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Principais toques de atabaques É a percussão dos tambores ou Atabaque que varia de acordo com a nação do Candomblé. Essa percussão pode ser feita com as mãos ou com duas varetas de nome aguidavi, ou por vezes com uma mão e um aquidavi, dependendo do ritmo (toque) e do atabaque que está sendo tocado. Dobrar os couros - é um repique lento sequencial e cadenciado que é feito para homenagear visitasilustres que estão chegando no terreiro, praticamente é o convite para a pessoa entrar. Durante a festa, quando chegam os convidados ou sacerdotes e ogans de outras casas, interrompe-se o toque que está sendo executado para os orixás e dobra-se os couros, após a entrada dos convidados o toque é retomado normalmente. Algumas casas de candomblé não usam dobrar os couros para as visitas, mas a maioria considera isso uma honra. Dobra- se os couros também em outras ocasiões, mas sempre para homenagear. Nas casas de candomblé bantu Angola e Congo são tocados só com as mãos, não se faz uso dosaguidavi.

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Principais toques de atabaques

É a percussão dos tambores ou Atabaque que varia de acordo com a nação do Candomblé. Essa percussão pode ser feita com as mãos ou com duas varetas de nome aguidavi, ou por vezes com uma mão e um aquidavi, dependendo do ritmo (toque) e do atabaque que está sendo tocado.

Dobrar os couros - é um repique lento sequencial e cadenciado que é feito para homenagear visitasilustres que estão chegando no terreiro, praticamente é o convite para a pessoa entrar. Durante a festa, quando chegam os convidados ou sacerdotes e ogans de outras casas, interrompe-se o toque que está sendo executado para os orixás e dobra-se os couros, após a entrada dos convidados o toque é retomado normalmente. Algumas casas de candomblé não usam dobrar os couros para as visitas, mas a maioria considera isso uma honra. Dobra-se os couros também em outras ocasiões, mas sempre para homenagear.

Nas casas de candomblé bantu Angola e Congo são tocados só com as mãos, não se faz uso dosaguidavi.

A palavra também pode ser usada como toque de candomblé referindo-se as festas públicas, ou toque de orixá alguns exemplos:

Hamunha ou Avamunha : Toque que servem para saída e recolhimento de filhos e orixás.

Adarrum ou Adahun : Toque que serve para chamar orixás

Opanijé : Toque para o Orixá Obaluayê

Alujá : Toque para o Orixá Xangô [1]

Ijexá : Toque para o Orixá Oxum

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Ilú ou Ylú : Toque para o Orixá Oyá

Agueré : Toque para o Orixá Oxóssi

Igbi : Toque para o Orixá Oxalá

Batá : Toque para o Orixá Oxalá

Bravun : Toque para o Orixá Oxumarê

Sató : Toque para o Orixá Nanã

Barlavento ou Barravento[2] : Toque de Angola e Congo

Congo de Ouro : Toque de Angola e Congo

Muzenza : Toque de Angola e Congo

Cabula : Toque de Angola e Congo

Faça oferenda (passo a passo) ao seu Orixás

Comidas rituais são as comidas específicas de cada Orixá, que para serem preparadas são submetidas a um verdadeiro ritual. Esses alimentos depois de prontos são

oferecidos aos Orixás acompanhados de rezas e cantigas, durante a festa ou no final, em grande parte são distribuídas para todos os presentes, são chamadas comida de axé pois acredita-se que o Orixá aceitou a oferenda e impregnou de axé as mesmas.

Eis então algumas das principais comidas:

Acarajé – é a comida ritual do Orixá Iansã. O acarajé é feito com feijão-frade, que deve ser partido num moinho em pedaços grandes e colocado de molho em água para soltar a casca, após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um

pouco de sal. O segredo para o acarajé ficar macio é o tempo que se bate a massa. Quando a massa estiver no ponto ela fica com a aparência de espuma, para fritar use

uma panela funda com bastante azeite de dendê.

Ado – é uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e moído em moinho e temperado com azeite de dendê e mel, é oferecido principalmente ao Orixá Oxum.

Amalá – é comida ritual do Orixá Xangô. É feito com quiabo cortado, cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce, pode ser feito de várias maneiras. É

oferecido numa gamela forrada com massa de acaçá.

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Axoxô – é comida ritual do Orixá Oxóssi, milho vermelho cozido refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê, enfeitado com fatias de coco sem casca.

Deburu – é a comida ritual do Orixá Obaluaiyê , é o milho de pipoca estourado numa panela com areia . Depois de peneirar a areia essa pipoca é colocada num alguidar ou

tigela (de barro) e enfeitado com pedacinhos de coco.

Ekuru – é uma comida ritual, a massa é preparada da mesma forma que a massa do acarajé , feijão-frade sem casca triturado, envolta em folhas de bananeira como o

acaçá e cozido no vapor.

Omolocum – comida ritual da Orixá Oxum , é feito com feijão-frade cozido, refogado com cebola ralada, pó de camarão, sal, azeite de dendê ou azeite doce. Enfeitado com

camarões inteiros e ovos cozidos inteiros sem casca, normalmente são colocados 5 ovos ou 8 ovos, mas essa quantidade pode mudar de acordo com a obrigação do

candomblé.

Abará – é um dos pratos da culinária baiana e como o acarajé também faz parte da comida ritual do candomblé . A preparação da massa é idêntica à do acarajé. Quando

comida ritual, coloca-se um pouco de pó de camarão e quando da culinária baiana coloca-se camarões secos previamente escaldados para tirar o sal, que pode ser moído junto com o feijão e depois colocar alguns inteiros. Essa massa deve ser envolvida em pequenos pedaços de folha de bananeira semelhante ao processo usado para fazer o

acaçá e deve ser cozido no vapor em banho-maria; é servido na própria folha.

Acaçá - é uma comida ritual do candomblé e da culinária baiana . Feito com milho branco ou milho vermelho, que após ficar de molho em água de um dia para o outro,

deve ser moído num moinho formando uma massa que deverá ser cozida numa panela com água, sem parar de mexer, até ficar no ponto. O ponto de cozedura pode ser visto

quando a massa não dissolve se pingada num copo com água. Ainda quente essa massa deve ser embrulhada em pequenas porções, em folha de bananeira

previamente limpa, passada no fogo e cortada em tamanho igual para que todos fiquem do mesmo tamanho. Coloca-se a folha na palma da mão esquerda e coloca-se a massa, com o dedo polegar dobra-se a primeira ponta da folha sobre a massa, dobra-se a outra ponta cruzando por cima e virando para baixo, faz o mesmo do outro lado.

O formato que vai ficar é de uma pirâmide rectangular.

Caruru – É uma comida ritual do candomblé e da culinária baiana. É preparado com quiabo cortado em quatro de comprido e depois em rodelas, cebola ralada ou batida

no processador, pó de camarão, sal, azeite de dendê, castanha-de-caju torrada e moída, amendoim torrado sem casca e moído.

Preparação: Numa panela coloque azeite de dendê, a cebola e o sal refogue um pouco em seguida coloque o quiabo cortado, colocar um pouco de água e deixar cozinhar,

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quando estiver cozido colocar aos poucos a castanha e o amendoim acrescentando um pouco mais de dendê, depois de pronto é colocado numa gamela.

Efó - é uma comida ritual e da culinária baiana , pode ser feita com a folha chamada língua de vaca ou com folha de mostarda.

Preparação: Meio quilo de camarão seco, descascado. Pimenta-malagueta em pó. Meio dente de alho. Uma cebola. Uma pitada de coentro. Um maço de língua-de-vaca

(ou taioba, ou bertalha, ou espinafre, ou mostarda). Primeiro, ferve-se a língua-de-vaca, escorre-se numa peneira, estende-se na tábua e bate-se bem com a faca, até

ficar uniforme. Enxuga-se e estende-se na peneira para secar toda a água. Cozinha-se no azeite-de-dendê puro, temperado com tudo o resto. A panela fica tapada, para suar. Come-se com arroz. Nanã, rainha das águas doces, quando escolhe, pede um

bom efó de língua-de-vaca.

Xangô

Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.

Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão.Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo.Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contendas pessoais

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suas, presentes nas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá.Xangô não contesta o status de Oxalá de patriarca da Umbanda, mas existe algo de comum entre ele e Zeus, o deus principal da rica mitologia grega. O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. Segundo Pierre Verger, esse símbolo se aproxima demais do símbolo de Zeus encontrado em Creta. Assim como Zeus, é uma divindade ligada à força e à justiça, detendo poderes sobre os raios e trovões, demonstrando nas lendas a seu respeito, uma intensa atividade amorosa.Outra informação de Pierre Verger especifica que esse Oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado, e lembra, de certa forma a cerimônia chamada ajerê, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo, demonstrando através dessa prova, que o transe não é simulado.Xangô portanto, já é adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos, mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor.Outro dado saliente sobre a figura do senhor da justiça é seu mau relacionamento com a morte. Se Nanã é como Orixá a figura que melhor se entende e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos, Eguns, Xangô é que mais os detesta ou os teme. Há quem diga que, quando a morte se aproxima de um filho de Xangô, o Orixá o abandona, retirando-se de sua cabeça e de sua essência, entregando a cabeça de seus filhos a Obaluaiê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas.Deste tipo de afirmação discordam diversos babalorixás ligados ao seu culto, mas praticamente todos aceitam como preceito que um filho que seja um iniciado com o Orixá na cabeça, não deve entrar em cemitérios nem acompanhar a enterros.Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô.Xangô teria como seu ponto fraco, a sensualidade devastadora e o prazer, sendo apontado como uma figura vaidosa e de intensa atividade sexual em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas: Obá, a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxossi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela abandone Oxossi; e Iansã, que vivia com Ogum e que Xangô raptou.No aspecto histórico Xangô teria sido o terceiro Aláàfin Oyó, filho de Oranian e Torosi, e teria reinado sobre a cidade de Oyó (Nigéria), posto que conseguiu após destronar o próprio meio-irmão Dada-Ajaká com um golpe militar. Por isso, sempre existe uma

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aura de seriedade e de autoridade quando alguém se refere a Xangô.Conta a lenda que ao ser vencido por seus inimigos, refugiou-se na floresta, sempre acompanhado da fiel Iansã, enforcou-se e ela também. Seu corpo desapareceu debaixo da terra num profundo buraco, do qual saiu uma corrente de ferro - a cadeia das gerações humanas. E ele se transformou num Orixá. No seu aspecto divino, é filho de Oxalá, tendo Yemanjá como mãe.Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza e chamado pelo termo obá, que significa Rei. No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.Xangô é um Orixá de fogo, filho de Oxalá com Yemanjá. Diz a lenda que ele foi rei de Oyó. Rei poderoso e orgulhoso e teve que enfrentar rivalidades e até brigar com seus irmãos para manter-se no poder.

Características

Cor

Marrom (branco e vermelho)

Fio de Contas

Marrom leitosa

Ervas

Erva de São João, Erva de Santa Maria, Beti Cheiroso, Nega Mina, Elevante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva Tostão, Caruru, Para raio, Umbaúba. (Em algumas

casas: Xequelê)

Símbolo

Machado

Pontos da Natureza

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Pedreira

Flores

Cravos Vermelhos e brancos

Essências

Cravo (flor)

Pedras

Meteorito, pirita, jaspe.

Metal

estanho

Saúde

fígado e vesícula

Planeta

Júpiter

Dia da Semana

Quarta-Feira

Elemento

Fogo

Chacra

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cardíaco

Saudação

Kaô Cabecile (Opanixé ô Kaô)

Bebida

Cerveja Preta

Animais

Tartaruga, Carneiro

Comidas

Agebô, Amalá

Numero

12

Data Comemorativa

30 de Setembro

Sincretismo:

São José, Santo Antônio, São Pedro, Moisés, São João Batista, São Gerônimo.

Incompatibilidades:

Caranguejo, Doenças

Qualidades:

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Dadá, Afonjá, Lubé, Agodô, Koso, Jakuta, Aganju, Baru, Oloroke, Airá Intile, Airá Igbonam, Airá Mofe, Afonjá, Agogo, Alafim

Atribuições

Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando

para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo

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As Características Dos Filhos De Xangô

Para a descrição dos arquétipos psicológico e físico das pessoas que correspondem a Xangô, deve-se ter em mente uma palavra básica: Pedra. É da rocha que eles mais se

aproximam no mundo natural e todas as suas características são balizadas pela habilidade em verem os dois lados de uma questão, com isenção e firmeza granítica

que apresentam em todos os sentidos.Atribui-se ao tipo Xangô um físico forte, mas com certa quantidade de gordura e uma

discreta tendência para a obesidade, que se ode manifestar menos ou mais claramente de acordo com os Ajuntós (segundo e terceiro Orixá de uma pessoa). Por outro lado, essa tendência é acompanhada quase que certamente por uma estrutura óssea bem-

desenvolvida e firme como uma rocha.Tenderá a ser um tipo atarracado, com tronco forte e largo, ombros bem desenvolvidos e claramente marcados em oposição à pequena estatura;

A mulher que é filha de Xangô, pode ter forte tendência à falta de elegância. Não que não saiba reconhecer roupas bonitas - tem, graças à vaidade intrínseca do tipo,

especial fascínio por indumentárias requintadas e caras, sabendo muito bem distinguir o que é melhor em cada caso. Mas sua melhor qualidade consiste em saber escolher as roupas numa vitrina e não em usá-las. Não se deve estranhar seu jeito meio masculino

de andar e de se portar e tal fato não deve nunca ser entendido como indicador de preferências sexuais, mas, numa filha de Xangô é um processo de comportamento a

ser cuidadosamente estabelecido, já que seu corpo pode aproximar-se mais dos arquétipos culturais masculinos do que femininos; ombros largos, ossatura

desenvolvida, porte decidido e passos pesados, sempre lembrando sua consistência de pedra.

Em termos sexuais, Xangô é um tipo completamente mulherengo. Seus filhos, portanto, costumam trazer essa marca, sejam homens, sejam mulheres (que estão

entre as mais ardentes do mundo). Os filhos de Xangô são tidos como grandes conquistadores, são fortemente atraídos pelo sexo oposto e a conquista sexual assume

papel importante em sua vida.

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São honestos e sinceros em seus relacionamentos mais duradouros, porque para eles sexo é algo vital, insubstituível, mas o objeto sexual em si não é merecedor de tanta

atenção depois de satisfeito desejo.Psicologicamente, os filhos de Xangô apresentam uma alta dose de energia e uma

enorme auto-estima, uma clara consciência de que são importantes, dignos de respeito e atenção, principalmente, que sua opinião será decisiva sobre quase todos os

tópicos - consciência essa um pouco egocêntrica e nada relacionada com seu real papel social. Os filhos de Xangô são sempre ouvidos; em certas ocasiões por gente mais importante que eles e até mesmo quando não são considerados especialistas

num assunto ou de fato capacitados para emitir opinião.Porém, o senhor de engenho que habita dentro deles faz com que não aceitem o

questionamento de suas atitudes pelos outros, especialmente se já tiverem considerado o assunto em discussão encerrado por uma determinação sua. Gostam

portanto, de dar a última palavra em tudo, se bem que saibam ouvir. Quando contrariados porém, se tornam rapidamente violentos e incontroláveis. Nesse

momento, resolvem tudo de maneira demolidora e rápida mas, feita a lei, retornam a seu comportamento mais usual.

Em síntese, o arquétipo associado a Xangô está próximo do déspota esclarecido, aquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente, não admite dúvidas em relação a

seu direito de detê-lo, mas julga a todos segundo um conceito estrito e sólido de valores claros e pouco discutíveis. É variável no humor, mas incapaz de

conscientemente cometer uma injustiça, fazer escolha movido por paixões, interesses ou amizades.

Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e

equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável.

Cozinha ritualística

CaruruAfervente o camarão seco, descasque-o e passe na máquina de moer. Descasque o

amendoim torrado, o alho e a cebola e passe também na máquina de moer. Misture todos esses ingredientes moídos e refogue-os no dendê, até que comecem a dourar.

Junte os quiabos lavados, secos e cortados em rodelinhas bem finas. Misture com uma colher de pau e junte um pouco de água e de dendê em quantidade bastante para

cozinhar o quiabo. Se precisar, ponha mais água e dendê enquanto cozinha. Prove e tempere com sal a gosto. Mexa o caruru com colher de pau durante todo o tempo que cozinha. Quando o quiabo estiver cozido, junte os camarões frescos cozidos e o peixe

frito (este em lascas grandes), dê mais uma fervura e sirva, bem quente.

AjebôCorte os quiabos em rodelas bem fininhas em uma Gamela, e vá batendo eles como se

estivesse ajuntando eles com as mãos, até que crie uma liga bem Homogênea.

Rabada

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Cozinhe a rabada com cebola e dendê. Em uma panela separada faça um refogado de cebola dendê, separe 12 quiabos e corte o restante em rodelas bem tirinhas,

junte a rabada cozida. Com o fubá, faça uma polenta e com ela forre uma gamela, coloque o refogado e enfeite com os 12 quiabos enfiando-os no amalá de cabeça para

baixo.Lendas de Xangô

A Justiça de XangôCerta vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um

inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da

montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles

abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô

pediam os mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô.

- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!

E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida

libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.

A Lenda da Riqueza de ObaráEram dezesseis irmãos, Okaram, Megioko, Etaogunda, Yorossum, Oxé, Odí, Edjioenile,

Ossá, Ofum, Owarin, Edjilaxebora, Ogilaban, Iká, Obetagunda, Alafia e Obará. Entre todos Obará era o mais pobre, vivendo em uma casinha de palha no meio da floresta,

com sua vida humilde e simples.Um dia os irmãos foram fazer a visita anual ao babalaô para fazer suas consultas, e

prontamente o babalaô perguntou: Onde está o irmão mais pobre? Os outros irmão disseram-lhe que avia se adoentado e não poderia comparecer, mas na verdade eles

tinham vergonha do irmão pobre. Como era de costume o babalaô presenteou a cada irmão com uma lembrança, simples, mas de coração e após a consulta foram todos a caminho de casa. Enquanto caminhavam, maldiziam o presente dado pelo babalaô,

Morangas? Isso é presente que se dê? Abóboras? .A noite se aproximava e a casa de Obará estava perto, resolveram então passar a noite

lá. Chegando a casa do irmão, todos entraram e foram muito bem recebidos, Obará pediu a esposa que preparasse comida e bebida a todos, e acabaram com tudo o que havia para comer na casa. O dia raiando os irmãos foram embora sem agradecer, mas

antes lhe deixaram as abóboras como presente, pois se negavam a come-las.

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Na hora do almoço, a esposa de Obará lhe disse que não havia mais nada o que comer, apenas as abóboras que não estavam boas, mas Obará pediu-lhe que as fizesse assim mesmo. Quando abriram as abóboras, dentro delas haviam várias riquezas em ouro e

pedras preciosas e Obará prosperou.Tempos depois, os irmãos de Obará passavam por tempos de miséria, e foram ao

Babalaô para tentar resolver a situação, ao chegar lá escutaram a multidão saldando um príncipe em seu cavalo branco e muitos servos em sua comitiva entrando na cidade, quando olharam para o príncipe perceberam que era seu irmão Obará e

perguntaram ao Babalaô como poderia ser possível e ele respondeu: Lembram-se das abóboras que vos dei, dentro haviam riquezas em pedras e ouro mas a vaidade e

orgulho não vos deixaram ver e hoje quem era o mais pobre tornou-se o mais rico.Foram então os irmãos ao palácio de Obará para tentar recuperar as abóboras e lá

chegando, disseram a Obará que lhes devolvessem as Abóboras e Obará assim o fez, mas antes esvaziou todas e disse: Eis aqui meus irmãos, as abóboras que me deram

para comer, agora são vocês que as comerão. E quando o babalaô em visita ao palácio de Obará lhe disse: Enquanto não revelares o que tens, tu sempre terás. E foi assim

que se explica o motivo que quem carrega este Odú não pode revelar o que tem pois corre o risco de perder tudo, como os irmãos de Obará!

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Xangô cumpre a promessa feita a Oxum

Quando Xangô pediu Oxum em casamento, ela disse que aceitaria com a condição de que ele levasse o pai dela, Oxalá, nas costas para que ele, já muito velho, pudesse assistir ao casamento. Xangô, muito esperto, prometeu que depois do casamento carregaria o pai dela no pescoço pelo resto da vida; e os dois se casaram. Então, Xangô arranjou uma porção de contas vermelhas e outra de contas brancas, e fez um colar com as duas misturadas. Colocando-o no pescoço, foi dizer a Oxum: “- Veja, eu já cumpri minha promessa. As contas vermelhas são minhas e as brancas, de seu pai; agora eu o carrego no pescoço para sempre.”

(2)Xangô torna-se Orixá

Xangô vivia em seu reino com suas 3 mulheres ( Iansã, Oxum e Obá ), muitos servos, exércitos, gado e riquezas. Certo dia, ele subiu num morro próximo, junto com Iansã; ele queria testar um feitiço que inventara para lançar raios muito fortes. Quando recitou a fórmula, ouviu-se uma série de estrondos e muitos raios riscaram o céu. Quando tudo se acalmou, Xangô olhou em direcção à cidade e viu que seu palácio fora atingido. Ele e Iansã correram para lá e viram que não havia sobrado nada nem ninguém. Desesperado, Xangô bateu com os pés no chão e afundou pela terra; Iansã o imitou. Oxum e Obá viraram rios e os 4 se tornaram Orixás.

(3)Xangô é condenado por Oxalá comer como os escravos

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Airá, aquele que se veste de branco, foi um dia às terras do velho Oxalá para levá-lo à festa que faziam em sua cidade. Oxalá era velho e lento, Por isso Airá o levava nas costas. Quando se aproximavam do destino, vira a grande pedreira de Xangô, bem perto de seu grande palácio. Xangô levou Oxalufã ao cume, para dali mostrar ao velho amigo todo o seu império e poderio. E foi lá de cima que Xangô avistou uma belíssima mulher mexendo sua panela. Era Oiá! Era o amalá do rei que ela preparava!Xangô não resistiu à tamanha tentação. Oiá e amalá! Era demais para a sua gulodice, depois de tanto tempo pela estrada. Xangô perdeu a cabeça e disparou caminho abaixo, largando Oxalufã em meio às pedras, rolando na poeira, caindo pelas valas. Oxalufã se enfureceu com tamanho desrespeito e mandou muitos castigos, que atingiram diretamente o povo de Xangô.Xangô, muito arrependido, mandou todo o povo trazer água fresca e panos limpos. Ordenou que banhassem e vestissem Oxalá. Oxalufã aceitou todas as desculpas e apreciou o banquete de caracóis e inhames, que por dias o povo lhe ofereceu. Mas Oxalá impôs um castigo eterno a Xangô. Ele que tanto gosta de fartar-se de boa comida.Nunca mais pode Xangô comer em prato de louça ou porcelana. Nunca mais pode Xangô comer em alguidar de cerâmica. Xangô só pode comer em gamela de pau, como comem os bichos da casa e o gado e como comem os escravos.

paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814Xangô

Xangô traz nas mãos o Oxé, machado de dois lados representando o peso igual nos julgamentos. Traz também o xerém, espécie de chocalho usado para dispertar a ira dos raios e das trovoadas.

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XANGÔ – O Rei do Trovão

Orixá de grande valia e importância nos Cultos Afro-Brasileiros, tem alguns cultos que levam o seu próprio nome, tamanha a popularidade deste Orixá. Divide com Ogum a popularidade e o respeito dos fiéis, tanto nos Candomblés (diversas nações) como na Umbanda. Xangô foi o grande Obá (rei) da cidade de Oyó, representando, na linha de sucessão, seu quarto alafin (segundo fontes fidedignas). Ele fez sua passagem pela Terra por volta de 1450 a. C., filho de Oranian e Torossi. Governou com mãos de ferro, sendo, ao mesmo tempo, temido e adorado pelo povo. Muitas vezes comportou-se como tirano, na sua ânsia pelo poder. Alguns relatos afirmam que Xangô destronou seu próprio irmão, Dadá-Ajanká, para tomar o seu lugar. É o orixá das pedreiras, das

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terras áridas e das rochas. Seu elemento é o fogo, dominando também o raio e o trovão. O metal a que pertence é o cobre. Possui, como símbolo da natureza, a pedra de raio, que se cria quando um raio cai na terra. Sua ferramenta principal é o Oxé, ou machado duplo, simbolizando a imparcialidade na hora da justiça. Carrega também o Xerém, espécie de cabaça que é usada por certas qualidades deste Orixá. Xangô detém um profundo conhecimento e ligação com as árvores, de onde provêm muitos de seus objetos de culto, como a gamela e o pilão. É muito violento, mas nunca gratuitamente. Quando provocado, castiga seus inimigos sem piedade, sendo implacável nas guerras de conquista, atividade que exerce com maestria. Se for necessário, Xangô usa seus poderes de feitiçaria para destruir o inimigo. Como grande amante da justiça, é imparcial em suas ações, usando toda sua autoridade para resolver as mais difíceis questões, tarefa que ninguém gosta de fazer. Sempre podemos recorrer a ele quando nos defrontarmos com questões litigiosas ou problemas jurídicos. Segundo a mitologia africana, um traço marcante desse orixá é o fato de se fazer notar, sendo muito atraente e vaidoso. Ele teve várias uniões com outros orixás, como Oxum, Obá e Iansã, que era sua prima e esposa predileta. Diz a tradição de lendas que Xangô tem medo da morte, pelo fato de abandonar a cabeça (ou ori) de seus filhos de santo. Orixá poderoso que não teme nada, não suportanto o frio que emana de um corpo sem vida. Xangô possui a energia do fogo, que irradia calor e possibilita a existência da vida. A morte e o frio são contrários à sua essência. Nos meses de junho, mantém-se uma tradição festiva, que são as famosas fogueiras de Xangô, feitas em sua homenagem. Xangô é um orixá que teve vontade de experimentar a criação divina, ou seja, ele quis nascer e viver aqui na Terra. Como foi dito no início, existiu um rei, na cidade de Oyó, que era muito poderoso, sendo identificado como a energia Xangô. São Gerônimo (Agodô) é o sincretismo mais conhecido deste Orixá. São Pedro (Alafim), São João Batista (Xangô do Ouro ou Xangô menino) e São José (Agaju) também são qualidades de Xangô. Embora alguns estudiosos dão também como sincretismo São Miguel e São Gabriel. Orixá presente em todas as feituras de casas de santo, tem no axé da casa a sua Pedra Sagrada conhecida como “Okanixé”. Outras qualidades de Xangô são: Abomi, Alufam, Airá, Echê e Ibaru. Esta sentado no meio de 12 ministros chamados (obagues) que seriam seus ministros. Os ministros da direita absolvem enquento os da esquerda condenam. Para o contexto Umbandista, Xangô mora no alto de uma pedreira, e carrega o livro sagrado (as escrituras) e as Sete Chaves da Sabedoria. Xangô controla todas as forças naturais por intermédio dos astros, é conhecido como o Rei dos Astros. Vive no seu castelo, além do seu criado Oxumarê (quando o arco-irís aparece, significa que Oxumarê veio a Terra e está levando água ao Reino de Xangô), tem como servos Biri (as trevas) e Afefe (o vento). Nos candomblé dança com suas cores rituais que são o vermelho, branco e marrom. Algumas qualidades trazem na cabeça um gorro na cor vermelha. Conta uma lenda que explica o fato de Xangô e Iansã deterem ao mesmo tempo o poder do fogo. Vivia Xangô no reino de Oió e ouviu dizer de um certo mago que vivia num reino distante que tinha uma poção capaz de fazer com que aquele que a tomasse, pudesse cuspir fogo e Ter o domínio sobre os raios e as tempestadades. Xangô muito ocupado, manda Iansã até o Reino viziho para pegar a tal poção. Lá chegando Iansã pega a tal poção e é avisada pelo mago para que não ousasse beber tal composto. No caminho, Iansã sente uma sede muito grande e

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não resistindo toma parte da poção. Chegando ao Reino de Oió, é perguntada por Xangô sobre o sucesso da viagem. Sem esperar, no ato da resposta Iansã fala com labaredas de fogo saindo pela boca. Xangô irado, manda Iansã embora, mas sabendo que a partir daquele dia teria Iansã como companheira dos raios e trovões.

O Arquétipo dos seus filhos

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Assim como o orixá, seus filhos são amantes da justiça, agindo com muita imparcialidade, podendo ser excelentes profissionais ligados à área jurídica. Podem também exercer cargos dentro do exército ou do governo, devido às suas qualidades de autoridade e comando. Sabem, como ninguém, administrar seu patrimônio, não deixando que nada escape ao seu controle. Embora não admitam, também gostam de controlar as despesas dos membros de sua família, mas não deixa que nada lhes falte. Fisicamente são fortes, com discreta tendência à obesidade. Geralmente, são de média ou baixa estatura, com estrutura óssea bem desenvolvida e, quase sempre, desprovidos de nádegas. Seus filhos podem ser identificados pelo forte timbre de voz, assemelhando-se ao barulho do trovão. São honestos e sinceros em seus relacionamentos, mas dificilmente fiéis. Têm a fama de mulherengos. Apresentam alta dose de energia, auto-estima e egocentrismo. Possuem uma postura nobre e hábitos aristocráticos, gostando de dar a última palavra em tudo. Seu humor é variável, sendo incapazes de cometer injustiças.

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O Culto ao Orixá

Para se entender o culto aos Orixás, é necessário conhecer o significado da palavra: o orixá é a força da natureza divinizada. De acordo com as lendas Yorubás, os orixá vieram do Orum para o Ayé (do céu para a terra). Tiveram corpo físico na Terra por algum tempo, com vida semelhante à dos homens. Depois voltaram em definitivo para o Orum, deixando para os homens as instruções de como seriam cultuados futuramente. Xangô é cultuado as quartas-feiras com Iansã e com Oxumarê. No Brasil é Orixá de alta patente, tendo em Alagoas e em Sergipe significado de Casa de Santo ou terreiro. Seu cardápio sagrado é constituído de Abô (carneiro), Akukó (galo), Etu (galinha). Seu animal sagrado é o Ajapá (cágado). Uma das comidas mais conhecidas deste Orixá é o Amalá, espécie de pirão de farinha com carne misturado com quiabos, colocado na gameleira e enfeitado com certo numero de quiabos (em geral 12) mais pode variar de acordo com o intuito e com a qualidade. Sua filiação seria Oxalá e Yemanjá. Sua área de atuação seria a justiça e todas as causas que dependem de certa

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atenção. Está presente também na proteção de catátrofes e tragédias. Sua bebida é o aluá ou a cerveja preta. Suas contas são de cor marrom. Sua saudação é Kaô Kabecile!!!

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Xangô era rei de Oió, o mais temido e respeitado de todos os reis. Mesmo assim, um dia seu reino foi atacado por uma grandequantidade de guerreiros que invadiram a cidade violentamente, destruindo tudo e matando soldados e moradores numa tremenda fúria assassina. Xangô reagiu e lutou bravamente durante semanas. Um dia, porém, percebeu que a guerra tornara-se um caminho sem volta. Já havia perdido muitos soldados e a única saída seria entregar sua coroa aos inimigos. Resolveu então procurar por Orunmilá e pedir-lhe um conselho para evitar a derrota quase certa. O adivinho mandou que ele subisse uma pedreira e lá aguardasse, pois receberia do céu a iluminação do que deveria ser feito. Xangô subiu e quando estava no ponto mais alto do terreno foi tomado de extrema fúria. Pegando seu oxê, machado de duas lâminas, começou a quebrar as pedras com grande violência. Estas ao serem quebradas, lançavam raios tão fortes que em instantes transformaram-se em enormes línguas de fogo que, espalhando-se pela cidade, mataram uma grande quantidade de guerreiros inimigos. Os que restaram, apavorados, procuraram os soldados de Xangô e renderam-se imediatamente pedindo clemência. Levados até ao rei, os presos elegeram um emissário para servir-lhes de porta voz. O homem escolhido foi logo se atirando aos pés de Xangô. Desculpou-se pedindo perdão. Humilhando-se, explicou que lutavam, não por vontade própria, e sim forçados por um monarca, vizinho de Oió, que tinha um grande ódio de Xangô e os martirizava impiedosamente. Xangô, altamente perspicaz, enxergou nos olhos do guerreiro que ele falava a verdade e perdoou a todos, aceitando-os como súditos de seu reino. Assim tornou-se conhecido como o orixá justiceiro que perdoa quando defrontado com a verdade, mas que queima com seus raios os mentirosos e delinqüentes.

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Oiá sopra a forja de Ogum e cria o vento e a tempestade

Oxaguiã estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas eram as armas para guerrear.

Ogum fazia as armas, mas fazia lentamente. Oxaguiã pediu a seu amigo Ogum urgência, Mas o ferreiro já fazia o possível.

O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova tardava como o

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tempo. Tanto reclamou Osaguiã que Oyá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar Ogum a apressar a fabricação.

Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ogum e seu sopro avivava intensamente o fogo e o fogo aumentado de calor derretia o ferro mais rapidamente.

Logo Ogum pode fazer muitas armas e com as armas Oxaguiã venceu a guerra. Oxaguiã veio então agradecer Ogum . E na casa de Ogum enamorou-se de Oyá.

Um dia fugiram Oxaguiã e Oyá, deixando Ogum enfurecido e sua forja fria. Quando mais tarde Oxaguiã voltou à guerra e quando precisou de armas muito urgentemente, Oyá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de Osaguiã, onde vivia, Oyá soprava em direção à forja de Ogum .

E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Oxaguiã da de Ogum . E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais pelo caminho, até chegar às chamas com furor atiçava.

E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ogum. Tão forte que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores, arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e o povo chamava a isso tempestade.

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"Em julho de 1993 o Candomblé lamentou a morte de José Bispo dos Santos, um dos maiores responsáveis pela introdução da religião dos Orixás no Sudeste, especialmente em São paulo. tornou-se famoso com o apelido de bobó de Iansã e em 1948 era citadi por Edson Carneiro no livro Candomblés da Bahia entre os babalorixás que vinham adquirindo sucesso na cidade de Salvador.

Iniciado aos quatro anos de idade pela eminente ialorixá Cotinha de Ewá, Pai Bobó honrou até os últimos dias a Casa de Oxumaré, não obstante suas estreitas ligações com o Gantois, pois Zezinho - como o chamava Mãe Menininha - não se furtava dos conselhos da grande mãe-de-santo, que ele adorava tanto, que no dia 13 de agosto de 1986, quando Mãe Menininha faleceu, entre lágrimas, fez o solene juramento de jamais voltar à Bahia. E cumpriu. A Bahia, contudo, vinha até Pai Bobó: tantos ogans e matronas do Gantois, Mãe Nilzete de Iemanjá, então ialorixá do Axé oxumaré, não perdiam as festas de Iansã, que levavam milhares de pessoas ao litoral paulista, mais especificamente à cidade do Guarujá, onde Pai Bobó plantou seu axé,.

