Cap12 - Cálculo de Custos

42
GPC – Gestão da Produção Cerâmica POEFDS/CENCAL Pág. - 193 - 12 - CÁLCULO DE CUSTOS Face às actuais características do mercado e ao aumento da concorrência (quer interna quer externa) que as empresas têm que enfrentar, o conhecimento dos custos e dos locais onde ocorrem é cada vez mais importante. Só com esse conhecimento e recorrendo às técnicas de análise e preparação do trabalho se consegue, efectivamente, reduzir custos e aumentar a produtividade da empresa. Antes de avançarmos no cálculo de custos vamos introduzir alguns conceitos: CUSTOS Entende-se por CUSTOS "o consumo de bens e serviços, traduzidos em dinheiro, para o fornecimento de produtos". São determinados para um período (tempo) ou para uma quantidade. Caracterizam-se por: 1 - Traduzirem um consumo de bens ou serviços, como por exemplo, tempo de execução do Homem, consumo de materiais, utilização de meios de produção. 2 - O consumo que representam deve ser consequência da produção da empresa. 3 - O consumo de bens ou serviços ser valorizado em dinheiro, como por exemplo, a aplicação da força humana de trabalho com índices salariais, a utilização de meios de produção com depreciação e juros, o consumo de materiais com preços de reposição. CUSTO = QTE. OU TEMPO X VALOR Os principais tipos de custos a considerar são: - custos de materiais e de fabricação - custos de salários e ordenados - custos de amortizações e juros - custos de manutenção DESPESAS São pagamentos que representam uma saída de dinheiro da empresa. (salários, facturas, etc.) A despesa está associada a uma data Exemplo: Pagamento da factura n° 0509 em 02/05/2004

Transcript of Cap12 - Cálculo de Custos

Page 1: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 193 -

12 - CÁLCULO DE CUSTOS

Face às actuais características do mercado e ao aumento da concorrência (quer interna quer

externa) que as empresas têm que enfrentar, o conhecimento dos custos e dos locais onde

ocorrem é cada vez mais importante.

Só com esse conhecimento e recorrendo às técnicas de análise e preparação do trabalho se

consegue, efectivamente, reduzir custos e aumentar a produtividade da empresa.

Antes de avançarmos no cálculo de custos vamos introduzir alguns conceitos:

CUSTOS

Entende-se por CUSTOS "o consumo de bens e serviços , traduzidos em dinheiro, para o

fornecimento de produtos".

São determinados para um período (tempo) ou para uma quantidade.

Caracterizam-se por :

1 - Traduzirem um consumo de bens ou serviços, como por exemplo, tempo de execução do Homem, consumo de materiais, utilização de meios de produção.

2 - O consumo que representam deve ser consequência da produção da empresa.

3 - O consumo de bens ou serviços ser valorizado em dinheiro, como por exemplo, a aplicação da força humana de trabalho com índices salariais, a utilização de meios de produção com depreciação e juros, o consumo de materiais com preços de reposição.

CUSTO = QTE. OU TEMPO X VALOR

Os principais tipos de custos a considerar são:

- custos de materiais e de fabricação

- custos de salários e ordenados

- custos de amortizações e juros

- custos de manutenção

DESPESAS

São pagamentos que representam uma saída de dinheiro da empresa. (salários, facturas, etc.)

A despesa está associada a uma data

Exemplo: Pagamento da factura n° 0509 em 02/05/2004

Page 2: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 194 - POEFDS/CENCAL

GASTOS

São consumos de bens e/ou serviços, valorizados em dinheiro, durante um período de presta-

ção de contas (consumo mensal de energia, consumo anual de matérias-primas, etc.)

AMORTIZAÇÃO

Consiste em determinar os custos, por um período de tempo, de um meio de produção através

da divisão do seu preço pela sua vida útil (ou tempo de duração legal). Este tipo de divisão de

custos pode assumir diversas formas. As duas principais são:

Amortização constante – Supõe-se que o desgaste seja directamente proporcional ao tempo,

então o custo é dividido uniformemente pela vida do meio de produção

Amortização degressiva – Admite-se que o desgaste não é constante. Assim, nos primeiros

anos o valor anual da amortização é maior, vindo a decrescer nos anos seguintes. Ao sobrecar-

regarem-se os primeiros anos com quotas mais elevadas consegue-se um equilíbrio de custos

durante a vida útil, na medida em que às quotas menos elevadas dos últimos anos acrescem

despesas de conservação mais elevadas.

JUROS

Os juros são custos do capital aplicado. No nosso estudo consideramos dois tipos:

• Juros do capital de terceiros correspondem aos juros a pagar ao financiador pelo crédi-

to.

• Juros sobre o capital próprio que representam um equivalente, em juros não recebidos,

numa aplicação alternativa do capital.

GASTOS EFECTIVOS - Têm a ver directamente com a produção da empresa

Ex.: Custos Directos dos materiais

GASTOS NEUTROS - Não têm a ver directamente com aprodução da empresa

Ex.: Doações

GASTOS

Page 3: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 195 -

12.1 – CENTROS DE CUSTOS

Para simplificar o cálculo de custos na empresa, habitualmente divide-se esta em centros de

custo. Mas o que é um centro de custo?

CENTRO DE CUSTOS - É UM SECTOR DA EMPRESA (departamento, grupo de máquinas ou

o posto de trabalho individual) DELIMITADO DO PONTO DE VISTA DO CÁLCULO DE

CUSTOS E CUJOS CUSTOS SÃO CALCULADOS DE FORMA INDEPENDENTE.

Existem dois tipos de centros de custo:

Os centros de custo são criados especialmente pela sua função e, raramente, sob o ponto de

vista da localização na empresa.

TIPO DE CUSTOS

O apuramento dos custos reais cabe, normalmente à contabilidade. No âmbito do nosso estudo

vamos debruçar-nos, essencialmente, sobre os custos básicos e os custos calculados.

Custos reais – são custos que realmente se verificam. São custos históricos determinados “à

posteriori”.

Custos básicos – são custos técnicos definidos “à priori” para valorização interna de materiais,

produtos e serviços prestados. Os critérios seguidos na sua definição podem ser de vários

tipos, salientando-se os custos padrão e os custos orçamentados

Exemplo: - Consumo de matérias-primas empregues para a produção da empresa duran-

te um determinado período de tempo

CENTRO DE CUSTOS TIPO DE CUSTOS PORTA-CUSTOS

ONDE QUE PARA QUE SURGIRAM CUSTOS SURGIRAM

OS CUSTOS? SURGIRAM? OS CUSTOS?

1 - PRINCIPAIS - São centros cujos custos são atribuidos directamente ao PORTA-CUSTOS

(Produtos ou serviços da empresa)

Ex.: Conformação, Pintura, etc.

2 - AUXILIARES - São centros cujos custos não são atribuidos directamente ao PORTA-

-CUSTOS, mas sim distribuídos por outros centros de custo

Ex.: Refeições, Compras, etc.

Page 4: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 196 - POEFDS/CENCAL

- Salários, ordenados e prestação de serviços por terceiros

- Impostos e taxas públicas

Custos calculados - são custos que não correspondem directamente a gastos. São distribuí-

dos através de coeficientes de imputação.

Exemplo:

- Remuneração calculada do empresário

- Amortizações calculadas, quando ultrapassam a quantia contida nos custos básicos (por exemplo, quando uma máquina já está completamente amorti-zada nos custos básicos, ou quando a quantia a amortizar é limitada pelo regulamento fiscal)

- Juros calculados (juros do capital próprio, não recebidos)

CÁLCULO DE CUSTOS POR "PORTA CUSTOS"

Serve para a determinação dos custos presentes na elaboração de um determinado produto

como elemento de custo.

a) PRÉ-CÁLCULO

Auxílio importante para o cálculo dos preços de venda do produto com determinação do

limite inferior de preço . (previsão dos custos para contratar um preço ou fazer um

orçamento).

b) PÓS-CÁLCULO

Determinação do custo feita "à posteriori" que se vai comparar com o custo previsto ante-

riormente (pré-cálculo) .

Page 5: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 197 -

12.2 - CUSTOS DIRECTOS E CUSTOS INDIRECTOS

A imputação das despesas aos vários objectos de determinação do custo é, em certos casos,

bastante fácil (quando uma despesa foi suportada apenas por um determinado objecto). Há no

entanto situações em que esta imputação se realiza com base em vários critérios de repartição,

dado que o custo foi suportado por vários objectos. Temos assim os custos divididos em duas

grandes classes: Custos directos ou especiais e custos indirectos ou gerais

12.2.1. CUSTOS DIRECTOS OU ESPECIAIS

São os custos especificamente suportados pela fabricação de determinado produto (ou direc-

tamente suportados por uma única produção ou por um único departamento de produção, con-

soante o objecto da determinação do custo) e como tais exclusivamente imputáveis a esse

produto.

