CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04 Revista Pet Food Brasil · “Estes profissionais são treinados...
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Catálogo Oficial 2011Catálogo Oficial 2011
Ano 3 / Edição 12 / Jan - Fev 2011 / www.editorastilo.com.br
Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista
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Catálogo Oficial 2011Catálogo Oficial 2011
Ano 3 / Edição 12 / Jan - Fev 2011 / www.editorastilo.com.br
Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista
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CAPA ed 12 B.pdf 1 09/02/11 15:04
Editorial
Edição 12Janeiro/Fevereiro 2011
Prezado Leitor, É com as melhores expectativas que aguardamos a realização da 1ª edição da
Expo Pet Food. Uma iniciativa pioneira da Editora Stilo, com o SINCOBESP –
Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Subproduto de Origem
Animal – e do CBNA - Colégio Brasileiro de Nutrição Animal – onde reuniremos
os principais players do mercado de alimentação animal. O evento será realizado
em São Paulo, entre os dias 30 e 31 de março, simultaneamente ao 10º Congresso
Internacional sobre Nutrição de Animais de Estimação, do CBNA, e a 6ª Fenagra -
Feira Nacional de Graxarias que concentrará fornecedores de matérias primas para
a indústria de ração animal, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, combustíveis
alternativos etc. A sinergia e as similaridades dos mercados de pet food e graxaria
foram os responsáveis por agregar estes eventos em uma única ocasião.
O professor Dr. Aulus Carciofi, da FCAV / UNESP de Jaboticabal e membro
da comissão técnica do CBNA é o nosso entrevistado deste mês e adianta sobre o
que o mercado irá encontrar no 10º Congresso, que também está sendo aguardado
com muita expectativa e terá um dia inteiro dedicado a palestras internacionais. As
novidades sobre o evento, os temas abordados, quem serão os palestrantes e muito
mais, vocês leitores, acompanham nas próximas páginas.
E tudo não poderia acontecer em uma ocasião melhor. O segmento pet food
está em franca expansão. Segundo as entidades do setor, a produção estimada de
alimentos para cães e gatos cresceu aproximadamente 8% no último ano, atingindo
pouco mais de 2 milhões de toneladas. Contribuiu para isso, o vigor da economia
doméstica brasileira e o aumento de renda das famílias. Alguns dos principais
representantes do setor de insumos e matérias primas para alimentação animal
nos contam as expectativas para 2011, as estratégias adotadas e os investimentos a
serem realizados.Confira!
Aproveitamos o espaço para convidarmos todos a visitarem a Expo Pet Food/
Congresso / Fenagra e desde já desejamos ótimos negócios, que seja realmente
uma ocasião de muitos contatos, aprendizado e oportunidades, fazendo de 2011 um
excelente ano para o setor de Pet Food.
Boa Leitura!
Daniel Geraldes
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DiretorDaniel Geraldes
Editor Chefe
Daniel Geraldes – MTB [email protected]
Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222
PublicidadeLuiz Carlos Nogueira Lubos
Direção de Arte e ProduçãoLeonardo Piva
Conselho EditorialAulus Carciofi
Claudio MathiasDaniel GeraldesEverton Krabbe
Flavia SaadJosé Roberto Sartori
Vildes M. Scussel
Fontes Seção “Notícias” Anfal Pet, Pet Food Industry, Sindirações, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Agência Estadão,
Cepea/Esalq, Engormix, CBNA
Impressão Intergraf Ind.Gráfica Ltda
DistribuiçãoACF Alfonso Bovero
Editora StiloRua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000
Fone: (11) 2384-0047
A Revista Pet Food Brasil é uma publicação bimestral da Editora Stilo que tem como público-alvo empresas
dos seguintes mercados: Indústrias de Pet Food, Fábricas de Ração Animal, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matérias
Primas, Frigoríficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos, Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais,
Corantes, Veterinários e Zootecnistas, Farmacologia, Pet Shops, Distribuidores, Informática/Automação
Industrial, Prestadores de Serviços, Equipamentos de Segurança, Entidades da cadeia produtiva, Câmaras de
Comércio, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, com tiragem de 10.400 exemplares.Distribuída entre as empresas nos setores de
engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores
destes segmentos.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus
autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial
das matérias sem expressa autorização da Editora.
Sumário
Expo Pet Food
Notícias
Caderno Científico
Entrevista
Capa
Em Foco 1
Em Foco 2
Em Foco 3
Segurança Alimentar
Pet Food Online
Pet Market
Caderno técnico1
Caderno técnico2
Caderno técnico3
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Eukanuba adota estratégia diferenciadano ponto de venda Com o objetivo de aumentar a penetração no canal de venda pet, a
Procter & Gamble adota a estratégia de divulgação similar ao da indústria
farmacêutica para a ração Eukanuba. Desenvolvido com a agência de
marketing promocional Out Promo, o novo modelo usado pela marca engloba
educação aos consumidores, com estudantes de veterinária explicando a
relação custo-benefício do produto em grandes redes e pequenas lojas de
pet shop. “Estes profissionais são treinados com o intuíto de tornarem-se
um ponto de contato entre a marca e o consumidor, esclarecendo dúvidas
sobre a nutrição animal de forma eficiente e incentivando a experimentação
da Eukanuba”, reforça Ricardo Franken, diretor da Out Promo.
Além disso, estes consultores de vendas de nutrição animal são
responsáveis por distribuir brindes aos consumidores, como bandanas,
frisbees e canecas. Existem ainda promoções pontuais, como é o caso da
ação em que na compra de qualquer sacaria de 12 ou 15 kg, o consumidor
ganha um balde personalizado; ou os clientes que adquirirem uma
embalagem de 2,5 ou 3 kg ganham uma lata exclusiva Eukanuba.
Desde setembro de 2010, as lojas de pet shop recebem visita de
merchandisers, que levam materiais de ponto de venda, brindes e
organizam a loja de forma a facilitar a compra e transmitir ao consumidor
o posicionamento de Eukanuba.
A Out Promo também posicionou uma equipe de veterinários para visitar consultórios veterinários, divulgando todos os benefícios de Eukanuba, como
uma espécie de indicação técnica.
Ferraz constrói fábrica de ração para Dispec A empresa Dispec, tradicional fabricante de produtos veterinários
localizada em Maringa (PR), contratou a Ferraz Máquinas para construção
de uma fábrica de rações extrusadas que terá sua produção voltada para
alimentos destinados a cães, gatos e peixes, setores que já são contemplados
com os produtos da empresa em uma fábrica de ração existente. Além destes
setores industriais em que atua, a Dispec também dedica-se a produção de
reprodutores e matrizes de bovinos, fornecendo animais de alta genética
para produtores rurais em todas as regiões do país. Neste setor, a empresa é
detentora de inúmeros troféus conquistados nas mais diversas exposições e
concursos em que participa.
A nova fábrica está em fase de montagem e deve ser concluida em
aproximadamente 60 dias. O fornecimento por parte da Ferraz é em regime
de turn-key e engloba os seguintes itens:
- linha completa dos equipamentos e montagem dos mesmos.
- instalação elétrica e automação, inclusive transformador e rebaixamento de tensão.
- instalação de redes de alimentação de vapor e retorno de condensado.
- instalação de rede de ar comprimido e hidráulica.
- treinamento e capacitação de funcionários.
Concretiza-se assim mais uma parceria de Ferraz Máquinas com uma empresa que encontra-se em contínua expansão nos mercados em que atua.
Notícias
Com ações de educação ao consumidor, brindes e indicação téc-nica aos veterinários, a Procter & Gamble prevê aumentar penetração no canal pet.
8 9Notícias
Pesca em destaque A ministra Ideli Salvatti afirmou, ao assumir o Ministério da Pesca
e Aquicultura, que “o desafio traçado pela presidenta Dilma Rousseff
é para que o setor tenha o impulso e a visibilidade da agricultura
e da agropecuária”. Ideli destacou o potencial marítimo e de água
doce de que o Brasil dispõe para a produção de pescados, lembrando
que “a Amazônia tem tudo para produzir muito mais peixe do que
carne bovina. Por isso, o desenvolvimento da pesca tem o seu lado de
preservação ambiental”.
A ministra lembrou que, há oito anos, o Ministério da Pesca era apenas
um departamento do Ministério da Agricultura, com poucos funcionários,
até ser criada, em 2003, uma secretaria para tratar do setor. Seu antecessor,
Altemir Gregolin, enfatizou a importância da criação do ministério, “um
órgão de interesse público, dando-lhe estrutura capaz de representar 1
milhão de pessoas que historicamente estavam esquecidas e alijadas de
políticas públicas, entre pescadores e aquicultores”.
Dados do ministério indicam que, em oito anos, a produção de pescado no país cresceu 25% e o consumo de peixes pela população subiu, nos últimos
dois anos, de 6 quilos para 9 quilos por ano. Pela sua importância econômica, com a possibilidade de geração de emprego e renda, o setor pesqueiro estaria,
assim, inserido no conjunto de ações que vão ser desenvolvidas pela presidenta Dilma Rousseff para acabar com a miséria, acredita Gregolin.
Fonte: Agência Brasil
População de gato dá salto de 13% no país A falta de tempo e de espaço nas grandes cidades estimula
a população de gatos, que apresentam uma taxa de crescimento
superior à de cães -o animal doméstico preferido dos brasileiros.
O número de gatos aumentou 13,3% no país em 2009, em
relação a 2008, segundo dados da Anfalpet (Associação Nacional
dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação). Já a
população de cães cresceu 6,4% no mesmo período.
Além do estilo de vida urbano, o crescimento da população
de gatos também tem uma explicação econômica: o aumento da
renda, marcado pelo fortalecimento da classe C.
Pesquisa da Comissão de Animais de Companhia do Sindan
(Sindicato da Indústria de Produtos para Saúde Animal) aponta
que 50% dos gatos vivem na classe C.
“Os gatos precisam de menos tempo e dedicação. Como em
uma família de classe C todos trabalham, moram longe e passam
pouco tempo em casa, os gatos se encaixam mais”, afirma Luiz
Luccas, presidente da comissão.
Além disso, diz ele, há uma percepção de que o custo de criar um gato é menor do que o de cachorro:
“Gato não precisa tomar banho toda semana.”
Os cães ainda são maioria no país: 33 milhões ante 17 milhões de gatos. Mas, como a expansão da população de gatos ocorre há pelo menos três anos
e deve continuar, a diferença deve diminuir.
O estilo de vida já fez a população de gatos ultrapassar a de cães na Europa e nos Estados Unidos, observa Fabíola Perini, gerente de marketing da Nestlé Purina.
Segundo o instituto norte-americano Pet Food Institute, os gatos representam 56% dos animais domésticos nos EUA; os cães são 44%.
A veterinária Luciana Deschamps viu na paixão pelos gatos uma oportunidade de negócios. É proprietária do primeiro pet shop do Brasil exclusivo para gatos.
Além de espaço para banhos, que para os gatos são recomendados a cada dois ou três meses, o “cat shop” de Luciana tem uma clínica veterinária,
hotel, área de lazer e loja de acessórios.
Luciana estima atender no Sr.Gato (zona oeste de São Paulo), 150 animais por mês apenas na parte médica.
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Corn Products investe para ampliar produção Um ano e meio depois de sua matriz americana quase ter sido vendida
para a multinacional Bunge, a Corn Products Brasilanuncia investimentos
de R$ 170 milhões nos próximos dois a três anos no país para aumentar
sua capacidade de processamento de milho, ampliar linhas de produção e
desenvolver novos ingredientes.
Com perfil discreto, a empresa controlada pela Corn Products
International está no Brasil há 81 anos e produz ingredientes à base de milho
para as indústrias de alimentos, bebidas, nutrição animal, farmacêutica e de
embalagem e papel.
O destino dos R$ 170 milhões será as unidades da companhia em Cabo
de Santo Agostinho (PE), Mogi Guaçu (SP) e Balsa Nova (PR), segundo o
presidente da Corn Products Brasil, Carlos Alberto Bianco. “O mercado está
crescendo como um todo, mas a maior ênfase será na unidade do Nordeste”,
afirma.
A razão é evidente: a Corn quer ampliar sua produção de ingredientes
no Nordeste para atender à crescente demanda das indústrias de alimentos e bebidas na região, que vive um aumento expressivo no consumo graças à
melhoria na renda.
A prioridade é o Nordeste, mas também são necessários investimentos nas duas outras unidades já consolidadas, diz o executivo, há quatro anos na
presidência da empresa e há 32 anos no grupo. Além dessas três, a Corn tem plantas ainda em Conchal (SP) e Alcântara (RJ).
Com os recursos, explica Bianco, a empresa vai ampliar sua capacidade de moagem de milho, hoje em 1,4 milhão de toneladas por ano, e também as
linhas de produção de ingredientes, como xaropes de glicose, xaropes de alta maltose, amidos de milho, corantes, maltodextrinas, óleos e outros.
Nas três unidades, haverá obras de construção civil para a ampliação das instalações, e a expectativa da Corn é que as novas linhas de produção em Cabo
de Santo Agostinho (PE) e Balsa Nova (PR) entrem em operação a partir do último trimestre do ano que vem. Para Mogi Guaçu, a previsão é 2012.
O Brasil, que respondeu por 15% da receita de US$ 3,7 bilhões da Corn Products International em 2009, é fundamental na estratégia da companhia. E é,
atualmente, um mercado ainda mais atrativo, o que explica os investimentos. “O Brasil é visto como um mercado diferenciado, com estabilidade econômica
e uma classe mais baixa migrando para a classe média. Por isso a expectativa é de bons resultados”, argumenta Bianco.
Dentro da estratégia de crescimento do portfólio de ingredientes no Brasil, Bianco não exclui aquisições no segmento.
Com sede em Illinois, nos Estados Unidos, a Corn Products International está em outros 14 países além do Brasil. Este ano, até o terceiro trimestre, o grupo
americano faturou US$ 2,959 bilhões, 9% acima dos US$ 2,713 bilhões de igual período de 2009. Na América do Sul, onde o Brasil responde pela maior parte
do resultado, a receita foi de US$ 874 milhões até setembro deste ano.
Como o capital da Corn Products International é aberto nos EUA, o executivo evita previsões, mas observa que os preços do milho - a principal matéria-
prima da indústria - mudaram de patamar recentemente. E para cima. Para garantir a matéria-prima, a Corn Brasil criou um programa de fidelidade com
produtores, localizados num raio de até 400 km da empresa. Segundo o presidente da subsidiária brasileira, todo o milho utilizado é completamente rastreado,
desde a fazenda onde é produzido até as fábricas.
Fonte: Valor Econômico
Relatório expõe risco de desabastecimento Nem bem a colheita brasileira de verão começou e todas as atenções
do mercado já estão voltadas para a temporada 2011/12. Mesmo que Brasil
e Argentina consigam driblar o clima e tenham safras cheias, a produção
não será suficiente para reabastecer as reservas mundiais de soja e milho
e o mundo vai viver dias perigosos no abastecimento de grãos. Foi o que
mostrou o balanço de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em janeiro passado.
Ao apontar safras menores que o esperado nos EUA e estoques
mundiais em patamares críticos, o relatório deixou uma mensagem clara:
será preciso aumentar consideravelmente o plantio de grãos para espantar
o risco de desabastecimento. E os norte-americanos devem tomar a frente
nesse processo de recomposição de estoques. De acordo com analistas, a
safra 2011/12, que começa a ser planejada no país, precisará de cerca de 4
milhões de hectares adicionais para garantir produção de grãos suficiente.
O que não se sabe ao certo é de onde viria essa área. “É a primeira
vez em 32 anos que não sei de onde vamos tirar esses hectares. A situação é bastante complicada. Não há espaço para erros”, diz o analista norte-
americano Dan Basse, da AgResource Company.
O consenso entre especialistas é que soja e milho tendem a ganhar terreno sobre as chamadas culturas industriais como feno, alfafa e aveia.
“Mas ainda assim será muito difícil conseguir toda a área necessária, pois nossa fronteira agrícola já chegou ao limite. Na melhor das hipóteses, soja
e milho ganharão 1 milhão de hectares nos EUA em 2011/12”, considera Tim Hannagan, da PFGBest.
“A briga por área deve ser mais acirrada do que nunca nos EUA em 2011/12 e os números do USDA mostram que a situação é mais perigosa para
o milho”, considera Steve Cachia, analista da Cerealpar em Malta. Segundo ele, fundamentos fortes para a soja significam que o preço do milho vai ter
que subir mais que o da oleaginosa no mercado internacional para estimular o plantio e não colocar em xeque o programa de etanol dos EUA.
“Acredito que o cereal terá a preferência do agricultor norte-americano nessa disputa. Até pelo programa de etanol”, concorda Aedson Pereira,
analista da AgraFNP em São Paulo. Quando o plantio de milho avança, normalmente a soja recua no país, ainda que a oleaginosa também possa
cobrir áreas não ocupadas por trigo ou algodão, explica.
“O milho vai ter de acompanhar a arrancada recente da soja, sob o risco de perder terreno. O quadro é inverso ao de dois meses atrás, quando
era a soja que corria atrás do milho para não perder área. Na minha opinião, o produtor norte-americano vai deixar 5% da área para decidir o que
fazer pouco antes do início da temporada, dependendo da relação de preço entre os dois produtos na boca do plantio”, diz Cachia.
Fonte: Gazeta do Povo
Atenção Laboratórios Em janeiro passado (10/01/2011), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
publicou normas complementares para o credenciamento de laboratórios para a realização de
análises na área de controle de medicamentos veterinários e produtos utilizados na alimentação
animal. Os procedimentos estão em consulta pública, pelo prazo de 30 dias.
A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na Portaria n° 577.
Os estabelecimentos interessados em integrar a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários
deverão estar acreditados junto à ISO 17.025 (norma internacional específica para o sistema de
gestão da qualidade em laboratórios) ou Boas Práticas de Laboratório (BPL), de acordo com as
análises realizadas. Os trabalhos poderão ser iniciados após a concessão do credenciamento e
respectiva publicação no site do Mapa - www.agricultura.gov.br.
Essa medida tem o objetivo de aprovar, também, o Guia de Validação de Procedimentos
Analíticos e Controle de Qualidade para Medicamentos Veterinários, Farmoquímicos, Fármacos e
outras Substâncias e Produtos para Alimentação Animal.
Notícias
12 13Notícias
Plastrela aposta no mercado Pet Food Um dos poucos setores da indústria que não apresentou recuo nos últimos anos foi o de embalagens para o segmento de Pet Food. Para
a empresa gaúcha Plastrela Embalagens Flexíveis, que produz diversos tipos de embalagens especiais para alimentação animal, o saldo positivo
deste segmento em 2010 foi fundamental para começar 2011 com força total. A venda de embalagens no setor de Pet Food no ano que
passou apresentou incremento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Até o final de 2011, a estimativa é manter este ritmo de
crescimento e atingir 10%. O setor de Pet Food representa atualmente 30% do total de vendas da empresa.
As exportações de embalagens de Pet Food para clientes na Colômbia e a entrada de novos clientes, em estados como Bahia e Minas Gerais,
foram determinantes para alavancar os negócios. “Nossos clientes estão exigindo uma diversificação em embalagens para animais de estimação,
e por isso estamos investindo para atender esta demanda”, destaca o diretor-presidente da Plastrela, Jack Shen.
A embalagem inédita com zíper – Zip Fácil, desenvolvida pela Plastrela, consolidou a posição de destaque e inovação da empresa no
mercado. A Zip Fácil é aplicável para o empacotamento de cereais, grãos, rações, entre outros produtos. Entre as vantagens, melhor conservação
e mais durabilidade do produto armazenado, o que contribui para a manutenção e um alto padrão de qualidade.
O diretor da Plastrela, Jack Shen, explica que a Zip Fácil pode ser aplicada em bobinas e sacarias, acabamento com quatro soldas, sistema
abre e fecha em uma única película e pode ser aplicada também em embalagens sanfonadas.
Mercado Pet movimenta R$ 10 bilhões em 2010 O mercado de produtos para animais de estimação movimentará cerca
de R$ 10 bilhões neste ano, um crescimento de 5% em relação a 2009,
segundo estimativas de indústrias do setor.
Somente o mercado de alimentação industrial para “pets” girou
quase R$ 7 bilhões no ano passado e, entre janeiro e outubro de 2010,
o faturamento cresceu 15%, segundo dados da Anfalpet (Associação dos
Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação) citados pela fabricante
PremieR Pet.
Com o maior hábito de adotar gatos, a demanda por produtos
destinados aos felinos cresce mais. “O mercado de ração seca e fresca para
gatos cresce mais que o dobro da média”, diz Fabíola Perini, gerente de
marketing da Nestlé Purina.
O volume de ração vendida para gatos cresceu 4% em 2009 no país,
já os alimentos para cachorros apresentaram estabilidade. Mas o mercado
de cães representou 82% das vendas, o que indica o potencial de expansão
para o segmento de gatos.
“Os produtos para gatos ganham mais espaço nas prateleiras”, afirma Karine Rocha, veterinária e gerente de marketing da Cobasi.
Somente a Mars Brasil, fabricante da marca Whiskas, possui 42 itens no seu portfólio para gatos. Em dois anos, foram sete lançamentos.
O Brasil tem a segunda maior população de animais de estimação do mundo, mas representa só 6% do mercado global de ração. O desafio está
em convencer os consumidores dos benefícios da ração. Hoje, apenas 43% dos “pets” são alimentados com ração, segundo a Anfalpet.
A Pfizer Saúde Animal, que produz medicamentos e vacinas para “pets”, vê um mercado promissor.
Jorge Espanha, diretor da Pfizer, estima que o segmento, que hoje representa 11% dos negócios da divisão no país, pode atingir uma fatia de 45%
em oito anos.
