unesp continue cumprindo cada vez melhor, e exemplarmente, seu papel social. 3.1. PROPOSTAS PARA O ENSINO DE GRADUAÇÃO 3.1.1. Melhoria das condições de oferta do ensino de graduação De maneira inédita, desde 2006 a Unesp investiu 40 milhões de reais diretamente na graduação, por meio do Programa de Melhoria do Ensino de Graduação (PMEG), que tem garantido a aquisição de materiais e equipamentos para os laboratórios didáticos e salas de aulas. Avaliação interna recente, bem como os avaliadores externos, indicam haver reflexo positivo para os cursos. Muito relevante tem sido o esforço que a Universidade realizou nos últimos anos para repor o quadro de docentes, totalizando 1.245 contratações desde 2004.

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Propostas:

● dar continuidade ao Programa de Melhoria do Ensino de Graduação (PMEG), assim como avaliar continuamente seu impacto na qualidade dos cursos, para orientar os futuros investimentos; ● garantir a continuidade da contratação de professores e de servidores técnico-administrativos para atender, prioritariamente, as áreas acadêmicas e administrativas vitais que tenham sofrido perdas ao longo do tempo; ● manter a contratação de docentes, em ampliação, para garantir a excelência conquistada em algumas áreas; ● ampliar a produção de livros didáticos impressos e na forma digital, além da produção e aquisição de softwares educativos para as diferentes áreas da atuação; ● incentivar o desenvolvimento de produtos didáticos nas mais variadas formas e linguagens, em todas as áreas de atuação. 3.1.2. Ampliação do acesso à universidade Desde a forte expansão da graduação, ocorrida nos anos de 2002-2003, a Unesp dedicou-se a consolidar os cursos criados, buscando proporcionar infraestrutura material e de pessoal, especialmente docente. A atual gestão da Reitoria, em consonância com os colegiados centrais, com a alocação prévia e garantida de recursos orçamentários, está empreendendo um novo e ousado ciclo de expansão da graduação. Numa fase inicial, foram criadas oito novas modalidades em cursos já existentes, sendo cinco bacharelados e três licenciaturas. Na segunda fase, com implantação a ser realizada em etapas, foi aprovada a criação de 11 cursos de Engenharia, totalizando 460 vagas, prioritariamente em unidades consolidadas com apenas um curso, ou nos câmpus experimentais, além da criação de um novo câmpus no município de São João da Boa Vista. Por outro lado, a Universidade tem acumulado importante experiência no oferecimento de curso na modalidade à distância. Propostas:

● planejar e executar a implantação e consolidação dos 11 cursos de Engenharia criados, de acordo com os recursos que foram disponibilizados adicionalmente; ● incentivar o oferecimento de novos cursos na modalidade a distância, com qualidade e em áreas consideradas estratégicas; ● estabelecer política e implementar ações para ampliar a acessibilidade, nos seus vários aspectos, no âmbito da Universidade. 3.1.3. Formação pedagógica dos professores Para fazer frente aos desafios de proporcionar um ensino de graduação de qualidade, deve-se aliar a formação técnica e científica do professor à sua formação didático-pedagógica. Nessa área, a Unesp está na vanguarda no país, ao institucionalizar a

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formação pedagógica de seus docentes por meio da criação do Núcleo de Estudos e Práticas Pedagógicas – NEPP. Propostas: ● apoiar o trabalho do NEPP, assim como o das Comissões Locais, e as suas atividades de reflexão sobre as práticas docentes na Universidade e de formação pedagógica contínua dos professores; ● ampliar a rede de apoio às atividades do Núcleo, incentivando maior adesão de docentes da área de educação; ● proporcionar oportunidade de formação pedagógica a todos os professores ingressantes na Universidade; ● ampliar a oferta de atividades específicas, tais como o estudo de metodologias de ensino, nas diferentes áreas, e sobre a utilização de ferramentas de tecnologia da informação e comunicação. 3.1.4. Aperfeiçoamento contínuo dos projetos político-pedagógicos Entre 2009 e 2012, empreendeu-se um amplo processo de discussão, por meio dos Conselhos dos Cursos, que envolveu 23 grupos de cursos, idênticos ou similares, com o objetivo de articular os Projetos Político-Pedagógicos (PPPs). Compreende-se que estes são os instrumentos que devem, efetivamente, nortear o desenvolvimento dos cursos e, portanto, devem ser valorizados e constantemente aperfeiçoados. Propostas:

● incentivar e dar andamento às reestruturações curriculares dos cursos nas diferentes áreas; ● inovar os Projetos Político-Pedagógicos (PPPs), tornando as estruturas curriculares atualizadas e flexíveis, facilitando a mobilidade interna e externa; ● permitir o compartilhamento, por parte de docentes e estudantes, das competências historicamente construídas em cada curso; ● empreender esforços para tornar os PPPs amplamente conhecidos por docentes e estudantes, para que possam balizar a prática cotidiana de cada curso; ● estimular as discussões sobre metodologias inovadoras de ensino-aprendizagem; ● implementar ações de articulação entre o ensino, a pesquisa e a extensão; ● ampliar os estudos sobre a relação Bacharelado/Licenciatura, com o propósito de aperfeiçoar os estágios curriculares obrigatórios e a prática como componente curricular.

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3.1.5. A formação de educadores e o apoio à educação básica A Unesp é a universidade pública que oferece o maior número de cursos de licenciatura do Estado de São Paulo, assim como participa ativamente dos esforços federais para ampliar e qualificar a formação de professores. Desenvolve o Programa Institucional dos Núcleos de Ensino e o Programa de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, com o apoio da Capes que, juntos, contam com o envolvimento de mais de 700 licenciandos e têm parceria com aproximadamente 400 escolas públicas estaduais e municipais. Além disso, por meio dos cursos semipresenciais Unesp/Univesp e dos cursos presenciais do Parfor, em parceria com a Capes, tem proporcionado formação pedagógica inicial a mais de 1500 professores em exercício. Propostas:

● dar continuidade (e aprofundar) às ações para a valorização das licenciaturas na Unesp, assim como às parcerias com o Estado e a União, nas iniciativas que visam à melhoria da educação pública básica; ● promover a realização de Simpósios e Fóruns específicos da área e encaminhar as proposituras por meio dos colegiados acadêmicos; ● proporcionar suporte aos trabalhos da Comissão dos Cursos de Licenciaturas, com representação de todas as áreas, visando a ampliar estudos sobre a relação Bacharelado/Licenciatura, implementar modelo(s) de funcionamento dos estágios curriculares obrigatórios, atuar de forma mais direta na melhoria da educação básica da rede pública de ensino e articular as ações na área; ● garantir a manutenção do programa dos Núcleos de Ensino e ampliar a participação da Universidade no PIBID, buscando abranger todos os cursos de licenciatura da Unesp; ● promover maior interação entre os programas de pós-graduação na área da educação e os cursos de licenciatura; ● incentivar a participação de docentes das licenciaturas nos Programas de Políticas Públicas ou de Ensino Público da Fapesp, contribuindo para maior articulação entre o ensino e a pesquisa. 3.1.6. Gestão da graduação A dimensão e a diversidade da graduação na Unesp exigem constante parceria entre as gestões central e local dos cursos. Foi concluída, em 2012, a implantação do Sistema de Graduação, como parte integrante do Sistema de Gestão Acadêmica, que irá facilitar e agilizar a administração dos cursos em todos os níveis. Propostas:

● fomentar a participação dos Coordenadores e Conselhos de Curso nos processos decisórios da graduação;

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● incentivar iniciativas de qualificação de Coordenadores de Curso e membros dos Conselhos; ● estimular a discussão político-pedagógica e o fortalecimento da articulação interna do curso; ● melhorar as condições de funcionamento dos Conselhos de Cursos; ● valorizar a participação da Câmara Central de Graduação no encaminhamento das principais ações da graduação; ● apoiar e fortalecer o Grupo de Suporte do Sistema e o Comitê Superior de Tecnologia da Informação para, em parceria com os usuários, garantir sua manutenção, contínua atualização e constante aperfeiçoamento. 3.1.7. Avaliação do ensino de graduação A avaliação permanente e contínua do ensino constitui importante instrumento para orientar as ações da gestão da Universidade e para prestar contas à sociedade. Estudos da Prograd, em parceria com a Vunesp, sobre o vestibular e sobre o fenômeno da desistência dos vestibulandos aprovados, possibilitaram ajustes importantes para facilitar o acesso de egressos da escola pública e aumentar a permanência na Universidade. A Unesp participa de quatro principais processos de avaliação dos cursos de graduação: (a) avaliação institucional - CPA; (b) avaliação para reconhecimento ou renovação de reconhecimento de curso, realizada pelo Conselho Estadual de Educação; (c) ENADE, parte do Sistema de Avaliação Nacional do Ensino Superior - SINAES; (d) Guia do Estudante da Editora Abril. A Câmara Central de Graduação constituiu comissão encarregada de analisar todos os processos, para subsidiar os Coordenadores e os Conselhos de Cursos. Propostas:

● tornar permanente a Comissão de Avaliação criada pela CCG e ampliar sua composição e abrangência para realizar estudos sistemáticos sobre fenômenos relevantes para a gestão da graduação, como a evasão dos cursos e da Universidade, a retenção nas disciplinas e o perfil do estudante ingressante; ● esclarecer e prestar apoio aos gestores dos cursos para a participação nos processos de avaliação; ● implantar sistemática de levantamento das aspirações dos estudantes e de sua participação mais ativa na avaliação; ● estabelecer estratégias e ações para manter contato com os egressos, preservando o elo com a Instituição, de modo a favorecer os processos de avaliação e possível realinhamento de objetivos dos cursos. 3.1.8. Mobilidade e Internacionalização Reconhecidamente, a mobilidade, interna e externa, e a experiência internacional têm

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sido cada vez mais relevantes para a formação do futuro profissional, em todas as áreas do conhecimento. A Unesp vem, ano a ano, ampliando as oportunidades de formação no exterior, em consonância com a atual demanda, havendo necessidade de ampliá-las. A seguir, apresentam-se as iniciativas que se pretende desenvolver e que estão relacionadas à questão da mobilidade. Propostas:

● apoiar iniciativas de mobilidade no seio da própria instituição e com outras do país; ● favorecer o intercâmbio de docentes que visem ao aprimoramento da prática docente no ensino; ● manter suas parcerias na América do Sul, com o Programa Escala Discente da Associação de Universidades do Grupo de Montevideo (AUGM), que possibilita o intercâmbio de aproximadamente 50 alunos por ano a instituições da Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia, bem como o recebimento do mesmo número de alunos dessas instituições; ● submeter novos projetos de intercâmbio e mobilidade de discentes e docentes para serem financiados pela CAPES; ● manter e ampliar o intercâmbio com universidades estrangeiras; 3.1.9. Apoio aos estudantes ingressantes Avaliações feitas indicam a necessidade de apoio especial aos estudantes ingressantes. Por exemplo, a reconhecida deficiência em Matemática, resultando em forte retenção no primeiro ano, motivou a Prograd a implantar, em 2012, apoio aos docentes no desenvolvimento dessas disciplinas. No mesmo sentido, tem sido formatado curso de Português para suprir deficiência gramatical e de redação. Outro aspecto que carece de cuidado especial é o apoio aos estudantes que encontram dificuldades de adaptação ao iniciar o curso, seja por questões pessoais ou acadêmicas. Propostas:

● valer-se da experiência, como o apoio às disciplinas de Cálculo, ou similares, para possivelmente expandir para outras disciplinas, prioritariamente aquelas com maior grau de retenção; ● implantar o oferecimento de cursos de Português para suprir carência dos alunos em geral; ● estabelecer ações para facilitar a inserção dos estudantes ingressantes ao ambiente universitário; ● criar serviço de atenção ao estudante, com apoio psicológico, serviço de saúde e aumento de atividades esportivas.