Classificam-se em três categorias: custos directos de materiais, custos directos de mão-de-

obra e custos especiais diversos

A - Custos Directos de Materiais

Incluem os custos dos materiais que se incorporam fisicamente num certo produto, com possi-

bilidade de imputação directa. Por exemplo: matérias-primas e matérias semi-acabadas (por

exemplo: chacota para ser decorada na empresa) adquiridas a terceiros.

Exemplo:

- Quantidade consumida = 5 kg

- Valor unitário do material (em dinheiro) = 1,20 €/kg

- Custos Directos do Material = 5 kg x 1,20 €/kg = 6,00 €

- Custos Directos de Materiais - Despesas Gerais de Fabrico - Custos Directos de Mão-de-Obra - Despesas Gerais de Administração - Custos Especiais Diversos - Despesas Gerais Comerciais

- Despesas Gerais da Empresa

CUSTOS INDIRECTOS OU GERAISCUSTOS DIRECTOS OU ESPECIAIS

CUSTOS TOTAIS

Page 6: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 198 - POEFDS/CENCAL

B - Custos Directos de Mão-de-Obra

Os custos directos de mão-de-obra incluem todos os custos relativos ao trabalho prestado

exclusivamente para a fabricação de determinado produto.

Exemplo:

- Tempo de aplicação = 3 horas

- Valor da unidade de tempo (em dinheiro) = 6,00 €/h

- Custo Salarial = 3 h x 6,00 €/h = 18,00 €

Incluem, para além da retribuição normal, os prémio s de empreitada, a retribuição por

horas extraordinárias, e os encargos sociais.

C - Custos Especiais Diversos

Incluem os custos suportados directa e unicamente pela fabricação de certo produto e que não

estão incluídos já nos custos directos de materiais e mão-de-obra.

São constituídos por:

— custos de componentes adquiridos a terceiros , não confundíveis com as fabricadas na

empresa;

— custos do trabalho efectuado por terceiros (fabricações efectuadas por terceiros com

matérias primas fornecidas pela empresa);

— custos de materiais especiais de exploração (custos de todos os materiais empregados

particularmente na fabricação de determinado produto, mas que não são incorporados

por esse produto, porque então constituiriam a sua matéria prima. Por exemplo: modelos,

madres e moldes);

— custos suportados pela aquisição de energia motriz, de que é possível conhecer a quanti-

dade exacta consumida para a fabricação de determinado produto.

Page 7: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 199 -

12.2.2.- CUSTOS INDIRECTOS, COMUNS OU GERAIS

São os custos suportados indivisivelmente por vários produtos (ou vários departamentos) e

como tal necessariamente imputáveis ao custo de cada produto (ou departamento), apenas por

via indirecta.

A distinção entre custos directos e custos indirectos pode ser muito diferente, consoante a

organização técnica da produção e o objecto do custo. Assim, a despesa suportada para repa-

rar uma máquina é directa se o objecto da determinação do custo for toda a produção realizada

no departamento em que se encontra essa máquina, mas transforma-se em custo indirecto

quando se pretende calcular o custo de cada uma das encomendas efectuadas nesse depar-

tamento.

Em geral: quando o objecto da determinação do custo se expande, aumentam os com-

ponentes directos do custo; quando se contrai, aume ntam os componentes indirectos.

Portanto, no que se refere aos custos especiais e gerais, não se podem formular regras univer-

salmente válidas, mas apenas algumas indicações de carácter geral.

Os custos indirectos são constituídos basicamente por:

- SALÁRIO DAS CHEFIAS

- MATERIAIS AUXILIARES E DE CONSUMO

- CUSTOS DE MANUTENÇÃO

- AMORTIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS; ETC.

Exemplo: Custos da Amortização Calculada

- Vida útil do meio de produção = 5 anos

- Valor de aquisição do meio de produção = 2 500 €

- Custo da Amortização Calculada = 2 500€ / 5 = 500€ /ano

A importância de reconhecer os custos directos deriva do facto de simplificarem os

processos contabilísticos e eliminarem as necessidades de repartições mais ou menos

arbitrárias. Por isso, é preciso procurar transformar, mediante a análise e a qualifica-

ção, o maior número de custos indirectos em custos directos.

Page 8: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 200 - POEFDS/CENCAL

12.3 - CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS

Um outro modo de classificar os custos que ocorrem na empresa é em custos fixos e custos

variáveis.

12.3.1 – CUSTOS FIXOS UM CUSTO DENOMINA-SE FIXO QUANDO NÃO SE MODIFICA DENTRO DE UM DETER-

MINADO PERÍODO DE TEMPO DENTRO DE UM DETERMINADO LIMITE DE OCUPAÇÃO.

Como exemplo de custos fixos podemos referir

- Custos de área; amortizações; alugueres, etc.

Tomando como base os seguintes dados, referentes à amortização de um equipamento:

Vemos que os custos fixos mensais se mantêm constantes, independentemente do número de

peças fabricadas

Quant. Produzida(Peças/mês) € / mês € / peça

10 000 4 500 0,45015 000 4 500 0,30020 000 4 500 0,22525 000 4 500 0,18030 000 4 500 0,150

CUSTOS FIXOS

CUSTOS TOTAIS

(Ex.: Custo do espaço) (Ex.: Custo directo de materiais)

CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIÁVEIS

DEPENDENTES DA QUANTIDADEDEPENDENTES DO TEMPO

Page 9: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 201 -

Graficamente…

INDEPENDENTEMENTE DO NÚMERO DE PEÇAS FABRICADAS, OS CUSTOS FIXOS MENSAIS DO EQUIPAMENTO MANTÊM-SE CONSTANTES

MANTENDO OS CUSTOS FIXOS MENSAIS CONSTANTES, OS CUSTOS FIXOS POR PEÇAS REDUZEM-SE À MEDIDA QUE A PRODUÇÃO MENSAL AUMENTA

CUSTOS FIXOS MENSAIS

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

10.000 15.000 20.000 25.000 30.000

PEÇAS FABRICADAS

VA

LOR

[€]

CUSTOS FIXOS POR PEÇA

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

10.000 15.000 20.000 25.000 30.000

PEÇAS FABRICADAS

CU

ST

O [

€]

Page 10: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 202 - POEFDS/CENCAL

12.3.2 – CUSTOS VARIÁVEIS

UM CUSTO DENOMINA-SE VARIÁVEL QUANDO O SEU VALOR SE MODIFICA DENTRO DE

UM DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO, EM CONSEQUÊNCIA DA VARIAÇÃO DA

OCUPAÇÃO (MÃO DE OBRA) DENTRO DE UM DETERMINADO LIMITE,

Exemplo: Custos directos de materiais e mão-de-obra Se tomarmos por base os dados do quadro seguinte relativamente aos custos directos de mate-riais… ...concluímos que para um mesmo período de tempo os custos, aumentam com o número de peças fabricadas …

Graficamente temos: custos variáveis mensais e custos variáveis por peça

Quant. Produzida(Peças/mês) € / mês € / peça

10 000 3 000 0,30015 000 4 500 0,30020 000 6 000 0,30025 000 7 500 0,300

CUSTOS VARIÁVEIS

CUSTOS VARIÁVEIS MENSAIS

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

10.000 15.000 20.000 25.000

PEÇAS FABRICADAS

VA

LOR

[€]

MANTENDO CONSTANTES OS CUSTOS VARIÁVEIS POR PEÇA, OS CUSTOS VARIÁVEIS MENSAIS AUMENTAM À MEDIDA QUE A PRODUÇÃO MENSAL AUMENTA

Page 11: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 203 -

12.3.3 - CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS COM MECANI ZAÇÃO

Supondo a seguinte questão: Para quantas peças fabricadas mensalmente (em média) é mais

rentável cada uma das seguintes opções?

Opção 1

Um roller com secador com a seguinte configuração de custos:

- Amortização = 180,00 €/mês

- Mão-de-obra = 0,03 €/peça

- Materiais = 0,10 €/peça

Opção 2

Um jaule manual a com a seguinte configuração de custos:

- Amortização = 60,00 €/mês

- Mão-de-obra = 0,09 €/peça

- Materiais = 0,10 €/peça

A diferença de custos de mão-de-obra deve-se ao facto de o ciclo de produção do roller ser

inferior ao do jaule

CUSTOS VARIÁVEIS POR PEÇA

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

10.000 15.000 20.000 25.000 30.000

PEÇAS FABRICADAS

VA

LOR

[€]

OS CUSTOS VARIÁVEIS POR PEÇA NÃO SE ALTERAM MESMO QUE A PRODUÇÃO MENSAL AUMENTE

Page 12: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 204 - POEFDS/CENCAL

A resolução do problema passa por encontrar um ponto de equilíbrio da produção (uma deter-

minada quantidade mensal) para a qual é indiferente utilizar um equipamento ou o outro. Para

valores inferiores um equipamento será o mais vantajoso, para valores superiores será o outro.