Douramix Iniciou 2011 com Extrusora MEX-3000 Manzoni A Douramix, fábrica de rações situada em Dourados, que produz rações para bovinos, eqüinos,
ovinos, caprinos, suínos, peixes, pets e aves, de olho na crescente demanda do setor para a economia
agropecuária, iniciou o ano de 2011 operando uma extrusora Manzoni da linha MEX-3000.
“A nossa produção tem aumentado em torno de 15% ao ano nos últimos quatro anos. Com certeza, vamos continuar assim em 2011 e para
atender o mercado do Mato Grosso do Sul e de outros estados. Precisávamos de um equipamento de qualidade e confiança para aumentar nossa
produtividade e nos ajudar a suprir a demanda do mercado”, diz o gerente de suprimentos da Douramix, Eduardo Correa.
“A facilidade financeira na aquisição da extrusora, por se tratar de um equipamento 100% nacional e o atendimento pós-venda foram fatores
decisivos na hora da compra.” afirma Correa.
A extrusora MEX-3000 trouxe para a Douramix benefícios como o aumento de produção com a mesma capacidade de motor instalada, melhoria
na qualidade dos pellets e produção de rações para categorias de animais não atendidas.
14 15Notícias
Beta-1,3/1,6-glucanos: ingrediente funcional que pode melhorar dos sinais clínicos da osteoartrite canina
Apresentamos evidências que os beta-1,3/1,6-glucanos são úteis no
tratamento de osteoartrite canina. A eficácia de uma preparação de beta-1,3/1,6-
glucanos purificados foi demonstrada em um estudo duplo-cego, controlado por
placebo e existe um mecanismo de ação plausível.
Beta - 1,3/1,6 - glucanos purificados Os glucanos são polímeros da glicose. Exemplos conhecidos de glucanos
são o amido e a celulose, mas estas moléculas não têm influencia específica
sobre o sistema imune. As moléculas de glicose no amido e na celulose estão
ligadas por ligações chamadas alfa e beta- 1,4, respectivamente. As moléculas
de glucano que têm a capacidade de potencializar o sistema imune são cadeias
de moléculas de glicose ligadas por ligações beta-1,3 e apresentam “ramos” de
moléculas de glicose através ligações beta-1,6. MacroGard ® é um beta-1,3/1,6-
glucanos altamente purificado, que foi isolado da parede celular da levedura
(Saccharomyces cerevisiae). Durante o processo de isolamento, as mananoproteínas
da superfície da parede celular são removidas para expor os beta-1,3/1,6-glucanos
a sua máxima bio-atividade.
Atividade reguladora Foi demonstrado (dados não-publicados, 2008) que beta-1,3/1,6-glucanos
purificados (MacroGard®, Biorigin) podem ligar-se ao receptor de dectina-1 das
células imunes intestinais (p.ex., macrófagos e células dendríticas). A extremidade
terminal das cadeias de glucano com ligação beta-1,3 é reconhecida pelo receptor.
Somente depois da remoção da camada externa de proteína da parede celular
da levedura é que os betaglucanos podem interagir com o receptor. Devido à
presença de proteína que cobrem os ramos laterais dos beta-1,3/1,6-glucanos,
produtos não-purificados de beta-1,3/1,6-glucanos não afetam o sistema imune.
Isto se aplica a vários produtos de parede celular de leveduras e preparações de
manano-oligassacarídeos (MOS). Os betaglucanos não-purificados não se ligam
a receptores específicos das células imunes e, portanto, não podem estimular
resposta na forma de produção de citocinas (observações não-publicadas). Os
produtos de MOS, que são comumente usados em rações pet, têm características
específicas diferentes da ligação com o receptor de dectina-1 das células imunes.
Pesquisas em suínos (Li et al., 2006) demonstraram que o fornecimento
de beta-1,3/1,6-glucanos reduziu as concentrações plasmáticas das citocinas
pró-inflamatórias IL-6 e TNFα e aumentou a concentração da citocina anti-
inflamatória IL-10. O TNFα estimula a produção da metaloproteinase-3 da matriz
pelos condrócitos (O’Connor e Fitzgerald, 1994), que está envolvida na degradação
das moléculas de colágeno na matriz da cartilagem. Os beta-1,3/1,6-glucanos
ingeridos provavelmente inibem a degradação do colágeno da cartilagem.
Osteoartrite Osteoartrite é uma doença das articulações vista frequentemente na clínica
veterinária. O quadro ocorre tanto em cães, como em gatos, mas geralmente
recebe mais atenção em cães. Com vários graus de gravidade, a osteoartrite
ocorre em mais de 90% dos cães com mais de 5 anos de idade. Em casos graves,
os sintomas são dor crônica, manqueira e imobilidade. A osteoartrite é uma
doença degenerativa e inflamatória na qual a perda de matriz cartilaginosa está
associada à liberação de citocinas anti-inflamatórias. A osteoartrite não tem cura
e o tratamento é dirigido para o alívio da dor através da inibição das reações
inflamatórias e evitar que a cartilagem continue a ser degradada.
Berge (Clínica Veterinária Nordberg, Oslo, Noruega) verificou que o consume
de beta-1,3/1,6-glucanos purificados melhorou os sinais clínicos de cães com
doenças articulares (dados não-publicados, 2003). Devido à natureza aberta
do estudo e à ausência de um grupo placebo, esta observação não pode ser
considerada comprovação dos efeitos benéficos dos beta-1,3/1,6-glucanos.
Sabe-se que ocorrem efeitos de placebo quando os sinais clínicos de cães com
osteoartrite são examinados.
Para reavaliar os efeitos dos beta-1,3/1,6-glucanos, Beynen e Legerstee
(2009) realizaram um estudo duplo cego, controlado por placebo, com cães
com osteoartrite pertencentes a indivíduos. Usando um questionário, os sinais
clínicos foram avaliados pelos proprietários. Os animais-teste foram alimentados
por um período de 8 semanas com uma ração seca contendo 800 ppm de beta-
1,3/1,6-glucanos (MacroGard ®) e, como placebo, foi usada a mesma dieta
sem o suplemento. Cada grupo experimental incluiu 23 cães. Em comparação
ao tratamento com placebo, o consumo de beta-1,3/1,6-glucanos demonstrou
melhora numérica maior para os escores de atividade (A), rigidez (R), manqueira
(M) e dor (D) (Figura 1).
Figura 1. Melhora dos sinais clínicos de osteoartrite em cães que receberam uma preparação de beta-1,3/1,6-glucanos purificados. A diferença na mudança de escore entre os dois grupos não foi estatisticamente significativa. O aumento (= melhora) do escore (em uma escala 0-10) induzido pelos beta-1,3/1,6-glucanos (MacroGard ®), comparado aos valores da linha de base, foi estatisticamente significativo (P < 0.05)
para as variáveis atividade (A), rigidez (R), manqueira (M) e dor (D).
Conclusão Esta comunicação sugere que os beta-1,3/1,6-glucanos melhoram os
sinais clínicos da osteoartrite canina e que isto ocorre através de um mecanismo
aceitável.
Sobre o Produto testado: MacroGard ® é o beta-glucano purificado da Biorigin. Mais informações
através do email [email protected]
BibliografiaBeynen AC, Legerstee E. Influence of dietary beta-1,3/1,6-glucanos on clinical signs of canine osteoarthritis in a double-blind, placebo-controlled trial. Submitted for publication (2009).Li J, Li DF, Xing JJ, Cheng ZB, Lai, CH. Effects of β-glucan extracted from Saccharomyces cerevisiae on growth performance, and immunological and somatotropic responses of pigs challenged with Escherichia coli lipopolysaccharide. J Anim Sci 2006; 84: 2374-2381.O’Connor CM, Fitzgerald MX. Matrix metalloproteinases in lung disease. Thorax 1994; 49:
602-609.
16 17Caderno Científico
taurina é um aminoácido beta-sulfônico,
considerado essencial para gatos e não-essencial
para cães, desde que estes sejam alimentados com
quantidades suf icientes dos demais aminoácidos
sulfurados (metionina, cist[e]ína). A taurina não
participa da formação de moléculas protéicas, porém,
está presente em elevadas concentrações nos tecidos
animais, sendo um dos mais abundantes aminoácidos
livres em tecidos animais, especialmente no cérebro,
coração e músculo esquelético. Devido à baixa síntese de
deste aminoácido nas espécies estritamente carnívoras,
a partir da cisteina, por este motivo nestas espécies este
nutriente é considerado essencial.
A taurina apresenta importante função no
desenvolvimento fetal, crescimento, reprodução,
desenvolvimento neuromotor, audição, visão, função
cardíaca, osmorregulação, função neutrofílica,
emulsif icação de gordura, resposta imunológica,
antioxidante e atividade anticonvulsivante. Dentre
estas funções, quantitativamente, a maior reação
Taurina na Alimentação de Cães
orgânica na qual a taurina participa é na conjugação
com os ácidos biliares hepáticos para formar a bile e
favorecer a emulsif icação das gorduras.
Em cães, apesar de não ser considerado um nutriente
essencial, alguns casos de def iciência ou doenças que
respondem a suplementação já foram relatados e este
será o foco de nossa discussão. O sinal clínico mais
comum relacionado com a def iciência de taurina em
cães é a cardiomiopatia dilatada, sendo esta reversível,
quando diagnosticada e tratada a tempo. Tem sido
relatado também que os baixos níveis plasmáticos de
taurina estão relacionados com lesão degenerativa
simétrica na retina, a qual é semelhante à degeneração
retinal encontrada em gatos.
Apesar de rara, a def iciência de taurina em
cães pode se desenvolver como conseqüência da
baixa disponibilidade e/ou baixa concentração de
aminoácidos sulfurados na dieta. Alguns ingredientes
são relativamente pobres em aminoácidos sulfurados,
como é o caso do arroz (quirera e farelo de arroz) e
carne de cordeiro. Desta forma, na formulação de
alimentos, especialmente aqueles em que o teor de
Proteína Bruta seja baixo (inferior a 22%, por exemplo),
deve-se ter especial atenção aos níveis dos aminoácidos
metionina + cistina, para que estejam acima do mínimo
recomendado pelo NRC (2006) para a espécie, de
0,65%, considerando um alimento com 4000 kcal/kg.
Uma alternativa, quando estes níveis estão abaixo ou
muito próximo do mínimo recomendado é adicionar
dl-metionina industrial às formulações. No entanto, o
equilíbrio nas concentrações de todos os aminoácidos
deve ser considerado nas formulações. Em cães existe
uma diferença na susceptibilidade de raças a def iciência
de taurina, no entanto, os fatores genéticos, ambientais
e nutricionais envolvidos ainda não estão claramente
compreendidos.
A cardiomiopatia dilatada em cães induzida pela
dieta é uma condição relatada mais comumente em
cães de grande porte quando comparados aos cães
menores, isto possivelmente devido à menor taxa de
biossíntese de taurina (TBT) em cães maiores. Para
verif icarmos estas particularidades metabólicas
em cães, relacionadas com o porte, nesta edição
foram separados dois artigos científ icos extraídos
do The Journal of Nutrition, os quais seus resumos
encontram-se traduzidos a seguir.
A partir desta edição, a Revista Pet Food Brasil apresentará este caderno, com o objetivo principal de atualizar o leitor com publicações científicas sobre às necessidades nutricionais de cães e gatos, ingredientes e processamento de alimentos. Em cada edição será escolhido um tema e comentado pelo corpo técnico da revista, em seguida selecionados alguns artigos sobre o assunto, com informações relevantes. Inauguramos então: “O papel da Taurina na alimentação de cães”, pois sabe-se que este é um nutriente essencial para gatos, porém, comumente adicionado em muitos alimentos para cães.
A
18 19Caderno Científico
DIFERENÇAS NA TAXA DE SÍNTESE DE TAURINA ENTRE CÃES RELACIONADAS A DIFERENÇAS NA SUA NECESSIDADE ENERGÉTICA DE MANUTENÇÃO
Autores: Kwang S. Ko; Robert Backus; John R. Berg; Michael W. Lame; Quinton R. Rogers.
Resumo: A cardiomiopatia dilatada induzida pela dieta (deficiência de taurina) é mais relatada em cães de grande porte
do que em cães de pequeno porte possivelmente porque a taxa de biossíntese de taurina (TBT) é mais baixa nas raças
de grande porte. A TBT em 6 cães sem raça definida (37,9±2,1kg) e 6 Beagles (12,8±0,4kg) foram determinadas a partir
da taxa de diluição fracional da taurina marcada ([1,2-2H2]-taurina). Todos os cães receberam um alimento comercial
completo contendo 15,6% de Proteína Bruta e 0,6% de aminoácidos sulfurados em quantidade suficiente para manter
a condição corporal ideal. Após 3 meses recebendo a dieta comercial, 14,6mg/kg de peso corporal de taurina marcada
foram fornecidos pela via oral e a TBT determinada pela relação entre a excreção urinária diária da taurina marcada e
taurina endógena (não-marcada), sendo colhida a urina por um período de 6 dias (experimento 1). Posteriormente, os cães
sem raça definida (grande porte) e os Beagles (médio porte) foram pareados para receber cada par, a mesma quantidade
de dieta/kg0,75 durante duas semanas e novamente a TBT foi determinada (experimento 2). No experimento 1, a TBT e
as concentrações plasmáticas de taurina dos cães de grande porte foram inferiores (p<0,05) aos obtidos nos Beagles. No
experimento 2, TBT e concentração de taurina no sangue e plasma dos cães de grande porte também foram inferiores a dos
Beagles (p<0,05). Juntos, estes resultados suportam a hipótese que os cães de maior porte apresentam menor TBT quando
alimentados com dietas contendo níveis marginais de aminoácidos sulfurados (metionina+cist[e]ina), mas em quantidade
adequada para manter a condição corporal ideal.
J. Nutr. 137: 1171-1175, 2007
BAIXA CONCENTRAÇÃO PLASMÁTICA DE TAURINA EM CÃES TERRA-NOVA É ASSOCIADA COM BAIXAS CONCENTRAÇÕES PLASMÁTICAS DE METIONINA E
CIST[E]ÍNA E BAIXA SÍNTESE DE TAURINA
Autores: Robert C. Backus; Kwang S. Ko; Andrea J. Fascetti; Mark D. Kittleson; Kristin A. MacDonald; David J.
Maggs; John R. Berg; Quinton R. Rogers.
Resumo: Embora a taurina não seja um nutrient essencial para cães, def iciência de taurina e cardiomiopatia
dilatada (CMD) são esporadicamente reportadas em cães de grande porte. Status da taurina e condições de
criação foram examinados em 216 cães da raça Terra-Nova, de proprietários, uma raça gigante com elevada
incidência de CMD (1,3-2,5%). Concentração plasmática de tautirna foi positivamente correlacionada (p<0,01)
com cist[e]ína (r=0,37) e metionina (r=0,35) plasmáticas. A castração, sexo, idade, peso e condição corporal não
exerceram efeito sobre as concentrações de taurina. A concentração plasmática de taurina foi baixa (<40µmol/L)
em 8% dos cães. Cães que tiveram reduzidos níveis plasmáticos de taurina foram menos ativos, tiveram mais
problemas médicos e tratamentos e tiveram menores valores plasmáticos de albumina, ciste[e]Iná, triptofano
e ácido alfa-amino-n-butírico que os demais cães (p<0,05). Dos 9 cães def icientes em taurina, 3 tiveram CMD
que foi revertida com a suplementação dietética de taurina e 1 cão teve degeneração retinal. Quando fornecida
uma dieta aparentemente adequada em aminoácidos sulfurados (>5,4g/kg) por 3 semanas, 6 cães da raça Terra-
Nova (52,7±2,3 kg; 3,5-7,0 anos de idade), comparados com 6 Beagles (13,2±2,3 kg; 5,5 anos de idade), tiveram
concentrações plasmáticas de taurina (49±16 vs. 97±25), cist[e]ína, glutationa peroxidase e taxa de síntese
de taurina (59±15 vs. 124±27 mg/kg0,75/dia) mais baixas e maior excreção fecal de bile. Terra-Nova parece
apresentar maior exigência dietética de aminoácidos sulfurados que Beagle, modelo de raça para a determinação
das exigências nutricionais para cães.
J. Nutr. 136:2525-2533, 2006
Baseando-se nos resumos apresentados, apesar da necessidade de mais pesquisas sobre as necessidades de
taurina em cães de grande porte, pode-se verif icar que atenção especial deve ser dada aos níveis de aminoácidos
sulfurados em formulações de alimentos para cães e também considerando a menor taxa de síntese de taurina em cães
de grande porte, a utilização deste aminoácido nas formulações pode prevenir eventuais problemas, apesar deste não
ser considerado um nutriente essencial para a espécie.
20 21
Os desafios continuamEmbora ainda tenha que enfrentar as habituais dificuldades, tais como, alta e
excessiva carga tributária, falta de incentivos, dificuldades na linha de crédito etc, a indústria de insumos e matérias primas para nutrição animal segue otimista, com
muitos projetos e investimentos para 2011
stamos falando de um mercado em expansão e
evolução, que vem atingindo altos níveis de maturidade
tecnológica, que realiza fortes investimentos em inovação
de produtos e tem melhorias contínuas de processos
produtivos.
Dados divulgados pelo Sindicato Nacional da Indústria
de Alimentação Animal – Sindirações - apontam que
em 2010 a produção da indústria de alimentação animal
registrou, no País, um crescimento na ordem de 4%. A
produção estimada, já que os números ainda não são
conclusivos, está na ordem de 61 milhões de toneladas de
ração, movimentando aproximadamente US$ 16 bilhões.
Embora os índices sejam positivos e 2010 tenha sido um ano
de franca recuperação, principalmente devido o aumento
puxado pela demanda doméstica, os fornecedores de
insumos e matérias primas para alimentação animal ainda
têm pela frente conhecidos desafios a serem superados:
cargas tributárias excessivas, altos custos com logísticas,
dificuldades em linhas de crédito, só para citarmos alguns.
“Falar sobre este assunto é “chover no molhado”, pois todos
sabem das dificuldades. Precisamos ir atrás de soluções.
Acreditamos que seja primordial investir em exaustivos
treinamentos, além de contar com assessorias para as
questões tributárias e de logística, buscando ser eficiente
dentro da realidade brasileira”, opina Mauricio Marcos
Junior, gerente técnico e comercial da Nutract, empresa que
desenvolve premixes minerais e vitamínicos, promotores
de crescimento e aditivos para subprodutos.
Na Aromax, que disponibiliza os mais variados tipos
de aromas salgados para o mercado de snacks e petiscos, a
Capa
avaliação de 2010 é bastante positiva. As expectativas não
só foram atingidas como superadas, tendo registrado um
aumento nas vendas na ordem de 10%. “Seguimos otimistas
em 2011 e isso se deve a diversos fatores, dentre eles, a
crescente demanda pelos nossos aromas, o que também
sinaliza a qualidade que oferecemos. Estamos dentro dos
padrões e normas exigidos pelo mercado e Governo”,
destaca Luciano Marques, aromista sênior da empresa.
Mas, o técnico não deixa de citar as dificuldades para atuar
neste mercado e como a empresa trabalha neste sentido. “A
carga tributária é alta e isso em todos os sentidos, desde
a aquisição dos insumos até o produto final. Na logística
também são altos os custos, isso porque os investimentos
em infraestrutura e novas tecnologias são constantes para
podermos atingir os padrões exigidos tanto pelos clientes,
quanto pelo nosso setor de qualidade. Então, mediante
este cenário, procuramos manter uma infraestrutura mais
enxuta.”
Atentos às tendências de mercado, a Aromax cria
constantemente novas combinações de aromas e variações
do que já existe. “Nos preocupamos em produzir sabores
que sejam os mais próximos possíveis do natural. No
momento uma novidade é a variação dos tipos de sabor para
carne, como a de panela”, explica Luciano.
AS ATENÇÕES VOLTADAS PARA O MERCADO EXTERNO
Mesmo com a drástica redução nos abates de bovinos
que ocorreu no final de 2010 e destacando as dificuldades
habituais do mercado, dentre elas, a flutuação na
disponibilidade e nos preços dos ingredientes de origem
animal, não permitindo um planejamento eficaz, além da
“O grande foco da Nutract para 2011 está no segmento de premixes, que vem obtendo um excelente crescimento no mercado pet food”, Mauricio Marcos Junior.
Atentos às tendências e novidades do mercado, a Aromax cria constantemente combinações e variações de aromas de acordo com a necessidade de cada cliente.
E
22 23Capa
concorrência desleal de empresas que operam na informalidade,
o ano também é avaliado como positivo pela Nutract, tendo
atingido um crescimento em faturamento e número de clientes.
“Começamos 2011 com ótimas perspectivas. Muitos clientes
estão com planos de expansão de abate e, consequentemente,
há aumento na demanda de aditivos. Além disso, estamos em
negociação com importantes clientes e grandes perspectivas
de fechamento de negócios para ainda este início de ano”,
comemora o gerente, Mauricio.
De olho no mercado externo, a Nutract que já tem toda
a sua linha registrada no Paraguai desde 2008, se prepara
agora para concluir os registros também no Uruguai.
“Havíamos planejado a entrada na Argentina, porém
optamos por aguardar uma maior estabilidade no mercado
daquele país”, explica Mauricio.
Tendo no antioxidante Nutradox Advanced e no
eliminador de salmonella Saltract Plus seus carros-chefe,
um dos focos da empresa é o segmento de premixes, que vem
apresentando, segundo Mauricio, um bom crescimento, que
destaca ainda: “uma das principais características responsáveis
pelo crescimento da Nutract é o atendimento customizado que
oferecemos. O segmento de aditivos exige esta particularidade,
pois cada cliente tem uma realidade. Cabe a nós, elaborarmos
projetos específicos, contemplando custo e eficiência no
atendimento.”
