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Presidente da LBP não desarma LBP questiona Secretário de Estado Presidente da LBP em Carregal do Sal Candidaturas de viaturas acidentadas com perda total têm que ser prioritárias “Bombeiros devem ser ouvidos à dimensão da sua representatividade” MAI não pode confundir faltas com dispensas excecionais! MAI não pode confundir faltas com dispensas excecionais! Página 5 Página 32 Página 13 Setembro de 2016 Edição: 360 Ano: XXXII 1,25€ Director: Rui Rama da Silva Caldas da Rainha Pág. 13 Merceana Pág. 19 Águas de Moura Pág. 21 Trafaria Pág. 24 Paços de Ferreira Pág. 26 Fotos: Marques Valentim

Transcript of Candidaturas de viaturas acidentadas com perda total têm ... · cial de alguns bombeiros, para...

Presidente da LBP não desarma

LBP questiona Secretário de Estado

Presidente da LBP em Carregal do Sal

Candidaturas de viaturasacidentadas com perda totaltêm que ser prioritárias

“Bombeiros devem ser ouvidosà dimensão da sua representatividade”

MAI não pode confundir faltas com dispensas excecionais!MAI não pode confundir faltas com dispensas excecionais!Página 5

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S e t e m b r o   d e   2 0 1 6   Edição:  360  Ano:  XXXII  1,25€  Director:  Rui  Rama  da  Silva

Caldas da Rainha Pág. 13

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2 SETEMBRO 2016

Os broncos passam à históriaHá uma imagem que, de algum

modo, tem perseguido ao longo do tempo a personificação do

bombeiro português do passado, por-ventura com algumas analogias com a emblemática figura do Zé Povinho.

Ao longo dos anos, todos o sabemos, o bombeiro português tem sido sempre visto como figura encarada com admi-ração e carinho generalizado pela co-munidade.

No passado remoto, essencialmente, também era sempre tido como um bom rapaz, marcado pela simplicidade, de-terminado e generoso sem limite, bon-zão em todas as circunstâncias que os companheiros, amigos e as próprias ví-timas que socorriam assim necessita-vam, desenrascado, até porque a falta de equipamento a isso também o obri-gava, rude e corajoso na abordagem da adversidade, marcado por alguma in-cultura e até iliteracia.

A realidade há muito que descolou desse retrato. E, se no passado, pode-riam existir algumas conformidades entre uma e outra, hoje esse retrato é tido apenas como caricatural, falso e até preconceituoso.

No passado, a origem cultural e so-cial de alguns bombeiros, para quem os observasse superficialmente, poderia influenciar em parte a feitura desse re-trato. Mas, no passado, como agora, essa possível origem ou outra, nunca foi determinante nem teve qualquer in-fluência na qualidade da prestação do socorro prestado por todos eles.

Estamos perante um verdadeiro caso de estudo. Se há domínio da sociedade portuguesa onde a missão envolve to-

dos sem descriminações, aparte as ori-gens, conhecimentos ou outras tantas peculiaridades, é precisamente no mundo dos bombeiros.

A história das nossas associações e corpos de bombeiros comprova uma verdadeira dinâmica interclassista, in-tercultural que, ao invés de separar, tem servido ao longo de muitos anos como meio agregador e aglutinador exemplar.

Esse facto agregador, por certo, terá estado também na origem da dinâmica criada e mantida, com naturalidade, nas próprias associações para valorizar sem descriminação as valias e as com-petências de cada um. A demonstração disso passa pelo exemplo dado em muitas associações por aqueles bom-beiros que chamam a si, uns, a manu-tenção das instalações nas mais diver-sas especialidades, a recuperação e manutenção, reparação ou restauro de viaturas, outros, o apoio técnico à ges-tão institucional, a adopção de novas tecnologias de comunicação, informáti-ca e outras, ou o apoio nas áreas da psicologia, da fisioterapia, da enferma-gem ou da medicina.

São muitos os conhecimentos, as preparações, as especialidades e as competências técnicas que, a partir de tanta e valiosa diversidade, tornam a comunidade dos bombeiros homogé-nea, eficiente e eficaz em torno dos mesmos desígnios, sentimentos e mis-sões para com o próximo.

Hoje, por exemplo, nos quadros ati-vos dos corpos de bombeiros já exis-tem 22 doutorados, 202 mestres, mais de 2 mil licenciados, mais de 9700 com

habilitações até ao 12.º ano, inclusive, quase 14 mil até ao 9.º ano, inclusive, e cerca de 3 mil com habilitações de grau inferior.

