CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados...

35
Catálogo Oficial 2011 Catálogo Oficial 2011 Ano 3 / Edição 12 / Jan - Fev 2011 / www.editorastilo.com.br Pet Food Brasil Pet Food Brasil Revista

Transcript of CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados...

Page 1: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

Catálogo Oficial 2011Catálogo Oficial 2011

Ano 3 / Edição 12 / Jan - Fev 2011 / www.editorastilo.com.br

Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04

Page 2: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

2 3

Catálogo Oficial 2011Catálogo Oficial 2011

Ano 3 / Edição 12 / Jan - Fev 2011 / www.editorastilo.com.br

Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04

Editorial

Edição 12Janeiro/Fevereiro 2011

Prezado Leitor, É com as melhores expectativas que aguardamos a realização da 1ª edição da

Expo Pet Food. Uma iniciativa pioneira da Editora Stilo, com o SINCOBESP –

Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subproduto de Origem

Animal – e do CBNA - Colégio Brasileiro de Nutrição Animal – onde reuniremos

os principais players do mercado de alimentação animal. O evento será realizado

em São Paulo, entre os dias 30 e 31 de março, simultaneamente ao 10º Congresso

Internacional sobre Nutrição de Animais de Estimação, do CBNA, e a 6ª Fenagra -

Feira Nacional de Graxarias que concentrará fornecedores de matérias primas para

a indústria de ração animal, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, combustíveis

alternativos etc. A sinergia e as similaridades dos mercados de pet food e graxaria

foram os responsáveis por agregar estes eventos em uma única ocasião.

O professor Dr. Aulus Carciofi, da FCAV / UNESP de Jaboticabal e membro

da comissão técnica do CBNA é o nosso entrevistado deste mês e adianta sobre o

que o mercado irá encontrar no 10º Congresso, que também está sendo aguardado

com muita expectativa e terá um dia inteiro dedicado a palestras internacionais. As

novidades sobre o evento, os temas abordados, quem serão os palestrantes e muito

mais, vocês leitores, acompanham nas próximas páginas.

E tudo não poderia acontecer em uma ocasião melhor. O segmento pet food

está em franca expansão. Segundo as entidades do setor, a produção estimada de

alimentos para cães e gatos cresceu aproximadamente 8% no último ano, atingindo

pouco mais de 2 milhões de toneladas. Contribuiu para isso, o vigor da economia

doméstica brasileira e o aumento de renda das famílias. Alguns dos principais

representantes do setor de insumos e matérias primas para alimentação animal

nos contam as expectativas para 2011, as estratégias adotadas e os investimentos a

serem realizados.Confira!

Aproveitamos o espaço para convidarmos todos a visitarem a Expo Pet Food/

Congresso / Fenagra e desde já desejamos ótimos negócios, que seja realmente

uma ocasião de muitos contatos, aprendizado e oportunidades, fazendo de 2011 um

excelente ano para o setor de Pet Food.

Boa Leitura!

Daniel Geraldes

Page 3: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

4 5

30

DiretorDaniel Geraldes

Editor Chefe

Daniel Geraldes – MTB [email protected]

Jornalista Colaboradora

Lia Freire - MTB 30222

PublicidadeLuiz Carlos Nogueira Lubos

[email protected]

Direção de Arte e ProduçãoLeonardo Piva

[email protected]

Conselho EditorialAulus Carciofi

Claudio MathiasDaniel GeraldesEverton Krabbe

Flavia SaadJosé Roberto Sartori

Vildes M. Scussel

Fontes Seção “Notícias” Anfal Pet, Pet Food Industry, Sindirações, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Agência Estadão,

Cepea/Esalq, Engormix, CBNA

Impressão Intergraf Ind.Gráfica Ltda

DistribuiçãoACF Alfonso Bovero

Editora StiloRua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000

Fone: (11) 2384-0047

A Revista Pet Food Brasil é uma publicação bimestral da Editora Stilo que tem como público-alvo empresas

dos seguintes mercados: Indústrias de Pet Food, Fábricas de Ração Animal, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matérias

Primas, Frigoríficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos, Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais,

Corantes, Veterinários e Zootecnistas, Farmacologia, Pet Shops, Distribuidores, Informática/Automação

Industrial, Prestadores de Serviços, Equipamentos de Segurança, Entidades da cadeia produtiva, Câmaras de

Comércio, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, com tiragem de 10.400 exemplares.Distribuída entre as empresas nos setores de

engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores

destes segmentos.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus

autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial

das matérias sem expressa autorização da Editora.

Sumário

Expo Pet Food

Notícias

Caderno Científico

Entrevista

Capa

Em Foco 1

Em Foco 2

Em Foco 3

Segurança Alimentar

Pet Food Online

Pet Market

Caderno técnico1

Caderno técnico2

Caderno técnico3

16

28

6

20

46

42

40

48

56

54

58

64

52

Page 4: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

6 7

Eukanuba adota estratégia diferenciadano ponto de venda Com o objetivo de aumentar a penetração no canal de venda pet, a

Procter & Gamble adota a estratégia de divulgação similar ao da indústria

farmacêutica para a ração Eukanuba. Desenvolvido com a agência de

marketing promocional Out Promo, o novo modelo usado pela marca engloba

educação aos consumidores, com estudantes de veterinária explicando a

relação custo-benefício do produto em grandes redes e pequenas lojas de

pet shop. “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se

um ponto de contato entre a marca e o consumidor, esclarecendo dúvidas

sobre a nutrição animal de forma eficiente e incentivando a experimentação

da Eukanuba”, reforça Ricardo Franken, diretor da Out Promo.

Além disso, estes consultores de vendas de nutrição animal são

responsáveis por distribuir brindes aos consumidores, como bandanas,

frisbees e canecas. Existem ainda promoções pontuais, como é o caso da

ação em que na compra de qualquer sacaria de 12 ou 15 kg, o consumidor

ganha um balde personalizado; ou os clientes que adquirirem uma

embalagem de 2,5 ou 3 kg ganham uma lata exclusiva Eukanuba.

Desde setembro de 2010, as lojas de pet shop recebem visita de

merchandisers, que levam materiais de ponto de venda, brindes e

organizam a loja de forma a facilitar a compra e transmitir ao consumidor

o posicionamento de Eukanuba.

A Out Promo também posicionou uma equipe de veterinários para visitar consultórios veterinários, divulgando todos os benefícios de Eukanuba, como

uma espécie de indicação técnica.

Ferraz constrói fábrica de ração para Dispec A empresa Dispec, tradicional fabricante de produtos veterinários

localizada em Maringa (PR), contratou a Ferraz Máquinas para construção

de uma fábrica de rações extrusadas que terá sua produção voltada para

alimentos destinados a cães, gatos e peixes, setores que já são contemplados

com os produtos da empresa em uma fábrica de ração existente. Além destes

setores industriais em que atua, a Dispec também dedica-se a produção de

reprodutores e matrizes de bovinos, fornecendo animais de alta genética

para produtores rurais em todas as regiões do país. Neste setor, a empresa é

detentora de inúmeros troféus conquistados nas mais diversas exposições e

concursos em que participa.

A nova fábrica está em fase de montagem e deve ser concluida em

aproximadamente 60 dias. O fornecimento por parte da Ferraz é em regime

de turn-key e engloba os seguintes itens:

- linha completa dos equipamentos e montagem dos mesmos.

- instalação elétrica e automação, inclusive transformador e rebaixamento de tensão.

- instalação de redes de alimentação de vapor e retorno de condensado.

- instalação de rede de ar comprimido e hidráulica.

- treinamento e capacitação de funcionários.

Concretiza-se assim mais uma parceria de Ferraz Máquinas com uma empresa que encontra-se em contínua expansão nos mercados em que atua.

Notícias

Com ações de educação ao consumidor, brindes e indicação téc-nica aos veterinários, a Procter & Gamble prevê aumentar penetração no canal pet.

Page 5: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

8 9Notícias

Pesca em destaque A ministra Ideli Salvatti afirmou, ao assumir o Ministério da Pesca

e Aquicultura, que “o desafio traçado pela presidenta Dilma Rousseff

é para que o setor tenha o impulso e a visibilidade da agricultura

e da agropecuária”. Ideli destacou o potencial marítimo e de água

doce de que o Brasil dispõe para a produção de pescados, lembrando

que “a Amazônia tem tudo para produzir muito mais peixe do que

carne bovina. Por isso, o desenvolvimento da pesca tem o seu lado de

preservação ambiental”.

A ministra lembrou que, há oito anos, o Ministério da Pesca era apenas

um departamento do Ministério da Agricultura, com poucos funcionários,

até ser criada, em 2003, uma secretaria para tratar do setor. Seu antecessor,

Altemir Gregolin, enfatizou a importância da criação do ministério, “um

órgão de interesse público, dando-lhe estrutura capaz de representar 1

milhão de pessoas que historicamente estavam esquecidas e alijadas de

políticas públicas, entre pescadores e aquicultores”.

Dados do ministério indicam que, em oito anos, a produção de pescado no país cresceu 25% e o consumo de peixes pela população subiu, nos últimos

dois anos, de 6 quilos para 9 quilos por ano. Pela sua importância econômica, com a possibilidade de geração de emprego e renda, o setor pesqueiro estaria,

assim, inserido no conjunto de ações que vão ser desenvolvidas pela presidenta Dilma Rousseff para acabar com a miséria, acredita Gregolin.

Fonte: Agência Brasil

População de gato dá salto de 13% no país A falta de tempo e de espaço nas grandes cidades estimula

a população de gatos, que apresentam uma taxa de crescimento

superior à de cães -o animal doméstico preferido dos brasileiros.

O número de gatos aumentou 13,3% no país em 2009, em

relação a 2008, segundo dados da Anfalpet (Associação Nacional

dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação). Já a

população de cães cresceu 6,4% no mesmo período.

Além do estilo de vida urbano, o crescimento da população

de gatos também tem uma explicação econômica: o aumento da

renda, marcado pelo fortalecimento da classe C.

Pesquisa da Comissão de Animais de Companhia do Sindan

(Sindicato da Indústria de Produtos para Saúde Animal) aponta

que 50% dos gatos vivem na classe C.

“Os gatos precisam de menos tempo e dedicação. Como em

uma família de classe C todos trabalham, moram longe e passam

pouco tempo em casa, os gatos se encaixam mais”, afirma Luiz

Luccas, presidente da comissão.

Além disso, diz ele, há uma percepção de que o custo de criar um gato é menor do que o de cachorro:

“Gato não precisa tomar banho toda semana.”

Os cães ainda são maioria no país: 33 milhões ante 17 milhões de gatos. Mas, como a expansão da população de gatos ocorre há pelo menos três anos

e deve continuar, a diferença deve diminuir.

O estilo de vida já fez a população de gatos ultrapassar a de cães na Europa e nos Estados Unidos, observa Fabíola Perini, gerente de marketing da Nestlé Purina.

Segundo o instituto norte-americano Pet Food Institute, os gatos representam 56% dos animais domésticos nos EUA; os cães são 44%.

A veterinária Luciana Deschamps viu na paixão pelos gatos uma oportunidade de negócios. É proprietária do primeiro pet shop do Brasil exclusivo para gatos.

Além de espaço para banhos, que para os gatos são recomendados a cada dois ou três meses, o “cat shop” de Luciana tem uma clínica veterinária,

hotel, área de lazer e loja de acessórios.

Luciana estima atender no Sr.Gato (zona oeste de São Paulo), 150 animais por mês apenas na parte médica.

Page 6: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

1110

Corn Products investe para ampliar produção Um ano e meio depois de sua matriz americana quase ter sido vendida

para a multinacional Bunge, a Corn Products Brasilanuncia investimentos

de R$ 170 milhões nos próximos dois a três anos no país para aumentar

sua capacidade de processamento de milho, ampliar linhas de produção e

desenvolver novos ingredientes.

Com perfil discreto, a empresa controlada pela Corn Products

International está no Brasil há 81 anos e produz ingredientes à base de milho

para as indústrias de alimentos, bebidas, nutrição animal, farmacêutica e de

embalagem e papel.

O destino dos R$ 170 milhões será as unidades da companhia em Cabo

de Santo Agostinho (PE), Mogi Guaçu (SP) e Balsa Nova (PR), segundo o

presidente da Corn Products Brasil, Carlos Alberto Bianco. “O mercado está

crescendo como um todo, mas a maior ênfase será na unidade do Nordeste”,

afirma.

A razão é evidente: a Corn quer ampliar sua produção de ingredientes

no Nordeste para atender à crescente demanda das indústrias de alimentos e bebidas na região, que vive um aumento expressivo no consumo graças à

melhoria na renda.

A prioridade é o Nordeste, mas também são necessários investimentos nas duas outras unidades já consolidadas, diz o executivo, há quatro anos na

presidência da empresa e há 32 anos no grupo. Além dessas três, a Corn tem plantas ainda em Conchal (SP) e Alcântara (RJ).

Com os recursos, explica Bianco, a empresa vai ampliar sua capacidade de moagem de milho, hoje em 1,4 milhão de toneladas por ano, e também as

linhas de produção de ingredientes, como xaropes de glicose, xaropes de alta maltose, amidos de milho, corantes, maltodextrinas, óleos e outros.

Nas três unidades, haverá obras de construção civil para a ampliação das instalações, e a expectativa da Corn é que as novas linhas de produção em Cabo

de Santo Agostinho (PE) e Balsa Nova (PR) entrem em operação a partir do último trimestre do ano que vem. Para Mogi Guaçu, a previsão é 2012.

O Brasil, que respondeu por 15% da receita de US$ 3,7 bilhões da Corn Products International em 2009, é fundamental na estratégia da companhia. E é,

atualmente, um mercado ainda mais atrativo, o que explica os investimentos. “O Brasil é visto como um mercado diferenciado, com estabilidade econômica

e uma classe mais baixa migrando para a classe média. Por isso a expectativa é de bons resultados”, argumenta Bianco.

Dentro da estratégia de crescimento do portfólio de ingredientes no Brasil, Bianco não exclui aquisições no segmento.

Com sede em Illinois, nos Estados Unidos, a Corn Products International está em outros 14 países além do Brasil. Este ano, até o terceiro trimestre, o grupo

americano faturou US$ 2,959 bilhões, 9% acima dos US$ 2,713 bilhões de igual período de 2009. Na América do Sul, onde o Brasil responde pela maior parte

do resultado, a receita foi de US$ 874 milhões até setembro deste ano.

Como o capital da Corn Products International é aberto nos EUA, o executivo evita previsões, mas observa que os preços do milho - a principal matéria-

prima da indústria - mudaram de patamar recentemente. E para cima. Para garantir a matéria-prima, a Corn Brasil criou um programa de fidelidade com

produtores, localizados num raio de até 400 km da empresa. Segundo o presidente da subsidiária brasileira, todo o milho utilizado é completamente rastreado,

desde a fazenda onde é produzido até as fábricas.

Fonte: Valor Econômico

Relatório expõe risco de desabastecimento Nem bem a colheita brasileira de verão começou e todas as atenções

do mercado já estão voltadas para a temporada 2011/12. Mesmo que Brasil

e Argentina consigam driblar o clima e tenham safras cheias, a produção

não será suficiente para reabastecer as reservas mundiais de soja e milho

e o mundo vai viver dias perigosos no abastecimento de grãos. Foi o que

mostrou o balanço de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de

Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em janeiro passado.

Ao apontar safras menores que o esperado nos EUA e estoques

mundiais em patamares críticos, o relatório deixou uma mensagem clara:

será preciso aumentar consideravelmente o plantio de grãos para espantar

o risco de desabastecimento. E os norte-americanos devem tomar a frente

nesse processo de recomposição de estoques. De acordo com analistas, a

safra 2011/12, que começa a ser planejada no país, precisará de cerca de 4

milhões de hectares adicionais para garantir produção de grãos suficiente.

O que não se sabe ao certo é de onde viria essa área. “É a primeira

vez em 32 anos que não sei de onde vamos tirar esses hectares. A situação é bastante complicada. Não há espaço para erros”, diz o analista norte-

americano Dan Basse, da AgResource Company.

O consenso entre especialistas é que soja e milho tendem a ganhar terreno sobre as chamadas culturas industriais como feno, alfafa e aveia.

“Mas ainda assim será muito difícil conseguir toda a área necessária, pois nossa fronteira agrícola já chegou ao limite. Na melhor das hipóteses, soja

e milho ganharão 1 milhão de hectares nos EUA em 2011/12”, considera Tim Hannagan, da PFGBest.

“A briga por área deve ser mais acirrada do que nunca nos EUA em 2011/12 e os números do USDA mostram que a situação é mais perigosa para

o milho”, considera Steve Cachia, analista da Cerealpar em Malta. Segundo ele, fundamentos fortes para a soja significam que o preço do milho vai ter

que subir mais que o da oleaginosa no mercado internacional para estimular o plantio e não colocar em xeque o programa de etanol dos EUA.

“Acredito que o cereal terá a preferência do agricultor norte-americano nessa disputa. Até pelo programa de etanol”, concorda Aedson Pereira,

analista da AgraFNP em São Paulo. Quando o plantio de milho avança, normalmente a soja recua no país, ainda que a oleaginosa também possa

cobrir áreas não ocupadas por trigo ou algodão, explica.

“O milho vai ter de acompanhar a arrancada recente da soja, sob o risco de perder terreno. O quadro é inverso ao de dois meses atrás, quando

era a soja que corria atrás do milho para não perder área. Na minha opinião, o produtor norte-americano vai deixar 5% da área para decidir o que

fazer pouco antes do início da temporada, dependendo da relação de preço entre os dois produtos na boca do plantio”, diz Cachia.

Fonte: Gazeta do Povo

Atenção Laboratórios Em janeiro passado (10/01/2011), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)

publicou normas complementares para o credenciamento de laboratórios para a realização de

análises na área de controle de medicamentos veterinários e produtos utilizados na alimentação

animal. Os procedimentos estão em consulta pública, pelo prazo de 30 dias.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na Portaria n° 577.

Os estabelecimentos interessados em integrar a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários

deverão estar acreditados junto à ISO 17.025 (norma internacional específica para o sistema de

gestão da qualidade em laboratórios) ou Boas Práticas de Laboratório (BPL), de acordo com as

análises realizadas. Os trabalhos poderão ser iniciados após a concessão do credenciamento e

respectiva publicação no site do Mapa - www.agricultura.gov.br.

Essa medida tem o objetivo de aprovar, também, o Guia de Validação de Procedimentos

Analíticos e Controle de Qualidade para Medicamentos Veterinários, Farmoquímicos, Fármacos e

outras Substâncias e Produtos para Alimentação Animal.

Notícias

Page 7: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

12 13Notícias

Plastrela aposta no mercado Pet Food Um dos poucos setores da indústria que não apresentou recuo nos últimos anos foi o de embalagens para o segmento de Pet Food. Para

a empresa gaúcha Plastrela Embalagens Flexíveis, que produz diversos tipos de embalagens especiais para alimentação animal, o saldo positivo

deste segmento em 2010 foi fundamental para começar 2011 com força total. A venda de embalagens no setor de Pet Food no ano que

passou apresentou incremento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Até o final de 2011, a estimativa é manter este ritmo de

crescimento e atingir 10%. O setor de Pet Food representa atualmente 30% do total de vendas da empresa.

As exportações de embalagens de Pet Food para clientes na Colômbia e a entrada de novos clientes, em estados como Bahia e Minas Gerais,

foram determinantes para alavancar os negócios. “Nossos clientes estão exigindo uma diversificação em embalagens para animais de estimação,

e por isso estamos investindo para atender esta demanda”, destaca o diretor-presidente da Plastrela, Jack Shen.

A embalagem inédita com zíper – Zip Fácil, desenvolvida pela Plastrela, consolidou a posição de destaque e inovação da empresa no

mercado. A Zip Fácil é aplicável para o empacotamento de cereais, grãos, rações, entre outros produtos. Entre as vantagens, melhor conservação

e mais durabilidade do produto armazenado, o que contribui para a manutenção e um alto padrão de qualidade.

O diretor da Plastrela, Jack Shen, explica que a Zip Fácil pode ser aplicada em bobinas e sacarias, acabamento com quatro soldas, sistema

abre e fecha em uma única película e pode ser aplicada também em embalagens sanfonadas.

Mercado Pet movimenta R$ 10 bilhões em 2010 O mercado de produtos para animais de estimação movimentará cerca

de R$ 10 bilhões neste ano, um crescimento de 5% em relação a 2009,

segundo estimativas de indústrias do setor.

Somente o mercado de alimentação industrial para “pets” girou

quase R$ 7 bilhões no ano passado e, entre janeiro e outubro de 2010,

o faturamento cresceu 15%, segundo dados da Anfalpet (Associação dos

Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação) citados pela fabricante

PremieR Pet.

Com o maior hábito de adotar gatos, a demanda por produtos

destinados aos felinos cresce mais. “O mercado de ração seca e fresca para

gatos cresce mais que o dobro da média”, diz Fabíola Perini, gerente de

marketing da Nestlé Purina.

O volume de ração vendida para gatos cresceu 4% em 2009 no país,

já os alimentos para cachorros apresentaram estabilidade. Mas o mercado

de cães representou 82% das vendas, o que indica o potencial de expansão

para o segmento de gatos.

“Os produtos para gatos ganham mais espaço nas prateleiras”, afirma Karine Rocha, veterinária e gerente de marketing da Cobasi.

Somente a Mars Brasil, fabricante da marca Whiskas, possui 42 itens no seu portfólio para gatos. Em dois anos, foram sete lançamentos.

O Brasil tem a segunda maior população de animais de estimação do mundo, mas representa só 6% do mercado global de ração. O desafio está

em convencer os consumidores dos benefícios da ração. Hoje, apenas 43% dos “pets” são alimentados com ração, segundo a Anfalpet.

A Pfizer Saúde Animal, que produz medicamentos e vacinas para “pets”, vê um mercado promissor.

Jorge Espanha, diretor da Pfizer, estima que o segmento, que hoje representa 11% dos negócios da divisão no país, pode atingir uma fatia de 45%

em oito anos.

Douramix Iniciou 2011 com Extrusora MEX-3000 Manzoni A Douramix, fábrica de rações situada em Dourados, que produz rações para bovinos, eqüinos,

ovinos, caprinos, suínos, peixes, pets e aves, de olho na crescente demanda do setor para a economia

agropecuária, iniciou o ano de 2011 operando uma extrusora Manzoni da linha MEX-3000.