A consultoria de negócios, com atuação comercial e apoio
a toda cadeia produtiva dos clientes, Anima Consultores
Associados, analisa 2010 como um excelente ano, em que
obteve novos parceiros, consolidou negócios e criou novas
possibilidades para 2011, mesmo com o aumento de preços
das commodities. “Fechamos 2010 com balanço positivo
também para os nossos clientes, já que o mercado consumidor
suportou estes aumentos. E, começamos 2011 bem otimistas.
Entendemos que as demandas e o progresso do país estão
impulsionando para a abertura do mercado internacional,
por isso, focamos na potencialidade destes negócios. Em
novembro de 2010 estivemos no Vietnã, no Vietstock - evento
integrado de alimentos para animais, pecuária e indústria
de carne - que promoveu o relacionamento dos principais
players internacionais”, lembra Alberto Luiz Peres, diretor
da Anima.
O executivo da Anima analisa os negócios no setor
brasileiro de pet food como estáveis. “O mercado tem condições
de se desenvolver ainda mais e atingir altos níveis de exigência
em relação à qualidade, aumentando a competitividade, mas isto
também exige esforço do poder público. Precisamos de maior
empenho das autoridades para chegar ao padrão internacional.”
De acordo com Alberto, o êxito de uma empresa está cada
vez mais vinculado ao planejamento, independente do segmento
de atuação. Em particular no de insumos e matérias primas a
equação: qualificação + capacitação + informação em tempo real
+ trabalho de equipe, costuma apresentar resultados de sucesso,
além é claro, do empenho e dedicação que qualquer profissional
deve ter. Ao analisar sobre os aspectos que podem gerar
qualquer tipo de desestabilização no setor, Alberto é enfático
ao afirmar que o preço é uma importante questão. “Dado que a
precificação dos produtos depende de variáveis complexas e não
controláveis, temos nestas as possibilidades de alterações como,
por exemplo, a diminuição da produção por crises econômicas.
Podemos destacar também como um fator específico a
centralização do setor de frigoríficos bovinos, podendo
influenciar em médio prazo. A carga tributária brasileira é
também uma influência negativa no desenvolvimento dos
negócios, assunto este amplamente discutido pelos economistas,
mas ainda pouco cuidado pelos setores responsáveis. Tem ainda
o custo de energia para a produção que é proibitivo , por ser
um setor que tem alto consumo e muita perda. Driblar estes
aspectos em termos produtivos é possível pela otimização dos
processos, reduzindo ao máximo o desperdício de recursos e o
investimento em ferramentas que colaborem para esta redução.”
NOVIDADES EM PRODUTOS E EXCELêNCIA NOS SERVIÇOS
Em busca de inovações e aguardando que 2011 seja
de importantes conquistas e crescimento nos negócios, a
Vogler, conhecida no mercado de pet food pelo fornecimento
de corantes artificiais, também disponibiliza ingredientes
como: taurina, aromas, conservantes, extratos vegetais,
hidrocolóides, derivados de trigo e corantes naturais.
“Podemos observar que nos últimos anos a indústria pet
food vem desenvolvendo soluções para agradar os mais
diversos paladares indo ao encontro da “humanização”
dos alimentos. Trabalhamos com inovações e por termos
uma linha bastante diversificada, podemos contribuir no
desenvolvimento destes produtos, que além de suprirem
as necessidades nutricionais, agregam funcionalidade.
Também é importante destacar que nos preocupamos
em realizar um serviço com excelência, pois sabemos que
os ingredientes estão cada dia mais similares e o bom
atendimento será o grande diferencial no mercado”, opina
Tatiane Graciano Domingues, nutricionista da Vogler.
Segundo Bruna V. Fernandes, zootecnista da companhia,
anualmente a Vogler tem tido um expressivo crescimento,
não sendo diferente em 2010, quando também comemorou
20 anos de atuação no mercado. Além disso, no ano passado
a empresa teve a oportunidade de fortalecer parcerias com
fornecedores internacionais e importantes clientes. “O ano
de 2011 deve ser promissor para a Vogler. Iremos investir em
profissionais especializados e buscaremos novos mercados,
com foco total em inovação - também trabalhamos
com produtos taylor made, podendo com isso atender
cada cliente de acordo com a sua necessidade”, afirma a
zootecnista, que aproveita para lembrar a dificuldade que
as empresas têm no Brasil em relação à logística. “Como
estamos em um país com ampla extensão territorial e tendo
em vista que grande parte do transporte é realizado via
rodoviária, os custos com logística são bastante elevados
encarecendo os produtos finais. Para viabilizar o aumento
da eficiência e proporcionar a intermodalidade, o governo
precisa dirigir mais ações para a melhoria da infraestrutura
de transportes.”
FOCO NO TREINAMENTO E NA CAPACITAÇÃO
“O primeiro semestre de 2010 foi dificílimo, ainda com
os preços das principais commodities bastante prejudicados,
aliado a isso, a seca no Hemisfério Norte na metade do ano
fez com que as cotações destas commodities iniciassem um
retorno aos níveis de 2008 - faltando menos de 10% para
chegar aos índices pré-crise. Em 2011 esperamos pagar
a conta do primeiro semestre do ano passado”, analisa G.
Em 2011 a Vogler investirá em profissionais especializados e buscará novos mercados, com foco total em inovação.
“Em 2011 desejamos garimpar talentos e investir em treinamentos para oferecer ao mercado uma equipe altamente capacitada”, G. Moreira, da Aboissa Óleos Vegetais.
“A busca por produtos naturais é uma crescente e a sustentabilidade levará as empresas a se adequarem
às novas exigências.”
24 25Capa
Moreira, controler do setor de proteínas e gorduras animais
da Aboissa Óleos Vegetais.
Desde 1987 atuando no setor de matérias primas –
com grãos, farelos, óleos e gorduras vegetais e animais,
além de seus derivados - atendendo diferentes mercados,
dentre eles, o de nutrição animal, a Aboissa está neste ano
focada em garimpar talentos e investir em treinamentos e
capacitações para especializar suas equipes em produtos.
“Através de uma consultoria terceirizada investimos
fortemente na seleção de talentos, com um trabalho de
imersão com estes futuros profissionais para especializá-
los cada qual em um dos produtos da empresa, estudando
detalhadamente a origem, aplicação e benefícios, a fim de
lançá-los no mercado em 2012 e proporcionar ainda mais
excelência no atendimento aos clientes. Temos hoje 60
colaboradores e esperamos estar com um time altamente
especializado e treinado para o ano que vem, contando com
um crescimento de 20% até o final deste ano. Não queremos
agregar mais produtos aos nossos profissionais. Desejamos
sim, em 2011, mais profissionais aos nossos produtos”,
destaca Moreira.
Com 70% da movimentação focada no segmento
doméstico e um grande volume de negócios voltados para
o mercado de grãos, tais como, soja, milho, sorgo, entre
outros, tendo um maior faturamento nos ácidos graxos e
óleo recuperado, de coco e de palma, a Aboissa tem orgulho
de ser reconhecida por ter um pós-venda de qualidade e
pelo trabalho agressivo na pré-venda, orientando os seus
parceiros sobre a volatilidade do mercado, previsões e
demais informações que possam auxiliá-los na realização
dos melhores negócios. A empresa tem também um forte
trabalho de prospecção de clientes, além disso, investe
em publicidade nas revistas especializadas, participa
ativamente de feiras e congressos e tem como retorno
o crescimento nos negócios anuais de 15% a 20% e na
quantidade de clientes que hoje está em 15 mil, sendo 3
mil ativos.
INOVAÇÃO COM BASE CIENTÍFICA E O CONTROLE DA qUALIDADE
Em virtude do aumento na demanda por produtos
nutracêuticos, a Alltech teve no ano de 2010 um aumento
consistente em sua carteira de clientes, não apenas atendendo
aos principais players do mercado, mas também empresas de
médio e pequeno porte. “O mercado de pet food cresceu muito
no ano de 2010 e a tendência é a de que continue crescendo,
principalmente no que tange os nichos premium e de
alimentos naturais. Para 2011 estimamos ter um crescimento
de 25% e abrir novos mercados”, afirma Maurício Rocha,
gerente do setor de pet food para América Latina da Alltech.
Com atuação na área de nutrição animal, atendendo
os segmentos de aves, aquicultura, equinos, ruminantes,
suínos e pet food, a Alltech não é apenas uma fornecedora
de soluções para a indústria, mas como ela própria define,
é desenvolvedora de tecnologias que contribuem para o
desenvolvimento do segmento de alimentação animal. Para
o mercado de pet food disponibiliza produtos como: Bio-
Mos; Mycosorb; Nupro; Bioplex; De-Odorase; Mold-Zap;
Nature Ban; Acid Balance e Sel-Plex.
A inovação com base científica e a preocupação com o
controle contínuo da qualidade são aspectos fundamentais
nos negócios da Alltech e, por isso, recebem atenção
especial. “Investimos em pesquisa, no controle de qualidade
por meio do programa Alltech Quality System, no apoio
técnico a cada caso de forma personalizada e ainda focamos
no relacionamento com o cliente através do marketing”,
pontua Maurício.
São duas unidades de produção no Brasil, uma delas em
Araucária (PR), onde está a sede corporativa no País, que
vende produtos inclusive para a América Latina e a outra
em São Pedro do Ivaí (PR) que exporta 70% da produção.
A Alltech tem um planejamento voltado ao mercado como
um todo, porém com atenção e desenvolvimento de plano de
ação para as necessidades específicas de cada cliente.
De acordo com o executivo Maurício, um dos principais
entraves para a evolução e crescimento do setor de insumos
e matérias primas para a nutrição animal não está nos custos
dos subprodutos, mas sim nos produtos industrializados, os
quais sofrem alta incidência de impostos, fazendo com que
as empresas sacrifiquem suas margens lucrativas para se
manterem competitivas. “É imprescindível que tenhamos
flexibilidade nas formulações de nossos produtos para
que os altos custos das matérias primas não interfiram
diretamente no nosso rendimento. Precisamos reger
os custos de maneira altamente minuciosa para que
consigamos nos manter lucrativos e em funcionamento.”
A EXPERTISE qUE FAz A DIFERENÇA
Com uma política consistente de desenvolvimento
tecnológico, a M.Cassab - há mais de 80 anos presente no
agronegócio e desde os anos 80 desenvolvendo tecnologias e
produtos para nutrição animal, sendo fornecedora das principais
empresas de premix e alimentos -; vem realizando estudos
para viabilizar o uso de novos ingredientes pelas empresas de
pet food. Este trabalho é conduzido em conjunto com os seus
parceiros internacionais e visa proporcionar ganhos tanto no
perfil de custos da indústria, quanto na qualidade nutricional dos
alimentos. “Nos diferenciamos inclusive pelo desenvolvimento
de formulações customizadas, voltadas às necessidades de cada
cliente ou às exigências nutricionais específicas de cada espécie
animal. Mais do que um produto, o que construiu a reputação
M.Cassab foi a extensão de seu portfólio e o grau de excelência
com que sempre atendeu às necessidades e expectativas do
mercado – em qualidade, inovações, desempenho nutricional e
relação custo-benefício. Além desta confiabilidade em tecnologia
e produtos, hoje somos também referência em serviços de
formulação, suporte técnico, laboratórios e segurança alimentar
para todas as cadeias produtivas ligadas aos segmentos de
alimentação humana e animal”, observa Pedro Bertolani,
gerente de mercado, matérias-primas e suprimentos da M.
Cassab.
Em 2010 a divisão de Tecnologia Animal da companhia
atingiu as suas metas de crescimento, tanto no segmento de
animais de produção, quanto no de pet food. E a perspectiva é
continuar a crescer, cujas projeções indicam curvas ascendentes
por toda a década. Entre as várias estratégias para sustentar
este crescimento, destacam-se os programas para melhoria
contínua nos padrões de qualidade como o Sistema de Pesagem
Assistida na unidade de Valinhos/SP, que proporciona precisão
e rastreabilidade total na formulação dos produtos. “Trata-se
de uma metodologia indispensável para apoio aos sistemas de
qualidade de nossos clientes, principalmente frente às rigorosas
normas HACCP para a segurança alimentar dos produtos,
implantada em nossa unidade de “linha branca” de produção,
A Aboissa tem 70% de seus negócios focados no segmento doméstico, um grande volume no setor de grãos e maior faturamento nos ácidos graxos, óleo recuperado, de coco e palma.
A unidade de São Pedro do Ivaí (PR) da Alltech Brasil,
considerada a maior planta de biotecnologia do mundo,
fabrica insumos naturais para alimentação animal a partir do melaço, subproduto da
cana-de-açúcar.
“A tendência no mercado de pet food é um forte crescimento no que tange os nichos premium e de alimentos naturais”, Maurício Rocha, da Alltech.
“Na M.Cassab priorizamos atender às necessidades e expectativas do mercado com qualidade, inovação e a melhor relação custo-benefício”, Guilherme R. Palumbo .
“A carga tributária brasileira é uma influência negativa para os negócios, assunto este amplamente discutido
pelos economistas, mas ainda pouco cuidado pelos setores responsáveis.”
26 27Capa
com atenção especial a premix para pet food. Entre as outras
ações de destaque, podemos mencionar a recente certificação
IN65 obtida na unidade de Cascavel (PR) e a construção de
uma moderna unidade em Campo Grande (MS), vanguarda
em processo industrial para produtos de nutrição animal, em
especial para ruminantes”, enumera Guilherme R. Palumbo,
supervisor de produtos Pet/Aqua da M. Cassab.
ORGULhO DE SER UMA EMPRESA 100% NACIONAL
Em meio às multinacionais, a Imeve orgulha-se de ser
uma empresa 100% nacional e com 30 anos de história.
A companhia tem em sua linha Petmax Probiótico TR –
produto considerado hoje uma alternativa para a substituição
dos promotores de crescimento à base de antibióticos-, um
importante destaque dentro do segmento de insumos e
matérias-primas para alimentação animal. “A Imeve conta
com uma equipe de pesquisadores especializados, entre
médicos veterinários, zootecnistas e farmacêuticos, que
investigam as tecnologias recentes, para saber quais são os
produtos ainda inéditos no Brasil. Em 2011 aumentaremos
o mix com alguns lançamentos voltados principalmente à
indústria de nutrição animal, seguindo o nosso conceito de
produtos 100% biológicos”, afirma Wagner Corrêa, gerente
de vendas da Imeve.
Uma importante conquista em 2010 foi a certificação
e o selo de produtos orgânicos do IBD (Instituto de
Biodinâmica) em sua linha de probióticos. “Esta certificação
garante ao cliente a qualidade de adquirir um produto 100%
natural, sem contaminação química e livre de insumos
transgênicos, exigência que cada vez se torna mais evidente
no mercado de pet food”, observa Wagner.
Há dez anos a empresa vem se adequando a todas as
normativas do MAPA - Ministério da Agricultura Pecuária
e Abastecimento –, em 2006 começou as implantações das
BPF’s (Boas Práticas de Fabricação) e agora tem um projeto
de ampliação física que já está em prática e respeita todas
estas condições. “Até 2012 vamos dobrar nossa área de
produção, além disso, iremos investir em pesquisas e em
novos produtos. Oscilações no mercado interno e externo
influenciam a oferta e demanda de subprodutos, o que
reflete nos custos dos itens acabados. No entanto, temos
a preocupação em manter a estabilidade comercial, com
alternativas para atender nossos clientes da melhor forma
possível, sempre com ética, transparência e qualidade.
Acreditamos que se podemos fazer melhor, o que estamos
fazendo hoje já não é mais o suficiente”, comenta Wagner.
REGULAMENTAÇÃO GOVERNAMENTAL
E como está a questão da regulamentação
governamental no setor de insumos e matérias-primas para
alimentação animal? Todos são unânimes em afirmar que
as exigências aumentaram, já a fiscalização, bem, esta ainda
deixa a desejar.
O executivo da Anima Consultores, Alberto, afirma
que a regulamentação para o mercado interno é boa, porém
em desacordo com as pretensões do governo em buscar a
internacionalização (exportação) e com a realidade do dia a
dia.
Luciano Marques, da Aromax, comemora a atitude do
Governo que passou a exigir e a fiscalizar que as empresas
estivessem dentro das normas estabelecidas pelo Ministério
da Agricultura. “Os clientes, por sua vez, começaram a
cobrar tais exigências dos seus fornecedores. No nosso caso,
o fato de sermos reconhecidos e registrados no Ministério
da Agricultura facilitou ainda mais o relacionamento com
os nossos parceiros.”
Fiscalização precária e extremamente deficitária é
assim que analisa Mauricio, gerente da Nutract, sobre a
regulamentação governamental no setor. “Não há estrutura
física, material e humana para fazer cumprir a legislação
existente. Creio que entidades como a AnfalPet contribuem
com excelência ao estabelecer parâmetros de qualidade e
selos de qualidade para o mercado de pet food.”
Para o gerente de vendas da Imeve, Wagner, é visível que
os órgãos governamentais estão cada vez mais preocupados
em exigir a qualidade através da regulamentação do setor
de pet food e comemora: “acredito que estamos caminhando
para a padronização das empresas ligadas ao segmento.
Acrescento ainda que a busca por produtos naturais é uma
crescente e a sustentabilidade levará as empresas a se
adequarem às novas exigências.”
“Mais do que um produto, o que construiu a reputação da M.Cassab foi a extensão de seu portfólio e o grau de excelência”, Pedro Bertolani.
Petmax Probiótico TR, da Imeve: alternativa para a substituição dos promotores de crescimento à base de antibióticos.
“As perspectivas da Imeve para os próximos anos são as melhores possíveis: iremos dobrar a área de produção até 2012 e investir em pesquisas e novos produtos”, Wagner Corrêa.
Por meio do Sistema de Pesagem Assistida, a M. Cassab oferece precisão e rastreabilidade total na formulação de seus produtos.
Para a sua ração ser a preferida do mercado ela precisa ser a melhor. E a melhor ração para cães e gatos é a ração que utiliza os produtos da linha Hidrofoc, que são desenvolvidos nos mais altos padrões de qualidade para agregar valor ao seu produto.
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“Nossa missão é fomentar o mercado de nutrição e sermos promotores de
informações técnicas e científicas, estando em sintonia com as necessidades do setor.”
Aulus Cavalieri Carciofi
Professor Doutor do Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, campus de Jaboticabal (SP) e Diretor da Comissão de Assuntos Técnicos do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal – CBNA, Aulus Cavalieri Carciofi fala sobre a realização do 10° Congresso de Nutrição de Animais de Estimação, o seu formato, as novidades e objetivos. Neste ano, além de ser realizado paralelamente à Fenagra, feira do setor de graxarias, e a 1ª Expo Pet Food, que reunirá as empresas de alimentação animal, o Congresso ganhou um perfil ainda mais internacional, com um dia dedicado a palestrantes vindos de países como Holanda, Estados Unidos, Argentina, Itália e Inglaterra. “Nosso evento chega à 10ª edição e com condições de oferecer uma programação afinada com as necessidades atuais de nutricionistas e técnicos de diversos setores da indústria pet food.”
Revista Pet Food - Quais as expectativas em torno da realização de mais uma
edição do Congresso Internacional sobre Nutrição de Animais de Estimação?
Aulus Cavalieri Carciofi - Nossa expectativa é muito boa. Estamos com
palestrantes do Brasil, Holanda, Estados Unidos, Argentina, Itália e Inglaterra.
Os temas foram decididos por um comitê técnico integrado, formado por
profissionais da indústria, consultores e professores. Os assuntos estão bastante
interessantes e focados em fornecer novas informações ao setor. Este ano será a
10ª edição do Congresso de Nutrição de Animais de Estimação do CBNA - Colégio
Brasileiro de Nutrição Animal, portanto, é um evento já maduro e com condições
de oferecer uma programação afinada com as necessidades de nutricionistas e
técnicos de diversos setores da indústria pet food.
Revista Pet Food - Aponte os diferenciais desta edição em relação aos anos
anteriores?
Aulus - Neste ano, o Congresso se juntará ao Fenagra - evento nacional da indústria
de reciclagem animal – SINCOBESP e também ao 10° ano de seu workshop. Tanto
o evento do SINCOBESP, quanto do CBNA manterão as suas individualidades,
quanto ao formato, carga horária e escolhas dos temas. Esta junção se deve à
grande afinidade existente de temas e públicos, acreditamos reunir fornecedores e
consumidores de proteína de origem animal, com necessidades em comum, com
o mesmo interesse por informações como legislação e regulamentação, segurança
alimentar, aditivos e processos, dentre outros assuntos. Para viabilizar esta união,
buscamos um espaço físico maior. O evento acontecerá no Colégio São Luis, em
São Paulo, onde teremos melhor infraestrutura. Além desta mudança, houve maior
internacionalização do Congresso. Considerando o rápido crescimento da inserção
do Brasil na economia mundial, traremos mais palestrantes internacionais, que
ocuparão um dia inteiro, com seis apresentações e traduções simultâneas.
Revista Pet Food - Qual a análise sobre estes 10 anos de Congresso? Quais as
principais conquistas?
Aulus - A missão do CBNA é fomentar o mercado de nutrição e ser promotor de
informações técnicas e científicas, estando em sintonia com as necessidades do
setor. É um colegiado independente e sem fins lucrativos, que também objetiva com
seus Congressos criar integração, networking e amizades entre os atores da nutrição
animal do país. Acreditamos desempenhar bem este papel também no setor de
animais de estimação, pois o público dos eventos é crescente e as avaliações dos
participantes têm sido boas. Implementamos há dois anos uma seção científica no
evento, de modo a estender a oportunidade para participação da academia. Para isto
foi montado um comitê científico independente, com membros de universidades e
da indústria, que avalia submissões de resumos. Os selecionados são apresentados
na forma de pôster e os três melhores pontuados são apresentados oralmente
durante o evento. Como incentivo, o CBNA dá uma premiação de R$ 1.000,00 ao
melhor trabalho. O objetivo principal desta ação é promover a integração entre o
produtor de informação e a mão-de-obra qualificada, favorecendo melhor sintonia
das pesquisas e maior inclusão das indústrias nas universidades.