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3.1.10. Educação tutorial O Programa de Educação Tutorial (PET) envolve atividades dos alunos em ensino, pesquisa e extensão e tem contribuído sobremaneira para a formação dos futuros profissionais. A Unesp é a instituição que tem mais grupos PET no país, com 30 grupos apoiados pelo MEC. A partir de 2011, a Universidade instituiu o PET-Unesp, criando outros 15 grupos, nas mesmas condições do PET-MEC, com recursos próprios do PDI e com o objetivo de instalar pelo menos um grupo em cada unidade. Propostas:

● apoiar as ações dos grupos PET em geral, particularmente os grupos custeados com recursos próprios; ● preparar os grupos PET-Unesp para participação nos editais do MEC, com o objetivo de ampliar a participação no Programa Federal; ● propiciar a troca de experiências dos grupos da Unesp com os de outras instituições e incentivar a publicação dos trabalhos derivados do programa. 3.1.11. A prática de esportes na universidade Por meio de uma Resolução, em 1999, a Unesp excluiu a atividade de Educação Física dos currículos de seus cursos de graduação, com base em um Parecer do Conselho Nacional de Educação, de 1997. Em decorrência disso, houve prejuízo para a formação de possíveis equipes (futebol, basquete, vôlei, natação etc), bem como para práticas esportivas saudáveis e “ponto de encontro” para nossos alunos. Propostas: ● propor que os Conselhos de Curso estudem a inclusão de aulas de Educação Física nas estruturas curriculares; ● contratar professores de Educação Física para as aulas e para a formação de equipes; ● apoiar as Associações Atléticas, para que estimulem a formação de bons times nas várias práticas de esporte; ● investir na infraestrutura para esportes coletivos, como campos, quadras, ginásios cobertos, piscinas etc; ● buscar apoio financeiro de bancos e empresas privadas para estes investimentos; ● estimular a realização de eventos específicos nos câmpus da Unesp com as respectivas regiões onde existam; ● financiar bolsas de estudos para bons atletas que tenham dificuldades financeiras na família.

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4. PÓS-GRADUAÇÃO A pós-graduação, em seus diferentes níveis – Especialização, Mestrado e Doutorado –, é considerada parte relevante da educação continuada, uma vez que a formação escolar do cidadão é, atualmente, um processo que demanda atualizações, complementações e revisões permanentes. Neste contexto, a Universidade tem papel fundamental na constante renovação do saber acadêmico para a formação de recursos humanos altamente qualificados no exercício consciente da cidadania. Se, em passado recente, a pós-graduação visava apenas a formar profissionais para a academia, hoje, a inserção dos egressos em empresas, institutos de pesquisa e agências governamentais que estabelecem políticas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), é uma realidade. Portanto, esse novo cenário leva a repensar os modelos de pós-graduação, preparando o egresso para atender a uma sociedade e um mundo globalizado, em que a inovação tem forte papel para o desenvolvimento de uma nação. 4.1. A PÓS-GRADUAÇÃO NA UNESP

Ao longo de sua trajetória, a Unesp evoluiu rapidamente, como fruto do amadurecimento acadêmico e científico, e passou de espectadora a importante protagonista no cenário nacional e internacional da pós-graduação. Em um primeiro momento, esse amadurecimento se deu pelo forte incentivo à qualificação docente, de modo que, atualmente, 92% de seus professores são portadores do título de Doutor, e pela criação de novos cursos que contemplassem a grande maioria das áreas do conhecimento. A esse crescimento quantitativo sucedeu uma fase de crescimento qualitativo, graças à atenção da Unesp em relação à estrutura dos seus Programas de Pós-graduação e à revisão de toda sua legislação, especialmente do Regimento Geral de Pós-graduação e Regulamentos dos Programas. Com isso, a proporção de Programas no nível de excelência passou de 30% para 50% em 2009. Com 123 Programas de Pós-graduação stricto sensu, sendo 114 cursos de Mestrado Acadêmico, 6 de Mestrado Profissional e 94 de Doutorado, e com 40 Cursos de Especialização, a Unesp abriga cerca de 15 mil alunos, sendo a segunda maior Universidade do país em número de Programas de Pós-graduação e de Doutores formados por ano. Em 2012, foram 819 novos Doutores. É importante ressaltar, também, que o sistema de pós-graduação da Unesp tem a preocupação de levar o conhecimento científico ao maior número de pessoas possível. Assim, mantém vínculos com o Ensino Médio Estadual, atraindo alunos para a alfabetização científica e, por meio de parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, atualizando e ampliando o conhecimento dos professores da rede básica. No plano da gestão da pós-graduação também está refletida a grandeza da Unesp, que conta com um moderno sistema de gerenciamento e avaliação para tomada de decisão, e que se preocupa com a constante qualificação do seu corpo técnico administrativo para exercer o importante papel que lhe cabe na execução de funções junto aos Programas de Pós-graduação. O Plano de Desenvolvimento Institucional, ao estabelecer como principal meta para os próximos 10 anos que a Unesp esteja entre as melhores universidades do mundo, colocou a excelência da pós-graduação como um dos seus programas. Nesse sentido, vem havendo forte investimento na internacionalização, com a ida de docentes para estágios de curta duração em universidades no exterior e a vinda de pesquisadores

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visitantes das mais importantes instituições mundiais para estabelecer parcerias e enriquecer o ambiente acadêmico. Somado a essas ações, está o constante apoio aos pós-graduandos que desejam realizar estágios em universidades estrangeiras melhores classificadas que a Unesp. O apoio à divulgação do conhecimento gerado em pesquisas realizadas no âmbito de seus Programas de Pós-graduação tem sido outra importante frente de ação da Unesp. Destaque especial é feito ao Programa de Livros Digitais (e-books), realizado em parceria com a Editora Unesp, que já publicou 94 títulos, os quais foram recentemente incorporados ao Programa SciELO Livros, e são de livre acesso à comunidade. É a Unesp cumprindo seu dever social. Nessa direção, ainda, a Unesp assume seu papel como uma das lideranças no país, participando ativamente no oferecimento de mestrados e doutorados interinstitucionais com Universidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com o objetivo de contribuir para a redução das assimetrias da pós-graduação brasileira. 4.2. PROPOSTAS PARA A PÓS-GRADUAÇÃO Os resultados das ações já implementadas, daquelas em curso e outras que deverão ocorrer nos próximos anos, visam a culminar com a formação de recursos humanos de excelência, aptos a enfrentar os desafios da contemporaneidade e contribuir para o desenvolvimento humano e sustentável do Brasil e do mundo. Assim, o patamar da qualidade da formação do pós-graduando deverá ter lugar central no conjunto de ações que pautará, especialmente, a visão interdisciplinar e multicultural, habilitando-os a protagonizar transformações para a sociedade moderna. Seguem-se as ações propostas para a pós-graduação. Propostas: ● ampliar o apoio à mobilidade docente e discente entre os Programas de Pós-graduação da mesma e de diferentes áreas do conhecimento; ● consolidar o uso da vídeo-conferência como ferramenta de ensino, atualização científica e avaliação, assim como meio de comunicação frequente entre os Programas, as Seções Técnicas e a Pró-reitoria de Pós-graduação; ● discutir e implementar novos modelos de formação do pós-graduando que permitam ampliar os conhecimentos, aprimorar a qualidade e flexibilizar o tempo da formação dos alunos; ● ampliar os mecanismos de avaliação continuada do pós-graduando e criar mecanismos de acompanhamento de egressos; ● ampliar a internacionalização, por meio do oferecimento de disciplinas em idioma estrangeiro (inglês) e pela criação de cursos em pareceria com instituições internacionais; ● manter o apoio a docentes orientadores para a realização de estágios no exterior; ● fortalecer e ampliar programas de apoio à publicação e divulgação do conhecimento gerado no âmbito da pós-graduação;

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● dar continuidade à avaliação interna e apoio aos programas no preenchimento de relatórios para avaliação externa; ● apoiar e criar ações de inclusão de docentes da Unesp na pós-graduação e, com isso, ampliar o oferecimento de vagas; ● ampliar a divulgação dos Programas de Pós-graduação e criar mecanismos adequados de seleção de alunos, de modo a permitir que os estudantes mais qualificados do Brasil ou do exterior ingressem na pós-graduação da Unesp; ● incrementar a interação entre a pós-graduação, a graduação e o Ensino Médio, apoiando a participação de pós-graduandos em eventos e programas de Iniciação Científica e de popularização da ciência, especialmente para alunos de escolas públicas; ● apoiar a criação de programas de pós-graduação lato sensu, especialmente os programas profissionalizantes; ● criar mecanismos que possibilitem aferir a qualidade dos cursos de especialização oferecidos pela Unesp; ● continuação dos investimentos em construções de prédios destinados a atividades da pós-graduação, tais como secretarias, anfiteatros, salas de aula e gabinetes para professores visitantes; ● incentivar a criação de programas de pós-graduação interdisciplinares e interinstitucionais; ● promover e incentivar integração entre Programas de Pós-graduação; ● propor a criação de disciplinas que forneçam conhecimento sobre políticas científicas e universitárias, conceitos e formas de empreendedorismo, de inovação tecnológica e de sustentabilidade; ● aumentar o número de vagas na pós-graduação e flexibilizar modelos, sempre vinculados ao aumento de qualidade; ● aumentar o número de bolsas da iniciativa privada; ● estimular a criação de programas em P&D; ● propor a discussão de novos modelos de programas de pós-graduação, de modo que o egresso atenda a um mundo globalizado, em que a inovação tem forte papel para o desenvolvimento da nação; ● trazer para dentro da Universidade a experiência exitosa de grandes empresas que realizam P&D; ● dar continuidade ao programa de publicação de livros impressos e digitais.

