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ALINE FLOR
CARACTERÍSTICAS E COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS DE CRIANÇAS
PORTADORAS DE ENCEFALOPATIA CRÔNICA DA INFÂNCIA ATENDIDAS NA
APAE DE TUBARÃO - SC
Tubarão, 2006
ALINE FLOR
CARACTERÍSTICAS E COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS DE CRIANÇAS
PORTADORAS DE ENCEFALOPATIA CRÔNICA DA INFÂNCIA ATENDIDAS NA
APAE DE TUBARÃO - SC
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Fisioterapia como requisito à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia
Universidade do Sul de Santa Catarina
Orientadora Profª. Esp. Dayane Montemezzo
Tubarão, 2006
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho, à minha mãe Glória, onde mesmo com a
ausência de meu pai ela me trouxe todos os ensinamentos e
valores que foram primordiais para que eu me tornasse uma
pessoa responsável e sobre tudo feliz.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por estar sempre ao meu lado,
guiando meus passos e me dando forças para prosseguir mais
essa jornada.
A minha mãe, Glória pessoa importante de todo este trajeto, e
da minha vida.
Aos meus padrinhos Juarez e Lúcia que me deram a
oportunidade de realizar este sonho e por acreditarem em mim.
Ao meu namorado Ângelo, por estar sempre ao meu lado me
dando forças, carinho e dedicação.
Áquelas pessoas que me auxiliaram na construção desse
trabalho, como os meus amigos e colegas que partilharam
comigo idéias e produziram críticas.
Em especial à figura dos colegas Amanda Camilo e Guilherme
Miranda Sampaio, que me entenderam e passaram pelos
mesmos momentos que eu.
À minha orientadora, Dayane Montemezzo pela orientação
cuidadosa e prestativa com que tem me conduzido nesta etapa
acadêmica. Meu agradecimento muito especial para essa pessoa
que soube dar apoio e atenção num momento de tantas dúvidas
e inseguranças.
Aos professores Júlio César de Oliveira Araújo e Fabiana
Durante de Medeiros por fazerem parte da banca e por
contribuir como professores em minha formação acadêmica.
RESUMO
Os objetivos específicos da pesquisa foram: identificar o gênero de maior prevalência da ECI; classificar a ECI quanto à gravidade, qualidade e distribuição do tônus; identificar a freqüência e o tipo de tosse; registrar os episódios de sibilância, pneumonia e refluxogastroesofágico (RGE); identificar o hábito de tabagismo nos cuidadores; classificar o tipo de tórax; identificar o padrão ventilatório; registrar os sinais de desconforto respiratório. Através deste estudo, estima-se identificar as características respiratórias dos portadores de Encefalopatia Crônica da Infância (ECI) que freqüentam a APAE de Tubarão, SC. O presente estudo trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, com amostra constituída por 10 (dez) pacientes da APAE de Tubarão, SC, atendidos pelos acadêmicos da disciplina de Fisioterapia Aplicada à Pediatria II, do curso de Fisioterapia da UNISUL - Campus Regional Sul. Os instrumentos utilizados para a presente pesquisa foram: ficha de coleta de dados, elaborado especificamente para este estudo; contendo dados de identificação da criança, questionamentos da anamnese e os procedimentos do exame físico. Após a análise e discussão dos dados, 7 crianças, pertencem ao gênero masculino, e do conjunto de crianças envolvidas nesta análise, com relação a distribuição de tônus todas apresentavam quadriplegia, e quanto a qualidade de tônus e a gravidade, 1 atetóide leve , 1 ataxica leve, 1 hipotônica leve, 1 atetóide moderado, 1 hipotônico moderado, 2 hipotônicos graves, 1 misto grave, 1 distônico grave, 1 espástico grave, quanto aos sinais fisiopatológicos como a tosse 4 crianças apresentaram raramente episódios, destas 1 apresentou história de pneumonia e 1 refluxogastroesofágico, quanto ao tipo de tórax, 7 crianças não apresentaram qualquer particularidade, analisado o ritmo respiratório, 8 crianças, apresentam o ritmo respiratório regular, com relação ao padrão ventilatório, 5 crianças, apresentavam padrão ventilatório diafragmático. Sugere-se aos pais e cuidadores, a observação dessas crianças durante alimentação diária, pois as mesmas podem apresentar episódios de tosse, podendo ocorrer pneumonia aspirativa e outras complicações respiratórias. Palavras-chave: encefalopatia crônica da infância, características respiratórias, pacientes pediátricos.
ABSTRACT
The physiotherapist contributes actively in the attendance to children and adolescents that frequent schools and entities as the (Association of Parents and Exceptional Friends) APAE, just not acting in the motive dysfunctions as well as in the breathing ones. Through this study, considered to identify the breathing characteristics of the carriers of Chronic Encephalopathy of the Childhood (ECI) that frequent APAE of Tubarão, SC. The present study is a research of descriptive character, with sample constituted by 10 (ten) patient of APAE of Tubarão, SC, assisted by the academics of the discipline of Applied Physiotherapy to the Pediatric II, of the course of Physiotherapy of UNISUL - South Regional Campus. The instruments used for to present he/she researches they were: record of collection of data, specifically elaborated for this study; contends data of the child's identification, questions of the anamnese and the procedures of the physical exam. After the analysis and discussion of the data, 7 children, they belong to the masculine gender, and of the children's group involved in this analysis, with relationship the tonus distribution everybody presented quadriplegic, and as the tonus quality and the gravity, 1 light atetóide, 1 light ataxica, 1 light hipotonic, 1 moderate atetóide, 1 moderate hipotonic, 2 serious hipotonics, 1 mixed serious, 1 serious distonic, 1 serious espastic, with relationship to the signs fisiopatológic as the cough 4 children rarely presented episodes, of 1 o'clock it presented pneumonia history and 1 gastroesophageal reflux, with relationship to the thorax type, 7 children didn't present any particularity, analyzed the breathing rhythm, 8 children, they present the breathing rhythm to regulate, with relationship to the standard ventilatoriy, 5 children, they presented standard ventilatory diafragmatic. He/she suggests himself to the parents and caretakers, the those children's observation during daily feeding, because the same ones can present cough episodes, could happen pneumonia from aspirtion and other breathing complications. Word-key: chronic Encephalopathy of the childhood, pediatric breathing, patient characteristics.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Distribuição da amostra quanto ao gênero ........................................................... 26
Gráfico 2 – Distribuição da amostra quanto ao tipo de tórax.................................................. 28
Gráfico 3 – Distribuição da amostra quanto ao ritmo respiratório .......................................... 28
Gráfico 4 – Distribuição da amostra quanto ao padrão ventilatório........................................ 29
Gráfico 5 – Distribuição da amostra quanto aos sinais de desconforto respiratório ............... 29
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Distribuição da amostra de acordo com a classificação da Paralisia Cerebral..... 26
Quadro 2 - Distribuição quanto aos sintomas fisiopatológicos respiratórios.......................... 27
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10
2 AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS NA PARALISIA
CEREBRAL ............................................................................................................................ 13