“A nossa produção tem aumentado em torno de 15% ao ano nos últimos quatro anos. Com certeza, vamos continuar assim em 2011 e para

atender o mercado do Mato Grosso do Sul e de outros estados. Precisávamos de um equipamento de qualidade e confiança para aumentar nossa

produtividade e nos ajudar a suprir a demanda do mercado”, diz o gerente de suprimentos da Douramix, Eduardo Correa.

“A facilidade financeira na aquisição da extrusora, por se tratar de um equipamento 100% nacional e o atendimento pós-venda foram fatores

decisivos na hora da compra.” afirma Correa.

A extrusora MEX-3000 trouxe para a Douramix benefícios como o aumento de produção com a mesma capacidade de motor instalada, melhoria

na qualidade dos pellets e produção de rações para categorias de animais não atendidas.

Page 8: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

14 15Notícias

Beta-1,3/1,6-glucanos: ingrediente funcional que pode melhorar dos sinais clínicos da osteoartrite canina

Apresentamos evidências que os beta-1,3/1,6-glucanos são úteis no

tratamento de osteoartrite canina. A eficácia de uma preparação de beta-1,3/1,6-

glucanos purificados foi demonstrada em um estudo duplo-cego, controlado por

placebo e existe um mecanismo de ação plausível.

Beta - 1,3/1,6 - glucanos purificados Os glucanos são polímeros da glicose. Exemplos conhecidos de glucanos

são o amido e a celulose, mas estas moléculas não têm influencia específica

sobre o sistema imune. As moléculas de glicose no amido e na celulose estão

ligadas por ligações chamadas alfa e beta- 1,4, respectivamente. As moléculas

de glucano que têm a capacidade de potencializar o sistema imune são cadeias

de moléculas de glicose ligadas por ligações beta-1,3 e apresentam “ramos” de

moléculas de glicose através ligações beta-1,6. MacroGard ® é um beta-1,3/1,6-

glucanos altamente purificado, que foi isolado da parede celular da levedura

(Saccharomyces cerevisiae). Durante o processo de isolamento, as mananoproteínas

da superfície da parede celular são removidas para expor os beta-1,3/1,6-glucanos

a sua máxima bio-atividade.

Atividade reguladora Foi demonstrado (dados não-publicados, 2008) que beta-1,3/1,6-glucanos

purificados (MacroGard®, Biorigin) podem ligar-se ao receptor de dectina-1 das

células imunes intestinais (p.ex., macrófagos e células dendríticas). A extremidade

terminal das cadeias de glucano com ligação beta-1,3 é reconhecida pelo receptor.

Somente depois da remoção da camada externa de proteína da parede celular

da levedura é que os betaglucanos podem interagir com o receptor. Devido à

presença de proteína que cobrem os ramos laterais dos beta-1,3/1,6-glucanos,

produtos não-purificados de beta-1,3/1,6-glucanos não afetam o sistema imune.

Isto se aplica a vários produtos de parede celular de leveduras e preparações de

manano-oligassacarídeos (MOS). Os betaglucanos não-purificados não se ligam

a receptores específicos das células imunes e, portanto, não podem estimular

resposta na forma de produção de citocinas (observações não-publicadas). Os

produtos de MOS, que são comumente usados em rações pet, têm características

específicas diferentes da ligação com o receptor de dectina-1 das células imunes.

Pesquisas em suínos (Li et al., 2006) demonstraram que o fornecimento

de beta-1,3/1,6-glucanos reduziu as concentrações plasmáticas das citocinas

pró-inflamatórias IL-6 e TNFα e aumentou a concentração da citocina anti-

inflamatória IL-10. O TNFα estimula a produção da metaloproteinase-3 da matriz

pelos condrócitos (O’Connor e Fitzgerald, 1994), que está envolvida na degradação

das moléculas de colágeno na matriz da cartilagem. Os beta-1,3/1,6-glucanos

ingeridos provavelmente inibem a degradação do colágeno da cartilagem.

Osteoartrite Osteoartrite é uma doença das articulações vista frequentemente na clínica

veterinária. O quadro ocorre tanto em cães, como em gatos, mas geralmente

recebe mais atenção em cães. Com vários graus de gravidade, a osteoartrite

ocorre em mais de 90% dos cães com mais de 5 anos de idade. Em casos graves,

os sintomas são dor crônica, manqueira e imobilidade. A osteoartrite é uma

doença degenerativa e inflamatória na qual a perda de matriz cartilaginosa está

associada à liberação de citocinas anti-inflamatórias. A osteoartrite não tem cura

e o tratamento é dirigido para o alívio da dor através da inibição das reações

inflamatórias e evitar que a cartilagem continue a ser degradada.

Berge (Clínica Veterinária Nordberg, Oslo, Noruega) verificou que o consume

de beta-1,3/1,6-glucanos purificados melhorou os sinais clínicos de cães com

doenças articulares (dados não-publicados, 2003). Devido à natureza aberta

do estudo e à ausência de um grupo placebo, esta observação não pode ser

considerada comprovação dos efeitos benéficos dos beta-1,3/1,6-glucanos.

Sabe-se que ocorrem efeitos de placebo quando os sinais clínicos de cães com

osteoartrite são examinados.

Para reavaliar os efeitos dos beta-1,3/1,6-glucanos, Beynen e Legerstee

(2009) realizaram um estudo duplo cego, controlado por placebo, com cães

com osteoartrite pertencentes a indivíduos. Usando um questionário, os sinais

clínicos foram avaliados pelos proprietários. Os animais-teste foram alimentados

por um período de 8 semanas com uma ração seca contendo 800 ppm de beta-

1,3/1,6-glucanos (MacroGard ®) e, como placebo, foi usada a mesma dieta

sem o suplemento. Cada grupo experimental incluiu 23 cães. Em comparação

ao tratamento com placebo, o consumo de beta-1,3/1,6-glucanos demonstrou

melhora numérica maior para os escores de atividade (A), rigidez (R), manqueira

(M) e dor (D) (Figura 1).

Figura 1. Melhora dos sinais clínicos de osteoartrite em cães que receberam uma preparação de beta-1,3/1,6-glucanos purificados. A diferença na mudança de escore entre os dois grupos não foi estatisticamente significativa. O aumento (= melhora) do escore (em uma escala 0-10) induzido pelos beta-1,3/1,6-glucanos (MacroGard ®), comparado aos valores da linha de base, foi estatisticamente significativo (P < 0.05)

para as variáveis atividade (A), rigidez (R), manqueira (M) e dor (D).

Conclusão Esta comunicação sugere que os beta-1,3/1,6-glucanos melhoram os

sinais clínicos da osteoartrite canina e que isto ocorre através de um mecanismo

aceitável.

Sobre o Produto testado: MacroGard ® é o beta-glucano purificado da Biorigin. Mais informações

através do email [email protected]

BibliografiaBeynen AC, Legerstee E. Influence of dietary beta-1,3/1,6-glucanos on clinical signs of canine osteoarthritis in a double-blind, placebo-controlled trial. Submitted for publication (2009).Li J, Li DF, Xing JJ, Cheng ZB, Lai, CH. Effects of β-glucan extracted from Saccharomyces cerevisiae on growth performance, and immunological and somatotropic responses of pigs challenged with Escherichia coli lipopolysaccharide. J Anim Sci 2006; 84: 2374-2381.O’Connor CM, Fitzgerald MX. Matrix metalloproteinases in lung disease. Thorax 1994; 49:

602-609.

Page 9: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

16 17Caderno Científico

taurina é um aminoácido beta-sulfônico,

considerado essencial para gatos e não-essencial

para cães, desde que estes sejam alimentados com

quantidades suf icientes dos demais aminoácidos

sulfurados (metionina, cist[e]ína). A taurina não

participa da formação de moléculas protéicas, porém,

está presente em elevadas concentrações nos tecidos

animais, sendo um dos mais abundantes aminoácidos

livres em tecidos animais, especialmente no cérebro,

coração e músculo esquelético. Devido à baixa síntese de

deste aminoácido nas espécies estritamente carnívoras,

a partir da cisteina, por este motivo nestas espécies este

nutriente é considerado essencial.

A taurina apresenta importante função no

desenvolvimento fetal, crescimento, reprodução,

desenvolvimento neuromotor, audição, visão, função

cardíaca, osmorregulação, função neutrofílica,

emulsif icação de gordura, resposta imunológica,

antioxidante e atividade anticonvulsivante. Dentre

estas funções, quantitativamente, a maior reação

Taurina na Alimentação de Cães

orgânica na qual a taurina participa é na conjugação

com os ácidos biliares hepáticos para formar a bile e

favorecer a emulsif icação das gorduras.

Em cães, apesar de não ser considerado um nutriente

essencial, alguns casos de def iciência ou doenças que

respondem a suplementação já foram relatados e este

será o foco de nossa discussão. O sinal clínico mais

comum relacionado com a def iciência de taurina em

cães é a cardiomiopatia dilatada, sendo esta reversível,

quando diagnosticada e tratada a tempo. Tem sido

relatado também que os baixos níveis plasmáticos de

taurina estão relacionados com lesão degenerativa

simétrica na retina, a qual é semelhante à degeneração

retinal encontrada em gatos.

Apesar de rara, a def iciência de taurina em

cães pode se desenvolver como conseqüência da

baixa disponibilidade e/ou baixa concentração de

aminoácidos sulfurados na dieta. Alguns ingredientes

são relativamente pobres em aminoácidos sulfurados,

como é o caso do arroz (quirera e farelo de arroz) e

carne de cordeiro. Desta forma, na formulação de

alimentos, especialmente aqueles em que o teor de

Proteína Bruta seja baixo (inferior a 22%, por exemplo),

deve-se ter especial atenção aos níveis dos aminoácidos

metionina + cistina, para que estejam acima do mínimo

recomendado pelo NRC (2006) para a espécie, de

0,65%, considerando um alimento com 4000 kcal/kg.

Uma alternativa, quando estes níveis estão abaixo ou

muito próximo do mínimo recomendado é adicionar

dl-metionina industrial às formulações. No entanto, o

equilíbrio nas concentrações de todos os aminoácidos

deve ser considerado nas formulações. Em cães existe

uma diferença na susceptibilidade de raças a def iciência

de taurina, no entanto, os fatores genéticos, ambientais

e nutricionais envolvidos ainda não estão claramente

compreendidos.

A cardiomiopatia dilatada em cães induzida pela

dieta é uma condição relatada mais comumente em

cães de grande porte quando comparados aos cães

menores, isto possivelmente devido à menor taxa de

biossíntese de taurina (TBT) em cães maiores. Para

verif icarmos estas particularidades metabólicas

em cães, relacionadas com o porte, nesta edição

foram separados dois artigos científ icos extraídos

do The Journal of Nutrition, os quais seus resumos

encontram-se traduzidos a seguir.

A partir desta edição, a Revista Pet Food Brasil apresentará este caderno, com o objetivo principal de atualizar o leitor com publicações científicas sobre às necessidades nutricionais de cães e gatos, ingredientes e processamento de alimentos. Em cada edição será escolhido um tema e comentado pelo corpo técnico da revista, em seguida selecionados alguns artigos sobre o assunto, com informações relevantes. Inauguramos então: “O papel da Taurina na alimentação de cães”, pois sabe-se que este é um nutriente essencial para gatos, porém, comumente adicionado em muitos alimentos para cães.

A

Page 10: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

18 19Caderno Científico

DIFERENÇAS NA TAXA DE SÍNTESE DE TAURINA ENTRE CÃES RELACIONADAS A DIFERENÇAS NA SUA NECESSIDADE ENERGÉTICA DE MANUTENÇÃO

Autores: Kwang S. Ko; Robert Backus; John R. Berg; Michael W. Lame; Quinton R. Rogers.

Resumo: A cardiomiopatia dilatada induzida pela dieta (deficiência de taurina) é mais relatada em cães de grande porte

do que em cães de pequeno porte possivelmente porque a taxa de biossíntese de taurina (TBT) é mais baixa nas raças

de grande porte. A TBT em 6 cães sem raça definida (37,9±2,1kg) e 6 Beagles (12,8±0,4kg) foram determinadas a partir

da taxa de diluição fracional da taurina marcada ([1,2-2H2]-taurina). Todos os cães receberam um alimento comercial

completo contendo 15,6% de Proteína Bruta e 0,6% de aminoácidos sulfurados em quantidade suficiente para manter

a condição corporal ideal. Após 3 meses recebendo a dieta comercial, 14,6mg/kg de peso corporal de taurina marcada

foram fornecidos pela via oral e a TBT determinada pela relação entre a excreção urinária diária da taurina marcada e

taurina endógena (não-marcada), sendo colhida a urina por um período de 6 dias (experimento 1). Posteriormente, os cães

sem raça definida (grande porte) e os Beagles (médio porte) foram pareados para receber cada par, a mesma quantidade

de dieta/kg0,75 durante duas semanas e novamente a TBT foi determinada (experimento 2). No experimento 1, a TBT e

as concentrações plasmáticas de taurina dos cães de grande porte foram inferiores (p<0,05) aos obtidos nos Beagles. No

experimento 2, TBT e concentração de taurina no sangue e plasma dos cães de grande porte também foram inferiores a dos

Beagles (p<0,05). Juntos, estes resultados suportam a hipótese que os cães de maior porte apresentam menor TBT quando

alimentados com dietas contendo níveis marginais de aminoácidos sulfurados (metionina+cist[e]ina), mas em quantidade

adequada para manter a condição corporal ideal.

J. Nutr. 137: 1171-1175, 2007

BAIXA CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE TAURINA EM CÃES TERRA-NOVA É ASSOCIADA COM BAIXAS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE METIONINA E

CIST[E]ÍNA E BAIXA SÍNTESE DE TAURINA

Autores: Robert C. Backus; Kwang S. Ko; Andrea J. Fascetti; Mark D. Kittleson; Kristin A. MacDonald; David J.

Maggs; John R. Berg; Quinton R. Rogers.

Resumo: Embora a taurina não seja um nutrient essencial para cães, def iciência de taurina e cardiomiopatia

dilatada (CMD) são esporadicamente reportadas em cães de grande porte. Status da taurina e condições de

criação foram examinados em 216 cães da raça Terra-Nova, de proprietários, uma raça gigante com elevada

incidência de CMD (1,3-2,5%). Concentração plasmática de tautirna foi positivamente correlacionada (p<0,01)

com cist[e]ína (r=0,37) e metionina (r=0,35) plasmáticas. A castração, sexo, idade, peso e condição corporal não

exerceram efeito sobre as concentrações de taurina. A concentração plasmática de taurina foi baixa (<40µmol/L)

em 8% dos cães. Cães que tiveram reduzidos níveis plasmáticos de taurina foram menos ativos, tiveram mais

problemas médicos e tratamentos e tiveram menores valores plasmáticos de albumina, ciste[e]Iná, triptofano

e ácido alfa-amino-n-butírico que os demais cães (p<0,05). Dos 9 cães def icientes em taurina, 3 tiveram CMD

que foi revertida com a suplementação dietética de taurina e 1 cão teve degeneração retinal. Quando fornecida

uma dieta aparentemente adequada em aminoácidos sulfurados (>5,4g/kg) por 3 semanas, 6 cães da raça Terra-

Nova (52,7±2,3 kg; 3,5-7,0 anos de idade), comparados com 6 Beagles (13,2±2,3 kg; 5,5 anos de idade), tiveram

concentrações plasmáticas de taurina (49±16 vs. 97±25), cist[e]ína, glutationa peroxidase e taxa de síntese

de taurina (59±15 vs. 124±27 mg/kg0,75/dia) mais baixas e maior excreção fecal de bile. Terra-Nova parece

apresentar maior exigência dietética de aminoácidos sulfurados que Beagle, modelo de raça para a determinação

das exigências nutricionais para cães.

J. Nutr. 136:2525-2533, 2006

Baseando-se nos resumos apresentados, apesar da necessidade de mais pesquisas sobre as necessidades de

taurina em cães de grande porte, pode-se verif icar que atenção especial deve ser dada aos níveis de aminoácidos

sulfurados em formulações de alimentos para cães e também considerando a menor taxa de síntese de taurina em cães

de grande porte, a utilização deste aminoácido nas formulações pode prevenir eventuais problemas, apesar deste não

ser considerado um nutriente essencial para a espécie.

Page 11: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

20 21

Os desafios continuamEmbora ainda tenha que enfrentar as habituais dificuldades, tais como, alta e

excessiva carga tributária, falta de incentivos, dificuldades na linha de crédito etc, a indústria de insumos e matérias primas para nutrição animal segue otimista, com

muitos projetos e investimentos para 2011

stamos falando de um mercado em expansão e

evolução, que vem atingindo altos níveis de maturidade

tecnológica, que realiza fortes investimentos em inovação

de produtos e tem melhorias contínuas de processos

produtivos.

Dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria

de Alimentação Animal – Sindirações - apontam que

em 2010 a produção da indústria de alimentação animal

registrou, no País, um crescimento na ordem de 4%. A

produção estimada, já que os números ainda não são

conclusivos, está na ordem de 61 milhões de toneladas de

ração, movimentando aproximadamente US$ 16 bilhões.

Embora os índices sejam positivos e 2010 tenha sido um ano

de franca recuperação, principalmente devido o aumento

puxado pela demanda doméstica, os fornecedores de

insumos e matérias primas para alimentação animal ainda

têm pela frente conhecidos desafios a serem superados:

cargas tributárias excessivas, altos custos com logísticas,

dificuldades em linhas de crédito, só para citarmos alguns.

“Falar sobre este assunto é “chover no molhado”, pois todos

sabem das dificuldades. Precisamos ir atrás de soluções.

Acreditamos que seja primordial investir em exaustivos

treinamentos, além de contar com assessorias para as

questões tributárias e de logística, buscando ser eficiente

dentro da realidade brasileira”, opina Mauricio Marcos

Junior, gerente técnico e comercial da Nutract, empresa que

desenvolve premixes minerais e vitamínicos, promotores

de crescimento e aditivos para subprodutos.

Na Aromax, que disponibiliza os mais variados tipos

de aromas salgados para o mercado de snacks e petiscos, a

Capa

avaliação de 2010 é bastante positiva. As expectativas não

só foram atingidas como superadas, tendo registrado um

aumento nas vendas na ordem de 10%. “Seguimos otimistas

em 2011 e isso se deve a diversos fatores, dentre eles, a

crescente demanda pelos nossos aromas, o que também

sinaliza a qualidade que oferecemos. Estamos dentro dos

padrões e normas exigidos pelo mercado e Governo”,

destaca Luciano Marques, aromista sênior da empresa.

Mas, o técnico não deixa de citar as dificuldades para atuar

neste mercado e como a empresa trabalha neste sentido. “A

carga tributária é alta e isso em todos os sentidos, desde

a aquisição dos insumos até o produto final. Na logística

também são altos os custos, isso porque os investimentos

em infraestrutura e novas tecnologias são constantes para

podermos atingir os padrões exigidos tanto pelos clientes,

quanto pelo nosso setor de qualidade. Então, mediante

este cenário, procuramos manter uma infraestrutura mais

enxuta.”

Atentos às tendências de mercado, a Aromax cria

constantemente novas combinações de aromas e variações

do que já existe. “Nos preocupamos em produzir sabores

que sejam os mais próximos possíveis do natural. No

momento uma novidade é a variação dos tipos de sabor para

carne, como a de panela”, explica Luciano.

AS ATENÇÕES VOLTADAS PARA O MERCADO EXTERNO

Mesmo com a drástica redução nos abates de bovinos

que ocorreu no final de 2010 e destacando as dificuldades

habituais do mercado, dentre elas, a flutuação na

disponibilidade e nos preços dos ingredientes de origem

animal, não permitindo um planejamento eficaz, além da

“O grande foco da Nutract para 2011 está no segmento de premixes, que vem obtendo um excelente crescimento no mercado pet food”, Mauricio Marcos Junior.

Atentos às tendências e novidades do mercado, a Aromax cria constantemente combinações e variações de aromas de acordo com a necessidade de cada cliente.

E

Page 12: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

22 23Capa

concorrência desleal de empresas que operam na informalidade,

o ano também é avaliado como positivo pela Nutract, tendo

atingido um crescimento em faturamento e número de clientes.

“Começamos 2011 com ótimas perspectivas. Muitos clientes

estão com planos de expansão de abate e, consequentemente,

há aumento na demanda de aditivos. Além disso, estamos em

negociação com importantes clientes e grandes perspectivas

de fechamento de negócios para ainda este início de ano”,

comemora o gerente, Mauricio.

De olho no mercado externo, a Nutract que já tem toda

a sua linha registrada no Paraguai desde 2008, se prepara

agora para concluir os registros também no Uruguai.

“Havíamos planejado a entrada na Argentina, porém

optamos por aguardar uma maior estabilidade no mercado

daquele país”, explica Mauricio.

Tendo no antioxidante Nutradox Advanced e no

eliminador de salmonella Saltract Plus seus carros-chefe,

um dos focos da empresa é o segmento de premixes, que vem

apresentando, segundo Mauricio, um bom crescimento, que

destaca ainda: “uma das principais características responsáveis

pelo crescimento da Nutract é o atendimento customizado que

oferecemos. O segmento de aditivos exige esta particularidade,

pois cada cliente tem uma realidade. Cabe a nós, elaborarmos

projetos específicos, contemplando custo e eficiência no

atendimento.”

A consultoria de negócios, com atuação comercial e apoio

a toda cadeia produtiva dos clientes, Anima Consultores

Associados, analisa 2010 como um excelente ano, em que

obteve novos parceiros, consolidou negócios e criou novas

possibilidades para 2011, mesmo com o aumento de preços

das commodities. “Fechamos 2010 com balanço positivo

também para os nossos clientes, já que o mercado consumidor

suportou estes aumentos. E, começamos 2011 bem otimistas.

Entendemos que as demandas e o progresso do país estão

impulsionando para a abertura do mercado internacional,

por isso, focamos na potencialidade destes negócios. Em

novembro de 2010 estivemos no Vietnã, no Vietstock - evento

integrado de alimentos para animais, pecuária e indústria

de carne - que promoveu o relacionamento dos principais

players internacionais”, lembra Alberto Luiz Peres, diretor

da Anima.

O executivo da Anima analisa os negócios no setor

brasileiro de pet food como estáveis. “O mercado tem condições

de se desenvolver ainda mais e atingir altos níveis de exigência

em relação à qualidade, aumentando a competitividade, mas isto

também exige esforço do poder público. Precisamos de maior

empenho das autoridades para chegar ao padrão internacional.”