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5. PESQUISA E INOVAÇÃO No mundo contemporâneo, a Universidade enfrenta desafios que, além da sua missão formadora, geradora de conhecimento e transformadora, por meio de práticas acadêmicas que interligam a Universidade e a comunidade, vão em direção à exigência de respostas cada vez mais rápidas às demandas de uma sociedade globalizada. Hoje, questões como proteção ambiental e sustentabilidade, mudança climática e bioenergia, segurança, violência e decadência urbana, saúde preventiva, pobreza e equidade social, geração de empregos e educação geral dominam o cenário internacional e se traduzem na necessidade de políticas agressivas e efetivas, as quais não podem ser adiadas para um futuro longínquo. É nesse contexto que a Universidade moderna vem sendo avaliada: na sua contribuição para a solução de problemas não apenas de caráter local, mas também mundial. Como consequência da geração e aplicação do conhecimento e inovação tecnológica, as melhores Universidades têm atraído recursos adicionais e os melhores talentos e ultrapassam as instituições que se mantêm à margem da pesquisa. A visibilidade da produção científica é, portanto, parâmetro fundamental para as boas classificações das Universidades nos dias atuais. 5.1. PESQUISA E INOVAÇÃO NA UNESP A criação da Pró-reitoria de Pesquisa, em 2005, e da Agência Unesp de Inovação (AUIN), em 2007, foram ações importantes para a consolidação da Unesp como uma Universidade de Pesquisa e de Inovação. Atualmente, a Unesp é responsável por 21% da produção intelectual paulista e 8% da produção brasileira. A política de pesquisa presente no PDI da Universidade prioriza programas que buscam o contínuo incentivo à consolidação da pesquisa, melhoria da infraestrutura e contratação de recursos humanos qualificados nas carreiras de pesquisador e técnico de nível superior. Os programas do PDI, no âmbito da pesquisa, visam, além da produção do conhecimento científico, humanístico e de inovação tecnológica, também a ampliar, avaliar e qualificar a pesquisa, para alcançar a excelência com a formação e o fortalecimento dos grupos de pesquisa, contribuindo para o desenvolvimento regional, nacional e internacional. A vocação da Unesp como Universidade de Pesquisa é também refletida na busca da consolidação de algumas de suas Unidades Experimentais e, mais recentemente, na criação dos Institutos Especiais. Somada a essas ações, destaca-se a criação dos Escritórios de Pesquisa e de Relações Internacionais, com vistas ao gerenciamento de projetos e atividades de internacionalização da pesquisa. É nítida, portanto, a posição da Unesp frente aos novos desafios do mundo globalizado e sua perspectiva de estar entre as melhores Universidades de Classe Mundial. No atual cenário, alguns dos desafios enfrentados são os inerentes às grandes corporações, como agilidade, competitividade, adaptabilidade e sensibilidade. A necessidade da percepção e respostas rápidas às demandas do país e de uma sociedade em transformação requer autoridade, vigor e determinação para competir por recursos financeiros e, especialmente, pelos melhores talentos. Nesse sentido, os programas estruturantes que darão continuidade ao aumento da produção científica de qualidade e da captação de recursos estão alicerçados na identificação e aglutinação de competências científicas existentes na Unesp. Para isso, faz-se necessário incentivar e apoiar a interdisciplinaridade e a colaboração entre docentes/pesquisadores, Departamentos e Unidades e fortalecer as Comissões Permanentes de Pesquisa, bem como aproximar o

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conhecimento científico da inovação, o que demandará maior interação da Universidade com o mundo empresarial. 5.2. PROPOSTAS PARA A PESQUISA O PDI e o papel a ser desempenhado pela Unesp nos próximos anos apontam para a necessidade da consolidação de algumas das ações que já foram implantadas e a proposição de novas estratégias e ações básicas para o desenvolvimento da pesquisa em nossa Universidade, conforme segue. Propostas:

● atrair e fixar, mediante concessão de bolsas, docentes/pesquisadores e jovens talentos, com o objetivo de consolidar linhas de pesquisa e implementar linhas inovadoras; ● apoiar, com financiamento de projetos, o desenvolvimento de pesquisa por grupos emergentes e não consolidados; ● promover reuniões e aglutinar competências para ações interdisciplinares, com vistas a identificar lacunas temáticas para a consolidação de grupos de pesquisa; ● reconhecer esforços coletivos e individuais na geração do conhecimento, mediante auxílio financeiro à pesquisa; ● ampliar e aprimorar o corpo técnico, considerando as especificidades das áreas de conhecimento; ● incentivar a contratação de recursos humanos qualificados, principalmente nas carreiras de pesquisador e técnico de nível superior; ● dar continuidade ao Programa Institucional de Iniciação Científica da Unesp, com vistas a despertar em jovens talentos o engajamento precoce à pesquisa e inovação; ● articular competências entre docentes e pesquisadores da Unesp, com o objetivo de ampliar a captação de recursos e induzir oportunidades para pesquisa; ● facilitar e apoiar financeiramente a organização de eventos científicos e a participação de docentes/pesquisadores em reuniões internacionais; ● manter os atuais e criar novos programas para o incremento de publicações internacionais qualificadas; ● dar continuidade à implantação dos Escritórios de Pesquisa e de Relações Internacionais nas Unidades; ● consolidar a política multiusuária, com o treinamento de recursos humanos e apoio à manutenção de infraestrutura; ● organizar e apoiar financeiramente reuniões relativas às atividades de pesquisa voltadas para o desenvolvimento de novas práticas pedagógicas;

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● dar acesso livre à comunidade, maximizando a visibilidade da produção intelectual da Unesp, por meio digital; ● ampliar a divulgação dos conhecimentos gerados na Unesp para instituições públicas em geral, empresas privadas e governamentais, ONGs e agências que implementam políticas de pesquisa no país; ● incentivar a interdisciplinaridade e a colaboração entre docentes/pesquisadores e Departamentos, de modo a promover o desenvolvimento sustentável; ● contribuir para a inserção de periódicos qualificados da Unesp em base de dados com reconhecida competência; ● dar acesso à produção intelectual da Unesp em formato digital, visando a maximizar a visibilidade, uso e impacto de suas pesquisas por meio do acesso livre. ● melhorar as condições dos biotérios satélites das unidades, adequando-os à legislação vigente; ● implementação, nos câmpus, de estruturas de laboratórios de pesquisa multiusuários; ● capacitar os escritórios de pesquisa para que atuem, também, como posto avançado da AUIN nas Unidades; ● promover o empreendedorismo, utilizando recursos da educação a distância; ● estimular a criação de empresas spin-offs por grupos de pesquisa da Unesp, promovendo, inclusive, o estabelecimento de normas, com vistas à participação da Universidade e dos pesquisadores em tais empreendimentos; ● implementar campanhas de conscientização dos pesquisadores para a realização de determinadas pesquisas em temas de interesse específico; ● constituir a Rede Unesp de Inovação, conjugando os esforços da AUIN com o das incubadoras sediadas nas Unidades. 6. EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Como processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável, a Extensão Universitária possibilita uma interação qualitativa entre a Universidade e a Sociedade. Esta visão vem pautando a política de ensino superior no país e resultou no Plano Nacional de Extensão Universitária, cujos pressupostos a Unesp já vem adotando em suas Unidades. Não menos importante é a relevância da produção intelectual derivada da prática da Extensão Universitária, em forma de publicações científicas e patentes, além de produtos e serviços que devem ser compartilhados, divulgados e submetidos à avaliação acadêmica.

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A Extensão Universitária, assim como a Pesquisa e o Ensino, é uma via de mão dupla: a Universidade deve interagir com a sociedade, de forma a contribuir com seu desenvolvimento, confrontando seus conhecimentos com o cotidiano, a fim de realimentar o Ensino, a Pesquisa e a própria Extensão Universitária. Consiste, também, em trabalho interdisciplinar, como atividade primordial da vida acadêmica, contribuindo de forma decisiva na formação dos alunos e interferindo diretamente na sociedade, propondo soluções para situações problemas. É importante ressaltar que a ampla participação da Extensão Universitária na sociedade não deve levar a Universidade a substituir funções de responsabilidade do Estado, mas sim tornar acessíveis o conhecimento, a ciência, a tecnologia e a arte a diferentes setores da população, para que usufruam dos resultados produzidos pela atividade acadêmica. É também responsabilidade da Universidade, por intermédio das ações de Extensão Universitária voltadas à comunidade interna, apoiar iniciativas que proporcionem a convivência e integração universitária, por intemédio de atividades culturais, esportivas e técnico-científica. 6.1. A EXTENSÃO NA UNESP A Unesp ocupa posição de vanguarda ao colocar em prática uma base de dados pública para o acompanhamento de suas ações, valorizando a Extensão Universitária como uma das dimensões avaliadas no desempenho de seus docentes e na progressão da carreira. Nos útlimos anos, buscou-se aprimorar os meios de divulgação das atividades de Extensão Universitária para a comunidade interna e externa, especialmente por intermédio do Portal Unesp, da revista Ciência em Extensão e da realização bienal do Congresso de Extensão Universitária, evento que permite a troca de experiências, discussão de temas relevantes, integração e produção de metodologias específicas para essa dimensão. Cabe destacar a participação em editais públicos e privados, destinados à Extensão Universitária, e as parcerias e convênios para o desenvolvimento das ações extensionistas. Os muitos projetos de extensão da Unesp contemplam as mais diversas áreas do conhecimento, desde a promoção de circuitos culturais nas diferentes Unidades Universitárias, passando por ações que envolvem afro-descendentes, terceira idade, crianças e pessoas com deficiências, até a implantação de laboratórios móveis para o desenvolvimento de projetos em áreas específicas (Direito, Odontologia, Medicina Veterinária, cursos profissionalizantes e biblioteca infantil), com deslocamento da Universidade até as comunidades necessitadas. A Unesp tem desenvolvido atividades de grande relevância para a inclusão, oferecendo cursos pré-vestibular para estudantes carentes em todas as suas unidades. Incentiva o uso de tecnologias de informação, com oferecimento de cursos à distância, estratégia que permite compartilhar conhecimentos relevantes produzidos pela instituição e formar agentes multiplicadores para a alfabetização de populações em locais com menor acesso à educação formal, além de promover campanhas de prevenção de doenças e consumo de álcool e apoiar as empresas juniores existentes nas Unidades. 6.2. PROPOSTAS PARA A EXTENSÃO As atuais atividades de Extensão Universitária desenvolvidas por docentes e alunos, e auxiliadas por servidores técnicos administrativos, continuarão a ser apoiadas. Serão

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ampliados os programas e os projetos estratégicos que tenham por objetivo a melhoria das condições sociais, fortalecendo as atividades de Extensão Universitária de forma regular, sistemática e com atuação em todas as Unidades da Unesp. Especial atenção será dada ao Plano Nacional de Extensão Universitária, que prevê, entre outras metas: (a) incorporar parcela de carga horária de formação de alunos de graduação para atividades fora dos espaços de sala de aula; (b) estabelecer redes com outras Instituições de Ensino Superior para a promoção do desenvolvimento social; (c) desenvolver um sistema de avaliação das atividades de extensão; (d) aperfeiçoar os critérios baseados em indicadores de atividades de extensão para a progressão na carreira docente; (e) assegurar o financiamento de atividades de extensão; (f) incorporar no registro acadêmico dos alunos as atividades em programas e projetos de Extensão Universitária. Propostas:

● continuar a valorizar a Extensão Universitária, como área acadêmica fundamental da Universidade, fortalecendo as ações em desenvolvimento; ● ampliar o programa de apoio aos estudantes, contribuindo para a permanência dos alunos nos cursos de graduação; ● promover estudos, visando a reformular as estruturas curriculares acadêmico-científicas, formalizando as atividades de Extensão Universitária na formação dos alunos de graduação e prática cotidiana dos docentes; ● finalizar o projeto de desenvolvimento do Banco de Dados da Extensão Universitária; ● buscar e divulgar editais envolvendo áreas relacionadas com a Extensão Universitária, bem como articular convênios e parcerias para o desenvolvimento de trabalhos extensionistas; ● dar continuidade ao Programa de Laboratórios Móveis, possibilitando que o conhecimento produzido na Universidade seja levado até as comunidades necessitadas; ● manter o Congresso de Extensão Universitária, bi-anualmente, como estratégia de troca de experiências, discussão de temas relevantes, integração e produção de metodologias específicas para a Extensão Universitária; ● dar continuidade aos projetos de alfabetização, assim como ao oferecimento de cursinhos pré-vestibular para o ingresso de alunos da rede pública em universidades; ● incentivar, na área da saúde, os projetos da Unesp voltados à prevenção de doenças, em parceria com outras organizações; ● incentivar campanhas institucionais da Unesp voltadas ao esclarecimento da população, nas diferentes áreas de conhecimento, baseadas em temas atuais e emergentes da própria Sociedade;

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● incentivar o desenvolvimento de projetos na área de tecnologia que ofereçam soluções práticas e eficientes e aplicá-las, juntamente com a sociedade, na resolução de problemas contemporâneos; ● manter o incentivo aos projetos voltados à geração de renda, ampliando as cooperativas de trabalho, com preparação do pessoal e desenvolvimento de habilidades na população necessitada, contribuindo para a sua subsistência; ● apoiar financeiramente a organização de eventos, visando a incentivar projetos voltados ao meio ambiente, despertando a responsabilidade em relação ao tema; ● manter e ampliar os atuais museus da Unesp e estimular novas iniciativas; ● valorizar e apoiar a produção artística e cultural, ampliando sua visibilidade mediante circuitos culturais, apresentações e produtos; ● manter o incentivo às empresas juniores; ● valorizar as ações dos vice-diretores, apoiando suas iniciativas e manter a transparência na implementação das políticas públicas da Pró-reitoria de extensão; ● estimular a criação de Associações Atléticas institucionalizadas em todas as Unidades, para retirar alunos da ociosidade e aproveitar o potencial atlético da Unesp. ● implementar ações de saúde e qualidade de vida aos servidores na fase da terceira idade ou pré aposentadoria; 7. ADMINISTRAÇÃO E INFRAESTRUTURA A Universidade deve ser vista como um ambiente sadio de trabalho e de convivência coletiva, pautada pelo pensamento crítico na busca de agilidade para os processos decisórios, com ações articuladas entre as Unidades e a Reitoria, na busca da máxima descentralização administrativa. Cabe à Pró-reitoria de Administração atuar nas áreas de Recursos Humanos, Saúde e Segurança do Trabalhador, Sustentabilidade Ambiental, Contabilidade e Finanças, Materiais, Informática, Comunicações e Transportes, dentre outras, procurando desenvolver meios que promovam a descentralização e racionalização administrativa, objetivando a excelência na qualidade e na produtividade dos serviços e das ações de gestão. É sua função promover o aprimoramento e valorização do corpo técnico-administrativo, através de programas e ações para esse fim, com o intuito de proporcionar condições favoráveis para o seu trabalho e, consequentemente, ao desenvolvimento das atividades fim da Universidade. O Programa de reposição de docentes e servidores técnico-administrativos deve ser mantido, frente às significativas perdas por aposentadorias. Programas pontuais de ampliação na contratação de docentes deverão ser realizados para áreas estratégicas e de alta especificidade.

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O Programa de Gestão de Recursos Humanos tem por objetivo estabelecer ações de valorização dos servidores públicos da Universidade, para a prestação de serviço de qualidade exemplar. O Programa de Saúde, Higiene Ocupacional e Perícia Médica foi iniciado com o propósito de manter e desenvolver programas de saúde e segurança no trabalho, qualificação e assistência aos servidores. Instituiu-se o Programa de Gestão e Desenvolvimento, cujos objetivos são a institucionalização de programas de gerenciamento de serviços básicos e de utilidade pública (energia elétrica, água, telecomunicações, limpeza, transporte e segurança), para maior eficiência, e consideração, nas políticas de planejamento, das normas de acessibilidade, sustentabilidade e gestão ambiental. A manutenção do Programa de Renovação da Frota de Veículos é fundamental, pois visa a manter a frota da Universidade dotada de veículos com, no máximo, cinco anos de uso e, assim, diminuir os gastos com manutenção, além de garantir plena segurança aos usuários. A solução para assuntos polêmicos pendentes e que causavam prejuízo ao funcionamento da Universidade propiciou tranquilidade institucional. Citamos: a consolidação institucional dos Centros de Convivência Infantil (CCI); a atualização do subquadro de funções da Reitoria; o reconhecimento das responsabilidades de funções dentro da estrutura administrativa das Unidades Experimentais; o estabelecimento do subquadro de funções dos Colégios Técnicos e a revisão dos seus Regimentos; a transformação das Unamos em Seções Técnicas de Saúde; a ampliação e aprovação de novos parâmetros para a contratação de servidores técnico-administrativos nas Unidades; a atualização do Estatuto dos Servidores Técnicos e Administrativos da Unesp (ESUNESP); a equiparação salarial dos servidores técnicos e administrativos da Unesp com Usp (inicialmente) e Unicamp, beneficiando 9.771 servidores (ativos e inativos); a criação da bolsa complementar para formação educacional dos servidores técnico-administrativos; a transformação, nas unidades existentes, da Seção de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (SAEPE) em Seção Técnica de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (STAEPE) e a sua criação nas unidades consolidadas que não a possuíam; a criação dos escritórios de pesquisa e a inclusão das suas atribuições, juntamente com o Escritório de Relações Internacionais, na Portaria UNESP nº 89/2009, como atribuições da STAEPE; a criação da Seção Técnica de Contabilidade nas Faculdades de Ciências Farmacêuticas, Odontologia e Ciências e Letras do Câmpus de Araraquara; a criação da Seção Técnica de Contabilidade no Instituto de Geociências e Ciências Exatas do Câmpus de Rio Claro; a criação das Seções Técnicas de Finanças, de Comunicações e de Pós-Graduação. A continuidade destas ações proporcionarão satisfação e reconhecimento ao trabalho da administração, tornando-a de excelência em todos os sentidos. 7.1 AÇÕES ADMINISTRATIVAS Paralelamente aos programas em desenvolvimento, novas medidas administrativas devem ser implementadas, com o objetivo de melhoria da eficiência do trabalho da universidade e de seus recursos humanos.

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Propostas:

● manter as políticas de contratação e qualificação continuada e progressiva do corpo docente e técnico-administrativo; ● promover a integração da folha de pagamento e gestão dos benefícios (Vale-alimentação, Vale-transporte, Auxílio Educação Especial, Bolsa de Complemento Educacional) ao Sistema de Recursos Humanos, com otimização e modernização de procedimentos; ● buscar a atualização dos benefícios atribuídos aos servidores, assim como do valor da Bolsa de Complemento Educacional e a institucionalização de programas para pessoas com necessidades especiais; ● organizar cursos específicos com foco nos procedimentos de cada área de atuação (Graduação, Pós-graduação, Finanças, Materiais etc...), com elaboração de manuais de procedimentos atualizados ao final; ● criar um banco de dados com os currículos dos servidores interessados em transferência entre unidades, para possíveis conciliações de interesses; ● incentivo ao engajamento de servidores técnico-administrativos e docentes na organização de projetos multidisciplinares que atendam problemas sociais da comunidade; ● propor uma política de aproveitamento da experiência de funcionários mais antigos em programas de treinamento para áreas estratégicas da administração; ● manter os programas de integração do novo servidor e de preparação para a aposentadoria; ● divulgar vídeos institucionais sobre Boas Práticas para laboratórios químicos e biológicos, visando à rápida integração dos novos servidores e à reciclagem dos que já trabalham há algum tempo na universidade; ● envidar esforços para conseguir a autonomia da universidade em atribuir adicionais de insalubridade, estabelecendo política para tal; ● implementar a otimização do planejamento e da gestão da PRAd, incentivando a modernização e a eficiência dos procedimentos, de forma a simplificar e qualificar as ações administrativas; ● propor a elaboração de rotinas administrativas com procedimentos ágeis, adequando a legislação da Universidade a esse fim; ● implantação definitiva da Bolsa Eletrônica de Compras (BEC) na Universidade; ● ampliar a política de grandes compras por licitação através do Registro de Preços, atendendo a toda a universidade;

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● ampliar projetos e ações de racionalização de energia com as demais concessionárias, nos moldes do realizado com a CPFL em vários câmpus; ● implementar medidas administrativas com o objetivo de preservação e potencialização dos recursos naturais, através da racionalização do uso da água e energia; ● manutenção e aprimoramento do programa de gestão de resíduos perigosos, empregando técnicas adequadas de armazenamento e descarte; ● garantir a manutenção e o bom funcionamento dos cartões para combustível e para a manutenção de veículos da frota; ● implementar o programa de digitalização dos documentos do sistema de arquivos, ampliando a informatização e facilitando a busca e os procedimentos administrativos; ● aperfeiçoar a infraestrutura institucional com a melhoria da gestão do espaço físico, e o incentivo para a elaboração de Planos Diretores para os câmpus universitários; ● implantar banco de dados com informações gerenciais de Recursos Humanos, Contabilidade e Contratos; ● preparar as Seções Técnicas de Contabilidade para implantação do novo Sistema de Contabilidade, seguindo as Novas Normas Contábeis Aplicadas ao Setor Público; ● continuar com investimentos em segurança, através de ações preventivas e integradas entre a Universidade e o poder público; ● atualizar e modernizar a política para os Restaurantes Universitários; ● manter o Programa de Modernização da Frota de Veículos; ● implantar um Sistema Integrado de Gestão da Saúde, Segurança e Meio Ambiente, constituindo uma estrutura gerencial que permita à Unesp identificar, avaliar e controlar procedimentos e as condições perigosas existentes nos locais de trabalho. Propõe-se, ainda, criar um Centro Interdisciplinar de Saúde e Segurança do Trabalhador e Processos Sustentáveis, com o objetivo de sedimentar a excelência na atenção integral do servidor da Unesp, concentrando propostas de promoção da saúde e atenção integral ao servidor em processo de readaptação; ● manutenção dos serviços de perícia médica prestados, buscando-se o aprimoramento constante por meio de atualização dos processos e capacitação dos peritos; ● estimular a criação, geração e veiculação de programas de qualidade de vida nas diferentes unidades da Unesp; ● propor programas institucionais para a disseminação do esporte e do lazer nas unidades universitárias.