Pai Bobó deixou Salvador em 1950. Veio primeiramente para o Rio de janeiro e por alguns anos esteve ao lado de Joãozinho da Goméia, auxiliando-o nas funções sacerdotais. Já em São paulo, em 1957, fundou o Ilê Oyá Mesan Orun, na cidade de Santos, comprrovadamente o primeiro Candomblé do Estado. Os atabaques que

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bateram o primeiro Candomblé de São paulo foram presentes de Pai Baiano (Waldemiro de Xangô) e até hoje ecoam nas noites do litoral.

iniciou milhares de filhos-de-santo em São Paulo, sem contar os que o acompanharam da Bahia. Não se furtava a subir a serra e ajudar seus inúmeros filhos com casa aberta a fazer seus Candomlés. Pai Bobó era um homem bom, que sabia respeitar o espaço do outro e tinha sempre uma palavra de carinho e conforto para seus filhos e para todos os que o procuravam. No dia de seu enterro, uma multidão vestida de branco invadiu as ruas da cidade e lamentou a falta de um dos grandes nomes da religião, que para sempre será lembrado, pois foi amado e respeitado por todos.

Oiá é o vento que espanta a morte, a ventania que balança as folhas, que enverga a palmeira real e faz seu topo tocar o chão. Quando da morte de seus filhos, ela se manifesta. Quem não viu Iansã no enterro de pai Bobó? Todos, naquela triste manhã de um dia triste, viram Oiá abrindo os caminhos para o féretro. A cada caminho que cruzava - três passos adiante, três passos para trás - um vento forte zunia na boca do dia. Oya Gueré a unló, cantavam tristes seus irmãos, seus filhos e os filhos de seus filhos, mas cantavam. As árvores, as mesmas que o apoiaram em seus passos lentos, curvavam-se numa última saudação; suas folhas formavam um tapete para o cortejo, e a cada encruzilhada - três passos adiante, três passos para trás - erguiam-se e voavam em círculo. A multidão de branco, pano-da-costa nos ombros, pêlos erguidos pelo corpo, lamentava - mas cantava: adola, Oyá Gueré a unló. Caminhando contra ventania, a multidão é lenta e parece não querer chegar, mas chega - três passos adiante, três passos para trás - e preenche o vácuo da terra, e cada um naquela alva multidão se esvazia um pouco: adola, Oyá Gueré a unló.

Na história do Candomblé de São Paulo, Pai bobó escreveu um capítulo inteiro. Hoje existem os que maldizem Pai Bobó, os mesmos que muitas vezes comeram de sua comida e lhe pediram ensinamentos e explicações.

Mas Iansã também sabe ser justa, e este ano promete ser o ano da retomada do crescimento do Ilê Oiá Mesan Orum, pois seus filhos e filhas estão dispostos a trabalhar para que a casa assuma o seu papel de referência e reconquiste o respeito de todos os adeptos do Candomblé. A festa de iansã deste ano promete ser um marco, o início de uma nova etapa loriosa para este Candomblé que é o pioneiro em São paulo e, portanto, merece ser preservado.

Pai bobó, orgulhoso, verá seu nome honrado por seus filhos e filhas, que retornarão ao Axpe e provarão a todos que jamais se esquecerão do grande homem que ele foi, de seu amor e de sua bondade. Nenhum homem poderá destruir o que Iansã construiu, pai bobó viverá para sempre na memória de seus filhos e em cada canto de seu glorioso Axé e na casa de seus filhos, que o amam e respeitam pelo grande pai que foi e continua sendo."

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ORÍKÌ FÚN ÒRISÀS

Oríkì fún Èsù

Èsù òta Òrìsà.Osétùrá ni oruko bàbá mò ó.Alágogo Ìjà ni orúko ìyá npè é,Èsù Òdàrà, omokùnrin Ìdólófin,O lé sónsó sí orí esè elésèKò je, kò jé kí eni nje gbé mì,A kìì lówó láì mú ti Èsù kúrò,A kìì lóyò láì mú ti Èsù kúrò,Asòntún se òsì láì ní ítijú,Èsù àpáta sómo olómo lénu,O fi okúta dípò iyò.Lóògemo òrun, a nla kálù,Pàápa-wàrá, a túká máse sà,Èsù máse mí, omo elòmíràn ni o se.

Oríkì para Exú

Èsù, o inimigo dos orixás.Osétùrá é o nome pelo qual você é chamado por seu pai.Alágogo Ìjà é o nome pelo qual você é chamado por sua mãe.Èsù Òdàrà, o homem forte de ìdólófin,Èsù, que senta no pé dos outros.Que não come e não permite a quem está comendo que engula o alimento.Quem tem dinheiro, reserva para Èsù a sua parte,Quem tem felicidade, reserva para a Èsù sua parte.Èsù, que joga nos dois times sem constrangimento.Èsù, que faz uma pessoa falar coisas que não deseja.Èsù, que usa pedra em vez de sal.Èsù, o indulgente filho de Deus, cuja grandeza se manifesta em toda parte.Èsù, apressado, inesperado, que quebra em fragmentos que nãose poderá juntar novamente,Èsù, não me manipule, manipule outra pessoa.

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Oríkì fún Èsù

Èsù pèlé o, okanamaho, ayanrabata awo he oja oyinsese,seguri alabaja, olofin apekayu, amonise gun mapo

Nko oÈsù, ba nse ki imoÈsù, keru o ba onimimiÈsù, fun mi ofo ase mo pele ÒrìsàÈsù, alayiki a jubaÀse

Oríkì para Exú

Elogiado é o espírito do mensageiro divinoMensageiro Divino, eu chamo a você por seus nomes de elogioMensageiro Divino guia minha cabeça para minha rota com destinoMensageiro Divino, eu honro a sabedoria infinitaMensageiro Divino, ache lugar onde submergir meus sofrimentosMensageiro Divino, dê força para minhas palavras de forma que evoque as forças da natureza fortementeMensageiro Divino, nós pagamos nossos cumprimentos dançando em círculoAxé

Oríkì fún Ògún

Ògún pèlé o !Ògún alákáyé,Osìn ímolè.Ògún alada méjì.O fi òkan sán oko.O fi òkan ye ona.Ojó Ògún ntòkè bò.Aso iná ló mu bora,Ewu ejè lówò.Ògún edun olú irin.Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn.Ògún onire alagbara.A mu wodò,Ògún si la omi Logboogba.Ògún lo ni aja oun ni a pa aja fun.

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Onílí ikú,Olódèdè màríwò.Ògún olónà ola.Ògún a gbeni ju oko riro lo,Ògún gbemi o.

Bi o se gbe Akinoro.

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Oríkì para Ògúnpaitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814Ògún, eu te saúdo !Ògún, senhor do universo,líder dos orixás.Ògún, dono de dois facões,Usou um deles para preparar a hortae o outro para abrir caminho.No dia em que Ògún vinha da montanhaao invés de roupa usou fogo para se cobrir.E vestiu roupa de sangue.Ògún, a divindade do ferroÒrìsà poderoso, que se morde inúmeras vezes.Ògún Onire, o poderoso.O levamos para dentro do rioe ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais.Ògún é o dono dos cães e para ele sacrificamos.Ògún, senhor da morada da morte.o interior de sua casa é enfeitado com màrìwò.Ògún, senhor do caminho da prosperidade.Ògún, é mais proveitoso ao homem cultuá-lo do que sair para plantarÒgún, apoie-me do mesmo modo que apoiou Akinoro.

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Oríkì fún Ògún

Ògún laka ayeOsinmoleOlomi nile fi eje weOlaso ni leFi imo boraLa ka ayeMa je ki nri ija reIba Ògún

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Iba re Olomi ni le fi eje weFeje we. Eje ta sile. Ki ileroAse

Oríkì para Ògún

Ògún poderoso do mundo

O próximo a Deus

Aquele que tem água em casa, mas prefere banho com sangue

Aquele que tem roupa em casa

Mas prefere se cobrir de màrìwò

Poderoso do mundo

Eu o saúdo

Que eu não depare com sua ira

Eu saúdo Ògún

Eu o saúdo, aquele que tem água em casa, mas prefere banho de sangue

Que o sangue caia no chão para que haja paz e tranqüilidade

Axé

Oríkì fún Ògún

Ògún awo, olumaki, alase to jubaÒgún ni jo ti ma lana talí odeÒgún onire, onile kangun dangun ode

Orún egbé iehinPá san ba pon ao lana toImo kimobora egbé lehin a nle a benge ologbeÀse

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Oríkì para Ògún

Elogiado é o espírito do açoEspírito de mistério do aço, chefe da força, dono do poder, eu o elogioEspírito do aço, abra os caminhosEspírito do aço, dono da fortuna boa, dono de muitas coisas no céu, ajude em nossa viagemRemove a obstrução de nossa estradaSabedoria do espírito em guerra, nos guie por nossa viagem espiritual com forçaAxé

Oríkì fún Òsónyìn

Agbénigi, òròmodìe abìdi sónsóEsinsin abedo kínníkínni;Kòògo egbòrò irínAképè nigbà òràn kò sunwònTíotio tin, ó gbà aso òkùnrùn ta gìègìè.Elésè kan jù elésè méjì lo.Ewé gbogbo kíki oògùnÀgbénigi, èsìsì kosùnAgogo nla se erpe agbáraÓ gbà wón là tán, wón dúpé téniténiAròni já si kòtò di oògùn máyàElésè kan ti ó lé elése méjì sáré

Oríkì para Òsónyìn

Aquele que vive nas árvores e que tem um rabo pontudo como estaca.Aquele que tem o fígado transparente como o da mosca.Aquele que é tão forte quanto uma barra de ferro.Aquele que é invocado quando as coisas não estão bem.O esbelto que quando recebe a roupa da doença se move como se fosse cair.O que tem uma só perna e é mais poderoso que os que têm duas.Todas as folhas têm viscosidade que se tornam remédio.Àgbénigi, o deus que usa palha.O grande sino de ferro que soa poderosamente.A quem as pessoas agradecem sem reservas depois que ele humilha as doenças.Àròni que pula no poço com amuletos em seu peito.O homem de uma perna que exita os de duas pernas para correr.

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Oríkì fún Òsónyìn

Ìba Òsónyìn

Ìba oni èwékó si arunKó si akobaÀse

Oríkì para Òsónyìn

Elogio para o espírito do medicamento das folhasEu elogio o dono do medicamento das folhasMe livre de se adoecerMe livre da coisa negativaEu dou graças ao dono do medicamentoAxé

Oríkì fún Òsòósì

Òsoosì.Awo òde ìjà pìtìpà.Omo ìyá ògún oníré.Òsoosì gbà mí o.Òrìsà a dínà má yà.Ode tí nje orí eran.Eléwà òsòòsò.Òrìsà tí ngbélé imò,gbe ilé ewé.A bi àwò lóló.Òsoosì kì nwo igbó,Kí igbo má mì tìtì.Ofà ni mógàfí ìbon,O ta ofà sí iná,Iná kú pirá.O tá ofà sí Oòrùn,Oòrùn rè wèsè.Ogbàgbà tí ngba omo rè.

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Oní màríwò pákó.Ode bàbá ò.O dé ojú ogun,O fi ofà kan soso pa igba ènìyàn.O dé nú igbó,O fi ofà kan soso pa igba eranko.A wo eran pa sí ojúbo ògún lákayé,Má wo mí pa o.má sì fi ofà owo re dá mi lóró.Odè ò, Odè ò, Odè ò,Òsoosì ni nbá ode inú igbo jà,Wípé kí ó de igbó re.Òsoosì oloró tí nbá oba ségun,O bá Ajé jà,O ségun.Òsoosì o !Má bà mi jà o.Ògún ni o bá mi se o.Bí o bá nbò láti oko.kí o ká ilá fún mi wá.Kí o re ìréré ìdí rè.Má gbàgbé mi o,Ode ò, bàbá omo kí ngbàgbé omo.

Oríkì para Oxóssi

Òsóòsì !Ó Òrìsà da luta,irmão de Ògún Onírè.Òsóòsì, me proteja !Òrìsà que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede.Caçador que come a cabeça dos animais.Òrìsà que come ewa osooso.Òrìsà que vive tanto em casa de barrocomo em casa de folhas.Que possui a pele fresca.Òsóòsì não entra na matasem que ela se agite.Ofà é a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda.Ele atirou a sua flecha contra o fogo,o fogo se apagou de imediato.

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Atirou sua flecha contra o sol,O sol se pôs.Ó salvador, que salva seus filhos !Ó senhor do màrìwó pákó !Meu pai caçadorchegou na guerra,matou duzentas pessoas com uma única flecha.Chegou dentro da mata,usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens.Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de Ògún.Não me arraste até a morte.Não atire sofrimentos em minha vida, com seu Ofà.Ó Odè! Ó Odè! Ó Odè!Dentro da mata, é Òsóòsì que luta ao lado do caçadorpara que ele possa caçar direito.Òsóòsì, o poderoso, que vence a guerra para o rei.Lutou com a feiticeirae venceu.Ó Òsóòsì,não brigue comigo.Vence as guerras para mimQuando voltar da mata,Colhe quiabos para mim.e, ao colhê-los, tire seus talos.Não se esqueça de mim.Ó Odè, um pai não se esquece do filho.

Oríkì fún Òsòósì

Ìba ÒsòósìÌba ÒsòósìÌba ologarareÌba onibebeÌba osolikereOde ata mataseAgbani nijo to buruOni Ode gan fidijaMo jùbáÀse

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Oríkì fún Òsòósì

Elogio para o espírito do CaçadorEu elogio ao espírito do Caçador

Eu elogio ao espírito do CaçadorEu elogio o que tem domínio nele mesmoEu elogio o dono do banco do rioEu elogio o mágico da florestaCaçador que nunca falhouEspírito sábio que oferece muitas bênçãosDono do papagaio guia ele para conquistar ao medoEu o cumprimentoÀse

Oríkì fún Lògún Ede

Ganagana bi ninu elomi ninuA se okùn soro èsinsinTima li ehin yeye reOkansoso guduguOda di ohùnO ko ele pé li aiyaAla aiya rere fi owó kanAjoji de órun idi agbanAjongolo OkunrinApari o kilo òkò tímotímoO ri gbá té sùn li eganO tó bi won ti ji re reA ri gbamu ojijiOkansoso Orunmila a wa kan mà dahunO je oruko bi SoponnaSoro pe on Soponna e nià hunOdulugbese gun ogi órunOdolugbese arin here hereOlori buruku o fi ori já igi odiolodiO fi igbegbe lù igi IjebuO fi igbegbe lú gbegbe mejeOrogun olu gbegbe o fun oya li oOdelesirin ni ki o wá on sila kerepaAgbopa sùn kakakaOda bi odundun

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Jojo bi agboElewa ejelaO gbewo li ogun o da ara nu bi oleO gbewo li ogun o kan omo aje nikuA li bilibi ilebeO ti igi soro soro o fibu oju adijuKoro bi eni ló o gba ehin oko mà se oleO já ile onile bó ti re lehinA li oju tiri tiriO rí saka aje o dì lebeO je owú baludiO kó koriko lehinO kó araman lehinO se hupa hupa li ode olode loÒjo pá gbodogi ró woro woroO pà oruru si ile odikejiO kó ara si ile ibi ati nyimusiOle yo li eroO dara de eyin ojuOkunrin sembelujuOgbe gururu si obè oloriA mò ona oko ko n lóA mo ona runsun rdenredenO duro ti olobi kò rà jeRere gbe adie ti on ti iyeO bá enia jà o rerin súnO se adibo o rin ngoro yoOgola okun kò ka olugege li òrùnOlugege jeun si okurú ofunO já gebe si orún eni li oniO dahun agan li ohun kankanO kun nukuwa ninu rereAle rese owuro rese / Ere meji be reseKoro bi eni loArieri ewo alaAla opa fariOko AhotomiOko FegbejoloroOko OnikunoroOko AdapatilaSoso li owuro o ji gini mu òrúnRederede fe o ja kùnle ki agboOko Ameri èru jeje oko AmeriEkùn o bi awo finiOgbon iyanu li ara eni iya ti n je

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O wi be se beSakoto abi ara fini

Oríkì para Lògún Ede

Um orgulhoso fica infeliz que um outro esteja contenteÉ difícil fazer um corda com as folhas espinhosas da urtigaMontado de cavalinho sobre as costas de sua mãeEle é sozinho, ele é muito bonitoAté a voz dele é agradávelNão se coloca as mãos sobre o seu peitoEle tem um peito que atrai as mãos das pessoasO estrangeiro vai dormir sobre o coqueiroHomem esbeltoO careca presta atenção à pedra atirada certeiramenteEle acha duzentas esteiras para dormir na florestaAcordá-lo bem é o suficienteNós somente o vemos e o abraçamos como se ele fosse uma sombraSomente em Orunmila nós tocamos, mas ele não respondeEle tem um nome como Soponna /É difícil alguém mau chamar-se SoponnaDevedor que faz pouco casoDevedor que anda rebolando displiscentementeEle é um louco que quebra a cerca com a cabeçaEle bate com seu papo numa árvore IjebuEle quebrou sete papos com o seu papoA segunda mulher diz ao papo para usar um pente (para desinchar o papo)Um louco que diz que o procurem lá fora na encruzilhadaAquele que tem orquite ( inflamação dos testículos) e dorme profundamenteEle é fresco como a folha de odundunAltivo como o carneiroPessoa amável anteontemEle carrega um talismã que ele espalha sobre o seu corpo como um preguiçosoEle carrega um talismã e briga com o filho do feiticeiro dando socosEle veste boas roupasCom um pedaço de madeira muito pontudo ele fere o olho de um outroRápido como aquele que passa atrás de um campo sem agir como um ladrão

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Ele destroi a casa de um outro e com o material cobre a suaEle tem olhos muito aguçadosEle acha uma pena de coruja e a prende em sua roupaEle é ciumento e anda "rebolando" displicentementeEle recolhe as ervas atrásEle recolhe as ervas atrásEle anda "rebolando" desengonçado para ir ao pátio interior de um outroA chuva bate na folha de cobrir telhados e faz ruídoEle mata o malfeitor na casa de um outroEle recolhe o corpo na casa e empina o narizO preguiçoso está satisfeito entre os passantesEle é belo até nos olhosHomem muito beloEle coloca um grande pedaço de carne no molho do chefeEle conhece o caminho do campo e não vai láEle conhece o caminho runsun redenredenEle está ao lado do dono dos obi e não os compra para comerO gavião pega o frango com as penasEle briga com qualquer um e ri estranhamenteEle tem o hábito de andar como a um bêbado que bebeuSessenta contas não podem rodear o pescoço de um papudoO papudo come no inchaço de sua gargantaEle quebra o papo do pescoço daquele que o possuiEle dá rapidamente crianças às mulheres estéreisEle guarda seus talismãs numa pequena cabaçaA noite coisa sagrada, de manhã coisa sagrada /Duas vezes assim coisa sagradaRápido como alguém que parteA proibição do pássaro branco é o pano brancoEle mexe os braços fantasiosamenteMarido de AhotomiMarido de FegbejoloroMarido de OnikunoroMarido de AdapatilaBem desperto, ele acorda de manhã já com o arco e flecha no pescoçoComo um louco ele se debate para colocar os joelhos no chão, como o carneiroMarido de Ameri que dá mêdoLeopardo de pele bonitaEle expulsa a infelicidade do corpo de alguém que tem infelicidadeAssim ele diz e assim ele fazOrgulhoso que possui um corpo muito belo

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Orìkí fún Oya

Ajalaiyé, ajalorin, fún mi ireÌba Oya

AJALAIYE AJALORUN, FUN MI GBOGBO IREIBA YansanAjalaiye, ajalorun wi winiBem ma yansanÀse

Orìkí para Oya

Os ventos da terra e o céu me dão fortuna boaEu elogio o filho da mãe dos noveOs ventos da terra e o céu me dão fortuna boaEu elogio o espírito do ventoOs ventos da terra e o céu são maravilhososSempre haverá a mãe dos noveAxé

Orìkí fún Sóngò

KA'WO KA'BIYESILEETALA MO JUBA GADAGBA MI JUBAOLUOYOETALA MO JUBA GADAGBA MO JUBAOVA KO SOETALA MO JUBA GADAGBA MO JUBAÀse

Orìkí para Sóngò

Eu cumprimento o rei13 vezes eu o cumprimento a você

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Chefe do buraco (vulcão)13 vezes eu o cumprimento a vocêO chefe que não morreu13 vezes eu o cumprimento a vocêAxé

Orìkí fún Òsun

Ìba Òsun sekeseÌba Òsun olodiLatojoki awede we’moÌba Òsun ibu koleYeye kariLatokoko awede we’moYeye opoO san rere oÀse

Orìkí para Òsun

Eu elogio a deusa do mistério, espírito que limpa de dentro para fora,Eu elogio a deusa do rioEspírito que limpa de dentro para foraEu elogio a deusa da seduçãoMãe do espelhoEspírito que limpa de dentro para foraMãe da abundânciaNós cantamos seus elogiosAxé

Orìkí fún Òsun

Obìnrin bí okùnrin ní ÒsunA jí sèrí bí ègà.Yèyé olomi tútú.Opàrà òjò bíri kalee.

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Agbà obìnrin tí gbogbo ayé n'pe sìn.Ó bá Sònpònná jé pétékí.O bá alágbára ranyanga dìde.

Orìkí para Òsun

Òsun é uma mulher com força masculina.Sua voz é afinada como o canto do ega.Graciosa mãe, senhora das águas frescas.Opàrà, que ao dançar rodopia como o vento, sem que possamos vê-la.Senhora plena de sabedoria, que todos veneramos juntos.Que como pétékí com Xapanã.Que enfrenta pessoas poderosas e com sabedoria as acalma.

Oríkì fún Oba

Obà, Obà, Obà.Ojòwú Òrìsà,Eketà aya Sàngó.O torí owú,O kolà sí gbogbo ara.Olókìkí oko.A rìn lógànjó pèlú àwon ajé.Obà anísùru, ají jewure.Obà kò b'óko dé kòso,O dúró, ó bá Òsun rojó obe.Obà fiyì fún apá oko rè.Oní ó wun òun ju gbogbo ará yókù lo.Obà tó mo ohùn tó dára.

Oríkì fún Obà

Obá, Obá, Obá.Orixá ciumento,terceira esposa de Xangô.Ela, que por ciúmes,fez incisões em todo corpo.Que fala muito de seu marido,que anda nas madrugadas com as ajé.

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Obá paciente, que come cabrito logo pela manhã.Obá não foi com o marido a Koso,ficou para discutir com Oxum sobre comida.Obá valoriza os braços do marido,diz que é a parte de seu corpo que ela prefere.Obá sabe o que é bom.

Orìkí fún Olódùmarè

Ìba OlódùmarèÌba ÒrúnmìlàÌba Ògún Òrìsà IléÌba IrúnmalèÌba Ile Ogeere afoko yeriÌba atiyo OjoÌba atiwo ÒrunÌba F'olojo oniÌba Éégun IléÌba AgbaÌba BàbálòrìsàÌba Omo ÒrìsàÌba OmodeAwa Egbe Odo Òrúnmìlà juba O, Ki iba wa seT'omode ba juba baba re, agbe'le aye peAda se nii hun omoÌba kii hun omo eniyanAkoogba kii hum olokoAtipa kii hun okuAso funfun kii hun olorisaKaye o-ye wa oKa riba ti seKa, ma r'ija Omo araye OKa'ma r'ija eleye OAjuba O! A juba O!! A juba O!!!Àse

Orìkí para Olódùmarè

Eu saúdo Olódùmarè, Deus maiorEu saúdo ÒrúnmìlàEu saúdo Ògún, o dono da casaSaúdo os Irúnmalè, os ÒrìsàsSaúdo a terra

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Saúdo o dia que amanheceSaúdo a noite que vemSaúdo o dono do diaE saúdo o Égún da casa, nosso ancestralSaúdo os velhos sábiosSaúdo o pai-de-santoSaúdo os filhos-de-santoSaúdo as criançasNós, que cremos em Òrúnmìlà, saudamos e esperamos queOrúnmìlà ouça nossa saudaçãoO filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofreráQue a nossa saudação a nós poupe sofrimentosQue as plantas boas não falhem ao agricultorQue aos mortos não falte sepulturaQue a Òrìsàlá não falte o pano brancoPara que o mundo nos seja bomQue nossos caminhos se abramQue não vejamos a discórdia dos povos sobre a terraNem a obra das feiticeirasNós saudamos, saudamos, saudamosAxé

Oríkì fún Obàlúàiyé

ÒRÌSÀ Jìngbìnì

Abàtà, Arú Bí Ewé Ajó.

ÒRÌSÀ Tí Nmú Omo Mú Ìyá

Bí Obàlúàiyé Bá Mú Won Tán

O Tún Lè Sáré Lo Mú Bàbá

ÒRÌSÀ Bí Àjé

Obàlúàiyé Mo Ilé Osó, O Mo Ilé Àjé

O Gbá Osó L’ójú

Osó Kún Fínrínfínrín.

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O Pa Àjé Ku Ìkan Soso

ÒRÌSÀ Jìngbìnì

Obàlúàiyé A Mú Ni Toùn Toùn

Obàlúàiyé Sí Odù Re Hàn Mí

Kí Ndi Olówó

Kí Ndi Olomo.

Àse

Oríkì para Obàlúàiyé

Òrìsà forte

Abàtà que floresce como as folhas de ajó.

Òrìsà que pune a mãe junto com o filho

Depois que Obàlúàiyé acabar de pegá-los

Poderá ir pegar o Pai.

Òrìsà igual ao feitiço.

Obàlúàiyé conhece tanto a casa do feiticeiro, quanto a casa da bruxa

Desafiou o feiticeiro

O feiticeiro correu desesperado.

Matou todas as bruxas e só permitiu que uma sobrevivesse

Òrìsà forte

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Obàlúàiyé que faz as pessoas perderem a voz

Obàlúàiyé abra seu odù para mim

para que eu tenha prosperidade

para que eu tenha muitos filhos.

Assim seja, assim seja, assim seja.

Oríkì fún Òòsààlà

Obanla o rin n'eru ojikutu s'eru. Obà n'ille Ifon alabalase oba patapata n'ille iranje. O yo kelekele o ta mi l'ore. O gba a giri l'owo osika. O fi l'emi asoto l'owo. Oba igbo oluwaiye re e o ke bi owu la. O yi ala. Osun l'ala o fi koko ala rumo. Obà igbo.

Kí Òrìsà-nlá Olú àtélesé, a gbénon dídùn là. Ní Ibodè Yìí, Kò Sí Òsán, Bèéni Kò Sí Òru. Kò Sí Òtútù, Bèéni Kò Sí Ooru. Ohun Àsírií Kan Kò Sí Ní Ibodè Yìí. Ohun Gbogbo Dúró Kedere Nínu Ìmólè Olóòrun. Àyànmó Kò Gbó Oògùn. Àkúnlèyàn Òun Ní Àdáyébá. Àdáyébá Ni Àdáyé Se.

Oríkì para Òòsààlà

Rei das roupas brancas que nunca teme a aproximação da morte. Pai do Paraíso eterno dirigente das gerações. Gentilmente alivia o fardo de meus amigos. Dê-me o poder de manifestar a abundância. Revela o mistério da abundância. Pai do bosque sagrado, dono de todas as benções que aumentam minha sabedoria. Eu me faço como as Roupas Brancas. Protetor das roupas brancas eu o saúdo. Pai do Bosque Sagrado.

Que o Grande Òrìsà, Senhor da sola dos pés, guie-nos aos benefícios da riqueza! Aqui é a porta do Céu, nela pode-se entrar de dia e de noite. Nela não há frio, e também não há calor. Aqui, na porta do Céu, nada é segredo. E nela todas as coisas permanecerão claras diante da luz de Deus. Que o destino não nos faça usar remédios. Que as pessoas adorem de joelhos as coisas do Céu, para encontrar coisas boas na Terra. Que as coisas boas sejam sempre encontradas na Terra.

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Oríkì fún Òrúnmìlà

Òrúnmìlà Ajana Ifa Olokun A Soro Dayo Eleri Ipin Ibikeji Eledunmare Òrúnmìlà Akere Finu Sogban A Gbaye Gborun Olore Mi Ajiki Okitibiri Ti Npa Ojo Iku Da Opitan Ife Òrúnmìlà O Jire Loni Tide Tide Òrúnmìlà O Jire Loni Bi Olota Ti Ni Nile Aro Ka Mo E Ka La Ka Mo E Ka Ma Tete Ku Okunrin Dudu Oke Igbeti Òrúnmìlà O Jire O Ifa Iwo Ni Ara Iwaju Ifa Iwo Ni Ero Ikehin Ara Iwaju Naa Lo Ko Ero Ikehin L'ogbon Ifa Pele O Okunrin Agbonmiregun Oluwo Agbaye Ifa A Mo Oni Mo Ola A Ri Ihin Ri Ohun Bi Oba Edumare Òrúnmìlà Tii Mo Oyun Inu Igbin Ifa Pele O, Erigi A Bo La Ifa Pele O, Okunrin Dudu Oke Igbeti Ifa Pele O, Meretelu Nibi Ti Ojumo Rere Ti Nmo Wa Ifa Pele O, Omo Enire Iwo Ni Eni Nla Mi Olooto Aye Ifa Pele O, Omo Enire Ti Nmu Ara Ogidan Le Oyin Tori Omo Ro O Sa Wo Inu Koko Igi Ede Firifiri Tori Omo Re O Sa Gun Oke Aja Òrúnmìlà Ti Ori Mi Fo Ire Òrúnmìlà Ta Mi Lore A Gbeni Bi Ori Eni A Je Ju Oogun Lo Ifa O Jire Loni O Ojumo Rere Ni O Mo Ojo Ifá Ojumo Ti O Mo Yi Je Ki O San Mi S'owo Je Ki O San Mi S'omo Ojumo Ti O Mo Yii Je O San Mi Si Aiku Òrúnmìlà Iba O O

Oríkì para Òrúnmìlà

O Testemunho Do Destino O Vice Do Pré-Existente Òrúnmìlà, Homem Pequeno, Que Usa O Próprio Interior Como Fonte De Sabedoria Que Vive No Mundo Visível E No Invisível O Meu Benfeitor, A Ser Louvado Pela Manhã O Poderoso Que Protela O Dia Da Morte O Historiador Da Cidade De Ife Òrúnmìlà, Você Acordou Bem Hoje? Com Ide Òrúnmìlà, Você Acordou Bem Hoje? Da Mesma Forma Que Olota Acorda Na Casa De Aro Assim Louvo Suas Origens Em Ado Quem O Conhece Está Salvo Quem O Conhece Não Sofrerá Morte Prematura O Homem Baixo Do Morro Igbeti Òrúnmìlà, Você Acordou Bem? Ifa, Você É A Pessoa De Frente Ifá, Você É A Pessoa De Trás É Quem Vai Na Frente Que Ensina A Sabedoria Aos Que Vem Atrás Ifá, Saudações O Homem Chamado Agbonmiregun Oluwo Do Universo Ifá, Que Sabe Sobre O Hoje E O Amanhã Que Ve Tudo, Que Está Aqui E Acolá Como Rei Imortal (Edunmaree) Òrúnmìlà, Graças A Seus Muitos Conhecimentos, É Você Quem Sabe A Respeito Da Gestação Do Igbin Ifa, Saudações! Erigi A Bo La, Que Ao Ser Venerado, Traz A Sorte Saudações A Ti, Homem Baixo Do Morro Igbeti Ifa, Saudações A Ti, Meretelu De Onde Vem O Sol. De Onde Vem O Melhor Dia Para A Humanidade Ifá, Saudações! Você É O Meu Grande Protetor Aquele Que Diz Aos Homens A Verdade Ifá, Saudações A Ti, Enire! Que Faz Forte O Corpo A Abelha, Por Seu Filho, Correu Para Dentro Da Colmeia O Esperto Rato Ede, Por Seu Filhote, Subiu Ao Forro Da Casa Òrúnmìlà, Fale Bem Através Do Meu Orí Òrúnmìlà, Me Abençoe Você, Que Como O Ori De Uma Pessoa, Assim A Apoia Cuja Fala É Mais Eficiente Do Que A Magia Você, Que Sabe O Que Acontecerá Hoje E Amanhã Oh Ifá, Você Acordou Bem Hoje? Vem O Dia Com Bom Sol Ifá, Neste Dia Que Surgiu Favoreça-me Com Prosperidade Favoreça-me Com Fertilidade Que Este Dia Me Seja Favorável Em Saúde E Bem Estar Que Este Dia Me Seja Favorável Em Longevidade

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Orìkí fún Ibeji

B'eji B'eji'reB'eji B'eji'laB'eji B'ejiwoÌba omo ireÀse

Orìkí para Ibeji

Dar a luz aos gêmeos traz fortuna boaDar a luz aos gêmeos traz abundânciaDar a luz aos gêmeos traz dinheiroElogiar as crianças das coisas boasAxé

Oríkì fún Yemonjá

Igberi de Ogun Asaba

Ogun yakun ela esan

Olimo

Ogun iya kere Oniro

Asesu

Ogun onyon de Ayifo

Opeki de Ofiki

Ibu gba nyanri

Alaro de Ibu

Olosun

Ogaga Yeye

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Oríkì para Yemonjá

Ogun Asaba (rio)

Rio de Ogun em nove partes

Dono da folha de palma

Rio de Ogun, mãe pequena de Oniro,

Asesu

(Um caminho de Yemoja)

Ogun Ayifo Rio que tem peitos

Fluxo que leva areia

Fluxo índigo

Barcos fluem

Mãe Ogaga

Oríkì fún Yemonjá

Yemoja atara magba

(Elogie nome)

Ayaba ti gbe ibu omi

Rainha que vive nas profundidades da água

Yemoja igbe di oju ona

Yemoja alisa arbusto em caminho-superfícies

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Yemoja em je oti pagogo oju akagba

Yemoja se inclina em na beira-mar, enquanto tomando um gole de efervescência

Um gbo ni se oba ma kase

Ela espera sentado, até mesmo na presença de um rei.

Yemoja um wo'lu de iji de lobi

Elevações de Yemoja, remoinho quando tornado entra no país;

Um pekoro yi ilu kaa

Ela muda a cidade

Awoyo, Awoyo je'le je l'odo,

Awoyo, Yemoja come na casa como também no rio

Iya olo oyon oruba

Mãe de peitos chorões

Ela cultivou uma moita sobre o negócio privado dela

Obo de Abi ni orun bi egbe isu divertido

E está apertado como um inhame secado

Onilaiye de Okun um bi de enia de san

Rainha fundo-inchando do mundo, ela cura como medicamento;

Olokun de Arugbo

Dono de mulher mais velho do mar

Fere obirin aji fon ni lara oba

Flauta-menina que toca para o despertar de reis

Obirin pepe li gba eni gbe ilekile

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Mulher que suavemente agüenta o nadador para descansar em algum lugar

Ko je dahun ni ile

Ela não deseja responder em terra

Oju omi ni je ni koro

Ela fez isto depressa à superfície da água

ISURE ÒRÌSÀ ÈSÙ

IBA ÈSÙ LA ALU

ÈSÙ, ÒGÁ ONIILU

ATÓBÁJAÍYE, ELESO ÒGÚN

OTÍLÍ LÓÒGÚN,

ALÁGADA ÉYÉ,

OROKO-NI-OJO-EBO-LE,

ÈSÙ TÁBIRÍGBONGBON,

ABÓNIJÀWÁ-KUMO,

ÈSÙ, OLAFE, ASENI-BÁNI DÁRÒ,

ÈSÙ, IWO LO SE BABALAWO,

OJÓ MÉTÀDÍNLÓGÚN LÓ GBÉ ÓDÒ OYA,

ÈSÙ, MA SE MI, OMO ÉLÈMIRÀN NI O SE,

ÈSÙ, MA SE MI LU ENÌA, MA SE ENIA LUMI,

ÈSÙ, KI NKAN MA SE OMO MI,

ÈSÙ, KI NKAN MA SE AWON ARA ILE MI,

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MA JEKI A RI ÌJÀ RE,

ÌWO LO SE OBA TÌ WON TI YO LÓYE,

ÌWO LO SE IYAWO, TI O FI KO OKO RE SILE,

ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI O SE.