Haverá uma quantidade X de peças para a qual é indiferente a produção pela Opção 1 ou pela

Opção 2, pois o seu custo total é o mesmo. A esta quantidade chamamos o ponto de equilíbrio.

A determinação dessa quantidade X é feita do seguinte modo:

180 €/mes + X peç/mês x 0,13 €/peç = 60 €/mês + X peç/mês x 0,19 €/peç

Ou seja:

( 180 - 60 ) €/mês = X peç/mês x ( 0,19 – 0,13 ) €/peç <=>

<=> 120 €/mês = X peç./mês x 0,06 €/peç <=>

<=> 120 = 0,06X <=>

<=> X = 120 / 0,06 <=> X = 2 000 peç/mês

Neste caso, e tendo em conta só as variáveis apresentadas, para produções médias mensais

inferiores a 2 000 peças a Opção 2 (jaule manual) é mais favorável. Para produções médias

mensais superiores a 2 000 peças a Opção 1 (roller) é a mais correcta.

Graficamente, a resolução será

…concluímos que a partir de uma produção média mensal de 2000 peças, é mais rentável a

opção 1 (Roller). Para valores inferiores não é rentável estar a investir numa solução mais dis-

pendiosa.

COMPARAÇÃO DE CUSTOS TOTAIS

0

200

400

600

800

1000

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Nº DE PEÇAS/MÊS

SO

MA

DO

S C

US

TO

S

ROLLER

JAULE

OPÇÃO 2

60,00 €/mês0,19 €/peça

TIPO DE CUSTO(JAULE)(ROLLER)

OPÇÃO 1

180,00 €/mês0,13 €/peça

Custos FixosCustos Variáveis (M. Obra + Materiais)

Page 13: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 205 -

Podemos verificar os resultados recorrendo a uma aplicação

Determinar o custo de produção para uma média mensal = 1 800 peças

Opção 1 => 1800 x ( 0,03 + 0,10 ) + 180 = 414 €

Opção 2 => 1800 x ( 0,09 + 0,10 ) + 60 = 402 €

Confirma-se que para uma produção média mensal de 1800 peças (portanto inferior ao ponto

de equilíbrio que é 2000 peç ) a Opção 2 (jaule manual) é que tem menos custos totais (402 €).

Determinar o custo de produção para uma média mensal = 2200 peças

Opção 1 => 2200 x ( 0,03 + 0,10 ) + 180 = 466 €

Opção 2 => 2200 x ( 0,09 + 0,10 ) + 60 = 478 €

Confirma-se que para uma produção média mensal de 2200 peças (portanto superior ao ponto

de equilíbrio que é 2000 peç ) a Opção 1 (roller) é que tem menos custos totais (466 €).

12.4 – MÉTODOS DE RECOLHA DE DADOS PARA O CÁLCULO D E

CUSTOS Calcular custos com dados que não estão correctos de pouco ou nada serve. È necessário ter

um extremo cuidado na determinação do tempo de mão-de-obra directa e da ocupação dos

equipamentos, na determinação do consumo de materiais e energia, nos coeficientes de impu-

tação dos custos indirectos, etc.

Será indiferente, por exemplo para calcular o consumo de pasta de uma peça, pesar esta seca

ou húmida? Com que percentagem de humidade? Como vamos determinar a quantidade de

vidro consumido para vidrar uma peça? Será que esta determinação é indiferente do processo?

Como vamos determinar a quantidade de mão-de-obra na execução de uma peça?

12.4.1 – CÁLCULO DO CUSTO/HORA MÁQUINA

Geralmente o custo dos equipamentos de produção é incluído nos custos indirectos de fabrica-

ção. No sentido de tentar conhecer melhor como surgem os custos, vamos dividir estes custos

indirectos de fabricação em duas parcelas: uma o custo/hora máquina, outra os custos indirec-

tos de fabricação restantes que são a diferença entre os custos indirectos de fabricação (FGK)

e o custo/hora máquina (MAK) – figura da página seguinte

Page 14: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 206 - POEFDS/CENCAL

As componentes do custo/hora máquina que vamos considerar são: amortização, juros calcula-

dos, custo de área ocupada, custo de energia e custos de manutenção, segundo o quadro que

se apresenta.

TIPO DE CUSTO

CUSTO DE AQUISIÇÃO 1X

VIDA ÚTIL EM ANOS TEMPO DE UTILIZAÇÃO EM HORAS / ANO

CUSTO DE AQUISIÇÃO TAXA DE JURO % ANO 1X X

2 100 TEMPO ÚTIL EM HORAS / ANO

1X X

TEMPO ÚTIL EM HORAS / ANO

POTÊNCIA DO MOTOR EM kw X PREÇO DA ENERGIA ELÉCTRICA

1CUSTO DE AQUISIÇÃO X X

100 TEMPO ÚTIL EM HORAS / ANO

TAXA / HORA / MÁQUINA

ÍNDICE DOS CUSTOS DE MANUTENÇ.

SOMA DE TODOS OS CUSTOS DETERMINADOS

ÁREA NECESSÁRIA EM m2

CUSTO DA RENDA EM $ / m2.ANO

CUSTOS DA ÁREA OCUPADA

FÓRMULA DE CÁLCULO

CÁLCULO DO CUSTO / HORA / MÁQUINA

CUSTO DE ENERGIA

CUSTOS DE MANUTENÇÃO

AMORTIZAÇÃO DO

EQUIPAMENTO

JUROS CALCULADOS

Custos demateriais Custos demateriais

Custos salariais de fabricação Custos salariais de fabricação

Depreciação calculada

Custos Juros calculados

indirectos Custos de área

de Custos de energia

fabricação Custos de manutenção

(FGK) Custos indirectos de fabricação restantes

Custos directos Custos directosespeciais de fabricação especiais de fabricação

Custos directos de Custos directos dedesenvolvimento e projecto desenvolvimento e projecto

Custos indirectos de Custos indirectos deadministração e vendas administração e vendas

Custos directos de Custos directos deespeciais de vendas especiais de vendas

CU

ST

OS

PR

ÓP

RIO

S

CU

ST

OS

HO

RA

/MÁ

Q.

Page 15: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 207 -

12.4.2 - DETERMINAÇÃO DO CUSTO/HORA DA MÃO-DE-OBRA DIRECTA E INDIRECTA

A correcta determinação do custo/hora da mão-de-obra directa e indirecta é fundamental par o

processo de cálculo de custos.

Vamos desenvolver este item através de dois exemplos.

� Um em que vamos determinar o custo da mão-de-obra directa (operário)

� Outro em que vamos determinar o custo da mão-de-obra directa e indirecta de uma sec-

ção (conjunto de operários, chefias e auxiliares de serviços).

A - CUSTO DA MÃO-DE-OBRA DIRECTA

Exemplo

Nas seguintes condições, determinar o custo da mão-de-obra directa de um determinado ope-

rário:

• Salário mensal 600,00 €

• Subsídio de turno 150,00 €

• Subsídio de refeição 3,50 € / dia

Supõe-se que o operário trabalha normalmente por turnos e que recebe um subsídio de refei-

ção por cada dia de trabalho.

Resolução:

1º Passo - É necessário determinar o NÚMERO DE DIAS DE TRABALHO efectivo em cada ano

Em termos gerais podemos considerar:

Nº dias/ano civil 365

Nº dias úteis de férias / ano civil 22

Nº de Sábados 52(por vezes são 53)

Nº de Domingos 52(por vezes são 53)

Nº de feriados (excepto Sáb. e Dom.) 12 (varia entre 10 e 14)

Nº DIAS ÚTEIS 227

O número de dias de trabalho varia todos os anos. Pode-se optar por fixar um determinado

valor anual e usá-lo sempre, ou anualmente fazer oscilar o nº de dias de trabalho de acordo

com o ano civil. Fica ao critério do leitor.

Nos cálculos que se seguem vamos usar 227 dias úteis.

Já sabemos quantos dias (horas) o operário trabalha por ano. Se soubermos qual é o custo

anual facilmente chegamos ao custo/hora.

Page 16: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 208 - POEFDS/CENCAL

2º Passo – Determinação do CUSTO ANUAL DO OPERÁRIO

Partimos dos seguintes pressupostos:

- O operário tem direito a receber 14 meses (12 meses/ano + sub. Férias + 13º mês)

- Os descontos da entidade patronal para a segurança social + os encargos com seguros de

acidentes pessoais são 24,5% das remunerações do operário.