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7.2 RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana ao longo do tempo. A sustentabilidade agregará valor à marca Unesp fazendo com que as agências de fomento vejam a Unesp com maior credibilidade. De posse desse conceito, pretende-se implantar na Unesp o conceito de sustentabilidade institucional (corporativa) nos três pilares do processo: social, ecológico/ambiental e econômico. Dentro de cada projeto da universidade esses pilares devem estar juntos. A sustentabilidade ambiental e/ou sócio/ambiental e o desenvolvimento sustentável são temas que ganham destaque cada vez maior nas corporações, na sociedade e na mídia. A universidade deve construir junto à sociedade que a sustenta uma imagem exemplar de instituição ambientalmente responsável. Para isto, deve ter atitude de quem protege o ambiente e trabalha para a sustentabilidade, dentro e fora de seus muros. Tal atitude também deve ser exigida de seus parceiros diretos e indiretos e de seus fornecedores. A universidade deve se colocar como exemplo, pois ainda não há, por parte dos consumidores brasileiros, uma compreensão plena das implicações ambientais de seus atos de consumo. Apenas 6% da população brasileira podem ser classificados como “consumidores ambientalmente conscientes”. O programa de sustentabilidade terá como objetivo sistematizar este conceito na gestão universitária, capacitando os discentes, docentes, gestores e servidores técnico-administrativos para que, na condução de seus trabalhos, a sustentabilidade faça parte das práticas diárias. É a internalização da sustentabilidade na gestão universitária da Unesp: Graduação e Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, colocando o conceito de sustentabilidade em todas as tomadas de decisão. Trata-se de uma ação transversalizada pela gestão em sustentabilidade e deve ser norteadora dos processos. Todos pensando juntos no viés da sustentabilidade, desde a construção de prédios, na reciclagem de material, na diminuição/reciclagem do lixo, no uso sustentável da energia, na diminuição de eliminação de gases de efeito estufa, entre outras. Propostas: ● criação de um Comitê de Sustentabilidade Ambiental, que deve normatizar, dentro da Unesp, todas as ações e programas relacionados à conservação e sustentabilidade do meio ambiente, orientações, programas de treinamento dos servidores e divulgação a respeito; ● priorizar os programas institucionais de práticas de sustentabilidade e cidadania; ● propor a criação de grupos de estudo para análise e melhorias das práticas ambientais e dos programas de educação ambiental, além da incorporação da filosofia do controle da legislação ambiental a incidir na universidade, reduzindo o número de não conformidades, quando relacionadas com os parâmetros legais do ponto de vista ambiental, facilitando eventuais defesas em futuras demandas administrativas ou judiciais; ● propor a criação de disciplinas na graduação e de programas de Pós-graduação sobre Sustentabilidade, considerando os três pilares: social, econômico e ecológico/ambiental;

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● consolidar a recém criada “Unesp Aberta”, que tem como objetivo a disseminação para a sociedade de conceitos e experiências relacionados à sustentabilidade institucional, a partir de uma visão sistêmica, destacando a educação e a evolução do ser humano como forma de tornar o planeta Terra mais sustentável; repartir as experiências para obter a multiplicação do conhecimento; ● implantar na Unesp o Programa dos “3 R”: reduzir, reciclar e re-utilizar, para resíduos sólidos e líquidos. Pregar estratégia clara da implantação da contabilidade de gestão ambiental, prevendo redução de gastos dos recursos renováveis e da emissão de poluentes, além do controle do lixo e reciclagem, dentro de cada uma das unidades. ● fazer a Unesp como exemplo de instituição que reduz a utilização de recursos naturais, além de aumentar a sua potencialização de uso com a reutilização, reciclagem e redução de resíduos. Aumentar a eficiência de seus processos preventivos e ainda economizar; ● implantar o curso de Mestrado Profissional em Ciências da Funcionalidade Humana e da Sustentabilidade Ambiental, em parceria com Unidades da Unesp, de maneira a contribuir com a formação de profissionais para atuar em áreas estratégicas multidisciplinares de Saúde e Segurança do Trabalhador e Sustentabilidade Ambiental; ● trabalhar com propaganda e marketing para a mudança de foco, comportamentos e atitudes; ● transformar-se em veículo de informação para a sociedade, através de cursos e palestras, sobre aspectos ambientais atuais e futuros; ● mostrar-se claramente como universidade “amiga” do ambiente e da sustentabilidade na mídia; ● imprimir confiabilidade à criação, ao desenvolvimento e à utilização de mecanismos que assegurem a veracidade dos conteúdos veiculados, de forma a aumentar a credibilidade dos “consumidores” frente aos aspectos ecológicos de uma instituição “neutra”; ● pregar estratégia clara da implantação da contabilidade de gestão ambiental, prevendo redução de gastos dos recursos renováveis e da emissão de poluentes; ● garantir recursos no PDI, destinados às ações de sustentabilidade ambiental, econômica e ecológico-ambiental; ● melhorar os processos sustentáveis, buscando mecanismos alternativos para tratamento de resíduos e utilização de subprodutos do resíduo. 7.3 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO A Tecnologia da Informação (TI) é vista como uma ferramenta que estabelece rotinas e procedimentos para facilitar o trabalho das pessoas, mas pode ser vista também como uma forma eficiente de gestão da informação e de apoio às decisões. Assim, a TI pode ajudar os gestores a se anteciparem às demandas de forma pró-ativa e se orientarem nos investimentos necessários e prioritários.

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A TI facilita e intensifica a comunicação pessoal e institucional (tão importante em uma universidade descentralizada e multicâmpus como a Unesp), a formação de bancos de dados integrados, a transmissão de informação via redes de computadores, a difusão de novas tecnologias e a disseminação do conhecimento. Como um recurso estratégico, o valor da TI pode ser medido em "quanto custa não tê-la?". A Unesp busca se aprimorar, visando à excelência nas atividades de ensino, pesquisa e extensão. A TI é uma área estratégica para esse objetivo e atual administração da Unesp tem dado todo o apoio, com investimentos de grande vulto. A Unesp sabe que, para a busca da excelência, necessita dispor de informação. Com informações gerenciais, a instituição pode elaborar planos de gestão para melhorar a qualidade de suas atividades. Para isso, é preciso um esforço constante de desenvolvimento e manutenção de um conjunto considerável de sistemas e, ao mesmo tempo, zelar pela sua integridade e fazer com que cada sistema possa integrar-se com os demais. A base de dados corporativa (BDC) que vem sendo construída é parte da infraestrutura necessária para que os sistemas institucionais provenham e sejam providos por uma única fonte de dados, segura, confiável e de qualidade. Ainda em relação à infraestrutura, é preciso uma preocupação constante para aprimorar a rede de comunicação de dados da Unesp. O Comitê Superior de Tecnologia de Informação (CSTI) é responsável pela definição de políticas e diretrizes para as atividades de TI da Universidade. A Assessoria de Informática (AI) é responsável pela coordenação executiva de Informática e pela rede de comunicação de dados da Universidade (unespNET), em conformidade com as políticas e diretrizes estabelecidas pelo CSTI. O Núcleo de Desenvolvimento de Sistemas Institucionais (NDSI) é responsável pelo desenvolvimento e manutenção dos sistemas corporativos da Universidade. O Serviço Técnico de Informática (STI) é responsável pela administração da rede local de computadores da Unidade, pelo desenvolvimento e manutenção de sistemas computacionais de interesse da Unidade e pelo suporte a sistemas e equipamentos de informática alocados na mesma. O NDSI, para a realização de suas atividades, precisa da alocação de profissionais de informática oriundos da AI ou dos STIs. As grandes preocupações da área de TI são: a capacitação de recursos humanos, o desenvolvimento e manutenção de sistemas institucionais e a manutenção e aprimoramento da rede de comunicação de dados da Universidade. É fundamental o programa permanente de treinamento e capacitação de servidores da área de desenvolvimento de sistemas (Capacitação em Java), suporte (Windows, FreeBSD, MacOS, Zimbra) e da área de redes de comunicação de dados (Asterisk, Gerenciamento de equipamentos de rede, Telefonia IP, Protocolo de Internet IPv6), além do programa permanente de capacitação em software livre. Nos últimos quatro anos, a Unesp tem empenhado um grande esforço no desenvolvimento de sistemas institucionais. Para cada sistema institucional existe um Comitê Gestor de Sistema (CGS), que analisa as demandas e sugere alterações, além de coordenar o desenvolvimento e implantação do mesmo. Há também a Equipe de Desenvolvimento e Manutenção (EDM), responsável pelo desenvolvimento e manutenção dos sistemas e a Equipe de Suporte ao Usuário (ESU), constituída por servidores das áreas requisitantes do sistema e responsável pelo suporte aos usuários e apoio na implantação do sistema.

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Os principais Sistemas Institucionais que estão implantados ou em implantação e que deverão exigir esforços no desenvolvimento, melhorias e manutenção são os seguintes: ● Sistema Orçamentário, Financeiro e Contábil (SISOFC): implantado em todas as Unidades, desde janeiro de 2011; ● Sistema Acadêmico de Graduação (SISGRAD): implantado em todas as unidades, desde maio de 2012; ● Sistema Acadêmico de Pós-Graduação (SISPG): em fase de homologação de dados, com previsão de implantação até setembro de 2012; ● Sistema de Recursos Humanos e Folha de Pagamento (SRH): em desenvolvimento, com previsão de conclusão para outubro de 2012; ● Sistema Administrativo - Módulo Patrimônio: versão padronizada implantada em todas as Unidades; ● Sistema Administrativo - Módulo Compras: em fase de testes; ● Sistema Administrativo - Módulo Diárias e Transporte: em fase de testes; ● Sistema de Ressarcimento de Diárias e Transporte (SRDT): em implantação na Reitoria, com previsão de implantação nas Unidades em 2012; ● Sistema PROEX - Módulo Projetos: implantação feita em maio de 2012; ● Sistema de Gestão Arquivística de Documentos (SIGAD): em desenvolvimento; ● Sistema de Gestão de Conteúdo Dinâmico (SGCD): implantado em 25 Unidades; ● Sistema de Emissão de Diplomas: implantado desde dezembro de 2011; ● Módulo de Internacionalização do SISGRAD: em desenvolvimento; ● Sistema de Apoio às Secretarias de Departamento (SASD): em implantação em todas as Unidades; ● Sistema de Avaliação Institucional (AVISNT): implantado, sendo utilizado em todas as Unidades e por setores da Reitoria; ● Sistema de Gestão de Atas de Registro de Preços (SIGARP): implantado na Reitoria; ● Sistema para Ficha de Acompanhamento de Sindicância (SISFAS): implantado na Reitoria; ● Sistema para Centros de Convivência Infantil (CCI): implantado em todas as Unidades; ● Sistema de Acompanhamento de Processos da Assessoria Jurídica (SAPAJ): em análise na AJ;

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● Sistema de Administração de Subquadros: em utilização pela CRH; ● Sistema de Transportes: em utilização pelo Setor de Transportes da Reitoria; ● Sistema Alumni: em desenvolvimento, com previsão de implantação, como projeto piloto no Campus de Guaratinguetá, em junho de 2012; ● Sistema de Informações Estratégicas (SINEST): em desenvolvimento, conjuntamente com a Assessoria Especial de Planejamento Estratégico (APE), com previsão de término (primeira versão) em novembro de 2012. Além dos sistemas computacionais, serão previstos investimentos nas redes de comunicação de dados, que são estratégicas para a rapidez e qualidade do trabalho, tanto na área acadêmico-científica, quanto na administrativa, pois são facilitadoras e integradoras dentro da dinâmica interativa das atividades meio e fim da universidade. A rede da Unesp também é fundamental para as ações de comunicação e informação na universidade. A melhoria de toda a infraestrutura em Tecnologia da Informação e Comunicação necessita de algumas ações essenciais. Propostas:

● continuar com os investimentos em equipamentos e infraestrutura física de informática e da rede da Unesp; ● concluir a instalação do sistema de videoconferência em todas as unidades, com a adequação de 38 salas padronizadas para a realização de reuniões virtuais, com total integração áudio-visual, proporcionando uma experiência multimídia de alta qualidade. O projeto também possibilita a realização de reuniões não-presenciais com outras instituições do país ou do exterior, uma vez que utiliza padrões abertos de comunicação amplamente conhecidos e recomendados; ● concluir o projeto de Telefonia IP (VoIP), com a implantação em todas as unidades da Unesp. Atualmente, existem cerca de 8.000 telefones IP instalados, de um total estimado de 12.000. Entre as principais vantagens, além da economia gerada, uma vez que estes ramais VoIP se comunicam sem custo independentemente de sua localização geográfica, está o gerenciamento inteligente de rotas, que permite realização de chamadas telefônicas a partir de qualquer ramal para as cidades onde a Unesp tem presença, com custo de ligação local. Também há flexibilidade para criação de funcionalidades de acordo com as necessidades da Unesp e a integração com outros sistemas VoIP ao redor do mundo, uma vez que se utilizam padrões abertos amplamente conhecidos e utilizados; ● deverá ser adquirido equipamento que permite estabelecer prioridades no tráfego de aplicações, visando à otimização no uso dos recursos de acesso à Internet pelos usuários da Unesp. Além de possibilitar o uso mais inteligente do acesso, permitirá a implementação de recursos de segurança e proteção na unespNET; ● investir na segurança de dados em todas as unidades da Unesp, com a utilização de equipamentos de prevenção de intrusão e alguns softwares de código livre. O projeto

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pretende oferecer aos administradores de rede, um maior gerenciamento do ambiente de rede, para que as decisões sejam tomadas de forma mais rápida e as ações de bloqueio de anomalias sejam mais eficazes; ● concluir a instalação da rede sem fio em toda a Unesp. O projeto contempla grandes investimentos em equipamentos que possibilitem à universidade a utilização de rede sem fio de alta qualidade. O projeto possibilitará o acesso à rede por meio de uma única senha, a mesma já utilizada na VPN (Virtual Private Network), aos usuários de todas as Unidades; ● implantar o Protocolo IPv6, projeto fundamental para manter a Universidade preparada para o futuro das redes e conexões com a Internet, pois o IPv6 será o protocolo utilizado na Internet do futuro. Já utilizado na Reitoria desde 2010, o projeto encontra-se em implantação em toda a unespNET. Com este projeto, a Unesp se destacará nos âmbitos nacional e internacional, sendo umas das primeiras instituições a disponibilizar o novo protocolo em sua rede de produção, em larga escala; ● investir na revitalização das redes óticas e metálicas das Unidades, com recursos para a atualização e substituição do cabeamento ótico; ● investir na revitalização das redes locais para a substituição de hubs e switches não gerenciáveis por switches (de núcleo e de borda) gerenciáveis, visando à atualização tecnológica, maior segurança nas aplicações em uso na unespNET, maior confiabilidade e disponibilidade de acesso das redes locais das unidades. O projeto pretende garantir as novas demandas de uso da rede para aplicações de áudio, vídeo, multimídia e grande volume de dados, com a qualidade necessária; ● melhorar os ambientes que abrigam servidores de rede (datacenters) com os recursos necessários para assegurar segurança física e lógica, além de aumentar o grau de confiabilidade e disponibilidade dos sistemas ali implantados; ● implantar o projeto de “Computação em nuvem” com a criação de uma infraestrutura de “Nuvem Privada” na Unesp, a qual permitirá a utilização de grandes repositórios de recursos computacionais virtualizados, reconfigurados dinamicamente, facilmente acessíveis, e compartilhados por todos os STIs das unidades, além da Reitoria; ● implantar o projeto de “Autenticação centralizada”, com a utilização de login e senha únicos para todos os serviços de informática disponíveis aos usuários como, por exemplo, acesso à rede sem fio, à VPN, a computadores de laboratórios, a sistemas de impressão, a sistemas institucionais, entre outros; ● implantar o projeto “E-mail Centralizado” que prevê a centralização do sistema de e-mail de todas as unidades da Unesp, utilizando a infraestrutura de computação em nuvem, de modo a permitir a aplicação de políticas, permissões, cotas e controles homogêneos sobre as contas de correio eletrônico de todos os usuários da Unesp, além do controle mais efetivo sobre o recebimento de lixo eletrônico. O projeto possibilitará a atualização tecnológica da plataforma de e-mail, visando maior desempenho, segurança, mobilidade e agregação de novos serviços, como agenda, contatos, calendário, tarefas e porta-arquivos na mesma plataforma;

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● melhorar a conexão da unespNet à Internet, com a instalação de novos caminhos de acesso à rede ANSP (Academic Network at São Paulo), nosso provedor de Internet. Atualmente, o acesso da Unesp à rede ANSP é provido por meio da rede Metrosampa (projeto do MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, de criação de redes de alta velocidade para instituições acadêmicas do Brasil); ● implantar o projeto “Campus Inteligente”, que prevê a prospecção de tecnologias adequadas para prover a cobertura sem-fio avançada para dispositivos móveis (smartphones, tablets etc ...). Pretende-se a conectividade intra e inter Unidades com qualidade e segurança, provimento dinâmico de acesso à rede sem-fio para o caso de concentração de usuários em atividades temporárias, a disponibilização de serviços de rede em dispositivos móveis e acesso a outros serviços de internet (como Google maps, Facebook, Twitter); ● promover a integração da área de TI com outras áreas da Reitoria, visando à implantação de projetos sobre acervos digitais e bibliotecas digitais (em cooperação com a CGB), ecossistemas de aprendizagem e videoaulas (em cooperação com o NEAD) e projetos de certificação digital e gestão de documentos eletrônicos (em cooperação com a PRAd); ● manter o programa permanente de treinamento e capacitação de servidores e o programa permanente de capacitação em software livre; ● desenvolver novos sistemas institucionais, atendendo a forte demanda por atualização de sistemas antigos e criação, em áreas carentes, dessa tecnologia. Estão previstos os seguintes novos sistemas: - Sistema Administrativo - Módulo Patrimônio: versão a ser desenvolvida segundo os padrões estabelecidos pelo CSTI; - Sistema de Manutenção de Equipamentos de Informática (SISMA): nova versão, com integração ao novo Sistema Administrativo - Módulo Patrimônio; - Sistema Administrativo - Módulo Compras da Reitoria: em fase de projeto, pretende estender o Sistema Administrativo - Módulo Compras com funcionalidades específicas, tais como o acompanhamento de licitações e de processos de importação; - Sistema PROEX - Módulo Bolsas: a ser integrado ao Sistema PROEX - Módulo Projetos; - Módulo de Internacionalização do SISPG: a ser desenvolvido em conjunto com a Assessoria de Relações Externas (AREX); - Sistema de Eventos: em fase de projeto; - Sistema de Gestão de Restaurantes Universitários: em fase de projeto; - Sistema de Avaliação Profissional (ADP): em projeto de modernização funcional e tecnológica; - Sistema de Convênios; - Sistema de Gestão de Obras; - Sistema de Gestão de Frotas. ● criação da Assessoria de Comunicação Integrada (ACIN), com o objetivo de estabelecer uma política de comunicação global para a universidade, gerando ações conjuntas entre a Assessoria de Comunicação e Imprensa, Centro de Rádio e Televisão e Assessorias de Comunicação e Imprensa do interior e das fundações;

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7.4. RELAÇÃO EMPRESAS-UNIVERSIDADE A interação entre os setores acadêmico e empresarial tem sido fortemente relacionada como um fator de crescimento da economia, uma fonte de novos produtos e empresas e também de fluxo de conhecimento para firmas existentes. A relação tornou-se base do conjunto de organizações que influenciam a inovação e o aprendizado dentro do sistema social. A interação entre estas instituições públicas e privadas promoveu o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Empresas visualizam nas universidades uma fonte potencial de conhecimento e informação para o desenvolvimento de novos produtos. As universidades vêem nas empresas uma fonte alternativa de recursos tecnológicos e financeiros. O governo executa suas ações de mediador entre as duas instituições, com a criação de leis e incentivos. Propostas:

● aumentar fundos para a pesquisa acadêmica e equipamentos de laboratório, através de parcerias em projetos de interesse comum com empresas privadas; ● testar a aplicação prática da pesquisa, criando inovação, e obter novas visões na área da pesquisa; ● ganhar conhecimento sobre problemas práticos úteis para o ensino; ● criar oportunidades de estágio e emprego para os estudantes; ● olhar para oportunidades de negócios aos nossos graduandos, conduzir e reorientar a pesquisa para novas tecnologias e patentes; ● desenvolver seminários e workshops divulgando novas técnicas, com o desenvolvimento de novos produtos e processos, melhoria da finalidade dos produtos e a resolução conjunta de problemas técnicos que emperrem o sistema de produção vigente. 7.5. ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES FÍSICOS “A deficiência não precisa ser um obstáculo para o sucesso”, afirma o conhecido astrofísico Stephen Hawking, portador de deficiência motora. Num mundo de inclusão, todos devem ter oportunidades para viver com dignidade e conforto, em ambientes facilitadores que garantam sua inclusão econômica e social, por exemplo, por meio do acesso a serviços disponíveis à população, como educação, emprego, transporte e informação.

Propostas:

• discutir a elaboração de propostas, em conformidade com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências (CRPD) e com a Classificação

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Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde (CIF), para implantar ambientes facilitadores nas Unidades da Unesp, que beneficiem pessoas portadoras de dificuldades funcionais, possibilitando-as acessar a todos os sistemas e serviços da Unesp; • criar e implantar programas de esclarecimento para corrigir concepções erradas, crenças e preconceitos que constituam barreiras à integração social dos deficientes físicos; • estimular a participação de estudantes e funcionários com deficiências em atividades de treinamento, esclarecimento e de aconselhamento aos demais integrantes da comunidade acadêmica. 8. INTERNACIONALIZAÇÃO DA UNESP O sucesso da internacionalização da Unesp é feito da junção de vários fatores: o bom conceito da universidade, o planejamento de ações, o investimento priorizado e a atuação de pessoas comprometidas e competentes na área. A internacionalização no seio da universidade deve ser vista como ação transversal e integrada a todos os setores da Universidade, transpassando sua organização funcional, a capacitação de seu corpo técnico e acadêmico e sua política de desenvolvimento. Neste contexto, a internacionalização constitui um dos pilares para a busca da excelência no ensino, pesquisa e extensão. O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Unesp busca, entre seus objetivos, que a instituição esteja entre as 200 melhores do mundo até 2020. Uma instituição que almeja posição de liderança deve ter como imperativo a expansão qualitativa de suas relações internacionais. No cenário global atual, as instituições que buscam se destacar, como a Unesp, já definiram que a internacionalização não é uma opção e sim um objetivo primordial. Deste modo, este Plano de Gestão apresenta programas e ações futuras que possibilitarão à Unesp desenvolver e consolidar programas que levem ao fortalecimento de seu processo de internacionalização, através de ações transversais que considerem o PDI e que integram os diversos setores da instituição. O processo de internacionalização deve ser consolidado, alinhando-se os diversos projetos desenvolvidos pelas diferentes Pró-reitorias, Assessorias e outros setores da instituição nas diferentes dimensões do PDI. O período 2009-2012 se caracterizou por ampliar a base de parceiros internacionais, o que foi feito pelo recebimento de um grande número de delegações e envio de missões internacionais, envolvendo o Reitor, as Pró-reitoras, os Assessores e os docentes. As missões consideraram os rankings internacionais para priorizar a seleção de instituições parceiras, não esquecendo, entretanto, do papel social da Unesp. Para difundir a cultura da internacionalização na instituição, passou-se a realizar os Fóruns Anuais de Internacionalização, atualmente em sua quarta edição consecutiva. Com eles se consegue assegurar que a comunidade da Unesp se mantenha capacitada e informada sobre novas diretrizes e prioridades do processo de internacionalização.