De acordo com Alberto, o êxito de uma empresa está cada

vez mais vinculado ao planejamento, independente do segmento

de atuação. Em particular no de insumos e matérias primas a

equação: qualificação + capacitação + informação em tempo real

+ trabalho de equipe, costuma apresentar resultados de sucesso,

além é claro, do empenho e dedicação que qualquer profissional

deve ter. Ao analisar sobre os aspectos que podem gerar

qualquer tipo de desestabilização no setor, Alberto é enfático

ao afirmar que o preço é uma importante questão. “Dado que a

precificação dos produtos depende de variáveis complexas e não

controláveis, temos nestas as possibilidades de alterações como,

por exemplo, a diminuição da produção por crises econômicas.

Podemos destacar também como um fator específico a

centralização do setor de frigoríficos bovinos, podendo

influenciar em médio prazo. A carga tributária brasileira é

também uma influência negativa no desenvolvimento dos

negócios, assunto este amplamente discutido pelos economistas,

mas ainda pouco cuidado pelos setores responsáveis. Tem ainda

o custo de energia para a produção que é proibitivo , por ser

um setor que tem alto consumo e muita perda. Driblar estes

aspectos em termos produtivos é possível pela otimização dos

processos, reduzindo ao máximo o desperdício de recursos e o

investimento em ferramentas que colaborem para esta redução.”

NOVIDADES EM PRODUTOS E EXCELêNCIA NOS SERVIÇOS

Em busca de inovações e aguardando que 2011 seja

de importantes conquistas e crescimento nos negócios, a

Vogler, conhecida no mercado de pet food pelo fornecimento

de corantes artificiais, também disponibiliza ingredientes

como: taurina, aromas, conservantes, extratos vegetais,

hidrocolóides, derivados de trigo e corantes naturais.

“Podemos observar que nos últimos anos a indústria pet

food vem desenvolvendo soluções para agradar os mais

diversos paladares indo ao encontro da “humanização”

dos alimentos. Trabalhamos com inovações e por termos

uma linha bastante diversificada, podemos contribuir no

desenvolvimento destes produtos, que além de suprirem

as necessidades nutricionais, agregam funcionalidade.

Também é importante destacar que nos preocupamos

em realizar um serviço com excelência, pois sabemos que

os ingredientes estão cada dia mais similares e o bom

atendimento será o grande diferencial no mercado”, opina

Tatiane Graciano Domingues, nutricionista da Vogler.

Segundo Bruna V. Fernandes, zootecnista da companhia,

anualmente a Vogler tem tido um expressivo crescimento,

não sendo diferente em 2010, quando também comemorou

20 anos de atuação no mercado. Além disso, no ano passado

a empresa teve a oportunidade de fortalecer parcerias com

fornecedores internacionais e importantes clientes. “O ano

de 2011 deve ser promissor para a Vogler. Iremos investir em

profissionais especializados e buscaremos novos mercados,

com foco total em inovação - também trabalhamos

com produtos taylor made, podendo com isso atender

cada cliente de acordo com a sua necessidade”, afirma a

zootecnista, que aproveita para lembrar a dificuldade que

as empresas têm no Brasil em relação à logística. “Como

estamos em um país com ampla extensão territorial e tendo

em vista que grande parte do transporte é realizado via

rodoviária, os custos com logística são bastante elevados

encarecendo os produtos finais. Para viabilizar o aumento

da eficiência e proporcionar a intermodalidade, o governo

precisa dirigir mais ações para a melhoria da infraestrutura

de transportes.”

FOCO NO TREINAMENTO E NA CAPACITAÇÃO

“O primeiro semestre de 2010 foi dificílimo, ainda com

os preços das principais commodities bastante prejudicados,

aliado a isso, a seca no Hemisfério Norte na metade do ano

fez com que as cotações destas commodities iniciassem um

retorno aos níveis de 2008 - faltando menos de 10% para

chegar aos índices pré-crise. Em 2011 esperamos pagar

a conta do primeiro semestre do ano passado”, analisa G.

Em 2011 a Vogler investirá em profissionais especializados e buscará novos mercados, com foco total em inovação.

“Em 2011 desejamos garimpar talentos e investir em treinamentos para oferecer ao mercado uma equipe altamente capacitada”, G. Moreira, da Aboissa Óleos Vegetais.

“A busca por produtos naturais é uma crescente e a sustentabilidade levará as empresas a se adequarem

às novas exigências.”

Page 13: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

24 25Capa

Moreira, controler do setor de proteínas e gorduras animais

da Aboissa Óleos Vegetais.

Desde 1987 atuando no setor de matérias primas –

com grãos, farelos, óleos e gorduras vegetais e animais,

além de seus derivados - atendendo diferentes mercados,

dentre eles, o de nutrição animal, a Aboissa está neste ano

focada em garimpar talentos e investir em treinamentos e

capacitações para especializar suas equipes em produtos.

“Através de uma consultoria terceirizada investimos

fortemente na seleção de talentos, com um trabalho de

imersão com estes futuros profissionais para especializá-

los cada qual em um dos produtos da empresa, estudando

detalhadamente a origem, aplicação e benefícios, a fim de

lançá-los no mercado em 2012 e proporcionar ainda mais

excelência no atendimento aos clientes. Temos hoje 60

colaboradores e esperamos estar com um time altamente

especializado e treinado para o ano que vem, contando com

um crescimento de 20% até o final deste ano. Não queremos

agregar mais produtos aos nossos profissionais. Desejamos

sim, em 2011, mais profissionais aos nossos produtos”,

destaca Moreira.

Com 70% da movimentação focada no segmento

doméstico e um grande volume de negócios voltados para

o mercado de grãos, tais como, soja, milho, sorgo, entre

outros, tendo um maior faturamento nos ácidos graxos e

óleo recuperado, de coco e de palma, a Aboissa tem orgulho

de ser reconhecida por ter um pós-venda de qualidade e

pelo trabalho agressivo na pré-venda, orientando os seus

parceiros sobre a volatilidade do mercado, previsões e

demais informações que possam auxiliá-los na realização

dos melhores negócios. A empresa tem também um forte

trabalho de prospecção de clientes, além disso, investe

em publicidade nas revistas especializadas, participa

ativamente de feiras e congressos e tem como retorno

o crescimento nos negócios anuais de 15% a 20% e na

quantidade de clientes que hoje está em 15 mil, sendo 3

mil ativos.

INOVAÇÃO COM BASE CIENTÍFICA E O CONTROLE DA qUALIDADE

Em virtude do aumento na demanda por produtos

nutracêuticos, a Alltech teve no ano de 2010 um aumento

consistente em sua carteira de clientes, não apenas atendendo

aos principais players do mercado, mas também empresas de

médio e pequeno porte. “O mercado de pet food cresceu muito

no ano de 2010 e a tendência é a de que continue crescendo,

principalmente no que tange os nichos premium e de

alimentos naturais. Para 2011 estimamos ter um crescimento

de 25% e abrir novos mercados”, afirma Maurício Rocha,

gerente do setor de pet food para América Latina da Alltech.

Com atuação na área de nutrição animal, atendendo

os segmentos de aves, aquicultura, equinos, ruminantes,

suínos e pet food, a Alltech não é apenas uma fornecedora

de soluções para a indústria, mas como ela própria define,

é desenvolvedora de tecnologias que contribuem para o

desenvolvimento do segmento de alimentação animal. Para

o mercado de pet food disponibiliza produtos como: Bio-

Mos; Mycosorb; Nupro; Bioplex; De-Odorase; Mold-Zap;

Nature Ban; Acid Balance e Sel-Plex.

A inovação com base científica e a preocupação com o

controle contínuo da qualidade são aspectos fundamentais

nos negócios da Alltech e, por isso, recebem atenção

especial. “Investimos em pesquisa, no controle de qualidade

por meio do programa Alltech Quality System, no apoio

técnico a cada caso de forma personalizada e ainda focamos

no relacionamento com o cliente através do marketing”,

pontua Maurício.

São duas unidades de produção no Brasil, uma delas em

Araucária (PR), onde está a sede corporativa no País, que

vende produtos inclusive para a América Latina e a outra

em São Pedro do Ivaí (PR) que exporta 70% da produção.

A Alltech tem um planejamento voltado ao mercado como

um todo, porém com atenção e desenvolvimento de plano de

ação para as necessidades específicas de cada cliente.

De acordo com o executivo Maurício, um dos principais

entraves para a evolução e crescimento do setor de insumos

e matérias primas para a nutrição animal não está nos custos

dos subprodutos, mas sim nos produtos industrializados, os

quais sofrem alta incidência de impostos, fazendo com que

as empresas sacrifiquem suas margens lucrativas para se

manterem competitivas. “É imprescindível que tenhamos

flexibilidade nas formulações de nossos produtos para

que os altos custos das matérias primas não interfiram

diretamente no nosso rendimento. Precisamos reger

os custos de maneira altamente minuciosa para que

consigamos nos manter lucrativos e em funcionamento.”

A EXPERTISE qUE FAz A DIFERENÇA

Com uma política consistente de desenvolvimento

tecnológico, a M.Cassab - há mais de 80 anos presente no

agronegócio e desde os anos 80 desenvolvendo tecnologias e

produtos para nutrição animal, sendo fornecedora das principais

empresas de premix e alimentos -; vem realizando estudos

para viabilizar o uso de novos ingredientes pelas empresas de

pet food. Este trabalho é conduzido em conjunto com os seus

parceiros internacionais e visa proporcionar ganhos tanto no

perfil de custos da indústria, quanto na qualidade nutricional dos

alimentos. “Nos diferenciamos inclusive pelo desenvolvimento

de formulações customizadas, voltadas às necessidades de cada

cliente ou às exigências nutricionais específicas de cada espécie

animal. Mais do que um produto, o que construiu a reputação

M.Cassab foi a extensão de seu portfólio e o grau de excelência

com que sempre atendeu às necessidades e expectativas do

mercado – em qualidade, inovações, desempenho nutricional e

relação custo-benefício. Além desta confiabilidade em tecnologia

e produtos, hoje somos também referência em serviços de

formulação, suporte técnico, laboratórios e segurança alimentar

para todas as cadeias produtivas ligadas aos segmentos de

alimentação humana e animal”, observa Pedro Bertolani,

gerente de mercado, matérias-primas e suprimentos da M.

Cassab.

Em 2010 a divisão de Tecnologia Animal da companhia

atingiu as suas metas de crescimento, tanto no segmento de

animais de produção, quanto no de pet food. E a perspectiva é

continuar a crescer, cujas projeções indicam curvas ascendentes

por toda a década. Entre as várias estratégias para sustentar

este crescimento, destacam-se os programas para melhoria

contínua nos padrões de qualidade como o Sistema de Pesagem

Assistida na unidade de Valinhos/SP, que proporciona precisão

e rastreabilidade total na formulação dos produtos. “Trata-se

de uma metodologia indispensável para apoio aos sistemas de

qualidade de nossos clientes, principalmente frente às rigorosas

normas HACCP para a segurança alimentar dos produtos,

implantada em nossa unidade de “linha branca” de produção,

A Aboissa tem 70% de seus negócios focados no segmento doméstico, um grande volume no setor de grãos e maior faturamento nos ácidos graxos, óleo recuperado, de coco e palma.

A unidade de São Pedro do Ivaí (PR) da Alltech Brasil,

considerada a maior planta de biotecnologia do mundo,

fabrica insumos naturais para alimentação animal a partir do melaço, subproduto da

cana-de-açúcar.

“A tendência no mercado de pet food é um forte crescimento no que tange os nichos premium e de alimentos naturais”, Maurício Rocha, da Alltech.

“Na M.Cassab priorizamos atender às necessidades e expectativas do mercado com qualidade, inovação e a melhor relação custo-benefício”, Guilherme R. Palumbo .

“A carga tributária brasileira é uma influência negativa para os negócios, assunto este amplamente discutido

pelos economistas, mas ainda pouco cuidado pelos setores responsáveis.”

Page 14: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

26 27Capa

com atenção especial a premix para pet food. Entre as outras

ações de destaque, podemos mencionar a recente certificação

IN65 obtida na unidade de Cascavel (PR) e a construção de

uma moderna unidade em Campo Grande (MS), vanguarda

em processo industrial para produtos de nutrição animal, em

especial para ruminantes”, enumera Guilherme R. Palumbo,

supervisor de produtos Pet/Aqua da M. Cassab.

ORGULhO DE SER UMA EMPRESA 100% NACIONAL

Em meio às multinacionais, a Imeve orgulha-se de ser

uma empresa 100% nacional e com 30 anos de história.

A companhia tem em sua linha Petmax Probiótico TR –

produto considerado hoje uma alternativa para a substituição

dos promotores de crescimento à base de antibióticos-, um

importante destaque dentro do segmento de insumos e

matérias-primas para alimentação animal. “A Imeve conta

com uma equipe de pesquisadores especializados, entre

médicos veterinários, zootecnistas e farmacêuticos, que

investigam as tecnologias recentes, para saber quais são os

produtos ainda inéditos no Brasil. Em 2011 aumentaremos

o mix com alguns lançamentos voltados principalmente à

indústria de nutrição animal, seguindo o nosso conceito de

produtos 100% biológicos”, afirma Wagner Corrêa, gerente

de vendas da Imeve.

Uma importante conquista em 2010 foi a certificação

e o selo de produtos orgânicos do IBD (Instituto de

Biodinâmica) em sua linha de probióticos. “Esta certificação

garante ao cliente a qualidade de adquirir um produto 100%

natural, sem contaminação química e livre de insumos

transgênicos, exigência que cada vez se torna mais evidente

no mercado de pet food”, observa Wagner.

Há dez anos a empresa vem se adequando a todas as

normativas do MAPA - Ministério da Agricultura Pecuária

e Abastecimento –, em 2006 começou as implantações das

BPF’s (Boas Práticas de Fabricação) e agora tem um projeto

de ampliação física que já está em prática e respeita todas

estas condições. “Até 2012 vamos dobrar nossa área de

produção, além disso, iremos investir em pesquisas e em

novos produtos. Oscilações no mercado interno e externo

influenciam a oferta e demanda de subprodutos, o que

reflete nos custos dos itens acabados. No entanto, temos

a preocupação em manter a estabilidade comercial, com

alternativas para atender nossos clientes da melhor forma

possível, sempre com ética, transparência e qualidade.

Acreditamos que se podemos fazer melhor, o que estamos

fazendo hoje já não é mais o suficiente”, comenta Wagner.

REGULAMENTAÇÃO GOVERNAMENTAL

E como está a questão da regulamentação

governamental no setor de insumos e matérias-primas para

alimentação animal? Todos são unânimes em afirmar que

as exigências aumentaram, já a fiscalização, bem, esta ainda

deixa a desejar.

O executivo da Anima Consultores, Alberto, afirma

que a regulamentação para o mercado interno é boa, porém

em desacordo com as pretensões do governo em buscar a

internacionalização (exportação) e com a realidade do dia a

dia.

Luciano Marques, da Aromax, comemora a atitude do

Governo que passou a exigir e a fiscalizar que as empresas

estivessem dentro das normas estabelecidas pelo Ministério

da Agricultura. “Os clientes, por sua vez, começaram a

cobrar tais exigências dos seus fornecedores. No nosso caso,

o fato de sermos reconhecidos e registrados no Ministério

da Agricultura facilitou ainda mais o relacionamento com

os nossos parceiros.”

Fiscalização precária e extremamente deficitária é

assim que analisa Mauricio, gerente da Nutract, sobre a

regulamentação governamental no setor. “Não há estrutura

física, material e humana para fazer cumprir a legislação

existente. Creio que entidades como a AnfalPet contribuem

com excelência ao estabelecer parâmetros de qualidade e

selos de qualidade para o mercado de pet food.”

Para o gerente de vendas da Imeve, Wagner, é visível que

os órgãos governamentais estão cada vez mais preocupados

em exigir a qualidade através da regulamentação do setor

de pet food e comemora: “acredito que estamos caminhando

para a padronização das empresas ligadas ao segmento.

Acrescento ainda que a busca por produtos naturais é uma

crescente e a sustentabilidade levará as empresas a se

adequarem às novas exigências.”

“Mais do que um produto, o que construiu a reputação da M.Cassab foi a extensão de seu portfólio e o grau de excelência”, Pedro Bertolani.

Petmax Probiótico TR, da Imeve: alternativa para a substituição dos promotores de crescimento à base de antibióticos.

“As perspectivas da Imeve para os próximos anos são as melhores possíveis: iremos dobrar a área de produção até 2012 e investir em pesquisas e novos produtos”, Wagner Corrêa.

Por meio do Sistema de Pesagem Assistida, a M. Cassab oferece precisão e rastreabilidade total na formulação de seus produtos.

Para a sua ração ser a preferida do mercado ela precisa ser a melhor. E a melhor ração para cães e gatos é a ração que utiliza os produtos da linha Hidrofoc, que são desenvolvidos nos mais altos padrões de qualidade para agregar valor ao seu produto.

Focam Ind. e Com. de Aditivos Ltda.Estrada Municipal para Tainhas, Km o1

Carambeí - (PR)www.hidrofoc.com.brwww.focam.com.br

E-mail: [email protected]: (42) 3231-9400 / (42) 9973-3812

Com hidrolisados Hidrofoc seus produtos �cam superCom hidrolisados Hidrofoc seus produtos �cam super

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Focam.pdf 1 06/02/11 16:13

Page 15: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

28 29

“Nossa missão é fomentar o mercado de nutrição e sermos promotores de

informações técnicas e científicas, estando em sintonia com as necessidades do setor.”

Aulus Cavalieri Carciofi

Professor Doutor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, campus de Jaboticabal (SP) e Diretor da Comissão de Assuntos Técnicos do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal – CBNA, Aulus Cavalieri Carciofi fala sobre a realização do 10° Congresso de Nutrição de Animais de Estimação, o seu formato, as novidades e objetivos. Neste ano, além de ser realizado paralelamente à Fenagra, feira do setor de graxarias, e a 1ª Expo Pet Food, que reunirá as empresas de alimentação animal, o Congresso ganhou um perfil ainda mais internacional, com um dia dedicado a palestrantes vindos de países como Holanda, Estados Unidos, Argentina, Itália e Inglaterra. “Nosso evento chega à 10ª edição e com condições de oferecer uma programação afinada com as necessidades atuais de nutricionistas e técnicos de diversos setores da indústria pet food.”

Revista Pet Food - Quais as expectativas em torno da realização de mais uma

edição do Congresso Internacional sobre Nutrição de Animais de Estimação?

Aulus Cavalieri Carciofi - Nossa expectativa é muito boa. Estamos com

palestrantes do Brasil, Holanda, Estados Unidos, Argentina, Itália e Inglaterra.

Os temas foram decididos por um comitê técnico integrado, formado por

profissionais da indústria, consultores e professores. Os assuntos estão bastante

interessantes e focados em fornecer novas informações ao setor. Este ano será a

10ª edição do Congresso de Nutrição de Animais de Estimação do CBNA - Colégio

Brasileiro de Nutrição Animal, portanto, é um evento já maduro e com condições

de oferecer uma programação afinada com as necessidades de nutricionistas e

técnicos de diversos setores da indústria pet food.

Revista Pet Food - Aponte os diferenciais desta edição em relação aos anos

anteriores?

Aulus - Neste ano, o Congresso se juntará ao Fenagra - evento nacional da indústria

de reciclagem animal – SINCOBESP e também ao 10° ano de seu workshop. Tanto

o evento do SINCOBESP, quanto do CBNA manterão as suas individualidades,

quanto ao formato, carga horária e escolhas dos temas. Esta junção se deve à

grande afinidade existente de temas e públicos, acreditamos reunir fornecedores e

consumidores de proteína de origem animal, com necessidades em comum, com

o mesmo interesse por informações como legislação e regulamentação, segurança

alimentar, aditivos e processos, dentre outros assuntos. Para viabilizar esta união,

buscamos um espaço físico maior. O evento acontecerá no Colégio São Luis, em

São Paulo, onde teremos melhor infraestrutura. Além desta mudança, houve maior

internacionalização do Congresso. Considerando o rápido crescimento da inserção

do Brasil na economia mundial, traremos mais palestrantes internacionais, que

ocuparão um dia inteiro, com seis apresentações e traduções simultâneas.

Revista Pet Food - Qual a análise sobre estes 10 anos de Congresso? Quais as

principais conquistas?

Aulus - A missão do CBNA é fomentar o mercado de nutrição e ser promotor de

informações técnicas e científicas, estando em sintonia com as necessidades do

setor. É um colegiado independente e sem fins lucrativos, que também objetiva com

seus Congressos criar integração, networking e amizades entre os atores da nutrição

animal do país. Acreditamos desempenhar bem este papel também no setor de

animais de estimação, pois o público dos eventos é crescente e as avaliações dos

participantes têm sido boas. Implementamos há dois anos uma seção científica no

evento, de modo a estender a oportunidade para participação da academia. Para isto

foi montado um comitê científico independente, com membros de universidades e

da indústria, que avalia submissões de resumos. Os selecionados são apresentados

na forma de pôster e os três melhores pontuados são apresentados oralmente

durante o evento. Como incentivo, o CBNA dá uma premiação de R$ 1.000,00 ao

melhor trabalho. O objetivo principal desta ação é promover a integração entre o

produtor de informação e a mão-de-obra qualificada, favorecendo melhor sintonia

das pesquisas e maior inclusão das indústrias nas universidades.

Revista Pet Food - E sobre a realização da 1ª edição da Expo Pet Food em

conjunto com a Fenagra e o Congresso, qual a sua opinião e expectativas?

Aulus - Como dissemos anteriormente, ampliar o networking, integração e amizade

entre pessoas também é o objetivo do CBNA. Sua realização em paralelo a uma feira

técnica focada em pet food vem ao encontro destes objetivos. Volto a afirmar que são

eventos independentes. O CBNA organiza o seu Congresso dentro dos seus critérios.

A Editora Stilo, com a experiência de já ter realizado várias edições da Fenagra,

amplia agora a sua atuação com a Expo Pet Food. Vemos nas duas ações bastante

sinergia, além do acesso a palestras técnicas, o participante do Congresso terá acesso

a fornecedores, consumidores e a diversas empresas do setor. A nossa intenção com

esta iniciativa é contribuir e favorecer ainda mais com o crescimento técnico do setor,

abrindo um espaço de qualidade para o encontro de técnicos e formadores de opinião.