Revista Pet Food - E sobre a realização da 1ª edição da Expo Pet Food em
conjunto com a Fenagra e o Congresso, qual a sua opinião e expectativas?
Aulus - Como dissemos anteriormente, ampliar o networking, integração e amizade
entre pessoas também é o objetivo do CBNA. Sua realização em paralelo a uma feira
técnica focada em pet food vem ao encontro destes objetivos. Volto a afirmar que são
eventos independentes. O CBNA organiza o seu Congresso dentro dos seus critérios.
A Editora Stilo, com a experiência de já ter realizado várias edições da Fenagra,
amplia agora a sua atuação com a Expo Pet Food. Vemos nas duas ações bastante
sinergia, além do acesso a palestras técnicas, o participante do Congresso terá acesso
a fornecedores, consumidores e a diversas empresas do setor. A nossa intenção com
esta iniciativa é contribuir e favorecer ainda mais com o crescimento técnico do setor,
abrindo um espaço de qualidade para o encontro de técnicos e formadores de opinião.
EntrevistaRevista Pet Food - Qual a expectativa de público? Qual é o perfil do visitante
que está sendo aguardado?
Aulus - O Congresso de Nutrição de Animais de Estimação tem atraído
aproximadamente 250 pessoas a cada ano. Participam veterinários, zootecnistas,
engenheiros agrônomos, administradores e muitos outros profissionais da
indústria. A participação de alunos de pós-graduação e professores também
têm sido importante. Este público encontrará em uma feira técnica interessante
oportunidade de negócios, troca de experiências e atualização. Não é nosso
interesse atrair público leigo, nem pessoas ligadas a outros setores do mercado
pet food como saúde e beleza.
Revista Pet Food - Como são escolhidos os temas das palestras?
Aulus - O temário do Congresso é decidido por um comitê independente integrado
por 18 pessoas. Dentre estas existem 5 representantes do CBNA, um representante
de Universidade e 12 profissionais de diversos segmentos da indústria, incluindo
aditivos e conservantes, palatabilizantes, máquinas e equipamentos, vitaminas e
minerais, produtores de alimento industrializado, dentre outros. De comum acordo
e consultando as sugestões dos anos anteriores, definem-se temas e palestrantes
para cada evento.
Revista Pet Food - Na ocasião teremos uma Rodada de Negócios. Poderia nos
adiantar o que será apresentado e qual o formato?
Aulus - Esta é mais uma iniciativa nova para este ano. A rodada seguirá o formato
adotado pela FIESP/CIESP, entidades com as quais acordamos uma assessoria e
orientação na condução deste projeto. Empresas âncoras, com potencial definido de
compra dos mais diversos itens, receberão sequencialmente possíveis fornecedores,
de modo a dinamizar a relação, negociação e integração entre empresas.
Revista Pet Food - Tanto na Fenagra, quanto na Expo Pet Food, os expositores,
independente do porte, têm a mesma oportunidade, ou seja, participam
com os mesmos espaços. Como analisa este posicionamento adotado pela
coordenação da feira?
Aulus - Esta característica das feiras, bem como o preço mais acessível de seus
estandes foram fatores importantes para o CBNA optar por realizar o Congresso em
paralelo a elas. Isto confere aos eventos um perfil de feira de negócios, não apenas
de instrumento de marketing como outras que ocorrem no Brasil, que incluem
representantes do setor pet food. Existe democratização da oportunidade de estar
presente e uma relação custo-benefício que as viabiliza economicamente para
pequenas e grandes empresas. Na visão do CBNA, nos vemos confortavelmente
inseridos neste meio, com ampliação das possibilidades de contato técnico,
conhecimento interpessoal e fomento do setor.
Revista Pet Food - Como você vê o apoio aos eventos de Sindicatos e Entidades
como: FIESP, CIESP, SESI, SENAI, ABRAFIO, ABRA, SINDIRAÇÕES, SINDIFRIO,
CETESB, ABISA e MAPA?
Aulus - Demonstra que tanto o SINCOBESP, quanto o CBNA têm levado a sério
suas missões e empenhan-se em promover eventos
de qualidade. O setor de nutrição de animais de
estimação tem crescido, mas ainda falta certo
amadurecimento. Não existiam, também, espaços
para fórum técnicos, além do representado pelo
Congresso e pelo workshop do SINCOBESP. A
ampliação representada pelas feiras e a união dos
dois eventos aumentarão, em muito, os escopos de
ações destes eventos, se estes fossem considerados
isoladamente. Acredito que os sindicatos e entidades
perceberam isto e apóiam a iniciativa em função da
contribuição ao setor que dela resultará.
30 31
Tudo pronto para a 1ª Expo Pet Food
Uma feira exclusiva para o setor de alimentação animal. A Expo Pet Food será realizada entre os dias 30 e 31 de março, em São Paulo, e acontece simultaneamente à Fenagra – Feira das Graxarias e ao Congresso Internacional sobre Nutrição de Animais de Estimação (CBNA).
ExpoPetFood
m mercado com o potencial como o de
alimentação animal merecia há tempos, no Brasil, uma
feira exclusiva. Vislumbrando esta oportunidade, a Editora
Stilo em parceria com o CBNA – Colégio Brasileiro de
Nutrição Animal – e o SINCOBESP – Sindicato Nacional
dos Coletores e Beneficiadores de Subproduto de Origem
Animal - lançaram a Expo Pet Food. A feira acontece
juntamente com o já consagrado Congresso Internacional
sobre Nutrição de Animais de Estimação, em sua 10ª edição
e a Fenagra - Feira de Graxarias, realizada pelo sexto ano
e que reúne os fornecedores de matérias primas para a
indústria de ração animal, cosméticos, produtos de higiene
e limpeza, combustíveis alternativos e outros.
A proposta de reunir os segmentos de Pet Food e
Graxaria aconteceu de maneira natural e devido à
sinergia presente em mercados tão complementares, já
que as empresas produtoras de Pet Food são clientes/
consumidoras de grande parte dos produtos produzidos
pelas graxarias.
O SINCOBESP estima que a Feira e o Congresso
recebam, no Centro de Eventos São Luis, na região da
Avenida Paulista (SP), cerca de cinco mil participantes
e o CBNA estima contar com a inscrição de 250
congressistas interessados no concorrido mercado
Pet Food, que contabilizou, em 2009, R$ 6.2 bilhões
(dados da Anfalpet).
No total serão 80 estandes, dos quais 40 dedicados
aos expositores de Pet Food, ocupando uma área de 2 mil
metros quadrados. São empresas nacionais e multinacionais,
fabricantes de máquinas e equipamentos, prestadoras
de serviços e fornecedoras de matérias primas para seus
respectivos mercados.
O programa do Congresso de Graxarias está em
fase de estruturação, mas já conta com a confirmação de
palestrantes e visitantes do Brasil e exterior. O mesmo
ocorre com o Congresso CBNA de Pet Food.
Os eventos contam com a parceria do Sistema FIESP/
CIESP/SESI/SENAI, da Cia Ambiental do Estado de São
Paulo (CETESB), da Associação Brasileira de Reciclagem
Animal (ABRA), do Sindicato Nacional das Indústrias de
Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES), da Associação
Brasileira da Indústria de Refrigeração (ABRAFRIO), do
Sindicato das Indústrias do Frio no Estado de São Paulo
(SINDIFRIO), da Associação Brasileira da Indústria de
Saboaria e Afins (ABISA) e do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA).
AS NOVIDADES E EXPECTATIVAS DOS VISITANTES E EXPOSITORES
Para a J. Rettenmaier, líder mundial no segmento de fibras
para diversas aplicações, a feira será importante para consolidar
novos contatos e apresentar os conceitos e produtos da empresa,
que está iniciando, neste ano, a implantação da unidade de
negócios de nutrição animal no Brasil. “Pretendemos visitar
o evento e consideramos uma muito boa a ideia de associar
no mesmo espaço dois eventos de segmentos que estão tão
próximos. Assim, a feira se torna mais focada e aplicável, além
de viabilizá-la economicamente. Eventos assim são importantes
para reunir o setor e por em contato clientes e fornecedores,
visando à geração de novos negócios”, afirma Ricardo Ferrari,
gerente de negócios do setor de nutrição animal.
A M. Cassab Pet apresentará na Expo Pet Food/Fenagra
a sua nova linha de proteínas funcionais, a Plasma AP 920,
especial para alimentos de cães e gatos. Trata-se de uma
tecnologia desenvolvida pela APC Ind., em parceira comercial
com a M.Cassab, que incorpora benefícios nutricionais e de saúde
intestinal à alimentação dos animais, além de proporcionar forte
melhoria na palatabilidade e aparência de kibbles e wetfoods.
De acordo com Guilherme Palumbo, supervisor de
produto pet, é o primeiro ano em a que M.Cassab participa
da Fenagra e agora com a realização da primeira edição
da Expo Pet Food, acredita que os negócios serão ainda
melhores. “Na primeira vez lançamos a linha Petty Meal de
premixes vitamínico-minerais e também mostramos nossa
ampla gama de produtos, principalmente em aminoácidos,
corantes e propilenoglicol. Agora, chegamos com mais
esta inovação das proteínas funcionais, uma tecnologia de
fronteira no segmento de nutrição pet.”
Há mais de 80 anos no mercado, a M.Cassab atua em
diversos setores, no Brasil e exterior, e sua unidade de tecnologia
animal destaca-se pelos investimentos no desenvolvimento
constante de sua linha de produtos, sempre sob o foco e
compromisso de levar a seus clientes a melhor relação custo X
benefício em nutrição animal.
A APC Inc. estará presente na 1ª edição da Expo Pet Food,
em conjunto com a M. Cassab, para apresentar as vantagens
da utilização da Plasma AP 920, em dietas de cães e gatos.
Líder mundial em pesquisa, desenvolvimento e produção de
proteínas funcionais para saúde e nutrição animal, a empresa
tem realizado centenas de trabalhos, já publicados em revistas
científicas reconhecidas internacionalmente, destacando os
benefícios da adição de proteínas funcionais nas dietas para
animais.
U
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Razão Social: AFB INTERNATIONAL LTDANome Fantasia: AFB INTERNATIONALEndereço: Av. Selma Parada, 201 - Conj. 453Cidade: CampinasEstado: SPCep: 13091-901Telefone: (19) 3206-0044Fax: (19) 3206-0044E-mail: [email protected]: www.afbinternational.comProduto/Serviço: Palatabilizantes.Lançamento durante a Expo Pet Food 2011: Probióticos. Stand nº: 59Pessoa de Contato no Evento: Marcelo Beraldo.
Razão Social: AÇUCAREIRA QUATÁ S.A. Nome Fantasia: BIORIGINEndereço: Rua XV de Novembro, 865Cidade: Lençóis Paulista Estado: SP Cep: 18680-900Telefone: (14) 3269-9000Fax: (14) 3269-9210 E-mail: [email protected] Site: www.biorigin.net Produto/Serviço: Ingredientes naturais (levedura e derivados) para a nutrição animal Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Não haverá um lançamento, mas estaremos promovendo com mais destaque o produto MacroGard, beta-1,3-1,6-glucano purificado.Stand nº: 60Pessoa de Contato no Evento: Marcia Mantovani – (11) 9486-8701
Razão Social: ALLTECH DO BRASIL AGROINDUSTRIAL LTDA.Nome Fantasia: ALLTECH DO BRASILEndereço: Rua Curió, 312 – Capela VelhaCidade: AraucáriaEstado: PRCep: 83705.552Telefone: (41) 3888-9200Fax: (41) 3888-9203 E-mail: [email protected] Site: www.alltech.com/pt Produto/Serviço: A Alltech é uma empresa global de saúde e nutrição animal com 30 anos de experiência no desenvolvimento de produtos naturais cientificamente aprovados que melhoram a saúde e o rendimento dos animais. Com sede nos Estados Unidos, está instalada no Brasil há 17 anos. A empresa tem uma planta e sede corporativa em Araucária e a maior planta de biotecnologia do mundo, na cidade de São Pedro do Ivaí (PR).A empresa investe e mantém três Centros de Biociências e investe continuamente em novas aquisições para manter sua posição de liderança no segmento de nutrição animal.Os principais produtos da Alltech para a linha Pet Food são os minerais, enzimas, agentes flavorizantes, antioxidantes, adsorventes de micotoxinas, aditivos para controle de odores e outros produtos extraídos de derivados de leveduras. Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 64Pessoa de Contato no Evento: Joyce Nardin
Razão Social: ANDRITZ FEED & BIOFUEL Brasil LtdaNome Fantasia: ANDRITZ FEED & BIOFUELEndereço: Av. Vicente Machado, 589Cidade: Curitiba
Estado: PR Cep: 80420-010Telefone: (41) 2103.7572Fax: (41) 2103.7623 E-mail: [email protected] Site: www.andritz.comProduto/Serviço: Linhas de extrusão, linhas de pelletização de racões e biomassa.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 48Pessoa de Contato no Evento: Cláudio Mathias
Razão Social: APC DO BRASIL LTDA Nome Fantasia: APCEndereço: Rod. BR 480 - Km 15, Localid. Serrinha, Dt. Goio-Em - CP: 151Cidade: ChapecóEstado: SCCep: 89816-200Telefone: (19) 3402.4502 Fax: (19) 3402.2973 E-mail: [email protected] Site: www.functionalproteins.com Produto/Serviço: AP 920 (plasma ultrafiltrado spray dried) e AP 301 (hemácias spray dried)Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: aplicações de AP 920 e AP 301 em dietas de cães e gatos.Stand nº: 47Pessoa de Contato no Evento: Luís Rangel e Guilherme Palumbo
Razão Social: A&R NUTRIÇÃO ANIMAL LTDA Nome Fantasia: A&R NUTRIÇÃO ANIMAL Endereço: Rua João Cardoso Lima, 467Cidade: Maringá Estado: PRCep: 87065-150Telefone: (44) 3355-7000Fax: (44)3355-7000 E-mail: [email protected] / [email protected] Site: www.sabaogeo.com.br Produto/Serviço: Farinha de Carne Esterilizada, Sebo Industrial, Farinha de Sangue, Farinhas de Penas, Farinhas de Vísceras, Óleo de Frango, Farinha de Peixe, Óleo de Peixe .Lançamento durante a Fenagra 2011: Stand nº: 55Pessoa de Contato no Evento: Charbel Syrio
Razão Social: EDITORA GUARÁ LTDA Nome Fantasia: EDITORA GUARÁ Endereço: Rua Dr. José Elias 222 – Alto da LapaCidade: São Paulo Estado: SP Cep: 05083-030Telefone: (11) 3835-4555 Fax: (11) 3835-4555 E-mail: [email protected] Site: www.editoraguara.com.br Produto/Serviço: revista Clínica Veterinária (www.revistaclinicaveterinaria.com.br), publicação direcionada à educação continuada dos clínicos veterinários de pequenos animais e a livraria Probem (www.probem.info), que contém livros direcionados ao bem-estar animal, comportamento, bioética, educação humanitária, entre outros.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 69Pessoa de Contato no Evento: EX
PO P
ET F
OOD
2011
- EX
POSI
TORE
SExpoPetFood
34 35ExpoPetFoodIII CONGRESSO INTERNACIONAL E X SIMPÓSIO SOBRE
NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO Local: Centro de Eventos São Luís - São Paulo, SP
Primeiro Dia: 30 de março de 2011 – quarta-feira
08:00 – 08:45 Inscrições e entrega de material aos inscritos
08:45 – 09:00 Abertura
09:00 – 09:45 Registro de ingredientes e alimentos para cães e gatos Profissional do MAPA, Brasília – DF
09:45 – 10:00 Perguntas 10:00 – 10:30 Intervalo
10:30 – 11:15 Digestibilidade de alimentos industrializados: critérios de comparação e classificação de alimentos Ricardo S. Vasconcellos - Centro de Ciências Agroveterinárias – Universidade Estadual deSanta Catarina
11:15 – 11:30 Perguntas
11:30 – 12:15 Balanceamento de aminoácidos em alimentos para cães e gatos Aulus C. Carciofi – FCAV/UNESP, Jaboticabal, SP
12:15 – 12:30 Perguntas 12:30 – 14:00 Intervalo
14:00 – 14:45 Formulando a palatabilidade : implicações dos ingredientes e processamento na aceitabilidade final do produto Cesar Fernandez Garrasino – AFB International, Argentina
14:45 – 15:00 Perguntas
15:00 – 15:45 Embalagens plásticas para pet food: relação entre qualidade, proteção e sustentabilidadeProfissional do CETEA/ITAL, Campinas, SP
15:45 – 16:00 Perguntas 16:00 – 16:30 Intervalo
16:30 – 17:15 Segurança dos alimentos: principais contaminantes microbiológicos em pet food Vildes Maria Scussel – Universidade Federal de Santa Catarina
17:15 – 17:30 Perguntas
Segundo Dia: 31 de março de 2011 – quinta-feira
09:00 – 09:45 Necessidades de energia para cães e gatos: elas mudam em países tropicais? Anton Beynen - Vobra Special Petfoods BV, Holanda
09:45 – 10:00 Perguntas 10:00 – 10:30 Intervalo
10:30 – 11:15 Redução de partículas no processo de moagem Andrew Hollister – Produtos Jacobson, USA
11:15 – 11:30 Perguntas
11:30 – 12:15 Alimentos funcionais: pode a dieta aumentar a longevidade e bem estar dos animais? Monica Cutrignelli – University of Naples Federico II, Itália
12:15 – 12:30 Perguntas 12:30 – 14:00 Intervalo 14:00 – 15:00 Apresentação Oral de Trabalhos Técnicos
15:00 – 15:45 Cães de pesquisa podem ser animais de estimação? John Rawlings – WALTHAM Centre for Pet Nutrition
15:45 – 16:00 Perguntas 16:00 – 16:30 Intervalo
16:30 – 17:15 Segurança dos alimentos: como assegurá-la durante o processamento de pet food Galen Rokey - Wenger – USA
17:15 – 17:30 Perguntas 17:30 Encerramento
36 37ExpoPetFood
Razão Social: GUABINome Fantasia: MOGIANA ALIMENTOS LTDAEndereço: Rua das Magnólias, 2405 - Jd. das BandeirasCidade: Campinas Estado: SP Cep: 13050-089Telefone: (19) 3729-4517 Fax: (19) 3729-4517 E-mail: [email protected] Site: www.guabi.com.br Produto/Serviço: Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 57Pessoa de Contato no Evento: Marcelo Doné / Anacleto Batista
Razão Social: ICC INDL. COM. EXP. E IMP. LTDA.Nome Fantasia: ICCEndereço: Av. Brig. Faria Lima 1.768, Conj. 4CCidade: São Paulo Estado: SP Cep: 01451-909Telefone: (11) 3093.0798Fax: (11) 3816.7661E-mail: [email protected] Site: www.yeastbrazil.com Produto/Serviço: Levedura, polpa de beterraba, yuccaLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 43Pessoa de Contato no Evento: Márcia Villaça
Razão Social: IMEVE – INDÚSTRIA DE MEDICAMENTOS VETERINÁRIOS Nome Fantasia: IMEVE BIOTECNOLOGIAEndereço: Rua Minervino Pedroso, 311Cidade: Jaboticabal Estado: SP Cep: 14871-360Telefone: (16) 3202.1747 Fax: (16) 3202.1747 E-mail: [email protected]: www.imeve.com.brProduto/Serviço: aditivos probióticos para nutrição animal / medicamentos para animais de produção e de companhia e embelezamento para Pet. Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: aditivo probiótico para nutrição Pet Stand nº: 64Pessoa de Contato no Evento: Geraldo Martins ou Wagner Correa
Razão Social: INFORME REPRESENTAÇÕES S/C LTDA Nome Fantasia: INFORME REPRESENTAÇÕESEndereço: Rua Maestro Cardin, 407 - Conjunto 802/804Cidade: São Paulo Estado: SP Cep: 01323-000Telefone: (11) 3149-4909Fax: (11) 3149-4907 E-mail: [email protected] Site: www.agroinforme.com.br Produto/Serviço: Representação Comercial de Proteínas e gorduras animaisLançamento durante a Fenagra 2011: Stand nº: 66 Pessoa de Contato no Evento: Juliano Sousa
Razão Social: JIANGSU MUYANG GROUP CO., LTD. Nome Fantasia: MUYANG Endereço: No. 1, Muyang Road, Hanjiang Industrial ParkCidade: Yangzhou Estado: Jiangsu Cep: C.P. 225127Telefone: (55 11) 5041-4144; (0086) 514-87848880 Fax: (55 11) 5041-4144; 0086-514-87848686 E-mail: [email protected]; [email protected] Site: www.muyang.com; www.widi-eng.com Produto/Serviço: Equipamentos para ração PET e outros, Representante exclusivo: WIDI TEC.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 39/40Pessoa de Contato no Evento: Stefan Widmann, Jason Wong, Heinz Thiele
Razão Social: KEMIN NORD PALATABILIZANTES DO BRASIL S/ANome Fantasia: KEMIN NUTRISURANCEEndereço: Rodovia BR 282 – Km 475Cidade: Vargeão Estado: SC Cep: 89690-00Telefone: (55 49) 3434 0266/ (55 49) 3434 0602Fax: (55 49) 3434 0266E-mail: [email protected] Site: www.kemin.com Produto/Serviço: Palatabilizantes, Antioxidantes, Anti-fúngicos, Minerais Orgânicos, Emulsificante, Bio Curb Dry.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Linha Palasurace Dry (palatabilizante em pó) e Palasurance SP5 Dog Liquido.Stand nº: 45Pessoa de Contato no Evento: Jacqueline Nascimento/ Flávia Carneiro/ Ricardo Ferrari/ Hudson Oliveira
Razão Social: M. CASSAB COMÉRCIO E INDÚSTRIANome Fantasia: M. CASSABEndereço: Av. das Nações Unidas, n° 20.882Cidade: São Paulo Estado: SP Cep: 04795-000Telefone: (11) 2162-7788Fax: (11) 3468-7788 E-mail: [email protected] Site: www.mcassab.com.br Produto/Serviço: MATÉRIAS-PRIMAS:Aminácidos - Taurina/Lisina/Metionina/Triptofano/Treonina/Glutamina-Ác. GlutâmicoVitaminas – A/D3/E/K3/B1/B2/B6/B12/Niacina/Ac.. Fólico/Ac. Pantotênico/Biotina/Inositol/Vit. C 35%/ColinaMicrominerais: Zinco/Selênio/Iodo/Ferro/Cobre/ManganêsAntioxidantes, PropilenoGlicol, CorantesPROTEÍNAS FUNCIONIAS: AP 920: PlasmaAP 301: Filtrado de HemáceasPREMIXES:Linha PettyMeal : linha completa de premix vitamínicos/mineral para Cães e GatosPremixes CustomizadosAvaliador de Qualidade de Misturas:MICROTRACER F-REDSERVIÇOS: Análises laboratoriais; consultoria laboratorial; suporte técnico de
formulações e desenvolvimento de alimentos Pet Food.Lançamento durante a Expo Pet Food 2011: Em parceira com a empresa APC, apresentação para o mercado PetFood da linha de Proteínas Funcionais. A linha é compreendida pelo AP 920 (Plasma) e AP 301 (Ultra-filtrado de Hemácias).Stand nº: 47Pessoa de Contato no Evento: Guilherme R. Palumbo
Razão Social: MANZONI INDUSTRIAL LTDANome Fantasia: MANZONIEndereço: Rua Eldorado, 708Cidade: CampinasEstado: SPCep: 13052-450Telefone: (19) 3225-5558Fax: (19) 3265-6882E-mail: [email protected]: www.manzoni.com.brProduto/Serviço: A Manzoni, possuidora de um índice de 100% de satisfação de clientes de extrusoras, é fabricante de equipamentos para fábricas de rações extrusadas há mais de 10 anos. Produz equipamentos para produção de 500 Kg/h a 15.000 Kg/h, fornecendo todo o sistema de extrusão, tais como: extrusoras, resfriadores, secadores e transportes pneumáticos. A Manzoni se especializou também, como fabricante de peças de manutenção para a indústria de ração animal, para todos os equipamentos do mercado nacional e importado, incluindo: Martelos, eixos e peneiras para todos os tipos de moinhos; Facas, portas-faca, matrizes e discos para formatação; Fabricação e recuperação de eixos, roscas, luvas e camisas. A Manzoni faz a formatação das principais marcas de rações do mercado nacional. Acesse nosso site e confira.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 61Pessoa de Contato no Evento: Sandro F. Manzoni / Luciano F. Manzoni / Roger F. Piacente
Razão Social: MÁQUINAS VIEIRA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.Nome Fantasia: MOINHOS VIEIRAEndereço: Rua Lino Del Fiol, 485 - Vila PaulinaCidade: Tatuí Estado: SP Cep: 18276-390Telefone: +(55 15) 3251-4558 Fax: +(55 15) 3305-2111 E-mail: [email protected] Site: www.moinhosvieira.com.br Produto/Serviço: Moinhos a MarteloLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 52Pessoa de Contato no Evento: Flávio Pavanelli
Razão Social: NESTLÉ BRASIL S/A Nome Fantasia: NESTLÉ PURINA PET CAREEndereço: Rua Chucri Zaidan, 246Cidade: São Paulo Estado: SP Cep: 05435-000Telefone: (11) 9613-6755 Fax: (11) 5508-9542 E-mail: [email protected]/[email protected] Site: www.purina.com.br Produto/Serviço: Pet FoodLançamento durante a Expo Pet Food / 2011:
Stand nº: 38Pessoa de Contato no Evento: Paula Yasumura
Razão Social: NUTRIÇÃO PONTO VET. Nome Fantasia: NUTRIÇÃO.VETEndereço: Rua Miquelina Volpe Morello, 220 Colina VerdeCidade: Jaboticabal Estado: SP Cep: 14887-374Telefone: (19) 3119-7477Fax: (19) 3119-7477 E-mail: [email protected] Site: www.nutricao.vet.br Produto/Serviço: Veiculação on line de informação atual, isenta e abalizada, exclusivamente sobre nutrição de animais de companhia.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 69Pessoa de Contato no Evento: Cristiana Prada
Razão Social: PERCON INDÚSTRIA DE METAIS PERFURADOS LTDANome Fantasia: PERCON PERFURADOSEndereço: Rua Três, s/n° - Distrito IndustrialCidade: Cordeirópolis Estado: SP Cep: 13490-000Telefone: (19) 3546-6120 / 3546-5304 / 3546-4322Fax: (19) 3546-5304E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected] Site: www.percon.ind.brProduto/Serviço: Chapas perfuradas em geral. Peneiras para: pré-moagem; pré-limpeza; peneiras para resfriadores; peneiras para secadores; martelos e eixos para moinhos; chapas perfuradas sob medida para o cliente.Lançamento durante a Fenagra 2011: não há.Stand nº: 68Pessoa de Contato no Evento: Srs. Joaquim / Renan.