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Atualizou-se a legislação interna para facilitar novas parcerias e trabalhou-se com afinco na revisão do manual de convênios, que registra e instrui sobre os procedimentos a serem adotados. Pela primeira vez, a Unesp participou de um projeto Europeu Erasmus. Este projeto prevê recurso europeu para a mobilidade de estudantes de graduação e pós, de docentes e pesquisadores e promove a visibilidade da Unesp frente a importantes instituições da Europa. Atualmente, estão em implantação os Escritórios de Pesquisa e Relações Internacionais, que fortalecerão o processo de internacionalização com ações desenvolvidas nas próprias unidades da Unesp. Com a criação do Programa Ciência sem Fronteiras do Governo Federal, a partir de 2012, a Unesp, por meio das parcerias estabelecidas com instituições estrangeiras, tem buscado oportunidades de mobilidade para seus estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e docentes dentro dos diversos editais que vêm sendo lançados pela coordenação do programa. Um programa importante para a visibilidade do processo de internacionalização foi a criação do material de divulgação institucional em inglês, desenvolvido em conjunto com a Assessoria de Comunicação e Imprensa, contando com a participação de todos os setores da Universidade. A página da Unesp na Internet, feita em dez idiomas, também aumentou a visibilidade da universidade no exterior. Com vistas à estabelecer novos convênios e manter ativos os existentes, implementou-se também um programa de apoio para que docentes, em suas viagens ao exterior, pudessem visitar as instituições parceiras da Unesp, fortalecendo essas parcerias. 8.1. GRADUAÇÃO Especificamente em relação à dimensão graduação, nos últimos anos o programa de internacionalização da Unesp auxiliou a consolidar a excelência do ensino de graduação, por meio do desenvolvimento de projetos que viabilizaram programas de intercâmbio e duplo diploma. Atualmente, de cada três alunos que se candidatam aos editais de mobilidade oferecidos pela Universidade, um tem ido para o exterior. Todo o processo de mobilidade acadêmica dos alunos de graduação, o que inclui duplos diplomas, é facilitado pela nova legislação interna que regula o processo de mobilidade na Unesp. Esta nova legislação colocou a Unesp na vanguarda da mobilidade acadêmica, em relação às demais instituições nacionais, quando se considera reconhecimento de créditos. Com ela, as atividades desenvolvidas no exterior podem ser incorporadas mais facilmente ao histórico dos estudantes. Um módulo do novo Sistema de Graduação (SISGRAD) foi desenvolvido e já está operando para agilizar a inscrição e seleção dos estudantes que desejam participar de programas de intercâmbio, o que inclui estudantes do exterior que desejam vir para a Unesp. A Unesp é a universidade com maior número de projetos aprovados no Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI) da CAPES. Outras ações oferecem oportunidades de

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intercâmbio nacional e internacional a alunos das licenciaturas oferecidas na Unesp, ampliando oportunidades para esses estudantes. Propostas: ● submeter novos projetos de intercâmbio e mobilidade de discentes e docentes para serem financiados pela CAPES. Atualmente, estes projetos permitem captar cerca de R$2.000.000,00 por ano para programas de mobilidade. Diversos professores também têm tido a possibilidade de desenvolver contatos acadêmicos com instituições do exterior por meio destes projetos; ● manter suas parcerias na América do Sul, com o Programa Escala Discente da Associação de Universidades e Grupo de Montevideo (AUGM), que possibilita o intercâmbio de, aproximadamente, 50 alunos por ano a instituições da Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia, bem como o recebimento do mesmo número de alunos dessas instituições. A Unesp é a instituição no Brasil com o maior número de alunos envolvidos no programa de intercâmbio desenvolvido pela International Association for the Exchange of Students for Technical Experience (IAESTE). Por meio deste programa, a Unesp tem enviado, anualmente, cerca de 60 alunos para 20 países diferentes e recebido cerca de 80 alunos de 25 países diferentes; ● ampliar a interação com organismos externos, como o Banco Santander. Essa interação forneceu recursos para que estudantes pudessem realizar intercâmbio em países como Portugal, Espanha, México, China, Inglaterra e Estados Unidos. Viabilizou-se, também, por meio de parcerias construídas, o envio de alunos ao Canadá, por meio do programa Emerging Leaders in the Americas Program (ELAP). Com a Coréia do Sul, também por meio de parcerias construídas, utilizando-se as Bolsas Dr. Goh Keng Swee (GKS) do governo coreano, implementou-se um programa de mobilidade para os alunos da Unesp. Programa similar foi construído, também, para a Coréia do Sul, com o Instituto Pasteur Korea (IP-K); ● desenvolver diversos programas próprios de apoio à mobilidade de alunos de graduação, como o programa para estudantes de excelência acadêmica, aos oriundos de escola pública, aos dos cursos de letras para a Louisville University (USA) e de outras universidades parceiras que ofereçam bolsas a estudantes da Unesp. Destaca-se, também, o inovador Programa de Mobilidade para Bolsistas BAEE, que assegurará aos alunos de baixa renda das áreas de Exatas, Humanas e Biológicas, bolsas de intercâmbio acadêmico em universidades espanholas; ● proporcionar, por meio de seu Instituto Confúcio, que a Unesp se torne um importante ator no ensino de português a alunos de instituições chinesas. No ano de 2012, iniciou uma colaboração que transformará a Unesp em um dos maiores parceiros da China no Brasil, para a formação de quadros e a atuação em empresas envolvidas no comércio Brasil-China, por meio do ensino da língua portuguesa. 8.2. PÓS-GRADUAÇÃO Com relação à essa dimensão, o programa de internacionalização contribuiu para aumentar a excelência desses programas na Universidade, oferecendo alternativas por meio da busca de oportunidades de parcerias e no estabelecimento de acordos de

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cooperação que as viabilizassem. Propostas:

● ampliar e fortalecer o intercâmbio internacional de docentes e de pós-graduandos da Unesp, por meio de programas como o Escala Docente da AUGM, junto a parceiros da América do Sul ou por intermédio de bolsas para estágios de curta duração em universidades no exterior; ● manter as atuais parcerias, e estabelecer outras, com instituições latino-americanas, garantindo programas de bolsas, como da Associação Universitária Ibero-americana de Pós-graduação (AUIP), da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Associação de Universidades do Grupo de Montevideo (AUGM); ● viabilizar a presença de pesquisadores visitantes de instituições mundiais nos programas de pós-graduação, por meio de parcerias como as Cátedras Francesas; ● oferecer disciplinas em inglês, utilizando o modelo da European Commission’s Education and Culture (ECTS), para que a Unesp seja escolhida pelas instituições parceiras como destino preferencial para seus programas de intercâmbio. 8.3. PESQUISA Em relação à esse dimensão, o programa de internacionalização da Unesp estimulou o aprimoramento dos grupos existentes, por meio da maior aproximação com parceiros de destaque no cenário internacional. Teve papel importante na captação de recursos, oferecendo alternativas que viabilizaram uma maior interação com grupos de pesquisa de universidades internacionais parceiras e que também fomentaram a participação de grupos da Unesp em projetos de pesquisa com financiamento internacional. Para aumentar sua presença nos projetos internacionais, especificamente aqueles financiados pela Comunidade Europeia, a Unesp conta agora com um especialista para auxiliar seus pesquisadores na prospecção de parceiros e na preparação de projetos para os diferentes editais europeus. Esse especialista irá representá-la nas reuniões sobre esses projetos em Bruxelas, onde eles são discutidos. Proposta: ● continuar a promover a realização de seminários de capacitação, para que professores e pesquisadores da Unesp possam submeter projetos de pesquisa a agências financiadoras internacionais; ● possibilitar o contato entre pesquisadores da Unesp e de outros países para que viabilizem projetos conjuntos a serem submetidos às instituições de fomento do Brasil e do exterior. 8.4. EXTENSÃO A dimensão Extensão também foi abrangida pela internacionalização. Diferentes projetos de extensão desenvolvidos na Unesp podem ser visitados por pesquisadores

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internacionais acompanhados de alunos, através de um programa pioneiro especificamente desenvolvido para esse fim. Prevê-se ampliar a integração entre extensão, ensino e pesquisa por meio de vertente internacional. 8.5. AÇÕES FUTURAS Nos três últimos anos, o ponto fundamental para o desenvolvimento e consolidação do processo de internacionalização da Unesp foi que este deixou de ser considerado como um grupo de ações inseridas em dimensões específicas e passou a ser considerado como uma ação integrada, que transpassa toda a estrutura acadêmica da Universidade. Todas as novas ações manterão esse paradigma. A análise crítica das ações realizadas e os desafios atuais indicam novas oportunidades para o fortalecimento do processo de internacionalização. Esta análise passa, obrigatoriamente, pela consolidação das parcerias com as principais instituições de ensino e pesquisa do mundo. Pretende-se identificar parceiros prioritários por país e por área de conhecimento, de forma a refinar uma política de parcerias internacionais que busque a excelência para as diversas áreas de atuação da instituição. Esta política de parcerias permitirá garantir a presença de um número cada vez maior de professores e pesquisadores do exterior, com destaque em áreas específicas do conhecimento, para complementar a formação de graduandos e pós-graduandos e contribuir para o desenvolvimento de projetos de pesquisa na fronteira do conhecimento. Além dos benefícios diretos associados à pesquisa, pode-se ressaltar o aumento da vertente de “internacionalização em casa” e a geração de novas possibilidades para o desenvolvimento de parcerias que levem ao desenvolvimento de programas de duplos diplomas em graduação e pós-graduação. Ao mesmo tempo, não se esquecerá o papel social que a Universidade deve ter como parceira de instituições menores que têm interesse em cooperar com ela. Propostas: ● fornecer informações detalhadas por áreas e setores, sobre os parceiros com os quais a Unesp tem acordos de cooperação assinados, oferecendo informações que estimulem a participação de seus docentes em programas de pós-doutoramento e melhorando o intercâmbio com pesquisadores estrangeiros; ● aprimorar a visibilidade das possibilidades de internacionalização oferecidas à comunidade acadêmica, atualizando o sistema de divulgação de oportunidades, de modo a estratificar as informações encaminhadas, direcionando-as aos que possam ter interesse; ● intensificar o processo de internacionalização, avançando ainda mais na revisão da legislação associada, o que facilitará o desenvolvimento da cooperação internacional e aumentará as possibilidades de contratação, pela Unesp, de docentes e pesquisadores estrangeiros; ● estudar a questão da certificação intermediária (após três anos de aprendizagem) nos cursos da Unesp, de modo a facilitar a implementação de programas de mobilidade com instituições que se adaptaram ao Protocolo de Bologna, o qual vem se tornando