Salário 600 € *14 = 8 400,00 €

Subsídio de turno 150 € *14 = 2 100,00 €

Descontos obrigatórios (600 € + 150 €)*14*24,5% = 2 572,50 €

Subsídio de refeição * 3,5 € * 227 = 794,50 €

TOTAL .................. = 13 867,00 €

* Segundo a legislação em vigor, este valor diário do subsídio de refeição não está sujeito aos

descontos obrigatórios

O custo anual do operário é 13 867 € 3º Passo – CÁCULO DO CUSTO/HORA DA MÃO-DE-OBRA A - CUSTO / HORA DO OPERÁRIO – MÃO-DE-OBRA DIRCTA - Sabendo que o custa anual do operário é 13 867 € e - Nº de horas anuais = 227 dias * 8 horas / dia = 1816 horas CUSTO ANUAL CUSTO / HORA = Nº DE HORAS ANUAIS

B – CUSTO/HORA DA MÃO-DE-OBRA DIRECTA E INDIRECTA

(SECÇÃO DE PRODUÇÃO)

Admitindo que uma secção de produção é composta pelos seguintes elementos:

13 867,00 CUSTO / HORA = = 7,636 €/HORA 1816

Page 17: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 209 -

- 2 operários que custam cada 7,636 € / hora

- 4 operários “ “ “ 6,436 € / hora

- 5 operários “ “ “ 5,836 € / hora

- 1 auxiliar de serviços que custa 4,636 € / hora

- 1 encarregado que custa 8,835 € / hora

Nas seguintes condições:

- O auxiliar de serviços dá apoio aos operários e não executa peças;

- O encarregado dedica 60% do seu tempo a funções de coordenação e os restantes 40%

está a executar ao lado dos operários

QUAL O CUSTO/HORA DA MÃO-DE-OBRA DIRECTA E INDIRECTA NA SECÇÃO?

RESOLUÇÂO

A não ser em casos muito especiais não sabemos qual dos operários vai elaborar a peça. Tan-

to pode ser o operário que custa 7,636 € / hora, como o que custa 5,836 € / hora ou até o

encarregado no período de tempo que não está em funções de coordenação.

O auxiliar de serviços não é, pois não executa peças (não faz parte das suas funções.)

Sabemos que o auxiliar de serviços não executa peças e portanto não pode ser considerado

como um operário (qualificado), logo o seu custo não entra para a determinação do custo/hora

da mão-de-obra directa.

Também sabemos que o encarregado não exerce só funções de coordenação. Durante 60% do

tempo que permanece ao serviço está a coordenar e nos restantes 40% está a executar como

um operário normal. Portanto em termos de mão-de-obra directa representa 4/10 de um operá-

rio custa 8,835 €/hora.

CUSTO MÉDIO PONDERADO DE UMA HORA DA MÃO-DE-OBRA DI RECTA

- 2 operários * 7,636 € / hora = 15,272 € / hora

- 4 operários * 6,436 € / hora = 25,744 € / hora

- 5 operários * 5,836 € / hora = 29,180 € / hora

- 1 encarregado * 40% * 8,835 / hora = 3,534 € / hora

TOTAL..... 73,730 € / hora

...Então, 1 hora de mão-de-obra directa na secção c usta 73,730 € que corresponde a 11,4

operários ( 2+4+5+0,4 )

Page 18: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 210 - POEFDS/CENCAL

CUSTO/HORA (PONDERADO) DE MÃO-DE-OBRA DIRECTA

CUSTO/HORA (PONDERADO) DA MÃO-DE-OBRA INDIRECTA

Porque o encarregado (em 60% do tempo) está coordenar 11,4 operários

Porque o auxiliar de serviços está a auxiliar a 11,4 operários

O CUSTO/HORA DA SECÇÃO RELATIVAMENTE À MÃO-DE-OBRA TEM ENTÃO TRÊS

COMPONENTES:

MÃO DE OBRA DIRECTA - Operário 6,468 €

MÃO-DE-OBRA INDIRECTA - Encarregado 0,465 €

- Aux. serviços 0,407 €

TOTAL 7,340 €

Fica o desafio…

SE FOR MANTIDA A MESMA ESTRUTURA MAS SE O ENCARREGADO SE LIMITAR A

COORDENAR ?

73,730 €/h OPERÁRIO = = 6,468 € / hora 11,4

8,835 €/h * 60% = 5,301 €/h ENCARREGADO = = 0,465 € / hora 11,4

4,636 €/h AUX. DE SERVIÇOS = = 0,407 € / hora 11,4

Page 19: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 211 -

12.5 - CÁLCULO DE CUSTOS POR DIVISÃO

O cálculo de custos por divisão consiste em relacionar todos os custos ocorridos num determi-

nado período com a quantidade produzido nesse período.

12.5.1 – POR APLICAÇÃO DIRECTA

O cálculo de custos por divisão por aplicação directa só pode ser aplicado quando, num período

observado, for produzido somente um tipo de produto e as modificações no stock de produtos

acabados e semi-acabados forem pouco significativas. Este processo de cálculo de custos

pode ser aplicado, por exemplo, em companhias produtoras de electricidade.

12.5.2 - CÁLCULO DE CUSTOS POR DIVISÃO COM ÍNDICES DE EQUIVALÊNCIA

Pode considerar-se como derivando do cálculo de custos por divisão

Pode usar-se quando:

1. O mesmo material é utilizado com tempos e custos de fabricação diferentes para

variantes que diferem para mais ou menos

Exemplo: Extrudir tijolos com tamanhos diferentes

2. Diferentes materiais são processados com tempos idênticos de fabricação para varian-

tes que diferem para mais ou para menos

Exemplo: Conformar a mesma peça com pastas diferentes (grés ou faiança)

Na indústria cerâmica, este método de cálculo de cu stos poderá ser aplicado, com algu-

mas precauções, nas empresas produtoras de cerâmica para construção (tijolos ou te-

lhas ou pavimentos… )

Vejamos um exemplo de aplicação

CUSTO/UNIDADE =CUSTOS DE UM PERÍODO DE BALANÇO

UNIDADES PRODUZIDAS NO PERÍODO DE TEMPO

Page 20: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 212 - POEFDS/CENCAL

EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Supondo que uma cerâmica produz três tipos diferentes de tijolo (utilizando a mesma pasta e o

mesmo processo)

Tipo A (30x20x11)

Tipo B (30x20x15)

Tipo C (30x20x22)

No mês passado a empresa produziu as seguintes quantidades:

Tipo A = 980.000; Tipo B = 450.000; Tipo C = 360.000

Ascendendo os Custos de Produção a 219.800 €,

Se a empresa produzisse um só tipo de tijolo o problema era simples de resolver. Mas na rea-

lidade produz 3 tipos diferentes. Mas será que são assim tão diferentes?

- Partindo do princípio que o custo de cada tijolo está directamente relacionado com o res-

pectivo volume (também se pode considerar a massa)

- Considerando como padrão o tijolo tipo A

(Normalmente considera-se como unidade padrão a mais significativa – aquela cujo peso é

maior na ocupação dos meios de produção da empresa)

VOLUME

O VOLUME de cada tipo de tijolo é:

Tipo A (30x20x11) -> Volume = 6.600 cm3

Tipo B (30x20x15) = 9.000 cm3

Tipo C (30x20x22) = 13.200 cm3

Vamos agora ver qual a relação que existe entre o volume do tijolo-padrão e volume dos restan-

tes tijolos, isto é, vamos determinar o índice de equivalência

Page 21: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 213 -

INDICE DE EQUIVALÊNCIA

Temos:

Tipo A (30x20x11) -> Índice de equivalência = 6.600 / 6.600 = 1,000

Tipo B (30x20x15) = 9.000 / 6.600 = 1,364

Tipo C (30x20x22) =13.200 / 6.600 = 2,000

Quer dizer que (teoricamente)

- Produzir um tijolo B é o mesmo que produzir 1,364 tijolos A

- Produzir um tijolo C é o mesmo que produzir 2 tijolos A

Com estes índices de equivalência podem ser determinadas as unidades de cálculo (UC) que

serão a base do cálculo de custos.

As unidades de cálculo (UC) resultam do produto das quantidades de tijolos pelo respectivo

índice de equivalência , conforme o quadro seguinte:

Tipo Qte. Produzida Índice de Equiva-

lência Unidades de Cál-

culo / mês

A 980.000 1,000 980.000

B 450.000 1,364 613.800

C 360.000 2,000 720.000

Total das UC 2.313.800

CÁLCULO DO CUSTO

Com alguma aproximação pode-se dizer que produzir 980.000 tijolos A + 450.000 tijolos B +

360.000 tijolos C, será o mesmo que produzir 2.313.800 tijolos A (Unidades de Cálculo).