ÌWO LO SE ENIA TO FI BINU SOKU,

ÌWO LO SE ENIA TO DI KO SÓDÒ,

ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI O SE.

ÌBÙKÚN PUPO NI EMI FE LODO RE.

ÈSÙ, ÌWO NI ILERA,

ABO, IGBEGA, IRE, ÒRÒ BEM LÓWO RE,

JÒWÓ KI O WA FUN MI NI NKAN WONYI.

ÈSÙ ELEGBARA, GBO MI KÌÁKÌA.

ÈSÙ MA SE MI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI KI O SE.

ASE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ASE.

Èsù eu te saúdo.

Èsú homem forte na cidade, pessoa suficiente para ficar no lado em toda a vida.

Pessoa que tem frutas medicinais.

Você que monta cavalo de banheiro para entrar no quarto, você que tem medicina forte.

Você é uma pessoa que vai embora quando o sacrifício ficou estragado.

Você que acha um bastão para aquele que briga.

Èsù, o apitador que dá danos na gente, ainda simpatiza conosco.

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Èsù, você quem provocou Babaláwo e fez ele ficar na casa de Oya por dezessete dias.

Èsù, não me faça mal no filho do outro.

Èsù, não me provoca contra qualquer pessoa e não provoca as pessoas contra mim.

Èsù, para nada acontecer para os meus filhos.

Èsù, para nada acontecer para minha família.

Não deixa ver a sua raiva, você quem provocou o rei para sair do trono.

Você quem provocou a esposa a deixar seu marido.

Èsù não faça mal, faça mal no filho do outro.

Eu quero prosperidade de você, Èsù, você que é o dono de saúde, proteção,

Promoção, bondade e prosperidade, por favor, me dê tudo isto.

Èsù Elegbara (Senhor do poder), me ouve depressa, Èsù, não me faça mal, faz mal nos filhos dos outros.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒGÚN

IBO ÒGÚN LAKAYE OSIMOLE

ÒGÚN PELO O,

EDUN OLÓ IRÌN,

ÒGÚN OKUNRIN ÒGÚN.

ENII TI SOMO ENÌA DOLÓLÁ,

GBÍGBÉ NI O GBE MI BI O TI GBE AKINORO TI O LI KOLE OLA FUN,

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ÒGÚN A WOO ALAKAIYE, OSIN IMOLE,

EGBE LEHIN ENI ANDA LORO.

ÒGÚN GBE MI O,

ÒGÚN MA PAMI, OMO ÉLÒMÍRÀN NI K O PA.

ÒGÚN, EMI BERU RE

ÒGÚN SO MI DI OLOWO, SOMI DI OLORO,

LA ONA IRE FUN MI, ONA ANU ATI ONA ORO,

IWO NI OLONA OLA,

TORIBE KI O WA LA ONA OLA FUN MI.

KI O SI MAA DA ABO RE BOMI TITI LAI.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE

Ògún, eu te saúdo.

Dono da matéria de ferro,

Ògún da guerra,

Você que torna as pessoas sejam ricas,

Ògún me enriqueça como você enriqueceu Akinoro e fez ele um homem eminente,

Ògún, o homem forte do mundo, o maior no mundo,

Você que é protetor daqueles que são feridos.

Ògún, eu tenho medo de você,

Ògún me torna rico, me torna próspero,

Favor Ògún, abre o caminho de bondade, ajuda e da prosperidade,

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Você é o dono das riquezas,

Assim, me abre o caminho da prosperidade.

Para que você me proteja para sempre.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒSÓÒSÌ

IBA ODELADE ÒSÓÒSÌ

ODE AMOJI ELERE,

OTITI, AMI-ILU-WO-BI OJO,

ARI-SOKOTO-PENPE-GBON-ENI OLA IKIRE.

BO BA GBO, MA DA MIRAN SI.

ALAJA, AMU OWEMU-OBO,

BABA MI FIKIFIKI EKUN, AKO ORU,

ONILE IKU, MAA JE KI NRI O,

ASINDELE LAA SINMO ENI,

JOWO DABO BO MI,

MAA JEKI OMO WON MI

MAA JEKI OMO WON MI

WA FUN MI NI ALAFIA,

EMI BE O, WA SO IBANUJE MI DAYO,

FUN MI NI ABO RE TO NI

WA SOMI DI OLORO.

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ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE

Òsóòsì eu te saúdo.

Ode Amoji Elere,

Pessoa forte que sacode a cidade,

Pessoa que veste bermuda nas estradas molhadas da cidade do Ikire,

Se forem rasgadas, ele tem outras,

Odé que tem cachorros que matam owe (um animal) e os macacos,

Meu pai, o forte leopardo, que não tem medo de madrugada,

Você que guarda morte em casa, favor não me deixe ver você de mau humor,

Você que proteja seus filhos,

Favor me proteja,

Não deixa faltar filhos,

Me dê a paz,

Eu te peço, torna minha tristeza em alegria,

Me dê a sua forte proteção e que torne próspero.

Axé do Deus Supremo

Benção do Deus Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ OSONYIN

IBA OSONYIN

ESINSIN ABEDO KINNIKINNI,

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AKEPE NIGBA ORAN,

ELESE KAN JU ELESE MEJI,

EWE GBOGBO KIKI OOGUN,

EWE A JE, OOGUN A JE FUN MI

LONI EMI FE IRE RE,

OSONYIN JOWO FUN MI NIRE,

FUN MI NI OLA,

WA WO MI SAN,

KI O SI FUN MI NI AABO.

ORO ATI ALAFIA.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Òsónyìn eu te saúdo.

Pessoa que tem fígado e come cristal,

Pessoa que a gente chama nas dificuldades,

Pessoa de uma só perna, e que é mais forte do que aqueles com duas pernas,

Para você todas as folhas são medicinais,

As folhas vão funcionar para mim,

Hoje eu quero a sua bondade,

Me dê a honra,

Venha me curar,

Para que você me dê proteção, prosperidade e paz.

Axé do Senhor Supremo

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Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒBÁLUÀIYÉ

IBA OBA OLUWAIYE

FARÌORO, ONI-WOWO-ADO, ARUNMOLOOFUN DANU,

AJE-IGBA-OOGUN MAKUU,

OBA EMITOTO, OBA EMILARE,

OBA EMITOTO LAAPE IFÁ

OBA EMILARE LAAPE ODU,

IWO OBALUWAIYE, IWO LO FI AWON ORISA MOKANLENIRUNGBA TI

BEM LODE ISALAYE JE OYE

WA FI EMI NAA JOYE LODE AIYE ISALAYE,

KI NRI JE, KI NRI UM

IDAKUDA NI KOO MA LO DA AWON OTA MI,

MAA JEKI NRI IKU, MA JEKI NRI ARUN,

MAA JEKI NRIKI OMO, IKU AYA, IKU OKO,

AGAN TI O RI BI FUN LOMO

KI ABOYUN BI TIBI TIRE,

KI OPO ILE KIRI MOLE,

OBALUWAIYE, JEKI MBIMO, KI O TO DI ODUN TO MBO,

TO BA FUN MI LOMO ATI OWO, EMI O FUN O NI EWURE.

OBALUWAIYE, FUN MI NI ALAFIA,

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FUN MI NI ILOSIWAJU ATI IRE RE,

ALUJOGUN GBA MI

JOWO WO MI SAN,

MA JEKI NRI IJA RE,

KI NKAN MA SE MI.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Eu te saúdo Obálùaiyé.

Farìoro, você que tem muitas cabaças pequenas cheias de medicinas e pessoa quem faz medicina das pessoas ineficaz

Você que come veneno que não tem efeito sobre você,

O deus de Emitoto, deus de Emilare,

O deus de Emitoto é o nome dado ao Ifá,

O deus de Emilare é o nome dado ao Odù,

Você, Obálùaiyé quem coroa todos os duzentos e um òrìsàs que residem no mundo,

Favor, me coroa também neste mundo,

Forneça-me todos os materiais de bem-estar,

Cria confusões com os meus inimigos,

Me proteja da morte e doenças,

Proteja meus filhos,esposa, marido da morte

Dá filhos para àquelas que ainda não tem

Faz que aquelas grávidas Ter seus partos sem problemas,

Não deixe o espírito do mau entrar na minha casa

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Obàlúaiyé, faz que eu tenha filho antes do final do próximo ano,

Se você me der filho e dinheiro, matarei a cabra para agradar.

Obàlúaiyé, me dê a paz,

Me dê progresso e bondade.

Alujogun, me salva,

Favor me curar de qualquer que pode me afligir,

Não deixe me ver sua raiva, e que nada aconteça comigo.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ SÒNGÓ

IBA OLUKOSO LALU

ALAAFIN, KINÍUN BU, A AS,

ELEYÍNJU OGUNNA,

OLUKOSO LALU

A RI IGBA OTA, SEGUN,

EYITI O FI ALAPA SEGUN OTA RE,

KABIYESU,

ASANGUN DEYINJUM

ONIGBEE A NSURE FUN,

ALEDUN-LABAJA,

ASA-NLANLA-ORI-PAMO,

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ABA-WON-JÁ-MÁ-JEBI

A LAPA-DUPE

OBAKOSO, MA JEKI NRI IBANUJE,

JOWO MA LU MI PELU OSE RE,

MA JEKI NRI AISAN,

OKO ABEGBE (OSUN),

BA MI SEGUN OTA MI,

AWON OTA MI KO NI ROJU SOJU,

SÒNGÓ, MA PAMI, MA PA ENIA SI MI LORUN,

AKOGBONNA KALU, MAA BA MI JÁ,

MA JEKI NRI IJA RE,

MA JEKI NDARAN IJOBA,

MA JEKI NRI EJO,

MA JEKI ODO O GBE MI LO,

MA JEKI NKU IKU INA,

MA JEKI ÀRÁ PA MI,

MA JEKI OWO ÍKA O TE MI.

BAMA SEGUN OTA MI,

BAMI SEGUN OTA MI,

MA JEKI NRIN FE SE SI,

MA JEKI NSORO FENU KO.

OBAKOSO PESE OWO PUPO FUN EMI OMO RE,

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ONIBON ORUN, JOWO PUPO FUN EMI OMO RE,

ONIBON ORUN, JOWO MAA WA PELU MI TITI TI.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Sòngó eu te saúdo.

Alaafin que ruge como leão e as pessoas fogem,

Pessoa cujos olhos brilham como tigrem

Olukoso, da cidade.

Você que usa centelhas de cartuchos para vencer seus inimigos na guerra,

Você usou pedaços de parede para destruir seus inimigos,

Kabiyesi (eu honro você)

Pessoa que é forte até nos olhos,

Dono de matagal de quem as pessoas tem que fugir,

Pessoa que suas marcas faciais são nítidas como trovão,

Você que tem controle sobre as cabeças das pessoas importantes,

Pessoa que briga com as pessoas e ainda fica inocente,

Pessoa que mata e a família da vitima ainda agradece,

Obakoso não deixe me Ter tristeza,

Favor não me bata com seu Oxé,

Não me deixe ficar doente,

Marido de Agbegbe (Òsun), me ajude a derrotar meus inimigos,

Meus inimigos nunca vão Ter paz,

Sòngó não me mate e não me provoca a matar outras pessoas,

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Pessoa que causa confusões na cidade, não fique com raiva comigo,

Não me deixe ver a sua briga,

Não me deixe fazer qualquer coisa contra a lei,

Me poupa de casos de justiça,

Me proteja de afogamento,

Me proteja da morte de fogo,

Não me deixe morrer de raio,

Me proteja das pessoas mas.

Me ajuda a derrotar os meus inimigos,

Me ajuda a proteger meus filhos,

Seja o guia dos meus passos,

Não me deixa cometer as ofensas através das palavras da minha boca.

Obakoso, dê muito dinheiro para mim, seu filho,

Dono da trovoada no céu, favor fique no meu lado sempre.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒSUN

IBA ÒSUN

ORE YEYE O

ÒSUN IWO WE OMO YE,

OMI, ARIN-MA-SUN,

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YEYE WEMO YE GBOMO FUN MI JO,

AYILA, GBA MI O, ENI

A NI NII GBA NI,

MO PE O SOWO, MO PE O SOMO,

MO PE O SI AIKU, EMI, FE IYE, ATI ORO,

ENITI NWA OMO KO FUN LOMO,

OMO DARADARA NI KI O FUN WON,

ÒSUN, TO MI SI ONA ORO ATI ALAFIA,

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE

Òsun eu te saúdo

Òsun, você é cheio de idéias,

Pessoa que nada consegue destruir,

Pessoa que faz as coisas sem que seja questionada,

Você que não cansa de usar bronze ornamentais,

Mulher forte que nunca seja atacada,

Pessoa que sentou em cima da cesta na profundeza do rio,

Ore yeye (mãe graciosa)

Ore yeye imole (mão graciosa òrìsà),

Você que acalma as crianças com o seu bronze ornamental,

Você que tem trono calmo,

Mãe graciosa, a rainha do rio,

Mãe graciosa,

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Òsun me proteja e meu filho com o banho,

Você que dá vidas às crianças, me dê filhos para mim cuidar,

Ayila (Òsun) me proteja, eu espero salvação de você,

Eu te chamo para Ter dinheiro e filho,

Eu te chamo para não morrer, mas para Ter a vida e prosperidade.

Dá filhos para quem precisa Ter,

Dá eles filhos saudáveis,

Òsun, me caminhe para o caminho da prosperidade e a paz.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ OYA

IBA OYA

AYABA OBAKOSO,

ODO KUN KO KUN, KO SI

ENITI OYA KO LE GBE LO,

MAA JEKI ODO GBE MI LO,

MAA JEKI NKU IKU INA,

IYA MI BOROKINNI,

JOWO EMI NFE ORO LATI

ODO RE,

EMI NFE ALAFIA,

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EMI NFE ILERA,

EMI NFE ILOSIWAÚU,

IYAWO ONIBON-ORUN, JOWO SOMI DI OLORO.

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Oya eu te saúdo.

Esposa do Obakoso (Sòngó).

O rio enche ou não, não há ninguém que Oya não leve,

Não deixe o rio me levar.

Não me deixe morrer afogado,

Não me deixe morrer no fogo,

Minha mãe é bonita,

Eu quero prosperidade de você,

Eu quero paz,

Eu quero saúde,

Eu quero progresso,

Esposa de dono da trovoada no céu (Sòngó),

Favor, faça-me rico.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ YEMONJÁ

IBA YEYE OMO EJA

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YEMONJA OOO,

WA GBO EBE MI,

IWO TI NFUN ENITI NWA OMO NI OMO,

JOWO MO PE O, FUN MI NI OMO,

SO MI DI OLORO,

YOMONJÁ, YEYE AWON EJA,

FI ABO RE BO MI,

KI IKU ATI ARUN MA WOLE

TO MI WA.

IYA MI, JOWO SO EKUN MI DAYO

ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Yemonjá eu te saúdo

Ouça meu clamor,

Você quem dará filhos para quem quer,

Por favor me dê filhos,

Me torna próspero,

Yemonjá, mãe dos peixes me proteja com a sua proteção,

Para que a morte e doenças não entre na minha casa.

Minha mãe, favor torne os meus choros e sofrimentos em alegrias.

Axé do Senhor Supremo

Benção do Senhor Supremo.

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ISURE ÒRÌSÀ IBEJÌ

IBA ÒRÌSÀ

ÒRÌSÀ IBEJÌ

DAKUN DABO, MA JEKI A RI IKU OMODE,

MA JEKI A RI IKU AGBA,

ENITI O BI, MAA JEKI O SOKUN,

MAA JEKI A KU IKU AIROTELE,

FUN MI LOWO LATI SE NKAN GBOGBO,

IWO TI O SO ALAKISA DI ALASO, JOWO SO AKISA MI DI ASO,

IWO TO TI ESSE MEJEJI BE SILE ALAKISA, JOWO BE SILE MI,

ÒRÌSÀ IBEJÌ, PELE O,

EJIRE ARA ISOKUN,

JOWO SO MI DI OLORO.

ÀSE ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Òrìsà de Ibejì eu te saúdo.

Favor, não deixe acontecer as mortes das crianças,

Não deixe acontecer a morte dos adultos,

Quem tem para não chorar.

Não deixe acontecer a morte imprevista,

Me dê dinheiro para minhas necessidades.

Você que torna pobre o rico favor me torne rico.

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Você que entrou na casa do pobre, favor entre na minha casa,

Òrìsà Ibejì, eu te saúdo,

Ejire de Isokun,

Favor tornar-me próspero.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

ISURE EGUNGUN

IBA EGUNGUN ILE

ILE MOPE O O,

AKISALE MO PE O O,

ETIGBURE MO PE O O,

ASA MO PE O O,

ETI WERE NI TI EKUTE ILE,

ASUNMAPARADA NI TIGI AJA

EMI OMO RE NI MO PE O,

JEKI NWA LAAYE,

MAA JEKI NKU,

MAA JEKI NRI IJA IGBONA,

MAA JEKI NRI IJA ÒGÚN,

JOWO WA JEMI LONI,

KI O FIRE FUN MI

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ÀSE TI ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

Egungun eu te saúdo.

Terra te chamo,

Akisale eu te chamo,

Etigbure eu te chamo,

Asa eu te chamo,

Rato de casa sempre alerta,

Asunmaparada (uma espécie de animal) nunca seu lugar,

Eu seu filho, esta chamando,

Deixa me viver,

Não me deixa morrer,

Me proteja da fúria de Ògún,

Ouça meu clamor

Para você me dar bondade.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀ ÒRUNMILA

IBA ORUNMILA

ÒRUNMILA IBA O O,

ORUNMILA, ELERI IPIN, AJEJU OOGUN,

ADUNDUN LAWO,

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IFÁ MO PE, ELA MO PE,

IFÁ, SOWO DEERE GBOBI RE,

IYEROSUN NI ORUNMILA NJE,

EKU MEKI, EJA MEJI NINU OBE RE,

IFÁ FUN WA LOMO SI,

JEKI A LÓWÓ LÓWÓ, KI A BIMO O,

KI ILE WA YIÍ, KI ATUN KI DAADAA,

ORUN LO MO ENITI YIO LA,

A SE AIYE, SE ORUN,

ELEERIN IIPIN, AJE-JU-OOGUN,

IWO LALAWOYE O,

BAMI WO OMO TEMI YE,

AJE, WOLE MI, OLA JOKO TIMI,

ORUNMILA O WA TO GEE,

KI O MOWO IWARA MI KO MI,

ORUNMILA IFÁ OLOKUN, ASORAN DAYO,

OLOORE AIKU JE JOOGUN,

IREE MI GBOGBO NI WARA,

NI WARA.

ÀSE ELEDUNMARE

ELEDUNMARE ÀSE.

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Òrúnmìlà eu te saúdo.

Òrúnmìlà, testemunho do destino, que tem mais eficácia do que medicina,

Pessoa de pele limpa,

Ifá eu te chamo, Ela eu te chamo,

Ifá abre as suas mãos para aceitar meu obí de oferenda.

Òrúnmìlà, você como Iyerosun, Dois ratos, dois peixes na sua sopa,

Ifá deixa prosperarmos mais filhos,

Deixa reconstruirmos nossas casas da melhor maneira.

Só o céu quem sabe quem será salvo,

Pessoa que vive no universo e no Céu,

Pessoa que é testemunha do destino e Pessoa que é mais eficácia do que a medicina,

Só você quem pode dar a vida para as pessoas;

Dê vida aos meus filhos,

Prosperidade entra na minha casa, honra senta comigo,

Òrúnmìlà, é hora de você me dar riqueza,

Òrúnmìlà Ifá, o dono do mar, que desvia fortuna para a alegria,

Traga todas as minhas fortunas depressa.

Axé do Senhor Supremo

Benção do Senhor Supremo.

ISURE ÒRÌSÀNLA

IBA ÒRÌSÀ-NLÁ OSEREMAGBO

ÒRÌSÀ-NLA, ÒRÌSÀ-NIA, OBA PATAPATA

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TU BA WON GBE NI ODE IRANJE,

ÒRÌSÀ-NLA, OGIRIGBANIGBO, ALAYE TI WON

OBOMO-BORO-KALE,

AYINMO-NIKIE, ADA-WON-LARO,

ÒRÌSÀ-NLA, ÒRÌSÀ-NLA,

ÒRÌSÀ ALASE,

IGAN BABA OYIN,

ORERE YELU AGAN WO,

ATU-WON-JÁ-NIBITI-WON-LARO

JAGUNJAGUN, OFIWA-IJA-WODO,

O JAGUNJAGUN FIGBON WODO,

ABOJU-BONIGBESE-LERU,

ABISOKOTO-GBOSU-MEFA-NILE ALARO,

ARO-GBAJAGBAJA-KO-LONA,

ABUDI OLUKANBE,

ÒRÌSÀ-NLA JOKO GBA MI,

ÒRÌSÀ-NLA ENI A NI NI GBA NI, EMI KO MO NKAN,

ÒRÌSÀN-LA, JOWO SO MI DI ENI IYI,

ÒRÌSÀ-NLA, MA FI OWO PON MI,

ÒRÌSÀ-NLA, NA FI OMO PON MI LOJU,

JOWO MA FI AISAN SE MI.

MAA FI OWO PON MI LOJU,

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ÒRÌSÀ-NLA, MA FI IRE GBOGBO PON MI LOJU,

GBO IGBE MI.

ÀSE TI ELEDUNMARE.

ELEDUNMARE ÀSE.

Oxalá eu te saúdo

Oxalá, Oxalá, um rei feroz aos; Òrìsàs, Oxalá que mora com os outros na cidade de Ode Iranje,

Oxalá, o maior e que tem o mundo e todos universos sob Ele,

Senhor que tira pele das pessoas,

Senhor que criou as pessoas corcundas e os paralíticos,

Oxalá, Oxalá, Òrìsà com autoridade,

Você é precioso como mel puro,

Òrìsà que dá filhos aos que não tem,

Senhor dispersa as pessoas onde eles estão tramando as maldades,

O senhor dócil,

Pessoa que quebra os braços das pessoas e cria os paralíticos,

Òrìsà Ogiyan, um guerreiro de respeito.

Você que brigou na guerra e entrou no rio para lançar os bastões nos inimigos,

Você que é Deus com a força inesgotável,

Você que arrasta seus inimigos com a corda para dentro do rio,

Você que seu rosto aterroriza um devedor,

Pessoa que é o maciço como um elefante,

Oxalá, pôr favor me salva,

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Oxalá, pois não sei como eu posso me salvar,

Oxalá, por favor me faz um ser honrado,

Oxalá, não me faça sofrer com dinheiro,

Oxalá, não me faça sofrer com filhos,

Favor, não me faça sofrer com doenças,

Não me faça sofrer com a prosperidade,

Oxalá, não me faça sofrer com todas as coisas boas,

Ouça meu clamor.

Axé do Senhor Supremo.

Benção do Senhor supremo.

DIFERENÇAS ENTRE CANDOMBLÉ E UMBANDA

O brasileiro é um povo pacífico e crédulo, tem muita fé, é um povo religioso, não é difícil enganar pessoas tão ingênuas...(Este é meu ponto de vista).

A visão que tenho é bem clara...:

Existe uma barafunda geral, na cabeça das pessoas com relação a religião, cada um faz a sua como bem quer ou como bem entende que deva fazer (a tal da verdade absoluta) o que o guia do babá ou da babá de terreiro disser, é que é o certo e pronto. (???)

Se em cada esquina tiver um centro de umbanda, e formos perguntar como funciona, vamos verificar que cada um funciona de acordo com a cabeça do dono da casa, e não de acordo com o que dita as regras gerais do que deva ser um centro de umbanda.

A primeira diferença entre candomblé e umbanda:

O candomblé é uma religião iniciática, que apesar de bem deturpada, tem seus fundamentos nas religiões tribais africanas (milenares) trazidas pelos escravos para o Brasil. E com eles vieram os orixás africanos, todos negros, sem mistura de credo, pois não conheciam as religiões católica e espírita nem de longe (os escravos).

A umbanda foi criada por volta de 1900, não se sabe exatamente a data, no Rio de Janeiro, onde o primeiro babá de terreiro criou as regras, ou foram ditas por seus

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guias, assim foi criada a umbanda, que hoje, já não se sabe mais o que é realidade ou fruto de imaginação.

A mistura é tão grande, e a imaginação de cada um vai tão longe, que foram criando falanges e mais falanges que não se entende mais nada, nem os próprios umbandistas sabem dar certas explicações. A umbanda começou com os caboclos (espíritos de índios brasileiros) e pretos velhos (espíritos dos escravos), depois foram aparecendo novas entidades como ciganos, indianos, já tem gente incorporando Cleópatra, Messalina, Afrodite, Lampião, etc... dá prá acreditar? :-)

E os que dizem incorporar Lúcifer, Belzebu e outros, não que eu queira ser a dona da verdade, que não sou mesmo... mas haja imaginação hein? :-)

Freqüentei umbanda durante 9 anos, respeito a umbanda séria e acredito nos guias de umbanda, (pois os que conheci mereciam respeito), mas aprendi a separar mistificação, de entidades de verdade, pois acredito que o maior problema da umbanda seja esse, as pessoas não saberem distinguir um do outro.

Na minha opinião, toda religião é boa, desde que não seja usada para ludibriar as pessoas ingênuas e crédulas. Toda pessoa precisa acreditar em alguma coisa, ter fé, mas também precisa ter o bom senso de desconfiar de vez em quando, nem tudo o que vemos e ouvimos é o que parece ser.

Independente das religiões, o ser humano é dotado, uns mais outros menos, de poderes paranormais ou seja vidência, audiência, telepatia, telecinese e outros, até poder de cura através das mãos, (que a pessoa já nasce com eles sem fazer parte de nenhuma religião, muitos morreram nas fogueiras por terem tais poderes, eram chamados de bruxos, na idade média), que infelizmente são usados através de religiões, com finalidades nem sempre honestas.

Segunda diferença entre candomblé e umbanda:

Antigamente na religião africana, existia uma separação entre o culto de Egun e o culto de orixá, era bem definido e os locais de culto eram independentes e separados. Exemplo disso, podemos ver nas casas de candomblé da Bahia (casas de Ketu tradicional), onde se cultua orixá, (tem apenas um quarto onde são homenageados os eguns dos filhos da casa que já morreram), os Eguns dos pais de santo, são cultuados em outras casas, as mais conhecidas estão na Ilha de Itaparica.

Também acho uma discriminação, mulher quando morre não é egun, é alma, sendo cultuadas em outras casas.

Nessas casas onde são cultuados os babá Egun, também é feita uma separação bem definida, quando um babá Egun está dançando no barracão e vira um orixá de alguém que esteja assistindo, em respeito ao orixá, esse babá Egun se retira da sala e só volta

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quando o orixá tiver ido embora. No candomblé, o único motivo de se usar contra-egun, é para que um egun não incorpore em uma pessoa iniciada para o orixá.

A coisa tá tão complicada de se entender, que a maioria das babás de terreiro usam como símbolo de cargo um mocan no pescoço, isso quando não usam senzala de búzios e contra-egun também, feitos de palha da costa, usado no candomblé exatamente para que eguns não se apoderem das pessoas.

A conclusão que eu cheguei é a seguinte:

A umbanda não é iniciática, portanto não tem feitura de orixá.

As entidades que incorporam na umbanda não são orixás, são guias.

Nem tudo que vemos incorporado na umbanda são guias, pode ser fruto da imaginação muito fértil de algumas pessoas (com exceções).

No candomblé tem gente feita de santo que continua virando com guias de umbanda, isso não é novidade, é até muito freqüente de se ver. (vide texto anexo do Prof. Reginaldo Prandi).

Mas dizer que foi feito de um orixá na umbanda, prá mim é novidade... a não ser que o pai de santo tenha sido feito, mas aí a casa deixa de ser umbanda e passa a ser de candomblé e que também toca umbanda.

Peço desculpas, aos umbandistas, não quis com isso ofender ninguém, apenas tentei colocar como vejo a situação da umbanda e do candomblé nos dias de hoje, e peço que as pessoas leiam mais e procurem se orientar melhor, não estou querendo dizer com isso, que o candomblé seja a religião perfeita, porque não é mesmo, tem muitas falhas principalmente por deturpação de muitos pais e mães de santo.

Nos candomblés bantus tradicionalmente sempre existiu a presença do caboclo, mas é um caboclo diferente do que incorpora na umbanda, não dá prá confundir são totalmente diferentes.

Com isso quero dizer que existem umbandas sérias e candomblés sérios, mas que precisam ser distinguidos.

Explicação referentes a banhos

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Em qualquer época, nos Centros e Terreiros de Umbanda, os banhos tem sido de grande importância na fase de iniciação espiritual, por isso, torna-se necessário um grande conhecimento do uso das ervas, raízes, cascas, frutos e plantas naturais. E como já sabemos, os banhos de ervas devem ser preparados por pessoas especializadas dentro dos terreiros ou por você mesmo (a), com a orientação de seu Pai-de-Santo. 

Se forem preparados por outra pessoa, ela tem que estar com o seu corpo físico e seu corpo astral purificado, pelo menos pelo banho de uma erva e livres de excitações sexuais, perturbações mentais e nem por mulheres na fase de menstruação (corpo liberto). 

A orientação e o uso das ervas são atribuições dos guias espirituais, das entidades e dos Orixás, através dos Chefes de Terreiros (Pais e Mães-de-Santo). Os banhos de ervas são classificados, normalmente, em três tipos: Banho de Descarga, Banho de Ritual e o Banho de Iniciados. 

BANHOS DE DESCARGA paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

O mais conhecido, e, como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego), serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos, externamente adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer adepto da Umbanda, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Espirituais, e recomendados pelo seu Pai ou Mãe- de-Santo, com as ervas colhidas nas horas e dias certos. 

BANHOS DE RITUAL 

É o banho de incorporantes (médiuns de incorporação). Esse banho tem a função de estimular os fluídos da mediunidade, ativando e revitalizando as funções psíquicas para uma excelente trabalho de ritualização dos Guias Espirituais e é também recomendado para activar e afinizar as forças dos Orixás, Protetores de Cabeça e do Anjo-da-Guarda. 

BANHOS DE INICIADOS 

Este tipo de banho deve ser utilizado nos centros e terreiros de Umbanda, por seus aparelhos, médiuns, iniciantes ou não dentro da Lei da Umbanda. Ele propicia o equilíbrio entre a aura do corpo mental e a aura do corpo astral. Equilibra, de maneira satisfatória, a incorporação das Entidades em seus aparelhos mediúnicos (filhos-de-santo). 

É um banho para ser usado com muito critério e cautela, pois para cada tipo de Entidade Espiritual é destinada uma ou várias plantas, num conjunto ritualístico. 

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Um exemplo de banho de iniciados é o BANHO DE AMACI, aqui especialmente tratado. paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814BANHO DE AMACI Todos os anos o Templo Sagrado de Umbanda, realiza, o banho de Amací, para todos os médiuns filiados à mesma. O Babalorixá e os Médiuns confirmados, fazem o banho na cabeça dos filhos e filhas , tudo isto para abrir o ano com muita energia dos Orixás.Este banho somente deve ser preparado por uma Entidade Espiritual ou pelo Guia Chefe do Terreiro, Pai/Mãe-de-Santo, Zelador (a) do Terreiro, Babalaô ou Chefe de Culto. É o banho que pode ser preparado da cabeça aos pés ou simplesmente da cabeça, porque é preparado de acordo com o Santo, Orixá protetor do filho, iniciante na Umbanda. O banho de Amací é próprio para a cabeça, onde reside o nosso Santo Protetor, nosso Guia Espiritual.Só podem tomar o banho de Amací aqueles que forem freqüentar e desenvolver-se na gira de Umbanda, no Centro ou Terreiro. O próprio adepto não deve nunca prepará-lo e nem tomá-lo em casa; existe todo um ritual para que seja feito o Amací da Umbanda, isto é, ervas selecionadas de acordo com o Santo do Iniciante, bem como dia e hora apropriados, e demais requisitos que o banho exige. paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814Normalmente, quando o filho esta em dúvida de quem seja seu Pai ou Mãe de Cabeça, recomendo um Amací de Oxalá, o qual rege a cabeça de todos nós, pois queiramos ou não, todos nós somos filhos de Oxalá. paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814Todos os banhos de descarga devem ser tomados do pescoço pra baixo; só se deve jogar o banho na cabeça quando for indicado pelo Orixá Chefe do Terreiro. As folhas que caem dos banhos de ervas devem ser recolhidas e despachadas (jogadas) nos locais apropriados, em geral, vasos grandes de plantas, jardins, num rio ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas. paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814Há banhos para todos os Orixás e Entidades e sempre que tiver dúvida consulte-os ou consulte um Pai ou Mãe-de-Santo sobre o banho a ser tomado. 

Muitos banhos têm dia e hora certos para tomar, portanto, consulte um Pai ou Mãe-de- Santo se tiver dúvidas. 

Explicação Ipeté de Oxum

Ipeté de Oxum

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Ipeté de Oxum ou Peté de Oxum é o nome da comida de Oxum, e foi adotado o mesmo nome para a festa que se faz à Oxum anualmente em muitas casas de candomblé, em todo Brasil.

No Opó Afonjá, Mestre Didi conta que esta festa marca o encerramento das festas do ano. Nesse dia não há sacrifício, que já foram feitos nos dias anteriores. Há muita comida, galinha, pernil de porco, além de outras iguarias, que são distribuídas a todos que comparecem.

Além daquelas que são feitas para as obrigações dos Orixás e que serão também divididas entre os presentes, que são o adun (fubá de milho com azeite de dendê e açucar), o ekó (milho branco ralado e cozido, uma espécie de canjica, mais conhecido pelo nome de acaçá), o ixu (inhame), o aluá e o próprio peté.

Todos trabalham com afinco, cada um com seu trabalho: quem é de cozinhar, cozinha; quem é de fazer bandeiras, faz bandeiras; quem é de fazer surpresas, faz surpresas.

O Assobá, acompanhado dos Ogans da casa, organiza a arrumação do barracão, colocando bandeirinhas, Mariwôs, e folhas que servem de ornamentação, se enfeita o barracão sempre que há festa. Arruma mariôs também em todas as portas de todas as casas para livrar a todos de aproximação e irradiação de maléficos. Arruma também duas mesas, uma grande para a vasilha do peté e uma menor, para as surpresas.

Como não há sacrifício de animais nesse dia, também não há padê. A festa começa às cinco horas da tarde, com a procissão do peté. Saem todas as filhas de Orixá da casa de Oxum, cada uma com seu balainho, uns contendo o peté, com pratos e talhes, outro contendo adun e ekó. Outras ainda carregam cestas de flores ou bandejas com diversas surpresas. Cantam e dançam em Ijexá, enquanto os foguetes explodem.

Essa procissão é dentro da roça, vai até o Cruzeiro passando em frente à casa dos mortos (Ilê Ibó), fazendo-lhe uma certa reverênci, saudando a antiga Iyalaxé (Aninha). Rumando para o barracão passam pela casa de Xangô, Iyá, Oxalá.