No caso dos elementos de comando, há já um doutorado, 30 mestres, 233 licenciados, 598 até ao 12.º ano, 277 até ao 9.º e apenas 38 com o 4.º ano.

Esta realidade muda positivamente a cada dia em crescendo. Desde logo, desfaz e desmente qualquer outro re-trato que não tenha a ver e a basear-se numa realidade objectiva qualificada, e aqui também quantificada, como esta.

Na prática do dia-a-dia, estamos cer-tos, na prestação do socorro, muitas destas competências têm vindo a valo-rizar e qualificar ainda mais a ação dos bombeiros.

Mas, ao contrário do que se possa pensar, e do que até acontecerá nou-tros grupos sociais, nos bombeiros essa diversidade, ao invés, longe de separar estará mais uma vez e, por certo ainda mais, a contribuir para ali-mentar e sublimar o espírito de equipa entre todos e o bom resultado do seu trabalho.

A imagem criada no passado sobre o bombeiro, que deturpou a realidade, está definitivamente alterada. Irá manter-se, por certo, a diversidade so-cial e cultural, mas isso, como no pas-sado, em nada obsta à coesão entre todos. Na verdade, estou certo, irá continuar a fortalecer e a enriquecer essa coesão e o resultado dela.

Os ditos broncos, generosos, rústicos do passado, de facto, já passaram à história. Se é que alguma vez existiram.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

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“A cada verão, o país indigna-se com os fogos. As chamas en-

tram-nos em casa através dos noti-ciários. As pessoas solidarizam-se com os Bombeiros. Os responsáveis fazem discursos bonitos prometendo que tudo vai mudar. Mas às primei-ras chuvas do outono, as chamas desaparecem das notícias, o país es-quece e nada muda. Até que, no ano seguinte, o ciclo repete-se. E repete--se, e repete-se. Ano após ano. Fogo atrás de fogo”, quem o afirma é Car-los Carreiras, o presidente da Câma-ra Municipal de Cascais, uma autar-quia conhecida e reconhecida pela profícua parceria que mantém, há já muitos anos, com os corpos de bom-beiros do concelho, que o autarca garante muito contribuir para a atra-tividade do concelho.

Num tom crítico Carlos Carreiras disse que “os fogos não se comba-tem no verão, combatem-se o ano todo, especialmente no inverno”, alertando, no entanto que “isso cus-ta dinheiro que não se vê e não ren-de votos”.

“Chega de inação. Chega de coni-

vência com os fogos criminosos”, en-fatizou o autarca exigindo que a Lei se cumpra, a prevenção se efetive e que o Estado, de uma vez, “trate do que é seu”.

Carlos Carreira que falava na ses-são solene comemorativa do 90.º aniversário dos Bombeiros da Pare-de, fez questão de deixar palavras de apreço e reconhecimento ao tra-balho dos bombeiros no concelho, mas, também, em muitos outros do

País, considerando ser obrigação da autarquia investir nos meios, no equipamento e na formação destes operacionais.

“Quando muitos, em virtude da crise, cortavam apoios essenciais, nós mantivemos ou reforçamos as verbas. Só não farei pelos nossos Bombeiros o que estiver para além das minhas possibilidades e do meu entendimento”, assinalou para de-pois exigir que a tutela cumpra as

suas obrigações com os milhares de homens e mulheres que constituem o “braço armado” da estrutura de proteção civil do nosso País, na sua maioria voluntários por opção, mas todos profissionais na ação.

“Perante uma catástrofe, uma emergência, uma urgência, estes Bombeiros fazem, não esperam. Atuam, não se demitem. Metem mãos à obra, não baixam os braços”, registou para depois, perante os re-presentantes do setor presentes na sessão, denunciar injustiças, incon-gruências e alguma discricionarieda-de dando como exemplo a decisão da Autoridade Nacional de Proteção Civil de blindar os cofres do Progra-ma Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO-SEUR) aos Voluntários de Cascais, inviabilizando a substituição de um velho veículo florestal de combate a incêndios “com mais de trinta anos”, ainda que a esta seja uma necessi-dade evidente num concelho que in-tegra a Rede Natura 2000, sendo que um terço do território é ocupado pelo Parque Natural Sintra-Cascais.