EntrevistaRevista Pet Food - Qual a expectativa de público? Qual é o perfil do visitante

que está sendo aguardado?

Aulus - O Congresso de Nutrição de Animais de Estimação tem atraído

aproximadamente 250 pessoas a cada ano. Participam veterinários, zootecnistas,

engenheiros agrônomos, administradores e muitos outros profissionais da

indústria. A participação de alunos de pós-graduação e professores também

têm sido importante. Este público encontrará em uma feira técnica interessante

oportunidade de negócios, troca de experiências e atualização. Não é nosso

interesse atrair público leigo, nem pessoas ligadas a outros setores do mercado

pet food como saúde e beleza.

Revista Pet Food - Como são escolhidos os temas das palestras?

Aulus - O temário do Congresso é decidido por um comitê independente integrado

por 18 pessoas. Dentre estas existem 5 representantes do CBNA, um representante

de Universidade e 12 profissionais de diversos segmentos da indústria, incluindo

aditivos e conservantes, palatabilizantes, máquinas e equipamentos, vitaminas e

minerais, produtores de alimento industrializado, dentre outros. De comum acordo

e consultando as sugestões dos anos anteriores, definem-se temas e palestrantes

para cada evento.

Revista Pet Food - Na ocasião teremos uma Rodada de Negócios. Poderia nos

adiantar o que será apresentado e qual o formato?

Aulus - Esta é mais uma iniciativa nova para este ano. A rodada seguirá o formato

adotado pela FIESP/CIESP, entidades com as quais acordamos uma assessoria e

orientação na condução deste projeto. Empresas âncoras, com potencial definido de

compra dos mais diversos itens, receberão sequencialmente possíveis fornecedores,

de modo a dinamizar a relação, negociação e integração entre empresas.

Revista Pet Food - Tanto na Fenagra, quanto na Expo Pet Food, os expositores,

independente do porte, têm a mesma oportunidade, ou seja, participam

com os mesmos espaços. Como analisa este posicionamento adotado pela

coordenação da feira?

Aulus - Esta característica das feiras, bem como o preço mais acessível de seus

estandes foram fatores importantes para o CBNA optar por realizar o Congresso em

paralelo a elas. Isto confere aos eventos um perfil de feira de negócios, não apenas

de instrumento de marketing como outras que ocorrem no Brasil, que incluem

representantes do setor pet food. Existe democratização da oportunidade de estar

presente e uma relação custo-benefício que as viabiliza economicamente para

pequenas e grandes empresas. Na visão do CBNA, nos vemos confortavelmente

inseridos neste meio, com ampliação das possibilidades de contato técnico,

conhecimento interpessoal e fomento do setor.

Revista Pet Food - Como você vê o apoio aos eventos de Sindicatos e Entidades

como: FIESP, CIESP, SESI, SENAI, ABRAFIO, ABRA, SINDIRAÇÕES, SINDIFRIO,

CETESB, ABISA e MAPA?

Aulus - Demonstra que tanto o SINCOBESP, quanto o CBNA têm levado a sério

suas missões e empenhan-se em promover eventos

de qualidade. O setor de nutrição de animais de

estimação tem crescido, mas ainda falta certo

amadurecimento. Não existiam, também, espaços

para fórum técnicos, além do representado pelo

Congresso e pelo workshop do SINCOBESP. A

ampliação representada pelas feiras e a união dos

dois eventos aumentarão, em muito, os escopos de

ações destes eventos, se estes fossem considerados

isoladamente. Acredito que os sindicatos e entidades

perceberam isto e apóiam a iniciativa em função da

contribuição ao setor que dela resultará.

Page 16: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

30 31

Tudo pronto para a 1ª Expo Pet Food

Uma feira exclusiva para o setor de alimentação animal. A Expo Pet Food será realizada entre os dias 30 e 31 de março, em São Paulo, e acontece simultaneamente à Fenagra – Feira das Graxarias e ao Congresso Internacional sobre Nutrição de Animais de Estimação (CBNA).

ExpoPetFood

m mercado com o potencial como o de

alimentação animal merecia há tempos, no Brasil, uma

feira exclusiva. Vislumbrando esta oportunidade, a Editora

Stilo em parceria com o CBNA – Colégio Brasileiro de

Nutrição Animal – e o SINCOBESP – Sindicato Nacional

dos Coletores e Beneficiadores de Subproduto de Origem

Animal - lançaram a Expo Pet Food. A feira acontece

juntamente com o já consagrado Congresso Internacional

sobre Nutrição de Animais de Estimação, em sua 10ª edição

e a Fenagra - Feira de Graxarias, realizada pelo sexto ano

e que reúne os fornecedores de matérias primas para a

indústria de ração animal, cosméticos, produtos de higiene

e limpeza, combustíveis alternativos e outros.

A proposta de reunir os segmentos de Pet Food e

Graxaria aconteceu de maneira natural e devido à

sinergia presente em mercados tão complementares, já

que as empresas produtoras de Pet Food são clientes/

consumidoras de grande parte dos produtos produzidos

pelas graxarias.

O SINCOBESP estima que a Feira e o Congresso

recebam, no Centro de Eventos São Luis, na região da

Avenida Paulista (SP), cerca de cinco mil participantes

e o CBNA estima contar com a inscrição de 250

congressistas interessados no concorrido mercado

Pet Food, que contabilizou, em 2009, R$ 6.2 bilhões

(dados da Anfalpet).

No total serão 80 estandes, dos quais 40 dedicados

aos expositores de Pet Food, ocupando uma área de 2 mil

metros quadrados. São empresas nacionais e multinacionais,

fabricantes de máquinas e equipamentos, prestadoras

de serviços e fornecedoras de matérias primas para seus

respectivos mercados.

O programa do Congresso de Graxarias está em

fase de estruturação, mas já conta com a confirmação de

palestrantes e visitantes do Brasil e exterior. O mesmo

ocorre com o Congresso CBNA de Pet Food.

Os eventos contam com a parceria do Sistema FIESP/

CIESP/SESI/SENAI, da Cia Ambiental do Estado de São

Paulo (CETESB), da Associação Brasileira de Reciclagem

Animal (ABRA), do Sindicato Nacional das Indústrias de

Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES), da Associação

Brasileira da Indústria de Refrigeração (ABRAFRIO), do

Sindicato das Indústrias do Frio no Estado de São Paulo

(SINDIFRIO), da Associação Brasileira da Indústria de

Saboaria e Afins (ABISA) e do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (MAPA).

AS NOVIDADES E EXPECTATIVAS DOS VISITANTES E EXPOSITORES

Para a J. Rettenmaier, líder mundial no segmento de fibras

para diversas aplicações, a feira será importante para consolidar

novos contatos e apresentar os conceitos e produtos da empresa,

que está iniciando, neste ano, a implantação da unidade de

negócios de nutrição animal no Brasil. “Pretendemos visitar

o evento e consideramos uma muito boa a ideia de associar

no mesmo espaço dois eventos de segmentos que estão tão

próximos. Assim, a feira se torna mais focada e aplicável, além

de viabilizá-la economicamente. Eventos assim são importantes

para reunir o setor e por em contato clientes e fornecedores,

visando à geração de novos negócios”, afirma Ricardo Ferrari,

gerente de negócios do setor de nutrição animal.

A M. Cassab Pet apresentará na Expo Pet Food/Fenagra

a sua nova linha de proteínas funcionais, a Plasma AP 920,

especial para alimentos de cães e gatos. Trata-se de uma

tecnologia desenvolvida pela APC Ind., em parceira comercial

com a M.Cassab, que incorpora benefícios nutricionais e de saúde

intestinal à alimentação dos animais, além de proporcionar forte

melhoria na palatabilidade e aparência de kibbles e wetfoods.

De acordo com Guilherme Palumbo, supervisor de

produto pet, é o primeiro ano em a que M.Cassab participa

da Fenagra e agora com a realização da primeira edição

da Expo Pet Food, acredita que os negócios serão ainda

melhores. “Na primeira vez lançamos a linha Petty Meal de

premixes vitamínico-minerais e também mostramos nossa

ampla gama de produtos, principalmente em aminoácidos,

corantes e propilenoglicol. Agora, chegamos com mais

esta inovação das proteínas funcionais, uma tecnologia de

fronteira no segmento de nutrição pet.”

Há mais de 80 anos no mercado, a M.Cassab atua em

diversos setores, no Brasil e exterior, e sua unidade de tecnologia

animal destaca-se pelos investimentos no desenvolvimento

constante de sua linha de produtos, sempre sob o foco e

compromisso de levar a seus clientes a melhor relação custo X

benefício em nutrição animal.

A APC Inc. estará presente na 1ª edição da Expo Pet Food,

em conjunto com a M. Cassab, para apresentar as vantagens

da utilização da Plasma AP 920, em dietas de cães e gatos.

Líder mundial em pesquisa, desenvolvimento e produção de

proteínas funcionais para saúde e nutrição animal, a empresa

tem realizado centenas de trabalhos, já publicados em revistas

científicas reconhecidas internacionalmente, destacando os

benefícios da adição de proteínas funcionais nas dietas para

animais.

U

Page 17: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

32 33

Razão Social: AFB INTERNATIONAL LTDANome Fantasia: AFB INTERNATIONALEndereço: Av. Selma Parada, 201 - Conj. 453Cidade: CampinasEstado: SPCep: 13091-901Telefone: (19) 3206-0044Fax: (19) 3206-0044E-mail: [email protected]: www.afbinternational.comProduto/Serviço: Palatabilizantes.Lançamento durante a Expo Pet Food 2011: Probióticos. Stand nº: 59Pessoa de Contato no Evento: Marcelo Beraldo.

Razão Social: AÇUCAREIRA QUATÁ S.A. Nome Fantasia: BIORIGINEndereço: Rua XV de Novembro, 865Cidade: Lençóis Paulista Estado: SP Cep: 18680-900Telefone: (14) 3269-9000Fax: (14) 3269-9210 E-mail: [email protected] Site: www.biorigin.net Produto/Serviço: Ingredientes naturais (levedura e derivados) para a nutrição animal Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Não haverá um lançamento, mas estaremos promovendo com mais destaque o produto MacroGard, beta-1,3-1,6-glucano purificado.Stand nº: 60Pessoa de Contato no Evento: Marcia Mantovani – (11) 9486-8701

Razão Social: ALLTECH DO BRASIL AGROINDUSTRIAL LTDA.Nome Fantasia: ALLTECH DO BRASILEndereço: Rua Curió, 312 – Capela VelhaCidade: AraucáriaEstado: PRCep: 83705.552Telefone: (41) 3888-9200Fax: (41) 3888-9203 E-mail: [email protected] Site: www.alltech.com/pt Produto/Serviço: A Alltech é uma empresa global de saúde e nutrição animal com 30 anos de experiência no desenvolvimento de produtos naturais cientificamente aprovados que melhoram a saúde e o rendimento dos animais. Com sede nos Estados Unidos, está instalada no Brasil há 17 anos. A empresa tem uma planta e sede corporativa em Araucária e a maior planta de biotecnologia do mundo, na cidade de São Pedro do Ivaí (PR).A empresa investe e mantém três Centros de Biociências e investe continuamente em novas aquisições para manter sua posição de liderança no segmento de nutrição animal.Os principais produtos da Alltech para a linha Pet Food são os minerais, enzimas, agentes flavorizantes, antioxidantes, adsorventes de micotoxinas, aditivos para controle de odores e outros produtos extraídos de derivados de leveduras. Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 64Pessoa de Contato no Evento: Joyce Nardin

Razão Social: ANDRITZ FEED & BIOFUEL Brasil LtdaNome Fantasia: ANDRITZ FEED & BIOFUELEndereço: Av. Vicente Machado, 589Cidade: Curitiba

Estado: PR Cep: 80420-010Telefone: (41) 2103.7572Fax: (41) 2103.7623 E-mail: [email protected] Site: www.andritz.comProduto/Serviço: Linhas de extrusão, linhas de pelletização de racões e biomassa.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 48Pessoa de Contato no Evento: Cláudio Mathias

Razão Social: APC DO BRASIL LTDA Nome Fantasia: APCEndereço: Rod. BR 480 - Km 15, Localid. Serrinha, Dt. Goio-Em - CP: 151Cidade: ChapecóEstado: SCCep: 89816-200Telefone: (19) 3402.4502 Fax: (19) 3402.2973 E-mail: [email protected] Site: www.functionalproteins.com Produto/Serviço: AP 920 (plasma ultrafiltrado spray dried) e AP 301 (hemácias spray dried)Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: aplicações de AP 920 e AP 301 em dietas de cães e gatos.Stand nº: 47Pessoa de Contato no Evento: Luís Rangel e Guilherme Palumbo

Razão Social: A&R NUTRIÇÃO ANIMAL LTDA Nome Fantasia: A&R NUTRIÇÃO ANIMAL Endereço: Rua João Cardoso Lima, 467Cidade: Maringá Estado: PRCep: 87065-150Telefone: (44) 3355-7000Fax: (44)3355-7000 E-mail: [email protected] / [email protected] Site: www.sabaogeo.com.br Produto/Serviço: Farinha de Carne Esterilizada, Sebo Industrial, Farinha de Sangue, Farinhas de Penas, Farinhas de Vísceras, Óleo de Frango, Farinha de Peixe, Óleo de Peixe .Lançamento durante a Fenagra 2011: Stand nº: 55Pessoa de Contato no Evento: Charbel Syrio

Razão Social: EDITORA GUARÁ LTDA Nome Fantasia: EDITORA GUARÁ Endereço: Rua Dr. José Elias 222 – Alto da LapaCidade: São Paulo Estado: SP Cep: 05083-030Telefone: (11) 3835-4555 Fax: (11) 3835-4555 E-mail: [email protected] Site: www.editoraguara.com.br Produto/Serviço: revista Clínica Veterinária (www.revistaclinicaveterinaria.com.br), publicação direcionada à educação continuada dos clínicos veterinários de pequenos animais e a livraria Probem (www.probem.info), que contém livros direcionados ao bem-estar animal, comportamento, bioética, educação humanitária, entre outros.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 69Pessoa de Contato no Evento: EX

PO P

ET F

OOD

2011

- EX

POSI

TORE

SExpoPetFood

Page 18: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

34 35ExpoPetFoodIII CONGRESSO INTERNACIONAL E X SIMPÓSIO SOBRE

NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Local: Centro de Eventos São Luís - São Paulo, SP

Primeiro Dia: 30 de março de 2011 – quarta-feira

08:00 – 08:45 Inscrições e entrega de material aos inscritos

08:45 – 09:00 Abertura

09:00 – 09:45 Registro de ingredientes e alimentos para cães e gatos Profissional do MAPA, Brasília – DF

09:45 – 10:00 Perguntas 10:00 – 10:30 Intervalo

10:30 – 11:15 Digestibilidade de alimentos industrializados: critérios de comparação e classificação de alimentos Ricardo S. Vasconcellos - Centro de Ciências Agroveterinárias – Universidade Estadual deSanta Catarina

11:15 – 11:30 Perguntas

11:30 – 12:15 Balanceamento de aminoácidos em alimentos para cães e gatos Aulus C. Carciofi – FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP

12:15 – 12:30 Perguntas 12:30 – 14:00 Intervalo

14:00 – 14:45 Formulando a palatabilidade : implicações dos ingredientes e processamento na aceitabilidade final do produto Cesar Fernandez Garrasino – AFB International, Argentina

14:45 – 15:00 Perguntas

15:00 – 15:45 Embalagens plásticas para pet food: relação entre qualidade, proteção e sustentabilidadeProfissional do CETEA/ITAL, Campinas, SP

15:45 – 16:00 Perguntas 16:00 – 16:30 Intervalo

16:30 – 17:15 Segurança dos alimentos: principais contaminantes microbiológicos em pet food Vildes Maria Scussel – Universidade Federal de Santa Catarina

17:15 – 17:30 Perguntas

Segundo Dia: 31 de março de 2011 – quinta-feira

09:00 – 09:45 Necessidades de energia para cães e gatos: elas mudam em países tropicais? Anton Beynen - Vobra Special Petfoods BV, Holanda

09:45 – 10:00 Perguntas 10:00 – 10:30 Intervalo

10:30 – 11:15 Redução de partículas no processo de moagem Andrew Hollister – Produtos Jacobson, USA

11:15 – 11:30 Perguntas

11:30 – 12:15 Alimentos funcionais: pode a dieta aumentar a longevidade e bem estar dos animais? Monica Cutrignelli – University of Naples Federico II, Itália

12:15 – 12:30 Perguntas 12:30 – 14:00 Intervalo 14:00 – 15:00 Apresentação Oral de Trabalhos Técnicos

15:00 – 15:45 Cães de pesquisa podem ser animais de estimação? John Rawlings – WALTHAM Centre for Pet Nutrition

15:45 – 16:00 Perguntas 16:00 – 16:30 Intervalo

16:30 – 17:15 Segurança dos alimentos: como assegurá-la durante o processamento de pet food Galen Rokey - Wenger – USA

17:15 – 17:30 Perguntas 17:30 Encerramento

Page 19: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

36 37ExpoPetFood

Razão Social: GUABINome Fantasia: MOGIANA ALIMENTOS LTDAEndereço: Rua das Magnólias, 2405 - Jd. das BandeirasCidade: Campinas Estado: SP Cep: 13050-089Telefone: (19) 3729-4517 Fax: (19) 3729-4517 E-mail: [email protected] Site: www.guabi.com.br Produto/Serviço: Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 57Pessoa de Contato no Evento: Marcelo Doné / Anacleto Batista

Razão Social: ICC INDL. COM. EXP. E IMP. LTDA.Nome Fantasia: ICCEndereço: Av. Brig. Faria Lima 1.768, Conj. 4CCidade: São Paulo Estado: SP Cep: 01451-909Telefone: (11) 3093.0798Fax: (11) 3816.7661E-mail: [email protected] Site: www.yeastbrazil.com Produto/Serviço: Levedura, polpa de beterraba, yuccaLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 43Pessoa de Contato no Evento: Márcia Villaça

Razão Social: IMEVE – INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS Nome Fantasia: IMEVE BIOTECNOLOGIAEndereço: Rua Minervino Pedroso, 311Cidade: Jaboticabal Estado: SP Cep: 14871-360Telefone: (16) 3202.1747 Fax: (16) 3202.1747 E-mail: [email protected]: www.imeve.com.brProduto/Serviço: aditivos probióticos para nutrição animal / medicamentos para animais de produção e de companhia e embelezamento para Pet. Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: aditivo probiótico para nutrição Pet Stand nº: 64Pessoa de Contato no Evento: Geraldo Martins ou Wagner Correa

Razão Social: INFORME REPRESENTAÇÕES S/C LTDA Nome Fantasia: INFORME REPRESENTAÇÕESEndereço: Rua Maestro Cardin, 407 - Conjunto 802/804Cidade: São Paulo Estado: SP Cep: 01323-000Telefone: (11) 3149-4909Fax: (11) 3149-4907 E-mail: [email protected] Site: www.agroinforme.com.br Produto/Serviço: Representação Comercial de Proteínas e gorduras animaisLançamento durante a Fenagra 2011: Stand nº: 66 Pessoa de Contato no Evento: Juliano Sousa

Razão Social: JIANGSU MUYANG GROUP CO., LTD. Nome Fantasia: MUYANG Endereço: No. 1, Muyang Road, Hanjiang Industrial ParkCidade: Yangzhou Estado: Jiangsu Cep: C.P. 225127Telefone: (55 11) 5041-4144; (0086) 514-87848880 Fax: (55 11) 5041-4144; 0086-514-87848686 E-mail: [email protected]; [email protected] Site: www.muyang.com; www.widi-eng.com Produto/Serviço: Equipamentos para ração PET e outros, Representante exclusivo: WIDI TEC.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 39/40Pessoa de Contato no Evento: Stefan Widmann, Jason Wong, Heinz Thiele

Razão Social: KEMIN NORD PALATABILIZANTES DO BRASIL S/ANome Fantasia: KEMIN NUTRISURANCEEndereço: Rodovia BR 282 – Km 475Cidade: Vargeão Estado: SC Cep: 89690-00Telefone: (55 49) 3434 0266/ (55 49) 3434 0602Fax: (55 49) 3434 0266E-mail: [email protected] Site: www.kemin.com Produto/Serviço: Palatabilizantes, Antioxidantes, Anti-fúngicos, Minerais Orgânicos, Emulsificante, Bio Curb Dry.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Linha Palasurace Dry (palatabilizante em pó) e Palasurance SP5 Dog Liquido.Stand nº: 45Pessoa de Contato no Evento: Jacqueline Nascimento/ Flávia Carneiro/ Ricardo Ferrari/ Hudson Oliveira

Razão Social: M. CASSAB COMÉRCIO E INDÚSTRIANome Fantasia: M. CASSABEndereço: Av. das Nações Unidas, n° 20.882Cidade: São Paulo Estado: SP Cep: 04795-000Telefone: (11) 2162-7788Fax: (11) 3468-7788 E-mail: [email protected] Site: www.mcassab.com.br Produto/Serviço: MATÉRIAS-PRIMAS:Aminácidos - Taurina/Lisina/Metionina/Triptofano/Treonina/Glutamina-Ác. GlutâmicoVitaminas – A/D3/E/K3/B1/B2/B6/B12/Niacina/Ac.. Fólico/Ac. Pantotênico/Biotina/Inositol/Vit. C 35%/ColinaMicrominerais: Zinco/Selênio/Iodo/Ferro/Cobre/ManganêsAntioxidantes, PropilenoGlicol, CorantesPROTEÍNAS FUNCIONIAS: AP 920: PlasmaAP 301: Filtrado de HemáceasPREMIXES:Linha PettyMeal : linha completa de premix vitamínicos/mineral para Cães e GatosPremixes CustomizadosAvaliador de Qualidade de Misturas:MICROTRACER F-REDSERVIÇOS: Análises laboratoriais; consultoria laboratorial; suporte técnico de

formulações e desenvolvimento de alimentos Pet Food.Lançamento durante a Expo Pet Food 2011: Em parceira com a empresa APC, apresentação para o mercado PetFood da linha de Proteínas Funcionais. A linha é compreendida pelo AP 920 (Plasma) e AP 301 (Ultra-filtrado de Hemácias).Stand nº: 47Pessoa de Contato no Evento: Guilherme R. Palumbo