Quando chegam, todas as filhas que conduzem o carrego já estão manifestadas. São as pessoas mais velhas que recolhem e distribuem o peté e as surpresas nos devidos lugares. Nesse momento a Oxumda Iyalaxé senta-se no seu trono e as outras sentam-se em cadeiras comuns, metade de um lado e metade do outro, enquanto a comida é dividida.

Depois começa o xirê, com a dança da Oxum mais velha. Só quando ela volta a sentar-se é que todas as outras começam a dançar. E assim a festa se prolonga até a meia-noite, quando é encerrada com a roda de praxe, saudando Oduduá, pedindo paz, saúde e tranquilidade de espírito a todos do Axé, adeptos e convidados para que no próximo ano estejam todos novamente reunidos para as homenagens aos Orixás.

Qualidades dos Orixás e Odús

Qualidades do Orixá Esu

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Exu Oro

Exu Oro é o responsável pela transmissão do poder através da (ala. Ele é quem d á para os sacerdotes e sacerdotisas o poder de acionar as força espirituais através das evocações sagradas: preces , encantações , cânticos . Existem algumas palavras de grande axé usadas nos rituais sagrados que muitas vezes não se conhece a tradução. Elas funcionam como códigos para abrir certos portais do mundo Invisível (ORUN), acionando o poder para transformar nossas vidas. Somente Exu Oro conhece estes segredos, e somente ele pode dar a autorização necessária para entrarmos nestes mistérios.

Oriki : Exu Oro ma ni ko. Ex u Oro ma ja ko. Exu Oro Tohun tire site. Exu Oro Ohun Otohun ni ima wa kiri. Axé .

Tradução; O Divino Mensageiro do Poder da Palavra causa confronto. Divino Mensageiro do Poder da Palavra n ã o me cause confronto. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem a voz do poder. O Divino Mensageiro do Poder da Palavra tem uma voz que ressoa por todo o Universo.

Que assim seja (axé).

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Exu Opin

É o Exu que deve ser evocado sempre que queremos estabelecer um local como sagrado. É ele quem faz a demarca çã o dos limites que separam o espaço sacratizado do espaço comum. Fazem-se uma construção qualquer e nela queremos instalar os nossos assentamentos de Orix á s, al é m de evocar o exu do nosso caminho pessoal ser á necessário pedir a Exu Opin que aceite uma oferenda para consagrar o lugar. A partir daquele local deve passar a ser usado exclusivamente para fins rel i g i oso, e deve haver uma separação bem n í tida entre este espaço e o espa ç o livre para a circula çã o. No caso de se colocar, por exemplo, um assentamento dentro de casa, é aconselhável colocá-lo sobre uma esteira e, se poss í vel cercar com vota com uma outra esteira. Sempre pedindo a exu Opin para sacratizar o ambiente, n ã o importa a localiza ção ou tamanho. Isto é válido, também, para os ambientes ritualísticos estabelecidos ao ar Iivre.

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Exú GOGO

Este caminho de Exu quatro o *Divino Executor*. É conhecido tamb é m como o Ex u respons á vel peta recompensa divina a todos os atos dos seres humanos (e tamb é m dos seres espirituais). Exu Gog ó conhece todas as nossas reencarna çõ es • estende sua a çã o atrav é s destes diversos ciclos encarnat ó rios. Aquilo que costumamos chamar lei do retomo é exatamente a função do exú Gogó fazer este retorno acontecer: O bem

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recompensado com o bem; o mal recompensado com o mal. Dentro destas atribui çõ es de cobran ç a espiritual e material encontra-se sempre a chance de todos se arrependerem, pagarem por seus erros e tomarem um outro ritmo de vida. Quando Isto não acontece numa vida, poder á ser resgatado numa próxima encarnação.

Oriki

EXÚ GOG Ó O, ORI MI MA JE NKO O. EX Ú GOGO O, OR Í MA JE NKO O. EB LOWO RE GOGO? O OKAN LOWO EX Ú GOG Ó BABA AWO. AXÉ.

Tradução

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Divino Mensageiro do Pleno Pagamento, guie minha cabe ç a para o pelo caminho. Divino Mensageiro do Pleno Pagamento guie minha cabe ç a para o reto caminho. Quanto tu estas pedindo para o Divino Mensageiro do Pleno Pagamento? O Divino Mensageiro do Pleno Pagamento, o Pai do Mistério, está pedindo por um centavo. Que assim seja.

Exú

Ele é o exú que controla os relacionamentos Interpessoais. Ou seja: amizade, sociedade de negados, casamento, companheirismo de trabalho, vinculo familiar, fraternidade religiosa... Enfim, todos os tipos de relacionamentos s ó possuem um estado de plena compreensão, harmonia e verdadeira colabora çã o quando aprovados por EXÚ WARA. Sempre que se planeja estabelecer um novo vinculo é aconselhável consular Exú Wara e, de preferência, fazer-l he uma oferenda de apaziguamento, para que tudo possa ocorrer sempre na mais perfeita ordem, sem possibilidades de atrito, confusão, mal-entendidos, etc...

Oriki de Exu

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EXÚ WARA NA WA O. EXÚ WARA O. EXÚ WARA NA WA KO MI O, EXÚ WARA O. BA MI WA IYAWO O, EXÚ WARA O. MA JE ORI MI O BAJE O, EX Ú WARA O. ME JE ILE MI O DARU. EXÚ WARA O, AXÉ.

Tradução: Divino Mensageiro dos Relacionamentos Pessoais traga a boa fortuna. Divino Mensageiro dos relacionamentos pessoais. Divino Mensageiro dos Relacionamentos Pessoais.

AS QUALIDADES MAIS CONHECIDAS SÃO

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Exú Elegbára = senhor do poder Exú Yangi = pedra vermelha de laterita, primeira protoforma existente - água + terra - Exú Àgbá = pai-ancestre (representação coletiva de todos os exús individuais) Exú Obá - rei-de-todos Exú Alakétu = título dado a exú pelos kétu da Bahia - rei do povo Kétu - Exú Elebo = senhor-das-oferendas Exú Ojìse-ebo = encarregado-e-transportador de oferendas Exú Elérú = senhor do erú (carrego) Exú Olòbe = proprietário e senhor da faca Exú Enú-gbárijo = explicitador de mensagens Exú Bara = o rei do corpo (obá + ara) (princípio de vida individual) Exú Odara = aquele que guia (mostra o caminho, vai na frente)

EXU (o mensageiro dos Orixás)

(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

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Exu é a figura mais controvertida dos cultos afro-brasileiros e também a mais conhecida. Há, antes de mais nada, a discussão se Exu é um Orixá ou apenas uma Entidade diferente, que ficaria entre a classificação de Orixá e Ser Humano. Sem dúvida, ele trafega tanto pelo mundo material ( ayé ), onde habitam os seres humanos e todas as figuras vivas que conhecemos, como pela região do sobrenatural ( orum ), onde trafegam Orixás, Entidades afins e as Almas dos mortos (eguns ).

Esse Orixá (ou Entidade) não deve ser confundido com os eguns , apesar de transitar na mesma Linha das Almas (uma das três linhas independentes) sendo o seu dia a segunda-feira; ficando sob o seu controle e comando, os Kiumbas (espíritos atrasadíssimos na evolução). Exu é figura de status entre os Orixás, que apesar de ser subordinado ao poder deles, constitui uma figura tão poderosa que freqüentemente desafia as próprias divindades. Sua função e condição de figura-limite entre o astral e a matéria, se revelam em suas cores, o negro e o vermelho, sendo esta última a vibração de menor freqüência no espectro do olho humano, abaixo do qual tudo é negro, há ausência de luz.

Seus aspectos contraditórios também podem ser analisados sob outro ponto de vista: o negro significa em quase todas as teologias o desconhecido; o vermelho é a cor mais quente, a forte iluminação em oposição à escuridão do negro. Até em suas cores, Exu é o símbolo das grandes contradições, do amplo terreno de atuação.

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Os Exus são considerados entidades poderosas, mas nem sempre conscientes dessa força, desconhecendo seus limites e suas conseqüências ao envolver os seres humanos vivos. Assim ao utilizar-se de suas vibrações, um iniciado precisa tomar cuidado para não permitir que Exu, mesmo com o propósito de ajudá-lo, provoque um descontrole energético que possa ser prejudicial ao ser humano.

Sua função mítica é a de mensageiro - é o que leva os pedidos e oferendas do homens aos Orixás, já que o único contato direto entre essas diferentes categorias só acontece no momento da incorporação, quando o corpo do ser humano é tomado pela energia e pela consciência do seu Orixá pessoal (quando a consciência de quem carrega o Orixá desaparece). É Exu quem traduz as linguagens humanas para a das divindades. Por isso, é imprescindível para a realização de qualquer ritual, porque é o único que efetivamente assegura em uma dimensão ( ayé ou orum ) o que está acontecendo na outra, abrindo os caminhos para os Orixás se aproximarem dos locais onde estão sendo cultuados.

O poder de comunicar e ligar, confere à ele também o oposto; a possibilidade de desligar e comprometer qualquer comunicação. Se possibilita a construção, também permite a destruição. Esse poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exu habitar as encruzilhadas, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e rotas, e ser o senhor das porteiras, portas entradas e saídas. Isso não entra em contradição com o fato de Ogum, o Orixá da guerra, ser considerado o senhor dos caminhos. Além da grande afinidade entre as duas figuras míticas (que são irmãos, de acordo com as lendas), Ogum é responsável pelo desbravamento, pelo desmatar e o criar de novos caminhos, pela expansão do reino, enquanto Exu é o senhor da força que percorre esses caminhos.

Como, então, essa imagem de menino brincalhão, mesmo que imprudente, se coaduna com a imagem popular que associa Exu ao Diabo? Mesmo em cultos de Umbanda (alguns) Exu é freqüentemente considerado um representante do mal, das forças perigosas e não totalmente recomendáveis.

Qual a visão está correta?

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A rigor, ambas ou nenhuma delas. Exu realmente brinca e se diverte, possibilitando brincadeiras e prazeres aos seres humanos. Também mexe com forças terríveis, provoca acontecimentos dramáticos, causando o mal.

Em termos históricos, as culturas africanas que cultuam os Orixás - muito diversificadas, conseqüência evidente de uma sociedade dividida em raças, tribos, muito pouco centralizada para os parâmetros ocidentais - são muito mais antigas que as que conhecemos. Há lendas de Orixás que se explicam como respostas socialmente criativas a acontecimentos perdidos num longínquo passado, como a substituição do matriarcado pelo patriarcado, o surgimento do primeiro conceito de sociedade agrária, em oposição a uma cultura nômade e caçadora.

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Assim, como encontrar uma figura que representa o mal numa cultura onde não existe a dicotomia bem-mal? A moralidade ou imoralidade portanto, não está nas figuras dos Orixás, nem principalmente em Exu, mas sim nas interpretações que nós, ocidentais, fazemos a respeito de seus desígnios.

Para a cultura africana, politeísta, onde os deuses brigam entre si, cada um tomando atitudes radicalmente opostas às dos outros, não existe um certo e um errado, mas vários. Cada ser humano é filho de dois Orixás e, para ele, suas atitudes serão as mais corretas, enquanto um filho de outro Orixá deverá manter postura diferente, mas adaptada ao arquétipo de comportamento associado ao seu próprio Orixá.

Outra razão de confusão vem do fato de os negros terem chegado ao Brasil na condição de escravos, tratados como subumanos e sem os mínimos direitos.

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Nenhuma hipótese havia, portanto, para que Exu e outras figuras míticas do Candomblé e da Umbanda, fossem aceitas como independentes: os negros tinham de ser convertidos ao Deus Único , aos mitos cristãos.

Uma divindade africana ao ser capturada pelas explicações católicas, teria no máximo o status de santo, divindade menor, praticamente humana, na teologia cristã.

Como precisavam de um Diabo, os jesuítas encontraram na figura de Exu, o Orixá que poderia, meio forçadamente, vestir a sua roupa, provavelmente porque sendo o mais humano dos Orixás, à ele se pede interferência nas questões mais mundanas e práticas, o que resulta que a maior parte das oferendas do culto vá, para ele.

Exatamente por isso, Exu era a divindade que protegia, na medida do possível, os negros dos repressivos senhores. Era para Exu que pediam desgraças para seus senhores.

Dois outros fatores associam Exu ao Demônio; o fogo - elemento do Diabo e também freqüente nos cultos e oferendas para o mensageiro dos Orixás africanos - e o sexo, território considerado tabu pelos católicos, e o prazer - em geral, as atividades favoritas de Exu. A sensualidade desenfreada costuma ser atribuída à influência de Exu, que significa a paixão pelo gozo, sendo freqüentemente representado em estatuetas, como figura humana sorridente, debochada.

Para completar os tabus que marcavam Exu como uma figura que subvertia o conceito de faça o bem e será recompensado, faça o mal e será punido - já que ele podia fazer qualquer coisa e alterar qualquer resultado - mas um fator fez com que fosse não só usado como o Diabo mas reconhecido como sua própria encarnação por parte dos jesuítas: Exu gosta de sangue.

É costume que, em oferendas, o sangue de animais seja o último ingrediente.

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Como, porém, essa base filosófica africana foi esquecida na prática pelos brasileiros, existe certo temor e preconceito com relação a Exu. Isso se revela no temor que os babalorixás (sacerdotes que dirigem a Umbanda ou um Candomblé) têm em identificar alguém como filho de Exu, ou seja, como pessoas cuja energia básica é a mesma do mensageiro dos deuses. Reforçam-se assim, os mitos de desgraça que ronda a figura de Exu.

A Pomba-gira, figura comum nos cultos de Umbanda e presente em diversos Candomblés, dada a grande intercomunicação entre as duas vertentes, não passa, de um Exu Feminino, onde estão em destaque o senso de humor debochado, a voluptuosidade e sensibilidade desenfreada, usando cabelos soltos, saias rodadas e vaidosas flores na cabeça. Sua dança é uma gira frenética, desenfreada, violenta até, com quase nenhum controle - sem compostura , de acordo com a visão ocidental.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE EXU

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São muitas as pessoas que têm Exu, como fonte energética principal, mas são poucas as que o sabem. É comum um certo temor do pai-de-santo em comunicar ao iniciado que é um filho de Exu (englobado na Linha das Almas ), após a confirmação do jogo de búzios. Acontece que os mitos ocidentais e orientais de perigo e desgraça que andam junto de Exu, fazem com que a pessoa que está sob a égide desse Orixá seja considerada uma perseguida da sorte, marcada pelo destino, e são comumente apontados como sofredores, como se ligados ao mal ou ao padecimento.

O arquétipo psicológico associado aos filhos de um Orixá é a síntese das características comportamentais que fazem parte de cada Orixá e que são atribuídas aos seus filhos. Não deve ser encarado como camisa de força que limite os seres humanos, mas guias de comportamento. Essas guias de comportamento ou matrizes , são os Orixás.

No caso dos filhos de Exu, suas características principais seriam a ambivalência e o relativismo, a falta de posturas morais rígidas e inabaláveis, preferindo certo apego à maleabilidade e ao pragmatismo que faz cada situação ser encarada como totalmente independente de outra, cada uma, portanto, merecendo uma saída diferente

OGUM

(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

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Divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro. Bastante cultuado no Brasil, especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. Foi uma das primeiras figuras do candomblé incorporada por outros cultos, notadamente pela Umbanda, onde é muito popular. Tem sincretismo com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.

A relação de Ogum com os militares (é considerado o protetor de todos os guerreiros) tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras ( que são do conhecimento apenas dos iniciados ), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após te sido evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.

Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a administração do reino de seu pai, Odudua; ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.

Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela luta.

Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.

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Segundo as pesquisas de Monique Augras, na África, Ogum é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, tatuadores, e, hoje em dia, mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: tal conexão continua válida para nós, pois também na sociedade ocidental a maior parte das inovações tecnológicas vem justamente das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de objetos de consumo

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civil, o que é particularmente notável na industria automobilística, de computação e da aviação.

Assim, Ogum não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o desconhecido.

É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.

Tem, junto com Exu, posição de destaque logo no início de um ritual. Tal como Exu, Ogum também gosta de vir à frente. A força de Ogum está tanto na coragem de se lançar à luta como na objetividade que o domina nesses momentos (e o abandona nos momentos de prazer e gozo).

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É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam:Exu (a magia) e Ogum (a guerra); segundo Pierre Verger. Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto acabado: ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as matérias inertes a serem modificadas .

Ogum gosta do preto no branco, dos assuntos definidos em rápidas palavras, de falar diretamente a verdade sem ter de preocupar-se em adaptar seu discurso para cada pessoa.

Ogum gosta de dormir no chão, precisa que o corpo entre em contato sempre direto com a natureza e dispensa roupas elaboradas e caras, que possam ser complicadas de vestir ou que exijam muito espaço na mochila. Não tem compromisso com ninguém, nem com seus próprios objetos.

A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.

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Existem sete tipos diferentes de Ogum, mas Ogum Xoroquê merece um destaque específico, pois é um Orixá masculino duplo, ou seja possui duas formas diferentes de manifestação. É associado à irmandade e afinidade estreita de Ogum com Exu, pois passa seis meses do ano como Ogum e os outros como Exu, sendo considerado guerreiro feroz, irascível e imbatível.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OGUM paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto.

Os homens e mulheres que têm Ogum como seu Orixá de cabeça, vão ter comportamentos diferentes, de acordo com os segundos e terceiros Orixás que os influencia ajuntós (adjutores). De qualquer forma , terão alguns traços comuns: são conquistadores, incapazes de fixar-se num mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina, tornará um filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande, a franqueza absoluta, chegando mesmo à falta de tato.

OXÓSSI

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(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

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Numa visão antropológica, os Orixás são vibrações de energia, cada uma numa faixa própria, com as quais os seres humanos se identificam, o que justifica a existência de filhos de diferentes Orixás. Assim os filhos de Oxóssi, são aqueles cujo metabolismo básico e características de personalidade herdadas geneticamente mais se identificam com uma matriz, o próprio Oxóssi, que se manifesta em ambientes como florestas cerradas, parques onde animais são preservados, espaços enfim, de contato entre o homem e os animais.

Numa visão teológica, os Orixás são divindades a serem respeitadas e cultuadas por seus filhos, que com eles entrariam em contato através de diferentes rituais disseminados na cultura tribal africana e que no Brasil estão agrupados sob o rótulo de

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uma religião, a Umbanda e o Candomblé. Cada divindade possui lendas que justificam seu destino e principalmente o arquétipo de comportamento à ela associado.

A Umbanda cultuada no Brasil é uma síntese de diversas manifestações diferentes da África, unindo preceitos e práticas que no continente negro se manifestam em povos isolados.

Há porém, uma corrente predominante, a dos iorubas ou nagôs. Sua visão do mundo material e sobrenatural foi a que mais se espalhou, tanto no centro-sul da África, como no Brasil, e os Orixás mais populares são dela originados. Os rituais Jeje , do Daomé (atual República do Benin), também encontraram espaço, principalmente porque tiveram de lutar contra mitos antagônicos dos iorubas; na verdade, o Daomé foi, há muitos séculos, dominado politicamente por um povo de civilização mais recente, os iorubas. Assim como Roma se comportou em relação aos mitos gregos, assimilando-os gradativamente e adaptando-os as suas próprias necessidades, os iorubas assimilaram usos, costumes e Orixás daomeanos, como Nanã, Iroco, Omolu e outros. Uma diferença, porém, sempre existiu para quem se propusesse a analisá-los.

Os mitos iorubas manifestavam grande vitalidade, envolvendo personalidades extrovertidas como Exu. Já os Orixás daomeanos são mais frios, vindos de uma cultura mais hierarquizada, onde os deuses são vistos de maneira um pouco ameaçadora e coercitiva; não costumam ter o senso de humor dos iorubas, sua flexibilidade, onde contendas difíceis às vezes são resolvidas por palavras hábeis. O mundo dos daomeanos é mais soturno, discreto, perigoso.

Nesse sentido, dois Orixás iorubas fogem da tradição básica: o mago Oçanhe, o solitário senhor das folhas, e Oxóssi, o caçador. Ambos são irmãos de Ogum na maior parte das lendas e possuem em comum o gosto pelo individualismo e o ambiente que habitam; a floresta virgem, as terras verdes não cultivadas.

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A floresta é a terra do perigo, o mundo desconhecido além do limite estabelecido pela civilização iorubana, é o que está além do fim da aldeia. Os caminhos não são traçados pelas cabanas, mas sim pelas árvores, o mato invade as trilhas não utilizadas, os animais estão soltos e podem atacar livremente. É o território do medo.

Oxóssi é o Orixá masculino ioruba responsável pela fundamental atividade da caça. Por isso na África é também cultuado como Ode , que significa caçador. É tradicionalmente associado à lua e, por conseguinte, à noite, melhor momento para a caça. Oxóssi e Oçanhe têm na floresta o próprio fim, nela se escondem. O primeiro para capturar os animais, o segundo para poder estudar sozinho e recolher as folhas sagradas.

Oxóssi e Oçanhe representam as formas mais arcaicas de sobrevivência, a apologia da caça em detrimento da agricultura, a apologia da magia e do ocultismo em detrimento da ciência.

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Ao mesmo tempo, Oxóssi está mitologicamente muito próximo de Ogum, como conciliando o novo e o velho, as novas atividades com as tradicionais. Na Umbanda, recebe o título de Rei das Matas, sendo à ele consagrada a cor verde. Já no Candomblé, a cor verde é consagrada a Oçanhe por sua proximidade com as folhas, ficando o azul para Oxóssi, um azul pouco mais vivo e claro que o de Ogum, numa transição cromática.

Outro dado que identifica e aproxima Oxóssi de Ogum, é o fato de ambos representarem atividades e possuírem temperamentos próprios de uma mesma faixa etária, a juventude ( mas não a adolescência, pois são mitos adultos, viris ), onde a energia se expressa fisicamente.

Assim como o irmão ligado à guerra, Oxóssi é um Orixá que vive ao ar livre e está sempre longe de um lar organizado e estável. Seu combate cotidiano, entretanto, está nas matas, caçando os animais que vão garantir a alimentação da tribo, sendo por isso consagrado como protetor dos caçadores e eterno provedor da subsistência do gênero humano. Protege tanto o que mata o animal como o próprio animal, já que é um fim nobre a morte de um ser para servir de alimento para outro. Protege os antagonistas, o caçador, e a caça, pois são seres do mesmo espaço, a floresta. Por isso Oxóssi nunca aprova a matança pura e simples, para ele a morte dos animais deve garantir a comida para os humanos ou os rituais para os deuses, sendo símbolo de resistência à caça predatória. O conceito de liberdade e independência para Oxóssi é muito claro. Sua responsabilidade principal com relação ao mundo é garantir a vida dos animais para que possam ser caçados. Em alguns cultos de Umbanda, também se atribui à ele o poder sobre as colheitas, já que agricultura foi introduzida historicamente depois da caça como meio de subsistência.

Segundo Pierre Verger, o culto a Oxóssi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxóssi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. Seus símbolos são ligados à caça: no Candomblé, possui um ou dois chifres de búfalo dependurados na cintura. Na mão, usa o eruquerê (eiru) , que são pelos de rabo de boi presos numa bainha de couro enfeitada com búzios.

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O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.

Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxóssi o identifiquem não com um negro,

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como manda a tradição, mas com um Índio. Seu objeto básico é o arco e a flecha, o ofá e o damatá .

Oxóssi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXÓSSI

O filho de Oxóssi apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo. Oxóssi desconhece a agricultura, não muda o solo para ele plantar, apenas recolhe o que pode ser imediatamente consumido, a caça.

No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, afim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Oxóssi trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação tão importantes para seu Orixá.

Geralmente Oxóssi é associado às pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir. Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição.

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Os filhos de Oxóssi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo , é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.

Os filhos de Oxóssi tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas

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possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Oxóssi como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. Os filhos de Oxóssi, compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá ( ajuntó ). São pessoas tipicamente extrovertidas, gostando de viver sozinhas, preferindo receber grupos limitados de amigos. É portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.

OÇANHE

(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

OÇANHE* é o Orixá masculino de origem nagô (ioruba) que como Oxóssi, habita a floresta. É bastante cultuado no Brasil, sendo conhecido por diversos nomes, Oçãe, Oçãim, Oçanha, Oçânim e Oçonhe, a forma mais popular. Por causa do som final da palavra, é freqüentemente confundido com uma figura feminina. Não é um dos Orixás que possuem mais filhos-de-santo: pelo contrário, seus filhos são do tipo raro, bem menos numerosos em qualquer sociedade. 

* Embora mais usuais, evitar as variações com dois SS.

É o Orixá da cor verde, do contato mais íntimo e misterioso com a natureza. Seu domínio estende-se ao reino vegetal, às plantas, mais especificamente às folhas, onde corre o sumo. Por tradição, não são consideradas adequadas pelo Candomblé mais conservador, as folhas cultivadas em jardins ou estufas, mas as das plantas selvagens, que crescem livremente sem a intervenção do homem. Não é um Orixá da civilização no sentido do desenvolvimento da agricultura, sendo como Oxóssi, uma figura que encontra suas origens na pré-história.

As áreas consagradas a Oçanhe nos grandes Candomblés, não são jardins cultivados de maneira tradicional, mas sim os pequenos recantos, onde só os sacerdotes (mão de ofá) podem entrar, nos quais as plantas crescem da maneira mais selvagem possível. Graças a esse domínio, Oçanhe é figura de extrema significação, pois praticamente todos os rituais importantes utilizam, de uma maneira ou de outra, o sangue escuro que vem dos vegetais, seja em forma de folhas ou infusões para uso externo ou de bebida ritualística.

Segundo algumas lendas, Oçanhe era dono de todos os vegetais. Esse poder concentrador, porém, fazia os outros Orixás dependerem dele em quase todos os litígios.

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Como os orgulhosos deuses do panteão africano raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião era latente, até Iansã, a senhora dos ventos, libertar uma forte corrente de ar ( ou mesmo um furacão, conforme a versão ), fazendo as folhas voarem. Com isso, elas foram divididas entre todos os Orixás, de acordo com a esfera da atividade humana que controlassem. Algumas plantas, entretanto, continuaram sob o domínio de Oçanhe, justamente as mais secretas, utilizadas tanto nos processos de cura, como nos de adivinhação.

Seja filho de Oxalá ou de Nanã, ou de qualquer outro Orixá, uma pessoa sempre tem de invocar a participação de Oçanhe ao utilizar uma planta para fins ritualísticos, pois, se os vegetais foram para o domínio de outras divindades, a capacidade de retirar delas sua força energética básica, continua sendo segredo de Oçanhe .Por isso não basta possuir a planta exigida como ingrediente de um prato a ser oferecido ao Orixá, ou de qualquer outra forma de trabalho mágico no Candomblé. A Colheita das folhas já é completamente ritualizada, não se admitindo uma folha colhida de maneira aleatória. Antes de tocá-la, o sacerdote (mão de ofá) tem de colocar no chão, dinheiro ou outros objetos secretos de culto como oferenda para a divindade, que assim assegura que a vibração básica da folha permaneça, mesmo depois de ela ter sido afastada da planta e, portanto do solo que a vitalizava.

Se cada ser humano é individualizado pela soma das características e presenças energéticas de seus próprios Orixás (ELEDÁ = PAI, MÃE, 1 o e 2 o Juntós ) também troca energia com as outras fontes que regularizam e ditam normas de seu relacionamento com as outras áreas do conhecimento.

Oçanhe tem uma aura de mistério em torno de si e a sua especialidade, apesar de muito importante, não faz parte das atividades cotidianas, constituindo-se mais numa técnica, um ramo do conhecimento que é empregado quando necessário o uso ritualístico das plantas para qualquer cerimônia litúrgica, como forma condutora da busca do equilíbrio energético, de contato do homem com a divindade. Essa é a justificativa para o pequeno número de filhos de Oçanhe.

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OÇANHE

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A pessoa cujo Orixá de cabeça seja Oçanhe é considerada pelo culto um filho do Orixá, ou seja, alguém que carrega manifestações de temperamento e uma visão de mundo coerente com as de energia-base, que é o próprio Orixá.

Segundo o pesquisador francês Pierre Verger, um apaixonado pelo Candomblé, que é inclusive um iniciado, o arquétipo psicológico associado a Oçanhe é o das pessoas de caráter equilibrado, capazes de controlar seus sentimentos e emoções.

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Os filhos de Oçanhe são aqueles que não permitem que suas simpatias e antipatias subjetivas e individuais intervenham em suas decisões ou influenciem as suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos.

Essa capacidade de discernimento frio e racional, porém, é o responsável pela sua falta de interesse. O tipo de Oçanhe é o mais reservado, pouco intervindo em questões que não lhe digam respeito. Não é introvertido, mas não se faz notar pela atividade social. Certa aura de mistério ou pelo menos uma reserva sobre o próprio passado, podem estar presentes, sem chamar a atenção e evitando que alguém conheça detalhes sobre sua vida pregressa, a qual geralmente esconde alguma falta importante do passado, possivelmente já esquecida.

O filho de Oçanhe, tem certa atração pela religiosidade e pelos aspectos ritualísticos da realidade em geral. A ordem, os costumes, as tradições e os gestos marcados e repetitivos, o fascinam, não no sentido especificamente reacionário das pessoas que querem a repetição das mesmas e imutáveis relações sociais ad eternum , mas nos que elas tem de místico, de teatral. É, conseqüentemente, meticuloso, nunca se deixando levar pela pressa ou pela ansiedade, pois é, caprichoso.

 

OMOLU / OBALUAÊ

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(o senhor das doenças)

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(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

PERFIL DO ORIXÁ

Esta pesquisa se dedica ao Orixá da Doença ou Orixá da Varíola. Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omolu seja Obaluaê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.

São também comuns as variações gráficas Obaluaê , Abalaú, Obaluaiê e Abaluaê .

Em termos mais estritos, Obaluaê é a forma jovem do Orixá Xapanã , enquanto Omolu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença

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inesperadamente, a forma Omolu é a que mais se popularizou e acabou sendo confundida não apenas com a forma mais velha do Orixá, mas com sua essência genérica em si. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básica de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.

A figura de Omolu-Obaluaê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.

Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola , tal visão porém, nos parece uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente pôr ser a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omolu-Obaluaê, o Daomé.

Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omolu-Obaluaê é uma criatura da cultura jeje, posteriormente assimilada pelos iorubas. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanas, a figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.

A visão de Omolu-Obaluaê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar , mais prováveis nos Orixás iorubas.

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a ioruba, o que pode ser sentido em seus mitos: A antiguidade dos cultos de Omolu- Obaluaê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum .

Como parte do temor dos iorubas, eles passaram a enxergar a divindade (Omolu-Obaluaê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignidade de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Oçanhe). Omolu-Obaluaê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais , já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

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Existe uma grande variedade de tipos de Omolu-Obaluaê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omolu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OMOLU-OBALUAÊ

Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omolu-Obaluaê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.

Pierre Verger define os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.

Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.

Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolu-Obaluaê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolu-Obaluaê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.

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Assim como Oçanhe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade ara si própria. Não raro são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando, motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.

Um último, mas importante detalhe; em diversas de suas lendas, o Orixá da varíola é apresentado como uma divindade que perdeu uma perna. Isso se refletiria em seus filhos como um defeito congênito em uma das pernas ou a tendência a sofrer, durante sua vida, por um problema de relativa gravidade em seus membros inferiores, a partir de quedas ou desastres que podem ou não ser curados e ultrapassados.

NANÃ

(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido, Nanã possui não dois lados, como tantos Orixás, mas sim um Orixá dentro do outro, um conceito que foi sendo gradativamente substituído por outro, dando margem a muita confusão e contestação no jeito de se defini-la.

Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia ioruba, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual República do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.

Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá.

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Muitas pesquisas apontam ainda que os iorubas começaram a ter um conceito de Deus Supremo antes inexistente, e que esse conceito pode (fato não comprovado) ser conseqüência da influência dos maometanos do norte da África sobre a população negra mais próxima. Assim Nanã assume, como outros Orixás femininos, o conceito de maternidade como função principal.

É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluaê) e Oxumarê.

Pierre Verger aponta que Nanã, no culto daomeano, teria um posto hierárquico semelhante ao de Oxalá ou até mesmo do Deus Supremo Olorum . Neste contexto, era uma figura feminina mas às vezes também alguém acima das distinções macho e fêmea, pois constituía, num par completo, pai e mãe unificados de todas as coisas, fossem os seres humanos, fossem os Orixás.

Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.

A senhora do reino da morte é, como elemento , a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.

Muitos são portanto os mistérios que Nanã-terra esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem o invoca em geral a mesma e sempre relação austera que mantém com o mundo.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE NANÃ

Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça (mãe no Eledá), pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural.

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Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.

Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.

Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, as mantém sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.

Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.

OXUMARÊ

(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

PERFIL DO ORIXÁ

Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do Orixá feminino Oxum , a senhora da água doce. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem.

Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo.

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Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc.

Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris que, segundo algumas lendas é a ponte que possibilita que as águas de Oxum sejam levadas ao castelo no céu de Xangô. Por essa lenda, é atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas e as secas, já que, enquanto o arco-íris brilha, não pode chover. Ao mesmo tempo, a própria existência do arco-íris é a prova de que a água está sendo levada para os céus em forma de vapor, onde então se aglutinará em forma de nuvem, passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, recomeçando tudo de novo: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc.

Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então, uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso.

Uma interpretação antropológica mais cuidadosa, porém, pode questionar a validade dessas lendas. Não podemos nos esquecer de que tanto na África, como especialmente no Brasil, a população negra, que trazia consigo todos esses mitos, foi continuamente assediada pela colonização branca. Uma das formas mais utilizadas por jesuítas para convencer os negros, era a repressão física, mas para alguns, não bastava o medo de apanhar. Eles queriam a crença verdadeira e, para isso, tentaram explicar e codificar a religião do Orixás segundo pontos de vista cristãos, adaptando divindades, introduzindo a noção de que os Orixás, seriam santos como os da Igreja Católica, etc. Essa busca objetiva do sincretismo sem dúvida foi esbarrar em Oxumarê e na cobra - e não há animal mais peçonhento, perigoso e pecador do que ela na mitologia católica ( recordar os mitos de Adão e Eva, a maçã, a concepção de pecado original, etc.  ). Por isso, não seria difícil para um jesuíta que acreditasse sinceramente nos símbolos de sua visão teológica. Reconhecer na cobra mais um sinal da presença dos símbolos católicos na religião do Orixás e nele reconhecer uma figura que só poderia trazer o mal. Essa, pelo menos, é uma das interpretações feitas por pesquisadores que compararam diferentes versões dos mesmos mitos que não encontraram uma divisão absoluta entre bem / arco-íris (ou masculino) e mal / cobra (ou feminino). Na verdade, o que se pode abstrair de contradições como as que apresenta Oxumarê é que este é o Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o Orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo.

Conta-se sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o que o leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois, enquanto não

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largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle. Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado em torno do Sol, sempre repetitivo- todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos muito duradouros se comparados com o tempo de vida médio da criatura humana sobre a terra, não só em termos de espécie, mas principalmente em termos da existência de uma só pessoa. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos. Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar e cuidar de Oxumarê muito bem pois, se ele perder suas forças e morrer, a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo.