Carlos Carreiras disse ainda que não desarma e exige que a candidatura seja reapreciada.

“Apelo a que juntemos forças para que a ANPC saiba que não desisti-mos e que continuaremos a lutar por um equipamento essencial para a nossa segurança”, que como lem-brou o presidente não estará “ape-nas ao serviço de Cascais, mas de toda a região e do País”, relembran-do que os bombeiros cascalenses es-tão sempre em prontidão para servir dentro e fora dos limites do municí-pio, relembrando que, uma vez mais este ano, estes operacionais estive-ram na primeira linha no combate aos incêndios florestais que durante todo o verão fustigaram Portugal.

O “estado de espírito” deste au-tarca reflete o de muitos outros de norte a sul do País que é aliás idênti-co aos dos dirigentes e bombeiros, mas como diria Carlos Carreiras logo que comecem a cair as primeiras chuvas a polémica extingue-se, com a certeza de reacendimentos sazo-nais.

Sofia Ribeiro

JORNAL@LBP

Custos, votos e inação

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3SETEMBRO 2016

Lembro aqui o resultado da sondagem lançada pela RTP durante o último

“Prós e Contras” alusivo à “Prevenção dos Incêndios” e cujos resultados, divulgados no final do programa, não po-dem deixar de suscitar uma análise atenta e detalhada para além dos números.

Perguntava-se se o país re-conhece o esforço dos bom-beiros no combate aos incên-dios. No final do programa, concluiu-se que 65 por cento dos participantes na sonda-gem responderam positiva-mente e os restantes 35 emi-tiram opinião contrária.

Nos últimos momentos do programa, perante tais núme-ros chamei a atenção para o sentido da resposta desses 35 por cento, interpretando-a como um grito de revolta, uma chamada de atenção muito sé-ria para quem de direito sobre o que de facto os bombeiros têm feito e de que modo, as autoridades, a própria socie-dade, tem sabido ressarci-los do esforço, do risco e da cora-gem de, apesar de tudo, conti-nuarem determinados.

Em abono da verdade, ad-mito que ao questionar-se os portugueses sobre se “o país reconhece o esforço dos bom-beiros no combate aos incên-dios” se esteja a elaborar a mal a pergunta.

É consensual que os portu-gueses nutrem pelos seus bombeiros simpatia e admira-ção e que defendem e reco-nhecem o esforço destes, não só no combate aos incêndios mas em todas as situações a que são chamados a prestar socorro ao longo do anos, nos

365 dias do ano nas 24 horas ininterruptas de cada dia, nos 60 minutos de cada hora. Em termos globais, e outras son-dagens também o têm confir-mado, a atividade do bombei-ro é, sem dúvida, a mais esti-mada e admirada.

Diferente é que, não obs-tante se reconheça o esforço e a determinação dos bombei-ros, também se aponte e re-conheça que, perante tanto esforço e tanta determinação, na prática, não se saiba res-sarci-los de tudo isso.

Nos 35 por cento que apon-tam que o país não reconhece o esforço dos bombeiros, a meu ver, estará uma leitura

mais fina da realidade que, além da simpatia natural para com os bombeiros, acima de tudo pretender chamara a atenção para o facto dos po-deres instituídos e a sociedade em geral não tratarem os bombeiros e as suas institui-ções e estruturas à dimensão do seu real merecimento.

Trata-se no fundo, sem de-longas, de garantir as condi-ções, muito práticas e muito objetivas, para que os bom-beiros possam desenvolver a sua missão de prevenir e so-correr sem os sufocos nem os constrangimentos conhecidos, logo, com meios, estabilidade e horizontes que os permitam

preocupar-se apenas com a própria missão e não com to-das as contingências, limita-ções e até percalços que infe-lizmente continuam a pontifi-car à sua volta.

Ser bombeiro exige, cada vez mais, disponibilidade. Exi-ge, cada vez mais, conheci-mentos, formação contínua, competências, num leque alargado de utilização de no-vos meios, ferramentas e equipamentos cada vez mais dirigidos, especializados e es-pecíficos.

A missão dos bombeiros apresenta-se como um desa-fio, cada vez mais complexo, por força da evolução, das

exigências da vida moderna e da complexidade imposta por novos materiais e sua aplica-ção, nas construções, nos veí-culos e nos mais diversos ob-jetos do quotidiano.