O custo de produção de cada Unidade de Cálculo (UC) será:

219.800 Custo de Produção = = 0,095 €/ UC 2.313.800

Recorrendo aos índices de equivalência , calculamos os custos de produção para cada um

dos três tipos de tijolo

Tipo Índice de Equi-

valência Custo de Produção

( € / UC ) Custo de Produção

( € / tijolo )

A 1,000 0,095 0,095

B 1,364 0,095 0,130

C 2,000 0,095 0,190

Page 22: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 214 - POEFDS/CENCAL

12.6 - CÁLCULO DE CUSTOS POR ADIÇÃO

O CÁLCULO DE CUSTOS POR ADIÇÃO BASEIA-SE NA SEPARAÇÃO DOS CUSTOS

DIRECTOS E DOS CUSTOS INDIRECTOS

.

APLICA-SE QUANDO DIFERENTES PRODUTOS, COM DIFERENTES CUSTOS DE

MATERIAIS E SALARIAIS, SÃO PRODUZIDOS POR DIFERENTES PROCESSOS DE

FABRICAÇÃO.

Antes de iniciarmos o processo de cálculo, alguns conceito:

MEK - Custos directos de materiais . Resultam do consumo de material para a fabricação do

produto. Normalmente, para a fabricação de um produto, são necessários diversos

tipos de material. Nestes casos devem ser determinados os custos de cada uma das

quantidades de material cujas somas são usadas no cálculo como custos directos de

materiais. (CUSTO DIRECTO)

MGK - Custos indirectos de materiais . Contêm os custos que derivam da compra, arma-

zenagem e administração dos materiais. Normalmente o seu valor é expresso em

percentagem do custo do material (MGKZ) (CUSTO INDIRECTO)

MK - Custos dos materiais . São compostos pela soma dos custos directos e custos indirec-

tos dos materiais.

MK = MEK + MGK

MK = MEK * (1+ MGKZ / 100)

FLK - Custos directos (salariais) de Fabricação . Resultam do tempo gasto e do salário da

mão-de-obra.

FGK - Custos indirectos de Fabricação . São compostas por:

- Depreciação calculada das máquinas

- Juros calculados

- Custos máquina - Custos de área

- Custos de energia (directos e indirectos)

- Custos de manutenção

- Despesas gerais de fabricação restantes

Page 23: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 215 -

FK - Resultam dos custos salariais de fabricação e das despesas gerais de fabricação

FK = FLK + FGK

SEF - Custos directos especiais de fabricação - São custos originados directa e exclusivamente

pelo produto como elemento de custo ou pela ordem de serviço a calcular.

Exemplo: - Ferramentas especiais que não podem ser utilizadas por

outros produtos moldes, contra-moldes, etc.)

- Licenças e patentes.

HK - Custos de produção. Resultam da soma dos custos até aqui mencionados.

HK = MEK + MGK + FLK + FGK + SEF

= MK + FK + SEF

EK - Custos directos de desenvolvimento do projecto. Todos os custos relacionados directa-

mente com o projecto do produto (designer, amostras, experiências, etc)

VwGK - Custos indirectos de administração - Custos resultantes do pessoal administrativo e

auxiliar que não são imputados directamente ao produto

VtGK - Custos indirectos de vendas. Todos os custos relacionados com as vendas, que não

podem ser directamente imputados ao produto.

SEV - Custos directos especiais de vendas. Todos os custos directamente relacionados com as

vendas do produto, incluindo a publicidade, seguros, fretes, etc.

SK - Custos Próprios - Soma de todos os custos calculados.

O quadro da página seguinte pode dar uma ajuda preciosa na compreensão do modo como

estes custos se relacionam….

A aplicação destes conceitos ao cálculo será tratad a no CD-ROM e no site do CENCAl –

www.cencal.pt

Page 24: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 216 - POEFDS/CENCAL

+

+

+

+

+

+

MEK

MGK

=

+

=

MK

FLK

FGK

FK

SEF

= HK

EK

+

=

=

VwGK

VtGK

VvGK

SEV

SK

Custos Directos de Materiais

Custos Indirectos de Materiais

Custos de Materiais

Custos Directos de Fabricação

Custos Indirectos de Fabricação

Custos de Fabricação

Custos Directos Especiais de Fabricação

CUSTOS DE PRODUÇÃO

Custos Directos de Desenvolvimento e Projecto

Custos Indirectos de Administração

Custos indirectos de Administração eVendas

Custos Indirectos de Vendas

CustosDirectos Especiais de Vendas

CUSTOS PRÓPRIOS

Page 25: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 217 -

12.7 – APLICAÇÃO AO CÁLCULO DE CUSTOS DE PASTAS CER ÂMICAS,

MOLDES E PEÇAS

Vamos ver o princípio do cálculo de custos por adição aplicado ao cálculo de custo de peças,

moldes e pastas.

Mais uma vez salientamos que tão importante como fazer bem as contas é correcção e actuali-

dade dos dados.

Neste processo de cálculo de custos, partimos do principio que o porta-custos (a peça, o molde

ou a pasta) desde a primeira até à última operação vai acumulando custos ao longo do proces-

so de fabrico. Cada centro de custos (secção) é uma fábrica que “compra” o produto ao centro

a montante, acrescenta valor (e custos) através de operações e “vende” o produto ao centro a

jusante. Transversalmente existem centros prestadores de serviços.

12.7.1 – CÁLCULO DO CUSTO DE PEÇAS

Neste processo vamos acompanhar uma peça desde a conformação até à embalagem.

No primeiro ecrã introduzimos as características de base

REF. PEÇA REF. DEC. QUANT. DATA

125658 98658 25.000 15-06-2004Alfa

DESIGN. DECOR.INTRODUZA AQUI OS DADOS INICIAIS:

DESIGNAÇÃO DA PEÇA

Fruteira

@ J. Tavares Braz

Rua Luís Caldas à Estrada da Foz - Caldas da RainhaTelef. 262 840 110

VAI CALCULAR O CUSTO DE UMA PEÇA PRODUZIDA NA SUA FÁBRICA

NUNCA SE ESQUEÇA DE QUE TÃO IMPORTANTE COMO AS CONTAS BEM FEITAS É A

AUTENTICIDADE DOS DADOS INTRODUZIDOS.

SEM DADOS CORRECTOS NÃO HÁ CÁLCULOS BEM FEITOS

CÁLCULO DE CUSTOS INDUSTRIAIS

centro de formação profissional para a indústria cerâmica

ENTRAR EM CÁLCULO

IMPRIMIR DADOSIMPRIMIR RESUMO

PEÇASVER DADOS

VER RESUMO

Page 26: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 218 - POEFDS/CENCAL

O ecrã que se segue, “DADOS GERAIS E MAPA RESUMO” mostra a folha para introduzir os

restantes dados gerais para o cálculo do custo e apresentar o resumo dos cálculos.

centro de formação profissional para a in dústria cerâmica

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇAS DADOS GERAIS E MAPA RESUMOREF. PEÇA REF. DEC. QUANT. DATA

125658 98658 25.000 15-06-200400-01-11SECTOR/ % PREV. QUANTIDADES TIPOS DE CUSTOS ( € )

CENTRO DE CUSTOS QUEBRAS TOTAL BOM CP CPR CPRQ

M 12.1 - CONFORMAÇÃO 1,50 29.132 28.695 0,913 0,986 1,00113.1 - ACABAMENTO E SECAGEM 3,00 28.695 27.834 0,270 0,292 1,32314.1 - COZEDURA CHACOTA 1,50 27.834 27.416 0,108 0,117 1,46214.2 - ESCOLHA DE CHACOTA 2,25 27.416 26.799 0,045 0,048 1,545

M 15.1 - PINTURA 0,35 26.799 26.706 0,141 0,153 1,703

M 16.1 - VIDRAGEM 0,45 26.706 26.585 0,964 1,041 2,75617.1 - COZEDURA VIDRADO 1,00 26.585 26.320 0,276 0,299 3,08617.2 - ESCOLHA DE VIDRADO 2,30 26.320 25.714 0,019 0,021 3,180

M 18.1 - CROMAGEM / DECALQUES 0,30 25.714 25.637 0,487 0,526 3,71718.2 - COZEDURA CROMOS 1,50 25.637 25.253 0,238 0,257 4,035

M 19.1 - EMBALAGEM 1,00 25.253 25.000 0,254 0,375 4,450

14,18% 3,716 4,113 4,450

MODELO* ................................ € 265,00 CustoMOLDE ORIGINAL*................ € 26,00 (€/peça)MADRE*..................................... € 30,00 [1] - Materiais (directos e indirectos) 1,689 38,0%MOLDE DE PRODUÇÃO... € 3,35 [2] - Mão de obra directa 1,123 25,2%

[3] - M.O. indirecta+controlo+manutenç. 0,157 3,5%[4] - Energia dos equipamentos 0,401 9,0%

Nº DE PEÇAS POR MOLDE 85 [5] - Materiais subsidiários 0,332 7,5%Nº DE MADRES NECESSÁRIAS 5 [6] - Outros custos dos equipamentos 0,014 0,3%Número de moldes previstos 343 [7] - Administrativos, I&D e apoio geral 0,397 8,9%Número de moldes a utilizar 350 [8] - Quebras 0,337 7,6%

(97,92%) TOTAL/PEÇA 4,450 100,0%100,00% Inclui os custos do mat. de embalagem = € 0,207100,00%

CUSTO DO MOLDE POR PEÇA € 0,055 CUSTOS DE PREP. EQUIPAM. € 0,005Zv adicional (%) 2,00 CUSTOS DE DESORGANIZ. € 0,089Coeficiente para imprevistos (%) IMPREVISTOS

2 € 4,544

LEGENDA DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CUSTOS

CUSTO FINAL DA PEÇA

%COMPONENTE

DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOSCUSTOS DE AQUISIÇÃO (EXTERIOR)

Escolha a % de utilização dos moldes

% de Utilização escolhda

CENCAL

Fruteira Alfa

OUTROS DADOS

% GLOBAL DE QUEBRAS ....