2.1 Encefalopatia Crônica da Infância (ECI)....................................................................... 13
2.2 Pneumonia......................................................................................................................... 15
2.3 Refluxo gastroesofágico (RGE......................................................................................... 16
2.4 Derrame pleural parapneumônico.................................................................................. 17
2.5 Desvios posturais ............................................................................................................. 18
2.6 Tosse................................................................................................................................... 19
2.7 Mecânica ventilatória ....................................................................................................... 19
2.8 Tipos de tórax....................................................................................................................20
2.8.1 Tórax em tonel.................................................................................................................21
2.8.2 Tórax péctus escavatum...................................................................................................21
2.8.3 Tórax assimétrico.............................................................................................................21
2.8.4 Tórax em ampulheta.........................................................................................................21
3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO .......................................................................... 22
3.1 Caracterização da pesquisa ............................................................................................. 22
3.2Amostra .............................................................................................................................. 22
3.3 Instrumentos utilizados para coleta de dados ................................................................ 23
3.4 Procedimentos utilizados para coleta de dados ............................................................. 23
3.5 Análise e interpretação dos dados ................................................................................... 24
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS......................................................................... 25
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................................... 30
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................. 34
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 37
APÊNDICES ........................................................................................................................... 40
APÊNDICE – Ficha de coleta de dados .................................................................................. 41
ANEXOS ................................................................................................................................. 44
ANEXO – Termo de consentimento ........................................................................................ 45
1 INTRODUÇÃO
O fisioterapeuta contribui ativamente na assistência a crianças e adolescentes que
freqüentam escolas e entidades como a APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais),
não apenas atuando nas disfunções motoras como também nas respiratórias. Preparando essas
crianças para as atividades e habilidades funcionais, procurando adequar a idade cronológica e
motora, melhorando a qualidade dos movimentos, controle da postura, equilíbrio e
coordenação. Associado a intervenção na biomecânica respiratória consegue-se também
minimizar os transtornos respiratórios, adequando sua dinâmica, tornando melhor o
desempenho de todas as outras funções, prevenindo as infecções respiratórias e aumentando
os espaços das intercrises.
Dessa forma, pode-se perceber a importância da intervenção fisioterapêutica na
manutenção da saúde das crianças institucionalizadas, prevenindo possíveis danos decorrentes
da doença, ao desenvolvimento psicomotor, nas relações sociais e afetivas, através da
utilização de seus recursos terapêuticos.
Dentre as doenças da infância que podem acarretar em alterações neurológicas,
conforme Barbosa (2002), destacam-se Paralisia Cerebral (PC), ou também chamada de
Encefalopatia Crônica da Infância (ECI), as síndromes neurológicas e as síndromes genéticas.
Nesse contexto, os cuidados proporcionados pela fisioterapia respiratória também
objetivam a prevenção de complicações pulmonares, que se apresentam muito freqüentes nas
crianças portadoras de neuropatias. As afecções respiratórias mais comumente desenvolvida
pelos encefalopatas são devido as alterações que tais crianças apresentam na sua
morfodinâmica toracopleuropulmonar, associada a outros fatores que podem estar presentes.
Essas afecções são responsáveis pelo atraso na evolução do tratamento e, por muitas vezes
podem levar a lesões pulmonares irreversíveis, a internações hospitalares freqüentes, a
elevada morbidade e, até mesmo, ao óbito (BARBOSA, 2002).
A incidência de Encefalopatia Crônica na Infância, no Brasil, tem mudado muito
pouco nos últimos 40 anos, apesar dos avanços tecnológicos. O índice de incidência tem sido
estimado entre 2 a 5 por 1.000 nascidos vivos. No primeiro ano de vida, o índice estimado é
de 5,2 por 1.000, porém no sétimo ano de vida, o índice é de 2 por 1.000 nascidos vivos
(BARBOSA, 2002).
Conforme Leite e Prado (2004), a incidência das encefalopatias crônica da infância
moderadas e severas estão entre 1,5 e 2,5 por 1000 nascidos vivos nos países desenvolvidos;
porém há relatos de incidência geral, incluindo todas as formas que ficam em torno de 7 por
1000. Nestes países, calcula-se que em relação às crianças em idade escolar freqüentando
centros de reabilitação, a prevalência seja de 2 por 1000. No Brasil não há estudos
conclusivos a respeito e a incidência depende do critério diagnóstico de cada estudo, sendo
assim, presume-se uma incidência elevada devido aos poucos cuidados com as parturientes.
A ECI por apresentar o maior número de portadores refere-se aos quadros em que
os danos neurológicos instalaram-se durante o período pré-natal, perinatal ou pós natal, o que
resulta em distúrbios do movimento e/ou da postura, que, por sua vez, podem afetar a fala, a
deglutição e a respiração. Devido a incoordenação neuromuscular, durante o processo de
deglutição, poderá haver problemas adicionais, como vômitos, engasgos, aspiração traqueal,
refluxo gastroesofágico e pneumonia aspirativa (LEVY; OLIVEIRA, 2004).
Contudo, considerando a reflexão exposta acima, faz-se necessário conhecer as
características e manifestações respiratórias desta população com necessidades especiais e
com suas particularidades a fim de traçar os melhores objetivos e uma proposta terapêutica
adequada, o que provavelmente prevenirá as complicações respiratórias e motoras, além de
orientar e esclarecer as dúvidas dos cuidadores.
De acordo com essa proposta, o objetivo geral deste estudo foi identificar as
características respiratórias dos portadores de ECI que freqüentam a APAE de Tubarão, SC.
Os objetivos específicos da pesquisa foram: identificar o gênero de maior prevalência da ECI;
classificar a ECI quanto à gravidade, qualidade e distribuição do tônus; identificar a
freqüência e o tipo de tosse; registrar os episódios de sibilância, pneumonia e
refluxogastroesofágico (RGE); identificar o hábito de tabagismo nos cuidadores; classificar o
tipo de tórax; identificar o padrão ventilatório; registrar os sinais de desconforto respiratório.