Os novos contornos para a sua missão, sublinho, exigem cada vez mais deles. Esforço a que, não só não se furtam, como até procuram em busca de maior eficiência e eficácia nesse desempenho. Trata-se de defender pessoas e bens e os bombeiros assumem esse desafio de forma inequívoca.

Por seu turno, independen-temente da admiração e sim-patia que a sociedade nutra por eles, os bombeiros espe-

ram, contudo, mais do que isso. Esperam condições e meios que, para além dessa admiração e reconhecimento, em termos muito práticos, lhes deem garantias para que possam ser melhores na sua missão.

Em abono da verdade, con-sidero que os 100 por cento da sondagem reconhecem o esforço dos bombeiros. A questão estará para além dis-so. Estará em saber de que meios os bombeiros dispõem, ou não, para cumprir a sua missão. Estará em saber a quem cabe satisfazê-los e se o concretiza ou não como é sua obrigação.

Um grito que não podepassar despercebido

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4 SETEMBRO 2016

O presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP), coman-dante Jaime Marta Soares,

agradeceu ao Grupo Mosqueteiros/In-termarché as inúmeras demonstrações de apoio aos bombeiros portugueses, agora mais uma vez materializado com a oferta de 500 equipamentos de proteção individual (EPI) para espaços naturais.

Estes EPI serão agora distribuídos por cem associações de bombeiros vo-luntários com conjuntos de cinco EPI para cada.

O comandante Jaime Soares apon-tou o exemplo deste Grupo e o que mais este apoio constitui, “o sentimen-to que ele encerra de respeito e admi-ração por todos os bombeiros, que é retribuído com um sentido “muito obri-

gado”, tendo em conta a oferta agora feita mas também tudo o que o Grupo fez pelos bombeiros noutros anos, com mais EPI e viaturas”.

A cerimónia simbólica de encerra-mento da campanha deste ano promo-vida pelo Grupo Mosqueteiros – Inter-marché contou com a presença do pre-sidente da LBP, da embaixadora da campanha e apresentadora da TVI,

Isabel Silva, do responsável de comu-nicação do Grupo, Jorge Rafael, e da sua equipa.

A cerimónia decorreu no quartel da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Loures, na presença do comando, direção, e de um conjun-to significativo de bombeiros e um grupo de infantes e cadetes. No final, estes tiveram ainda a oportunidade de

demonstrar o seu estado de excelente preparação para os próximos concur-sos de manobras para bombeiros.

Este ano a campanha Intermarché/LBP traduziu-se na receita arrecada com a venda do livro infantil “As pro-fissões de um bombeiro”, de Lara Xa-vier e Raquel Santos, em todas as 306 lojas do Grupo Mosqueteiro /Intermar-ché.

CAMPANHA INTERMARCHÉ/LBP

Venda de livrogarante 500 EPI

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Encontram-se abertas, até dia 15 de outu-

bro, as candidaturas à 8.ª edição do Troféu Português do Volunta-riado da Confederação Portuguesa do Volunta-riado (CPV), a que a Liga dos Bombeiros Portu-gueses se encontra as-sociada.

As candidaturas po-dem ser apresentadas por organizações de vo-luntariado ou promoto-ras de voluntariado – públicas ou privadas, le-galmente constituídas. As candidaturas devem ser efetuadas exclusivamente através de um formulário digital disponibilizado para o efeito.

O Troféu Português do Voluntariado é atribuído anualmente pela CPV e tem como finalidades homenagear o trabalho dos voluntá-rios e incentivar a prática do voluntariado.

Entre os objetivos do Troféu Português do Voluntariado desta-

cam-se, a promoção do voluntariado como exer-cício de cidadania ativa e envolvimento consis-tente de todos para o bem comum, a valoriza-ção do voluntariado que contribua para a melho-ria das condições de vida de pessoas e comu-nidades, particularmen-te as que estejam em situação ou risco de ex-clusão, o incentivo a de-fesa do ambiente e dos animais e a divulgação de boas práticas de vo-luntariado para poten-

ciar a sua replicação e/ou a realização de novos projetos de volun-tariado.

O Troféu a atribuir consubstancia-se numa peça de cristal, acom-panhado de um certificado emitido no nome do vencedor ou ven-cedores. A organização proponente receberá também um certifica-do, mencionando o nome do projeto associado.