Razão Social: PROMEP / TEKINOXNome Fantasia: PROMEP / TEKINOXEndereço: Rua Trinta Caminho, n.º 35Cidade: Campinas Estado: SP Cep: 13087-533Telefone: (19) 3756-9696Fax: (19)3256-3191E-mail: [email protected] Site: www.promep.com.br / www.tekinoxcampinas.com.brProduto/Serviço: Equipamentos para produção de alimentos para animais de estimaçãoLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Apresentação da linha de extrusão de Pet Food.Stand nº: 67Pessoa de Contato no Evento: José Augusto Queiroz Junior
Razão Social: PRONUTRA DO BRASIL COM. E IND. LTDA Nome Fantasia: EUROTEC NUTRITIONEndereço: Av. Ivo Lucchi, S/N, Área Industrial – Palhoça/SC Cidade: Palhoça Estado: SC Cep: 88133-510Telefone: (48) 3279-4000 EX
PO P
ET F
OOD
2011
- EX
POSI
TORE
S
38 39ExpoPetFood
Fax: (48) 3279-4012 E-mail: [email protected] Site: www.euronutri.com.br Produto/Serviço: Aditivos para Nutrição AnimalLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: nãoStand nº: 56Pessoa de Contato no Evento: Guillermo Vieira – Lucas Cypriano – Thiago Schurhaus
Razão Social: RHOTOPLÁS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EMBALAGENS Nome Fantasia: RHOTOPLÁS Endereço: Av. 26 de Março 641 Cidade: Barueri Estado: SP Cep: 06401-050Telefone: (11) 4199-2555Fax: (11) 4198-2351 E-mail: [email protected] / [email protected] Site: www.rhotoplas.com.br Produto/Serviço: Embalagens FlexíveisLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Utilização de Rotomec 10 cores em Filmes e Sacos para Pet Food.Stand nº: 46Pessoa de Contato no Evento: Fernando e Rogério
Razão Social: ROYAL CANIN DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Nome Fantasia: ROYAL CANIN DO BRASILEndereço: Rua João Augusto Cirelli, 210 / TamanduáCidade: Descalvado Estado: SP Cep: 13690-000 Telefone: 0800 703 55 88 Fax: (19) 3583-2223 E-mail: [email protected] Site: www.royalcanin.com.br Produto/Serviço: Alimentos para Cães e GatosLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: NãoStand nº: 37Pessoa de Contato no Evento: Luciana Oliveira
Razão Social: SURFACE ENGINEERING SERVICESNome Fantasia: SESEndereço: Rua Vicente D`Aquino, 86Cidade: São Carlos Estado: SP Cep: 13570-060Telefone: (16)3368.3118Fax: (16) 3368.3118 E-mail: [email protected] Site: www.ses-engenharia.com.br Produto/Serviço: Martelos para moinhos com revestimento de tungstênio (WC), “SES WC”.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Martelos modelo “SES WC +” com dupla camada de revestimento, mais durabilidade com mesmo custo.Stand nº: 58Pessoa de Contato no Evento: Eng. Nélio Gaioto Filho.
Razão Social: SPF DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Nome Fantasia: SPFEndereço: Rodovia SP 215 - Km 112,5 – Bairro Rural
Cidade: Descalvado Estado: SP Cep: 13690-000Telefone: (19) 3583-9400Fax: (19) 35839402E-mail: [email protected] Site: www.spfbrasil.com.br Produto/Serviço: Palatabilizantes para Pet FoodLançamento durante a Expo Pet Food / 2011: D´TECH 12LStand nº: 53 e 54Pessoa de Contato no Evento: George Ben Josef
Razão Social: VOGLER INGREDIENTS LTDA Nome Fantasia: VOGLER INGREDIENTSEndereço: Est Part Fukutaro Yida, 1173 - CooperativaCidade: São Bernardo do Campo Estado: SP Cep: 09852-060Telefone: (11) 4393-4400 Fax: (11) 4392-6600 E-mail: [email protected] Site: www.vogler.com.br Produto/Serviço: Ácido Fumárico HWS, Ácido Cítrico, Ácido sórbico, Aromas, BHA, BHT, Beta-caroteno, Corante amarelo crepúsculo, Corante amarelo tartrazina, Corante amarelo quinoleína, Corante Azul Brilhante, Corante Azul indigotina, Corante Marrom mistura, Corante verde folha, Corante verde musgo, Corante vermelho alura 40, Corante vermelho bordeaux, Corante vermelho ponceau, Corante carmoisina, Corante eritrozina, Corante caramelo líquido, Corante caramelo pó,Corante laca, Óxidos de ferro, Dióxido de Titânio,EDTA, Gelatina, Glúten de trigo, Goma Xantana, Goma guar, Goma acácia, Carragena, Lecitina de soja, Monodiglicerídeos 52 e 90%, Propionato de cálcio, Sacarina sódica, Sorbato de potássio, Taurina, TBHQ, Fibra solúvel de milho – PROMITOR, Proteína de soro de leite, Permeato de soro de leite, Polpas e extratos vegetais.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Stand nº: 49Pessoa de Contato no Evento: Tatiane e Bruna
Razão Social: WENGER DO BRASIL LTDA. Nome Fantasia: WENGER Endereço: Rua A, nº 467 - Loteamento Portal do Anhanguera, Bairro MacucoCidade: Valinhos Estado: São Paulo Cep: 13279-411Telefones: +55 (19) 9772 2809 – Mauricio Bernardi+55 (19) 3881-5060 – Wenger do BrasilFax: +55 (19) 3881-5064 – Wenger do BrasilE-mail: [email protected] Site: www.wenger.com Produto/Serviço: Sistemas de Extrusão para Petfood e Alimentos Aquáticos, envolvendo Misturadores, Extrusores, Secadores, Recobridores e Resfriadores.Lançamento durante a Expo Pet Food / 2011: Nossos novos equipamentos que recentemente foram lançados no mercado são:• Pré-condicionador - (HIP) High Intencity Preconditioner;• Sanitary Dryer;• Thermal Twin Screw Extruder.Stand nº: 63Pessoa de Contato no Evento: Mauricio Bernardi
EXPO
PET
FOO
D 20
11 -
EXPO
SITO
RES
40 41Em Foco 1
om a expectativa de se tornar o quinto maior
produtor de pescado em cativeiro (aquicultura) do mundo
nos próximos dez anos, o Brasil deve fechar 2011 com uma
produção superior a 570 mil toneladas de peixes, contra as
500 mil esperadas neste ano. Além disso, o Ministério de
Pesca e Aquicultura prevê chegar a 2015 com um consumo
anual superior a 12 quilos por habitante, ante os nove quilos
esperados este ano.
O País, que ocupa atualmente a 18° posição entre os
maiores produtores de aquicultura no mundo, pode ficar entre
os dez maiores já em 2015, quando se espera uma produção
de aproximadamente 1 milhão de toneladas de peixes. As
informações são da Secretaria Nacional da Aquicultura.
Desde 2003, quando a secretaria foi fundada, os planos
do governo se baseavam na ampliação da oferta de peixes em
cativeiro. Para isso foi criado um decreto que permitia o uso
de águas da União pelos produtores. Segundo Felipe Matias,
secretário nacional da aquicultura, inicialmente, a autorização
não gerou uma grande procura dada a burocracia para receber
tal permissão. Naquele ano, a produção da aquicultura nacional
era de 278 mil toneladas e até 2005 os volumes somente caíam,
chegando a 257 mil toneladas de pescado.
Somente em 2008 a produção de pescado em cativeiro
obteve o primeiro grande resultado, de acordo com o
secretário, saltando de 289 mil toneladas em 2007, para
365 mil. “As pessoas queriam produzir nessas águas e não
conseguiam. Em 2003, o decreto regulamentou o cultivo e
possibilitou essa guinada. Os resultados só foram aparecer
em 2008, quando começamos a fazer as cessões ( o mesmo
que os títulos de terra) dessas águas para que as pessoas
produzissem”, afirmou Matias, acrescentando que a União
possui mais de 5 milhões de hectares em águas, que servem
para a produção de peixes.
Em 2009, quando a produção já ultrapassava a casa das
415 mil toneladas, o presidente da república Luiz Inácio Lula
da Silva resolveu criar o Ministério da Pesca e Aquicultura,
que movimentava por ano mais de US$ 5 bilhões.
No plano de desenvolvimento criado em 2008, a meta
estipulada para a produção da aquicultura até 2011 era
chegar a 570 mil toneladas. “Este plano tem como meta
atingir 570 mil toneladas de pescado até 2011. Esse ano
bateremos as 500 mil. Se esse crescimento continuar, o que
não uma tarefa difícil, bateremos com folga a meta para o ano
que vem”, completou o secretário.
Atualmente, a aquicultura é responsável por 33% do
total de pescado produzido no País, que é de 1.240 milhão
de toneladas. Em 2003, juntando a pesca de captura e a pesca
em cativeiro, o Brasil produzia apenas 990 mil toneladas
de pescado. No mundo essa porcentagem sobe para 43%,
devendo chegar em 2011 com mais de 50%. “Em 2011, a
produção em cativeiro será maior que a produção de captura.
E isso é uma tendência mundial. A nossa produção atual
no Brasil, de 415 mil toneladas, representa 33% do total.
Certamente, nos próximos cinco anos, nós também vamos
ultrapassar os 50%”, disse Matias.
O otimismo do setor é tão grande com o crescimento de
20% ao ano, que a expectativa para os próximos cinco anos é
ficar entre os dez maiores produtores globais de aquicultura.
“Se dermos sequência ao crescimento de 20% nós devemos,
nos próximos cinco anos, ficar entre os dez maiores
produtores do mundo de aquicultura, com uma produção
superior a 1 milhão de toneladas de pescado. E nos próximos
dez anos, ou seja, 2020, seremos o quinto maior”, afirma.
Em relação aos volumes importados pelo Brasil, que
este ano devem ficar próximos a 500 mil toneladas (ante as
524,5 mil toneladas de 2009), Matias acredita que, com o
crescimento da produção em 2011, serão vistos volumes bem
menores. “Importamos volumes grandes de pescado, como
o bacalhau, a sardinha, a merluza e o salmão, mas isso deve
mudar nos próximos anos”.
A barreira da certificação - Matias contou que o mundo já
começa a se preparar para as produções certificadas a exemplo
de outras carnes. Entretanto, em um encontro global,
realizado na Tailândia, para discutir o assunto, o secretário
afirmou que o Brasil assumiu a posição de confronto. Isso
porque alguns países desenvolvidos pretendem usar a
certificação para barrar a entrada de pescados de outros
países.
“O Brasil tem uma posição muito clara e foi de confronto.
Somos favoráveis e queremos investir em certificação porque
gera qualidade. Mas não aceitamos que isso seja usado como
barreira, pois alguns países - principalmente europeus -
estavam querendo usar isso como barreira. Os países em
desenvolvimento precisam de mais tempo para isso”, disse
Matias. “O mundo está dizendo que o gigante acordou
(Brasil) e estão temerosos sobre o que podemos fazer em
relação a competitividade”, finalizou. Atualmente menos de
5% da produção nacional de aquicultura possui certificado.
A pesca em cativeiro se divide em duas categorias: a
aquicultura continental e marinha. A continental é baseada
em pescados de água doce, como a Tilápia, e representa 81%
do total. Já a marinha é estabelecida em águas salgadas com
a produção de ostras, mexilhões e camarões. “Somos muito
fortes na aquicultura continental e é isso que gera o receio de
outros países produtores”.
DCI - Diário do Comércio & Indústria
Destaque na Pesca
C
42 43Em Foco 2
Vendas e suas etapas maior dificuldade enfrentada atualmente por
empresários, gerentes e supervisores, tem sido a contratação
de pessoal de vendas. Essas dificuldades iniciam no
recolhimento de currículos, pois quando a organização divulga
que esta contratando “vendedores”, aparece gente de todos os
setores, se dizendo profissionais de vendas. As empresas estão
querendo profissionais especializados nessa atividade, porque
para ser um bom vendedor ou vendedora, necessitamos de
muito conhecimento e principalmente o comprometimento
com essa profissão importantíssima para qualquer empresa.
Os problemas com vendedores aventureiros (aqueles que
acham que são vendedores) começam com o Cadastro. Os
vendedores odeiam o tal do cadastro, mas temos que entender
que não haverá venda, sem um cadastro. Esse é o primeiro
passo da venda, portanto tem que ser uma coisa bem feita, com
todas as informações e documentos necessários (é uma das
“etapas de vendas”).
Tive exemplos muito interessantes, de vendedores que
enviam cadastros para a empresa sem assinaturas; outros com
os nomes trocados; alguns com cadastros incompletos; outros
com uma letra, que nem ele mesmo é capaz de decifrar... Enfim,
essa pessoa quer sucesso em vendas? Como?
Quando um cadastro não é aprovado, o que acontece
normalmente quando um prospect tem problemas de crédito,
o vendedor faz de tudo para aprovar o referido cadastro, usa
aquela famosa frase que nós, gerentes de vendas conhecemos,
“eu garanto”... Se não aprovarmos esses cadastros, como vou
atingir minha meta?
O que os vendedores devem entender é que uma venda
somente se completa, após o recebimento, ou seja, o pedido é
apenas uma etapa do processo de venda. O recebimento outra
etapa e assim por diante.
Dividimos a venda em sete etapas:
• Primeira etapa de vendas: prospecção: (mineração de clientes,
localização de possíveis compradores).
• Segunda etapa de vendas: Cadastramento do cliente:
(levantamento de documentação necessária a realização da
venda).
• Terceira etapa de vendas: Apresentação da empresa e do
Produto: (etapa onde informamos ao prospect ou cliente, sobre
a empresa, sobre as características do produto, seus atributos).
• Quarta etapa de vendas: Pedido (a formalização da venda,
onde documentamos o negócio).
• Quinta etapa de vendas: Entrega do produto: (Parte logística
do negócio firmado entre as partes).
• Sexta etapa de vendas: Recebimento: (etapa fundamental,
pois somente após essa etapa, que a venda realmente acontece).
• Sétima etapa de vendas: Pós-venda: (onde verificamos a
satisfação do cliente, com relação ao produto, ao serviço da
empresa).
Essas sete etapas devem ser realizadas, uma a uma, sem
ultrapassar uma ou outra. Devemos fazer cada etapa, muito
bem executada, para que a venda seja um sucesso, se faltar
qualquer uma das etapas, o processo estará incompleto.
Vamos falar de cada etapa.
PROSPECÇÃO É a atividade de minerar clientes. Prospect é o nome
dado ao possível cliente. Para obtermos sucesso em vendas,
necessitamos prospectar constantemente. Ir à busca de novos
clientes é parte integrante do trabalho diário de um vendedor
de sucesso. Mas como fazer prospecção, se é, por exemplo, um
balconista. Podemos encontrar clientes em qualquer lugar:
em uma festa, no supermercado, no futebol, enfim, onde você
menos espera, há clientes potenciais. Se você mora em um
determinado bairro, por exemplo, que tal entregar nas casas
desse bairro, um panfleto, um convite para visitarem a loja
que você trabalha, uma promoção, etc. Se seu gerente não faz
nenhuma promoção, sugira a ele. Monte o projeto e apresente
a ele, faça sua parte. Podemos pedir indicações de novos clientes
aos nossos clientes atuais, use a sua criatividade para aumentar
sua rede de relacionamentos e aumentar suas vendas.
CADASTRAMENTO Após a etapa de prospecção bem feita o cliente da
sinais de compra é nesse momento que teremos que fazer
o cadastramento do mesmo. Essa é a etapa mais chata de
vendas, mas necessária, portanto vamos dedicar algum tempo
para fazer um cadastro bem feito, pois somente uma vez
cadastramos o cliente, salvo as renovações de cadastros que
podem ser semestrais ou anuais, dependendo de cada empresa.
Todas as informações de um cadastro devem ser
preenchidas e os documentos necessários devem ser anexados
ao cadastro. Não tenha receio ou vergonha de pedir ao seu
cliente todas as informações e os documentos necessários e
se algum cliente recusar-se de passar alguma informação,
cuidado podemos estar lidando com um possível mal pagador.
Se você não for um vendedor externo e atende lojas, pontos
de venda, etc, não há necessidade de chatear seu cliente com
A
44 45
cadastro, peça ao cliente que apenas ligue para o contador dele,
autorizando você a pegar todos os documentos cadastrais com
ele. Dessa forma você presta um serviço agradável ao seu cliente.
APRESENTAÇÃO DO PRODUTO
Quando formos fazer a apresentação da empresa e do
produto, temos que ser objetivos, pois o cliente não vai nos dar
a segunda chance. Fale somente o principal, os atributos do
seu produto, seus diferenciais e diga onde o cliente vai lucrar
com seu produto, que desejos dele você pode satisfazer com o
produto ou qual problema você quer resolver com o produto.