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referência para diversas instituições ao redor do mundo; ● capacitar os alunos da instituição para viabilizar sua participação nas diferentes oportunidades oferecidas pelo Programa Ciência sem Fronteiras do governo federal. Para tanto, se pretende desenvolver um projeto que viabilize o ensino de línguas e o entendimento intercultural, que é um dos primeiros passos para proporcionar ao corpo discente a possibilidade da experiência internacional. O desenho preliminar procurará consolidar parcerias entre as unidades que oferecem cursos de línguas na Unesp e instituições representativas, como o Campus France, o DAAD, o EducationUSA ou o British Council; ● implantar um programa de Ensino de Português como Língua Estrangeira, aumentando, de forma coordenada, a oferta de vagas a alunos estrangeiros e melhorando ainda mais a estrutura de recepção aos alunos de intercâmbio na Universidade; ● aperfeiçoar a política de mobilidade dos estudantes de graduação, realizando uma análise crítica dos indicadores de mobilidades, sistematizadas pelo novo módulo de intercâmbio do SISGRAD, de modo a garantir que ao menos um estudante de cada um dos cursos de graduação da Unesp tenha a oportunidade de realizar um intercâmbio no exterior. Como na atualidade as oportunidades de intercâmbio no exterior estão disponíveis em grande número, de forma completar, desenvolver-se-á um programa expressivo de divulgação e fomento de candidaturas a esses programas. ● intensificar o apoio a alunos de doutorado que desejam pleitear bolsas sanduíches para realizar estágio em Universidades melhores ranqueadas que a Unesp. Será desenvolvido um módulo integrado ao SISPG, para apoiar a gestão de mobilidade dos estudantes de pós-graduação; ● estimular ainda mais a matrícula de estudantes estrangeiros nos cursos de pós-graduação da Unesp, utilizando-se dos canais de intercâmbio disponíveis, ou seja, em regime de co-tutela ou em programa sanduíche. Essa é a estratégia, em longo prazo, para a abertura de programas de pós-graduação no exterior nucleados pela Unesp; ● aumentar a captação de recursos da Universidade, de forma a garantir um apoio financeiro externo a seu processo de internacionalização, por meio do incentivo à participação de seus docentes/pesquisadores em projetos financiados por agências nacionais e internacionais. Com esse objetivo, dar-se-á continuidade à realização de seminários para informar a comunidade sobre as possibilidades existentes, capacitando os interessados para a submissão de projetos. ● fomentar a internacionalização da Unesp por meio de discussões temáticas nas grandes áreas do conhecimento, propiciando um ambiente científico adequado e que adicione riqueza ao ambiente intelectual, pelo intercâmbio com docentes/pesquisadores nacionais e internacionais; ● contribuir para a internacionalização da Universidade pela indução à vinda de docentes/pesquisadores estrangeiros qualificados junto a grupos de pesquisa institucionalizados e pelo incentivo à absorção de jovens talentos do exterior em grupos de pesquisa com reconhecida competência científica;

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● estimular a criação de redes incubadoras em ciência e tecnologia e fortalecer as já existentes na Universidade, apoiando-se na experiência de instituições internacionais parceiras da Unesp; ● interagir com instituições estrangeiras que tenham um processo de interação empresa-universidade desenvolvido, buscando nelas boas práticas que possam ser aplicadas ao desenvolvimento de programas similares na Unesp. 9. UNESPCORP - UNIVERSIDADE CORPORATIVA Formar recursos humanos para uma Universidade de Excelência é desafio para qualquer um que deseje ocupar papel de liderança nas Universidades públicas, gratuitas e de qualidade do Estado de São Paulo. Embora investimentos importantes venham sendo feitos – e continuarão sendo feitos – em formação continuada, através de cursos que abordem o cotidiano do serviço técnico-administrativo, uma Universidade como a nossa deve estrategicamente vislumbrar a Educação formal de seus quadros funcionais. Esse é um anseio que tem eco em todos os segmentos da comunidade, como ficou patente no último encontro de avaliação do PDI e como pode ser verificado pelo interesse que os servidores técnico-administrativos demonstraram pelas bolsas oferecidas pela Reitoria para aqueles que queriam ter um diploma de graduação. A Universidade de Excelência, porém, não pode entregar a formação de seus quadros para o mercado: só ela tem condições de oferecer a qualidade de ensino que a comunidade interna deseja. Por ser assim, a Reitoria da Unesp, neste último ano, já vem discutindo formas de implantar um embrião estratégico do que na nossa visão estará reunido em uma Universidade Corporativa – a UNESPCORP – voltada para a educação formal dos servidores técnico-administrativos. A UNESPCORP permitirá que o candidato a um posto de trabalho na Unesp vislumbre a possibilidade de ascender na carreira através de um projeto de ensino com a marca de nossa instituição. Aqueles que ainda não possuem a graduação, poderão fazê-la; aqueles que já forem graduados, terão oportunidade de ingressarem em programas de pós-graduação lato ou strito sensu, e aqueles que necessitarem de cursos de aprimoramento para melhor desempenhar suas funções, também terão um conjunto de cursos à disposição. As vantagens para a instituição são imensas. Primeiro, uma Universidade que estabeleceu em seu PDI os valores que a regem, terá no ensino corporativo um instrumento para, permanentemente, difundi-los e rediscuti-los com seus colaboradores administrativos. Segundo, a sala de aula desta Universidade corporativa será o local de discussão sobre os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) para todas as áreas, diminuindo concretamente as distâncias entre as várias Unidades e também a distância destas com a Reitoria, muitas vezes olhada como administração superior da Unesp, mas nem sempre bem preparada para exercer essa função. Terceiro, os materiais produzidos pela Universidade corporativa e os cursos de aprimoramento contínuo numa época em que o trabalhador é cada vez menos estável no

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posto de trabalho, ou seja, em um momento no qual o “turn over” é muito alto, serão a garantia de diminuição do tempo de treinamento especializado e uma das formas de fixação pela confiança na formação para os que ingressam na carreira técnico-administrativa unespiana. Quarto, os professores que estarão ministrando os cursos construirão um laboratório de experiências que colocará a Unesp entre as melhores do mundo na ciência de administrar o bem público, não só diante daqueles valores que já estamos firmando, enquanto compromisso ético com o serviço público, mas diante da formulação de estratégias e práticas que diminuam a distância entre o compromisso ético e o serviço que prestamos no último guichê de atendimento da nossa Unidade mais distante. Quinto, se pensarmos - como nos parece acertado – que a UNESPCORP se efetive na forma de Educação a Distância, teremos um conjunto de cursos na ponta dos dedos de nossos funcionários, permitindo a consolidação dessa metodologia na Unesp e facilitando a vida dos nossos funcionários que querem progredir na vida e na carreira. Várias organizações hoje têm constituído centros de excelência para formar seus funcionários. Assim estão fazendo a Petrobrás, a Eletrobrás, o Sebrae e a Caixa Econômica Federal. A UNESPCORP será o espaço estratégico para a formação de recursos humanos na Universidade de Excelência que queremos. 10. FUNDAÇÕES DE APOIO As atividades em curso que vem sendo realizadas por nossas fundações de apoio colaboram de modo destacado para a plena realização das atividades fins da Universidade e vão continuar a ser apoiadas e prestigiadas em nossa gestão. A Fundação para o Vestibular da Unesp (VUNESP), que apresenta comprovada experiência no planejamento, execução e supervisão de concursos, de vestibulares e de avaliações, busca desenvolver outras ações compatíveis com suas finalidades. Atualmente, está em processo de construção de duas propostas inovadoras: participar de avaliações educacionais e de larga escala e elaborar e desenvolver projetos de certificação de pessoas, visando credenciar profissionais no exercício de funções específicas. Propostas:

• manter o apoio à prática consolidada da VUNESP na elaboração e aplicação de concursos e avaliações; • apoiar as atuais ações em andamento na VUNESP de qualificação de profissionais voltados para a realização de trabalhos especiais; • apoiar a iniciativa de prestar serviços de avaliação aos sistemas educacionais e congêneres por meio da Teoria Clássica dos Testes (TCT), utilizada nos processos elaborados pela VUNESP, integrada com a Teoria da Resposta ao Item (TRI), que é utilizada em testes de larga escala pelos organismos governamentais.

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A Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (FUNDUNESP), ao longo de sua existência tem colaborado intensivamente e de variadas formas na difusão dos conhecimentos e dos avanços tecnológicos produzidos na Universidade. Tem atuado de maneira eficiente na interação entre a Unesp e diversas empresas públicas e privadas, de variadas formas, como a intermediação de convênios e projetos, apoio a seminários e congressos nacionais e internacionais e o fomento à pesquisa. Propostas:

• continuar apoiando todos os programas e atividades em curso na FUNDUNESP, em especial os programas na modalidade a distância em parceria com a Secretaria de Estado da Educação: REDEFOR, de formação docente e UNIVESP, formação em nível superior por meio da Licenciatura em Pedagogia; • manter o Programa de Fomento a Projetos de Extensão Universitária e o Programa de Fomento à Pesquisa, iniciativas que estimulam atividades de pesquisa e de extensão universitária, possibilitando que a atuação de docentes da Unesp chegue até as comunidades onde ela se faz presente. A Fundação Editora da Unesp (FEU), por meio da qual parte de nossa produção acadêmica e científica chega até a população, no formato de livros tradicionais distribuídos em suas livrarias ou no formato de livros digitais disponibilizados para cópias gratuitas, tem investido em ser mais do que uma editora, além de participar ativamente de grupos como a Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU) e Associação de Editoras Universitárias da América Latina e do Caribe (EULAC). Propostas:

• manter as atividades relacionadas com a publicação e a divulgação de obras clássicas e contemporâneas, escritas por pensadores e por estudiosos consagrados no Brasil e no exterior; • manter o apoio à FEU para a produção e divulgação das edições universitárias e para a continuidade da distribuição de livros por intermédio de livrarias físicas e virtuais; • dar continuidade na iniciativa pioneira de disponibilizar gratuitamente a coleção do programa PROPG-DIGITAL em conjunto com o SciELO Livros, de textos com trabalhos de pesquisa de docentes e pós-graduandos da Unesp, produzidos em nossos programas de Pós-graduação; • consolidar a proposta da Universidade do Livro (Unil) como braço formador, voltado para treinamento e aperfeiçoamento de profissionais do setor editorial.