Enquanto o arco-íris traz a boa notícia do fim da tempestade, da volta do sol, da possibilidade de movimentação livre e confortável, a cobra é particularmente perigosa para uma civilização das selvas, já que ela está em seu hábitatcaracterístico, podendo realizar rápidas incertas.paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Outra fonte de indefinição a respeito do Orixá vem das contradições existentes em suas lendas no Brasil e na própria África. Oxumarê é uma divindade originária da cultura do Daomé, região centro-norte da África. Há séculos tal civilização foi dominada pelos iorubas, povo mais primitivo no sentido de organização social e visão religiosa, mas, em compensação, mais poderoso em termos de organização militar. Como aconteceu com Roma e Grécia, a dominação de uma sociedade menos rica em produções culturais ou no terreno da superestrutura em geral fizeram com que os mitos dos daomeanos não fossem apenas reprimidos, pelo contrário, os iorubas não tentaram impor sua cultura ao povo dominado. Ficaram na verdade impressionados com sua cosmologia e tentaram assimilá-la, principalmente nas figuras que não fossem formas semelhantes a divindades que também possuíssem. Oxumarê foi um desses casos. O princípio da dualidade dos iorubas fazia parte dos Orixás-crianças ( Ibeji ) - A dualidade que eles representam, porém, é mais próxima do comportamento contraditório e irresponsável em termos ético das crianças, ainda não reprimidas pela codificação social. Já a dualidade de Oxumarê é mais abrangente e até mesmo metafísica, pois representa os ciclos que não estão ao alcance do ser humano.

Oxumarê, Iroco, Omolu, Obaluaê e Nanã, os Orixás do Daomé mais conhecidos e cultuados, castigam quando dispostos ou provocados, mas raramente se arrependem e não possuem as falhas humanas, visíveis e humanizadas das figura do panteão ioruba.paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXUMARÊ

Como é comum a todas as divindades originárias do Daomé (cultura jeje) é relativamente difícil estabelecer um arquétipo específico de comportamento associado ao Orixá, já que ele é misterioso e cheio de sombras e mitos. Os filhos de Oxumarê são bem mais difíceis de serem reconhecidos dos os guerreiros filhos de Iansã, os calmos e sábios filhos de Oxalá e os maternais e familiares filhos de Iemanjá, por exemplo.

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Mesmo assim, algumas características básicas podem ser listadas. Há, porém, divergências em relação às suas características ao consultarmos autores diferente. Para o renomado pesquisador Pierre Verger, por exemplo, Oxumarê pode ser associado à riqueza: Oxumarê é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacrifícios para atingir seus objetivos .

Já Monique Augras, segundo sua visão a respeito dos filhos de Oxumarê, eles costumam possuir o dom da vidência . Quando vivia na terra, Oxumarê previa tudo, adivinhava o que ia acontecer, a tal ponto que não era mais possível viver. Os deuses então decidiram mantê-lo afastado dos homens, pois a clarividência total acaba transformando-se em maldição. A Seu pedido, Oxumarê obteve a autorização de descer na terra de três em três anos.

Verger acrescenta que Oxumarê está associado ao misterioso, a tudo que implica o conceito de determinação além dos poderes dos homens, do destino, enfim: É o senhor de tudo o que é alongado. O cordão umbilical, que está sob seu controle, é enterrado geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore .

Assim, ao arquétipo de comportamento associado à figura desse Orixá complexo está a tendência à renovação, a compulsividade à mudança. Seus filhos estão entre aquelas pessoas que, de tempos em tempos, mudam tudo em sua vida: mudam de casa, de amigos, de emprego, como se ciclos se sucedessem sempre, obrigatoriamente, exigindo e provocando rompimento com o passado e iniciando diuturnamente a busca de um novo equilíbrio que deverá persistir até num novo momento de ruptura, desintegração e substituição. Mutabilidade, reinício é seu princípio básico, aproximando-o dos mitos ocidentais referentes ao planeta Plutão, o astro da morte, da destruição, da revolução como forma de renascimento e ressurreição.paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Também são apontados nos filhos de Oxumarê certos traços de orgulho e de ostentação, algo que os aproxima do clichê do novo-rico, exibicionista, quando surge um grave problema para alguém de sua amizade, e que precisa efetivamente da sua ajuda.

A androginia do Orixá, por vezes é estendida a seus filhos. Estes, segundo algumas correntes, seriam bissexuais em potencial, mas essa interpretação não é aceita universalmente.

Fisicamente, os filhos de Oxumarê tendem a se movimentar extremamente leve, pouco levantando os pés do chão. Têm em comum com a cobra a facilidade em serem silenciosos, armarem seus botes na vida sem que as pessoas em torno se apercebam disso e só atacando seus inimigos quando têm plena certeza da vitória, que a vítima está encurralada num território que não é o seu.

XANGÔ

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(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no Norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de caboclo , que se refere obviamente a um culto sincretizando influências do culto original (candomblé ou umbanda) com cerimônias e mitos dos indígenas da região, também chamado de candomblé de caboclo .

Na mitologia, é atribuído a Xangô (enquanto homem, ser histórico) o reinado sobre a cidade-estado de Oyó, posto que conseguiu após destronar o próprio meio-irmão Dada-Ajaká com um golpe militar. Por isso, sempre existe uma aura de seriedade e de autoridade quando alguém se refere a Xangô.

Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.

Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão. Miticamente, o raio é uma de suas armas, que ele envia como castigo. Ninguém, porém, deve temer sua cólera como uma manifestação irracional.paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contendas pessoais suas, presentes nas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente - a famosa balança da Justiça. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá.

Numa visão litúrgica um pouco mais restrita e mais apegada às lendas de origem dos Orixás, um filho de Xangô não se pode contentar apenas com uma pedra vinda de uma pedreira ou de uma montanha para guardar numa vasilha o seu assentamento.

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Xangô não contesta o status de Oxalá de patriarca da Umbanda, mas existe algo de comum entre ele e Zeus, o deusprincipal da rica mitologia grega. O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. Segundo Pierre Verger, esse símbolo se aproxima demais do símbolo de Zeus encontrado em Creta.

Outra informação de Pierre Verger especifica que esse oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado, e lembra, de certa forma a cerimônia chamada ajerê , na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo, demonstrando através dessa prova, que o transe não é simulado .

Xangô então, é o administrador que se curva à experiência e sabedoria do velho Oxalá, o símbolo do poder em toda sua plenitude, mas que deve ser acatado por Xangô quando em suas decisões intervir.

Xangô portanto, já é adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos, mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor.

Outro dado saliente sobre a figura do senhor da justiça é seu mau relacionamento com a morte. Se Nanã é como Orixá a figura que melhor se entende e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos, Eguns , Xangô é que mais os detesta ou os teme. Há quem diga que, quando a morte se aproxima de um filho de Xangô, o Orixá o abandona, retirando-se de sua cabeça e de sua essência.

Deste tipo de afirmação discordam diversos babalorixás ligados ao seu culto, mas praticamente todos aceitam como preceito que um filho que seja um iniciado com o Orixá na cabeça, não deve entrar em cemitérios nem acompanhar a enterros.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE XANGÔ paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Para a descrição dos arquétipos psicológico e físico das pessoas que correspondem a Xangô, deve-se ter em mente uma palavra básica: Pedra . É da rocha que eles mais se aproximam no mundo natural e todas as suas características são balizadas pela habilidade em verem os dois lados de uma questão, com isenção e firmeza granítica que apresentam em todos os sentidos.

Atribui-se ao tipo Xangô um físico forte, mas com certa quantidade de gordura e uma discreta tendência para a obesidade, que se ode manifestar menos ou mais claramente de acordo com os Ajuntós (segundo e terceiro Orixá de uma pessoa). Por outro lado, essa

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tendência é acompanhada quase que certamente por uma estrutura óssea bem-desenvolvida e firme como uma rocha .

Tenderá a ser um tipo atarracado, com tronco forte e largo, ombros bem desenvolvidos e claramente marcados em oposição à pequena estatura;

Por essas qualidades, é relativamente fácil para os iniciados descobrirem que tal pessoa é de Xangô , pela aparência e modo de andar, o que é mais difícil para tipos pouco mais sutis e mistos como Oxum, Oçanhe e Omolu.

A mulher que é filha de Xangô, pode ter forte tendência à falta de elegância. Não que não saiba reconhecer roupas bonitas - tem, graças à vaidade intrínseca do tipo, especial fascínio por indumentárias requintadas e caras, sabendo muito bem distinguir o que é melhor em cada caso. Mas sua melhor qualidade consiste em saber escolher as roupas numa vitrina e não em usá-las. Não se deve estranhar seu jeito meio masculino de andar e de se portar e tal fato não deve nunca ser entendido como indicador de preferências sexuais, mas, numa filha de Xangô é um processo de comportamento a ser cuidadosamente estabelecido, já que seu corpo pode aproximar-se mais dos arquétipos culturais masculinos do que femininos; ombros largos, ossatura desenvolvida, porte decidido e passos pesados, sempre lembrando sua consistênciade pedra .

Em termos sexuais, Xangô é um tipo completamente mulherengo. Seus filhos, portanto, costumam trazer essa marca, sejam homens, sejam mulheres (que estão entre as mais ardentes do mundo). Os filhos de Xangô, não costumam ser conhecidos socialmente como um tipo dado a aventuras. Não são os mitos sexuais de sua sociedade e é para muito poucos amigos que confessam suas conquistas, pois não faz parte de suas necessidades se auto-afirmar através desse expediente. São honestos e sinceros em seus relacionamentos mais duradouros, porque para eles sexo é algo vital, insubstituível, mas o objeto sexual em si não é merecedor de tanta atenção depois de satisfeito desejo.paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Psicologicamente, os filhos de Xangô apresentam uma alta dose de energia e uma enorme auto-estima, uma clara consciência de que são importantes, dignos de respeito e atenção, principalmente, que sua opinião será decisiva sobre quase todos os tópicos - consciência essa um pouco egocêntrica e nada relacionada com seu real papel social. Os filhos de Xangô são sempre ouvidos; em certas ocasiões por gente mais importante que eles e até mesmo quando não são considerados especialistas num assunto ou de fato capacitados para emitir opinião. A postura pouco nobre dos filhos de Xangô e seu cultivo de hábitos considerados aristocráticos ou pouco burgueses, é resultado dessa configuração psicológica.

Porém, o senhor de engenho que habita dentro deles faz com que não aceitem o questionamento de suas atitudes pelos outros, especialmente se já tiverem considerado o assunto em discussão encerrado por uma determinação sua. Gostam portanto, de dar a última palavra em tudo, se bem que saibam ouvir. Quando contrariados porém, se tornam rapidamente violentos e incontroláveis. Nesse momento, resolvem tudo de

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maneira demolidora e rápida mas, feita a lei , retornam a seu comportamento mais usual.

Em síntese, o arquétipo associado a Xangô está próximo do déspota esclarecido, aquele que tem o poder, exerce-o inflexivelmente, não admite dúvidas em relação a seu direito de detê-lo, mas julga a todos segundo um conceito estrito e sólido de valores claros e pouco discutíveis. É variável no humor, mas incapaz de conscientemente cometer uma injustiça, fazer escolha movido por paixões, interesses ou amizades.

Xangô é o Orixá julgador, destruidor, inteligente, impulsivo, violento. Representa o poder transformador do fogo, é o padroeiro dos intelectuais e artistas. Seu número simbólico é o doze, assim como doze são os ministros, Obas , de Xangô.

Apesar de discordarmos da visão privilegiada do fogo como elemento de Xangô, insistimos que a pedra é seu símbolo básico, mais redutor e mais abrangente ao mesmo tempo.

IANSÃ

(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oyá . É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona,, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara, talvez por causa do raio, já que a santa é sempre invocada para proteger um fiel de uma tempestade. O mesmo acontece com Oyá, que deve ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque tem sido Iansã uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.

Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, ameaçando os outros, prometendo a guerra, sempre guerreira e, ao mesmo tempo, feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma que desmedida com que exterioriza sua cólera.

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Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos nagôs (ou iorubas, outro nome para a mesma cultura) é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Niger, ou Oyá, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.

A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.

É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE IANSÃ

Arquetipicamente, Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.

Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, que enfrentam a guerra do dia-a-dia, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas, sendo menos sistemáticos, portanto, que os filhos de Ogum.

São quase que invariavelmente de Iansã, os personagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer como dos riscos. São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Faz parte dos filhos de Iansã a maior arte dos militantes políticos não cerebrais por excelência. Ao mesmo tempo, quando rompem com uma ideologia e abraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando a experiência anterior de forma dramática e exagerada, mal reconhecendo em si mesmos, as pessoas que lutavam por idéias tão diferentes. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.

Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.

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O temperamento dos que têm Oyá como Orixá de cabeça, costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que, para outras pessoas não mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande dispêndio de energia.

São do tipo Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.

Como esse arquétipo que gera muitos fatos, é comum que pessoas de Iansã surjam freqüentemente nos noticiários. Ao mesmo tempo, é um caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumam fascinar ( senão aterrorizar ) os que os cercam e os grandes interessados no comportamento humano.

Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas só detidamente. A longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões. Eles têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. São muito ciumentos, possessivo, muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.

Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vê sua vida amorosa; outros detalhes podem também contaminar os aspectos profissionais.

Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.

OBÁ

(Texto extraído do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

Orixá ioruba semelhante à Oya. Orixá do rio Obá, foi a terceira das esposas de Xangô, e também mulher de Ogum. Segundo uma lenda de Ifá, Obá era muito enérgica e forte, mais que alguns orixás masculinos, vencendo na luta, Oxalá, Xangô e Orunmilá. A rivalidade surgiu entre ela e Oxum. Esta jovem e elegante. Obá mais velha e sem muita vaidade, mas com pretensão ao amor de Xangô. Sabendo o quanto este era guloso,

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procurava sempre surpreender os segredos da receitas de cozinha utilizada por Oxum, que irritada decidiu-se pregar-lhe uma peça, quando um dia pediu-lhe que viesse assistir a preparação de determinado prato, que, segundo Oxum, Xangô, o esposo comum, adorava. Quando Obá chegou, Oxum, estava com a cabeça coberta com um pano que lhe escondia as orelhas, e, cozinha uma sopa na qual boiavam dois cogumelos. Oxum mostrou dizendo que havia cortado as próprias orelhas, colocando na sopa, para preparar o prato predileto de Xangô. Quando lhe foi servido, tomou com apetite e satisfação, retirando-se, todo gentil na companhia de Oxum. Na semana seguinte que era a vez de Obá cuidar de Xangô, decidiu fazer a receita predileta de Xangô, cortou uma de suas orelhas e cozinhou com a sopa. Xangô ficou repugnado e furioso com a cena. Neste momento apareceu Oxum, retirou seu lenço, onde Obá viu que as orelhas de Oxum nunca haviam sido cortadas, sendo por esta caçoada, seguiu-se violenta luta corporal, Xangô mostrou toda sua irritação e furor. Oxum e Obá, fugiram apavoradas e transformaram-se nos rios que levam seus nomes.

Motivo pelo qual, quando Obá se manifesta em alguma das suas iniciadas, leva a mão para cobrir a orelha esquerda, ou ata-se um torço (turbante), a fim de esconder uma das orelhas. Sua cor é vermelha. Sua saudação: Oba sire (Obá xirê).

QUALIDADES

1. Obá Gideo : Xangô, Oyá, Oxum = Iemanjá

2. Obá Rewá : Oyá e Xangô

ARQUÉTIPO

São pessoas valorosas e incompreendidas. Suas tendências são um pouco viril. As suas atitudes militantes e agressivas são conseqüências de experiências infelizes ou amargas por elas vividas. Os seus insucessos devem-se, freqüentemente, a um ciúme um tanto mórbido. Entretanto, encontram compensação para as frustrações sofridas em sucessos materiais, onde a sua avidez de ganho e o cuidado de nada perder dos seus bens tornam-se garantia de sucesso.

PARTICULARIDADES

DIA: quarta-feira DATA: 30 e 31 de maio METAL: cobre COR: marrom rajado PARTES DO CORPO: audição, orelha e junto com EWA, protege o consciente. SÍMBOLO: ofangi (espada) e um escudo de cobre. SACRIFÍCIO: = (Oyá) ELEMENTO: fogo FOLHAS: Candeia, negamina, folha de amendoeira.

OXUM

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(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

"Ai Ei Eiô, Mamãe Oxum"

Oxum é o nome de um rio em Oxogbo, região da Nigéria. É ele considerado a morada mítica da Orixá. Apesar de ser comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semi-parada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo.

Oxum tem a ela ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em gestação como pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.

Dentro desta perspectiva, Iemanjá e Oxum dividem a maternidade. Mas há também outro forma de análise; a por faixas etárias, correspondentes a cada arquétipo básico.

Nanã é a matriarca velha, ranzinza, avó que já teve o poder sobre a família e o perdeu, sentindo-se relegada a um segundo plano. Iemanjá é a mulher adulta e madura, na sua plenitude. É a mãe das lendas – mas nelas, seus filhos são sempre adultos. Apesar de não ter a idade de Oxalá ( sendo a segunda esposa do Orixá da criação, e a primeira é a idosa Nanã), não é jovem. É a que tenta manter o clã unido, a que arbitra desavenças entre personalidades contrastantes, é a que chora, pois os filhos adultos já saem debaixo de sua asa e correm os mundos, afastando-se da unidade familiar básica.

Para Oxum, então, foi reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente, coquete, maliciosa, ao mesmo tempo que é cheia de paixão e busca objetivamente o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês. Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das figuras físicas mais belas do panteão mítico iorubano.

Oxum é ambiciosa; sua cor é azul-claro com raias de ouro. Segundo a tradição ioruba, seu metal é o cobre – mas a correlação com o ouro não está basicamente errada, pois, de acordo com os historiadores, o cobre era o metal mais caro conhecido naquela região. Oxum portanto, gosta das riquezas materiais, mas não numa perspectiva de usura nem uma mesquinhez de quem quer ter riquezas para escondê-las.

A iniciação (na Umbanda ou no Candomblé) é um nascimento e o poder da fecundidade tem de estar presente, pois Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir

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motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos.

Existem 16 tipos diferentes de Oxum, das quase adolescentes até as mais velhas, sendo portanto 16 o número sagrado da mãe da água doce. Diz a lenda que as mais velhas moram nos trechos mais profundos dos rios, enquanto as mais novas nos trechos mais superficiais. Entre essas 16, três são marcadas como guerreiras (Apara, a mais violenta, Iê Iê Kerê, que usa arco e flecha, e Ié Ié Iponda, que usa espada), mas a maior parte delas é mais pacífica, não gostando de lutas e guerras, desde Oxum Obotó, muito suave e feminina, até a versão mais velha, a não menos vaidosa Oxum Abalo.

Além disso, o fluir nada fixo da água doce pelos diversos caminhos, a maneabilidade do elemento se manifestam no comportamento de Oxum. Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos abertos – é dos poucos Orixás iorubas que absolutamente não gosta da guerra.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXUM

O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas - tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo diretamente, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.

A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante, colabora a tendência que os filhos de Oxum têm para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral.

O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sexual intensa e significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum.

Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente.

Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não eles próprios – mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo.

Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Verger define: O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras .

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Até um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.

IEMANJÁ

(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

Comparada com as outras divindades do panteão africano, o Orixá feminino ioruba Iemanjá é uma figura extremamente simples. Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa, pois suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé.

Pelo sincretismo, porém, muita água rolou. Os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a aceitação, por parte deles, dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos cristãos e Orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos.

Para Iemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em arte por muitos ramos da Umbanda.

Mesmo assim,não se nega o fato de sua popularidade ser imensa, não só por tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância, aceitação e carinho.É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos.

São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano. São comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e pretos-velhos, atendendo a qualquer pessoa que se interesse.

Na África, a origem de Iemanjá também é um rio que vai desembocar no mar. De tanto chorar com o rompimento com seu filho Oxóssi, que a abandonou e foi viver escondido na mata junto com o irmão renegado Oçãnhim (Oçanhe). Iemanjá se derreteu, transformando-se num rio que foi desembocar no mar. É a mãe de quase todos os Orixás

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de origem ioruba ( com exceção de Logunnedê ), enquanto a maternidade dos Orixás Daomeanos é atribuída a Nanã.

É portanto semelhante às outras mães da água, o que é compreensível, já que as diferentes tribos e nações acabaram por desenvolver o culto a um Orixá feminino específico, que relacionavam com um rio da região. No caso de Iemanjá, as lendas africanas já a identificavam com o mar, como podemos perceber pela narrativa recolhida por Pierre Verger:

Iemanjá seria a filha de Olokum, deus ( no Daomé, atual Benin ) ou deusa ( em Ifé ) do mar. Em uma história de Ifé ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá , senhor das adivinhações, depois com Olofin , rei do Ifé, com o qual teve supostamente dez (10) filhos. Iemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao oeste. Outrora, Olokum lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa contendo um preparado (...) com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo perigo. E assim Iemanjá foi instalar-se no Entardecer da Terra, o Oeste .

A lenda diz que Olofin, rei de Ifé, lançou o exercito à sua procura, o que fez Iemanjá, no esconderijo, quebrar a garrafa. Teria, então, na mesma hora, se formado um rio que a tragou, levando-a para Okum, o oceano - morada de seu pai Olokum.

Apesar dos preceitos tradicionais relacionarem tanto Oxum como Iemanjá à função da maternidade, pôde estabelecer-se uma boa distinção entre esse conceitos. As duas Orixás não rivalizam ( Iemanjá praticamente na rivaliza com ninguém, enquanto Oxum é famosa por suas pendências amorosas que a colocaram contra Iansã e Oba ). Cada uma domina a maternidade num momento diferente.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE IEMANJÁ

No arquétipo psicológico, expandem-se as características insinuadas pela descrição dos mitos e lendas de Iemanjá. Também fica fácil entender os conceitos principais se mantivermos a comparação com o Orixá Oxum. Como os filhos da mãe da água doce, os de Iemanjá, também gostam de luxo, das jóias caras e dos tecidos vistosos. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.

Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo.

Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia.

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São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano.

Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.

Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade . Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas.

Um filho de Iemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.

OXALÁ

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(Texto e ilustração extraídos do livro Os Orixás , publicado pela Editora Três )

 

O PERFIL DO ORIXÁ

Orixá masculino, de origem Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Obatalá . Quando porém os negros vieram para cá, como mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá , que significa, orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando, é OXALÁ.

Esta relação de importância advém de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de

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estabelecer uma das saídas como correta e a outra não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo , por exemplo.

Assim, Oxalá não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada Orixá pode apresentar: Oçanhe, a liturgia; Oxóssi, a caça; Ogum, a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante.

Se por este lado, Oxalá merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros ( o que não está implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de Orixalá ) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes.

Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Oxalá perante a mitologia ioruba. É o princípio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco, porque ela é a soma de todas as cores.

Por causa de Oxalá a cor branca esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral, e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Se essa mesma, gostar e quiser usar roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça) e dos seus AJUNTÓS (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual dirigente do terreiro.

Segundo as lendas, Oxalá é o pai de todos os Orixás, excetuando-se Logunedé , que é filho de Oxóssi e Oxum, e Iemanjá que tem uma filiação controvertida, sendo mais

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citados Odudua e Olokum como seus pais, mas efetivamente Oxalá nunca foi apontado como seu pai.

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ

As características tão bem sintetizadas por Monique Augras ao descrever a dança de Oxalá (no ritual de nação) definem bem o arquétipo psicológico a ele associado. São caracteres encontrados nos arquétipos ocidentais também em relação à figura paterna.

Oxalá é o pai dos Orixás e, por extensão, de toda a humanidade. Estabelece, pois, entre si e os outros, uma aura não de temeridade (já que não é nada inseguro), mas sim de respeito e carinho. Os filhos de Oxalá, portanto, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores ( ajuntós ).

Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos.

Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.

No Oxalá mais velho (OXALUFÃ) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação.

Para Oxalá, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental.

Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem.

As Folhas dos Orixáspaitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Do mesmo modo como no oráculo de Ifá, os signos geomânticos (Odù)são organizados dentro de um sistema classificatório; no culto a Osanyin, os vegetais, também, estão inseridos nesse sistema.

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A relação folha/orixá se evidencia com a existência de quatro compartimentos estruturados a partir de uma concepção de categorias lógicas e ordenadas segundo a visão de mundo dos jêje - nagôs. Sendo  os Òrìsàs representações vivas das forças que regem a natureza, as folhas a eles atribuídas, no contexto litúrgico, associam-se, conseqüentemente, a esses elementos. Barros (1993:60), estudando essas classificações, verificou que:  "Os vegetais estão dispostos em quatro compartimentos-base diretamente relacionados aos quatro elementos; as ewé af éé f é - folhas de ar    ( vento); as ewé in ó n as ewé omi, - folha de água; e as Il é ou ewé igbó - folhas da terra ou floresta.

"Nestes quatro compartimentos-base, concentram-se o panteão jêje - nagô . Genericamente, vamos encontrar Exu e Xangô participando do compartimento Fogo; Ogun,  Oxossi, Ossain e Obaluaye ligados ao elemento Terra; Iemanjá, Oxum, Obá, Nanã e Yewá associadas as Águas, e Oxalá e Oyá ao Ar. Todavia, ao particularizarmos veremos que alguns Òrìsàs como Logunede e Oxumare, considerados "Meta-Meta", estarão vinculados a mais de um desses compartimentos.

Exu está ligado com predominância ao elemento Fogo, porém, como "cada Òrìsà possui seu Exu, com o qual ele constitui uma unidade" ( Santos, 1976:131), este compartilhará do mesmo elemento ao qual o Òrìsà está associado. Assim, os Exus das Iabás estarão ligados também , ao elemento Água, os de Ogun e Oxossi ao compartimento Terra, e assim ocorrendo com os demais Exus.

Ogun atua predominantemente com no compartimento Terra. Todavia,  na qualidade Warin, encontramos um Ogun que habita nas águas , pois segundos os mitos ele vive no Rio com Oxum; conseqüentemente, estará, também, ligado ao compartimento Água. Já Ogun Àgbèdè Òrun,             ( Ferreiro do céu), se liga, também, ao elemento Ar, juntamente com Oxalá.

Oxossi é ligado à Terra; mas, nas suas variáveis, encontramos Inlè, modalidade deste Òrìsà que, como Logunede, está associado tanto ao compartimento Água quanto ao Terra; entretanto, para maioria das outras qualidades de Oxossi predominam o elemento Terra.

Obaluaye, sendo um Òrìsà da Terra ( Oba = Rei, Aye = Terra ), mas que se relaciona com a febre e o sol do meio-dia, está ligado, igualmente, os compartimentos Terra e Fogo. Em algumas ocasiões ele recebe o título de : "Baba Igbonan = Pai da quentura" ( Santos 1976:78). Título que é dado também  a uma qualidade de Xangô Airá, considerado dono do fogo e cultuado numa fogueira.

Ossaim, por ser patrono dos vegetais, automaticamente, está ligado a todos os elementos da natureza; todavia, seu compartimento principal é o Terra, representado pelas florestas onde nasceu todos os vegetais.

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Oxumare é representado pelo arco-íris que se projeta nas águas em direção ao céu. Liga-se, simultaneamente, aos compartimentos água e ar. Pode ser irmão de Obaluaye, algumas vezes se relaciona, também , com o elemento Terra.

Nana, a iaba que é representada pela chuva fertilizando a terra (lama), tem como compartimento base a Água, mas, também, a Terra.

Oiá, em um de seus diversos aspectos, é cultuada no rio Níger, na África, o que realça suas características de "deusa da fertilidade" ligada ao compartimento Água, bem como á responsável pelos coriscos, tempestades e ventanias, fato que a associa tanto ao elemento Ar quanto ao elemento Fogo. Sob a denominação de "Oya Igbale, Orisá patrono dos mortos e dos ancestrais"(Santos 1976:58), participa, também do elemento Terra.

Xango está associado, predominantemente, ao elemento Fogo, enquanto que Iroko, entidade fitomórfica cultuada em uma árvore, embora possua muita afinidade com o primeiro, está ligado ao elemento Terra.

Oxum, Iemanjá e Oba são iabas ligadas, especificamente, ao elemento Água; porém, alguns de seus aspectos poderão ligá-las aos demais compartimentos base.

Oxalá esta ligado, com predominância, ao compartimento Ar. Todavia, Santos (1976:59) diz que "Oxalá está associado à Água e ao Ár, Odudua está associado à Água e a Terra". Assim como Odudua, Orixá Okó também é um Orixá funfun (original) e, segundo os mitos, é considerado o patrono da agricultura, possuindo estreita ligação com a Terra.

Nesta visão do mundo Jeje-nago, direito/masculino/positivo são opostos a esquerdo/feminino/negativo, ou seja, o masculino é positivo e se posiciona do lado direito, enquanto o feminino é negativo e se posiciona do lado esquerdo. Neste contexto os compartimentos que contêm as ewé inón (folhas do fogo) e ewé afééfé (folhas do ar) estão associadas ao masculino, elementos fecundantes, enquanto que as ewé omi (folhas da água) e as ewé ilè (folhas da terra) se ligam ao feminino, elementos fecundáveis.

Ao determinar que as folhas são separadas por pares opostos: gún (de excitação) x èrò (de calma), ewé apa otun (folhas da direita) x ewé apa osi (folhas da esquerda), os Jeje-nago tomam como modelo um sistema da classificação baseada em posições binárias. Todavia, essa não é uma condição sine qua non quando analisamos mais detalhadamente a utilização dos vegetais, pois percebemos que algumas folhas positivas se relacionam com o lado esquerdo ou feminino e vice-versa, daí encontrarmos folhas femininas usadas com fins positivos, e folhas masculinas consideradas negativas. Verger (1995:25) cita, por exemplo, "que entre as folhas há quatro conhecidas como (...) as quatro folhas masculinas ( por seu trabalho maléfico) ...; e quatro tidas como antídotos..."Entre estas últimas ele inclui o òdúndún (Kalanchoe crenata), que é uma folha feminina, porém positiva, o que nos faz crer que as diversas condições binárias

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não interagem de modo rígido entre si, pois, como vimos, uma folha masculina pode estar situada junto aos elementos da esquerda por ser considerada negativa.

No sistema de classificação dos vegetais, a condição para que uma folha seja masculina ou feminina é o seu formato, pois, na concepção Jeje-nago, a forma fálica (alongada) caracteriza o elemento masculino, em contrapartida, a forma uterina (arredondada) determina o elemento feminino. Essa convenção é adotada, tanto com relação as folhas, quanto aos jogos divinatórios que tiveram origem a partir do oráculo de Ifá, onde, dos dezesseis cauris usados, oito são de forma alongada e considerados masculinos, e os femininos são os oito restantes que possuem forma arredondada. "Por conseguinte, Macho/Fêmea formam um par de oposição básico no que se refere às espécies vegetais, e está diretamente relacionado ao Òrìsà" (Barros 1993:63). As folhas consideradas masculinas estão associadas aos oborós ( orixás masculinos), bem como as femininas pertencem às Iabas (orixás femininos); todavia, eventualmente encontraremos algumas folhas femininas associadas aos oborós e algumas masculinas atribuídas às iabas, o que parece refletir uma bipolaridade característica de alguns orixás.

Quando utilizamos nos rituais de iniciação ou nos trabalhos litúrgicos, os vegetais classificados como èrò tem a função de abrandar o transe, apaziguar o orixá ou acalmar o iniciado; contrariamente, os considerados gún servem para facilitar a possessão e excitar o orixá.

Dentro de sua complexidade, o sistema de classificação dos vegetais é coerente com a visão de ordenação do mundo; desse modo, os vegetais vão além de suas utilidades práticas, pois "estão diretamente relacionados a uma cosmovisão específica e são constituintes de um modelo que ordena a classifica o universo, definindo a posição do indivíduo na ordem cosmológica" Barros 1993:93). 

Aqui vou postar algumas folhas de alguns Orixás:

 

Folhas Litúrgicas no Candomblé

Èsù Odun-dun - Folha-da-costa Teté - Bredo sem espinhos Orim-rim - Alfavaquinha Pepé - Malmequer bravo Labre - Tiririca Kanan-kanan - Folha de bobó Kan-kan - Cansanção de porco Inã - Cansanção branco de leite Aberê - Picão-da-praia, carrapicho-de-agulha

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Ògún Mariwô Folha de palmeira de dendê

paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814Ìróko Folha-de-loko Pepé Malmequer bravo Teterégún Canela-de-macaco Monam Parietária Aferê Mutamba Piperégún Nativo Obô Rama de leite Eregê Erva-tostão, graminha Ibin Folha-de-bicho Afoman Erva-de-passarinho Omun Bredo Orin-rin Alfavaquinha Odun-dun Folha-da-costa (saião) Teté Bredo sem espinhos Já Capeba Anó-peipa Cipó-chumbo

Odé Teté - Bredo sem espinhos Orin-rin - Alfavaquinha Odun-dun - Folha-da-costa Jacomijé - Jarrinha Irekê-omin - Dandá do brejo Piperégún - Nativo Junçá - Espada de Ògún Ìróko - Folha de loko Mariwô - Folha de dendezêiro Irum-perlêmin - Capim cabeludo Akoko Fitiba - Cana-fita Monam - Parietária

Òsányín Ganucô - Língua de galinha Obô - Rama de leite Aferé - Mutamba Tolu-tolu - Papinho-de-peru Monam - Parietária Jamin - Cajá Bala - Taioba Teterégún - Canela-de-macaco Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo 

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Pepé - Malmequer bravo Mariwô - Folha de dendezeiro Awô-pupa - Cipó-chumbo Junçá - Espada de Ògún Piperégún - Nativo Arê-agê - Tostão Simim-simim - Vassourinha Afoman - Erva-de-passarinho Omim - Alfavaquinha Teté - Bredo sem espinho Odum-dum - Folha-da-Costa

Òsùmàrè Ìróko - Folha de Ìróko Monan - Parietária, brotozinho Bala - Taioba Jamin - Cajá Aberê-ejó - Pente de Òsúmarè Aferê - Mutamba Obô - Rama de leite Exibatá - Golfo redondo do monam Jacomijé - Jarrinha Tinim - Folha da neve branca, cana-de-brejo Peculé - Mariazinha Tolu-tolu - Papinho-de-peru

Sòngó Teté - Bredo sem espinhos Orin-rin - Alfavaquinha Odum-dum - Folha da costa Jacomijé - Jarrinha Bamba - Folha de mibamba Alapá - Folha de capitão Pepê - Folha de loko Oicô - Folha de caruru Xerê-obá - Chocalho de xangô Oxé-obá - Birreiro Monan - Parietária Aferé - Mutamba Obô - Rama de Leite Odidí - Bico-de-papagaio Obaya - Beti-cheiroso - macho ou fêmea

Oyá Teté - Bredo sem espinho Orim-rim - Alfavaquinha 

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Odum-dum - Folha-da-costa Jacomijé - Jarrinha Afomam - Erva-de-passarinho Abauba - Folha de imbaúba Tepola - Pega pinto Eregê - Erva-tostão Já - Capeba Obayá - Beti-cheiroso Piperégún - Nativo Ìróko - Folha de loko Pepé - Malmequer Teterégún - Canela-de-macaco Junça - Espada de Ògún Adimum-ade-run - Folha de fogo Obe-cemi-oia - Espada de Oyámésèèsán rosa Monan - Parietária Bala - Taioba Jamim - Cajá Aferé - Mutamba Gunoco - Língua-de-galinha Obô - Rama de leite

Òsún Teté - Bredo sem espinhos Orim-rim - Alfavaquinha Odum-dum - Folha da costa Efim - Malva branca Omim - Beldroega Já - Capeba Ìróko - Folha de loko Pepe - Malmequer branco Teterégún - Canela de macaco Monan - Parietária Jamin - Cajá Tolu-tolu - Papinho de peru Aferé - Mutamba Eim-dum-dum - Folha da fortuna Obô - Rama de leite Omin-ojú - Golfo branco Ilerin - Folha de vintém

Yemonjà Teté - Bredo sem espinhos Orim-rim - Alfavaquinha Odum-dum - Folha da costa 

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Efim - Malva branca Omin-ojú - Golfo branco Jacomijé - Jarrinha Ibin - Folha de bicho Já - Capeba Obaya - Beti-cheiroso Ìróko - Folha de loko Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo Ereximominpala - Golfo de baronesa Teterégún - Canela de macaco Monam - Parietária Jamim - Cajá Obô - Rama de leite

Obàlúwàiyé Monam Parietária - brotozinho Bala - Taioba Jamim - Cajá Aferé - Mutamba Obó - Rama de leite Exibatá - Ovo redondo de monãn Jakomijé - Jarrinha Afoxian - Erva de passarinho Já - Capeba Turin - Folha de neve branca Pekulé - Mariazinha Tolu-tolu - Papinho de peru

Nàná Teté - Bredo sem espinhos Orim-rim - Alfavaquinha Odum-dum - Folha da costa Exibatá - Golfo redondo de manam Jacomijé - Jarrinha Afoman - Erva de passarinho Já - Capeba Timim - Folha de neve branca, cana-do-brejo Peculé - Parioba Bala - Taioba Jamim - Cajá Aferé - Mutamba Obô - Rama de leite

Òòsààlà Teté - Bredo sem espinhos Orim-rim - Alfavaquinha 

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Odum-dum - Folha-da-costa Ibim - Folha de bicho Efim - Malva branca Ilerim - Folha de vintém Omim - Beldroega Omim-ojú - Golfo branco Jacomijé - Jarrinha Tinin - Folha de neve branca, cana-do-brejo Pachorô - Folha da costa branca Monam - Parietária Peculé - Parioba Bala - Taioba Jamim - Cajá Ori-dum-dum - Folha da fortuna Aferê - Mutamba Obô - Rama de leite Omim-ibá-ojú - Folha de leite

 RELAÇÃO DOS EBÓS

A forma de despachar os ebós, anunciando os nomes dos mensageiros dos recados, fala-se:

OÉ-TURA-WAGBATÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA

OGUN - DAGBE -DE WÀ GBA TÈTÈ - CHEGUE PARA RECEBER

WORUN -OFUN -WÀ GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA OWORUN

SERE - O GBA - TÈTÈ - RECEBA DEPRESSA OTURÁ –

AYKÓ WA GBA TÉTÉ - VENHA RECEBER DEPRESSA

OTURUPON - OKARAN - WA GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA

OKARAN - OIERU - WA GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA" OMO ODUS DE EJIONILÊ " "OSOGUIA1. OLAFIN

2. ODOLUÁ

3. KUDIRÉ

4. SAGRIN

5. EBUIM

6. AKANJI

7. YALANTE

8. EKIO

9. SILIN

10. KOKONISSE

11. IRO

12. SAKONAN

13. SOÍA DA

14. MOROSSE

15. GEA

16. DEJANISSÉ

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Observações Importantes:

OSOGUIA foi o único Orixá que driblou a morte por isso ele é sempre chamado em caso de muita

aflição.