DESIGNAÇÃO DA PEÇA DESIGN. DECOR.

SAÍDA DE RESULTADOS

138,0%

225,2%

33,5%

49,0%

57,5%

60,3%

78,9%

87,6%

CP - CUSTOS DE PRODUÇÃO(Inclui todos os custos a nivel da Zona Fabril -

Materiais, Mão-de-Obra, Equipamentos Directos, Chefias Directas e Auxiliares de Serviços)

CPR - CUSTOS PRÓPRIOS(Soma dos CP com todos os outros custos

gerados na empresa relacionados com objecto da mesma - Administrativos, Gestão de Pessoal,

Comerciais, Apoio Geral, Apoio Social, Segurança, Etc.)

CPRQ - CUSTOS PRÓPRIOS C/ QUEBRAS(Reflectem os custos das Quebras e Refugo nos Custos Próprios - se não houver quebras nem 2ª

escolha CPRQ=CPR)

12.1 - CONFORMAÇÃO

14.1 - COZEDURA CHACOTA13.1 - ACABAMENTO E SECAGEM

15.1 - PINTURA14.2 - ESCOLHA CHACOTA

16.1 - VIDRAGEM

17.2 - ESCOLHA VIDRADO

18.2 - COZEDURA CROMOS

17.1 - COZEDURA VIDRADO

18.1 - CROMAGEM / DECALQUES

19.1 - EMBALAGEM

P1

P2

P3

P4

P5

P6

IMPRIMIR DADOS

* Estes custos serão distribuídos pela totalidade das peças da encomenda

Page 27: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 219 -

Conformação

CÁLCULO DE CUSTOS NA FASE DE CONFORMAÇÃO

A peça produzida nesta fase é “vendida” ao acabamento.

Os custos próprios simples representam os custos totais ocorridos nesta fase partindo do prin-

cípio que a quantidade de peças que entra no processo é a quantidade que sai (não há que-

bras)

Os custos próprios corrigidos com quebras representam todos os custos, incluindo as quebras.

È este o “preço de venda” ao acabamento.

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

12.1 - CONFORMAÇÃOREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL CUSTO/kg QUANT.(kg) VALOR TOTAL

DIRECTOS 10.02.10 Barbotina BL-025 0,098 3,500 0,343€ 0,343 0,474

RETORNO -> 10.02.11 Barbotina para reciclar 0,022 4,000 0,088 0,13INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação 10,00 0,043

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 121.2 Oper. Conformação Liq. 4,950 3,60 0,297

€ 0,297 0,348

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 0,850 3,60 0,0513,6

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 12.11 CONF. VIA LÍQUIDA 3,192 0,60 0,032

0,032

SUBSIDIÁR. Custo do molde por peça 0,055 TOTALOutros custos similares 0,055

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00 0,003

CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,91

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,046Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,027 0,073

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS COM QUEBRAS 0 ,986 1,001

O-D

E-O

BR

AM

ÁQ

UIN

AS

DESIGNAÇÃO

MA

TER

IAIS

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASDATA

2004-06-15REF. PEÇA

125658DESIGNAÇÃO

Page 28: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 220 - POEFDS/CENCAL

CÁLCULO DE CUSTOS NA FASE DE ACABAMENTO

A peça produzida nesta fase é “vendida” à cozedura de chacota..

Os custos próprios simples representam os custos totais ocorridos nesta fase partindo do prin-

cípio que a quantidade de peças que entra no processo é a quantidade que sai (não há que-

bras)

Os custos próprios corrigidos com quebras representam todos os custos acumulados (incluído

quebras) desde a primeira fase (conformação) até à saída desta fase. È o “preço de venda” à

cozedura de chacota.

Uma explicação

Neste exemplo, esta fase comprou a peça por 1,001 € e teve um custo de 0,292 € para a pro-

duzir. Se não tivessem ocorrido quebras, a peça sairia da fase por 1,001+0,292=1,293 €.

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

13.1 - ACABAMENTO E SECAGEMCÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 131.2 Oper. Acabamento 4,420 3,00 0,221€ 0,221 0,221

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 3,003

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 13.11 Equip. de Acabamento 1,967 1,50 0,049

0,049

DESPESAS GERAIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,27

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,014Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,008 0,022

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS E ACUMULADOS 0,292 1,323

O-D

E-O

BR

A

DESIGNAÇÃO

QU

INA

S

125658 2004-06-15

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASREF. PEÇA DESIGNAÇÃO DATA

Page 29: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 221 -

Mas porque ocorreram quebras, o custo é 1,323 €

Como se explica?

Se voltarmos ao mapa de “DADOS GERAIS E MAPA RESUMO” verificamos que entraram

28695 peças vindas da conformação e saíram, em bom, 27834 peças

Quais foram os custos que ocorreram no acabamento?

“Aquisição” à conformação: 28695 pç x 1,001 €/pç = 28723,69 €

Custos próprios: 27834 pç x 0,292 €/pç = 8127,52 €

Custo total: 36851,21 €

Como o acabamento “vendeu” 27834 pç (o que produziu bom), o custo de cada peça será:

36851,21 / 27834 = 1,323 € pç.

O custo das quebras representa, em cada peça, só nesta fase 1,323 – 1,293 = 0,03 € (6$00 !)

O raciocínio mantém-se para as outras fases, com algumas pequenas alterações que o leitor

facilmente detectará.

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

14.1 - COZEDURA CHACOTA

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 141.2 Oper. Fornos 4,95 0,800 0,07

€ 0,066 0,077

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 0,85 0,800 0,010,8

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 14.11 Fornos 21,034 0,08 0,028

0,028

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00 0,003

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,108

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,005Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,003 0,009

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS COM QUEBRAS 0 ,117 1,462

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASDATA

2004-06-15REF. PEÇA

125658DESIGNAÇÃO

O-D

E-O

BR

AM

ÁQ

UIN

AS

DESIGNAÇÃO

Page 30: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 222 - POEFDS/CENCAL

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

15.1 - PINTURAREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL CUSTO/kg QUANT.(gr) VALOR TOTAL

14.52.58 Tinta azul 10,250 0,560 0,006DIRECTOS 14.51.69 Tinta amarela 15,360 0,785 0,012 0,020

€ 0,018

INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação 10,00 0,002

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 151.2 Oper. PINTURA 4,950 1,16 0,096

€ 0,096 0,110

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 0,765 1,16 0,0151,16

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 15.11 PINTURA 3,094 0,20 0,010

0,010

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00 0,001

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,141

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,007Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,004 0,011

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS COM QUEBRAS 0 ,153 1,703

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASDATA

2004-06-15REF. PEÇA

125658DESIGNAÇÃO

DESIGNAÇÃO

MA

TER

IAIS

O-D

E-O

BR

AM

ÁQ

UIN

AS

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

14.2 - ESCOLHA DE CHACOTACÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 148.2 Oper. Escolha Chacota 4,890 0,43 0,035€ 0,035 0,042

>INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 0,980 0,43 0,007

0,43REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 14.81 Armazém chacota 0,685 0,22 0,003

0,003>

DESPESAS GERAIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,045

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,002Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,001 0,004

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS E ACUMULADOS 0,048 1,54 5

O-D

E-O

BR

A

DESIGNAÇÃO

QU

INA

S

125658 2004-06-15

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASREF. PEÇA DESIGNAÇÃO DATA

Page 31: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 223 -

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

17.1 - COZEDURA VIDRADO

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 143.2 Oper. Fornos 4,980 1,20 0,100

€ 0,100 0,117

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 0,865 1,20 0,0171,2

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 14.11 Fornos 21,034 0,41 0,145

0,145

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00 0,015

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,276

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,014Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,008 0,022