TROFÉU DO VOLUNTARIADO

Inscrições até 15 de outubro

5SETEMBRO 2016

A Liga dos Bombeiros Por-tugueses (LBP) não pre-tende baixar os braços e

já voltou a solicitar ao Ministé-rio da Administração Interna (MAI) que reveja a situação, pode-se dizer confusão, criada entre as faltas de funcionários públicos previstas na lei, já pre-vistas no âmbito do Regime Ju-rídico dos Corpos de Bombeiros e com objetivos específicos, e as dispensas de caráter exce-cional para os funcionários au-sentes que, como bombeiros voluntários, sejam solicitados pelos respetivos corpos de bombeiros para o combate. Ação que, na prática, se insere no âmbito do Dispositivo Espe-cial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF).

Perante a reiterada falta de vontade por parte do MAI de dispensa excepcional aos fun-cionários públicos que, como bombeiros voluntários, partici-pam no combate aos incêndios, por proposta do seu presidente, comandante Jaime Marta Soa-res, o conselho executivo da LBP decidiu solicitar nova reu-nião com o secretário de Estado da Administração Interna, Jor-ge Gomes.

Na missiva dirigida àquele governante, o presidente da LBP lembra que “em 2012, 2014 e 2015 o Conselho de Mi-nistros resolveu, e em nosso entender bem, aprovar um re-gime excecional de dispensa de serviço público dos trabalhado-res da administração pública que cumulativamente dete-nham a qualidade de bombeiro voluntário, quando sejam cha-mados pelo respetivo corpo de bombeiros para o combate a in-cêndio florestal, ficando assim garantidos todos os direitos na

segurança e defesa do seu pos-to de trabalho”.

A propósito, na mesma mis-siva, o comandante Jaime Mar-ta Soares, “ para um melhor e cabal esclarecimento”, sita o preâmbulo das resoluções do Conselho de Ministro citados.

Ali referia-se que, “à seme-lhança do sucedido em anos an-teriores, Portugal já começou a ser assolado por um número significativo de incêndios flores-tais que, em diversas localida-des e concelhos, têm exigido um esforço redobrado por parte dos bombeiros portugueses na proteção de pessoas e bens” E prossegue, considerando que “os fogos que já se registaram em Portugal têm exigido a má-xima disponibilidade a todo o dispositivo de proteção civil, sendo que bombeiros, agentes de proteção civil e diferentes recurso materiais têm estado no seu máximo empenhamen-to, protegendo vidas e patrimó-nio”.

E o preâmbulo citado pelo presidente da LBP prossegue, referindo que “as associações humanitárias de bombeiros vo-luntários contam com homens e mulheres que, apesar das suas profissões e das suas vidas fa-miliares, dedicam grande parte do seu tempo ao serviço da co-munidade. Muitos destes bom-beiros são trabalhadores da Ad-ministração Pública e, não raras vezes, com autorização dos res-petivos serviços, colaboram na proteção e socorro das suas co-munidades”.

Esse preâmbulo, repetido su-cessivamente como justificativo das Resoluções do Conselho de Ministros de 2012,14 e 15, de-fende que, “por considerar que estes homens e mulheres são

essenciais no combate aos in-cêndios florestais que venham a ocorrer nesta fase mais crítica da época de incêndios e que este interesse se pode sobrepor às obrigações funcionais do ser-viço público, o Governo aprova um regime excecional de dis-pensa de serviço público dos trabalhadores da Administração Pública que cumulativamente detenham a qualidade de bom-beiro voluntário, quando sejam chamados pelo respetivo corpo de bombeiros para combater um incêndio florestal”.

O presidente da LBP lembra ainda, na missiva dirigida ao secretário de Estado, que “não podemos confundir o regime de faltas para o exercício de ativi-dades operacionais a que se re-fere o artigo 26.º do Regime Ju-rídico dos Corpos de Bombei-ros” com este regime excecio-nal.

Ao pensar em sentido contrá-rio, o Ministério da Administra-ção Interna, mais não está que, por exemplo, a restringir a apli-cação correta do regime de fal-tas existente, muito utilizado também, por exemplo, para a formação dos bombeiros. O MAI, ao considerar que os bom-beiros ainda não esgotaram no combate aos incêndios o limite de 36 dias de faltas/ano previs-to no referido regime jurídico, não só está a restringir a sua aplicação correcta e prevista na lei, como poderá estar até, por essa via, a esgotar e a limitar as disponibilidades para outras ati-vidades, nomeadamente para a própria formação.