Mas para isso, você tem que conhecer bem sua empresa, seu
produto, seu concorrente e o produto de seu concorrente, e
também deve conhecer seu cliente, para saber o que ele gosta
de comprar, como gosta de comprar, de qual forma gosta de
pagar ou pode pagar, o que o cliente valoriza, enfim, reúna o
máximo que puder de informações que possam lhe ajudar a
executar a venda.
Não use gírias, jargões, palavras erradas, não fale mal
do concorrente, não critique ninguém. Faça somente a
apresentação de seu produto. Tenha sempre amostras do
produto, folders, material técnico do produto para facilitar
sua apresentação. Mas cuidado, se sua pasta de trabalho esta
uma bagunça, na hora da apresentação, o que poderia te ajudar
poderá evitar uma venda, pois o cliente estará atento a tudo
o que envolve uma apresentação de produto, é um momento
crucial da venda, não pode haver falhas.
Em minhas andanças, vejo muitas coisas erradas sendo
feitas por vendedores despreparados na hora de apresentar
o produto e em minha opinião é nesse momento que muitas
vendas são perdidas, pois uma apresentação mal feita estraga a
imagem do produto, da empresa e do próprio vendedor.
A maioria dos vendedores inicia sua apresentação falando
do preço dos produtos. O preço é o terceiro ou quarto item
de definição de uma compra (ou venda), portanto nunca
saia falando do preço em hipótese alguma, mesmo que seu
cliente peça o preço já de início. Primeiro fale da qualidade
do produto; dos atributos desse produto; da durabilidade; dos
componentes; o que tem de diferente das outras marcas; de
como é sua entrega; como é a assistência técnica; como é feito
seu pós-venda; que facilidades o cliente terá com seu produto,
com sua empresa; fale de confiança; de serviços de qualidade;
o que o cliente ganhará com a aquisição de seu produto para
então “falar o preço do produto”. E uma dica importantíssima:
nunca diga o preço certo na primeira vez que você aborda o
cliente. Se possível (se não estiver na vitrine ou na etiqueta)
puxe um pouco o preço 2-3% a mais, para você poder negociar
com o cliente, para você ter uma carta na manga, para você
ter alguma chance no jogo. Se você já de cara der seu preço
final, não terá nenhum poder para negociar com seu cliente.
Não tenha medo ou vergonha de falar de seu produto ou em
um preço maior. Seja corajoso. Fale com um tom de voz clara,
limpa e de forma que o cliente ouça você. Não pode ser muito
baixo e nem muito alto, o nível do som deve ser agradável.
A apresentação do produto também é sua apresentação,
ou seja, esteja com uma aparência agradável para fazer a
apresentação de seu produto, pois tudo conta. Sua roupa,
seu cabelo, sua higiene pessoal, etc. Vejo situações hilárias,
vendedores que usam essas calculadoras adquiridas em um
camelo, ou no Paraguai (aquelas de R$ 3, 4 reais). Isso mostra
a pouca preocupação com a qualidade de sua apresentação.
Já imaginou se esse mesmo vendedor tirasse da pasta uma
calculadora HP? Não é diferente? Não impressiona mais?
Sr Saul, mas eu não sei usar uma calculadora HP! Que pena!
Você não é um profissional de vendas... Quem não sabe usar
uma HP, esta fazendo o que na área de vendas? Nem que você
só faça as funções básicas nesse equipamento, mas tenha-o;
aprenda, estude, melhore, cresça saia dessa zona de conforto,
faça alguma coisa por você, por sua profissão.
PEDIDO Esse é um momento muito feliz para o vendedor,
pois estabelece um laço de negócios entre o cliente
e o vendedor. No entanto, tem que ser um processo
muito bem feito, com calma, atenção aos detalhes do
preenchimento do pedido para que tudo de certo, pois se
houver alguma falha no pedido, poderemos comprometer
todo o processo de venda e principalmente dificultar a
fidelização do cliente se algo der errado.
Temos que dar atenção especial aos preços, prazo de
entrega dos produtos, prazo de pagamento combinado com o
cliente para que ocorra todo de forma correta.
No pedido, devemos colocar exatamente o que foi
combinado com o cliente, não pode ter nada de diferente
do acertado. Após a emissão do pedido temos que nos
certificar que esse pedido chegou à empresa para que a
logística seja executada.
ENTREGA DO PRODUTO
Após todos os processos de venda ter sido efetuados de
forma profissional e adequada, não podemos errar na entrega,
isso seria um desastre no negócio.
Desde uma entrega de uma roupa na loja até a entrega
de uma televisão, temos que ser eficientes. A entrega deve ser
efetuada corretamente, ou seja, o produto tem que estar bem
embalado, protegido para evitar defeitos no produto, entregue
no local correto, no horário combinado, sem provocar estresse
ao cliente.
Vejo no dia a dia, muitas falhas sendo cometidas em
entregas de produtos a clientes. Há uma interpretação errada
pelas empresas quando imaginam que a venda já foi efetuada
e destinam poucos investimentos nesse setor de vendas. Pode
ser a entrega de um pastel em uma lanchonete. Quem de vocês
não teve essa experiência negativa em uma pastelaria? Onde a
Em Foco 2entrega do pastel é um fiasco, sendo feita às pressas, sem cuidados com o cliente.
Normalmente a entrega do pastel é da seguinte maneira:
• Demora na entrega;
• Pastel errado (você pede de carne, entregam de queijo);
• Sem o acompanhamento de temperos (maionese, catchup mostarda, etc.);
• Sem acompanhamento do Guardanapo;
• Pastel frio;
• Cabelo do Garçom solto;
• Gordura pingando em sua roupa, na mesa, etc.;
• Pastel sem sabor;
Deveríamos entregar tudo de uma maneira excelente, desde a entrega de um recado, ou o jornal
que é jogado em sua varanda, enrolada em plástico (esse é um exemplo clássico de mau atendimento).
E quando você pede uma pizza ? você pede de calabresa e tomate seco e informaram que em 20
minutos será entregue ... Depois de 45 minutos você recebe a pizza com sabor trocado... Já aconteceu
com você? Isso acontece diariamente. E o que os proprietários das pizzarias fazem para resolver isso?
Não há sequer uma inovação nisso, continuam todas as pizzarias iguais, ninguém se preocupa em
inovar, em trazer melhorias.
RECEBIMENTO
Quando recebemos de um cliente, podemos afirmar que a venda foi completa, no entanto para
ser um sucesso, necessitamos repetir a venda, com o cliente satisfeito, elogiando seu produto, seu
serviço. Nessa etapa do processo é que a empresa realiza o lucro e o vendedor também, pois recebe
sua comissão (as empresas devem pagar as comissões somente quando recebem). Se todo o processo
foi cuidadosamente conduzido e recebemos, realizamos a venda com lucro, no entanto se alguma falha
ocorreu no decorrer dessas sete etapas, teremos que correr atrás, perdeu tempo, perdemos dinheiro e
perdemos o foco.
PóS VENDA: Muitos de nós damos muito pouca atenção ao pós venda, pois é na pós venda que “preparamos”
uma nova venda, fidelizamos clientes e a partir desta fidelização é que realmente estamos realizando
lucros, pois quando o cliente compra por muito tempo, teremos uma maximização de lucros.
Necessitamos realizar um pós venda de qualidade e isso não é difícil. O custo é relativamente baixo
e deve ser encarado como um investimento em vendas.
Mas como posso fazer um pós venda?
Depende muito da atividade, mas o que é importante é um contato com o cliente após a venda.
Isso é fundamental, independente do ramos de atividade em que estamos inseridos. Vamos imaginar
uma farmácia, por exemplo: Podemos ligar ao cliente para saber como o cliente está se sentindo após
a medicação; se o medicamento teve o resultado esperado; se necessita de mais algum medicamento.
Se for um Pet Shop, por exemplo, podemos ligar e saber se o Cãozinho gostou da Ração; se não houve
reação a vacina; se precisa de mais alguma coisa; enfim, colocar nosso serviço a disposição do cliente
e podemos ainda aproveitar a ligação, para fazer uma oferta de um novo
produto ou de uma promoção que temos, ou mesmo um novo item de sua
loja que você identificou que seu cliente necessita.
“Faça de cada venda um projeto, de atenção aos detalhes e colherá
muitos frutos“.
Boas vendas!
Saul Jorge ZeucknerDiretor Comercial –Algomix
46 47Em Foco 3
Novos Aditivos Naturais e suas possíveis aplicações em Pet Food
iversos tipos de aditivos, sejam eles naturais
ou sintéticos, estão à disposição dos nutricionistas para
utilização na alimentação de animais de companhia ou
de produção. Vários destes aditivos são freqüentemente
utilizados nas formulações com funções que vão de
Antioxidantes, prevenindo em última instância a oxidação
dos lipídeos presentes na ração, a substâncias capazes de
reduzir o odor e melhorar a consistência das fezes dos
animais.
Atualmente, o uso de aditivos naturais na alimentação
de animais de companhia é bastante recorrente. Justificasse
o uso destes aditivos naturais por eles não apresentarem
efeitos prejudiciais, quando comparados aos sintéticos
que podem apresentar algum efeito deletério a saúde dos
animais, e por apresentam resultados iguais ou até melhores
que os aditivos sintéticos. Outro motivo para o uso se dá
pela forte mudança do perfil de compra do consumidor
final, que tende a se alimentar de produtos naturais e
por conseqüência a oferecer aos seus animais alimentos
semelhantes.
Dentre os diversos tipos de aditivos naturais, destaca-
se o uso de Zeólitas do tipo Clinoptilolita com a função
de redução do odor das fezes dos animais e função
antiumectante, e o uso do extrato de Romã (Punica
granatum) como antioxidante natural.
Observa-se que o mercado petfood, se preocupa em
utilizar ingredientes de boa qualidade e com excelente
biodisponibilidade de nutrientes, pois desta forma se
fornece uma nutrição mais adequada e que atenda às
exigências nutricionais dos animais. Tal prática reduz o
odor e melhora a consistência das fezes dos animais, mas
nem sempre ao ponto de ser observada pelo consumidor,
sendo então necessário o uso de aditivos que potencializem
a redução do odor e que adsorvam o excesso de água
presente nas fezes.
As Zeólitas são minerais de formação vulcânica com
alta capacidade de troca catiônica (CTC), o que lhes garante
excelente adsorção de gases e água. Desta forma, e quando
adicionada a alimentos completos, reduz o odor e melhora
a consistência das fezes de cães e gatos, além de reduzir a
atividade de água quando submetida a processo de ativação
e adicionada em snacks para estes animais. Diversos estudos
avaliando o uso das Zeólitas e comprovando as funções
citadas, mostram que este aditivo pode ser uma alternativa
viável e 100% natural a ser explorada com fins de melhorar
a qualidade das rações.
Maia (2008) em estudo com cães, o uso do aditivo
Zeólita do tipo Clinoptilolita em níveis de inclusão em
rações comerciais de 0,75% a 1,00%, proporcionou melhores
benefícios nos parâmetros de escore fecal e redução de odor
das fezes, além de não interferir na digestibilidade normal do
alimento (Tabela 1). Em estudos com gatos, Roque (2009)
conclui que os níveis de inclusão de 0,5% a 0,75% de Zeólita
Clinoptilolita em alimentos completos, proporcionam os
mesmos benefícios encontrados na avaliação conduzida
com cães. Utilizando a Zeólita Clinoptilolita após ativação
da mesma, Elmôr (2010) identificou que o aditivo reduz a
atividade de água em snacks para cães quando incluído em
níveis variando de 3,0% a 4,5% (Tabela 2).
Outro aditivo pouco estudado na alimentação de
animais de companhia, mas com vários estudos e larga
utilização na alimentação humana, é o extrato de Romã
(Punica granatum) ou Pomegranate em inglês.
A Romã é uma pequena árvore de folhas decíduas
originaria da Pérsia (Irã), sendo cultivada por toda a região
mediterrânica. Seus frutos são consumidos in natura ou
na forma industrializada, como sucos, geléias, vinhos e
extratos utilizados na indústria de suplementos dietéticos.
Suas funções vão desde suporte cardiovascular através da
diminuição do colesterol, prevenção e terapia de câncer
agindo na redução da proliferação das células cancerígenas,
redução da Aterosclerose em pacientes com diabetes,
redução da degradação da cartilagem em pacientes com
Osteoatrite, além de sua principal função com antioxidante
natural (Horowitz, 2006).
Estudos sobre a função antioxidativa da Romã indicam
que o consumo em valores variando de 25 a 100ppm/dia
do extrato, eleva o status antioxidativo em humanos além
de proteger os lipídeos presentes no alimento da oxidação.
Essas funções derivam da elevada quantidade de polifenóis
presente na composição da Romã, próximos a 3,8% (Figura
1), garantindo uma ação antioxidante sobre o LDL humano
de até 90% (Singh, 2002). Quando comparada a outras
fontes de antioxidantes naturais, como o açaí e o extrato de
sementes de uva, o extrato de Romã apresenta um potencial
antioxidante aproximadamente 30% superior.
Apesar de seu excelente potencial antioxidante na
alimentação humana, poucos estudos em animais foram
realizados. Para que se tenha maior conhecimento da ação
e das corretas dosagens a serem aplicadas na alimentação
de animais de companhia, estudos com estes animais devem
ser conduzidos a fim de elucidar e garantir bons resultados
quando da utilização deste aditivo natural.
REFERÊNCIASELMÔR L. D. Efeito de diferentes níveis de inclusão da Zeólita do tipo
Clinoptilolita na atividade de água em snacks para cães. Dados não publicados.
HOROWITZ S. The Power of the Pomegranate: Biblical Fruit with Medicinal
Properties. Alternative and Complementary Therapies, v. 12, p. 121-126, 2006.
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palatabilidade, digestibilidade e redução de odores fecais. Revista Brasileira de
Zootecnia, v.39, n.11, p.2442-2446, 2010.
ROQUE, N. C. Níveis de Zeólita (Clinoptilolita) e Yucca schidigera em rações de
gatos adultos. 2009. 86 p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade
Federal de Lavras, Lavras.
SINGH, R. P. Studies on the Antioxidant Activity of Pomegranate (Punica
granatum) Peel and Seed Extracts Using in Vitro Models. Journal of Agricultural
and Food Chemistry, v.50,p.81-86, 2002.
Tabela 1: Resultados médios obtidos durante a avaliação do odor das fezes, consistência das fezes e coeficientes de digestibilidade aparente de uma ração comercial com e sem a inclusão de Zeólita Clinoptilolita
Tabela 2: Atividade de água de snacks para cães de acordo com os níveis de inclusão de Zeólita Clinoptilolita
Parâmetro avaliado
Odor das fezes(1)
Consistência das fezes (2)
Digestibilidade aparente
CDMS (%)
CDEE (%)
CDEB (%)
CDPB(%)
Níveis de inclusão
0,0% de inclusão
1,5% de inclusão
3,0% de inclusão
4,5% de inclusão
Atividade de água (Aw)
0,526ª
0,521ª
0,448b
0,318c
0,00%
5,00a
2,83a
74,75
83,63
83,69
84,78
0,50%
5,77a
3,63b
74,57
83,25
83,44
84,06
0,75%
6,55b
3,86c
75,31
87,02
83,80
86,49
1,00%
5,97b
3,93c
74,36
86,05
83,42
85,70
Níveis de Zeólita Clinoptilolita
(1) Valores médios de odor das fezes variando entre 0 (odor forte) e 10 (odor fraco);(2) Valores médios de consistência das fezes variando de 1 (diarréia) a 5 (fezes ressecadas) com valor 4 ideal;
Médias seguidas por letras distintas diferem pelo teste SNK a 5% de significância.
Médias seguidas por letras diferentes na coluna diferem, significativamente, pelo Teste de Tukey (p≤0,01).
Figura 1: Níveis comparativos de Polifenóis presentes em diversos antioxidantes naturaisAdaptado de: http://www.midwestmultisportlife.com
Gustavo Vaz Corrêa MaiaZootecnista - UFV / Msc. Nutrição Cães e Gatos - UFLA Pós-graduando em Marketing Organizacional (B2B) - UNICAMPDep. Técnico Celta Brasil
D
48 49
onsiderando o problema que está ocorrendo na
Europa com destruição de alimentos de origem animal
contaminados pela administração de rações a animais
de produção contendo DIOXINAS: iremos abordar
nessa coluna esse grupo de compostos, conhecer
porque chegam às rações, suas características, como
são formados, o s efeitos tóxicos, e maneiras de evitar a
contaminação de pets food.
DIOXINAS1. O que sao?
Dioxinas são moléculas organocloradas, formadas
por cloro, oxigênio, carbono e hidrogênio denominadas
Contaminantes Químicos de Raçõesparte 10
Segurança Alimentar
de polychlorinated dibenzodioxins (PCDDs). Existem
mais de 419 compostos já identificados, dos quais 30 são
extremamente tóxicos para o homem (dioxins like-PCB),
sendo o TCDD, conhecido como dioxina, o mais tóxico
(Figura 1). Seu ponto de fusão é bastante elevado: 305oC.
Figura 1: Estrutura molecular do 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-
p-dioxina (TCDD).
As dioxinas são muito pouco solúveis em água,
aderem a minerais e partículas orgânicas, sendo,
portanto facilmente distribuídas no meio ambiente e
solo. Devido a sua degradação muito lenta depositam-
se ao longo da cadeia alimentar.
2. Como chegam nas rações?
Para obtenção de maiores lucros de produção,
animais de criação intensiva são alimentados com
mistura de grãos de alto teor protéico e ingredientes
que garantem rápido crescimento e baixo custo de
produção. A gordura animal (peixe, suína, bovina,
etc.) além do óleo (origem vegetal) podem ser usados
como suplemento alimentar nas rações para promover
o crescimento. O uso destes ingredientes nas rações é
permitido em muitos países, principalmente nas nações
em desenvolvimento.
Esses lipídios, principalmente a gordura pode estar
contaminada com várias substâncias químicas (agrotóxicos,
ficotoxinas, metais pesados) com características lipofílicas,
ou seja solúvel em gorduras, dentre elas as dioxinas que são
altamente tóxicas. Devido á essas características, quando
essas gorduras animais sao adicionadas e ingeridas na
raçoes, além de causarem danos ao organismo do próprio
animal, se depositam nas camadas gordurosas dos tecidos.
No óleo, as dioxinas podem vir da contaminaçao dos graos
cultivados em áreas próximas a indústrias ou outras fontes
poluidoras, contudo em menor escala.
Elas podem inclusive chegar ‘as raçoes através de
ingredientes nao lipídicos, ja’ contaminados durante
sua producao, tais como: minerais, sulfato de cobre,
oxido de zinco, além de farinhas de pescado proveniente
de mares e/ou rios contaminandos ou localizados
próximos a regioes poluídas.
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C
50 51Segurança Alimentar
3. Como são formadas?
Estes compostos organoclorados não são
produzidos intencionalmente e/ou deliberadamente.
São formados como derivados de processos químicos
que ocorrem espontaneamente: tais como incêndios
f lorestais, erupções vulcânicas bem como, nos
processos industriais, portanto, depositando-se nas
pastagens localizadas próximas a locais poluidores.
Conclusão: a maior parte é formada como conseqüência
da atividade humana, em processos de reciclagem de
metais (ex.: de cobre de f iação), siderurgia, produção
de agrotóxicos, compostagem, automóveis, queimas
caseiras (churrasqueira, lareira), tratamento de
ef luentes, dentre outros.
São classif icadas como poluentes orgânicos
persistentes, pois são resistentes a degradação físico-
química e biológica. Na medida em que se alastram
pelo ambiente global, as dioxinas se acumulam e
podem levar décadas para serem degradadas. Como
têm alta persistência e, podem se acumular nos tecidos
gordurosos de animais, sao distribuidos através da
cadeia alimentar.
Os ingredientes para raçao de origem animal: carne,
peixe, gema do ovo, leite e derivados são os principais
contribuintes para ingestão de dioxinas pelos pets
e animais de produçao. A vida média do TCDD no
organismo é de 7 a 11 anos.
4. E os pets? Efeitos tóxicos nos animais
Poucos são os dados sobre os efeitos tóxicos em
animais de estimação. Vários países já têm legislação
para tal composto, principalmente para animais
de produção e humanos. Pela dimensão que essa
contaminação tem atingido e os prejuízos causados,
precaução com os ingredientes adquiridos para
alimentar animais de estimação e’ a palavra chave.
Recalls de pet food já foram registrados em alguns
países relacionados especif icamente com dioxinas,
contudo, ainda é pouco, perto dos problemas causados
nos animais de produção. Em 1997, uma das maiores
marcas Americanas produtoras de alimentos para gatos
e cães, realizou um recall de 60 milhões de latas de
seus produtos. Isso ocorreu após informações de que
10 animais morreram com problemas renais e que
vários outros desenvolveram o problema pela ingestão
desses alimentos contaminados com dioxinas. Esses
produtos eram fornecidos para vários importantes
supermercados dos USA.
Estudos em animais mostraram que exposições à
dioxina estão associadas com endometriose, à diminuição
da fertilidade, inabilidade de levar a gestação a termo,
abaixamento nos níveis de testosterona, decréscimo na
contagem de espermatozóides, defeitos de nascimento e
inabilidade na aprendizagem. A dioxina também causa
disfunções nas atividades normais dos hormônios que
o organismo utiliza para crescer e manter o equilíbrio
orgânico. Em alguns casos leva a perda de peso,
problemas renais e no baço. Os sintomas de intoxicação
em aves envolvem a redução na produção de ovos,
desenvolvimento de edema, ascitis e é altamente letal. A
intoxicação por dioxina pode levar inclusive a diversos
tipos de câncers no fígado, rins, pulmão, mama e sangue.