O presente estudo trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, com amostra
constituída por 10 (dez) pacientes da APAE de Tubarão, SC, atendidos pelos acadêmicos da
disciplina de Fisioterapia Aplicada à Pediatria II, do curso de Fisioterapia da UNISUL -
Campus Regional Sul. Além disso está subidividido em 6 (seis) capítulos. O primeiro consta
da apresentação do problema, a justificativa e os objetivos do estudo. O segundo capítulo fala
das principais complicações respiratórias na ECI, descritos nos seguintes subitens:
pneumonia, refluxo gastroesofágico, derrame pleural parapneumônico, desvios posturais,
tosse, mecânica ventilatória. O terceiro capítulo refere-se a delineamento metodológico, o
qual apresenta como foram realizados os procedimentos do estudo. O quarto mostra a
apresentação dos resultados referentes a pesquisa. No quinto capítulo será apresentado a
discussão dos resultados. E o sexto capítulo são as considerações finais sobre o trabalho.
2 AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS NA ENCEFALOPATIA
CRÔNICA DA INFÂNCIA ( ECI )
Este capítulo estará descrevendo as principais características e complicações
respiratórias encontradas na ECI. Está subdividido em: ECI, pneumonia, refluxo
gastroesofágico, derrame pleural parapneumônico, desvios posturais, tosse, mecânica
ventilatória.
2.1 Encefalopatia Crônica da Infância
As enceflopatias crônicas da infância, conforme Lefèvre (1985), constituem uma
grande e heterogênea discussão na qual estão incluídas numerosas afecções, várias etiologias
e quadros clínicos diversos, apresentados como aspecto comum, o fato de acometerem o
Sistema Nervoso Central.
Segundo Behrman, Kliegman e Jenson (2002), a ECI é uma encefalopatia estática,
que pode ser definida como um distúrbio não progressivo da postura e dos movimentos, em
muitos casos associados a epilepsia e anormalidades da fala, visão e intelecto, resultante de
defeito ou lesão do cérebro em desenvolvimento.
Conforme Bobath SD, classifica-se ECI de acordo com três fatores: tono postural,
tipo de alteração de inervação recíproca e a distribuição da condição. Já Shepherd (1996),
classifica a ECI com base apenas nas partes do corpo afetada (quadriplegia, hemiplegia,
diplegia, monoplegia e triplegia) e nas descrições clínicas do tônus muscular e dos
movimentos involuntários (forma espástica, atetósica, hipotônica, atáxica e mista).
Para Rotta (2002), afirma que a ECI, pode ser classifica de várias formas, levando
em conta o momento lesional, o local da lesão, a etiologia, a sintomatologia ou a distribuição
topográfica, preferindo ainda a classificação baseada em achados anatômicos e clínicos, por
enfatizar o sintoma motor.
De acordo com Ratliffe (2000), a ECI é classificada qanto a qualidade do tônus
muscular ou do movimento (espasticidade ou hipertonia, hipotonia, tônus flutuante ou atetose,
ataxia, rigidez e misto); do padrão de comprometimento motor (monoplegia, hemiplegia,
diplegia, paraplegia, triplegia e tetraplegia) e pela sua gravidade da deficiência sob o ponto de
vista funcional (leve, moderada e grave).
Classificação da ECI Qualidade do tônus Padrão de expressão Região de comprometimento
Muscular motora cerebral Gravidade
Comprometimento de Hipotônico todo o corpo Generalizado Leve Rígido ___________________________ ou Atáxico Extrapiramidal Cerebelar Moderado Tônus ___________________________ Flutuante/atetóide/dis tônico Extrapiramidal Glânglios basais ou __________________________________________________________________ Espástico Hipertônico Monoplegia Piramidal Grave Diplegia/paraplegia Tractos motores Hemiplegia Triplegia Tetraplegia __________________________________________________________________ Misto Múltiplas regiões Fonte: RATLIFFE. K. T. Fisioterapia clínica pediátrica: guia para a equipe de fisioterapeutas. São Paulo: Santos. 2000. p.179.
O encefalopata em geral apresenta no sistema imunológico um déficit
característico de desordem, no entanto a maioria faz uso de medicamentos potentes,
principalmente aqueles para controle de crises convulsivas e que além de outros efeitos
colaterais, deprimem ainda mais o sistema deficitário e contribui para o aumento de secreção
broncopulmonar, o que faz com que favoreça o aparecimento de diversas outras patologias, e
principalmente, afecções respiratórias comuns aos encefalopatas (BARBOSA, 2002).
2.2 Pneumonia
A incidência das pneumonias depende das características nutricionais e
imunitárias, assim como a idade da criança. A infecção pulmonar aguda é geralmente de
moderada gravidade, mas em alguns casos é necessário o tratamento hospitalar (ROZOV,
1986).
As pneumonias podem ser causadas por vários agentes infecciosos, processos
inflamatórios e por substâncias tóxicas que são inaladas ou aspiradas. A causa mais comum de
pneumonia é infecção viral, as infecções bacterianas são responsáveis por apenas 10 a 30% de
todas as pneumonias pediátricas (BEHRMAN; KLIEGMAN; JENSON, 2004).
As pneumonias de repetição são afecções comuns em pacientes neurológicos, as
quais são desencadeadas pela alterações apresentadas, associadas a fármacos potentes dos
quais fazem uso, como os anticonvulsivantes que podem atuar dificultando a mobilidade ciliar
da árvore respiratória e propiciando o desenvolvimento de infecções (BARBOSA, 2002).
Como os distúrbios da deglutição são bastante freqüentes nos pacientes
neurológicos, as pneumonias aspirativas podem ter várias causas; porém, sua forte associação
com disfagia pode trazer complicações clínicas, tais como pneumonias bacterianas de
repetição, isso dependendo do volume e da constância da aspiração (CURADO; GARCIA;
FRANCESCO, 2005).
2.3 Refluxo gastroesofágico (RGE)
O refluxo gastroesofágico é um dos problemas desafiadores, quanto ao diagnóstico
e tratamento, pois existem muitos fatores que implicam em sua etiologia e que isoladamente
podem ser responsáveis pela doença, esse fenômeno é reconhecido como causalidade
multifatorial (TARANTINO, 1997).
O refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago é um evento fisiológico. Durante o
período de desenvolvimentos todas as crianças apresentam algum grau de refluxo, podendo
levar a algumas complicações associadas como: atraso no desenvolvimento pondo-estatural,
anemia, estenose esofágica, distúrbios respiratórios. O diagnóstico na criança depende da
idade e da apresentação inicial da doença. A relação entre o refluxo e as manifestações
clínicas devem ser amparadas em observações clínicas detalhadas, algumas vezes com a
criança internada, e em testes terapêuticos ou, se necessário, por exames complementares
(MARCONDES et al, 2003).
O refluxo gastroesofágico, pode causar doenças respiratórias crônicas através de
alguns mecanismos como, aspiração de quantidades pequenas ou significativas do conteúdo
gástrico para as vias aéreas superiores e pulmões, o que resultará em pneumonias aspirativas,
mais comuns em crianças que apresentam distúrbios de deglutição ocasionando uma reação
inflamatória secundária e acidificação intratraqueal que pode desencadear broncoespasmo
(NORTON; PENNA, 2000).
No tratamento, conforme Ratliffe (2000), a intervenção médica com fármacos,
podem diminuir os sintomas, também pode ser utilizado espessamento dos alimentos, o que
proporcionará a diminuição da incidência de êmese, e propiciará um sono mais tranqüilo e
menor irritabilidade. Embora possa não se obter a diminuição real da incidência do refluxo
gastroesofágico.
A fisioterapia pode atuar na prevenção no refluxo gatroesofágico, tranqüilizando
os pais e orientando-os quanto ao posicionamento da criança após a alimentação.
2.4 Derrame pleural parapneumônico
O derrame pleural associado à pneumonia é denominado derrame pleural
parapneumônico. Esse derrame é classificado como complicado e não complicado. O derrame
parapneumônico não complicado é um derrame não purulento, do tipo exsudativo, que em
geral, é reabsorvido com o tratamento antibiótico. O derrame parapneumônico complicado é
purulento, uma vez que possui acúmulo de pus intrapleural, é definido como empiema.
Independentemente da presença ou não de pus, o derrame complicado deve ser tratado
adequadamente, pois pode evoluir para uma supuração franca. A detecção do derrame
parapneumônico complicado carrea aumento significativo da morbidade e mortalidade, e sua
presença sempre requer drenagem cirúrgica (FRAGA; LIMA; SCHOPF, 1999).
O tratamento dos derrames parapneumônicos depende da identificação dos
microorganismos responsáveis, no escarro, no sangue ou líquido pleural. Quando um derrame
se transforma em empiema e não é feita uma drenagem cirúrgica, o líquido é eliminado
através de fístula pleurobrônquica, ou pela formação de um empiema de necessidade
(TARANTINO, 1997).
2.5 Desvios posturais
Os desvios posturais podem provocar mudanças importantes da função
respiratória. Quando são prolongados, os músculos e os ligamentos tendem a adaptar os seus
comprimentos à posição habitual, mantida pelas articulações, o que pode levar a uma
limitação ainda maior da função respiratória (SLUTZKY, 1997).
A rigidez do tônus, a interferência reflexa leva a posturas fixadas e as assimetrias,
associadas à pobreza de sua movimentação, contribuem para o desenvolvimento de
deformidades ósseas, alterações estruturais e encurtamentos e/ou retrações musculares
(BARBOSA, 2002).
As curvaturas anormais da coluna vertebral, interferem no sistema respiratório
algumas são a escoliose, a hipercifose e a cifoescoliose, todas em nível torácico. Esses desvios
provocam deficiência na expansibilidade torácica, interferindo negativamente na
complacência toracopulmonar e na ventilação dos pulmões, isso diminui a capacidade vital.
Em casos mais avançados, ocorre obstrução dos brônquios quando estes se tornam
comprimidos pelos grandes vasos, que se deslocam em posições anormais em relação as vias
aéreas (BEHRMAN; KLIEGMAN; JENSON, 2004; COSTA, 1999).
A desordem neuromotora acarreta em alterações também ao nível respiratório,
devido, inclusive, as modificações que acometem o tórax, sendo estas passíveis de ser
modificadas na íntegra ou não, através da intervenção terapêutica embasada na biomecânica
respiratória (BARBOSA, 2002).
2.6 Tosse
A tosse é um dos sintomas mais comuns em todas as idades, resulta de estimulação
de receptores de irritação, na mucosa das vias aéreas e em outros locais. A maioria dos casos
de tosse associa-se a infecção respiratória e tende a ceder com a resolução da infecção. A
tosse que começa prontamente e se associa a uma infecção viral não exige investigação, mas a
que persiste mais de 4-6 semanas e não está associada a sintomas de infecção viral exige uma
investigação (BEHRMAN; KLIEGMAN; JENSON, 2004).
De acordo com Azeredo (2000), a tosse protege os tratos respiratórios inferiores de
aspiração e provê uma forma de limpeza nas secreções armazenadas e de corpos estranhos
presentes nas vias aéreas, sendo uma manifestação cardinal de muitas complicações
pulmonares. O mesmo autor ainda confirma que o mecanismo da tosse consiste basicamente
em um ato reflexo que ascende de um estímulo irritativo de receptores localizados na faringe,
na laringe, na traquéia e nos brônquios.
2.7 Mecânica ventilatória
Nos pacientes neurológicos a redução da complacência da parede torácica pode ser
relacionada a alterações do tônus dos músculos respiratórios e, em alguns casos, a ineficiência
mecânica da inspiração. A combinação de fraqueza dos músculos respiratórios com uma baixa
complacência dos pulmões e parede torácica leva a um aumento da freqüência respiratória e a
uma diminuição do volume corrente. Como isso a proporção do espaço morto em relação ao
volume corrente aumenta e cai a ventilação alveolar (SHNEERSON, 1993).
A inadequação da função muscular respiratória, seja por disfunção neuromuscular
primária, deformidade da caixa torácica, diminuição das trocas gasosas decorrentes de
processos cirúrgicos ou traumáticos, doença pulmonar obstrutiva crônica, diminuição da
complacência pulmonar, severo distúrbio do sono e/ou a combinação de todos estes fatores,
leva a atelectasia e hipoventilação pulmonar, além de aumentar, demasiadamente, o trabalho
dos músculos respiratórios (SLUTZKY, 1997).
A capacidade dos músculos respiratórios de ventilar os pulmões adequadamente
depende tanto das propriedades contráteis dos músculos quanto das propriedades mecânicas
da parede torácica e pulmões. Muitos dos distúrbios dos músculos respiratórios apresentam
uma evolução prolongada que caracteriza proeminentemente uma fraqueza muscular
respiratória causada por patologias neurológicas (SHNEERSON, 1993).