Os odús vieram primeiro que os Orixás, o n.° 06 se ele não quer presente faz a pessoa perder tudo.

Todos comem com ele e ele come com todos, ao afastar ou tirar qualquer outro odú. também deve

imediatamente lhe agradar para que o que esteja respondendo de forma negativa faça parir o bom.

Para agradar Obara nunca se deve fazê-lo para uma só pessoa, sempre coletivo, o Tesmo para

assentar, nunca para uma só pessoa.

EBÓ OYA ONIRA1 Abóbora moranga

4 búzios aberto

4 nós moscada

4 moedas 4 acarajés

4 metros de fita vermelha

4 metros de fita branca

1 saco de morim

Fazer um buraco na ab ó bora, depois de passar no corpo da pessoa coloca-se dentro com as fitas,

por num saco de morim. Entregar a Oya Onira, no alto do morro 18 horas ou 24 horas, acender

velas e fazer os pedidos.

 

 EBÓ ENCANTAMENTO (AMARRAÇÃO)

 1 mamão

Fita rosa e branca

Cravo

Vela de 3 dias

Partir o mamão no meio colocar os nomes regado a mel, em cima de um prato branco, amarrar com

as fitas e enfeitar com os cravos após por num campo ou rio.

EBÓ ENCANTAMENTO ( AMARRAÇÃO)2 ilés (pombo) casal

1 punha

1 prato branco

2 metros de morim

Mel

Os nomes da pessoa

por os nomes no prato, atravessar o punhal no pescoço do casal de pombo, ao mesmo tempo

deixando o ej é (sangue) cair em cima dos nomes misturado ao mel, enrolar tudo no morim e

pendurar numa árvore bem frondosa.

 

EBÓ ENCANTAMENTO ( AMARRAÇÃO)1 Obi

Mel

1 vaso de planta sem espinho

Fita branca e amarela

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3 vezes o nome um por cima do outro

Açúcar

Abrir o obi em duas partes, por os nomes, mel, açúcar, amarrar com as fitas por dentro do vaso e

plantar, todo dia em jejum regar a planta e ir chamando o nome de fulano(a), quando conseguir a

pessoa levar num rio ou na praia, entregar a Ogum.

PARA OGUM TRAZER UMA PESSOA DE VOLTA1 oberó

Farofa de mel

Canjica por cima do padê

1 acará aberto no meio (em cada banda colocar 3 vezes o nome da pessoa)

1 miolo de boi (colocar por cima do acará)

regar com azeite doce e a çúcar

3 velas

1 garrafa de vinho doce

Oferecer a Ogun para que traga Fulano(a) de volta

EBO UNIÃO1 panela de barro

2 quilos de canjica

Dendê

Me!

Azeite doce

1/2 It de leite de coco

Camarão seco

9 velas

Moedas correntes

Pedidos a Yemonj á , Ogum, união , amor, saúde e paz.

EB Ó AMARRAÇÃO1 obi

Mel

1 vaso de planta sem espinho

Fita branca e amarela

3 vezes o nome um por cima do outro

Açúcar

Abrir o obi em duas partes, por os nomes, mel, a çú car, amarrar com as fitas por dentro do vaso e

plantar, todo dia em jejum regar a planta e ir chamando o norne de fulano(a), quando conseguir a

pessoa levar num rio ou na praia, entregar a Ogum.  EBÓ DE SEPARAÇÃO (2)

2 alguidás

Pólvora

1 casal de bruxo

21 vezes o nome escrito (dos dois)

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Jogar a pólvora no alguidar com o casal no meio, tampar com outro alguidar, põe fogo e deixa queimar, põe e no bale (cemit é rio) ou encruzilhada.

EBÓ DE SEPARAÇÃO (3)

O nome da pessoa no coité, soca junto com pimenta malagueta, põe cachaça, após joga-se café fervendo por trás de uma porta onde tenha bastante sujeira, só despache após ver o resultado.

EBÓ DE SEPARAÇÃO (4)

1 garrafa de cachaça, 7 vezes o nome dentro , tampa-se, leva em uma encruzilhada ou num mato que não tenha bananeira. Ofereça a Exu Mularnbo e diz: " COMO ESSA GARRAFA ROLAR, QUE ROLE COM FULANO(A) DA VIDA DE .........(NOME), ROLAR DE MANEIRA

QUEBRE A GARRAFA, E VIRE-SE DE COSTA E VAI EMBORA."

EBÓ PARA TOMAR NOJO OU RAIVA DA PESSOA E SE AFASTAR

1 miolo de boi inteiro

1 ovo

1 boneco de pano ( com alguma coisa pessoal da pessoa )

1 vela

Procurar uma á rvore seca, fazer um buraco no p é da á rvore, por o boneco por cima do miolo ( o boneco sentado) e colocar o ovo e enterrar, acender uma vela e dizer assim: " COMO ESTA Á RVORE N Ã O GERMINA, ESTE MIOLO VAI APODRECER E ESTE OVO VAI GORAR ASSIM QUE O FULANO(A) SENTE POR MIM VAI SECAR."

 

EBÓ DE SAÚDE

8 conchas de ostra

9 peixinhos de aquário

8 eJo (indés de prata pequeno)

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8 Moedas

  

  

Ebó para o AmorMaterial: 

07 Maçãs vermelhas 

07 Botões de Rosas vermelhas 

07 Velas Vermelha e Branca 

04 galhos de pitangueira 

Mel 

07 Papéis com os nomes escritos 

Coloque os nomes em cada maçã. 

Forme um círculo de maçãs numa bandeja. 

Ponha as velas e os galhos de pitangueira por fora do círculo de maçãs.  

Despeje mel por cima 

Despache no mato acendendo as velas e fazendo seus pedidos e oferecendo á Yansã.

Ebó de Oxum para ProsperidadeNuma tigela de vidro coloque os ingredientes, obedecendo a ordem a seguir:

08 Moedas; 

01 Punhado de Farinha de Milho; 

Mel; 

Água até a proximidade da borda da tigela; 

Perfume; 

Pétalas de Flores Amarelas. 

Deixe em sua casa ou no local de trabalho durante 07 dias. Despache num verde, reaproveite as

moedas e a tigela de vidro. 

Peça á Oxum properidade e fartura.

Para Afastar Pessoas Indesejáveis

Torre numa panela velha os seguintes ingredientes: 

07 Grãos de Milho; 

07 Grãos de Feijão; 

07 Grãos de Amendoim: 

03 Pimentas; 

Os nomes das pessoas indesejáveis escritos num papel. 

Chame pelas pessoas enquanto mexe na panela. 

Depois de torrado, triture até se transformar em pó. 

Assopre numa encruzilhada mandando as pessoas para longe de sua vida.

Para Conseguir seus Objetivos

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Pegue uma tigela de vidro e coloque no fundo um papel com seus objetivos escritos. Coloque mel

por cima. Encha a tigela com água e 08 flores brancas. Guarde por 08 dias. Despache no verde. Faça

todos os seus pedido á Oxalá.

Para Estreitar Laços de Amizade e Melhorar o Relacionamento Familiar

Material 

Camjica Amarela cozida; 

04 Quindins; 

08 Balas de Mel; 

Os nomes escreitos num papel. 

Arrume tudo numa bandeja e despache na praia fazendo seus pedidos á Oxum.

Banho para Yemanjá Ajudar a Conquistar as Coisas que Deseja

Material 

Água morna 

FOlhas de Pata de Vaca; 

Folhas de Tapete de Oxalá (boldo); 

Mel 

Flores Brancas 

Lave as folhas uma a uma, coloque-as numa bacia com água e de frente para a bacia macere as

folhas esfregando uma na outra, pensando positivamente em seu objetivos. Acrescente 08 gotas de

perfume. Tome o bnaho do pescoço para baixo.

Neutralizar Pessoas FofoqueirasEscreva o nome da fofoqueira num papel, enrole-o e coloque dentro de uma pimenta dedo-de-moça. 

Numa quarta-feira, deixe a pimenta fora de casa (no sereno, mas onde ninguém veja).  

Na sexta-feira, torre a pimenta, e transforme-a em pó. Jogue um pouco de pó nas costas da

fofoqueira.

 

Separar a Rival de Seu Amado01 Maçã vermelha; 

01 Lâmina de barbear; 

01 Pedaço de papel; 

01 Vidro de boca larga e com tampa; 

Azeite de dendê.

Faça na Lua Minguante. Crave a lâmina no lato da maçã. Em um dos lados do papel escreva o nome

da rival e no outro do seu amado. Coloque o papel com os nomes na lâmina. 

Ponha a maçã dentro do vidro e encha-o com dendê. 

Feche o vidro, despache no verde ou quebre-o num cruzeiro. Saia sem olhar para trás.

ABERTURA DE CAMINHO ( CHAMAR CLIENTE )

7 velas

7 folhas de mamona padé de dendê e de mel

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akaçá

Feijão fradinho torrado Milho Torrado Deburu

Dar um frango ao exú da casa, só o ejé , por um pouco de pàdé de dendê , feijã o fradinho, milho vermelho, deburú , akaçá em cada folha e por uma parle do frango em cada folha; cabeça, 1 pé , outra um rabo, a asa, outra 1 pedaço do pescoço, a cabeça na rua da casa virada para a rua principal e o resto ir distribuindo em cada encruzilhada, na volta vir jogando pàdéde mel na rua até a porta de cassa chamando cliente, dinheiro e etc. Por no Ogum 1 prato de feijão fradinho 1 prato de milho vermelho

EBÓ CLIENTE

7 folhas de mamona com; p à d é de mel, dend ê ,

7 akaçás vermelho

7 akaçás branco

7 moedas

1 obi roxo partido em 7, colocar em 7 encruzilhadas pedindo abertura de caminho.

ABERTURA DE CAMINHO ( CHAMAR CLIENTE )7 velas

7 folhas de mamona Padê de dendê e de mel akaçá

Feijão fradinho torrado Milho Torrado Deburu

Dar um frango ao exú da casa, só o ejé, por um pouco de padê de dendê, feijão fradinho, milho

vermelho, deburú, akaçá em cada folha e por uma parte do frango em cada folha; cabeça, 1 pé, outra

um rabo, a asa, outra 1 pedaço do pescoço, a cabeça na rua da casa virada para a rua principal e o

resto ir distribuindo em cada encruzilhada, na volta vir jogando padê de mel na ma até a porta de

cassa chamando cliente, dinheiro e etc.. Por no Ogum 1 prato de feijão fradinho 1 prato de milho

vermelho

EBO CLIENTE7 folhas de mamona com; padê de mel, dendê,

7 akaçás vermelho

7 akaçás branco

7 moedas

1 obi roxo partido em 7, colocar em 7 encruzilhadas pedindo abertura de caminho.

EBÓ OKARÃ ESU7 padès diferente

3 akaçás

7 acarajés

7 punhados de deburú

7 velas

Vá metro branco, preto e vermelho

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1 frango

EBÓ DE ESÚ NA RUAcartucho de pólvora

garrafa de cachaça ou champanhe

CHARUTOS, CIGARROS.

adúrà orí

BÍ MO JÍ LÒWÚRÒ

MÁÀ FI OWQ KANRI

N'JÉORÍÀJIRÉ?

ORÍ MI AJIKE

A BA NÍ WÁYÉ

MÁSÉ GBÀGBÉ LÀÍWA

IGBÁ, AJÈ KÁRÍ

SÈSÈ LÉNUN EIYE

SÈSÈ LÉNUN ÈGÀ

Ò WÒ IRÁ WÒ TÍTÍ KÔ DÊ ILÉ

K'Ó WÀ RÍ OMO PÓNLE

LÒJÓ JÚMÓN SÉ OHUN RERE

ORÍ WÒ ÒNÒN IBI RERE FÚN MI

GBÈÈMI IRE

ÒRÍSÁ WÒ IBIRE SÍ MI BÉÈ IHÒ ASE

Tradução

Pergunto ao meu Eléèdá

Minha cabeça, como está você hoje?

Minha cabeça eu trato como o Àjiké

Aquela que veio conosco para este mundo,

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E que nunca se esquece de nós

Conteúdo de riquezas é o Òrisà que toco nele pela manhã e peço orientação para

resolver meus problemas.

O bico do pássaro comprido é ligado à cabeça

O bico do Ègá é comprido

Ele olha e vê as estrelas até onde nunca estive

Aquele que está olhando os filhos que o elogiam

Todas as manhãs fazendo com eles tenham sorte

Cabeça olhe meus caminhos para que sejam bons pra mim

Guie-me e dê-me sorte

Òrïsà olhe meus passos para que sejam bons pra mim, mesmo que seja num buraco.

Assim seja!

O JOGO DE BÚZIOS

"O jogo de búzios tem por finalidade identificar nosso  Orixá  (Ori=Cabeça (física e astral) +

Ixá=guardião); ou seja , problemas de plano astral, espiritual, material e suas soluções". O jogo de

búzios é uma leitura divinatória e esotérica por excelência, utilizado como consulta, quer seja; para

identificar nosso orixá (ori= cabeça + ixá=guardião), que é a mesma figura do anjo de guarda; a

situação material, astral e espiritual, principalmente com relação a problemas e dificuldades.

Portanto de uma forma definitiva - ninguém "fala" ao nosso ouvido, nem Exú e tampouco Oxum, os

quais tem forte influência sobre o jogo, mas não desta forma, se assim fosse, não seria necessário

jogá-los.

A leitura esotérica divinatória está diretamente ligada à Òrúnmìlà, cujos babalorixás, são seus porta-

vozes, outras lendas africanas, mostram a ligação do jogo de búzios com Exú, Oxum e Oxalá. No

capítulo destinado à Ifá e Odù, consta essa estreita relação entre Exú e Ifá.

O jogo de búzios é exclusivo dos candomblecistas praticantes e reconhecidamente iniciados, fora

isso É FARSA, É MENTIRA, É ENGODO.

Os búzios são jogados em número de dezesseis, que correspondem aos dezesseis odús principais,

quer sejam: okaran (exú), ejioko (ogum, ibeji), etaogunda (obaluayiê, ogun), iorosun (yemanjá, oya),

oxê (oxum), obara (Oxossi, logunedé e xangô), odí (omolu oxosse e oxalá), egionile (oxaguian), ossá

(oyá, yewa e yemanjá), ofum (oxalufan), owarim (oyá, oguy e exu), egilexebora (xangô, oba, iroko),

egioligibam (nanã), iká (ossain e oxumare), obeogundá (ogun, ewá e obá) e alafia (orixalá, isto é,

todos os outros Orixás funfun). Duas formas são as mais utilizadas, sobre a urupema (peneira

(totalmente aboolido em ketou)), ou sobre erindilogun (fio de contas), que em alguns casos, nele

constam os dezesseis orixás cultuados atualmente no Brasil; igualmente constam desta parafernália:

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uma otá, uma vela branca, um adjá (espécie de sineta) usado para saudar os orixás, abrir o jogo e

convocar o eledá do consulente para que permita uma boa leitura; água; indispensável os fios de

Oxalá e Oxum; um côco de ifá; moedas; favas; obi; orobô; um imã; uma fava (semente) especial que

represente no jogo o eledá consultado, aforante a isso um preparo do babalorixá, e os orôs (rezas)

necessários.

Para uma boa leitura de búzios, três situações são fundamentais: 

1) Conhecimento e aprendizado. 

2) Autorização, através de ritual próprio, o qual é ministrado por sacerdote responsável, tendo o

iniciado passado por completo, com seriedade e merecimento, seu período de iniciação, que são no

mínimo 7 anos. 

3) Seriedade do consultor e do consulente.

Esses são pré-requisitos básicos para uma leitura honesta e imparcial.

Muito importante, quem "responde" no jogo de búzios é o orixá do consulente, ele é quem determina

a formação dos búzios para serem analisados, é uma espécie de permissão, do orixá, para que a

situação do seu filho seja exposta.

A forma de jogo mais usual, é a da leitura por odú, feita pela quantidade de búzios "abertos" ou

"fechados", em que o babalorixá, deverá efetuar várias jogadas para uma leitura mais completa, em

alguns jogos, cada queda corresponde a um único odú-orixá.

O porque e para que se consultam os búzios ? Pelo mesmo princípio que se vai ao médico, só vai

quem está doente ou para uma avaliação de rotina, da mesma forma, que só toma remédio quem está

doente, só se deve fazer algo, se houver alguma necessidade.

O futuro - é grande questão dos consulentes, no jogo de búzios, pode-se fazer "perguntas", cujas

respostas não são detalhadas, mas de uma maneira geral é sim ou não, provável e se não fosse assim

não haveria babalorixá pobre neste mundo, o futuro a Deus pertence, esta é uma frase sábia que

alguém com muita propriedade disse um dia. O futuro depende muito dos nossos atos presentes, o

exercício do nosso livre arbítrio é constante, nada está definitivamente marcado ou decidido, a partir

do instante que exercemos nossa vontade, podemos modificar a todo instante nosso futuro; exemplos

simples: se alguém fica doente e acha que é o destino, vai morrer, mas, se procurar um médico, vai

se curar; o futuro foi alterado; assim alguém que perca seu emprego, se ficar em casa, vai passar

fome, se sair e procurar um emprego, terá grande chance de conseguir e novamente alterar seu

futuro; e assim com tudo na vida; uma grande questão é que muitas pessoas acham que seu orixá,

anjo da guarda ou Deus, tem saber de tudo, das suas necessidades, dos seus problemas e

simplesmente resolvê-los, antes assim fosse, porém, mais uma vez é necessário que o nosso livre

arbítrio e o nosso querer, tem que ser constante em nosso dia a dia. Não podemos esperar que as

pessoas "adivinhem" ou saibam o que estamos querendo ou precisando, se não falarmos, se não nos

comunicarmos, é evidente que se tem uma forma de fazê-lo, sempre podemos dizer o que pensamos

e precisamos, mas de uma forma correta, não agressiva, coerente. Sempre temos duas chances em

cada situação que nos apresenta, o de sim e o de não, se tentarmos, porém se não tentarmos, só resta

o não. O jogo de búzios, costumo dizer que é uma ciência exata, sabe-se ou não, não cabe meio

termo, quem sabe, talvez, ou a leitura é a expressão de uma realidade presente ou não, a forma de

checar se um jogo está correto, começa pela identificação do orixá, a cada orixá corresponde um

estereotipo de caráter e personalidade ao seu "filho", que ao lhe relatar não pode errar ou fugir das

suas principais características, que o babalorixá checa com o consulente, se tudo corresponde, as

demais situações do jogo também estarão corretas. Porém se observe, que um leitor de jogo de

búzios necessariamente tem que conhecer sobre as características que os orixás imprimem aos seus

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"filhos" características estas, que em alguns casos para o mesmo orixá, tem variantes, pela sua

qualidade apresentada, ou ainda, difere determinadas características, se o "filho" for do sexo

masculino ou feminino, há que se reconhecer uma situação um pouco complexa, e não poderia ser de

outra forma, com todas essas variantes é um jogo prostituído, isto é, usado de forma inescrupulosa,

leviana, por pessoas totalmente estranhas ao processo, pelos ignorantes que se julgam conhecê-lo.

Com relação ainda à esta situação, é muito comum alguns iniciados ou até mesmo sacerdotes, que

não se preocuparam muito com o aperfeiçoamento, estudo mais detalhado, prática exaustiva,

incorrem num erro, de conhecer uma pessoa de determinado orixá, e classificar suas características

como definitivas para aquele orixá, e sempre que ver alguém com aquelas características, achar que

aquela pessoa, também será daquele orixá, generalizando para sempre todos estes casos e situações;

o erro: esta pessoa que conheceram, pode estar com o orixá errado, pois quem lhe atribuiu este orixá,

não era competente, este é um fato muitíssimo comum.

É uma forma de leitura divinatória, que não massifica, isto é, uma situação vale para muitos, como

no caso do horóscopo, mas usada de forma individual, como exemplo, o caso de gêmeos, dois ou

mais, nascem no mesmo dia, e no entanto, caráter e personalidade em muitos casos, totalmente

diversos.

FAÇA SUA CABALA E CONHEÇA SUA PERSONALIDADE E O ORIXÁ QUE TE REGE

Ao começar escrever este artigo, eu, Babalorixá Sérgio Cigano, me dei conta do quanto resisti a crença da cabala, porém com o tempo eu entendi que ao usarmos esse método não para tentarmos idenficar nosso eleda, não estariamos substuindo a prática do jogo de búzios, pois somente o jogo poderá identificar seu eleda, esclarer dúvidas e caminhos que deverão ser seguidos em um determinado momentos das nossas vidas. A cabala serve para identificar o signo, ou pré destino, do qual viemos para o Aye (Planeta Terra), deixando aqui uma observação que na nossa crença jeje-nago, não acreditamos num destino e sim em vários caminhos, podendo este tomar outros cursos e mudar a qualquer hora, porisso temos a precisão de consultar o jogo de búzios, não para prever futuros, como acreditam muitos leigos, mas para saber qual o melhor caminho a ser tomado em determinada hora da nossa vida.

Durante muito tempo resisti a crença da cabala, fiz Cursos para provar que não seria possível esta previsão, porém ao longo do tempo, percebi que em 99%, isso pra não arriscar 100% a consulta aos números batiam exatamente com a personalidade da pessoa.

A cabala:

Para fazer a Cabala do destino, não confundir com a cabala judaica, que é um assunto muito mais complexo e não tendo nada a ver com a que vamos falar aqui, precisaremos apenas da data de nascimento da pessoa a ser consultada e teremos que tomar o seguinte procedimento:

A data do nascimeto de uma pessoa que nasceu em 24/08/1972

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Pegamos os número do dia, do mes e do ano e somamos os seus valores brutos.

Por exemplo: 24/08/1972

Pegamos os número do dia, do mes e do ano e somamos os seus valores brutos.

Por exemplo: Dia mês ano

2 + 4 + 0 + 8 + 1 + 9 + 7 + 2= 33

pegamos o número 33 e continuamos a operação, pois é um número maior que 16.

3  + 3 = 6

6 = ODU OBARA

teremos a seguinte interpretação para a personalidade desta pessoa

essa pessoa é regida por Xangô Logun-Edé Osossi

Personalidade: pessoas com temperamento um tanto estourado, são de extrema sinceridade; são um pouco tagarelas com habito de contar tudo o que irá ser feito, evitando assim a concretização dos planos. Despertam antipatia e inveja das pessoas. São justas e tendem a possuir bens .

A data do nascimeto de uma pessoa que nasceu em 20/12/1960

Pegamos os número do dia, do mes e do ano e somamos os seus valores brutos.

Por exemplo: 20/10/1960

dia mês ano 2 + 0 + 1 +2 + 1 + 9 + 6 + 0 = 21

neste caso dando um número maior que dezesseis que é o número máximo dos odus, continuamos a operação pegando o “ 21 “ e somando, também seus valores brutos.

21 = 2 + 1 = 3 - onde 3= ao odu etaogunda

interpretação:

Essa pessoa é regida pelo orixá Ogun

A personalidade dos filhos deste odu

Seus filhos são pessoas conscientes que sua forca de vontade é importante para o sucesso, persistência e coragem para tirar melhor proveito das situações, pessoas que

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usam muito a razão; em seu lado negativo, traz a mentira, falsidade, fingimento, avareza e falsa .

Conferindo o seu resultado confira a tabala para que possa saber sua personlaidade e regência do seu Orixá:

Número 1 como resultado:

Odu okaran - 1 búzio aberto

Exu é o orixá que rege

A Personalidade dos filhos deste odu

Seus filhos são criativos, persistentes e de excelente memória. Possuem forte intuição, são maus gostam de ficar sós, possuem aparência descuidada, são egoístas e medrosos. Tendem ao egoísmo e ao individualismo.

Sua lenda

Era um pobre peregrino que vivia migrando. Permanecia em diversos lugares, mas, depois de fazer as plantações, mandavam embora, ficando os donos das terras com tudo o que ele tinha feito.

Por conselho de alguém, esse homem foi um dia a casa de um oluô, que lhe indicou um ebó (oferenda). tendo tudo preparado, partiu o homem para a grande mata fronteiriça e, lá chegando deu início ao serviço.

Mais tarde, ouvindo um barulho naquele lugar tão impenetrável, assustou-se. Era ogum, o dono dessa mata misteriosa. Chegando perto, ficou ogum espreitando o estranho, até que este, muito amedrontado, implorou misericórdia, perguntando a ogum se queria se servir de alguma coisa servida no ebó. Que falasse sem cerimônia, pois estava tudo a sua disposição.

Ogum aceitou tudo o que havia ali e ficou satisfeito. Perguntou, então, quem era tão perverso a ponto de mandar o peregrino para aquela paisagem impenetrável. O homem contou todos os percalços de sua vida.

Então, ogum, transfigurado, aterrorizante, bradou que ele pegasse o mariô e fosse marcar as casas dos seus amigos, pois ele, ogum, iria aquela cidade à noite destruir tudo o que lá se achasse. Iria arrasar todos os haveres lá existentes, até o solo. Dito e feito...

Ogum acabou com tudo, exceto as casas e os lugares que tenha sido demarcados pelo homem com a colocação de mariô em cima das portas. Tudo o que havia de riqueza ali ogum deu para ele, tudo mesmo, conforme tinha prometido.

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Número 2 como resultado:

Odu megioko – dois buzios abertos

Obaluaê é o orixá regente

A personalidade dos filhos deste odu

Seus filhos são geniosos e exigentes. Impõem a sua vontade, por isso também adquirem muitos inimigos. São alegres e felizes porém quando nada lhes sai a contento, tornam-se sofredores. Possuem muito bom coração. São corajosos, briguentos, possuem iniciativa própria, são ambiciosos.

Sua lenda

Dizem as histórias que havia diversos príncipes que disputavam o poder. Também havia outros fidalgos oriundos de diversas cidades. Entre estes, havia tela-okô, que era desprovido de todos os meios de subsistência.

E lá um dia, enquanto roçava, bem no lugar onde havia colocado o ebó que ele tinha feito conforme a maneira decretada, tela-okô bateu com a enxada num forno enorme, que se abriu, causando-lhe grande espanto. Chamou os companheiros que estavam mais afastados, dizendo que tinha afundado no buraco da riqueza.

Mas, em seguida, tendo ele reconhecido ser deveras um verdadeiro tesouro da fortuna o que encontrara, mudou repentinamente, dizendo que o que tinha encontrado era apenas um buraco cheio de orobôs, e que estes eram tão alvos que pareciam tratar-se de moedas.

Claro que através deste caminho de odú, entende-se que jamais devemos revelar de onde provem nossas riquezas e não o tanto o que temos, afim de evitar invejosos, perseguidores e ladrões.

Número 3 como resultado

Odu Etaogunda

Ogun é quem rege esta pessoa

A personalidade dos filhos deste odu

Seus filhos são pessoas conscientes que sua forca de vontade é importante para o sucesso, persistência e coragem para tirar melhor proveito das situações, pessoas que usam muito a razão; em seu lado negativo, traz a mentira, falsidade, fingimento, avareza e falsa .

Uma lenda deste odu

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Dizem ter existido um senhor que, depois de ter estado muito bem, ficara num estado tão precário que, devido à extrema miséria em que se achava, viu-se forçado a procurar todos os meios para não pôs termo à própria existência. Mas, tendo feito o que lhe determinaram fazer e tendo esperado a melhoria das suas coisas da vida sem ter algum resultado benéfico, foi-se para o mato com uma corda, afim de se enforcar, Foi quando, de súbito, viu um pobre leproso que estava pelejando para botar a água de um igbin (caramujo) na cabeça. O homem que estava prestes a cometer a ação de suicidar-se, com grande admiração e louvor, levantou as mãos para o céu, agradecendo a olorum (deus). Ele, que se julgava muito melhor do que aquele indigente leproso em semelhante estado de saúde, voltou para casa bastante satisfeito e confortado com o que vira.Em pouco tempo, foi chamado para ocupar o trono de seu pai, que falecera. Nessa ocasião, não se esqueceu daquele leproso que estava ali abandonado. Assim que foi levado ao trono, mandou buscar o seu companheiro de infortúnio naquele mau dia. Assim, ficar amambos bem...

Número 4 como resultado

Yorossum quatro búzios

A pessoa que tem este Odu é regida pelo Orixá Yemanjá

Personalidade dos filhos deste odu

As pessoas deste odú pecam e sofrem por não guardarem segredo, exceto quando lhes é conveniente- são faladoras generosas e francas; orgulhosas e exaltadas. Gostam de ajudar o próximo, inclinam-se ao ocultismo e aos mistérios.

Lenda deste odu

Em um certo tempo um homem que se achava em situação tão precária e em tal aperto, que não via de lado algum qualquer milagre que pudesse salvá-lo.

Ele resolveu ir até a casa de um oluô fazer o ebó (oferenda) indicado. Feito tudo...lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos.

Em um dado momento, ia passando um príncipe reinante e herdeiro do trono. Observando aquela cena de sofrimento espontâneo, admirou-se do tal sujeito,que, no dizer dele, estava procurando o meio mais curto possível para pôr termo à existência. O príncipe, condoído com aquilo, o fez chegar aos seus pés e indagou dele o que havia ou o que queria dizer aquilo. Sem demora, o homem historiou a razão daquele ato de castigar a si próprio. Tratava-se de compromissos Em um certo tempo um homem que se achava em situação tão precária e em tal aperto, que não via de lado algum qualquer milagre que pudesse salvá-lo.

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Ele resolveu ir até a casa de um oluô fazer o ebó (oferenda) indicado. Feito tudo...lá se foi ele para um lugar reservado, acendeu o fogo, em seguida colocou as pimentas maduras no lume e pôs-se a receber fumaça nos olhos.

Em um dado momento, ia passando um príncipe reinante e herdeiro do trono. Observando aquela cena de sofrimento espontâneo, admirou-se do tal sujeito,que, no dizer dele, estava procurando o meio mais curto possível para pôr termo à existência. O príncipe, condoído com aquilo, o fez chegar aos seus pés e indagou dele o que havia ou o que queria dizer aquilo. Sem demora, o homem historiou a razão daquele ato de castigar a si próprio. Tratava-se de compromissos inadiáveis, que ele não podia cumprir. Disse o príncipe que, tendo pena dele, não consentiria tal cena. Também sem hesitação, o príncipe mandou-lhe uma verdadeira fortuna, com o qual o homem poderia viver toda a sua vida, sem o menor vexame.

Número 5 como resultado

OSE 5 BÚZIOS ABERTOS

A pessoa que tem este Odu como o de nascença é regida pelo Orixá Oxum

Personalidade desses filhos são pessoas deste odú gostam de muito prazer; são pessoas bem influentes, charmosas, ambiciosas e perigosas, principalmente no amor. Só pensam em lucro, são precipitadas no agir; perdem grandes oportunidades por existirem inimigos ocultos que impedem as vitórias. Tem o dom da feitiçaria. São aplicados no trabalho. Sentimentais, amantes das descobertas e de experiências místicas e científica. São choronas e um pouco fanáticas.

Lenda deste Odu

Conta-se que um filho de orixalá que se chamava dinheiro, que se dizia ser tão poderoso que poderia dominar até mesmo a morte.

Este, fez uma oferenda indicada pelo babalaô e saiu maquinando como poderia trazer preza a morte, conforme prometera diante de todos. Deitou-se na encruzilhada e as pessoas que passavam na estrada deparavam com um homem espichado no meio do caminho. Diziam uns: -xi ! Está este homem esticado com a cabeça para a casa da morte, e os pés para a banda da moléstia e os lados do corpo para o lugar da desavença.

Ouvindo tais palavras dos transeuntes, levantou-se o homem e disse, então, com ironia: -já sei tudo o que era preciso conhecer. Estou com os meus planos já feitos.