Razão Social: MANZONI INDUSTRIAL LTDANome Fantasia: MANZONIEndereço: Rua Eldorado, 708Cidade: CampinasEstado: SPCep: 13052-450Telefone: (19) 3225-5558Fax: (19) 3265-6882E-mail: [email protected]: www.manzoni.com.brProduto/Serviço: A Manzoni, possuidora de um índice de 100% de satisfação de clientes de extrusoras, é fabricante de equipamentos para fábricas de rações extrusadas há mais de 10 anos. Produz equipamentos para produção de 500 Kg/h a 15.000 Kg/h, fornecendo todo o sistema de extrusão, tais como: extrusoras, resfriadores, secadores e transportes pneumáticos. A Manzoni se especializou também, como fabricante de peças de manutenção para a indústria de ração animal, para todos os equipamentos do mercado nacional e importado, incluindo: Martelos, eixos e peneiras para todos os tipos de moinhos; Facas, portas-faca, matrizes e discos para formatação; Fabricação e recuperação de eixos, roscas, luvas e camisas. A Manzoni faz a formatação das principais marcas de rações do mercado nacional. Acesse nosso site e confira.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 61Pessoa de Contato no Evento: Sandro F. Manzoni / Luciano F. Manzoni / Roger F. Piacente

Razão Social: MÁQUINAS VIEIRA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.Nome Fantasia: MOINHOS VIEIRAEndereço: Rua Lino Del Fiol, 485 - Vila PaulinaCidade: Tatuí Estado: SP Cep: 18276-390Telefone: +(55 15) 3251-4558 Fax: +(55 15) 3305-2111 E-mail: [email protected] Site: www.moinhosvieira.com.br Produto/Serviço: Moinhos a MarteloLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 52Pessoa de Contato no Evento: Flávio Pavanelli

Razão Social: NESTLÉ BRASIL S/A Nome Fantasia: NESTLÉ PURINA PET CAREEndereço: Rua Chucri Zaidan, 246Cidade: São Paulo Estado: SP Cep: 05435-000Telefone: (11) 9613-6755 Fax: (11) 5508-9542 E-mail: [email protected]/[email protected] Site: www.purina.com.br Produto/Serviço: Pet FoodLançamento durante a Expo Pet Food / 2011:

Stand nº: 38Pessoa de Contato no Evento: Paula Yasumura

Razão Social: NUTRIÇÃO PONTO VET. Nome Fantasia: NUTRIÇÃO.VETEndereço: Rua Miquelina Volpe Morello, 220 Colina VerdeCidade: Jaboticabal Estado: SP Cep: 14887-374Telefone: (19) 3119-7477Fax: (19) 3119-7477 E-mail: [email protected] Site: www.nutricao.vet.br Produto/Serviço: Veiculação on line de informação atual, isenta e abalizada, exclusivamente sobre nutrição de animais de companhia.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 69Pessoa de Contato no Evento: Cristiana Prada

Razão Social: PERCON INDÚSTRIA DE METAIS PERFURADOS LTDANome Fantasia: PERCON PERFURADOSEndereço: Rua Três, s/n° - Distrito IndustrialCidade: Cordeirópolis Estado: SP Cep: 13490-000Telefone: (19) 3546-6120 / 3546-5304 / 3546-4322Fax: (19) 3546-5304E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected] Site: www.percon.ind.brProduto/Serviço: Chapas perfuradas em geral. Peneiras para: pré-moagem; pré-limpeza; peneiras para resfriadores; peneiras para secadores; martelos e eixos para moinhos; chapas perfuradas sob medida para o cliente.Lançamento durante a Fenagra 2011: não há.Stand nº: 68Pessoa de Contato no Evento: Srs. Joaquim / Renan.

Razão Social: PROMEP / TEKINOXNome Fantasia: PROMEP / TEKINOXEndereço: Rua Trinta Caminho, n.º 35Cidade: Campinas Estado: SP Cep: 13087-533Telefone: (19) 3756-9696Fax: (19)3256-3191E-mail: [email protected] Site: www.promep.com.br / www.tekinoxcampinas.com.brProduto/Serviço: Equipamentos para produção de alimentos para animais de estimaçãoLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Apresentação da linha de extrusão de Pet Food.Stand nº: 67Pessoa de Contato no Evento: José Augusto Queiroz Junior

Razão Social: PRONUTRA DO BRASIL COM. E IND. LTDA Nome Fantasia: EUROTEC NUTRITIONEndereço: Av. Ivo Lucchi, S/N, Área Industrial – Palhoça/SC Cidade: Palhoça Estado: SC Cep: 88133-510Telefone: (48) 3279-4000 EX

PO P

ET F

OOD

2011

- EX

POSI

TORE

S

Page 20: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

38 39ExpoPetFood

Fax: (48) 3279-4012 E-mail: [email protected] Site: www.euronutri.com.br Produto/Serviço: Aditivos para Nutrição AnimalLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: nãoStand nº: 56Pessoa de Contato no Evento: Guillermo Vieira – Lucas Cypriano – Thiago Schurhaus

Razão Social: RHOTOPLÁS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENS Nome Fantasia: RHOTOPLÁS Endereço: Av. 26 de Março 641 Cidade: Barueri Estado: SP Cep: 06401-050Telefone: (11) 4199-2555Fax: (11) 4198-2351 E-mail: [email protected] / [email protected] Site: www.rhotoplas.com.br Produto/Serviço: Embalagens FlexíveisLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Utilização de Rotomec 10 cores em Filmes e Sacos para Pet Food.Stand nº: 46Pessoa de Contato no Evento: Fernando e Rogério

Razão Social: ROYAL CANIN DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Nome Fantasia: ROYAL CANIN DO BRASILEndereço: Rua João Augusto Cirelli, 210 / TamanduáCidade: Descalvado Estado: SP Cep: 13690-000 Telefone: 0800 703 55 88 Fax: (19) 3583-2223 E-mail: [email protected] Site: www.royalcanin.com.br Produto/Serviço: Alimentos para Cães e GatosLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: NãoStand nº: 37Pessoa de Contato no Evento: Luciana Oliveira

Razão Social: SURFACE ENGINEERING SERVICESNome Fantasia: SESEndereço: Rua Vicente D`Aquino, 86Cidade: São Carlos Estado: SP Cep: 13570-060Telefone: (16)3368.3118Fax: (16) 3368.3118 E-mail: [email protected] Site: www.ses-engenharia.com.br Produto/Serviço: Martelos para moinhos com revestimento de tungstênio (WC), “SES WC”.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Martelos modelo “SES WC +” com dupla camada de revestimento, mais durabilidade com mesmo custo.Stand nº: 58Pessoa de Contato no Evento: Eng. Nélio Gaioto Filho.

Razão Social: SPF DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Nome Fantasia: SPFEndereço: Rodovia SP 215 - Km 112,5 – Bairro Rural

Cidade: Descalvado Estado: SP Cep: 13690-000Telefone: (19) 3583-9400Fax: (19) 35839402E-mail: [email protected] Site: www.spfbrasil.com.br Produto/Serviço: Palatabilizantes para Pet FoodLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: D´TECH 12LStand nº: 53 e 54Pessoa de Contato no Evento: George Ben Josef

Razão Social: VOGLER INGREDIENTS LTDA Nome Fantasia: VOGLER INGREDIENTSEndereço: Est Part Fukutaro Yida, 1173 - CooperativaCidade: São Bernardo do Campo Estado: SP Cep: 09852-060Telefone: (11) 4393-4400 Fax: (11) 4392-6600 E-mail: [email protected] Site: www.vogler.com.br Produto/Serviço: Ácido Fumárico HWS, Ácido Cítrico, Ácido sórbico, Aromas, BHA, BHT, Beta-caroteno, Corante amarelo crepúsculo, Corante amarelo tartrazina, Corante amarelo quinoleína, Corante Azul Brilhante, Corante Azul indigotina, Corante Marrom mistura, Corante verde folha, Corante verde musgo, Corante vermelho alura 40, Corante vermelho bordeaux, Corante vermelho ponceau, Corante carmoisina, Corante eritrozina, Corante caramelo líquido, Corante caramelo pó,Corante laca, Óxidos de ferro, Dióxido de Titânio,EDTA, Gelatina, Glúten de trigo, Goma Xantana, Goma guar, Goma acácia, Carragena, Lecitina de soja, Monodiglicerídeos 52 e 90%, Propionato de cálcio, Sacarina sódica, Sorbato de potássio, Taurina, TBHQ, Fibra solúvel de milho – PROMITOR, Proteína de soro de leite, Permeato de soro de leite, Polpas e extratos vegetais.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 49Pessoa de Contato no Evento: Tatiane e Bruna

Razão Social: WENGER DO BRASIL LTDA. Nome Fantasia: WENGER Endereço: Rua A, nº 467 - Loteamento Portal do Anhanguera, Bairro MacucoCidade: Valinhos Estado: São Paulo Cep: 13279-411Telefones: +55 (19) 9772 2809 – Mauricio Bernardi+55 (19) 3881-5060 – Wenger do BrasilFax: +55 (19) 3881-5064 – Wenger do BrasilE-mail: [email protected] Site: www.wenger.com Produto/Serviço: Sistemas de Extrusão para Petfood e Alimentos Aquáticos, envolvendo Misturadores, Extrusores, Secadores, Recobridores e Resfriadores.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Nossos novos equipamentos que recentemente foram lançados no mercado são:• Pré-condicionador - (HIP) High Intencity Preconditioner;• Sanitary Dryer;• Thermal Twin Screw Extruder.Stand nº: 63Pessoa de Contato no Evento: Mauricio Bernardi

EXPO

PET

FOO

D 20

11 -

EXPO

SITO

RES

Page 21: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

40 41Em Foco 1

om a expectativa de se tornar o quinto maior

produtor de pescado em cativeiro (aquicultura) do mundo

nos próximos dez anos, o Brasil deve fechar 2011 com uma

produção superior a 570 mil toneladas de peixes, contra as

500 mil esperadas neste ano. Além disso, o Ministério de

Pesca e Aquicultura prevê chegar a 2015 com um consumo

anual superior a 12 quilos por habitante, ante os nove quilos

esperados este ano.

O País, que ocupa atualmente a 18° posição entre os

maiores produtores de aquicultura no mundo, pode ficar entre

os dez maiores já em 2015, quando se espera uma produção

de aproximadamente 1 milhão de toneladas de peixes. As

informações são da Secretaria Nacional da Aquicultura.

Desde 2003, quando a secretaria foi fundada, os planos

do governo se baseavam na ampliação da oferta de peixes em

cativeiro. Para isso foi criado um decreto que permitia o uso

de águas da União pelos produtores. Segundo Felipe Matias,

secretário nacional da aquicultura, inicialmente, a autorização

não gerou uma grande procura dada a burocracia para receber

tal permissão. Naquele ano, a produção da aquicultura nacional

era de 278 mil toneladas e até 2005 os volumes somente caíam,

chegando a 257 mil toneladas de pescado.

Somente em 2008 a produção de pescado em cativeiro

obteve o primeiro grande resultado, de acordo com o

secretário, saltando de 289 mil toneladas em 2007, para

365 mil. “As pessoas queriam produzir nessas águas e não

conseguiam. Em 2003, o decreto regulamentou o cultivo e

possibilitou essa guinada. Os resultados só foram aparecer

em 2008, quando começamos a fazer as cessões ( o mesmo

que os títulos de terra) dessas águas para que as pessoas

produzissem”, afirmou Matias, acrescentando que a União

possui mais de 5 milhões de hectares em águas, que servem

para a produção de peixes.

Em 2009, quando a produção já ultrapassava a casa das

415 mil toneladas, o presidente da república Luiz Inácio Lula

da Silva resolveu criar o Ministério da Pesca e Aquicultura,

que movimentava por ano mais de US$ 5 bilhões.

No plano de desenvolvimento criado em 2008, a meta

estipulada para a produção da aquicultura até 2011 era

chegar a 570 mil toneladas. “Este plano tem como meta

atingir 570 mil toneladas de pescado até 2011. Esse ano

bateremos as 500 mil. Se esse crescimento continuar, o que

não uma tarefa difícil, bateremos com folga a meta para o ano

que vem”, completou o secretário.

Atualmente, a aquicultura é responsável por 33% do

total de pescado produzido no País, que é de 1.240 milhão

de toneladas. Em 2003, juntando a pesca de captura e a pesca

em cativeiro, o Brasil produzia apenas 990 mil toneladas

de pescado. No mundo essa porcentagem sobe para 43%,

devendo chegar em 2011 com mais de 50%. “Em 2011, a

produção em cativeiro será maior que a produção de captura.

E isso é uma tendência mundial. A nossa produção atual

no Brasil, de 415 mil toneladas, representa 33% do total.

Certamente, nos próximos cinco anos, nós também vamos

ultrapassar os 50%”, disse Matias.

O otimismo do setor é tão grande com o crescimento de

20% ao ano, que a expectativa para os próximos cinco anos é

ficar entre os dez maiores produtores globais de aquicultura.

“Se dermos sequência ao crescimento de 20% nós devemos,

nos próximos cinco anos, ficar entre os dez maiores

produtores do mundo de aquicultura, com uma produção

superior a 1 milhão de toneladas de pescado. E nos próximos

dez anos, ou seja, 2020, seremos o quinto maior”, afirma.

Em relação aos volumes importados pelo Brasil, que

este ano devem ficar próximos a 500 mil toneladas (ante as

524,5 mil toneladas de 2009), Matias acredita que, com o

crescimento da produção em 2011, serão vistos volumes bem

menores. “Importamos volumes grandes de pescado, como

o bacalhau, a sardinha, a merluza e o salmão, mas isso deve

mudar nos próximos anos”.

A barreira da certificação - Matias contou que o mundo já

começa a se preparar para as produções certificadas a exemplo

de outras carnes. Entretanto, em um encontro global,

realizado na Tailândia, para discutir o assunto, o secretário

afirmou que o Brasil assumiu a posição de confronto. Isso

porque alguns países desenvolvidos pretendem usar a

certificação para barrar a entrada de pescados de outros

países.

“O Brasil tem uma posição muito clara e foi de confronto.

Somos favoráveis e queremos investir em certificação porque

gera qualidade. Mas não aceitamos que isso seja usado como

barreira, pois alguns países - principalmente europeus -

estavam querendo usar isso como barreira. Os países em

desenvolvimento precisam de mais tempo para isso”, disse

Matias. “O mundo está dizendo que o gigante acordou

(Brasil) e estão temerosos sobre o que podemos fazer em

relação a competitividade”, finalizou. Atualmente menos de

5% da produção nacional de aquicultura possui certificado.

A pesca em cativeiro se divide em duas categorias: a

aquicultura continental e marinha. A continental é baseada

em pescados de água doce, como a Tilápia, e representa 81%

do total. Já a marinha é estabelecida em águas salgadas com

a produção de ostras, mexilhões e camarões. “Somos muito

fortes na aquicultura continental e é isso que gera o receio de

outros países produtores”.

DCI - Diário do Comércio & Indústria

Destaque na Pesca

C

Page 22: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

42 43Em Foco 2

Vendas e suas etapas maior dificuldade enfrentada atualmente por

empresários, gerentes e supervisores, tem sido a contratação

de pessoal de vendas. Essas dificuldades iniciam no

recolhimento de currículos, pois quando a organização divulga

que esta contratando “vendedores”, aparece gente de todos os

setores, se dizendo profissionais de vendas. As empresas estão

querendo profissionais especializados nessa atividade, porque

para ser um bom vendedor ou vendedora, necessitamos de

muito conhecimento e principalmente o comprometimento

com essa profissão importantíssima para qualquer empresa.

Os problemas com vendedores aventureiros (aqueles que

acham que são vendedores) começam com o Cadastro. Os

vendedores odeiam o tal do cadastro, mas temos que entender

que não haverá venda, sem um cadastro. Esse é o primeiro

passo da venda, portanto tem que ser uma coisa bem feita, com

todas as informações e documentos necessários (é uma das

“etapas de vendas”).

Tive exemplos muito interessantes, de vendedores que

enviam cadastros para a empresa sem assinaturas; outros com

os nomes trocados; alguns com cadastros incompletos; outros

com uma letra, que nem ele mesmo é capaz de decifrar... Enfim,

essa pessoa quer sucesso em vendas? Como?

Quando um cadastro não é aprovado, o que acontece

normalmente quando um prospect tem problemas de crédito,

o vendedor faz de tudo para aprovar o referido cadastro, usa

aquela famosa frase que nós, gerentes de vendas conhecemos,

“eu garanto”... Se não aprovarmos esses cadastros, como vou

atingir minha meta?

O que os vendedores devem entender é que uma venda

somente se completa, após o recebimento, ou seja, o pedido é

apenas uma etapa do processo de venda. O recebimento outra

etapa e assim por diante.

Dividimos a venda em sete etapas:

• Primeira etapa de vendas: prospecção: (mineração de clientes,

localização de possíveis compradores).

• Segunda etapa de vendas: Cadastramento do cliente:

(levantamento de documentação necessária a realização da

venda).

• Terceira etapa de vendas: Apresentação da empresa e do

Produto: (etapa onde informamos ao prospect ou cliente, sobre

a empresa, sobre as características do produto, seus atributos).

• Quarta etapa de vendas: Pedido (a formalização da venda,

onde documentamos o negócio).

• Quinta etapa de vendas: Entrega do produto: (Parte logística

do negócio firmado entre as partes).

• Sexta etapa de vendas: Recebimento: (etapa fundamental,

pois somente após essa etapa, que a venda realmente acontece).

• Sétima etapa de vendas: Pós-venda: (onde verificamos a

satisfação do cliente, com relação ao produto, ao serviço da

empresa).

Essas sete etapas devem ser realizadas, uma a uma, sem

ultrapassar uma ou outra. Devemos fazer cada etapa, muito

bem executada, para que a venda seja um sucesso, se faltar

qualquer uma das etapas, o processo estará incompleto.

Vamos falar de cada etapa.

PROSPECÇÃO É a atividade de minerar clientes. Prospect é o nome

dado ao possível cliente. Para obtermos sucesso em vendas,

necessitamos prospectar constantemente. Ir à busca de novos

clientes é parte integrante do trabalho diário de um vendedor

de sucesso. Mas como fazer prospecção, se é, por exemplo, um

balconista. Podemos encontrar clientes em qualquer lugar:

em uma festa, no supermercado, no futebol, enfim, onde você

menos espera, há clientes potenciais. Se você mora em um

determinado bairro, por exemplo, que tal entregar nas casas

desse bairro, um panfleto, um convite para visitarem a loja

que você trabalha, uma promoção, etc. Se seu gerente não faz

nenhuma promoção, sugira a ele. Monte o projeto e apresente

a ele, faça sua parte. Podemos pedir indicações de novos clientes

aos nossos clientes atuais, use a sua criatividade para aumentar

sua rede de relacionamentos e aumentar suas vendas.

CADASTRAMENTO Após a etapa de prospecção bem feita o cliente da

sinais de compra é nesse momento que teremos que fazer

o cadastramento do mesmo. Essa é a etapa mais chata de

vendas, mas necessária, portanto vamos dedicar algum tempo

para fazer um cadastro bem feito, pois somente uma vez

cadastramos o cliente, salvo as renovações de cadastros que

podem ser semestrais ou anuais, dependendo de cada empresa.

Todas as informações de um cadastro devem ser

preenchidas e os documentos necessários devem ser anexados

ao cadastro. Não tenha receio ou vergonha de pedir ao seu

cliente todas as informações e os documentos necessários e

se algum cliente recusar-se de passar alguma informação,

cuidado podemos estar lidando com um possível mal pagador.

Se você não for um vendedor externo e atende lojas, pontos

de venda, etc, não há necessidade de chatear seu cliente com

A

Page 23: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

44 45

cadastro, peça ao cliente que apenas ligue para o contador dele,

autorizando você a pegar todos os documentos cadastrais com

ele. Dessa forma você presta um serviço agradável ao seu cliente.

APRESENTAÇÃO DO PRODUTO

Quando formos fazer a apresentação da empresa e do

produto, temos que ser objetivos, pois o cliente não vai nos dar

a segunda chance. Fale somente o principal, os atributos do

seu produto, seus diferenciais e diga onde o cliente vai lucrar

com seu produto, que desejos dele você pode satisfazer com o

produto ou qual problema você quer resolver com o produto.

Mas para isso, você tem que conhecer bem sua empresa, seu

produto, seu concorrente e o produto de seu concorrente, e

também deve conhecer seu cliente, para saber o que ele gosta

de comprar, como gosta de comprar, de qual forma gosta de

pagar ou pode pagar, o que o cliente valoriza, enfim, reúna o

máximo que puder de informações que possam lhe ajudar a

executar a venda.

Não use gírias, jargões, palavras erradas, não fale mal

do concorrente, não critique ninguém. Faça somente a

apresentação de seu produto. Tenha sempre amostras do

produto, folders, material técnico do produto para facilitar

sua apresentação. Mas cuidado, se sua pasta de trabalho esta

uma bagunça, na hora da apresentação, o que poderia te ajudar

poderá evitar uma venda, pois o cliente estará atento a tudo

o que envolve uma apresentação de produto, é um momento

crucial da venda, não pode haver falhas.

Em minhas andanças, vejo muitas coisas erradas sendo

feitas por vendedores despreparados na hora de apresentar

o produto e em minha opinião é nesse momento que muitas

vendas são perdidas, pois uma apresentação mal feita estraga a

imagem do produto, da empresa e do próprio vendedor.

A maioria dos vendedores inicia sua apresentação falando

do preço dos produtos. O preço é o terceiro ou quarto item

de definição de uma compra (ou venda), portanto nunca

saia falando do preço em hipótese alguma, mesmo que seu

cliente peça o preço já de início. Primeiro fale da qualidade

do produto; dos atributos desse produto; da durabilidade; dos

componentes; o que tem de diferente das outras marcas; de

como é sua entrega; como é a assistência técnica; como é feito

seu pós-venda; que facilidades o cliente terá com seu produto,

com sua empresa; fale de confiança; de serviços de qualidade;

o que o cliente ganhará com a aquisição de seu produto para

então “falar o preço do produto”. E uma dica importantíssima:

nunca diga o preço certo na primeira vez que você aborda o

cliente. Se possível (se não estiver na vitrine ou na etiqueta)

puxe um pouco o preço 2-3% a mais, para você poder negociar

com o cliente, para você ter uma carta na manga, para você

ter alguma chance no jogo. Se você já de cara der seu preço

final, não terá nenhum poder para negociar com seu cliente.