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS COM QUEBRAS 0,299 3,086

O-D

E-O

BR

AM

ÁQ

UIN

AS

DESIGNAÇÃO

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASDATA

2004-06-15REF. PEÇA

125658DESIGNAÇÃO

RETOQUE

RETOQUE

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

16.1 - VIDRAGEMREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL CUSTO/kg QUANT.(kg) VALOR TOTAL

15.48.01 Vidro Transparente 2,620 0,300 0,786DIRECTOS 0,865

€ 0,786

INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação 10,00 0,079

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 161.2 Oper. Vidragem 4,850 0,16 0,013

€ 0,074 161.2 Oper. Vidragem 4,850 0,76 0,061 0,086

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 0,786 0,92 0,0120,92REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 16.11 Vidragem por imersão 0,832 0,08 0,00116.12 Vidragem por aspersão 1,635 0,38 0,010

0,011

DESPESAS GERAIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00 0,001

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,964

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,048Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,029 0,077

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS E ACUMULADOS 1,041 2,756

DESIGNAÇÃO

QU

INA

SM

ÃO

-DE

-OB

RA

MA

TER

IAIS

125658 2004-06-15

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASREF. PEÇA DESIGNAÇÃO DATA

RETOQUE

RETOQUE

Page 32: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 224 - POEFDS/CENCAL

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

18.1 - CROMAGEM / DECALQUESREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL CUSTO UNIT QUANT VALOR TOTAL

12.54.87 Decalque frutos 0,250 1,000 0,250DIRECTOS 12.54.89 Decalque c/ símbolo 0,150 1,000 0,150 0,400

€ 0,400

INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 181.2 Oper. CROMAGEM 4,950 1,00 0,083

€ 0,083 0,083

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 1,001

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 18.11 Sec. CROMAGEM 2,241 0,10 0,004

0,004

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 20,00 0,001

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,487

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,024Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,015 0,039

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS COM QUEBRAS 0 ,526 3,717

MA

TE

RIA

IS

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASDATA

2004-06-15REF. PEÇA

125658DESIGNAÇÃO

O-D

E-O

BR

AM

ÁQ

UIN

AS

DESIGNAÇÃO

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

17.2 - ESCOLHA DE VIDRADOCÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 171.2 Oper. Escolha Vidrado / 3º Fogo 4,750 0,20 0,016€ 0,016 0,018

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 0,659 0,20 0,0020,2REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 17.11 Escolha de Vidrado / 3º Fogo 1,035 0,07 0,001

0,001

DESPESAS GERAIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00 0,000

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,019

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,001Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,001 0,002

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS E ACUMULADOS 0,021 3,180

O-D

E-O

BR

A

DESIGNAÇÃO

QU

INA

S

125658 2004-06-15

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASREF. PEÇA DESIGNAÇÃO DATA

RETOQUE

RETOQUE

Page 33: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 225 -

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

18.2 - COZEDURA CROMOSCÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 141.2 Oper. Fornos 4,980 1,20 0,100€ 0,100 0,100

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 1,201,2

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 14.11 Fornos 21,034 0,36 0,126

0,126

DESPESAS GERAIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00 0,013

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,238

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,012Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,007 0,019

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS E ACUMULADOS 0,257 4,035

O-D

E-O

BR

A

DESIGNAÇÃO

QU

INA

S

125658 2004-06-15

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASREF. PEÇA DESIGNAÇÃO DATA

Page 34: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 226 - POEFDS/CENCAL

CENCALREF. DEC. Q. PEDIDA

Fruteira 98658 25.000

19.1 - EMBALAGEMREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL PREÇO/Un Unid/Pç * VALOR TOTAL

UTILIZAÇÃO 9.85.62 Embalagem Interior 0,150 1 0,150DIRECTA 9.85.60 Embalagem Exterior 0,200 1/6 0,033 0,207€ 0,189 9.80.01 Palete exterior + Filme 0,250 1/48 0,005

INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação 10,00 0,019

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 191.2 Oper. Embalagem 4,350 0,50 0,036

€ 0,036 0,041

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 0,560 0,50 0,0050,5

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 19.11 Equipamentos de embalagem 1,293 0,25 0,005

0,005

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAQ VALORQualidade + Produção + Planeamento 10,00 0,001

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (CP) --> 0,254

CUSTOS DIRECTOS DE DESENVOLVIMENTO E PROJECTOVALOR TOTAL

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de CP VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,00 0,013Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 3,00 0,008 0,020

CUSTOS GERAIS ESPECIAIS DE VENDASVALOR TOTAL

0,100

0,100

CUSTOS PRÓPRIOS : SIMPLES / CORRIGIDOS COM QUEBRAS 0 ,375 4,450

* Nº de caixas / nº de peças que a caixa contém Nº de paletes / nº de peças que a palete contém Por exemplo se uma caixa levar 6 peças introduz-se o valor com esta forma: 1/6

MA

TER

IAIS

DESIGNAÇÃO

O-D

E-O

BR

AM

ÁQ

UIN

AS

CÁLCULO DE CUSTOS DE PEÇASDATA

2004-06-15REF. PEÇA

125658DESIGNAÇÃO

DESIGNAÇÃO

DESIGNAÇÃOCampanha publicitária (Custo total/nº de peças)

@ J

.Bra

z -

cenc

al -

200

0/20

01

Page 35: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 227 -

12.7.2 – CÁLCULO DO CUSTO DE MOLDES

DADOS GERAIS E MAPA RESUMOAREF.

1234

M

M

M

M

Zv adicional (%) ........................ 5,0

1 CUSTOS DE DESORGANIZAÇÃO - € 0,270

12 Coeficiente para imprevistos (%) ..

200 IMPREVISTOS - €

QUANT QUANT QUANT QUANTKg/un. Kg/un. Kg/un. Kg/un.

GESSO 5,0 0,650 8,0 1,040 10,0 5,0 0,650OUTR

INDIR/SUBS. ------ ------ ------ ------ DIRECTA 480,00 32,854 240,00 16,427 240,00 30,00 2,053INDIRECTA ------ 3,684 ------ 1,842 ------ ------ 0,230

EQUIPAMENTOS 9,764 4,882 0,610OUTROS CUSTOS ------ 279,707 ------ 14,854 ------ ------ 1,857

TOTAL ( € ) ------ 326,659 ------ 39,045 ------ ------ 5,401

[1] - Materiais directos 12,0%[2] - Mão de obra directa 38,0%[3] - M.O. indirecta+

+ controlo + manutenção

[4] - Energia (directa) 0,8%[5] - Materiais subsidiários

e indirectos

[6] - Amortização

e juros equip. directo

[7] - Administrativos

e apoio geral

[8] - Custos de projecto

TOTAL / MOLDE 100,0%

1,842 4,882

MATERIAIS

M. OBRA (minutos)

DIR. 7,250

16,427

10,5%

26,3%

0,570

1,421

%

12,3%

14,854

0,650

45,255

Descrição

--------------------- DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS CUSTOS DO MOLDE DE PRODUÇÃO ----- ---------------

5,401

Custo(€/Molde)

2,053

0,6660,041

MODELO ..............................MOLDE ORIGINAL ............MADRE..................................MOLDE DE PRODUÇÃO......

CÁLCULO DE CUSTOS DE MOLDES DESIGNAÇÃO DO MOLDE

Vaso Rosa

CUSTOS UNITÁRIOS PREVISTOS

15-Jun-2004DATA

€ 7,952

€ 326,659€ 39,045€ 45,255

€ 5,40110.4 - MOLDE DE PRODUÇÃO

10.1 - MODELO

QUANTIDADES NECESSÁRIAS OU A PRODUZIR

CUSTOS ADICIONAIS

€ 39,045€ 326,659

MOLDE PROD.MADREVALOR

( € )VALOR

( € )

P/ CÁCULOAQUISIÇÃO

VALOR ( € )

VALOR ( € )

----------

CUSTO DO MOLDE (c/ modelo, madre, original e c. adicionais)

MODELO M. ORIGINAL

€ 45,255€ 5,401

CENCAL

10.3 - MADRE10.2 - MOLDE ORIGINAL

FABRICOSECTOR/

CENTRO DE CUSTOS

112,0%

238,0%

312,3%

40,8%

50,0%

610,5%

726,3%

80,0%

INÍCIO

10.1 - MODELO10.2 - MOLDE ORIGINAL10.3 - MADRE10.4 - MOLDE DE PRODUÇÃO

Page 36: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 228 - POEFDS/CENCAL

CENCALQ. PEDIDA

1

10.1 - MODELOREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL PREÇO/kg QUANT.(kg) VALOR TOTAL

10.90.01 Gesso Cerâmico 0,130 5,00 0,650DIRECTOS 0,650

€ 0,650

INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 101.2 Oper. MOLDES 4,107 480,00 32,854€ 32,854 36,538

>INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 1013 1011 3,684

480REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 10.11 MODELAÇÃO/MOLDES 2,197 266,67 9,764