E lá de foi ele direto para a fazenda da morte. Chegando no local, começou a bater os tambores fúnebres de que a dona da casa(sra. Morte) fazia uso quando queria matar as pessoas indicadas para morrer. Ela tinha uma rede preparada e, quando a morte aproximou-se, apressada , afim de saber quem estava tocando os seus tambores, o

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homem envolveu-se na rede e levou logo ao maioral orixalá. Dizendo-lhe estas palavras:

Aqui está a morte que eu lhe prometi trazer em pessoa à vossa presença.

Orixalá, então lhe disse essas palavras:

-vai-te embora com a morte e tudo de melhor e de pior que possa haver no mundo, pois tu és o causador de tudo o que há de bem e de mal. Some-te daqui e a leva embora e, então, poderás possuir tudo e conquistar o universo inteiro.

Número 6 como resultado

Odu Obara – seis búzios abertos

As pessoa nascida sob este Odu são regidas pelos Orixás Xango e Logun Edé

A personalidade das pessoas nascida sob a regência deste Odu: São pessoas com temperamento um

tanto estourado, são de extrema sinceridade; são um pouco tagarelas com habito de contar tudo o que

irá ser feito, evitando assim a concretização dos planos. Despertam antipatia e inveja das pessoas.

São justas e tendem a possuir bens.

Lenda deste Odu

Dizem que no principio do mundo, 15 dos 16 odus seguiram todos à casa do oluô, afim de procurar os meios que os fizessem mudar de sorte, mas nenhum deles fez o que foi determinado pelo oluô. Obará um dos dezesseis odus existentes,não se encontrava no grupo na ocasião em que os demais foram consultar o oluô. Sendo ele, porém, sabedor do ocorrido, apressou-se em fazer o que o oluô determinara. E que os demais odús não fizeram por simples capricho da sorte. Obará com afinco fez o máximo que pode para conseguir seu desejo, dada a sua condição precária (de pobreza). Como era de costume, os 15 odús de cinco em cinco dias iam à casa de olofim, e nunca convidavam obará , por ser ele muito pobre, tanto que olhavam para ele sempre com menosprezo. Pois, então, foram a casa de olofim, jogaram e até altas horas do dia não acertaram o que queriam que olofim adivinhasse e, com isso, acabou que todos eles se retiraram sem ter sido satisfeita sua curiosidade. Olofim, com desprezo, ofereceu uma abóbora a cada um deles, e eles, para não serem indelicados levaram consigo as abóboras ofertadas.

No caminho, porém, alguém se lembrou apontando para a casa de obará, de fazer ali uma parada, embora alguns fossem contra, dizendo que não adiantaria dar semelhante honra a obará, pois ele era um homem simples que nunca influía em nada.

Mas um deles, mais liberal, atreveu-se a cumprimentar obara-meji com estas palavras:

-- obará, bom dia !  Como vais de saúde? Será que hás de comer com estes companheiros de viajem?

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Imediatamente respondeu ele que entrassem e se servissem da comida que quisessem. Dito isso, foram entrando todos, eles que já vinham com muita fome, pois estavam desde a manhã sem comer nada na casa de olofim.

A dona da casa foi ao mercado comprar carne para reforçar a comida que tinha em casa e, em poucas horas, todos almoçaram à vontade. Depois, obará convidou todos para que se deitassem para uma madorna, pois estavam todos cansados e o sol estava ardente. Mais tarde, eles se despediram do colega e lhe disseram:

-fica com estas abóboras para ti ---e lá se foram satisfeitos com a gentileza e a delicadeza do colega pobre e, até então, sem valia.

Mais tarde, quando obará procurou por comida, sua mulher o censurou por sua fraqueza e liberalidade, dizendo que ele tinha querido mostrar ter o que não tinha, agradando a eles que nunca olharam para ele, e nunca ligaram nem deram importância ao colega.

Porém as palavras de obará eram simples e decisivas. -eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares, estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea.

Finda explicação, obará pegou uma faca e cortou uma abóbora, surpreendendo-se com a quantidade de ouro e pedras preciosas que haviam dentro dela. Surpreso, e com muita felicidade, viu que em uma abóbora havia lhe dado o título de odú mais rico, porém logo percebeu que haviam mais outras 14 abóboras a serem abertas e em cada uma delas haviam outras riquezas em igual quantidade.

Obará comprou tudo que precisava, palácio e até cavalos de várias cores.

Daí que estava marcado o dia para todos os odús irem novamente à conferencia no palácio de olófim, como era de costume, já muito cedo, achavam-se todos no palácio, cada um no seu posto junto a olofim. Quando obará veio vindo de sua  casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, obará mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza.

Os invejosos começaram a tremer e esbravejar, chamando a atenção de olofim que indagou o que era aquilo. Foi então que lhe informaram que era obará. Então perguntou olofim aos demais odús o que tinham feito com as abóboras que presenteara a eles. Responderam todos que haviam jogado no quintal de obará. Disse então olofim que a sorte estava destinada a ser do rico e próspero obará. O mais rico de todos os odús.

Número 7 como resultado

Odikassan – 7 búzios abertos

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As pessoas nascidas sob a regência deste odu são regida pelos Orixás Obaluaê, oxalufon e Exu

A personalidade das pessoas nascidas

São pessoas comunicativas e fácil amizade, são sempre traídos por amigos, são sentimentais, tem forte poder intuitivo e psíquico. Quando espiritualizadas atingem posição de destaque na vida. Fora isso levam a vida em duras penas, tendo dificuldade de conviver com os impulsos. São desconfiados e ciumentos, possuem sorte para o jogo. Gostam de adivinhar ...

Lenda deste Odu

Conta-se a história de um homem que era escravo e um dia se viu abraçado em um eminente perigo. Este homem foi amarrado por dele terem dito que cometera um crime. Segundo as leis daquela terra, botaram o homem num caixão grande todo pregado e deitaram a caixa rio abaixo. Por uma dessas coincidências que sempre acontecem no destino* das criaturas, a correnteza lançou o caixão na praia duma cidade cujo o rei estava morto e enterrado, e onde os súditos ainda estavam guardando luto.

Acontece que ali haviam muitos príncipes com direito a sucessão imediata, mas sobre todos pesava alguma grave acusação, de forma que não se sabia como haviam de decidir o complicadíssimo problema da sucessão do rei morto, como nunca jamais acontecera na história do dito povo. Depois de muito cogitar do assunto, foi decidido que marcassem um prazo para surgisse uma pessoa estranha àquela nação que assumiria o governo e seria o rei daquela terra daí em diante.

Dito e feito, esse homem, que tinha antes do cativeiro feito uma oferenda que o babalaô determinara, veio ele se esbarrar, dentro do caixão, na praia de ibim, onde o acolheram e imediatamente o elegeram rei daquele povo. Assim ficou ele sendo o venturoso rei de uma nação . Onde só o destino (odú) poderia dar tamanha sorte.

Número 8 como resultado

Ejioline – 8 búzios abertos

As pessoas nascidas sob este Odu são regidas pelos Orixás Oxaguiã e Xango

Personalidade: são pessoas trabalhadoras, gostam de tudo rápido, exige anseio, limpeza; pessoas impulsivas; pessoas de espírito livre; enjoam de tudo facilmente; paixões violentas, são curiosos, adoram viajar.

A lenda de ejionile

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Naquele tempo, mandaram todas as árvores fazerem oferendas a olorum (deus) mas nenhuma deu importância ao conselho. Somente a cajazeira fez a oferenda. Daí por diante, todas as árvores morreram sem delongas quando estavam deitadas, exceto a cajazeira, que mesmo deitada, caída ao chão, sempre grela e renasce.

Número 9 como resultado

Ossa – 9 búzios abertos

Quem nasce sob este Odu é regido pelos Orixás Yasâ e yemanjá

Personalidade: são pessoas autoritárias, teimosas, brigonas; tendem a ter discórdias e rancores, possuem boas intuições e são voltados a grandes projetos de realização pessoal. São daquelas pessoas que só acreditam vendo, porém quando acreditam possuem forte tendência a lidar com o espiritual, são muito críticos metódicos e individualistas. Oxalá protege muito os seus filhos.

Lenda deste Odu

Conta-se que no princípio mandaram orumilá fazer uma oferenda citada, porém, ele não o fez. Orixalá, sim, fez tudo conforme havia sido determinado. Num certo dia, veio muita gente que fugia apavorada, mas o chefe e maioral do lugar, como deveria ser, recebeu todos e os salvou das perseguições e eles, em gratidão, entregaram-lhe tudo de valor que cada um trazia consigo, assim orixalá ficou muito próspero no devido tempo. Ou quando chegara sua vez de ter tal fortuna.

Número 10 como resultado

Ofun – 10 búzios abertos

Orixas que regem as pessoas deste sígno são todos os Oxalás

Uma obeservação importante que deixo aqui é que não se deve pronunciar o nome deste Odu na frente de uma pessoa que não é feita no santo e quando um olhador de búzios estiver jogando e cair este Odu deve-se levantar e sentar-se 3 vezes em respeito, na 3ª vez que sentar-se, soprar um pó, imaginário , em direção a rua.

As pessoas nascidas sob a regência deste Odu, geralmente são rancorosas,teimosas, vingativas, com senso de justiça muito imparcial, tendem obter sucesso após meia idade, são envelhecidos internamente, aparentam possuir muita calma e paciência. Osucesso material depende do sucesso espiritual.

Lenda deste odu

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Um dia foi marcado uma reunião entre todos os orixás, cada um tratou de realizar as oferendas especificas afim que tudo transcorresse muito bem,  orixalá tratou logo de preparar a sua. Findando a feitura da oferenda, entregaram a orixalá panos brancos para ele fazer um vestuário e penas de papagaio da costa para ele colocar em sua cabeça. Assim feito tudo, chegou o dia da grande reunião em que todos os orixás se apresentaram.

Orixalá apareceu de uma forma tão maravilhosa em suas vestes novas, como se fosse iluminado pelos raios do sol. Assim, todos foram se curvando diante de tamanho brilho da aurora nascente, juraram fidelidade e lhe deram tudo o que possuíam, com a palavra de o adorarem para sempre...

Número 11 como resultado

Owonrin – 11 búzios abertos

São pessoa regidas por Yasã e Exu

Personalidade: são pessoas de certa forma 'perigosas", obstinados por sucesso, felizes quando buscam profissões liberais que atuam junto ao público. Possuem muita energia, disposição; estão em constante movimento, agito. São muito nervosos. Possuem sorte na vida, porém são extremamente vingativos e defendem-se atacando.

Lenda deste odu

Em certo dia, uma mulher muito fiel aos orixás fora numa fonte lavar roupa levando consigo sua criancinha. Lá havia outra mulher invejosa que, vendo que ela estava distraída com a sua ocupação, tentou lançar a criancinha da outra numa bacia d'água. Mas outra mulher ainda, ouvindo o chorinho da criança, correu para ali e a tirou de dentro d"água, salvando-a do perigo, antes mesmo de sua mãe se der conta. Do horror que acontecia.

Assim se vê o ponto onde uma pessoa má pode chegar... E também o quanto podemos contar com a ajuda e proteção através de oferendas específicas.

Número 12 como resultado

EJÍLÀSEGBORA – 12 búzios abertos

As pessoas nascidas sob este Odu são regidas pelo Orixá Xango

Personalidade: são pessoas barulhentas, intrigantes, gostam de intrigas, orgulhosas, vaidosas ao extremo, prepotentes, autoritários, volúveis e sovinas. Gostam de manipular as pessoas e as situações. Possuem forte tendência a obter altas posições na sociedade, possuem tendências a vícios, difícil de se arrepender de suas atitudes, a vitória faz parte

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de sua vida, venha como vier. Porém também não estão livres do fracasso, pois assim como se sobe, também pode-se descer.

Número 13 como resultado

EJÍOLOGBÓN – 13 búzios abertos

Quem nasce de EJÍOLOGBÓN é regido pelo Orixá Nana

São pessoas rancorosas. Teimosas, humildes, dóceis, zelosas, impacientes, conservadoras, porém possuem difícil trato, são bastante introspectivas, em geral são são pessoas com tempeamento e aparênica de pessoas de mais idade. Têm pavor da morte. Sempre aparentam ter uma felicidade que na verdade não existe.

Número 14 como resultado

ÌKA – 14 búzios abertos

Quem nasce sob este Odu é regido pelos orixás Oxumare e Ossãe

As pessoas que nasceram sob a regência deste Odu fazem Boas Amizades, São Desconfiados, Traiçoeiros, Possuem Muita Sorte Relacionado Ao Dinheiro; São Muito Ativas, Estão Sempre Em Movimento(Ação); São Pessoas Equilibradas, Preocupam-Se Com O Bem Estar De Outrem, Possuem Muita Liderança E Facilidade De Aprendizado, Portanto Adoram Aprender E A Ler (Inteligentes)

Número 15 como resultado

Ogbèògùndá – 15 búzios abertos

São pessoas regidas por Obá, Ogun e Osun

São pessoas com grandes dificuldades em relacionamentos amorosos, levam vida agitada, são batalhadoras; possuem personalidade forte e exigente. São muitas vezes incompreendidas e vingativas. Também são muito trabalhadoras e portanto são favorecidas nos negócios, (com pouco lucro, sucesso) mas com muita luta tendem a vencer.

Número 16 como resultado

Aláfia – 16 búzios abertos

Orixás regente, não tem um especificamente para quem nasce com a regênica deste Odu, pois nesta configuração responde todos os orixás.

SÃO PESSOAS QUE ALCANÇAM TRIUNFO EM TUDO, LUCROS, HERANÇAS, VIAGENS, FELICIDADE, BOAS PROPOSTAS..

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SÃO PESSOAS QUE SEMPRE PRECISAM DE ORIENTAÇÃO ESPIRITUAL, POIS A AFLIÇÃO LHE É APARENTE.

Observação importante:

Eu aconselho a não tentar ver seu orixá por este método, pois acredito que só numa mesa de jogo somos capazes de identificá-lo. Estou tocando neste assunto devido ao que tenho visto por muitos tentando identificar seu eleda com este método, provocando com isso muita polêmica no candomblé, volto a repetir que a cabala serve para identificar nossa personalide tornando possível a busca de um auto conhecimeto levando-nos a ter uma relação maior com todos a nossa volta e identicar quais os orixás que nos regem. Conhecendo nossas virtudes e defeitos estamos a um passo de nos relacionarmos melhor com o nosso meio trazendo grandes benefícios aos que nos cercam, transformando-nos em uma nova pessoa também estaremos buscando a nossa própria felicidade, pois na maioria das vezes, a felicidade está a todo tempo ao nosso alcance e não conseguimos enxergá-la.

Outras definições referente ao Oriki de Exu (Em português) segunda vesão.Com a licença dos guerreiros protetores e tomando emprestado um título de Reginaldo Prandi, lanço aqui algumas opiniões, ilustrações, citações, rimas, provérbios, depoimentos, cantigas, poemas, transas, transes, e tranças sobre espiritualidade e as suas inúmeras manifestações na cultura pop.

Exu. Nas palavras de Jorge Amado: “Exu come tudo que a boca come, bebe cachaça, é um cavaleiro andante e um menino reinador. Gosta de balbúrdia, senhor dos caminhos, mensageiro dos deuses, correio dos orixás, um capeta. Por isso, sincretizaram-no com o Diabo; em verdade ele é apenas o orixá em movimento, amigo de um bafafá, de uma confusão mas no fundo, excelente pessoa. De certa maneira é o não onde existe o sim; o contra em meio ao favor; o intrépido e invencível.” 

Sem Exu, os Orixás não podem ajudar seus fiéis. Exu transforma o conflito em harmonia. Tudo sabe, ouve e transmite. Garante a eternidade do povo e a continuidade do homem. 

ORIKI

Escreveu certa vez Antônio Risério: “Tudo o que existe, aqui ou no outro mundo, pode ser premiado com a composição de um oriki. Orikis são emitidos para ninar crianças, celebrar deuses, receber visitas, batizados, noivados e funerais. Em suma, pontuam todos os momentos da existência social na Iorubalândia. Oriki. Música verbal. Melopéia. É bom enfatizar que ninguém emite um oriki de orixá em vão. Recitar ou cantar um oriki de Oxossi, por exemplo, é o mesmo que recitar um poema de Blake, ou cantar um blues de Billie Holiday.”

ORIKI de EXU:

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Laroiê!Rei da Astúcia.Senhor dos Ardis.Margem, Zona de Fronteira.Ruas, Esquinas, Estradas.Interstícios.Personalidade Liminóide.Inocência de criança e licença de ancião.Protetor do Terreiro.Porteiro e guardião.Sempre invocado para o bom desenrolar da festa.Madeira que cupim não rói.Braço direito de Orunmilá.Anda pelos campos, anda entre os ebós.Atirando uma pedra hoje,Mata um pássaro ontem.MUSIFIN  VULGO  EXU  DA  CAPA PRETAMusifin ou Exu da Capa Preta, se trata de uma entidade que quando vida teve viveu com o titulo de Conde em uma época remota, mais antiga do que a própria antiguidade, algumas pesquisas relatam que pode ser encontrado parte da biografia desta entidade em uma antiga colônia, hoje denominada Pensilvânia.Foi um Bruxo  com profundos conhecimentos sobre os mistérios da Magia negra, da Alquimia, da quimbanda e dos poderes dos feitiços praticados com os elementos através da magologia.Conseguiu transpassar a barreira do tempo de sua própria existência através da prática da Magia e hoje incorpora em um médio para dar consultas e resolver problemas espirituais utilizando o seu conhecimento milenar, sua magia e seu poder de Exu.Quem recorre a esta poderosa entidade, para solucionar os seus problemas, seja ele de ordem física ou espiritual, jamais vivera em vão.Exú Capa Preta esta na hierarquia cabalística como Décimo sétimo comandado de exu calunga. Seu poder esta nas encruzilhadas e também no cemitérios, alem de realizar trabalhos dentro de seu circulo cabalístico nos terreiros de kimbanda nos quais ele predomina, tem como curiador o marafó e todas as bebidas destiladas. Recebe também oferendas de pade(Farofas), carne de porco, ejé, Pimenta e etc...Ao realizar seus trabalhos se transforma num bruxo poderoso em volta da sua capa, fazendo evocações não à problemas que ele não possa solucionar.SEJA BEM VINDO! AO REINO DE EXÚ CAPA PRETA (MUSIFIN)Atenção:Esse Exú é chamado de faca de dois gume (Pratica o bem e o mal, conforme for solicitado), se você não tem um problema, não solicite seus serviços.

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Assentamento de Orixá, Igba orixá, assentamentos de todos orixás no candomblé. Assentamentos dos orixás mais importantes.Publicado em 21 de abril de 2009por toluaye

     

 

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Igba orixa, ibá orixa ou simplesmente ibá é o nome

dos assentamentos sagrados dos orixás na cultura nago vodun,

onde são colocados apetrechos e fetiches inerente a cada um

deles na feitura de santo. Ao lado de cada um dos igbas

encontramos talhas, quartinhas e quartiões, que devem conter

o líquido mais precioso da vida chamado pelo povo do santo de

omin (água).

Cada igba orixa é uma representação material e pessoal,

simbolizando a captação de energia oriundo da natureza,

ligado aos orixás correspondentes e sempre emanando

energias para seus adeptos e crentes.

Assentamentos (igba orixá) mais importantes num terreiro de

candomblé

Igba exu Igba ogun Igba oxosse 

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Igba ossaim Igba obaluaye Igba omolu Igba xango Igba oxumare Igba iywa Igba oxun Igba yemanja Igba oya Igba oba Igba nanã Igba logunede Igba oxaguian Igba oxalufan Igba Ori 

 

Igba exu ou assentamento de exu como é

chamado comumente pelo povo de santo, são confeccionados de

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várias formas, muitos são vistos em panela de ferro, alguidá, panela

de barro, muitas vezes modelado com tabatinga, em forma humana

completa, ou apenas busto, com olhos e boca feito de búzios. Igba

exu também pode ser representado por uma pedra,

preferencialmente de laterita ou um montículo de terra, contendo

vários elementos do reino animal, vegetal e mineral.

Uma mistura especial é feita pelo babalorixá ou iyalorixá, em conjuto

com a Iyamorô, contendo azeite-de-dendê, mel, vinho, diversos tipos

de bebida alcoolica e sal. As folhas sagradas de exu são maceradas

com enxofre, mercúrio, carvão vegetal, inúmeros tipos de pimentas,

não pode faltar (atarê, lelecun, begerecum, aridan e aberê).

Pelo menos sete tipos de metais são colocados: Ouro, prata, cobre,

zinco, ferro, níquel e estanho, depois de ser banhado em água

sagrada. Juntando-se tudo a terra de sete encruzilhadas e de alguns

estabelecimentos comerciais e coloca no respectivo recipiente,

ornando com os tridentes e lanças, moedas antigas e atuais, e muitos

búzios. Deve conter no assentamento pelo menos uma quartinha com

quatro búzios dentro, para fazer a consulta em momento oportuno.

Nota: Todos assentamentos (igba orixá), devem ser preparados e

sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou Iyalorixas.

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 Igba ogun ou assentamento de ogum como é

chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos de

várias formas, seguindo o mesmo princípio. As vezes são vistos

em panela de ferro, alguidá, panela de barro, ou recipientes de

metal como cobre,alumínio e bronze, todavia sempre com

artefatos do metal ferro,(martelo, foice, espada, torquês, pá,

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picareta, facão), no mínimo de sete ferramentas e no máximo

de vinte e uma. Justificado a mitologia Yoruba como o orixá

ferreiro, senhor dos metais, caminhos e da agricultura.

Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais

da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Determinados assentamentos de ogum são preparados da

mesma forma do Igba exu, embora o ato de sacralização seja

diferente.

Nota: Todos assentamentos igba orixá , devem ser preparados

e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou

Iyalorixas.

Igba oxosse ou assentamento de oxosse como é

chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos de

duas formas, todavia as duas formas são semelhantes no que

se refere a um artefato de ferro em forma de arco e flecha

denominado de ofá e um otá de cor escura.

Diferença

O ofá é fixado numa haste do mesmo metal, com base

arredondada para que o conjunto possa ficar em pé dentro de

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uma alguidá ou qualquer outro recipiente de barro. A grande

diferença é que alguns assentamentos são confeccionados com

uma mistura especial de argamassa, contendo vários

elementos do reino animal, vegetal e mineral como folha

sagrada, oguê, iruexin, rabo de tatu, chifre de veado e o ofá

fixado nesta mistura sagrada.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

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Igba ossaim, assentamento de osain ou

agué, como é chamado popularmente pela cultura Jeje-Nago,

são construídos com recipientes de barro como alguidá,

quartinha, talha etc.

Confecção

Sobreposto em um alguidá um vasso de barro ou talha de duas

ou três alças, são dispostos vários apetrechos, são encontrados

vários tipos de búzios, moedas antigas de prata, cobre e

níquel, vários tipos de sementes como aridan olho de boi,

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lelecun, bejerecum, aribé, obi, atarê orobô, miniatura de

cachimbo em quantidade de quatorze (14) confirmando sua

ligação com os odus iká e uma argamassa com variado tipo de

folha sagrada, em especial sete plantas chamadas

gervão,akoko, Irokò, Kunkundukunku, Ewê lará, peregun, Iji

opé. Nesta mistura perfeita fixa um Oposayin "ferramenta de

ossaim" (uma haste central com um pássaro na ponta

construído de ferro, do meio dessa haste saem sete pontas,

onde são colocados os cachimbos, em baixo o sagrado

apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.

Geralmente uma talha ou um pote bem grande contendo no

mínimo quatorze (14) tipos de folha sagrada e uma pequena

cabaça cheia de fumo de corda, serve de suporte para este

precioso igba orixa.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

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Igba obaluaye ou assentamento de obaluaye como é chamado popularmente pelo povo de

santo, são construídos com dois recipientes de barros de

formas arredondadas, na parte inferior um alguidá e na parte

superior um cuscuzeiro, simbolizando o planeta terra, em

alusão ao seu nome, Oba (rei), Olu (senhor), Aye (mundo ou

Planeta terra), "Beniste Orum Aye".

Confecção

Dentro do alguidá são dispostos vários apetrechos,

dependendo da qualidade deste misterioso e complexo orixá.

São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e

salgada, moedas antigas de prata, vários tipos de sementes

como aridan e olho de boi, miniatura de xaxará e uma

argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial

uma planta chamada gervão, onde é fixado uma pena de

ekodidé e o sagrado apetrcho mais importate de todos os

orixas, o otá.

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A parte superior é um cuscuzeiro de barro com sete orificios,

onde são depositadas cuidadosamente as sete lanças

chamadas de Ichã, ornado com grande quantidade de búzio

(religião) e marfim. Não necessáriamente das presas do

elefante, sabendo-se que toda a parte compacta e branca que

constitui a maior parte dos dentes dos mamíferos são marfins.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

Igba xango ou assentamento de xango como é chamado popularmente pelo povo de santo,

são construídos com recipientes de madeira denominado de

gamela, podendo ser de formato arredondadas ou ovaladas.

São utilizadas três tipos de árvores diferentes em sua

construção, conhecida no Brasil como jenipapeiro, jaqueira e

umbaúba.

Confecção

Dentro da gamela principal tem dispostos vários apetrechos,

podemos encontrar várias moedas de cobre, pulseiras e

pequenos machados do mesmo metal, três tipos de sementes

são indispensáveis, são elas aribés, orobôs e aridans em

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quantidade de 6 em acordo com o odu obara ou 12 ejilaxebora.

Um apetrecho especial, bem peculiar a este grande orixá é o

meteorito, podendo ser aerólito, astrólito, meteorólito,

uranólito, pedra-de-raio. Todavia, muitas pedras (itá)

consagrada ao orixá xango tem formato de machado, em

particular uma pedras do período neolítico, utilizadas como

utensílios pelos humanos na pré-história fazem parte do igba

orixá, também chamada de Aráodu.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

Igba oxumare, assentamento de oxumare, dan, dangbe, e becem como é chamado

popularmente pela cultura Jeje-Nago, são construídos com

recipientes de barro como alguidá, cuscuzeiro, quartinha,

talha etc.

Confecção

Dentro de um alguidá ou cuscuzeiro "de pé", são dispostos

vários apetrechos, dependendo da qualidade deste misterioso

e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios,

pérola de agua doce e salgada, moedas antigas de prata, vários

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tipos de sementes como aridan olho de boi, orobô, miniatura

de serpente em quantidade de quatorze (14) confirmando sua

ligação com os odus iká e uma argamassa com variado tipo de

folha sagrada, em especial duas plantas chamadas gervão e

Kunkundukunku, onde é fixado um caduceu e o sagrado

apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.

Geralmente uma talha ou um pote bem grande é ornada com

grande quantidade de conchas e búzios, contendo o líquido

mais precioso do universo denominado de Omim

preferencialmente de chuva, serve de suporte para este

precioso igba orixa.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

Sua doação irá nos ajudar a manter nosso espaço Orossi em funcionamento e torná-la mais útil para você. http://www.toluaye.com/doacao.htm

Igba oxun ou assentamento de oxum como é chamado popularmente pelo povo de santo,

são construídos com materiais de porcelana ou louça de cores

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variada, mas sempre com detalhes na cor amarela e dourada,

simbolizando sua ligação e domínio com a gema do ovo.

Geralmente no centro da terrina sai uma haste com um abebé

ou um peixe dourado na ponta, construído de metal amarelo,

chamado de ferramenta de oxum.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça são dispostos

vários apetrechos, são encontrados uma média de oito (8) ou

dezeseis (16) búzios, cinco (5) pequenas bolas de ouro e cobre,

obis, moedas de cobre e ouro, confirmando sua ligação com o

odu Ôxê, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os

orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité

chamado de ori ou limo da costa, azeite doce em algus tipos de

oxum azeite de dendê e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de

porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais

oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos

cardeais e pontos colaterais, ornados com búzios de praia,

colares de ouro, colheres douradas e muitas jóias a depender

da posse do iniciado. Tudo colocado cuidadosamente sobre

uma talha de barro ou porcelana cheia de água, geralmente

com muito perfume, chamada pelo povo de santo de água de

cheiro .

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

iIgba yemanja ou assentamento de yemanja como é chamado

popularmente pelo povo de santo, são construídos com

materiais de porcelana, louça ou cristal, geralmente na cor

branca, mas podendo ser de cores variadas dependendo da

qualidade.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana, louça ou cristal são

dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de

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nove (9) ou dezeseis (16): búzio, pérola de agua doce e

salgada, obis, fava de yemanja aridan moedas de prata,

confirmando sua ligação com o odu ossá, e o sagrado

apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso

conservado com azeite doce, manteiga de karité chamado de

ori ou limo da costa e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de

porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais

oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos

cardeais e pontos colaterais, ornados com conchas e vários

cristais que termina em pirâmides de seis lados e conservados

em água dentro do vaso do mesmo material.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

Igba Oya ou assentamento de iansan como é chamado

popularmente pelo povo de santo, são construídos com

materiais de porcelana ou louça de cores variada, mas sempre

com detalhes na cor vermelha ou marron, simbolizando sua

ligação com o fogo. Geralmente no centro da terrina sai uma

haste com uma espada na ponta, construído de metal

acobriado, chamado de ferramenta de Oya.

 

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça são dispostos

vários apetrechos, são encontrados uma média de nove (9) ou

dezesseis (16) búzios, nove (9) ou sete (7) pequenas bolas de

ouro e cobre, obis, moedas de cobre e ouro, confirmando sua

ligação com o odu ossá e odi, e o sagrado apetrecho mais

importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com

azeite de dendê, mel de abelha e azeite doce.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de

porcelana, sobre um (1) prato que servirá de apoio e mais oito

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devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e

pontos colaterais, ornados com dois (2) ogues, dois (2)

erukeres e nove (9) idés de cobre ou de ouro a depender da

posse do iniciado. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma

talha de barro ou porcelana cheia de água, geralmente de

chuva ou de rio.

Peculiaridade no igba de oya igbale

 

Assentos de Oya ygbale no Candomblé.Dentro de uma terrina

de porcelana ou louça exclusivamente na cor branca ou branca

e prateada são dispostos vários apetrechos, são encontrados

uma média de nove (9) a onze (11) búzios, nove (9) ou onze

(11) pequenas bolas de ouro branco e prata, obis, moedas de

prata e ouro branco, confirmando sua ligação com o odu ossá

e owarin, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os

orixas, o otá, tudo isso conservado com mel de abelha, azeite

doce e manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de

porcelana, sobre um (2) prato que servirá de apoio e mais oito

devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e

pontos colaterais, ornados com dois (2) ogues, dois (2)

erukeres, onze (11) idés de prata ou de ouro branco, nove (9)

ichãs e uma grande cabaça, que será utilizada nos rituais

fúnebres denominado de axexe. Tudo colocado

cuidadosamente sobre uma talha de barro ou porcelana cheia

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de areia ou terra, simbolizando sua ligação com mensan orum

e os ancestrais (eguns).

 

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

 

.

Sua doação irá nos ajudar a manter nosso espaço Orossi em funcionamento e torná-la mais útil para você. http://www.toluaye.com/doacao.htm

Igba yemanja ou assentamento de yemanja como é chamado popularmente pelo povo de

santo, são construídos com materiais de porcelana, louça ou

cristal, geralmente na cor branca, mas podendo ser de cores

variadas dependendo da qualidade.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana, louça ou cristal são

dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de

nove (9) ou dezeseis (16): búzio, pérola de agua doce e

salgada, obis, fava de yemanja aridan moedas de prata,

confirmando sua ligação com o odu ossá, e o sagrado

apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso

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conservado com azeite doce, manteiga de karité chamado de

ori ou limo da costa e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de

porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais

oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos

cardeais e pontos colaterais, ornados com conchas e vários

cristais que termina em pirâmides de seis lados e conservados

em água dentro do vaso do mesmo material.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

 

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Igba nanã ou assentamento de nanã como é chamado popularmente pelo povo de santo na

cultura Nagô-Vodun, são construídos com dois recipientes

diferentes, barros e porcelana.

Confecção

Dentro de terrina de porcelana ou de barro, são dispostos

vários apetrechos, dependendo da qualidade deste misterioso

e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios,

pérola de agua doce e salgada, pulseiras de marfim, (sabendo-

se que nenhum objeto de metal pode compor este sagrado

Igba orixa, pois é considerado ewo), búzio, vários tipos de

sementes como aridan, orobô, obi e olho de boi, miniatura de

ibiri e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em

especial uma planta chamada gervão, onde é fixado uma pena

de ekodidé, juntamente com um montículo de efun e o sagrado

apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de

porcelana, sobre cinco (5) pratos que servirá de apoio e mais

oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos

cardeais e pontos colaterais, (confirmando sua ligação com o

odu ejilobon, ornados com cascos de Igbin utilizados nos

sacrifícios, conchas e objetos de marfim.

A parte superior é coberta com um cuscuzeiro de barro com

sete orifícios, onde são depositadas cuidadosamente as sete

colheres de pau, simbolizando o ibiri, ornado com grande

quantidade de búzio e marfim. Não necessáriamente das

presas do elefante, sabendo-se que toda a parte compacta e

branca que constitui a maior parte dos dentes dos mamíferos

são marfins.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

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orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

Igba oxaguian ou assentamento de oxaguiancomo é chamado popularmente pelo povo de

santo, são construídos com materiais de porcelana ou louça na

cor branca, bem parecido com o Igba oxalufan, diferenciando-

se por determinados apetrechos. Geralmente com um agadá

"espada", escudo, mão de pilão e pombos, todos contruidos de

prata, chumbo ou estanho preso na tampa que cobre uma

terrina onde são guardados os objetos mais valiosos deste

orixá.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça branca são

dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de

oito (8) ou dezeseis (16): búzios, pequenas bolas de chumbo,

obis, moedas de prata, confirmando sua ligação com os odus

ejionile, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os

orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité

chamado de ori ou limo da costa, azeite doce e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de

porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais

oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos

cardeais e pontos colaterais, ornados com cascos de Igbin

utilizados nos sacrifícios e objetos de marfim, colocada

cuidadosamente sobre um Pilão.

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Igba oxalufan, assentamento de oxalufan ou oxalá como é chamado popularmente pelo

povo de santo, são construídos com materiais de porcelana ou

louça na cor branca, geralmente com um opaxoro preso na

tampa que cobre uma terrina onde são guardados os objetos

mais valiosos.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça branca são

dispostos vários apetrechos, são encontrados uma média de

dez (10) ou dezeseis (16): búzios, pequenas bolas de chumbo,

obis, moedas de prata, confirmando sua ligação com os odus

ôfun e êjibé, e o sagrado apetrecho mais importante de todos

os orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité

chamado de ori ou limo da costa. A terrina é colocada no

centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2)

pratos que servirá de apoio e mais oito devidamente

equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos

colaterais, ornados com cascos de Igbin utilizados nos

sacrifícios e objetos de marfim.

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser

preparados e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas

ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de

orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são

imprescindíveis.

 

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Sua doação irá nos ajudar a manter nosso espaço Orossi em funcionamento e torná-la mais útil para você. http://www.toluaye.com/doacao.htm

 

Igba ori, ou ibá ori o é o nome do assentamento

sagrado da cabeça de um individuo na cultura nago vodun,

identificado no jogo do merindilogun pelos odu ossá.

Cada igba ori é uma representação material e imaterial de um

individuo, captando constantemente energias oriundo da

natureza para equilibrar a mente do seu adeptos e crentes. É

considerado o primeiro orixá da existência (a essência real do

ser). Deve ser assentado e louvado antes de qualquer outro

Orixá depois de exu no ritual de Bori, pois só ori permite a

compreensão e o transe.