Não tenha medo ou vergonha de falar de seu produto ou em

um preço maior. Seja corajoso. Fale com um tom de voz clara,

limpa e de forma que o cliente ouça você. Não pode ser muito

baixo e nem muito alto, o nível do som deve ser agradável.

A apresentação do produto também é sua apresentação,

ou seja, esteja com uma aparência agradável para fazer a

apresentação de seu produto, pois tudo conta. Sua roupa,

seu cabelo, sua higiene pessoal, etc. Vejo situações hilárias,

vendedores que usam essas calculadoras adquiridas em um

camelo, ou no Paraguai (aquelas de R$ 3, 4 reais). Isso mostra

a pouca preocupação com a qualidade de sua apresentação.

Já imaginou se esse mesmo vendedor tirasse da pasta uma

calculadora HP? Não é diferente? Não impressiona mais?

Sr Saul, mas eu não sei usar uma calculadora HP! Que pena!

Você não é um profissional de vendas... Quem não sabe usar

uma HP, esta fazendo o que na área de vendas? Nem que você

só faça as funções básicas nesse equipamento, mas tenha-o;

aprenda, estude, melhore, cresça saia dessa zona de conforto,

faça alguma coisa por você, por sua profissão.

PEDIDO Esse é um momento muito feliz para o vendedor,

pois estabelece um laço de negócios entre o cliente

e o vendedor. No entanto, tem que ser um processo

muito bem feito, com calma, atenção aos detalhes do

preenchimento do pedido para que tudo de certo, pois se

houver alguma falha no pedido, poderemos comprometer

todo o processo de venda e principalmente dificultar a

fidelização do cliente se algo der errado.

Temos que dar atenção especial aos preços, prazo de

entrega dos produtos, prazo de pagamento combinado com o

cliente para que ocorra todo de forma correta.

No pedido, devemos colocar exatamente o que foi

combinado com o cliente, não pode ter nada de diferente

do acertado. Após a emissão do pedido temos que nos

certificar que esse pedido chegou à empresa para que a

logística seja executada.

ENTREGA DO PRODUTO

Após todos os processos de venda ter sido efetuados de

forma profissional e adequada, não podemos errar na entrega,

isso seria um desastre no negócio.

Desde uma entrega de uma roupa na loja até a entrega

de uma televisão, temos que ser eficientes. A entrega deve ser

efetuada corretamente, ou seja, o produto tem que estar bem

embalado, protegido para evitar defeitos no produto, entregue

no local correto, no horário combinado, sem provocar estresse

ao cliente.

Vejo no dia a dia, muitas falhas sendo cometidas em

entregas de produtos a clientes. Há uma interpretação errada

pelas empresas quando imaginam que a venda já foi efetuada

e destinam poucos investimentos nesse setor de vendas. Pode

ser a entrega de um pastel em uma lanchonete. Quem de vocês

não teve essa experiência negativa em uma pastelaria? Onde a

Em Foco 2entrega do pastel é um fiasco, sendo feita às pressas, sem cuidados com o cliente.

Normalmente a entrega do pastel é da seguinte maneira:

• Demora na entrega;

• Pastel errado (você pede de carne, entregam de queijo);

• Sem o acompanhamento de temperos (maionese, catchup mostarda, etc.);

• Sem acompanhamento do Guardanapo;

• Pastel frio;

• Cabelo do Garçom solto;

• Gordura pingando em sua roupa, na mesa, etc.;

• Pastel sem sabor;

Deveríamos entregar tudo de uma maneira excelente, desde a entrega de um recado, ou o jornal

que é jogado em sua varanda, enrolada em plástico (esse é um exemplo clássico de mau atendimento).

E quando você pede uma pizza ? você pede de calabresa e tomate seco e informaram que em 20

minutos será entregue ... Depois de 45 minutos você recebe a pizza com sabor trocado... Já aconteceu

com você? Isso acontece diariamente. E o que os proprietários das pizzarias fazem para resolver isso?

Não há sequer uma inovação nisso, continuam todas as pizzarias iguais, ninguém se preocupa em

inovar, em trazer melhorias.

RECEBIMENTO

Quando recebemos de um cliente, podemos afirmar que a venda foi completa, no entanto para

ser um sucesso, necessitamos repetir a venda, com o cliente satisfeito, elogiando seu produto, seu

serviço. Nessa etapa do processo é que a empresa realiza o lucro e o vendedor também, pois recebe

sua comissão (as empresas devem pagar as comissões somente quando recebem). Se todo o processo

foi cuidadosamente conduzido e recebemos, realizamos a venda com lucro, no entanto se alguma falha

ocorreu no decorrer dessas sete etapas, teremos que correr atrás, perdeu tempo, perdemos dinheiro e

perdemos o foco.

PóS VENDA: Muitos de nós damos muito pouca atenção ao pós venda, pois é na pós venda que “preparamos”

uma nova venda, fidelizamos clientes e a partir desta fidelização é que realmente estamos realizando

lucros, pois quando o cliente compra por muito tempo, teremos uma maximização de lucros.

Necessitamos realizar um pós venda de qualidade e isso não é difícil. O custo é relativamente baixo

e deve ser encarado como um investimento em vendas.

Mas como posso fazer um pós venda?

Depende muito da atividade, mas o que é importante é um contato com o cliente após a venda.

Isso é fundamental, independente do ramos de atividade em que estamos inseridos. Vamos imaginar

uma farmácia, por exemplo: Podemos ligar ao cliente para saber como o cliente está se sentindo após

a medicação; se o medicamento teve o resultado esperado; se necessita de mais algum medicamento.

Se for um Pet Shop, por exemplo, podemos ligar e saber se o Cãozinho gostou da Ração; se não houve

reação a vacina; se precisa de mais alguma coisa; enfim, colocar nosso serviço a disposição do cliente

e podemos ainda aproveitar a ligação, para fazer uma oferta de um novo

produto ou de uma promoção que temos, ou mesmo um novo item de sua

loja que você identificou que seu cliente necessita.

“Faça de cada venda um projeto, de atenção aos detalhes e colherá

muitos frutos“.

Boas vendas!

Saul Jorge ZeucknerDiretor Comercial –Algomix

Page 24: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

46 47Em Foco 3

Novos Aditivos Naturais e suas possíveis aplicações em Pet Food

iversos tipos de aditivos, sejam eles naturais

ou sintéticos, estão à disposição dos nutricionistas para

utilização na alimentação de animais de companhia ou

de produção. Vários destes aditivos são freqüentemente

utilizados nas formulações com funções que vão de

Antioxidantes, prevenindo em última instância a oxidação

dos lipídeos presentes na ração, a substâncias capazes de

reduzir o odor e melhorar a consistência das fezes dos

animais.

Atualmente, o uso de aditivos naturais na alimentação

de animais de companhia é bastante recorrente. Justificasse

o uso destes aditivos naturais por eles não apresentarem

efeitos prejudiciais, quando comparados aos sintéticos

que podem apresentar algum efeito deletério a saúde dos

animais, e por apresentam resultados iguais ou até melhores

que os aditivos sintéticos. Outro motivo para o uso se dá

pela forte mudança do perfil de compra do consumidor

final, que tende a se alimentar de produtos naturais e

por conseqüência a oferecer aos seus animais alimentos

semelhantes.

Dentre os diversos tipos de aditivos naturais, destaca-

se o uso de Zeólitas do tipo Clinoptilolita com a função

de redução do odor das fezes dos animais e função

antiumectante, e o uso do extrato de Romã (Punica

granatum) como antioxidante natural.

Observa-se que o mercado petfood, se preocupa em

utilizar ingredientes de boa qualidade e com excelente

biodisponibilidade de nutrientes, pois desta forma se

fornece uma nutrição mais adequada e que atenda às

exigências nutricionais dos animais. Tal prática reduz o

odor e melhora a consistência das fezes dos animais, mas

nem sempre ao ponto de ser observada pelo consumidor,

sendo então necessário o uso de aditivos que potencializem

a redução do odor e que adsorvam o excesso de água

presente nas fezes.

As Zeólitas são minerais de formação vulcânica com

alta capacidade de troca catiônica (CTC), o que lhes garante

excelente adsorção de gases e água. Desta forma, e quando

adicionada a alimentos completos, reduz o odor e melhora

a consistência das fezes de cães e gatos, além de reduzir a

atividade de água quando submetida a processo de ativação

e adicionada em snacks para estes animais. Diversos estudos

avaliando o uso das Zeólitas e comprovando as funções

citadas, mostram que este aditivo pode ser uma alternativa

viável e 100% natural a ser explorada com fins de melhorar

a qualidade das rações.

Maia (2008) em estudo com cães, o uso do aditivo

Zeólita do tipo Clinoptilolita em níveis de inclusão em

rações comerciais de 0,75% a 1,00%, proporcionou melhores

benefícios nos parâmetros de escore fecal e redução de odor

das fezes, além de não interferir na digestibilidade normal do

alimento (Tabela 1). Em estudos com gatos, Roque (2009)

conclui que os níveis de inclusão de 0,5% a 0,75% de Zeólita

Clinoptilolita em alimentos completos, proporcionam os

mesmos benefícios encontrados na avaliação conduzida

com cães. Utilizando a Zeólita Clinoptilolita após ativação

da mesma, Elmôr (2010) identificou que o aditivo reduz a

atividade de água em snacks para cães quando incluído em

níveis variando de 3,0% a 4,5% (Tabela 2).

Outro aditivo pouco estudado na alimentação de

animais de companhia, mas com vários estudos e larga

utilização na alimentação humana, é o extrato de Romã

(Punica granatum) ou Pomegranate em inglês.

A Romã é uma pequena árvore de folhas decíduas

originaria da Pérsia (Irã), sendo cultivada por toda a região

mediterrânica. Seus frutos são consumidos in natura ou

na forma industrializada, como sucos, geléias, vinhos e

extratos utilizados na indústria de suplementos dietéticos.

Suas funções vão desde suporte cardiovascular através da

diminuição do colesterol, prevenção e terapia de câncer

agindo na redução da proliferação das células cancerígenas,

redução da Aterosclerose em pacientes com diabetes,

redução da degradação da cartilagem em pacientes com

Osteoatrite, além de sua principal função com antioxidante

natural (Horowitz, 2006).

Estudos sobre a função antioxidativa da Romã indicam

que o consumo em valores variando de 25 a 100ppm/dia

do extrato, eleva o status antioxidativo em humanos além

de proteger os lipídeos presentes no alimento da oxidação.

Essas funções derivam da elevada quantidade de polifenóis

presente na composição da Romã, próximos a 3,8% (Figura

1), garantindo uma ação antioxidante sobre o LDL humano

de até 90% (Singh, 2002). Quando comparada a outras

fontes de antioxidantes naturais, como o açaí e o extrato de

sementes de uva, o extrato de Romã apresenta um potencial

antioxidante aproximadamente 30% superior.

Apesar de seu excelente potencial antioxidante na

alimentação humana, poucos estudos em animais foram

realizados. Para que se tenha maior conhecimento da ação

e das corretas dosagens a serem aplicadas na alimentação

de animais de companhia, estudos com estes animais devem

ser conduzidos a fim de elucidar e garantir bons resultados

quando da utilização deste aditivo natural.

REFERÊNCIASELMÔR L. D. Efeito de diferentes níveis de inclusão da Zeólita do tipo

Clinoptilolita na atividade de água em snacks para cães. Dados não publicados.

HOROWITZ S. The Power of the Pomegranate: Biblical Fruit with Medicinal

Properties. Alternative and Complementary Therapies, v. 12, p. 121-126, 2006.

MAIA, G. V. C. Zeólitas (Clinoptilolita) e Yucca schidigera em rações para cães:

palatabilidade, digestibilidade e redução de odores fecais. Revista Brasileira de

Zootecnia, v.39, n.11, p.2442-2446, 2010.

ROQUE, N. C. Níveis de Zeólita (Clinoptilolita) e Yucca schidigera em rações de

gatos adultos. 2009. 86 p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade

Federal de Lavras, Lavras.

SINGH, R. P. Studies on the Antioxidant Activity of Pomegranate (Punica

granatum) Peel and Seed Extracts Using in Vitro Models. Journal of Agricultural

and Food Chemistry, v.50,p.81-86, 2002.

Tabela 1: Resultados médios obtidos durante a avaliação do odor das fezes, consistência das fezes e coeficientes de digestibilidade aparente de uma ração comercial com e sem a inclusão de Zeólita Clinoptilolita

Tabela 2: Atividade de água de snacks para cães de acordo com os níveis de inclusão de Zeólita Clinoptilolita

Parâmetro avaliado

Odor das fezes(1)

Consistência das fezes (2)

Digestibilidade aparente

CDMS (%)

CDEE (%)

CDEB (%)

CDPB(%)

Níveis de inclusão

0,0% de inclusão

1,5% de inclusão

3,0% de inclusão

4,5% de inclusão

Atividade de água (Aw)

0,526ª

0,521ª

0,448b

0,318c

0,00%

5,00a

2,83a

74,75

83,63

83,69

84,78

0,50%

5,77a

3,63b

74,57

83,25

83,44

84,06

0,75%

6,55b

3,86c

75,31

87,02

83,80

86,49

1,00%

5,97b

3,93c

74,36

86,05

83,42

85,70

Níveis de Zeólita Clinoptilolita

(1) Valores médios de odor das fezes variando entre 0 (odor forte) e 10 (odor fraco);(2) Valores médios de consistência das fezes variando de 1 (diarréia) a 5 (fezes ressecadas) com valor 4 ideal;

Médias seguidas por letras distintas diferem pelo teste SNK a 5% de significância.

Médias seguidas por letras diferentes na coluna diferem, significativamente, pelo Teste de Tukey (p≤0,01).

Figura 1: Níveis comparativos de Polifenóis presentes em diversos antioxidantes naturaisAdaptado de: http://www.midwestmultisportlife.com

Gustavo Vaz Corrêa MaiaZootecnista - UFV / Msc. Nutrição Cães e Gatos - UFLA Pós-graduando em Marketing Organizacional (B2B) - UNICAMPDep. Técnico Celta Brasil

D

Page 25: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

48 49

onsiderando o problema que está ocorrendo na

Europa com destruição de alimentos de origem animal

contaminados pela administração de rações a animais

de produção contendo DIOXINAS: iremos abordar

nessa coluna esse grupo de compostos, conhecer

porque chegam às rações, suas características, como

são formados, o s efeitos tóxicos, e maneiras de evitar a

contaminação de pets food.

DIOXINAS1. O que sao?

Dioxinas são moléculas organocloradas, formadas

por cloro, oxigênio, carbono e hidrogênio denominadas

Contaminantes Químicos de Raçõesparte 10

Segurança Alimentar

de polychlorinated dibenzodioxins (PCDDs). Existem

mais de 419 compostos já identificados, dos quais 30 são

extremamente tóxicos para o homem (dioxins like-PCB),

sendo o TCDD, conhecido como dioxina, o mais tóxico

(Figura 1). Seu ponto de fusão é bastante elevado: 305oC.

Figura 1: Estrutura molecular do 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-

p-dioxina (TCDD).

As dioxinas são muito pouco solúveis em água,

aderem a minerais e partículas orgânicas, sendo,

portanto facilmente distribuídas no meio ambiente e

solo. Devido a sua degradação muito lenta depositam-

se ao longo da cadeia alimentar.

2. Como chegam nas rações?

Para obtenção de maiores lucros de produção,

animais de criação intensiva são alimentados com

mistura de grãos de alto teor protéico e ingredientes

que garantem rápido crescimento e baixo custo de

produção. A gordura animal (peixe, suína, bovina,

etc.) além do óleo (origem vegetal) podem ser usados

como suplemento alimentar nas rações para promover

o crescimento. O uso destes ingredientes nas rações é

permitido em muitos países, principalmente nas nações

em desenvolvimento.

Esses lipídios, principalmente a gordura pode estar

contaminada com várias substâncias químicas (agrotóxicos,

ficotoxinas, metais pesados) com características lipofílicas,

ou seja solúvel em gorduras, dentre elas as dioxinas que são

altamente tóxicas. Devido á essas características, quando

essas gorduras animais sao adicionadas e ingeridas na

raçoes, além de causarem danos ao organismo do próprio

animal, se depositam nas camadas gordurosas dos tecidos.

No óleo, as dioxinas podem vir da contaminaçao dos graos

cultivados em áreas próximas a indústrias ou outras fontes

poluidoras, contudo em menor escala.

Elas podem inclusive chegar ‘as raçoes através de

ingredientes nao lipídicos, ja’ contaminados durante

sua producao, tais como: minerais, sulfato de cobre,

oxido de zinco, além de farinhas de pescado proveniente

de mares e/ou rios contaminandos ou localizados

próximos a regioes poluídas.

Avenida Marcelino Pires, 8555Jardim São Francisco

Cep: 79826-300 / Dourados - MS

Fone: (67) 2108-5900www.inflex.ind.br

Embalagens em Monocamada

Filmes Coextrusados

Laminados Solvent Less

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

INFLEX 1-2.pdf 1 22/11/10 16:31

C

Page 26: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

50 51Segurança Alimentar

3. Como são formadas?

Estes compostos organoclorados não são

produzidos intencionalmente e/ou deliberadamente.

São formados como derivados de processos químicos

que ocorrem espontaneamente: tais como incêndios

f lorestais, erupções vulcânicas bem como, nos

processos industriais, portanto, depositando-se nas

pastagens localizadas próximas a locais poluidores.

Conclusão: a maior parte é formada como conseqüência

da atividade humana, em processos de reciclagem de

metais (ex.: de cobre de f iação), siderurgia, produção

de agrotóxicos, compostagem, automóveis, queimas

caseiras (churrasqueira, lareira), tratamento de

ef luentes, dentre outros.

São classif icadas como poluentes orgânicos

persistentes, pois são resistentes a degradação físico-

química e biológica. Na medida em que se alastram

pelo ambiente global, as dioxinas se acumulam e

podem levar décadas para serem degradadas. Como

têm alta persistência e, podem se acumular nos tecidos

gordurosos de animais, sao distribuidos através da

cadeia alimentar.

Os ingredientes para raçao de origem animal: carne,

peixe, gema do ovo, leite e derivados são os principais

contribuintes para ingestão de dioxinas pelos pets

e animais de produçao. A vida média do TCDD no

organismo é de 7 a 11 anos.

4. E os pets? Efeitos tóxicos nos animais

Poucos são os dados sobre os efeitos tóxicos em

animais de estimação. Vários países já têm legislação

para tal composto, principalmente para animais

de produção e humanos. Pela dimensão que essa

contaminação tem atingido e os prejuízos causados,

precaução com os ingredientes adquiridos para

alimentar animais de estimação e’ a palavra chave.

Recalls de pet food já foram registrados em alguns

países relacionados especif icamente com dioxinas,

contudo, ainda é pouco, perto dos problemas causados

nos animais de produção. Em 1997, uma das maiores

marcas Americanas produtoras de alimentos para gatos

e cães, realizou um recall de 60 milhões de latas de

seus produtos. Isso ocorreu após informações de que

10 animais morreram com problemas renais e que

vários outros desenvolveram o problema pela ingestão

desses alimentos contaminados com dioxinas. Esses

produtos eram fornecidos para vários importantes

supermercados dos USA.

Estudos em animais mostraram que exposições à

dioxina estão associadas com endometriose, à diminuição

da fertilidade, inabilidade de levar a gestação a termo,

abaixamento nos níveis de testosterona, decréscimo na

contagem de espermatozóides, defeitos de nascimento e

inabilidade na aprendizagem. A dioxina também causa

disfunções nas atividades normais dos hormônios que

o organismo utiliza para crescer e manter o equilíbrio

orgânico. Em alguns casos leva a perda de peso,

problemas renais e no baço. Os sintomas de intoxicação

em aves envolvem a redução na produção de ovos,

desenvolvimento de edema, ascitis e é altamente letal. A

intoxicação por dioxina pode levar inclusive a diversos

tipos de câncers no fígado, rins, pulmão, mama e sangue.

5. Prevenção

Apesar de não serem produzidas intencionalmente

nas atividades industriais e/ou domésticas, as dioxinas

são formadas, e encontram-se dispersas no ambiente

pela diversidade de processos que conduzem à sua

formação, devido à facilidade de bio-acumulação, sua

persistência e elevada toxicidade.

Portanto, é necessário uma maior conscientização e

capacidade de intervenção de modo a impedir e/ou reduzir

a possibilidade do aparecimento de fontes emissoras de

dioxinas e reduzir suas concentrações no ambiente. Tanto

para a saúde humana, dos animais e ambiental.

Para os fabricantes de rações, o importante é a

conscientização do risco e o desenvolvimento de ações que

impeçam e/ou reduzam a possibilidade de sua presença

nos produtos. Principalmente, na etapa de seleção dos

ingredientes através da obtenção de informações sobre

sua origem, se possível, checar sua segurança através

de análises (que no momento ainda são bastante caras

e poucos são os laboratórios que podem realizá-las no

Brasil para dioxinas) e/ou exigir uma certif icação.

Algumas empresas multinacionais de pet food e

rações para animais de produção já estão tomando

medidas preventivas e implementando suas listas de

analises de Controle de Qualidade e Segurança dos

produtos, inclusive divulgando internacionalmente

suas ações com notas on-line, para evitar qualquer

eventualidade.

Vigilância constante é necessária. Prevenir é muito

melhor que remediar.

Profa. PhD, PD Vildes M Scussel, Med.Vet. MSc. Karina Koerich de Souza, Daniel Manfio e Janaina NonesLaboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares - LABMICO,Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – Brasil

Page 27: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

52 53

uitos têm escrito sobre o processo onde os

animais monogástricos convertem amido em carboidrato

solúvel, polissacarídeos, açúcar e energia. No entanto,

muitos ¨experts¨ acreditam que altos níveis de umidade

absorvida para a gelatinização do amido são de grande

importância na digestão, e a melhoria da conversão

enzimática do amido em carboidratos solúveis beneficiam

o aproveitamento dos alimentos.