9,764>

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAK VALORQualidade + Produção + Planeamento 6,967 6,967

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (HK) --> € 53,919

CUSTOS DIRECTOS DE DESENVOLVIMENTO E PROJECTOVALOR TOTAL250,000

250,000

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de HK VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 10,373 10,373Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 12,368 12,368 22,740

CUSTOS PRÓPRIOS € 326,659

DESIGNAÇÃO

DESIGNAÇÃO

CÁLCULO DE CUSTOS DE MOLDESDATA

2004-06-15REFER1234

DESIGNAÇÃOVaso Rosa

MA

TER

IAIS

Custo do PROJECTO

O-D

E-O

BR

AM

ÁQ

UIN

AS

INÍCIO

10.1 - MODELO

Page 37: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 229 -

CENCALQ. PEDIDA

1

10.2 - MOLDE ORIGINALREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL PREÇO/kg QUANT.(kg) VALOR TOTAL

10.90.01 Gesso Cerâmico 0,130 8,00 1,040DIRECTOS 1,040

€ 1,040

INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 101.2 Oper. MOLDES 4,107 240,00 16,427€ 16,427 18,269

>INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 1013 1011 1,842

240REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 10.11 MODELAÇÃO/MOLDES 2,197 133,33 4,882

4,882>

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAK VALORQualidade + Produção + Planeamento 3,48 3,48

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (HK) --> € 27,675

CUSTOS DIRECTOS DE DESENVOLVIMENTO E PROJECTOVALOR TOTAL

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de HK VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,186 5,186Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 6,184 6,184 11,370

CUSTOS PRÓPRIOS € 39,045

DESIGNAÇÃO

DESIGNAÇÃO

QU

INA

SM

ATE

RIA

ISM

ÃO

-DE

-OB

RA

CÁLCULO DE CUSTOS DE MOLDESDATAREFER

1234DESIGNAÇÃO

Vaso Rosa 2004-06-15INÍCIO

10.2 - MOLDE ORIGINAL

Page 38: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 230 - POEFDS/CENCAL

CENCALQ. PEDIDA

2

10.3 - MADREREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL PREÇO/kg QUANT.(kg) VALOR TOTAL

10.90.02 Gesso de Madres 0,725 10,00 7,250DIRECTOS 7,250

€ 7,250

INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 101.2 Oper. MOLDES 4,107 240,00 16,427€ 16,427 18,269

>INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 1013 1011 1,842

240REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 10.11 MODELAÇÃO/MOLDES 2,197 133,33 4,882

4,882>

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAK VALORQualidade + Produção + Planeamento 3,483 3,483

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (HK) --> € 33,885

CUSTOS DIRECTOS DE DESENVOLVIMENTO E PROJECTOVALOR TOTAL

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de HK VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,186 5,186Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 6,184 6,184 11,370

CUSTOS PRÓPRIOS € 45,255

CÁLCULO DE CUSTOS DE MOLDES

DESIGNAÇÃO

REFER DESIGNAÇÃO DATA1234 Vaso Rosa 2004-06-15

QU

INA

S

DESIGNAÇÃO

MA

TER

IAIS

O-D

E-O

BR

A

INÍCIO

10.3 - MADRE

Page 39: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 231 -

CENCALQ. PEDIDA

200

10.4 - MOLDE DE PRODUÇÃOREF DESIGNAÇÃO DO MATERIAL PREÇO/kg QUANT.(kg) VALOR TOTAL

10.90.01 Gesso Cerâmico 0,130 5,00 0,650DIRECTOS 0,650

€ 0,650

INDIRECTOS % dos custos directos p/ conservação e manipulação

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 101.2 Oper. MOLDES 4,107 30,00 2,053

€ 2,053 2,284>

INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 1013 1011 0,23030

REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 10.11 MODELAÇÃO/MOLDES 2,197 16,67 0,610

0,610>

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAK VALORQualidade + Produção + Planeamento 0,435 0,435

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (HK) --> € 3,979

CUSTOS DIRECTOS DE DESENVOLVIMENTO E PROJECTOVALOR TOTAL

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de HK VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 0,648 0,648Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 0,773 0,773 1,421

CUSTOS PRÓPRIOS € 5,401

DESIGNAÇÃO

QU

INA

SM

ÃO

-DE

-OB

RA

MA

TER

IAIS

CÁLCULO DE CUSTOS DE MOLDES

DESIGNAÇÃO

REFER DESIGNAÇÃO DATA1234 Vaso Rosa 2004-06-15INÍCIO

10.4 - MOLDE DE PRODUÇÃO

Page 40: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 232 - POEFDS/CENCAL

12.7.3 – CÁLCULO DO CUSTO DE PASTA.

CENCAL03-PREP. MATÉRIAS PRIMAS - PASTAS DATA

DENSIDADE1,70

REF DESIGNAÇÃO DO MATERIALPREÇO/kg

(seco)PESO SECO

[ kg ]VALOR

VALOR TOTAL

10.10.01 Barro branco BL1 0,085 1000,00 85,00010.10.03 Barro cinzento BL3 0,059 350,00 20,47510.10.05 Caulino nº1 0,045 1350,00 60,75010.10.07 Farinha sílica P300 0,125 1700,00 212,500

DIRECTOS 10.10.09 Calcite 0,065 600,00 39,000€ 445,864 10.10.12 Sulfato de cobalto 5,750 4,00 23,000 454,781

10.10.13 Carbonato de sódio 0,340 3,35 1,13910.10.14 Carbonato de bário 1,000 4,00 4,000

>Água de diluição 2561,00

INDIRECTOS % dos C. directos p/ conservação e manipulação 2,00 8,917

CÓD. CATEGORIA DO OPERÁRIO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTALDIRECTOS 111.2 Oper. PREP. PASTA 4,002 228,00 15,207€ 15,207 16,036

>INDIRECTOS Custo da chefia directa e auxiliares 1113 1111 0,829

228REF DESIGN. DO EQUIPAMENTO CUSTO/h TEMPO (min) VALOR TOTAL

DIRECTOS 11.11 PASTAS LIQUIDA 3,159 240,00 12,634

12,634>

DESPESAS GER.AIS FABRIC. RESTANTES VAL. CALC. % de MAK VALORQualidade + Produção + Planeamento 3,494 3,494

54601 CUSTOS DE PRODUÇÃO (HK) --> 486,946

CUSTOS DIRECTOS DE DESENVOLVIMENTO E PROJECTOVALOR TOTAL

DESPESAS GERAIS DE ADMINISTRAÇÃO E VENDAS 54602 54603VAL. CALC. % de HK VALOR TOTAL

Administrativos + Comerciais + I&D + Apoio Geral 5,303 5,303Equipamentos e Mat. de Apoio e Outros FSE 5,875 5,875 11,178

CUSTO TOTAL DO LOTE DE 5000 kg € 498,123

Seco = € 0,100 CUSTOS PRÓPRIOS (de cada /Kg de Pasta) Pasta com densidade 1,7 = € 0,066

Pasta não utilizada (seco) = € 0,010

DESIGNAÇÃO

REFER.

DESIGNAÇÃOEntram como indirectos nos custos de Laboratório

O-D

E-O

BR

AM

ÁQ

UIN

AS

111021 Barbotina Folmul. B

MA

TER

IAIS

DESIGNAÇÃO

15-Jun-2004

LOTE - P. seco [kg]5.000

SAIR

Page 41: Cap12 - Cálculo de Custos

GPC – Gestão da Produção Cerâmica

POEFDS/CENCAL Pág. - 233 -

QUESTÕES DE REVISÃO 12.1 – O que é um custo? Como se caracteriza?

12.2 – O que é uma despesa? O que a caracteriza?

12.3 – Em que consiste a amortização de um meio de produção?

12.4 – No texto são apresentados dois modos diferentes de amortizar um bem. Caracterize-os.

12.5 – O que é um centro de custos?

12.6 – Qual a diferença entre custos básicos e custos calculados?

12.7 – Qual a diferença entre custos directos e custos indirectos?

12.8 – O que são os custos especiais diversos?

12.9 – O que são custos fixos?

12.10 – Quando se diz que um custo é variável?

12.11 – Em que circunstâncias se aplica o cálculo de custos por divisão?

12.12 – Em que se baseia o cálculo de custos por adição? Quando se aplica?

12.13 – Relativamente ao método de cálculo de custos por adição, defina:

a) Custos directos de materiais

b) Custos dos materiais

c) Custos directos especiais de fabricação

d) Custos de produção

e) Custos próprios

12.14 – Quais são os componentes dos custos indirectos de fabricação?

12.15 – Os custos máquina são compostos por: …. (complete a frase correctamente)

Page 42: Cap12 - Cálculo de Custos

Cálculo de Custos

Pág. - 234 - POEFDS/CENCAL