Uma especial preocupação com ECI é a movimentação coordenada do tórax que
ocorre durante o ciclo respiratório, pois devido a algumas disfunções da caixa torácica,
tendem a ter uma dificuldade de manter a ativação muscular. Com o resultado, há uma
diferença na movimentação da parede torácica durante a inspiração, causando esforços
respiratórios superficiais (TECKLIN, 2002).
Além disso, causa alterações no ritmo respiratório, que conforme Barbosa (2002),
refere-se ao tempo do ciclo respiratório no que diz respeito ao intervalo entre os tempos
inspiratórios e expiratórios, obtendo um ritmo regular ou irregular; e também alterações no
padrão ventilatório que de acordo com Barbosa (2002), refere-se à região torácica, ou seja,
regiões costal superior, região diafragmática e costo-diafrágmática onde tem-se a
movimentação tanto apical quanto abdominal.
2.8 Tipos de tórax
De acordo com Costa (1999), o tipo de tórax pode ser classificado de acordo com o
biótipo do indivíduo, não havendo uma relação destes com patologias respiratórias. O tórax
pode apresentar os seguintes tipos: em tonel, carinado, paralítico, assimétrico e em ampulheta.
2.8.1 Tórax em tonel
Esse tipo de tórax deve ser caracterizado ao seu eixo antero-posterior torna-se igual ou
maior que o eixo transversal, que normalmente é maior que o ântero-posterior, ocorrendo a
movimentação do tórax em bloco, exigindo uma ação contínua dos músculos acessórios da
respiração (COSTA, 1999).
2.8.2 Tórax péctus escavatum
Dentre os defeitos relacionados com o crescimento anormal das cartilagens, o péctus
escavatum, ou também chamado de tórax em funil é a deformidade mais freqüente e é
definido como a depressão da porção média ou inferior da região esternal no sentido da
coluna (REBEIS, 2005).
2.8.3 Tórax assimétrico
Conforme Costa (1999), esse tipo de tórax caracteriza-se pela depressão de uma das
regiões antero –laterais do gradil costal, enquanto o lado oposto permanece intacto ou mais
expandido que o normal. Esse tipo de tórax causa a redução do tamanho de um pulmão
levando à diminuição da capacidade vital.
2.8.4 Tórax em ampulheta
O tórax em ampulheta é caracterizado pela depressão bilateral da região antero-lateral
do gradil costal, no nível do sexto, sétimo e oitavo pares de costelas, com protrusão
acentuada, das cartilagens costais inferiores. Isso ocorre quando quando há desenvolvimento
despropocional entre o tórax e o abdome (COSTA, 1999).
3 DELINEAMENTO METODOLÓGICO
Neste capítulo estão descritos os procedimentos metodológicos para realização da
pesquisa incluindo a caracterização da mesma, à definição da amostra, à determinação dos
instrumentos de pesquisa e os procedimentos de coleta e análise dos dados.
O delineamento da pesquisa, para Gil (1999), refere-se ao planejamento da
pesquisa em sua dimensão mais ampla, que envolve a previsão de análise e interpretação dos
dados e considera o ambiente em que são coletados, bem como as formas de controle das
variáveis envolvidas.
3.1 Caracterização da pesquisa
A presente pesquisa trata-se de uma pesquisa descritiva clássica, que segundo
Gil(1999), tem como objetivo a descrição das características de determinada população ou
fenômeno ou estabelecimento de relações entre as variáveis.
3.2 Amostra
A amostra sujeita a pesquisa foi composta por dez crianças de ambos os gêneros
com diagnóstico de ECI, independente da classificação, matriculadas na APAE de Tubarão,
SC e atendidas pelos acadêmicos da disciplina de Fisioterapia Aplicada a Pediatria II, do
curso de Fisioterapia da UNISUL – Campus Regional Sul, durante o segundo semestre letivo
de 2005.
Os critérios de inclusão dos indivíduos na amostra compreenderam crianças
portadoras de ECI com diagnóstico clínico e fisioterapêutico, matriculadas na APAE, e
atendidas pelos acadêmicos da disciplina de Fisioterapia Aplicada a Pediatria II, do curso de
Fisioterapia da UNISUL – Campus Regional Sul. Para a autorização e participação da criança
no estudo os pais ou cuidadores assinaram um Termo de Consentimento (Anexo).
3.3 Instrumentos utilizados para coleta de dados
Os instrumentos utilizados para a presente pesquisa foram: ficha de coleta de
dados, elaborado especificamente para este estudo (Apêndice); contendo dados de
identificação da criança, questionamentos da anamnese e os procedimentos do exame físico.
Também foi utilizado estetoscópio da marca Litman®, para identificar a ausculta pulmonar.
3.4 Procedimentos utilizados para coleta de dados
Após a devida autorização da instituição para o desenvolvimento da pesquisa com
a seleção das crianças, a pesquisadora elaborou uma ficha de coleta de dados contendo os
itens como dados de identificação, anamnese e exame físico. Em seguida procedeu-se a
entrevista com os pais ou cuidadores pelas crianças, nas dependências do setor de Fisioterapia
da APAE e obteu-se as informações necessárias para anamnese, como: investigação da
história familiar, história mórbida pregressa e atual, história ambiental; descrição das
medicações em uso no momento da entrevista; registro dos episódios de tosse, a freqüência,
período do dia em que aparece e o tipo; registro da ocorrência de sibilância, pneumonia, RGE,
identificação de história de tabagismo passivo.
Posteriormente, foi realizado nas crianças o exame físico, através dos quais foram
avaliados os seguintes dados: estado de consciência da criança; postura adotada por ela;
presença de cicatrizes ou incisões; uso de aparelhos como órteses, cadeira de rodas ou sonda;
o tipo de tórax; o ritmo respiratório; padrão ventilatório; presença de sinais de desconforto
respiratório e frêmito torácico; expansibilidade torácica; ausculta pulmonar e percussão
torácica diagnóstica.
A coleta de dados foi desenvolvida no setor de Fisioterapia da APAE de Tubarão,
SC, com alunos portadores de ECI atendidos pelos acadêmicos da disciplina de Fisioterapia
Aplicada a Pediatria II, do curso de Fisioterapia da UNISUL – Campus Regional Sul, no
período matutino, de 07 de novembro de 2005 a 08 de dezembro de 2005.