O assentamentos de ori são sempre visto em recipientes de:

Porcelana (Variedade de cerâmica dura, branca e translúcida),

usado principalmente por iniciantes na feitura de santo. Vaso

de cristal (Vidro muito límpido e puro), usado por Babalorixás,

Iyalorixás e pessoas de cargo.

Dentro dos recipientes são colocados apetrechos e fetiches

inerente a cada Ori (Yoruba), geralmente uma pedra de cristal

de rocha com limpidez e transparência, e dezesseis búzios,

tudo conservado em água de chuva ou mineral. Na preparação

de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha,

folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Nota: Todos assentamentos (igba orixá), devem ser preparados

e sacralizados em rituais próprios por Babalorixas ou

Iyalorixas.

O BORI é o ritual que harmoniza o ORI, dando assim a

possibilidade de 

transformar um " ORI BURUKU" em "ORI RERE".

È através do Jogo de Búzios que o Babaloorisá recebe as

instruções para 

realizar este ato (BORI) ritualístico que possibilitará não só a

mudança da 

sorte como também a manutenção da mesma, para que não se

a perca.

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É o BORI que diminui a ansiedade, o medo, a dor e a tristeza

trazendo a 

esperança, alegria e a harmonia.

Desta forma, o BORI é uma das oferendas mais importantes

que visa o bem 

estar individual no Candomblé.

O Ritual de Bori é muito sério, complexo e profundo. Por isso,

o sacerdote 

deve ter grande conhecimento e respeito em relação à questão

do Ori e da 

evolução humana. Ori é o Orisá mais importante na vida de um

homem, uma vez 

que, sem ele, o homem simplesmente não existiria. Ori

significa, 

literalmente, cabeça e é, misticamente, o primeiro Orisá a ser

cultuado. É 

ele o portador do destino humano.

O Ritual de Bori independe de qualquer processo iniciático e

independe do 

culto aos outros Orisás.(variando assim de casa para

casa,mas,sem fuigir da 

finalidade em si) Seu objetivo é o de alimentar o Ori, seja qual

for o sexo, 

raça, profissão, idade, nível social da pessoa. Com este ritual

busca-se o 

equilíbrio através da ação do Ori, condutor do destino pessoal.

Muitas vezes 

se realiza um Ritual de Bori com o objetivo de afastar o mal do

caminho da 

pessoa, o que não significa que, retirada esta ameaça nenhum

outro mal possa 

ocorrer. Assim sendo, o Ritual de Bori não tem "prazo de

validade", não tem 

freqüência determinada (anual, semestral, mensal, etc.),

devendo ser 

repetido sempre que se mostre necessário.

O Odu manifestado através do" jogo" é que determina a

necessidade de 

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realização do Bori e indica quais materiais devem ser usados.

Há dois tipos 

de Bori:

Aquele que é considerado pré-requisito para uma iniciação, ou

seja, 

primeiramente se alimenta o Ori, divindade pessoal, para a

seguir alimentar 

outros Orixás.

2) Aquele realizado a fim de buscar a solução de um problema

que aflige a 

pessoa através do alimento oferecido ao seu Ori, sem que haja

necessidade de

iniciação.

O local mais apropriado para realização deste Ritual é a casa

do sacerdote. 

Este deve Ter bom senso quanto a necessidade de

recolhimento. Se o Bori for 

acompanhado de Eje, é recomendável o recolhimento como

meio de repouso e 

proteção, pois o Ori que está sendo venerado não deve receber

energia do sol 

nem do sereno. O recolhimento evita, ainda, que a "sombra

daquele que passou 

pelo Bori seja pisada."

O sacerdote deve saber que durante este Ritual a pessoa

somente poderá 

entrar em transe no momento que seu Orisá for louvado. Deve

conhecer a 

finalidade e o significado de cada material que usa. Omi e Obi,

por exemplo, 

são elementos indispensáveis no BORI. Omi, a água,

representa paz, 

abundância e fertilidade enquanto o Obi é usado para aplacar

a fúria das 

adversidades, alimentar e agradar as divindades.

O jogo DE Búzios determinará, através de Odu, que material

deve ser usado no 

Bori e este material poderá ser desde apenas um copo d’água

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e um Obi até uma 

oferenda bem grande.

ORI RERE = ORI de sorte = Cabeça de sorte, cabeça iluminada

ORI BURUKU = ORI sem sorte = Cabeça sem sorte, confusa,

insegura…

ORI INU = "Cabeça Interna"

É o ORI NU que gerencia a cabeça física do homem.

É o oriSá mais importante do ser humano, pois ele é ÚNICO,

cada pessoa tem o 

seu.

É Ele quem conhece e está ligado ao destino de cada

indivíduo, conhece e 

sabe das suas restrições, das suas fragilidades , das suas

potencialidades.

É no ORI que se encontra a ferramenta para a solução dos

nossos problemas… 

Quando estamos em harmonia com ele, superamos os

obstáculos mais facilmente 

e assim, certamente conectados à positividade interna e à

dinâmica perfeita 

da natureza, encontramos a vitória e o sucesso na consecução

dos nossos 

objetivos pessoais….

 

Como preparar banhos de ervas

Geralmente para banhos preferimos as ervas frescas, e este deve ser preparado dentro de um ritual, o qual consiste em:

 

1.       Nunca ferver as folhas junto com a água. 

2.       As folhas devem ser maceradas ou quinadas e colocadas em vasilhas de louça, ágata ou potes de barro.

 

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3.       Em alguns casos, quando não houver necessidade de água quente, as ervas devem ser quinadas diretamente sobre a água.

 

4.      É conveniente usar sempre água de boa qualidade, como pôr exemplo: água de mina, de poço ou água mineral.

COMO PREPARAR BANHOS DE ERVAS....

 

A tradição afro-brasileira utiliza os banhos de ervas com fins de limpeza, proteção,

harmonização ou celebração. No spa holístico Ponto de Luz, esses banhos fazem parte dos

programas de revitalização. Saiba como preparar os banhos e comece o próximo ano cheia

de energia. 

Como preparar

Para o banho, são utilizadas três tipos de ervas e três galhos ou folhas de cada. O fim da

tarde ou o anoitecer são os melhores momentos para o ritual. Já na preparação, enquanto

pica as ervas em um recipiente, mantenha a consciência de seus objetivos e intenções.

Coloque um pouco de água e deixe descansar por cerca de 2 horas.

Depois do banho de higiene, complete o recipiente com ervas com água morna, feche o

chuveiro e jogue a água com as ervas sobre o corpo do pescoço para baixo. Não as esfregue

pelo corpo e não se exponha ao sol após o banho. Não é necessário se enxaguar. Recolha as

ervas do seu corpo e do chão e as devolva para a terra. 

O sal grosso é muito utilizado nos banhos de limpeza por sua eficácia na mobilização

energética. No entanto, precisa ser usado em pouca quantidade e com cuidado. " Todos os

banhos são feitos do chacra laríngeo, a garganta, para baixo. Não jogamos os banhos de

ervas no chacra coronário, que fica na cabeça. Quando o banho leva sal grosso, é ainda mais

importante respeitar o coronário. O sal não deve ser jogado na cabeça em nenhuma

situação", explica Ma Deva Suvalia, gerente de terapias do Ponto de Luz. 

Escolha as ervas

Limpeza:

Alecrim, arruda, guiné, lavanda (alfazema), manjericão, casca de alho, cânfora, folhas de

fumo, eucalipto, louro, mil em ramas, mirra, sálvia. 

Sal grosso.

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Proteção:

Canela em pau, cravo, arruda, espada de São Jorge, alecrim, artemísia, cáscara sagrada,

erva-doce, losna, lavanda, louro, poejo, tanchagem, calêndula. 

Harmonização:

Folha de laranja com mel ou o suco da laranja com água morna. 

Celebração:

Flores disponíveis no local e na estação do ano.

OS 16 MANDAMENTOS DE IFÁ

 

Os 16 Mandamentos de Ifá

1-Òkànràn=Não

fazer nada de mal a seu irmão.

2-Oyèkù=Não odiar nem reclinar os 

irmãos.

3-Ògùndà=Não guardar vingança nem ferir seu irmão.

4-Ìròsùn=Não

fazer armadilhas nem caluniar os irmãos.

5-Òsé=Não invejar seu 

irmão.

6-Òbàrà=Não mentir ao seu irmão.

7-Òdí=Não corromper e nem 

fazer fofocas sobre seu irmão.

8-Èjìonilé=Usar bem a cabeça neste 

mundo,respeitar seus Awo.

9-Òsá=Não seja falso com seu irmão.

10-Òfún=Não

furtar,não jurar em falso nem amaldiçoar.

11-Òwòrin=Não matar,não 

arruinar e agradecer o bem que as pessoas façam por você.

12-Ìwóri=Evite

os escândalos e tragédias com seu irmão.

13-Ìká=Não transmitir 

doenças nem corrupção por maldade.

14-Òtúrúpòn=Respeitar todos os 

ancestrais.

15-Òtúrà=Respeitar seus mais velhos e todas a vida na 

terra.

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16-Ìrètè=Ouvindo todos esses conselhos será um pai perante 

Deus.

Observação:Esses são os dezesseis mandamentos,a primeira coisa 

que se ensina a um Yawo quando iniciado.Pena que nem todos iniciados 

sabem ou respeita esses mandamentos pois os erros ja vem dos mais velhos

por falta de instruções religiosa.

Cargo dentro do Abassá (Terreiro ou barracão)

O candomblé é uma seita de origem africana na qual se presta culto aos Orixás. Chegou ao

Brasil através dos negros africanos, que para cá vieram como escravos, mas trouxeram

consigo o AXÈ dos ORIXÀS e a forma de cultuá-los, o que foi o princípio do que até hoje é

praticado.

 A hierarquia no Egbé (barracão) é fundamentada no tempo de iniciação no culto, obrigações

realizadas (“tempo de santo”), qualidade do Orixá, sexo do filho-de-santo e, especialmente,

pela indicação do Babalorixá, que o fará segundo a determinação dos Orixás.

  A seguir relacionam-se alguns cargos no culto:

ATÔ-AXOGUN:   Sacrificador de animais de dois pés.

 AXOGUN: Sacrificador de todo tipo de animais.

 ABAXÉ: Pessoa que ajuda na cozinha, ou cuida das crianças enquanto as mães estão

ocupadas.

 IYÁ-BASSU: Pessoa responsável pela cozinha.

 EBÂMI ou EBÔMI: Após sete anos como Iaô, ofertadas as obrigações devidas, o iniciado é

levantado EBÔMI. A situação do Iaô que passa à ebômi é modificada, pois ao receber o DEKÀ

(cuia do axé), poderá iniciar outras pessoas, assumindo a direção de outro barracão. Caso

não assuma tais responsabilidades e continue na mesma casa, assumirá funções específicas

como Mãe-Pequena ou Pai-Pequeno, organizador de rituais, etc…

 IYÁ-KEKERÊ: Substituta da YALORIXÁ, também conhecida como Mãe-Pequena

 EKEDE: Cuida dos assentamentos e quartinhas do Babá, ajuda a Mãe-Criadeira, transmite

ensinamentos soa Abiãs e zela pelos Orixás durante os rituais.

 DAGÃ e OSSIDAGÃ: Despacham o padê e determinadas oferendas a Exu.

 IYÁ-TEBEXÉ: Dirige o canto, obedecendo às normas do ritual.

 MÃO-DE-OFÁ: Conhece e colhe as ervas do culto aos Orixás.

 IABÁ (IYÁBÁ): Cozinheira do culto aos Orixás.

 TIBONÃ: Fiscal das cerimônias.

 OGÃ: Significa padrinho.

 ALABÊ: Tocador de atabaques.

 OGÃNILÛ: Chefe dos alabês, os quais dirige sob ordem direta do Babalorixá.

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 TÁTA: Quando o Babalorixá atinge 21 anos de atividade no seu Egbé é proclamado TÁTA

(Grande Pai). Nesse caso, ele pode escolher um filho para substituí-lo, este passará à ser

Babalorixá, dando ao Táta oportunidade de elevar-se.

 VODUNCES: Poucos conseguem atingir esse grau, devido às exigências, especialmente de

tempo que é de 50 anos de culto ou Chefia.

 DENOMINAÇÕES DE ZELADORES:

 BABALAWÔ: Pai de Segredo

BABALORIXÁ: Pai de Orixá

 BABALAXÉ: Pai da Força

 BABALADÊ: Pai da Coroa

 BABAOXÉ: Pai do Axé

 BABAEWÉ: Pai da Folha

 BABAODÊ: Pai da Navalha

 BABAKEKERÊ: Pai Pequeno

 BABAEFUM: Pai da Pintura do Iaô.

RITUAL DO AMACI E ABÓ INEDITO 'NOVO'

 

Ritual do Amaci e AbôTodos os meses tem algo de especial nas obrigações de nosso Terreiro, importantes na prática de nossa religião, da nossa fé. Mas o AMACI/ABÔ, para mim é realmente muito importante por acreditar que tem tudo a ver com a Umbanda, desde o preparo, o uso das ervas, seus significados, a energia que emana por todos os lados, a tradição, o ritual, e por fim seus efeitos.É tradição do Templo Espiritual de Umbanda Caboclo Pena Verde, o banho de AMACI/ABÔ que realizamos uma vez ao ano, no mês de junho, consiste basicamente na infusão das ervas, para a firmeza da Casa e a limpeza do Espírito.

A sensação que fica quando somos banhados com o som dos atabaques chamando por nosso Pai ou mãe de Cabeça, é de fortalecimento, é uma vibração mais intensa provocando uma sensação de proteção, segurança e conforto físico e mental.

São 28 ervas que banham a cabeça, este preparo, além das ervas e feito também com água do mar, cachoeira e de chuva, mel e pétalas de rosas brancas, ele é complementado com as 21 ervas que banham os pés, o ABÔ, ao qual acrescentamos para maior firmeza, um pouco de aguardente e champanhe, por se tratar de uma limpeza das bases.

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Ao preparar a infusão, vou depositando na água já fervida cada erva, dizendo seu significado e pedindo aos Orixás, que use de seus princípios energéticos para trabalharem na limpeza, fortalecimento, revitalização do corpo e da mente, e na evolução espiritual de cada Filho ao lavar as extremidades, cabeças e seus pés.

Todos os Filhos que recebem e assimilam a energia e a vibração de cada componente do AMACI e do ABÔ, que são partes da Mãe Natureza, penetrando em seu corpo e na sua alma, terá afastado as negatividades, abrindo seus caminhos, e alcançando um maior equilíbrio interno, tornando-se um canal mais limpo para a espiritualidade.

Este ano me foi pedido para divulgar o nome e o significado das ervas, por isso reservei o meu espaço para escrever um pouco mais sobre este ritual tão importante e significativo e transformador a serviço do desenvolvimento espiritual tanto individual como coletivo além do crescimento e fortalecimento de energia de nosso Templo. São eles:

AMACI:Banho da CabeçaErva de Santa Maria - Atrai sentimentos de amor, amizade e limpa e torna mais harmonioso o ambiente;Arruda – Cria defesas contra a inveja, quebra e cria barreiras contra demandas;Guiné – Limpeza, descarrego das energias e influências ruins, serve na defesa (problemas mais difíceis), encaminha e abre espaços para bons negócios;Alecrim - Estimulante espiritual, realça a auto estima e um astral positivo, propicia limpeza da energia envolvente;Manjericão – Abranda o stress, calmante natural do corpo e da mente;Louro - Aumentar a concentração a capacidade de raciocínio e de trabalho;Hortelã – Faz fluir e desenrolar problemas leves, corriqueiros;Espada de São Jorge – Limpeza e descarrego do canal de ligação com as Entidades (Masculinas);Espada de Iansã – Limpeza e descarrego do canal de ligação com as Entidades (Femininas);Levante – Encaminhar e abrir caminhos para grandes negócios com visão e maturidade;

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Tapete de Oxalá – Limpa e abre caminhos, afasta negatividades e más influências externas e internas, vindas do íntimo, como ansiedades, amarguras, angústias, descrença, impaciência e intolerância;Espinheira Santa – Combate o stress, acalma e harmoniza o intimo, equilibra, abranda, sentimentos de ciúmes, possessividade, avareza, inveja, rancores;Folha da casca de Jurema – Limpeza e descarrego mais forte, mais pesado, para cargas e influências maiores de longo tempo, vindas de sentimentos de maldade;Abritua – Estimula e aumenta a capacidade de concentração e atenção, desperta o comando do mente e do corpo, desperta a "Mãe" do corpo;Cascara Sagrada (raiz) - Firmeza no caminho (Chão), segurança, confiança, iniciativa, tomada de decisões importantes, objetividade;Alfazema – Combate do stress, limpa e calmante, traz serenidade equilíbrio de pensamentos, das reações e das atitudes;Casca de Romã - Aumenta e reforça a defesa espiritual, traz equilíbrio, faz reassumir o controle do espírito sobre a mente e o emocional, ajustando os desequilíbrios;Aniz Estrelado – Combate a insônia, relaxante, apaziguador e relaxante do Espírito;Folha de Goiaba – Desenrola e encaminha solução para os problemas mais difíceis;Folha de Pitanga - Desembaraça caminhos conturbados, definidor de caminhos atrapalhados, enrolados, limpeza do raciocínio e da visão;Folha de Manga – Trata de problemas acumulados e difíceis, vários e diferentes problemas que ocorrem ao mesmo tempo, encaminha cada um deles;Asa-peixe – Propicia a limpeza das impurezas do espírito e de influências espirituais;Cavalinha – Estimula para uma sexualidade sadia e plena;Cidreira – Combatente do estresse, a ansiedade, acalma os ânimos, descanso e alivio de corpo e mente;Mel e cravo – Realça a sexualidade (atrativo);Samambaia – Fortalece as defesas contra males e influências negativas;Sene – Melhora a auto estima, aguça a vaidade moderada.Sálvia – Estimula a capacidade mental e raciocínio;ABÔ:

Banho dos pés.

O ritual do AMACI contempla também o banho dos pés, chamado de

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ABÔ, feito da mesma forma tendo como base principal as ervas abaixo descriminadas, porém de composição diferente do AMACI, destinado à firmeza da outra extremidade do corpo, fixando as vibrações e energias positivas da terra, com a finalidade de descarregá-lo e protegê-lo de ações impuras e negativas.Valeriana – Refaz as defesas, combate o stress, calmante, relaxador;7 Sangrias – Fortalece as defesas contra o mal olhado, inveja;Urucum – Limpa e descarrega os canais de defesa, cria um escudo protetor;Pimenta de macaco – Realça e estimula a sexualidade, desperta o atrativo;Pata de vaca – Fortalece e equilibra o espírito;Dandá – Combatente do desânimo, cansaço, renova as forças e o poder de reação;Quina-quina – Equilibra as defesas, limpa e descarrega as energias ruins;Urtiga – Propicia o equilíbrio das funções orgânicas e emocionais;Barba de Velho – Lava as impurezas, favorece a limpeza íntima, da equilíbrio ao emocional, fortalece os bons sentimentos e o pensamento;Alfavaca – Reforça as defesas e o combate contra a inveja, ciúmes, pensamentos contrários; 11- Cabeça-de- negro – Cria defesas no combate a doenças de fundo mental (mente fraca e vulnerável que se sugestiona por qualquer coisa), medos exagerados, síndromes de pânico e outras, descarrega mente e o pensamento dos efeitos destas influências;Quebra-demanda – Combate e quebra quebrar demandas, feitiços, sentimentos de maldade, pensamentos negativos que buscam atingir e prejudicar;Picão preto – Combate a indisposição física e emocional, o desânimo, realça e estimula a reação positiva e equilibrada do físico e da mente;Picão branco – Combate e quebra a demanda e feitiço, devolvendo os mesmos para sua origem, para quem os mandou;Pau-tenente - Controlador do equilíbrio físico, fortalece as defesas contra doenças físicas, orgânicas;Parapiroba – Quebra, limpa os efeitos e bloqueia contra novas demandas;Nó de cachorro - Estimula e aguça com naturalidade e controle a sexualidade, permitindo uma vida saudável e equilibrada;Catuaba – Favorece a concentração, estimula revitaliza as funções orgânicas, capacidade mental e física;Chapéu de Napoleão - Energético, renovador de forças, do animo, da reação, da iniciativa e competência no estimulo a buscar e conquistar objetivos de vida;

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Unha de gato – Revigorador das fragilidades impostas por grandes e pesadas demandas, reforço mental e físico, reabilitando na reação e combate por suas próprias forças;Comigo ninguém pode – Transformador da reação de combate, força, destemor, decisão positiva, visão clara e corajosa dos problemas que deve combater, persistência e perseverança;

ANATOMIA DO OBI

ANATOMIA DO OBI

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Conforme mencionamos,  a cor do Obi Abata fresco pode variar de branco a vermelho

escuro. O Obi de 4 gomos, chamado também de Obi Mãe, é usado porque dois de seus

gomos são identificados como masculinos e os outros dois como femininos.

O número 4 representa estabilidade e a distribuição igual de masculino e feminino  mostra o

perfeito equilíbrio encontrado no Obi Abata.

O culto de Ifa dá grande importância ao equilíbrio e a unificação das energias feminina e

masculina no ser.

A diferença dos gomos masculinos e femininos pode ser vista assim que o obi fresco é

aberto. Veja abaixo os métodos adequados de abrir o Obi.

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Os gomos masculinos, conhecidos como AKO OBI, ou simplesmente AKO, podem ser

reconhecidos pela linha que atravessa o meio do gomo; ela termina num ponto único na base

do gomo.

Os gomos femininos, também conhecidos como ABO OBI, ou simplesmente ABO, podem ser

reconhecidos pela linha que atravessa o centro do gomo, mas que termina num Y em vez de

num ponto só, como os gomos masculinos.

Além da natureza masculina ou feminina do gomo, cada um tem uma “cabeça” (lado maior)

que pode apontar para cima ou para baixo, esquerda ou direita durante a adivinhação. Isto é

usado em nível mais avançado da adivinhação com Obi, e não discutiremos aqui

FAÇA VOCÊ MESMO SEU BANHO DE AMACI

 

Aprenderemos   como preparar um banho, podendo ser de: Ervas   – Descarrego  Purificação   –   Energização. paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814Preparação dos banhos ou Modo de preparar.

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 Os banhos de ervas devem ser preparados por pessoas especializadas dentro dos terreiros ou por você mesmo(a), com a orientação de seu   Zelador de Santo  (Pai de Santo, Ebomi).Nos candomblés quem colhe as ervas é o Mão-de-Ofã, ou Olossain, que antes de entrar na mata saúda Ossãe ou Ossain(orixá das ervas e folhas) e oferece-lhe um cachimbo de barro, mel, aguardente e moedas. Esse sacerdote que se dedica às folhas, nos cultos de Nação, é oBabalossaim, e ele usa seus dotes a cura, para a preparação de amacis e feitura de Santo no candomblé.Na Umbanda, os Pais e Mães de Santo (Padrinho ou madrinha) tem o conhecimento do uso das ervas e no preparo delas.Vejamos a seguir:paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

. Ponha água (de preferência mineral) dentro da bacia juntamente com a erva, e macere-a até extrair o sumo. Deixe descansar a mistura, dependendo da "dureza", por algumas horas (flores, brotos e folhas), até por dias (caules, cipós e raízes). Durante este processo, é importante que o filho de fé, ou cante algum ponto correspondente, ou ao menos esteja concentrado e

vibrando positivamente. Acenda uma vela branca e ofereça ao seu anjo de guarda

; tome seu banho de asseio normal; depois o de descarrego, se indicado;e, depois tome o banho com o amaci, lavando bem a cabeça, a nuca, o frontal e os demais chacras, (o banho deverá permanecer no corpo), vista uma roupa branca. Procure se recolher por uns trinta (30) minutos, mentalizando seu orixá. Retire o excesso das folhas da bacia

paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Em todos os , onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com alguns detalhes : banhos

Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos sempre Ossaim que é responsável pelas folhas; 

Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que

descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o solo; 

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Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em usar as próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder energético das ervas; 

 Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, sementes e raízes para os banhos, embora dificilmente usemos as raízes de uma planta, pois estaríamos matando-a; 

 Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes, pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes; 

Lavar as ervas em água limpa e corrente;  Os banhos ritualísticos devem ser feitos com ervas

frescas, isto é, não se demorar muito para usá-las, pois o Prana contido nelas, vai se dispersando e perde-se o efeito do banho; 

 A quantidade de ervas, que irão compor o banho, são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas diferentes e afins com o tipo de banho. 

Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito. 

Banhos feitos com água quente devem ser feitos por meio da abafação e não fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa,mantenha esta

imersão por uns 10 minutos antes de usar. 

Os banhos não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas, normalmente os descarregos com ervas, quando uma entidade prescrever (normalmente um Exú). 

Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática) que podem anular parte ou todo o banho. 

Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Retiramos os restos das ervas que ficaram sobre o nosso corpo, juntamos com o que ficou no chão. E despachamos em algum local de vibração da

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natureza como, por exemplo, num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente.

APRENDA PASSO A PASSO TIRAR EBÓ

 

RELAÇÃO DOS EBÓSpaitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814A forma de despachar os ebós, anunciando os nomes dos mensageiros dos recados, fala-se:OÉ-TURA-WAGBATÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSAOGUN - DAGBE -DE WÀ GBA TÈTÈ - CHEGUE PARA RECEBERWORUN -OFUN -WÀ GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA OWORUNSERE - O GBA - TÈTÈ - RECEBA DEPRESSA OTURÁ –AYKÓ WA GBA TÉTÉ - VENHA RECEBER DEPRESSAOTURUPON - OKARAN - WA GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSAOKARAN - OIERU - WA GBA TÈTÈ - VENHA RECEBER DEPRESSA" OMO ODUS DE EJIONILÊ " "OSOGUIApaitandy contato celular operadora vivo (11) 9981738141. OLAFIN2. ODOLUÁ3. KUDIRÉ4. SAGRIN5. EBUIM6. AKANJI7. YALANTE8. EKIO9. SILIN10. KOKONISSEpaitandy contato celular operadora vivo (11) 99817381411. IRO12. SAKONAN13. SOÍA DA14. MOROSSE15. GEA16. DEJANISSÉObservações Importantes:

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OSOGUIA foi o único Orixá que driblou a morte por isso ele é sempre chamado em caso de muita aflição.Os odús vieram primeiro que os Orixás, o n.° 06 se ele não quer presente faz a pessoa perder tudo. Todos comem com ele e ele come com todos, ao afastar ou tirar qualquer outro odú. também deve imediatamente lhe agradar para que o que esteja respondendo de forma negativa faça parir o bom.paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Ebó para o AmorMaterial: 07 Maçãs vermelhas 07 Botões de Rosas vermelhas 07 Velas Vermelha e Branca 04 galhos de pitangueira Mel 07 Papéis com os nomes escritos 

Coloque os nomes em cada maçã. Forme um círculo de maçãs numa bandeja. Ponha as velas e os galhos de pitangueira por fora do círculo de maçãs. Despeje mel por cima Despache no mato acendendo as velas e fazendo seus pedidos e oferecendo á Yansã.Ebó de Oxum para ProsperidadeNuma tigela de vidro coloque os ingredientes, obedecendo a ordem a seguir:08 Moedas; 01 Punhado de Farinha de Milho; Mel; Água até a proximidade da borda da tigela; Perfume; Pétalas de Flores Amarelas. 

Deixe em sua casa ou no local de trabalho durante 07 dias. Despache num verde, reaproveite as moedas e a tigela de vidro. Peça á Oxum properidade e fartura.

Para Afastar Pessoas IndesejáveisTorre numa panela velha os seguintes ingredientes: 07 Grãos de Milho; 07 Grãos de Feijão; 07 Grãos de Amendoim: 03 Pimentas; 

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Os nomes das pessoas indesejáveis escritos num papel. Chame pelas pessoas enquanto mexe na panela. Depois de torrado, triture até se transformar em pó. Assopre numa encruzilhada mandando as pessoas para longe de sua vida.Para Conseguir seus ObjetivosPegue uma tigela de vidro e coloque no fundo um papel com seus objetivos escritos. Coloque mel por cima. Encha a tigela com água e 08 flores brancas. Guarde por 08 dias. Despache no verde. Faça todos os seus pedido á Oxalá.Para Estreitar Laços de Amizade e Melhorar o Relacionamento FamiliarMaterial Camjica Amarela cozida; 04 Quindins; 08 Balas de Mel; Os nomes escreitos num papel. Arrume tudo numa bandeja e despache na praia fazendo seus pedidos á Oxum.Banho para Yemanjá Ajudar a Conquistar as Coisas que DesejaMaterial Água morna FOlhas de Pata de Vaca; Folhas de Tapete de Oxalá (boldo); Mel Flores Brancas 

Lave as folhas uma a uma, coloque-as numa bacia com água e de frente para a bacia macere as folhas esfregando uma na outra, pensando positivamente em seu objetivos. Acrescente 08 gotas de perfume. Tome o bnaho do pescoço para baixo.Neutralizar Pessoas FofoqueirasEscreva o nome da fofoqueira num papel, enrole-o e coloque dentro de uma pimenta dedo-de-moça. Numa quarta-feira, deixe a pimenta fora de casa (no sereno, mas onde ninguém veja). Na sexta-feira, torre a pimenta, e transforme-a em pó. Jogue um pouco de pó nas costas da fofoqueira.Separar a Rival de Seu Amado01 Maçã vermelha; 01 Lâmina de barbear; 01 Pedaço de papel; 

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01 Vidro de boca larga e com tampa; Azeite de dendê. 

Faça na Lua Minguante. Crave a lâmina no lato da maçã. Em um dos lados do papel escreva o nome da rival e no outro do seu amado. Coloque o papel com os nomes na lâmina. Ponha a maçã dentro do vidro e encha-o com dendê. Feche o vidro, despache no verde ou quebre-o num cruzeiro. Saia sem olhar para trás.

  EBÓ ENCANTAMENTO ( AMARRAÇÃO)paitandy contato celular operadora vivo (11) 9981738141 ObiMel1 vaso de planta sem espinhoFita branca e amarela3 vezes o nome um por cima do outroAçúcarAbrir o obi em duas partes, por os nomes, mel, açúcar, amarrar com as fitas por dentro do vaso e plantar, todo dia em jejum regar a planta e ir chamando o nome de fulano(a), quando conseguir a pessoa levar num rio ou na praia, entregar a Ogum. PARA OGUM TRAZER UMA PESSOA DE VOLTApaitandy contato celular operadora vivo (11) 9981738141 oberóFarofa de melCanjica por cima do padê1 acará aberto no meio (em cada banda colocar 3 vezes o nome da pessoa)1 miolo de boi (colocar por cima do acará)regar com azeite doce e a çúcar3 velas1 garrafa de vinho doceOferecer a Ogun para que traga Fulano(a) de voltaEBO UNIÃO1 panela de barro2 quilos de canjicaDendêMe!paitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814Azeite doce1/2 It de leite de coco

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Camarão seco9 velasMoedas correntesPedidos a Yemonj á , Ogum, união , amor, saúde e paz.EB Ó AMARRAÇÃO1 obiMel1 vaso de planta sem espinhoFita branca e amarela3 vezes o nome um por cima do outroAçúcarAbrir o obi em duas partes, por os nomes, mel, a çú car, amarrar com as fitas por dentro do vaso e plantar, todo dia em jejum regar a planta e ir chamando o norne de fulano(a), quando conseguir a pessoa levar num rio ou na praia, entregar a Ogum. ABERTURA DE CAMINHO ( CHAMAR CLIENTE )7 velas7 folhas de mamona padé de dendê e de melakaçáFeijão fradinho torrado Milho Torrado DeburuDar um frango ao exú da casa, só o ejé , por um pouco de pàdé de dendê , feijã o fradinho, milho vermelho, deburú , akaçá em cada folha e por uma parle do frango em cada folha; cabeça, 1 pé , outra um rabo, a asa, outra 1 pedaço do pescoço, a cabeça na rua da casa virada para a rua principal e o resto ir distribuindo em cada encruzilhada, na volta vir jogando pàdé de mel na rua até a porta de cassa chamando cliente, dinheiro e etc. Por no Ogum 1 prato de feijão fradinho 1 prato de milho vermelhoEBÓ CLIENTEpaitandy contato celular operadora vivo (11) 9981738147 folhas de mamona com; p à d é de mel, dend ê ,7 akaçás vermelho7 akaçás branco7 moedas1 obi roxo partido em 7, colocar em 7 encruzilhadas pedindo abertura de caminho. Ebó Para Fins Amorosos Tendo um coração de boi, parta-o em quatro pedaços. Regue-o generosamente com mel de abelha, tendo o nome da pessoa visada dentro. Coloque o coração assim preparado dentro de um alguidar e ofereça a Ogum, em um Terça-feira. 

Ebó Para Atrair Clientes 

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Fumo de rolo e açúcar. Defume o local dentro para fora e de fora para dentro. Repita este processo e não tarda seus efeitos surpreendentes. 

Ebó Para Solucionar Problemas Torre feijão fradinho no azeite de dendê. Coloque-o na folha de mamona. 

Ebó Para Se Livrar De Pessoa Indesejável Cave um buraco, coloque o nome da pessoa ali dentro, e jogue sete punhados de terra por cima. 

Ebó Para Problemas Renais e Hérnia Coloque em uma quartinha, perfume, mel de abelha, e ao lado acenda uma vela branca. Toda Quinta-feira renove. 

Amalá de Oxalá Cabras, galinhas e pombos brancos. Canjica e acaçá de arroz com mel. Há também o "boi de Oxalá", espécie de caracol comestível. Suas bebidas: água, leite, mel e sumos de ervas. 

Amalá de Ogum Galos vermelhos, inhame assado acompanhado de feijão fradinho ou acarajé, ou ainda feijoada acompanhada de cerveja branca. 

Amalá de Oxóssi Porcos, galos e outros animais, de caça preferencialmente. Espigas de milho cozidas com mel, feijão preto, inhame, feijão fradinho torrado e milho cozido com coco raspado. Bebida: mel, aluá, garapa, vinho doce, licores de frutas, além de outras bebidas fermentadas. 

Amalá de Xangô Galos vermelhos e carneiros. Caruru de quiabo, acarajé comprido e feijão preto acompanhado de farofa e arroz. Aluá e cerveja preta. 

Amalá de Omulu Bode, galo e porco. Aberém, o doburu e latipá. Bebida: sumo extraído de suas próprias ervas, vinho tinto, azeite de dendê e mel 

Amalá de Ibêji Frango(a) de leite. Caruru de quiabos, doces diversos, pirulitos, bolos, tortas doces, tudo isso enfeitado com fitas de cetim de cores bem vivas e diversificadas. Bebidas: refrigerantes, sucos, aluá, garapa e similares. Juntamente a tudo isso é bom que se coloque adequadamente, artigos de festas infantis, como: apito, chapéu de

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aniversário, brinquedinhos e outros. 

Amalá de Yemanjápaitandy contato celular operadora vivo (11) 998173814

Patas, galinhas e cabras brancas. Milho branco com mel, angu, manjares brancos, arroz e comidas brancas de um modo geral. Bebida: Sumo extraído de suas próprias ervas, champanha clara e a também a água mineral puríssima.