5. Prevenção
Apesar de não serem produzidas intencionalmente
nas atividades industriais e/ou domésticas, as dioxinas
são formadas, e encontram-se dispersas no ambiente
pela diversidade de processos que conduzem à sua
formação, devido à facilidade de bio-acumulação, sua
persistência e elevada toxicidade.
Portanto, é necessário uma maior conscientização e
capacidade de intervenção de modo a impedir e/ou reduzir
a possibilidade do aparecimento de fontes emissoras de
dioxinas e reduzir suas concentrações no ambiente. Tanto
para a saúde humana, dos animais e ambiental.
Para os fabricantes de rações, o importante é a
conscientização do risco e o desenvolvimento de ações que
impeçam e/ou reduzam a possibilidade de sua presença
nos produtos. Principalmente, na etapa de seleção dos
ingredientes através da obtenção de informações sobre
sua origem, se possível, checar sua segurança através
de análises (que no momento ainda são bastante caras
e poucos são os laboratórios que podem realizá-las no
Brasil para dioxinas) e/ou exigir uma certif icação.
Algumas empresas multinacionais de pet food e
rações para animais de produção já estão tomando
medidas preventivas e implementando suas listas de
analises de Controle de Qualidade e Segurança dos
produtos, inclusive divulgando internacionalmente
suas ações com notas on-line, para evitar qualquer
eventualidade.
Vigilância constante é necessária. Prevenir é muito
melhor que remediar.
Profa. PhD, PD Vildes M Scussel, Med.Vet. MSc. Karina Koerich de Souza, Daniel Manfio e Janaina NonesLaboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares - LABMICO,Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – Brasil
52 53
uitos têm escrito sobre o processo onde os
animais monogástricos convertem amido em carboidrato
solúvel, polissacarídeos, açúcar e energia. No entanto,
muitos ¨experts¨ acreditam que altos níveis de umidade
absorvida para a gelatinização do amido são de grande
importância na digestão, e a melhoria da conversão
enzimática do amido em carboidratos solúveis beneficiam
o aproveitamento dos alimentos.
Para transformar os cereais ou amidos, ou amidos em
produtos expandidos, uma taxa considerável gelatinização
é necessária para que o amido atinja sua forma plasticizada
e seja capaz de ter expansão intracelular, amido não
gelatinizado, ou seja, em sua forma granular, tem uma
pequena absorção de água em suas partículas. O primeiro
passo é fornecer as condições idéias parar a gelatinização
e, consequentemente a expansão se tornará possível. A
seguir estão os pré-requisitos básicos para uma completa
gelatinização e expansão em um sistema de cozimento
com eficiência energética de extrusão:
• Reduzir as partículas a um tamanho adequado para
a necessidade do processo (máximo sugerido é de 0%
sobre tela de abertura de 800 microns). Isso facilita a
gelatinização e aumenta a capacidade e eficiência do
sistema.
• Uniformidade do tamanho das partículas é fundamental
para o bom processo, tamanho da partícula uniforme
facilita a absorção de água, vapor e etc. Melhorando a
aparência do produto extrusado, quando há desigualdade
no tamanho das partículas e como o tempo de residência
é fixo pode ocorrer eficiência de absorção nas partículas
pequenas e nas partículas grandes não, com isso resultará
em finos, quebrados, aparência do produto rugosa, etc.
Amidos no Processo de Extrusão (continuação)
Claudio MathiasAndritz Feed & Biofuel Divisão de Extrusã[email protected]@andritz.com
Petfood Online
• Com a redução do tamanho das partículas e a
uniformidade das mesmas haverá uma gelatinização mais
eficiente com:
1. Redução de produtos quebrados e menor geração de
finos.
2. Aumento na absorção de água e estabilidade.
3. Diminuição da densidade
4. Níveis mais altos da gelatinização do amido.
5. Aumento da capacidade da Extrusora.
6. Menor desgaste dos componentes da extrusora.
7. Diminuição da taxa de sobrevivência de
microorganismos.
8. Textura mais macia.
9. Melhorias na digestibilidade e palatabilidade.
10. Aumento na retenção da cobertura líquida devido à
estrutura celular menor.
No próximo passo para adição de líquidos é
fundamental a uniformidade e estabilidade de adição e
mistura de água (como água, vapor, ou ambos), pois com
as partículas dentro das condições ideais é importante
elevar a umidade para aproximadamente 23% a 32%%. A
gelatinização pode ser realizada com taxas menores de
umidade, mas geralmente isso exigirá temperaturas mais
altas no processo.
Quando essas condições forem cumpridas a
gelatinização estará relativamente completa, a expansão
do produto processado torna-se possível.
Todo método básico para o cozimento de produtos à base
de cereais resultam em gelatinização dos componentes,
seja a aveia cozida em água em um fogão, panificação,
ou usando a tecnologia moderna de gelatinização por
processo de extrusão. Várias fases sucessivas e distintas
ocorrem durante todo o processo de gelatinização.
1. A primeira fase inclui a absorção lenta de água com
pouco, ou nenhum inchaço. Durante este período, os
grânulos mantêm sua estrutura cristalina, e as condições
granular e característica de difração da luz, ou seja,
quando a luz polarizada é transmitida através delas.
2. A próxima fase incluí uma imensa aceitação de água,
uma perda desta estrutura cristalina e normalmente um
aumento significativo na viscosidade da massa.
3. A fase final ocorre em temperaturas elevadas, quando
o grânulo do amido perde a sua característica: os grânulos
tornam-se bolsas sem formas e as ligações entre as
moléculas são quebradas.
A taxa de gelatinização pode ser determinada por
uma série de métodos incluindo os dados térmicos
e a susceptibilidade a enzimas. Em um esforço para
encontrar uma metodologia aceitável para medir o grau
de cozimento, muitos procedimentos propostos foram
avaliados. Para ser aceitável, tal metodologia teve que
dirigir-se às características do amido que se relacionam
com a destruição da integridade do cristalino dos grãos.
Um dos primeiros métodos para a determinação de
taxas de gelatinização de amido envolveu a contagem
direta de grânulos em microscópio de luz polarizada.
Este procedimento foi baseado no princípio de que o
amido gelatinizado exibe a perda da estrutura cristalina.
Estudos posteriores indicaram que o amido danificado
mecanicamente pode reter parte da estrutura cristalina
nos fragmentos do grânulo. Esses fragmentos, no
entanto, vão manchar e são muito mais suscetíveis para
Continuação na próxima edição
M
união enzimática de grãos crus ou intactos. O método
de contagem visual é trabalhoso, sujeito a erros na
amostragem e às dificuldades em distinguir diferentes
graus de danos.
Técnicas de coloração (com solução de Schultze ou
vermelho congo) e os métodos colorimétricos foram
desenvolvimentos para medir o grau do dano no grânulo
do amido. Estes não eram sempre confiáveis porque os
valores obtidos podem variar de acordo com a composição
do amido.
A medição das propriedades funcionais (viscosidade,
claridade de pasta, solubilidade) tem sido utilizada por
muitos para estimar o grau de gelatinização. Embora
estes métodos tem muitas aplicações úteis, a calibração é
difícil devido à falta de uma espécie de controle adequado
(Paton,1981).Varriano – Marston et.al, (1980) relataram
que os métodos viscométricos (amilograma Brabender)
não são confiáveis para determinação da gelatinização
do amido em alimentos de panificação. Eles também
descobriram que os métodos crstalográficos (difração de
raios – X) não foram tão sensíveis a pequenas variações no
grau de inchaço, foram métodos enzimáticos.
Vários outros métodos para medir a gelatinização do
amido, são baseados em edema, calorimetria diferencial
de varredura e ressonância magnética de próton. Dentre
esses vários métodos, vários procedimentos foram
descrever qual a medida da susceptibilidade do amido às
enzimas.
54 55Pet Market
Limma JúniorDiretor da Nutridani Alimentos
O Mapa da Mina
ano de 2011 promete ser bem diferente dos
anteriores para as indústrias do setor petfood. O mercado
do milho está instável. Os preços estão instáveis. As
matérias-primas que compõem as rações passam por um
período turbulento e obrigam as empresas do segmento a
repensarem as estratégias de vendas e marketing.
Porém, enquanto alguns empresários perdem o sono,
outros enxergam o período como uma oportunidade de
darem uma repaginada no modo de pensar. A turbulência
que faz as empresas frearem grandes investimentos,
também obriga à criação de estratégias eficientes que
driblem os constantes aumentos de preços que o setor vem
sofrendo nos últimos meses. As altas ocorrem justamente
por conta da instabilidade do milho, item que compõem
grande parte da formulação das rações para cães e gatos.
E como manter-se no mercado em um período de
insegurança de preços? Aí está a pergunta chave. Muitos
tentam respondê-la. Poucos acertam na prática. Isto
porque não existe apenas uma resposta e sim um conjunto
delas que formam as ações que precisam ser tomadas em
situações de crise de mercado.
Podemos citar como uma ação eficaz a manutenção de
preços baixos, como algumas empresas optaram nos últimos
meses. Essa medida garante a entrada nas lojas, aumenta
as vendas, mas dificilmente manterá a saúde financeira da
companhia por muito tempo, levando em consideração que
as matérias-primas não dão sinais de queda.
Já sabemos de casos de empresas que optaram por
esse caminho e hoje estão com dificuldade em pagar os
fornecedores. E isto ocorre em qualquer setor, basta o
empresário pisar na bola.
Outra solução que funciona em longo prazo seria a
presença no ponto de venda com marketing, promoções
e outras ações que visem chamar a atenção dos clientes
para o produto na loja.
É claro que costumamos bater no preço quando
o assunto é vender. Grande parte das empresas ainda
trabalha com as rações de primeiro preço para entrar e
permanecer no mercado. Isto é uma realidade. Mas é uma
situação que já vem mudando. A tendência é que passe-se a
trabalhar com as rações de maior valor agregado, aquelas
que suportam um aumento no custo de produção sem a
necessidade de repasse constante de aumentos nos preços
para o mercado. Isto porque em um mercado instável
da matéria-prima os preços das rações não podem ser
reajustados a todo o momento, situação muito comum em
rações baratas, que possuem a margem de lucro no limite.
Esse é o caminho mais certeiro: as rações de maior
valor agregado. Esses produtos, além de terem maior
gordura para se queimar, possuem clientes fieis. Os
consumidores desses itens não trocam de mercadoria no
momento da compra se houve um aumento de R$0,50,
R$1,00 ou até R$2,00 no pacote. Essa fidelidade dá mais
estabilidade para as vendas de qualquer fabricante.
Não podemos deixar de lado o fato do volume de
vendas ser menor. As vendas de 100 toneladas de ração
mais cara gira bem mais devagar quando comparado
à saída da ração de primeiro preço. Contudo, o lucro
sempre compensa.
Vale lembrar que vender ração um pouco mais cara
exige muito mais trabalho. Não basta uma equipe boa.
Não basta a empresa fabricar o produto e colocá-lo na rua.
A comercialização desses produtos exige uma estrutura
diferenciada, com vendedores mais treinados, os quais
consigam passar para o mercado que aquela ração tem
algo a mais que a dos concorrentes. A empresa precisa se
posicionar de maneira diferente, porque se ela for vender
ração cara, aquelas conhecidas como Premium, do mesmo
jeito que vende as rações de primeiro preço, pode se
preparar para “patinar” no mercado.
O
56 57
nutrição dos animais de companhia vem
sendo cada vez mais explorada, visto a necessidade
de maiores informações relacionadas ao papel dos
diferentes ingredientes na manutenção, crescimento e
desenvolvimento dos animais. Em busca de melhorar
cada vez mais a qualidade de vida e a saúde em geral
desses animais, procura-se encontrar a chamada nutrição
ótima. Dentro desse quadro encontram-se os alimentos
funcionais.
Propriedade funcional é o termo empregado ao
papel metabólico que o nutriente ou não nutriente tem
Caderno Técnico 1
Alimentos Funcionais na Alimentação de Cães
no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras
funções normais do organismo. Portanto, alimentos
funcionais são aqueles que além de disponibilizar ao
animal a quantidade de nutrientes que lhe é necessária,
também fornecem a possibilidade de melhorar outra
característica à parte (Souza et al., 2003).
Um grande número de pesquisas tem sido desenvolvido
para avaliar os efeitos destes alimentos, destacando-se, no
caso da alimentação de cães, o uso das fibras, prebióticos,
probióticos e ácidos graxos poliinsaturados, detalhados na
seqüência.
FIBRAS
As fibras insolúveis são aquelas pouco ou nada
fermentadas pela f lora intestinal sendo excretadas
praticamente intactas. Como possuem características que
permitem grande retenção de água, aumentam a massa
fecal e o peso das fezes. Portanto, dão consistência ao bolo
fecal, estimulando o peristaltismo intestinal, tendendo a
diminuir o tempo de trânsito devido a sua consistência.
Já as fibras solúveis atuam como substratos para a
fermentação no cólon. São agentes espessantes, tendendo
a aumentar a viscosidade do bolo alimentar, diminuindo à
taxa de esvaziamento gástrico e causando saciedade. Além
disso, modificam o metabolismo dos carboidratos e dos
lipídios. Estas características as tornam especialmente
importantes em dieta terapêuticas, como para cães obesos
ou diabéticos (Hussein, 2003).
PREBIóTICOS
Dentre os compostos prebióticos mais utilizados na
nutrição de cães temos os frutoligossacárideos (FOS) e
mananoligossacarídeos (MOS) (Otero, 2003).
Os FOS não são digeridos nem absorvidos no intestino
delgado, alcançando o intestino grosso intactos e ali são
fermentados pelas bactérias anaeróbias que compõem
a f lora intestinal. Como resultado dessa fermentação,
há a produção de grandes quantidades de AGV, além de
CO2, amônia e H2, tornando o pH no lúmen do intestino
grosso bastante ácido. Este meio ácido acaba sendo
favorável às bactérias benéficas, como as Bifidobactérias
e Lactobacillus, e inócuo às bactérias prejudiciais, como
o Clostridium, E. Coli, Listéria, Salmonella, entre outras
(Borges et al., 2010).
Os MOS apresentam a capacidade de modular o
sistema imunológico e a microflora intestinal, ligam-se
a uma ampla variedade de micotoxinas e preservam a
integridade da superfície de absorção intestinal (Maiorka
e Oliveira, 2010).
PROBIóTICOS
A microflora intestinal desempenha inúmeras
funções no organismo animal. Dentre estas, destacam-
se características como proteção do organismo contra
infecções e outras doenças, estimular a resposta
imunológica, efetuar diversas atividades enzimáticas e
contribuir para o fornecimento de vitaminas e minerais
(Oliveira e Batista, 2003). Os probióticos devem ser
incorporados pós-extrusão, devido a alta temperatura
utilizada no processo.
ÁCIDOS GRAXOS POLIINSATURADOS
Os ácidos graxos poliinsaturados são fundamentais ao
organismo de duas formas distintas: como componentes
estruturais da membrana celular, participando como
parte integrante na sua estrutura lipoprotéica e como
precursores dos eicosanóides, sendo importantes
mediadores dos processos inf lamatórios.
A tendência atual é que a utilização destes alimentos
funcionais cresça cada vez mais na alimentação dos
animais de companhia. As respostas claras a respeito
das várias substâncias funcionais para cães só serão
encontradas após um longo período experimental.
REFERêNCIAS
BORGES, F. M. O.; SALGARELLO, R. M.; GURIAN,
T. M. Recentes Avanços na Nutrição de Cães e Gatos.
Disponível em:http://www.artigocientífico.com.br/
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HUSSEIN. S. H. Functional fiber: role in companion
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MAIORKA, A.; OLIVEIRA de, S. G. Alimentos
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OLIVEIRA, L.T. BATISTA, S. M. M. A Atuação dos
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SOUZA, P. H. M.; SOUZA NETO, M. H.; MAIA, G.
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SBCTA. v. 37, n. 2, p. 127-135, 2003.
Laís Guimarães Alarça - Mestranda em Ciências
Veterinárias – UFPR; Ananda P. Félix - Doutoranda em
Ciências Veterinárias – UFPR; Alex Maiorka3 - Docente do
Departamento de Zootecnia – UFPR; Sebastião A. Borges -
Docente do Departamento de Zootecnia – UTP
A
58 59Caderno Técnico 2
roprietários de cães e gatos têm sido cada vez mais
cuidadosos com seus animais, de forma que o mercado
de produtos veterinários (medicamentos, cosméticos e
utensílios) e o de alimentos tem se desenvolvido rapidamente.
O Brasil parece viver um momento de transição no modo
de criação dos animais de estimação, apresentando por um
lado enorme população de animais abandonados nas ruas ou
que recebem cuidados insuficientes e, por outro lado, cães e
gatos sendo tratados como membros da família e de forma
“humanizada”, representando este último grupo tendência
de aumento crescente. A “humanização”, termo empregado
para a transferência de hábitos comportamentais e
necessidades psicológicas dos humanos aos animais, faz
com que cada vez mais o proprietário do cão ou do gato
busque na alimentação de seu animal a promoção de sua
saúde e longevidade, favorecendo maior tempo e qualidade
de convívio entre ambos. Considerando este aspecto, qual
será a tendência do mercado com relação às matérias-primas
empregadas na produção de alimentos industrializados
para cães e gatos? O fenômeno da humanização fará com
que o nosso alimento de hoje venha a ser o consumido por
cães e gatos no futuro?
Estas perguntas apresentam respostas difíceis.
Neste artigo serão discutidos aspectos nutricionais
e mercadológicos para se explorar a relação entre a
alimentação humana e animal, se o que está ocorrendo é uma
competição entre estas espécies pelos mesmos alimentos ou
se estes estão, repartindo o alimento e tornando sinérgica a
utilização dos recursos nutricionais disponíveis.
Apesar da aparente retração do mercado em
conseqüência da crise financeira mundial de 2008, que
se refletiu na produção de rações em 2009, a previsão de
crescimento do mercado pet para o ano de 2010, segundo
dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos
(ANFALpet) é de aproximadamente 7,1%. Acredita-se que o
Brasil atingirá um volume anual de produção de 1.927.000
toneladas de alimentos para cães e gatos até o final deste ano.
É desejável que este crescimento em volume de
produção ocorra mediante emprego de ingredientes que não
se sobreponham diretamente aos consumidos pelo homem,
de forma a propiciar sinergia de utilização das matérias-
primas, evitando competição direta pelo uso dos recursos.
As competições por matérias-primas não são interessantes,
pois aumentam a procura por determinados ingredientes
ocasionando elevação de seu custo. Neste aspecto, o
processamento industrial dos alimentos é importante por
diversificar as possibilidades de uso dos nutrientes, tanto
para a população de animais como humana.
Forma-se uma cadeia de produção na qual o
processamento dos produtos ou matérias-primas primárias
dá origem aos chamados co-produtos, subprodutos e
resíduos, que podem ser definidos da seguinte maneira:
Co-produtos: são oriundos de um processo de produção
conjunta cujo faturamento de todos os derivados é significativo
para a empresa. Exemplo disto é o processamento do milho,
do qual se produz o glúten de milho (60% e 21% de proteína
bruta), o amido, o óleo, o glicerol, os frutoligossacarídeos, a
fibra, o xarope, entre outros.
Subprodutos: são os derivados de um processo de
produção conjunta que apresentam menos importância
em relação ao faturamento, porém com condições de
comercialização. Exemplos disto são as fábricas de
subprodutos de origem animal, que processam um resíduo
industrial sem utilização para a alimentação humana para
transformá-lo em alimento para animais.
Resíduos, sobras ou sucatas: são produtos derivados da
produção, conjunta ou não, que não apresentam mercado
certo, sem valor comercial ou com valor comercial
inexpressivo para a indústria.
Do ponto de vista produtivo e ambiental, busca-
se aproveitar o melhor possível os alimentos durante o
processo de industrialização, maximizando a produção
de produtos principais, co-produtos e subprodutos, e
reduzindo-se desta maneira a geração de resíduos. Neste
conceito de produção industrial integrada, o resíduo de
uma etapa da cadeia produtiva pode servir de ingrediente
para a etapa seguinte. Para os mercados de alimentos para
animais de estimação e humanos, este conceito parece ser
verdadeiro, conforme será discutido adiante.
Segundo Bellaver (2002), o uso dos co-produtos
Ingredientes para alimentação de cães e gatos e produção de alimentos para seres humanos:
competição ou sinergismo na utilização?
P
60 61
e subprodutos contribui com o conceito de “Ecologia
Industrial”. Sucintamente, a filosofia da ecologia industrial
recomenda a modelação de sistemas industriais como os
ecológicos, onde muito pouco é descartado ou perdido, o
que torna este conceito um guia potencial para a melhoria
da sustentabilidade. Ecologia Industrial representa um
conjunto de princípios de projetos nos quais a matéria-
prima e os rejeitos têm a mesma função, mas para diferentes
organismos, propiciando a minimização de desperdícios e
melhor eficiência ambiental (Gameiro e Silva, 2007).
Na figura 1 podem-se verificar os principais alimentos
produzidos atualmente no Brasil, bem como seus volumes
consumidos no mercado interno.
Aqueles alimentos com excedentes de produção
(milho, soja, produtos cárneos, mandioca, entre outros) são
exportados pelo país e outros, como o trigo, cujo consumo
supera a produção, são importados. No entanto, o fato de
um alimento não ser produzido em quantidade suficiente ou
apresentar excedente de produção, por si só não determina
o estabelecimento de relações de competição entre o
homem e os animais. Esta avaliação necessariamente tem
que incluir os co-produtos e subprodutos gerados em sua
transformação industrial. A quantidade produzida de um
alimento não tem, também, correlação com a geração ou não
de derivados, que na realidade depende primordialmente
do tipo de processamento industrial necessário, do
valor nutricional do alimento e derivados gerados e das
possibilidades de uso destes derivados como ingredientes
na próxima etapa da cadeia de produção. Na realidade, o
que parece existir é uma distinção bem clara das matérias-
primas empregadas na alimentação humana e animal.