Para transformar os cereais ou amidos, ou amidos em

produtos expandidos, uma taxa considerável gelatinização

é necessária para que o amido atinja sua forma plasticizada

e seja capaz de ter expansão intracelular, amido não

gelatinizado, ou seja, em sua forma granular, tem uma

pequena absorção de água em suas partículas. O primeiro

passo é fornecer as condições idéias parar a gelatinização

e, consequentemente a expansão se tornará possível. A

seguir estão os pré-requisitos básicos para uma completa

gelatinização e expansão em um sistema de cozimento

com eficiência energética de extrusão:

• Reduzir as partículas a um tamanho adequado para

a necessidade do processo (máximo sugerido é de 0%

sobre tela de abertura de 800 microns). Isso facilita a

gelatinização e aumenta a capacidade e eficiência do

sistema.

• Uniformidade do tamanho das partículas é fundamental

para o bom processo, tamanho da partícula uniforme

facilita a absorção de água, vapor e etc. Melhorando a

aparência do produto extrusado, quando há desigualdade

no tamanho das partículas e como o tempo de residência

é fixo pode ocorrer eficiência de absorção nas partículas

pequenas e nas partículas grandes não, com isso resultará

em finos, quebrados, aparência do produto rugosa, etc.

Amidos no Processo de Extrusão (continuação)

Claudio MathiasAndritz Feed & Biofuel Divisão de Extrusã[email protected]@andritz.com

Petfood Online

• Com a redução do tamanho das partículas e a

uniformidade das mesmas haverá uma gelatinização mais

eficiente com:

1. Redução de produtos quebrados e menor geração de

finos.

2. Aumento na absorção de água e estabilidade.

3. Diminuição da densidade

4. Níveis mais altos da gelatinização do amido.

5. Aumento da capacidade da Extrusora.

6. Menor desgaste dos componentes da extrusora.

7. Diminuição da taxa de sobrevivência de

microorganismos.

8. Textura mais macia.

9. Melhorias na digestibilidade e palatabilidade.

10. Aumento na retenção da cobertura líquida devido à

estrutura celular menor.

No próximo passo para adição de líquidos é

fundamental a uniformidade e estabilidade de adição e

mistura de água (como água, vapor, ou ambos), pois com

as partículas dentro das condições ideais é importante

elevar a umidade para aproximadamente 23% a 32%%. A

gelatinização pode ser realizada com taxas menores de

umidade, mas geralmente isso exigirá temperaturas mais

altas no processo.

Quando essas condições forem cumpridas a

gelatinização estará relativamente completa, a expansão

do produto processado torna-se possível.

Todo método básico para o cozimento de produtos à base

de cereais resultam em gelatinização dos componentes,

seja a aveia cozida em água em um fogão, panificação,

ou usando a tecnologia moderna de gelatinização por

processo de extrusão. Várias fases sucessivas e distintas

ocorrem durante todo o processo de gelatinização.

1. A primeira fase inclui a absorção lenta de água com

pouco, ou nenhum inchaço. Durante este período, os

grânulos mantêm sua estrutura cristalina, e as condições

granular e característica de difração da luz, ou seja,

quando a luz polarizada é transmitida através delas.

2. A próxima fase incluí uma imensa aceitação de água,

uma perda desta estrutura cristalina e normalmente um

aumento significativo na viscosidade da massa.

3. A fase final ocorre em temperaturas elevadas, quando

o grânulo do amido perde a sua característica: os grânulos

tornam-se bolsas sem formas e as ligações entre as

moléculas são quebradas.

A taxa de gelatinização pode ser determinada por

uma série de métodos incluindo os dados térmicos

e a susceptibilidade a enzimas. Em um esforço para

encontrar uma metodologia aceitável para medir o grau

de cozimento, muitos procedimentos propostos foram

avaliados. Para ser aceitável, tal metodologia teve que

dirigir-se às características do amido que se relacionam

com a destruição da integridade do cristalino dos grãos.

Um dos primeiros métodos para a determinação de

taxas de gelatinização de amido envolveu a contagem

direta de grânulos em microscópio de luz polarizada.

Este procedimento foi baseado no princípio de que o

amido gelatinizado exibe a perda da estrutura cristalina.

Estudos posteriores indicaram que o amido danificado

mecanicamente pode reter parte da estrutura cristalina

nos fragmentos do grânulo. Esses fragmentos, no

entanto, vão manchar e são muito mais suscetíveis para

Continuação na próxima edição

M

união enzimática de grãos crus ou intactos. O método

de contagem visual é trabalhoso, sujeito a erros na

amostragem e às dificuldades em distinguir diferentes

graus de danos.

Técnicas de coloração (com solução de Schultze ou

vermelho congo) e os métodos colorimétricos foram

desenvolvimentos para medir o grau do dano no grânulo

do amido. Estes não eram sempre confiáveis porque os

valores obtidos podem variar de acordo com a composição

do amido.

A medição das propriedades funcionais (viscosidade,

claridade de pasta, solubilidade) tem sido utilizada por

muitos para estimar o grau de gelatinização. Embora

estes métodos tem muitas aplicações úteis, a calibração é

difícil devido à falta de uma espécie de controle adequado

(Paton,1981).Varriano – Marston et.al, (1980) relataram

que os métodos viscométricos (amilograma Brabender)

não são confiáveis para determinação da gelatinização

do amido em alimentos de panificação. Eles também

descobriram que os métodos crstalográficos (difração de

raios – X) não foram tão sensíveis a pequenas variações no

grau de inchaço, foram métodos enzimáticos.

Vários outros métodos para medir a gelatinização do

amido, são baseados em edema, calorimetria diferencial

de varredura e ressonância magnética de próton. Dentre

esses vários métodos, vários procedimentos foram

descrever qual a medida da susceptibilidade do amido às

enzimas.

Page 28: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

54 55Pet Market

Limma JúniorDiretor da Nutridani Alimentos

O Mapa da Mina

ano de 2011 promete ser bem diferente dos

anteriores para as indústrias do setor petfood. O mercado

do milho está instável. Os preços estão instáveis. As

matérias-primas que compõem as rações passam por um

período turbulento e obrigam as empresas do segmento a

repensarem as estratégias de vendas e marketing.

Porém, enquanto alguns empresários perdem o sono,

outros enxergam o período como uma oportunidade de

darem uma repaginada no modo de pensar. A turbulência

que faz as empresas frearem grandes investimentos,

também obriga à criação de estratégias eficientes que

driblem os constantes aumentos de preços que o setor vem

sofrendo nos últimos meses. As altas ocorrem justamente

por conta da instabilidade do milho, item que compõem

grande parte da formulação das rações para cães e gatos.

E como manter-se no mercado em um período de

insegurança de preços? Aí está a pergunta chave. Muitos

tentam respondê-la. Poucos acertam na prática. Isto

porque não existe apenas uma resposta e sim um conjunto

delas que formam as ações que precisam ser tomadas em

situações de crise de mercado.

Podemos citar como uma ação eficaz a manutenção de

preços baixos, como algumas empresas optaram nos últimos

meses. Essa medida garante a entrada nas lojas, aumenta

as vendas, mas dificilmente manterá a saúde financeira da

companhia por muito tempo, levando em consideração que

as matérias-primas não dão sinais de queda.

Já sabemos de casos de empresas que optaram por

esse caminho e hoje estão com dificuldade em pagar os

fornecedores. E isto ocorre em qualquer setor, basta o

empresário pisar na bola.

Outra solução que funciona em longo prazo seria a

presença no ponto de venda com marketing, promoções

e outras ações que visem chamar a atenção dos clientes

para o produto na loja.

É claro que costumamos bater no preço quando

o assunto é vender. Grande parte das empresas ainda

trabalha com as rações de primeiro preço para entrar e

permanecer no mercado. Isto é uma realidade. Mas é uma

situação que já vem mudando. A tendência é que passe-se a

trabalhar com as rações de maior valor agregado, aquelas

que suportam um aumento no custo de produção sem a

necessidade de repasse constante de aumentos nos preços

para o mercado. Isto porque em um mercado instável

da matéria-prima os preços das rações não podem ser

reajustados a todo o momento, situação muito comum em

rações baratas, que possuem a margem de lucro no limite.

Esse é o caminho mais certeiro: as rações de maior

valor agregado. Esses produtos, além de terem maior

gordura para se queimar, possuem clientes fieis. Os

consumidores desses itens não trocam de mercadoria no

momento da compra se houve um aumento de R$0,50,

R$1,00 ou até R$2,00 no pacote. Essa fidelidade dá mais

estabilidade para as vendas de qualquer fabricante.

Não podemos deixar de lado o fato do volume de

vendas ser menor. As vendas de 100 toneladas de ração

mais cara gira bem mais devagar quando comparado

à saída da ração de primeiro preço. Contudo, o lucro

sempre compensa.

Vale lembrar que vender ração um pouco mais cara

exige muito mais trabalho. Não basta uma equipe boa.

Não basta a empresa fabricar o produto e colocá-lo na rua.

A comercialização desses produtos exige uma estrutura

diferenciada, com vendedores mais treinados, os quais

consigam passar para o mercado que aquela ração tem

algo a mais que a dos concorrentes. A empresa precisa se

posicionar de maneira diferente, porque se ela for vender

ração cara, aquelas conhecidas como Premium, do mesmo

jeito que vende as rações de primeiro preço, pode se

preparar para “patinar” no mercado.

O

Page 29: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

56 57

nutrição dos animais de companhia vem

sendo cada vez mais explorada, visto a necessidade

de maiores informações relacionadas ao papel dos

diferentes ingredientes na manutenção, crescimento e

desenvolvimento dos animais. Em busca de melhorar

cada vez mais a qualidade de vida e a saúde em geral

desses animais, procura-se encontrar a chamada nutrição

ótima. Dentro desse quadro encontram-se os alimentos

funcionais.

Propriedade funcional é o termo empregado ao

papel metabólico que o nutriente ou não nutriente tem

Caderno Técnico 1

Alimentos Funcionais na Alimentação de Cães

no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras

funções normais do organismo. Portanto, alimentos

funcionais são aqueles que além de disponibilizar ao

animal a quantidade de nutrientes que lhe é necessária,

também fornecem a possibilidade de melhorar outra

característica à parte (Souza et al., 2003).

Um grande número de pesquisas tem sido desenvolvido

para avaliar os efeitos destes alimentos, destacando-se, no

caso da alimentação de cães, o uso das fibras, prebióticos,

probióticos e ácidos graxos poliinsaturados, detalhados na

seqüência.

FIBRAS

As fibras insolúveis são aquelas pouco ou nada

fermentadas pela f lora intestinal sendo excretadas

praticamente intactas. Como possuem características que

permitem grande retenção de água, aumentam a massa

fecal e o peso das fezes. Portanto, dão consistência ao bolo

fecal, estimulando o peristaltismo intestinal, tendendo a

diminuir o tempo de trânsito devido a sua consistência.

Já as fibras solúveis atuam como substratos para a

fermentação no cólon. São agentes espessantes, tendendo

a aumentar a viscosidade do bolo alimentar, diminuindo à

taxa de esvaziamento gástrico e causando saciedade. Além

disso, modificam o metabolismo dos carboidratos e dos

lipídios. Estas características as tornam especialmente

importantes em dieta terapêuticas, como para cães obesos

ou diabéticos (Hussein, 2003).

PREBIóTICOS

Dentre os compostos prebióticos mais utilizados na

nutrição de cães temos os frutoligossacárideos (FOS) e

mananoligossacarídeos (MOS) (Otero, 2003).

Os FOS não são digeridos nem absorvidos no intestino

delgado, alcançando o intestino grosso intactos e ali são

fermentados pelas bactérias anaeróbias que compõem

a f lora intestinal. Como resultado dessa fermentação,

há a produção de grandes quantidades de AGV, além de

CO2, amônia e H2, tornando o pH no lúmen do intestino

grosso bastante ácido. Este meio ácido acaba sendo

favorável às bactérias benéficas, como as Bifidobactérias

e Lactobacillus, e inócuo às bactérias prejudiciais, como

o Clostridium, E. Coli, Listéria, Salmonella, entre outras

(Borges et al., 2010).

Os MOS apresentam a capacidade de modular o

sistema imunológico e a microflora intestinal, ligam-se

a uma ampla variedade de micotoxinas e preservam a

integridade da superfície de absorção intestinal (Maiorka

e Oliveira, 2010).

PROBIóTICOS

A microflora intestinal desempenha inúmeras

funções no organismo animal. Dentre estas, destacam-

se características como proteção do organismo contra

infecções e outras doenças, estimular a resposta

imunológica, efetuar diversas atividades enzimáticas e

contribuir para o fornecimento de vitaminas e minerais

(Oliveira e Batista, 2003). Os probióticos devem ser

incorporados pós-extrusão, devido a alta temperatura

utilizada no processo.

ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS

Os ácidos graxos poliinsaturados são fundamentais ao

organismo de duas formas distintas: como componentes

estruturais da membrana celular, participando como

parte integrante na sua estrutura lipoprotéica e como

precursores dos eicosanóides, sendo importantes

mediadores dos processos inf lamatórios.

A tendência atual é que a utilização destes alimentos

funcionais cresça cada vez mais na alimentação dos

animais de companhia. As respostas claras a respeito

das várias substâncias funcionais para cães só serão

encontradas após um longo período experimental.

REFERêNCIAS

BORGES, F. M. O.; SALGARELLO, R. M.; GURIAN,

T. M. Recentes Avanços na Nutrição de Cães e Gatos.

Disponível em:http://www.artigocientífico.com.br/

acervo/5/55/tpl_1563.html.gz, Acesso em: 08/11/2010

HUSSEIN. S. H. Functional fiber: role in companion

animal health. In: Production Symposium Trade Show

– Pet Food Forum, Chicago –lllinois, p. 125 a 131, 2003.

MAIORKA, A.; OLIVEIRA de, S. G. Alimentos

Funcionais em Rações para cães e Gatos. Disponível em:

http://www.abz.org.br/files.php?file=Alimentosfuncion

aisparara____esdec__esegatos_839037915.pdf, Acesso

em: 30/08/2010.

OLIVEIRA, L.T. BATISTA, S. M. M. A Atuação dos

Probióticos na Resposta Imunológica. Disponível

em: http://www.nutricaoempauta.com.br, Acesso em:

25/09/2010.

OTERO, R. M. L. Oligosacáridos Como Ingredientes

Funcionales: Prebióticos. Disponível em: http://www.

icofma.es, Acesso em: 20/09/2010.

SOUZA, P. H. M.; SOUZA NETO, M. H.; MAIA, G.

A. Componentes funcionais nos alimentos. Boletim da

SBCTA. v. 37, n. 2, p. 127-135, 2003.

Laís Guimarães Alarça - Mestranda em Ciências

Veterinárias – UFPR; Ananda P. Félix - Doutoranda em

Ciências Veterinárias – UFPR; Alex Maiorka3 - Docente do

Departamento de Zootecnia – UFPR; Sebastião A. Borges -

Docente do Departamento de Zootecnia – UTP

A

Page 30: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

58 59Caderno Técnico 2

roprietários de cães e gatos têm sido cada vez mais

cuidadosos com seus animais, de forma que o mercado

de produtos veterinários (medicamentos, cosméticos e

utensílios) e o de alimentos tem se desenvolvido rapidamente.

O Brasil parece viver um momento de transição no modo

de criação dos animais de estimação, apresentando por um

lado enorme população de animais abandonados nas ruas ou

que recebem cuidados insuficientes e, por outro lado, cães e

gatos sendo tratados como membros da família e de forma

“humanizada”, representando este último grupo tendência

de aumento crescente. A “humanização”, termo empregado

para a transferência de hábitos comportamentais e

necessidades psicológicas dos humanos aos animais, faz

com que cada vez mais o proprietário do cão ou do gato

busque na alimentação de seu animal a promoção de sua

saúde e longevidade, favorecendo maior tempo e qualidade

de convívio entre ambos. Considerando este aspecto, qual

será a tendência do mercado com relação às matérias-primas

empregadas na produção de alimentos industrializados

para cães e gatos? O fenômeno da humanização fará com

que o nosso alimento de hoje venha a ser o consumido por

cães e gatos no futuro?

Estas perguntas apresentam respostas difíceis.

Neste artigo serão discutidos aspectos nutricionais

e mercadológicos para se explorar a relação entre a

alimentação humana e animal, se o que está ocorrendo é uma

competição entre estas espécies pelos mesmos alimentos ou

se estes estão, repartindo o alimento e tornando sinérgica a

utilização dos recursos nutricionais disponíveis.

Apesar da aparente retração do mercado em

conseqüência da crise financeira mundial de 2008, que

se refletiu na produção de rações em 2009, a previsão de

crescimento do mercado pet para o ano de 2010, segundo

dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos

(ANFALpet) é de aproximadamente 7,1%. Acredita-se que o

Brasil atingirá um volume anual de produção de 1.927.000

toneladas de alimentos para cães e gatos até o final deste ano.

É desejável que este crescimento em volume de

produção ocorra mediante emprego de ingredientes que não

se sobreponham diretamente aos consumidos pelo homem,

de forma a propiciar sinergia de utilização das matérias-

primas, evitando competição direta pelo uso dos recursos.

As competições por matérias-primas não são interessantes,

pois aumentam a procura por determinados ingredientes

ocasionando elevação de seu custo. Neste aspecto, o

processamento industrial dos alimentos é importante por

diversificar as possibilidades de uso dos nutrientes, tanto

para a população de animais como humana.

Forma-se uma cadeia de produção na qual o

processamento dos produtos ou matérias-primas primárias

dá origem aos chamados co-produtos, subprodutos e

resíduos, que podem ser definidos da seguinte maneira:

Co-produtos: são oriundos de um processo de produção

conjunta cujo faturamento de todos os derivados é significativo

para a empresa. Exemplo disto é o processamento do milho,

do qual se produz o glúten de milho (60% e 21% de proteína

bruta), o amido, o óleo, o glicerol, os frutoligossacarídeos, a

fibra, o xarope, entre outros.

Subprodutos: são os derivados de um processo de

produção conjunta que apresentam menos importância

em relação ao faturamento, porém com condições de

comercialização. Exemplos disto são as fábricas de

subprodutos de origem animal, que processam um resíduo

industrial sem utilização para a alimentação humana para

transformá-lo em alimento para animais.

Resíduos, sobras ou sucatas: são produtos derivados da

produção, conjunta ou não, que não apresentam mercado

certo, sem valor comercial ou com valor comercial

inexpressivo para a indústria.

Do ponto de vista produtivo e ambiental, busca-

se aproveitar o melhor possível os alimentos durante o

processo de industrialização, maximizando a produção

de produtos principais, co-produtos e subprodutos, e

reduzindo-se desta maneira a geração de resíduos. Neste

conceito de produção industrial integrada, o resíduo de

uma etapa da cadeia produtiva pode servir de ingrediente

para a etapa seguinte. Para os mercados de alimentos para

animais de estimação e humanos, este conceito parece ser

verdadeiro, conforme será discutido adiante.

Segundo Bellaver (2002), o uso dos co-produtos

Ingredientes para alimentação de cães e gatos e produção de alimentos para seres humanos:

competição ou sinergismo na utilização?

P

Page 31: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

60 61

e subprodutos contribui com o conceito de “Ecologia

Industrial”. Sucintamente, a filosofia da ecologia industrial

recomenda a modelação de sistemas industriais como os

ecológicos, onde muito pouco é descartado ou perdido, o

que torna este conceito um guia potencial para a melhoria

da sustentabilidade. Ecologia Industrial representa um

conjunto de princípios de projetos nos quais a matéria-

prima e os rejeitos têm a mesma função, mas para diferentes

organismos, propiciando a minimização de desperdícios e

melhor eficiência ambiental (Gameiro e Silva, 2007).

Na figura 1 podem-se verificar os principais alimentos

produzidos atualmente no Brasil, bem como seus volumes

consumidos no mercado interno.

Aqueles alimentos com excedentes de produção

(milho, soja, produtos cárneos, mandioca, entre outros) são

exportados pelo país e outros, como o trigo, cujo consumo

supera a produção, são importados. No entanto, o fato de

um alimento não ser produzido em quantidade suficiente ou

apresentar excedente de produção, por si só não determina

o estabelecimento de relações de competição entre o

homem e os animais. Esta avaliação necessariamente tem

que incluir os co-produtos e subprodutos gerados em sua

transformação industrial. A quantidade produzida de um

alimento não tem, também, correlação com a geração ou não

de derivados, que na realidade depende primordialmente

do tipo de processamento industrial necessário, do

valor nutricional do alimento e derivados gerados e das

possibilidades de uso destes derivados como ingredientes

na próxima etapa da cadeia de produção. Na realidade, o

que parece existir é uma distinção bem clara das matérias-

primas empregadas na alimentação humana e animal.

O Brasil produz anualmente aproximadamente

50.000.000 toneladas de ração para animais de produção e

estimação, correspondendo o segmento para cães e gatos a

apenas 4% deste total. Os ingredientes predominantemente

Figura 1: Produção e consumo no Brasil de alguns alimentos de

origem vegetal e animal no ano de 2009 (fonte: Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística, IBGE).

utilizados na alimentação animal são o milho e a soja,

que apresentam excedentes de produção considerável,

destinados para a exportação. Aproximadamente 70% do

milho e 20% da soja produzidos no país são destinados à

fabricação de rações. A produção de sorgo no Brasil é baixa,

sendo esta quase exclusivamente destinada à alimentação

animal, uma vez que diferentemente de outros países, o

brasileiro não apresenta o hábito de consumir este grão.

Já os demais alimentos listados na Figura 1 praticamente

não são empregados na alimentação de cães e gatos, isto

se considerando seus produtos primários não processados,

sendo utilizados pela própria população humana. Seus co-

produtos e subprodutos, no entanto, inadequados à ingestão

pelo homem são amplamente utilizados nos alimentos

industrializados para cães e gatos.

Os principais ingredientes empregados na alimentação

humana e suas participações percentuais no fornecimento de

nutrientes podem ser vistos na Tabela 2 (dados publicados

pelo United States Department of Agriculture, USDA, 2010).