Por outro lado, ao recusar de-cidir favoravelmente sobre um regime excecional de dispensa de serviço público, o próprio MAI está a dar um mau exem-

LBP NÃO BAIXA OS BRAÇOS

MAI não pode confundir faltascom dispensas excecionais

plo e a desencorajar as entida-des privadas e as empresas que

empreguem bombeiros volun-tários para que estas os dispen-

sem excecionalmente do traba-lho.

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“Generosidade, Coragem e Solidariedade” são as

palavras expressas no monu-mento ao bombeiro a inaugurar no dia 6 de novembro, em Cas-cais, junto ao Parque Palmela e em zona fronteira à Estrada Marginal.

A criação do monumento é uma iniciativa conjunta da Câ-mara Municipal de Cascais, e do seu presidente, Carlos Carrei-ras, e das cinco associações de bombeiros voluntários do con-celho.

O monumento, que foi ofere-cido ao Município pelos autores, vai expressar o reconhecimento do concelho aos seus bombei-

ros com alusão expressa a to-dos os elementos falecidos em serviço.

Entretanto, a 16 de outubro, será comemorado o tradicional

Dia Municipal do Bombeiro de Cascais, cabendo este ano, ro-tativamente, aos Voluntários da Parede a organização do even-to.

CASCAIS

Homenagem aos bombeiros falecidos

6 SETEMBRO 2016

Para a presente edição do “BP”, o Núcleo de História e Património Museológico, da Liga dos Bombeiros Portugueses, reuniu alguns

dos mais interessantes anúncios publicitários pu-blicados no extinto Boletim da Confederação.

Temo-lo dito várias vezes e continuamos a afir-mar: a publicidade antiga presente nas páginas de publicações periódicas ligadas aos bombeiros portugueses constitui um precioso meio de auxí-lio para o estudo e compreensão da evolução so-frida ao longo dos tempos nos recursos materiais destinados ao socorro, tanto no serviço de incên-dios como no serviço de saúde.

Aliás, pelas razões atrás aduzidas, tem todo o cabimento, futuramente, no contexto do pers-pectivado Museu da Confederação, a existência de uma área temática dedicada à componente publicitária.

Antecipando-nos, percorramos, pois, por ago-ra, o único caminho possível para o encontro com a história…

Ambulâncias

A partir dos anos 50, a expansão das localida-des e o consequente aumento das necessidades populacionais, nomeadamente ao nível da pres-tação de cuidados médicos e de enfermagem, configuraram o serviço de saúde assegurado pe-los corpos de bombeiros numa das vertentes mais expressivas da sua já estreita relação com a comunidade.

Instintivamente, facto associado ao carácter humanitário da respectiva missão, as associações de bombeiros passaram, de forma crescente e exponencial, a substituir o Estado, de quem ape-nas podiam contar, no processo de aquisição de novas ambulâncias, com a eventual subsidiarie-dade da Direcção-Geral dos Hospitais, porquanto a entidade tutelar, o Conselho Nacional dos Ser-

viços de Incêndios, na dependência da Direcção--Geral da Administração Política e Civil do Minis-tério do Interior, não dispunha de atribuições para o efeito.

No ímpeto de servir nas condições mais efi-cientes e de acordo com as regras da vida moder-na, resultantes do desenvolvimento mundial do período pós-guerra, responsáveis pelas direcções e comandos de associações/corpos de bombeiros lançaram-se em dar novo incremento ao serviço de saúde, despertados por sugestivos modelos de automóveis, cujas potencialidades as princi-pais marcas publicitavam através de apelativas composições gráficas.

Por norma adquiridas a partir do investimento de verbas associativas, conseguidas em acções de angariação de fundos ou através do apoio de beneméritos, as ambulâncias, vulgo auto-macas – pintadas de vermelho, cinzento ou branco, com brilhantes cromados e potentes alarmes sonoros – tornaram-se cada vez mais imprescindíveis, no transporte de doentes e sinistrados, à medida também que a sua existência passou a tranquili-zar as populações e a estabelecer a proximidade com as unidades hospitalares.

Muitas dessas ambulâncias resistiram à passa-gem do tempo e são hoje valiosas e apreciadas peças do património histórico automóvel.

Austin Gypsy

No ano de 1964 chegavam ao conhecimento dos bombeiros portugueses, por via publicitária, as potencialidades técnico-operacionais dos pronto-socorros ligeiros, marca Austin, modelo Gypsy (1958-1967): bomba montada à frente; facilidade de manobra; carroceria inteiramente de aço; capota rígida em fibra de vidro; e fácil adaptação de guincho à retaguarda.