O Brasil produz anualmente aproximadamente
50.000.000 toneladas de ração para animais de produção e
estimação, correspondendo o segmento para cães e gatos a
apenas 4% deste total. Os ingredientes predominantemente
Figura 1: Produção e consumo no Brasil de alguns alimentos de
origem vegetal e animal no ano de 2009 (fonte: Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, IBGE).
utilizados na alimentação animal são o milho e a soja,
que apresentam excedentes de produção considerável,
destinados para a exportação. Aproximadamente 70% do
milho e 20% da soja produzidos no país são destinados à
fabricação de rações. A produção de sorgo no Brasil é baixa,
sendo esta quase exclusivamente destinada à alimentação
animal, uma vez que diferentemente de outros países, o
brasileiro não apresenta o hábito de consumir este grão.
Já os demais alimentos listados na Figura 1 praticamente
não são empregados na alimentação de cães e gatos, isto
se considerando seus produtos primários não processados,
sendo utilizados pela própria população humana. Seus co-
produtos e subprodutos, no entanto, inadequados à ingestão
pelo homem são amplamente utilizados nos alimentos
industrializados para cães e gatos.
Os principais ingredientes empregados na alimentação
humana e suas participações percentuais no fornecimento de
nutrientes podem ser vistos na Tabela 2 (dados publicados
pelo United States Department of Agriculture, USDA, 2010).
Aproximadamente metade da proteína ingerida na alimentação
humana é proveniente de produtos cárneos. Embora não se
tenham estes dados para animais de estimação, a contribuição
dos produtos de origem animal parece ser ainda maior, visto
pela ampla utilização de farinhas de origem animal (FOAs)
na produção de alimentos para cães e gatos. Ao contrário das
espécies de produção, para as quais a soja é a principal fonte
de proteína, para cães e gatos os subprodutos desidratados
do abate de animais representam importante proporção da
proteína consumida. Empregam-se principalmente farinhas
derivadas de partes inadequadas ao consumo humano da
carcaça dos animais de produção, subprodutos com bom
valor nutricional para cães e gatos, mas inadequados para
consumo pelo homem. Ingredientes in natura têm muito
menor utilização, destacando-se pequena utilização de
fígado congelado, miúdos (pulmão, rim, baço, etc), carne
mecanicamente separada e alguns peixes congelados. Não
se pode descartar, no entanto, a contribuição dos cereais na
ingestão protéica uma vez o milho em grão e seus derivados
(farelo de glúten 21 e 60), os derivados do arroz (quirera de
arroz e farelos de arroz gordo ou desengordurado) e o farelo de
trigo, podem chegar a representar de 30% a 60% da proteína de
um alimento com 18% de proteína bruta. Os produtos lácteos
também contribuem de maneira significativa com a ingestão
protéica em humanos (Tabela 2), porém, na alimentação de
cães e gatos sua utilização é muito restrita, possivelmente pelo
grande aproveitamento industrial desta matéria-prima e seus
co-produtos em alimentos para o próprio homem.
Com relação às fontes de carboidratos, especialmente
de amido, alimentos extrusados empregam o milho, a
quirera de arroz, o sorgo e os farelos de trigo, arroz e
milho. Ingredientes como ervilha, lentilha, trigo grão,
cevada e aveia têm utilização muito restrita uma vez que
Caderno Técnico 2
Carne bovina, frango e peixe
Produtos lácteos
Ovos
Legumes, soja e sementes
Grãos
Vegetais
Outros
Total
Grãos
Açúcares
Frutas
Vegetais
Outros
Total
Carne bovina, peixe e frango
Produtos lácteos
Gorduras e óleos
Outros
Total
Fontes de Proteína
Fontes de carboidratos
Fontes de lipídeos
40
18
4
6
22
5
5
100%
38
35
5
7
15
100%
20
10
60
10
100%
Tabela 2: Contribuição nutricional das principais fontes protéicas, de carboidratos e de
gordura empregadas na alimentação humana (USDA, 2010).
Contribuição da alimentação diária (%)
o custo destes é elevado devido à sobreposição direta com
o mercado de alimentos para o homem. Verifica-se desta
forma que tanto para as fontes de carboidratos quanto
para as fontes de proteína a origem das matérias-primas
é a mesma para o homem e seus animais de companhia,
porém, para os alimentos com elevado consumo pelo
homem seus co-produtos e subprodutos tornam-se
disponíveis para uso para animais, sendo parte destes
destinados à produção de alimentos para cães e gatos.
Na alimentação de animais de produção e humana os
óleos vegetais representam a principal fonte de lipídeos.
Já na alimentação de cães e gatos, as principais fontes de
ácidos graxos são as gorduras de origem animal (gordura
de aves e sebo bovino). Este fato se deve a melhora
na palatabilidade dos alimentos que estes conferem
e também por seu custo relativamente baixo. Apesar
destes produtos, por fatores culturais e de preferência
alimentar, não serem consumidos pela população
brasileira, são amplamente empregados na produção de
cosméticos (cremes, shampoos, sabonetes, etc.) e, mais
recentemente biodiesel, o que apresenta impacto direto
no custo destas matérias-primas para a alimentação
animal. Estes derivados de origem animal têm, também,
elevado poder poluente ambiental e sua destinação na
forma de alimentos para animais representa um bom
exemplo de “ecologia industrial”.
Verifica-se, assim, que a formulação de alimentos secos
e úmidos no Brasil emprega principalmente ingredientes
não utilizados para seres humanos, visando obter custo de
formulação mais acessível. Redução de custos é importante,
uma vez que apesar da melhoria nas condições de criação de
cães e gatos em nosso país, ainda a maior parte destes animais
é alimentada com produtos econômicos, para os quais o
custo é o mais importante. Mesmo nos alimentos Premium
e Superpremium, poucas são as matérias-primas em comum
com as empregadas na alimentação humana, destacando-
se talvez o emprego de arroz integral. Outros exemplos de
ingredientes utilizados em comum na alimentação humana e
de cães e gatos são o fígado fresco, leite em pó, óleo de soja,
vitaminas, corantes, aromatizantes, linhaça, aveia, proteína
do soro de leite, proteína isolada de soja, celulose, gomas,
entre outros. Estes ingredientes apresentam um custo
relativo mais elevado devido a este fato.
Este equilíbrio de mercado ocorre naturalmente,
pois a “competição” com alimentos destinados ao homem
acaba por não ocorrer em função do elevado preço destas
matérias primas, o que de certo modo os inviabiliza para
a indústria petfood. Uma diferenciação importante deve,
no entanto, ser realizada: a divisão dos mercados de
ingredientes entre as indústrias de alimentação humana
e animal não se baseia necessariamente na qualidade
nutricional das matérias-primas. Ingredientes destinados
à alimentação animal também têm qualidade, esta divisão
inclui aspectos tanto puramente culturais como fisiológicos
(palatabilidade, digestibilidade, composição nutricional). A
utilização sinérgica de co-produtos, no entanto, é bastante
importante, maximizando o aproveitamento dos recursos e
favorecendo a ecologia industrial.
A manutenção da saúde dos animais depende do
atendimento de suas exigências nutricionais, que por
sua vez são baseadas em suas necessidades de nutrientes
e não de alimentos. Os ingredientes utilizados, sejam
eles co-produtos ou subprodutos, devem atender aos
requisitos de biodisponibilidade dos nutrientes, composição
nutricional adequada, aceitação voluntária (palatabilidade)
e não apresentar fatores antinutricionais ou tóxicos. Estes
últimos, se presentes, devem ser inativados ou eliminados
durante o processamento.
Digestibilidade adequada é fundamental na formulação
de alimentos para que não haja prejuízo com a utilização
co-produtos e subprodutos. Este é um motivo importante
para a segmentação de mercado, uma vez que a qualidade
nutricional dos ingredientes está em geral relacionada com
seu custo. Na Figura 2 está apresentada a correlação entre
os coeficientes de digestibilidade da matéria orgânica de
15 fontes de carboidrato e ingredientes protéicos e o custo
destas matérias-primas (R$/kilograma).
Ao conhecer a composição química e a digestibilidade
62 63Caderno Técnico 2das matérias-primas, o formulador pode aproveitar
melhor as possibilidades de uso dos ingredientes dentro
da dicotomia custo-biodisponibilidade. De maneira geral
esta correlação é positiva (r=0,36; p>0,05). Fazendo uma
análise mais detalhada desta correlação, verifica-se que os
ingredientes amiláceos milho, milheto, quirera de arroz e
sorgo são exceções a regra, uma vez que pela sua natureza,
apresentam custo menos elevado e ao mesmo tempo um
coeficiente de digestibilidade muito elevado. Caso estes
ingredientes sejam retirados desta análise, tem-se um
coeficiente de correlação positivo e significativo para os
demais (r=0,84; p<0,05), mostrando a íntima relação
entre o custo da matéria-prima e seu aproveitamento
pelos animais. De acordo com dados da Associação
Nacional dos Fabricantes de Alimentos (ANFALpet),
aproximadamente 80% da população de cães e gatos que
consome alimento comercial, é alimentada com produto
econômico ou popular, cujo preço é um dos fatores
mais importantes considerado pelos proprietários no
momento da escolha destes alimentos. Nestes alimentos
empregam-se matérias-primas de baixo custo e menor
digestibilidade. Por outro lado, os coef icientes de
digestibilidade da matéria seca de alimentos Premium
e Superpremium, de uma maneira geral são próximos
ou superiores a 80%, ou seja, com bom aproveitamento
da proteína, gordura e carboidratos. Destes nutrientes,
a proteína é a que apresenta maior oscilação na
digestibilidade entre os ingredientes utilizados nas
formulações. As fontes de lipídeos apresentam relação
direta entre o grau de insaturação dos ácidos graxos e
sua digestibilidade, ou seja, os óleos de peixe, aves e soja
apresentam coef icientes de digestibilidade superiores
ao sebo bovino, sendo este último de qualidade
nutricional e biodisponibilidade inferiores. Quanto às
fontes de amido, estas apresentam em geral coef iciente
de digestibilidade deste nutriente superior a 95%, desde
que devidamente moídas e extrusadas. A questão, no
entanto, é quanto é amido verdadeiro pois este não é
analisado diretamente, empregando-se apenas o teor
de extrativos não nitrogenados (ENN). Isto se torna
crítico em algumas situações, como por exemplo para
o farelo de trigo, largamente empregado nos produtos
econômicos. O farelo de trigo apresenta mais de 50% de
ENN, podendo ser erroneamente caracterizado como boa
fonte de amido. Isto se deve aos erros da análise de fibra
bruta, pois apesar do farelo de trigo ter de 5 a 7% de fibra
bruta, sua fibra dietética total esta próxima a 40%, de modo
que seu teor de amido geralmente está abaixo de 25%.
Conforme já dito anteriormente, as principais fontes
protéicas empregadas nas formulações de alimentos
secos são as farinhas de origem animal, especialmente a
farinha de carne e ossos, a farinha de vísceras de aves e,
em menor escala a farinha de peixes. Estes ingredientes
apresentam composição nutricional adequada em
aminoácidos, lipídeos e minerais e coef icientes de
digestibilidade relativamente bons, representando o
mercado petfood importante alternativa de destino
de subprodutos do processamento de carne para o
consumo humano nos frigoríf icos. A produção nacional
destas farinhas chega a aproximadamente 3.000.000
toneladas, o que atende satisfatoriamente o mercado
de alimentação animal. Porém, o grande problema
com o uso destes ingredientes diz respeito a: 1- grande
variabilidade na composição química e digestibilidade
das mesmas, o que dif iculta o trabalho do formulador;
2- problemas de qualidade, especialmente pelo risco
de oxidação lipídica durante a estocagem, presença
de aminas biogênicas e salmonela; 3- controle de
qualidade inadequado em grande parte das indústrias
que beneficiam os resíduos de abatedouros para a
produção de farinhas.
Por este motivo, o Sindicato Nacional dos
Coletores e Beneficiadores de Subprodutos de
Origem Animal (SINCOBESP), em parceria com a
Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA),
considerando a importância destes subprodutos para
evitar a concorrência no uso de fontes protéicas entre
a alimentação animal e humana, estão preparando um
Censo do mercado de Graxarias, visando diagnosticar
os principais problemas e corrigi-los, possibilitando a
indústria de alimentação animal melhor uso de FOAs
e a elevação da qualidade destes ingredientes. Esta
iniciativa é importante em dois aspectos, o nutricional
e o ambiental. Do ponto de vista nutricional, a indústria
Petfood terá ingredientes de melhor qualidade a
baixo custo relativo, do ponto de vista ambiental,
considerando o elevado poder poluente dos resíduos de
frigoríf icos, sua correta transformação em subprodutos
Figura 2: Análise de correlação entre o custo de ingredientes
protéicos (n=7) e fontes de carboidratos (n=8) e seus respectivos
coeficientes de digestibilidade aparente da matéria orgânica.
viáveis na cadeia produtiva comofarinhas de origem
animal representa o aproveitamento quase total dos
alimentos produzidos nos frigoríf icos.
Nas formulações de alimentos úmidos são
empregados principalmente cortes e produtos cárneos
não utilizados na alimentação humana, exceto o fígado
e a carne mecanicamente separada. Porém, mesmo
que estes ingredientes sejam considerados partes não
comestíveis ou não preferíveis por humanos, seus
coef icientes de digestibilidade são elevados para cães
(Tabela 2), superiores aos de alimentos secos e próximos
da digestibilidade de alimentos caseiros.
A utilização de alimentos úmidos, pensando nas
preferências alimentares dos animais, representa
um grande salto em termos de palatabilidade. Desta
forma, têm-se produtos de elevada digestibilidade e
palatabilidade, sem necessariamente sobrepor-se com o
mercado de carnes para humanos. No entanto, o custo
para o consumidor (R$ por kilograma de matéria seca)
de um alimento úmido é aproximadamente o dobro
do de um alimento seco Superpremium. Nos países
desenvolvidos pode-se verif icar que o percentual de
animais alimentados com alimentos úmidos é superior
ao dos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.
Talvez esta seja uma tendência para o mercado nacional
nos próximos anos.
Diferentemente dos alimentos secos e úmidos
enlatados, o segmento de alimentação natural para cães
e gatos utiliza nas formulações muitos alimentos em
comum com os consumidos na alimentação humana, tais
como lombo, músculo, peito de frango, coxa de frango,
fígado bovino, moela, coração, língua, entre outros.
Apesar destes serem produzidos aparentemente em
quantidade suf iciente para atender os dois segmentos
(alimentação humana e animal), caso esta realidade
venha a se consolidar, esta competição pode representar
uma ameaça de elevação dos custos da carne. Além
disso o uso destes alimentos apresenta alguns
inconvenientes somados ao elevado custo, tais como os
riscos microbiológicos da utilização de alimentos crus e
menor praticidade no fornecimento para os animais.
O Brasil, devido a sua localização geográf ica
e extensão, apresenta enorme riqueza de recursos
naturais, o que faz com que a produção agrícola e
Tabela 2: Digestibilidade aparente (%) de partes de frango
utilizadas na alimentação de cães e gatos (Tavares et al., 2010).
Dorso cozido
Pescoço cozido
Pés cozidos
ingrediente
91,07
89,66
78,75
matéria seCa
92,23
93,50
93,70
Proteína bruta
99,46
99,32
98,80
extrato etéreo
pecuária seja bastante diversif icada. Por este motivo,
são inúmeras as possibilidades de uso de ingredientes
alternativos para a alimentação animal. Regionalmente
tem-se produções diversif icadas e as indústrias locais
podem se aproveitar para utilizar ingredientes de boa
qualidade e baixo custo. Para isto há a necessidade de
um corpo técnico especializado e mais pesquisas na
área de ingredientes para a alimentação de cães e gatos.
Co-produtos e subprodutos ainda pouco empregados na
alimentação de cães e gatos são o o feijão, o milheto, a
batata, o café, frutas regionais, a mandioca, o triiticale,
entre outros. Maior problema nas formulações é a
proteína, com poucas alternativas atualmente à carne,
ao frango e a soja.
A intensificação de pesquisas na área de ingredientes,
a exemplo de outros setores da nutrição animal, poderá
fornecer dados importantes aos formuladores de alimentos
para cães e gatos, como teores práticos de inclusão de
ingredientes nas formulações, limites recomendados
de adição de ingredientes alternativos, efeitos destes
ingredientes nos processo de extrusão, etc., tornando
ainda mais sinérgica e mutualística a relação entre cães,
gatos, homem e seus alimentos.
Pode-se verificar que atualmente a produção de
alimentos para cães, gatos e homem tem estabelecido
relações sinérgicas (cooperativas) e mutualísticas
(interação entre espécies que se beneficiam reciprocamente)
no uso conjunto dos recursos alimentares e ingredientes,
contribuindo para a eficiência econômica e ambiental
do ecossistema industrial, reduzindo ainda a emissão
potencial de poluentes na natureza. Historicamente, a
domesticação de cães ocorreu pela troca do fornecimento
de alimentos pelos humanos aos animais - na época
sobras de comida - pela vigia das aldeias e auxílio na
caça de outros animais pelos cães. Parece que esta
relação não se modif icou substancialmente, exceto
pela funcionalidade, pois agora os cães ocupam mais
uma função sentimental e afetiva do que funcional.
Com relação à alimentação, no entanto, os alimentos
para cães e gatos continuam a ser produzidos com
ingredientes derivados do processamento de alimentos
para o homem, apesar desta tarefa ter sido transferida
da residência para a indústria de alimentos balanceados.
Esta relação mutualistica é de grande importância do
ponto de vista de uso dos recursos sem competição.
Ricardo S. Vasconcellos - docente do Centro de Ciências
Agroveterinárias da Universidade Estadual de Santa Catarina
(CAV-UDESC)
Aulus C. Carciofi – docente da Faculdade de Ciências Agrárias e
Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (FCAV-UNESP)
64 65Caderno Técnico 3
Influências na Avaliação da Palatabilidade ara painéis (grupos) de teste de palatabilidade, o controle
e a estabilidade de parâmetros ambientais e a precisão
dos protocolos são elementos chave para o alcance de
resultadosconsistentes de palatabilidade. Porém, mesmo com
o pleno controle desses elementos, algumas influências podem
interferir quando trabalhando com painéis de animais, mesmo
considerando-se instalações avançadas. Essas influências podem
distorcer de maneira significativa a interpretação dos resultados
alcançados. “Uma das responsabilidades de nossos especialistas
em avaliações e em comportamento animal é melhorar de forma
contínua os protocolos para que as influências sejam eliminadas
o máximo possível” afirma Christelle Tobie, Gerente de
Comunicação da Panelis na França, sede da empresa.
Como explicar que o mesmo teste repetido em dois
diferentes painéis possa algumas vezes apresentar diferentes
resultados? Em 2004, o Panelis ressaltou que fortes hábitos
alimentares desempenham um papel importante na escolha
do alimento pelos animais (Larose, PFI set. 2004). Assegurar
uma diversidade de alimentos foi proposto como solução. O
passado alimentar e o desenvolvimento de hábitos alimentares
em animais podem, com frequência, explicar as discrepâncias
entre os painéis. Além disso, metodologias com pequenas
variaçõestambém contribuem com o efeito indesejado. Para
evitar tais efeitos, torna-se de fundamental importância a
padronizaçãodos painéis de teste.Neste contexto, o Panelis
busca apresentar aos animais a maior diversificação alimentar
possível, sempre respeitando sua fisiologia e bem estar.
Padronização também significa uma escolha aleatória de painéis
selecionados para cada teste. Por fim, para a eliminação de
influências, o Panelis implantou uma avaliação de palatabilidade
com subgrupos de animais de diferentes centros de teste. Dessa
forma o painel é composto por animais com passado alimentar
ou hábitos alimentares diferentes. Esse painel virtual pode ser
adequado em subgrupos ou mesmo em nível individual. Essa
solução possui ainda a vantagem de não mover fisicamente os
animais, o que poderia criar distúrbios adicionais.
Outros tipos de distúrbios ainda podem surgir. Para
evitar tendências de lateralização, ou seja, a escolha do
alimento baseada em sua posição, o Panelis desenvolveu um
Índice de Lateralização para controlar essa influência em
testes versus. “O Índice de lateralização é calculado a cada 3
meses” afirma Carla Tanaka, supervisora do Panelis América
Latina, situado em Descalvado. Ele considera – continua ela - a
frequência de ingestão significativamente mais alta observada
em um dos lados durante a alimentação do animal. Essa
metodologia objetiva a remoção de animais que apresentam
índice de lateralização fortemente grave, ou seja, animais com
índice superior a 70% em dois trimestres consecutivos. Este
protocolo identifica os “true position eaters” [comedores de
posição real], aqueles que possuem preferência por um lado,
independente do produto ou outras condições presentes no
contexto das avaliações.
A relação entre os controles de influência e a
confiabilidade dos resultados é reconhecida e direcionada.
Além disso, a possibilidade de controlar as influências
presentes na avaliação de preferência alimentar possibilita a
introdução de novas ferramentas de avaliação, mensuração
ou a combinação de diferentes métodos para assegurar
a consistência dos resultados.O desenvolvimento de
especialistas no campo de avaliação de palatabilidade é
inerente à contínua melhoria das metodologias. “Este é o
objetivo diário da Panelis”, conclui Carla Tanaka.
P
66 67
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3ª capa
2ª capa49
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Tipo de Empresa:( ) Fábrica de Ração ( ) Palatabilizantes( ) Vitaminas e Minerais( ) Aditivos e Anti-Oxidantes( ) Veterinários( ) Zootecnista( ) Pet Shop( ) Farmacologia( ) Corantes( ) Embalagens ( ) Graxaria Independente ( ) Graxaria / Frigorífico( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas( ) Prestadores de Serviços( ) Consultoria / Assessoria( ) Universidades / Escolas( ) Outros
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