Aproximadamente metade da proteína ingerida na alimentação

humana é proveniente de produtos cárneos. Embora não se

tenham estes dados para animais de estimação, a contribuição

dos produtos de origem animal parece ser ainda maior, visto

pela ampla utilização de farinhas de origem animal (FOAs)

na produção de alimentos para cães e gatos. Ao contrário das

espécies de produção, para as quais a soja é a principal fonte

de proteína, para cães e gatos os subprodutos desidratados

do abate de animais representam importante proporção da

proteína consumida. Empregam-se principalmente farinhas

derivadas de partes inadequadas ao consumo humano da

carcaça dos animais de produção, subprodutos com bom

valor nutricional para cães e gatos, mas inadequados para

consumo pelo homem. Ingredientes in natura têm muito

menor utilização, destacando-se pequena utilização de

fígado congelado, miúdos (pulmão, rim, baço, etc), carne

mecanicamente separada e alguns peixes congelados. Não

se pode descartar, no entanto, a contribuição dos cereais na

ingestão protéica uma vez o milho em grão e seus derivados

(farelo de glúten 21 e 60), os derivados do arroz (quirera de

arroz e farelos de arroz gordo ou desengordurado) e o farelo de

trigo, podem chegar a representar de 30% a 60% da proteína de

um alimento com 18% de proteína bruta. Os produtos lácteos

também contribuem de maneira significativa com a ingestão

protéica em humanos (Tabela 2), porém, na alimentação de

cães e gatos sua utilização é muito restrita, possivelmente pelo

grande aproveitamento industrial desta matéria-prima e seus

co-produtos em alimentos para o próprio homem.

Com relação às fontes de carboidratos, especialmente

de amido, alimentos extrusados empregam o milho, a

quirera de arroz, o sorgo e os farelos de trigo, arroz e

milho. Ingredientes como ervilha, lentilha, trigo grão,

cevada e aveia têm utilização muito restrita uma vez que

Caderno Técnico 2

Carne bovina, frango e peixe

Produtos lácteos

Ovos

Legumes, soja e sementes

Grãos

Vegetais

Outros

Total

Grãos

Açúcares

Frutas

Vegetais

Outros

Total

Carne bovina, peixe e frango

Produtos lácteos

Gorduras e óleos

Outros

Total

Fontes de Proteína

Fontes de carboidratos

Fontes de lipídeos

40

18

4

6

22

5

5

100%

38

35

5

7

15

100%

20

10

60

10

100%

Tabela 2: Contribuição nutricional das principais fontes protéicas, de carboidratos e de

gordura empregadas na alimentação humana (USDA, 2010).

Contribuição da alimentação diária (%)

o custo destes é elevado devido à sobreposição direta com

o mercado de alimentos para o homem. Verifica-se desta

forma que tanto para as fontes de carboidratos quanto

para as fontes de proteína a origem das matérias-primas

é a mesma para o homem e seus animais de companhia,

porém, para os alimentos com elevado consumo pelo

homem seus co-produtos e subprodutos tornam-se

disponíveis para uso para animais, sendo parte destes

destinados à produção de alimentos para cães e gatos.

Na alimentação de animais de produção e humana os

óleos vegetais representam a principal fonte de lipídeos.

Já na alimentação de cães e gatos, as principais fontes de

ácidos graxos são as gorduras de origem animal (gordura

de aves e sebo bovino). Este fato se deve a melhora

na palatabilidade dos alimentos que estes conferem

e também por seu custo relativamente baixo. Apesar

destes produtos, por fatores culturais e de preferência

alimentar, não serem consumidos pela população

brasileira, são amplamente empregados na produção de

cosméticos (cremes, shampoos, sabonetes, etc.) e, mais

recentemente biodiesel, o que apresenta impacto direto

no custo destas matérias-primas para a alimentação

animal. Estes derivados de origem animal têm, também,

elevado poder poluente ambiental e sua destinação na

forma de alimentos para animais representa um bom

exemplo de “ecologia industrial”.

Verifica-se, assim, que a formulação de alimentos secos

e úmidos no Brasil emprega principalmente ingredientes

não utilizados para seres humanos, visando obter custo de

formulação mais acessível. Redução de custos é importante,

uma vez que apesar da melhoria nas condições de criação de

cães e gatos em nosso país, ainda a maior parte destes animais

é alimentada com produtos econômicos, para os quais o

custo é o mais importante. Mesmo nos alimentos Premium

e Superpremium, poucas são as matérias-primas em comum

com as empregadas na alimentação humana, destacando-

se talvez o emprego de arroz integral. Outros exemplos de

ingredientes utilizados em comum na alimentação humana e

de cães e gatos são o fígado fresco, leite em pó, óleo de soja,

vitaminas, corantes, aromatizantes, linhaça, aveia, proteína

do soro de leite, proteína isolada de soja, celulose, gomas,

entre outros. Estes ingredientes apresentam um custo

relativo mais elevado devido a este fato.

Este equilíbrio de mercado ocorre naturalmente,

pois a “competição” com alimentos destinados ao homem

acaba por não ocorrer em função do elevado preço destas

matérias primas, o que de certo modo os inviabiliza para

a indústria petfood. Uma diferenciação importante deve,

no entanto, ser realizada: a divisão dos mercados de

ingredientes entre as indústrias de alimentação humana

e animal não se baseia necessariamente na qualidade

nutricional das matérias-primas. Ingredientes destinados

à alimentação animal também têm qualidade, esta divisão

inclui aspectos tanto puramente culturais como fisiológicos

(palatabilidade, digestibilidade, composição nutricional). A

utilização sinérgica de co-produtos, no entanto, é bastante

importante, maximizando o aproveitamento dos recursos e

favorecendo a ecologia industrial.

A manutenção da saúde dos animais depende do

atendimento de suas exigências nutricionais, que por

sua vez são baseadas em suas necessidades de nutrientes

e não de alimentos. Os ingredientes utilizados, sejam

eles co-produtos ou subprodutos, devem atender aos

requisitos de biodisponibilidade dos nutrientes, composição

nutricional adequada, aceitação voluntária (palatabilidade)

e não apresentar fatores antinutricionais ou tóxicos. Estes

últimos, se presentes, devem ser inativados ou eliminados

durante o processamento.

Digestibilidade adequada é fundamental na formulação

de alimentos para que não haja prejuízo com a utilização

co-produtos e subprodutos. Este é um motivo importante

para a segmentação de mercado, uma vez que a qualidade

nutricional dos ingredientes está em geral relacionada com

seu custo. Na Figura 2 está apresentada a correlação entre

os coeficientes de digestibilidade da matéria orgânica de

15 fontes de carboidrato e ingredientes protéicos e o custo

destas matérias-primas (R$/kilograma).

Ao conhecer a composição química e a digestibilidade

Page 32: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

62 63Caderno Técnico 2das matérias-primas, o formulador pode aproveitar

melhor as possibilidades de uso dos ingredientes dentro

da dicotomia custo-biodisponibilidade. De maneira geral

esta correlação é positiva (r=0,36; p>0,05). Fazendo uma

análise mais detalhada desta correlação, verifica-se que os

ingredientes amiláceos milho, milheto, quirera de arroz e

sorgo são exceções a regra, uma vez que pela sua natureza,

apresentam custo menos elevado e ao mesmo tempo um

coeficiente de digestibilidade muito elevado. Caso estes

ingredientes sejam retirados desta análise, tem-se um

coeficiente de correlação positivo e significativo para os

demais (r=0,84; p<0,05), mostrando a íntima relação

entre o custo da matéria-prima e seu aproveitamento

pelos animais. De acordo com dados da Associação

Nacional dos Fabricantes de Alimentos (ANFALpet),

aproximadamente 80% da população de cães e gatos que

consome alimento comercial, é alimentada com produto

econômico ou popular, cujo preço é um dos fatores

mais importantes considerado pelos proprietários no

momento da escolha destes alimentos. Nestes alimentos

empregam-se matérias-primas de baixo custo e menor

digestibilidade. Por outro lado, os coef icientes de

digestibilidade da matéria seca de alimentos Premium

e Superpremium, de uma maneira geral são próximos

ou superiores a 80%, ou seja, com bom aproveitamento

da proteína, gordura e carboidratos. Destes nutrientes,

a proteína é a que apresenta maior oscilação na

digestibilidade entre os ingredientes utilizados nas

formulações. As fontes de lipídeos apresentam relação

direta entre o grau de insaturação dos ácidos graxos e

sua digestibilidade, ou seja, os óleos de peixe, aves e soja

apresentam coef icientes de digestibilidade superiores

ao sebo bovino, sendo este último de qualidade

nutricional e biodisponibilidade inferiores. Quanto às

fontes de amido, estas apresentam em geral coef iciente

de digestibilidade deste nutriente superior a 95%, desde

que devidamente moídas e extrusadas. A questão, no

entanto, é quanto é amido verdadeiro pois este não é

analisado diretamente, empregando-se apenas o teor

de extrativos não nitrogenados (ENN). Isto se torna

crítico em algumas situações, como por exemplo para

o farelo de trigo, largamente empregado nos produtos

econômicos. O farelo de trigo apresenta mais de 50% de

ENN, podendo ser erroneamente caracterizado como boa

fonte de amido. Isto se deve aos erros da análise de fibra

bruta, pois apesar do farelo de trigo ter de 5 a 7% de fibra

bruta, sua fibra dietética total esta próxima a 40%, de modo

que seu teor de amido geralmente está abaixo de 25%.

Conforme já dito anteriormente, as principais fontes

protéicas empregadas nas formulações de alimentos

secos são as farinhas de origem animal, especialmente a

farinha de carne e ossos, a farinha de vísceras de aves e,

em menor escala a farinha de peixes. Estes ingredientes

apresentam composição nutricional adequada em

aminoácidos, lipídeos e minerais e coef icientes de

digestibilidade relativamente bons, representando o

mercado petfood importante alternativa de destino

de subprodutos do processamento de carne para o

consumo humano nos frigoríf icos. A produção nacional

destas farinhas chega a aproximadamente 3.000.000

toneladas, o que atende satisfatoriamente o mercado

de alimentação animal. Porém, o grande problema

com o uso destes ingredientes diz respeito a: 1- grande

variabilidade na composição química e digestibilidade

das mesmas, o que dif iculta o trabalho do formulador;

2- problemas de qualidade, especialmente pelo risco

de oxidação lipídica durante a estocagem, presença

de aminas biogênicas e salmonela; 3- controle de

qualidade inadequado em grande parte das indústrias

que beneficiam os resíduos de abatedouros para a

produção de farinhas.

Por este motivo, o Sindicato Nacional dos

Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de

Origem Animal (SINCOBESP), em parceria com a

Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA),

considerando a importância destes subprodutos para

evitar a concorrência no uso de fontes protéicas entre

a alimentação animal e humana, estão preparando um

Censo do mercado de Graxarias, visando diagnosticar

os principais problemas e corrigi-los, possibilitando a

indústria de alimentação animal melhor uso de FOAs

e a elevação da qualidade destes ingredientes. Esta

iniciativa é importante em dois aspectos, o nutricional

e o ambiental. Do ponto de vista nutricional, a indústria

Petfood terá ingredientes de melhor qualidade a

baixo custo relativo, do ponto de vista ambiental,

considerando o elevado poder poluente dos resíduos de

frigoríf icos, sua correta transformação em subprodutos

Figura 2: Análise de correlação entre o custo de ingredientes

protéicos (n=7) e fontes de carboidratos (n=8) e seus respectivos

coeficientes de digestibilidade aparente da matéria orgânica.

viáveis na cadeia produtiva comofarinhas de origem

animal representa o aproveitamento quase total dos

alimentos produzidos nos frigoríf icos.

Nas formulações de alimentos úmidos são

empregados principalmente cortes e produtos cárneos

não utilizados na alimentação humana, exceto o fígado

e a carne mecanicamente separada. Porém, mesmo

que estes ingredientes sejam considerados partes não

comestíveis ou não preferíveis por humanos, seus

coef icientes de digestibilidade são elevados para cães

(Tabela 2), superiores aos de alimentos secos e próximos

da digestibilidade de alimentos caseiros.

A utilização de alimentos úmidos, pensando nas

preferências alimentares dos animais, representa

um grande salto em termos de palatabilidade. Desta

forma, têm-se produtos de elevada digestibilidade e

palatabilidade, sem necessariamente sobrepor-se com o

mercado de carnes para humanos. No entanto, o custo

para o consumidor (R$ por kilograma de matéria seca)

de um alimento úmido é aproximadamente o dobro

do de um alimento seco Superpremium. Nos países

desenvolvidos pode-se verif icar que o percentual de

animais alimentados com alimentos úmidos é superior

ao dos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

Talvez esta seja uma tendência para o mercado nacional

nos próximos anos.

Diferentemente dos alimentos secos e úmidos

enlatados, o segmento de alimentação natural para cães

e gatos utiliza nas formulações muitos alimentos em

comum com os consumidos na alimentação humana, tais

como lombo, músculo, peito de frango, coxa de frango,

fígado bovino, moela, coração, língua, entre outros.

Apesar destes serem produzidos aparentemente em

quantidade suf iciente para atender os dois segmentos

(alimentação humana e animal), caso esta realidade

venha a se consolidar, esta competição pode representar

uma ameaça de elevação dos custos da carne. Além

disso o uso destes alimentos apresenta alguns

inconvenientes somados ao elevado custo, tais como os

riscos microbiológicos da utilização de alimentos crus e

menor praticidade no fornecimento para os animais.

O Brasil, devido a sua localização geográf ica

e extensão, apresenta enorme riqueza de recursos

naturais, o que faz com que a produção agrícola e

Tabela 2: Digestibilidade aparente (%) de partes de frango

utilizadas na alimentação de cães e gatos (Tavares et al., 2010).

Dorso cozido

Pescoço cozido

Pés cozidos

ingrediente

91,07

89,66

78,75

matéria seCa

92,23

93,50

93,70

Proteína bruta

99,46

99,32

98,80

extrato etéreo

pecuária seja bastante diversif icada. Por este motivo,

são inúmeras as possibilidades de uso de ingredientes

alternativos para a alimentação animal. Regionalmente

tem-se produções diversif icadas e as indústrias locais

podem se aproveitar para utilizar ingredientes de boa

qualidade e baixo custo. Para isto há a necessidade de

um corpo técnico especializado e mais pesquisas na

área de ingredientes para a alimentação de cães e gatos.

Co-produtos e subprodutos ainda pouco empregados na

alimentação de cães e gatos são o o feijão, o milheto, a

batata, o café, frutas regionais, a mandioca, o triiticale,

entre outros. Maior problema nas formulações é a

proteína, com poucas alternativas atualmente à carne,

ao frango e a soja.

A intensificação de pesquisas na área de ingredientes,

a exemplo de outros setores da nutrição animal, poderá

fornecer dados importantes aos formuladores de alimentos

para cães e gatos, como teores práticos de inclusão de

ingredientes nas formulações, limites recomendados

de adição de ingredientes alternativos, efeitos destes

ingredientes nos processo de extrusão, etc., tornando

ainda mais sinérgica e mutualística a relação entre cães,

gatos, homem e seus alimentos.

Pode-se verificar que atualmente a produção de

alimentos para cães, gatos e homem tem estabelecido

relações sinérgicas (cooperativas) e mutualísticas

(interação entre espécies que se beneficiam reciprocamente)

no uso conjunto dos recursos alimentares e ingredientes,

contribuindo para a eficiência econômica e ambiental

do ecossistema industrial, reduzindo ainda a emissão

potencial de poluentes na natureza. Historicamente, a

domesticação de cães ocorreu pela troca do fornecimento

de alimentos pelos humanos aos animais - na época

sobras de comida - pela vigia das aldeias e auxílio na

caça de outros animais pelos cães. Parece que esta

relação não se modif icou substancialmente, exceto

pela funcionalidade, pois agora os cães ocupam mais

uma função sentimental e afetiva do que funcional.

Com relação à alimentação, no entanto, os alimentos

para cães e gatos continuam a ser produzidos com

ingredientes derivados do processamento de alimentos

para o homem, apesar desta tarefa ter sido transferida

da residência para a indústria de alimentos balanceados.

Esta relação mutualistica é de grande importância do

ponto de vista de uso dos recursos sem competição.

Ricardo S. Vasconcellos - docente do Centro de Ciências

Agroveterinárias da Universidade Estadual de Santa Catarina

(CAV-UDESC)

Aulus C. Carciofi – docente da Faculdade de Ciências Agrárias e

Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (FCAV-UNESP)

Page 33: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

64 65Caderno Técnico 3

Influências na Avaliação da Palatabilidade ara painéis (grupos) de teste de palatabilidade, o controle

e a estabilidade de parâmetros ambientais e a precisão

dos protocolos são elementos chave para o alcance de

resultadosconsistentes de palatabilidade. Porém, mesmo com

o pleno controle desses elementos, algumas influências podem

interferir quando trabalhando com painéis de animais, mesmo

considerando-se instalações avançadas. Essas influências podem

distorcer de maneira significativa a interpretação dos resultados

alcançados. “Uma das responsabilidades de nossos especialistas

em avaliações e em comportamento animal é melhorar de forma

contínua os protocolos para que as influências sejam eliminadas

o máximo possível” afirma Christelle Tobie, Gerente de

Comunicação da Panelis na França, sede da empresa.

Como explicar que o mesmo teste repetido em dois

diferentes painéis possa algumas vezes apresentar diferentes

resultados? Em 2004, o Panelis ressaltou que fortes hábitos

alimentares desempenham um papel importante na escolha

do alimento pelos animais (Larose, PFI set. 2004). Assegurar

uma diversidade de alimentos foi proposto como solução. O

passado alimentar e o desenvolvimento de hábitos alimentares

em animais podem, com frequência, explicar as discrepâncias

entre os painéis. Além disso, metodologias com pequenas

variaçõestambém contribuem com o efeito indesejado. Para

evitar tais efeitos, torna-se de fundamental importância a

padronizaçãodos painéis de teste.Neste contexto, o Panelis

busca apresentar aos animais a maior diversificação alimentar

possível, sempre respeitando sua fisiologia e bem estar.

Padronização também significa uma escolha aleatória de painéis

selecionados para cada teste. Por fim, para a eliminação de

influências, o Panelis implantou uma avaliação de palatabilidade

com subgrupos de animais de diferentes centros de teste. Dessa

forma o painel é composto por animais com passado alimentar

ou hábitos alimentares diferentes. Esse painel virtual pode ser

adequado em subgrupos ou mesmo em nível individual. Essa

solução possui ainda a vantagem de não mover fisicamente os

animais, o que poderia criar distúrbios adicionais.

Outros tipos de distúrbios ainda podem surgir. Para

evitar tendências de lateralização, ou seja, a escolha do

alimento baseada em sua posição, o Panelis desenvolveu um

Índice de Lateralização para controlar essa influência em

testes versus. “O Índice de lateralização é calculado a cada 3

meses” afirma Carla Tanaka, supervisora do Panelis América

Latina, situado em Descalvado. Ele considera – continua ela - a

frequência de ingestão significativamente mais alta observada

em um dos lados durante a alimentação do animal. Essa

metodologia objetiva a remoção de animais que apresentam

índice de lateralização fortemente grave, ou seja, animais com

índice superior a 70% em dois trimestres consecutivos. Este

protocolo identifica os “true position eaters” [comedores de

posição real], aqueles que possuem preferência por um lado,

independente do produto ou outras condições presentes no

contexto das avaliações.

A relação entre os controles de influência e a

confiabilidade dos resultados é reconhecida e direcionada.

Além disso, a possibilidade de controlar as influências

presentes na avaliação de preferência alimentar possibilita a

introdução de novas ferramentas de avaliação, mensuração

ou a combinação de diferentes métodos para assegurar

a consistência dos resultados.O desenvolvimento de

especialistas no campo de avaliação de palatabilidade é

inerente à contínua melhoria das metodologias. “Este é o

objetivo diário da Panelis”, conclui Carla Tanaka.

P

Page 34: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

66 67

Aboissa

(11) 3353-3000

[email protected]

www.aboissa.com.br

Algomix

(45) 3251-1239

www.algomix.com.br

Andritz Sprout do Brasil

www.andritzsprout.com

[email protected]

Anima Consultores

(11) 3677-1177

www.animaconsult.com.br

[email protected]

Biorigin

(14) 3269-9200

www.biorigin.net

[email protected]

Brazilian Pet Foods

0800-7016100

www.brazilianpetfoods.com.br

Celta Brasil

(11) 4615-7788

www.celtabrasil.com.br

[email protected]

Consulpet

(19) 9135-1322

www.consulpet.com.br

[email protected]

Eurotec Nutrition

(48) 3279-4000

[email protected]

www.euronutri.com.br

Ferraz Máquinas

(16) 3615-0055

[email protected]

www.ferrazmaquinas.com.br

Focam

(42) 3231-9400

[email protected]

www.focam.com.br

Geelen Counterflow

[email protected]

www.geelencounterflow.com

Inflex Embalagens

(67) 2108-5900

www.inflex.ind.br

Informe Agro Business

(11) 3853-4288

[email protected]

www.agroinforme.com.br

Manzoni Industrial

(19) 3225-5558

www.manzoni.com.br

Nord Kemin

(49) 3312-8650

www.kemin.com

Nutriad

(19) 3206-0199

www.nutriad.com.br

Percon

(19) 3546-2160

[email protected]

Permecar

(19) 3456-1726

www.permecar.com.br

Plastrela Embalagens

(51) 3736-1122

www.plastrela.com.br

Rothoplás Embalagens

(11) 4199-2555

[email protected]

www.rhotoplas.com.br

SES Surface

(16) 3368-3118

www.ses-engenharia.com.br

SPF do Brasil

(19) 3583-6003

www.spfbrasil.com.br

Vogler Ingredientes

(11) 4393-4400

[email protected]

www.vogler.com.br

Wenger do Brasil

(19) 3871-5006

[email protected]

www.wenger.com

Wid / Muyang

(11) 5042-4144

www.wid-eng.com

Serviços

3ª capa

2ª capa49

41

17

51

9

27

33

39 47

759

11 43

23

55

19

13

15 59

53

45

45

05

Nome:

Empresa:

Endereço:

Nº: Complemento:

Cidade:

Cep: UF:

Fone: ( )

Fax: ( )

E-mail:

Cargo:

Tipo de Empresa:( ) Fábrica de Ração ( ) Palatabilizantes( ) Vitaminas e Minerais( ) Aditivos e Anti-Oxidantes( ) Veterinários( ) Zootecnista( ) Pet Shop( ) Farmacologia( ) Corantes( ) Embalagens ( ) Graxaria Independente ( ) Graxaria / Frigorífico( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas( ) Prestadores de Serviços( ) Consultoria / Assessoria( ) Universidades / Escolas( ) Outros

Você pode solicitar o recebimento da Pet Food Brasil.

Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para:

Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000

Fone: (11) 2384-0047ou por e-mail: [email protected]

ASSINATURA DA REVISTAPet Food Brasil

4ª capa

Page 35: CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se um ponto de contato entre a marca e o consumidor,

68