3.5 Análise e interpretação dos dados
O dados coletados foram organizados e apresentados em quadros e gráficos;
analisados e interpretados através da estatística descritiva a fim de avaliar o perfil respiratório
de pacientes pediátricos portadores de ECI, atendidos pelos acadêmicos da disciplina de
Fisioterapia Aplicada a Pediatria II, no segundo semestre letivo de 2005.
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
No presente capítulo serão apresentados os resultados obtidos com a coleta de
dados referentes as variáveis em estudo: gênero, classificação da ECI, presença de sibilos,
episódios de pneumonia e RGE, história de tabagismo passivo, tipo de tórax, ritmo
respiratório, padrão ventilatório e sinais de desconforto respiratório. Para facilitar a
compreensão os dados serão analisados pela visualização de figuras referentes a gráficos ou
tabelas.
A amostra deste estudo foi constituída por 10 (dez), crianças atendidas pelo setor
de Fisioterapia da UNISUL, na APAE de Tubarão, SC. A seguir, apresentaremos os achados
referentes ao gênero.
Em relação ao gênero, o gráfico 1 demonstra que das 10 crianças que participaram
da amostra, 70%, correspondendo a 7 crianças, pertencem ao gênero masculino e 30%,
correspondendo 3 crianças, ao gênero feminino.
30%70%
masculino
feminino
Gráfico 1 – Distribuição da amostra quanto ao gênero.
Quanto à classificação, a ECI é classificada conforme a gravidade, qualidade e
distribuição de tônus como se pode observar no quadro 1. Do conjunto de crianças envolvidas
nesta análise, foi possível observar que das 10 crianças, com relação a distribuição de tônus
todas apresentavam quadriplegia, e quanto a qualidade de tônus e a gravidade, 1 atetóide leve,
1 ataxica leve, 1 hipotônica leve, 1 atetóide moderado, 1 hipotônico moderado, 2 hipotônicos
graves, 1 misto grave, 1 distônico grave, 1 espástico grave.
INDIVÍDUO GRAVIDADE QUALIDADE DO TÔNUS DISTRIBUIÇÃO DO TÔNUS
1 Leve Atetóide Quadriplégico
2 Moderado Atetóide Quadriplégico
3 Grave Hipotônico Quadriplégico
4 Leve Ataxia Quadriplégico
5 Grave Misto Quadriplégico
6 Moderado Hipotônico Quadriplégico
7 Grave Hipotônico Quadriplégico
8 Grave Distônico Quadriplégico
9 Leve Hipotônico Quadriplégico
10 Grave Espástico Quadriplégico Quadro 1 – Distribuição da amostra de acordo com a classificação da Paralisia Cerebral.
De acordo com os dados apresentados no quadro 2, sobre a distribuição quanto aos
sintomas fisiopatológicos respiratórios utilizando a mesma amostra de 10 crianças foi possível
observar que 4 raramente apresentavam episódios de tosse, enquanto as outras 6 crianças não
apresentavam tosse. Sobre as 4 crianças que apresentavam tosse, referente ao tipo de tosse 2
eram seca e 2 do tipo produtiva com deglutição. Das 10 crianças analisadas apenas em 2
houve presença de história de sibilância, 4 com episódios de pneumonia, 1 com RGE e 2
possuiam história de tabagismo passivo.
INDIVÍDUO TOSSE TIPO DE TOSSE SIBILOS PNEUMONIA RGE FUMANTE
PASSIVO
1 raramente seca não não não sim
2 não não apresenta não não não não
3 não não apresenta sim sim não sim
4 não não apresenta não não não não
5 raramente produtiva/com deglutição não sim não não
6 não não apresenta não não não não
7 não não apresenta não não não não
8 raramente produtiva/com deglutição sim sim sim não
9 raramente seca não não não não
10 não não apresenta não sim não não
Quadro 2 - Distribuição quanto aos sintomas fisiopatológicos respiratórios.
A análise da amostra quanto ao tipo de tórax, fica evidente no gráfico 2 que, 70%,
correspondendo a 7 crianças, não apresentavam qualquer particularidade, enquanto 30%,
correspondendo a 3 crianças apresentavam tipo de tórax péctus escavatum.
30%70%
Péctus escavatum
Sem particularidades
Gráfico 2 - Distribuição da amostra quanto ao tipo de tórax.
No gráfico 3, utilizando a mesma amostra, quando analisado o ritmo respiratório,
obteve-se como característica que 80%, equivalente a 8 crianças, apresentam o ritmo
respiratório regular, enquanto 20% da amostra analisada, 2 crianças, apresentam um quadro
de ritmo respiratório irregular.
80%20%
Regular
Irregular
Gráfico 3 – Distribuição da amostra quanto ao ritmo respiratório.
Com relação da distribuição da amostra quanto ao padrão ventilatório, como
mostra no gráfico 4, o estudo mostrou que 50%, correspondendo a 5 crianças, apresentavam
padrão ventilatório diafragmático, 40%, correspondendo a 4 crianças, apresentaram padrão
ventilatório costo-diafragmático, 10%, correspondendo a 1 criança, apresentou padrão
ventilatório costal-superior.
40%
10%50%
Diafragmático
Costal-superior
Costo-diafragmático
Gráfico 4 - Distribuição da amostra quanto ao padrão ventilatório.
O gráfico 5, representa a distribuição da amostra quanto aos sinais de desconforto
respiratório, sendo que das 10 crianças analisadas, 80%, correspondendo a 8 crianças não
possuiam particularidades, 10%, correspondendo a 1 criança, apresentou tiragens e 10%,
correspondendo a 1 criança apresentou uso da musculatura acessória.
80%
10% 10%
Tiragens
Uso da MMAR
Gráfico 5 - Distribuição da amostra quanto aos sinais de desconforto respiratório.
5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo serão discutidos os resultados referentes ao gênero, a classificação
da ECI quanto a gravidade, qualidade e distribuição de tônus, sinais fisiopatológicos como
episódios e tipo de tosse, registro de ocorrência de sibilos, pneumonia e RGE, história de
tabagismo passivo; tipo de tórax, padrão ventilatório, ritmo respiratório e presença de
desconforto respiratório.
Em relação ao gênero da amostra deste estudo, observou-se a prevalência do
gênero masculino em relação ao gênero feminino na razão de 1F: 2,33M. Com base nos
resultados deste estudo, encontramos o gênero masculino com maior prevalência.
Marcondes et al (2003) e Ratliffe (2000), acrescentam que a real freqüência da
ECI não é bem definida pois depende de critérios de inclusão, que não são uniformes, além de
ser variável de região para região. Estima-se que por ano apareçam 4.500 novos casos de ECI
nos EUA, correspondente a 0,3% da população. A prevalência nos países desenvolvidos é de
1,5 a 2,5 por 1.000 crianças em idade escolar.
Um estudo realizado por Merritt (1977 apud UBALDO, 2002) foi verificado uma
prevalência aproximadamente igual em ambos os sexos.
Nos países em desenvolvimento a incidência de ECI é maior, devido as carências
nos cuidados perinatais e nos países industrializados a incidência varia entre 1,5 e 2,5 por
1.000 nascidos vivos (SOUZA; PIRES, 2003).
Com relação a APAE de Tubarão onde foi realizada a pesquisa, a instituição não
possui dados atualizados referentes a estas características para fornecer a pesquisadora.
Quanto a classificação da ECI, conforme Lefevre (1985), há controvérsia de
diversos autores, pois com a ausência de concordância decorre, dentre outras causas, da
utilização de denominações sem obediência a uma conceituação uniforme.
Conforme Barbosa (2002), a classificação baseia-se no envolvimento das
extremidades, tipo de alteração de tônus e as características dos movimentos involuntários,
porém conforme o desenvolvimento da criança, o tipo de disfunção motora pode mudar o
quadro neurológico da mesma.
Barbosa (2002), afirma que a espasticidade resulta do desequilíbrio entre ações das
formações facilitadoras e inibidoras dos centros supra-segmentares do tronco cerebral,
ocorrendo então rigidez das extremidades. A atetose ocorre devido a uma disfunção dos
gânglios da base, o que se observa são movimentos incoordenados constantes, comprometento
visivelmente a coordenação motora. A ataxia decorre, de uma lesão da regulação central do
controle motor no cerebelo e suas vias nervosas, também provocando coordenação motora
inadequada e prejuízo do equilíbrio. Na hipotonia há a impossibilidade total de vencer a
gravidade, neste caso o mecanismo de regulação da coordenação encontra-se interrompido. E
as formas de seqüelas mistas não são incomuns, porém são difíceis de serem identificadas,
apresentam também incoordenação motora, não por lesão cerebelar mas, pela possível
presença das distonias e discinesias.
Quanto aos sinais fisiopatológicos como a tosse 4 crianças apresentaram episódios
que conforme Costa (1999), é uma ação reflexa de defesa do organismo, onde é possível
expulsar as secreções acumuladas e as substâncias estranhas da árvore brônquica.
Azeredo (2000), acrescenta que muitos e variados métodos tem sido propostos
para resolver as complicações pulmonares, incluindo a melhoria da capacidade de tossir de
vários pacientes, pois muitas vezes possuem retenção de secreções e pneumonias que são
complicações respiratórias mais comuns que, associadas a perda da capacidade de tossir, se
tornam agravantes da capacidade e qualidade de vida.
Também de grande freqüência nestes pacientes são as pneumonias por aspiração,
tendo na amostra um número referente a 4 crianças, e destas uma apresentou RGE, que
segundo Barbosa (2002), podem ocorrer pela aspiração do refluxo gastroesofágico bastante
comum nos encefalopatas e por aspiração de corpos estranhos, devido à permanência de
algumas crianças no chão e à falta de cautela em relação aos objetos que as estejam
circundando. Além da presença do refluxo, a própria dificuldade na alimentação, com a
ocorrência de engasgos constantes, pela incoordenação entre a deglutição e a respiração,
inclusive, favorece a broncoaspiração de pequenas partículas de alimento, propiciando o
desenvolvimento de uma pneumonia química.
Dentre outros distúrbios neurológicos evidentes de deglutição, também
encontramos a disfagia, que conforme Rocha (1998), é a dificuldade de coordenação dos
movimentos de deglutição que afeta crianças e adultos, podendo ser congênita ou adquirida,
capaz de causar complicações e levar a aspirações silenciosas e, com isso, haver penetração
de saliva ou comida nas vias aéreas inferiores, podendo também, existir crescimento de
germes patológicos que causam pneumonia, levando o paciente, muitas vezes, à morte.
Quanto ao tabagismo passivo, 2 crianças apresentaram história, que conforme
Carvalho e Pereira (2002), a exposição do fumo ambiental está associada a morbidade e
mortalidade em crianças de baixa idade, apresentando tosse e infecções virais, e as mesma
estão mais propensas a sofrer infecções do trato respiratório inferior e superior.
Com relação ao tipo de tórax, apenas 3 crianças apresentaram o tipo péctus
excavatum, que conforme Costa (1999), caracteriza-se por uma depressão acentuada do osso
externo juntamente com as cartilagens costais, este tipo não está necessariamente relacionado
com uma outra patologia, mas, pelo fato de essa estrutura alterada comprimir as estruturas
pulmonares , poderá causar desvios anatômicos da árvore brônquica.
Quanto ao padrão ventilatório, foi observado que 50%, correspondendo, a 5
crianças apresentaram padrão ventilatório diafragmático que de acordo com Costa (1999), o
diafragma , músculo principal da respiração, não só é imprescindível à esta , como também
desempenha funções não só respiratórias, uma respiração diafragmática em repouso e
realizada corretamente, do ponto de vista toracopulmonar, deve, na fase inspiratória, expandir
inicialmente o tórax, em seguida o abdome e finalmente o tórax novamente.
Com relação ao ritmo respiratório, observou-se que 2 crianças apresentaram
alteração do padrão do ritmo respiratório, não sendo identificado o tipo, porém é comum em
pacientes neurológicos o ritmo de Biot (MARTINEZ; PÁDUA; FILHO, 2004). Com o
surgimento de tais alterações obrigatoriamente não implica na presença de sintomas de
desconforto respiratório mas, portanto, é conveniente comentar devido ao ritmo respiratório
irregular, as alterações podem associar-se com distúrbios fisiopatológicos, específicos e
receber denominações especiais, como taquipnéia ou bradipnéia (MARTINEZ; PÁDUA;
FILHO, 2004).
Conforme Barbosa (2002), com o desconforto respiratório na ECI possui um
prejuízo do tônus muscular, que, neste caso específico, leva a espasticidade, gerando pobreza
de movimentos e perda da sua qualidade – o que acarreta comprometimento das trocas nos
alvéolos, provocando um baixo suprimento de oxigênio ao organismo.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente capítulo refere-se à apresentação das conclusões estabelecidas, após
análise e discussão dos resultados, onde foi analisado nessa pesquisa o gênero de maior
prevalência da encefalopatia crônica da infância; classificação da ECI quanto à gravidade,
qualidade e distribuição do tônus; registro de freqüência e o tipo de tosse; registro dos
episódios de sibilância, pneumonia e RGE; identificação do hábito de tabagismo nos
cuidadores; classificação do tipo de tórax, padrão ventilatório; registro dos sinais de
desconforto respiratório.
Além disso o intuito desta pesquisa foi adquirir novos conhecimentos sobre as
características e o perfil respiratório das crianças portadores de encefalopatia crônica da
infância, visando aprofundar-se nas diversas complicações respiratórias da mesma. Por meio
deste, também, auxiliar os pais através de orientações básicas de postura, e procedimentos que
possam minimizar os sintomas das complicações em questão.
• Na amostra estudada, houve o predomínio do gênero masculino em relação ao gênero
feminino, tendo uma proporção de 1F:2,33M;
• Relacionando os sinais fisiopatológicos respiratórios, encontrados nessas crianças, 4
crianças apresentaram tosse raramente, sendo que 1 criança com sibilância, pneumonia e
refluxo gastroesofágico e história de tabagismo passivo;
• Em relação ao tipo de tórax, a maioria das crianças, correspondendo a 7, não apresentaram
quaisquer particularidades, sendo que 3 das crianças apresentaram tipo de tórax péctus
escavatum;
• Das 10 crianças estudadas houve a prevalência do ritmo respiratório regular,
correspondendo a 8 crianças;
• Na verificação do padrão ventilatório, foi identificado que 5 crianças apresentaram padrão
ventilatório diafragmático, padrão considerado normal e 4 apresentaram padrão
ventilatório costo-diafragmático e 1 criança apresentou padrão ventilatório costal superior,
associado ao uso da musculatura acessória;
• A maioria das crianças não apresentou quaisquer particularidades quanto aos sinais de
desconforto respiratório, exceto 2 crianças, que 1 apresentou tiragens intercostais e a outra
criança apresentou uso da musculatura acessória;
• Evidenciamos a dificuldade de coletar dados sobre as crianças, com pais ou cuidadores,
pois as perguntas feitas sobre história familiar, história mórbida pregressa, antecedentes
obstétricos, internação por doença respiratória, episódios de tosse, sibilos, pneumonia e
RGE, história de tabagismo passivo, não foram expressadas com tanta certeza, ficando a
dúvida se as respostas foram fidedignas;
• Outro registro importante seria a causa da encefalopatia crônica da infância, porém no
contexto prático não foi possível obter tais informações, que também seriam importantes
para a realização deste estudo;
• Sugerimos aos pais e cuidadores, a observação dessas crianças durante alimentação diária,
pois as mesmas podem apresentar episódios de tosse, podendo ocorrer pneumonia
aspirativa e outras complicações respiratórias.
• Por meio deste, também, auxiliar os pais através de orientações básicas de postura,
alimentação e procedimentos que possam minimizar os sintomas das patologias em
questão.
• Devemos, desta forma, agir de modo prático para demonstrar eficiência visando valorizar
a atuação do fisioterapeuta e proporcionar benefícios para estas crianças, o que traduz em
nosso objetivo maior.
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE
APÊNDICE A
Ficha de coleta de dados
1. Dados Identificação:
Nome:____________________________________________________________
Gênero: ( )feminino ( )masculino
Idade:____anos _______meses
Escolaridade:_______________________________________________________
Data de nascimento:___/___/_____
Classificação:_______________________________________________________
2. Anamnese:
2.1. HDP:__________________________________________________________
2.2. HF:___________________________________________________________
2.3. Antecedentes obstétricos:__________________________________________
2.4. Internação por doença respiratória:__________________________________
2.4. História ambiental:_______________________________________________
2.5.Medicação:______________________________________________________
2.6.Tosse: ( ) não ( ) freqüentemente ( ) raramente ( ) pouco freqüente
Quando aparece:____________________________________________________
2.5.1.Tipo de tosse: ( ) produtiva ( ) seca
( ) eficaz ( ) com expectoração ( ) com deglutição
2.6. Sibilos: ( ) sim ( ) não
2.7. Pneumonia: ( ) sim ( ) não
2.8. Refluxo: ( ) sim ( ) não
2.9. Fumante passivo: ( )sim ( )não
Especificar:________________________________________________________
2.10. Nutrição:
Apetite: ( )normal ( )aumentada ( )diminuída
Dieta habitual (descreva):_____________________________________________
3 Exame Físico:
3.1. Estado de consciência/interação:____________________________________
3.2. Postura:________________________________________________________
3.3. Feridas, cicatrizes, incisões:________________________________________
3.4. Aparato em uso:_________________________________________________
3.5. Anormalidades esqueléticas/Tipo de Tórax:
( ) pectus escavatum
( ) pectus carinatum
( ) tórax em posição inspiratória
( ) _______________________
3.6. Ritmo respiratório:________________________________________________
3.7. Padrão ventilatório (PV):
( ) diafragmático ( ) costal superior ( ) costo-diafragmático ( ) paradoxal
3.8Sinais de desconforto respiratório:
( ) tiragens ( ) retração ( ) gemência ( ) BAN
3.9. Frêmito torácico:_________________________________________________
3.10. Expansibilidade Torácica:_________________________________________
3.11. Ausculta Pulmonar:______________________________________________
3.12. Percussão Torácica:_____________________________________________
( ) macicez ( ) submacicez ( ) timpânico ( ) hipertimpanico
ANEXO
ANEXO
Termo de Consentimento
N°__________.
Termo de consentimento
Eu, ____________________________________________________________________________,
cédula de identidade n° __________________________, declaro que concordo plenamente com os
procedimentos a que serei submetido, conforme explicações que me foram fornecidas pelo responsável
da pesquisa; onde será garantido o sigilo das informações obtidas, sendo que todas as informações
coletadas serão utilizadas exclusivamente para o desenvolvimento da pesquisa, mantendo minha
identidade no anonimato. Informo, outrossim, que estou ciente dos procedimentos que serão utilizados
concordando com os mesmos e que posso abandonar, por livre e espontânea vontade, a qualquer
momento a avaliação.
E, para tomar valido o presente instrumento, assino-o conscientemente.
Tubarão (SC) em _____/______/______.
Assinatura dos pais ou representante legal:_____________________________________________.
Assinatura do pesquisador: _________________________________________________________.