Contrariamente à Land Rover, a Austin não prosperou no nosso país, em matéria de veículos de incêndio. Apesar das semelhanças entre pro-jectos, a preferência dos responsáveis pelos cor-pos de bombeiros nacionais recaiu sempre na pri-meira marca.

A título de curiosidade, os Bombeiros Voluntá-rios de Famalicão ainda hoje conservam, elevado à condição de viatura museu, um jeep Austin Gypsy, outrora utilizado como transporte de pes-soal.

Aliás, supomos que, entre nós, o britânico 4x4 teve apenas função auxiliar, desconhecendo-se a existência, pelo menos em número significativo, de unidades carroçadas de origem para o serviço de incêndios.

Segundo a opinião de entendidos do meio au-tomóvel, “o Austin Gipsy trouxe algumas inova-ções relativamente ao Land Rover”, caso da sus-pensão. Mas, apresentava duas desvantagens: “carecia de altura ao solo” e “a carroçaria era toda em aço com tendência para enferrujar”.

Moto-Bombas

Nos princípios do século XX, as moto-bombas tornaram-se num material de extrema utilidade no apoio à intervenção dos bombeiros, substi-tuindo as velhas bombas braçais. Eficazes e poli-valentes nas suas condições, passaram a ser uti-lizadas no combate a incêndios e também por ocasião de inundações, trabalhando no escoa-mento de água acumulada no interior de habita-ções e de outros locais atingidos.

Tudo aponta que as primeiras bombas contra incêndios com motor de combustão interna te-nham surgido na história dos corpos de bombei-ros, além-fronteiras, entre 1903 e 1908, substi-tuindo as bombas movidas a vapor. Para a sua existência foi determinante o invento do motor de explosão a gasolina.

Entre nós, antigos anúncios publicitários são reveladores das vantagens de tal tipo de material e, também, da sua adopção pelos corpos de bom-beiros.

Interpretando historicamente o assunto, à luz do conceito da interdisciplinaridade, refira-se que as empresas ligadas ao ramo do material contra incêndios influenciaram de modo positivo a mo-dernização dos corpos de bombeiros, através da colocação no mercado de alguns dos recursos técnicos mais avançados de origem estrangeira. Ou seja, volvidas décadas de estagnação do sec-tor dos bombeiros, por vicissitudes de ordem or-ganizativa, proporcionaram maior facilidade no acesso a novo material, bem como permitiram reduzir, progressivamente, as assimetrias verifi-cadas entre os vários corpos de bombeiros, ao nível do apetrechamento, ajudando a homoge-neizar os serviços de socorro.

Mangueira Angus

A publicidade que recordamos refere-se a um novo tipo de mangueira que a partir do final dos anos 50 do século passado veio simplificar a ac-ção dos bombeiros portugueses em vários aspec-tos, a avaliar por esta curiosa expressão: “A mangueira que não necessita de ser seca depois de usada”.

Calculamos, portanto, a satisfação com que a

mesma foi recebida pelo pessoal dos corpos de bombeiros do país quando os respectivos coman-dantes decidiram adoptá-la para equipamento dos pronto-socorros.

Na verdade, a mangueira de lona que predomi-nava na época reunia algumas contrariedades, obrigando os bombeiros a empregar redobrado esforço. Além de muito pesada no seu manusea-mento, sobretudo quando molhada, rompia-se com facilidade e depois de utilizada exigia um aturado processo de limpeza. No regresso dos in-cêndios, tinha de ser estendida e lavada à escova para extrair a sujidade absorvida pela lona em contacto com a água e o solo do teatro de opera-ções, nomeadamente, vestígios de fuligem resul-tante da combustão. Cumprida tal tarefa, era vul-gar ver-se nos quartéis e nas imediações destes um aparato de lances de mangueira estendidos em longas distâncias. E como se não bastasse, somente poderiam ser enrolados nos carretéis e guardados em cofres das viaturas após a sua se-cagem ao ar.

Muitas das vezes, perante a detecção de danos, verificava-se, ainda, a fase de remendagem, con-fiada ao engenho e arte de voluntários especiali-zados que, a fim de impedirem que as associações despendessem os seus parcos recursos financei-ros na aquisição de nova mangueira, zelavam - com minúcia e como sua propriedade se tratasse - pela conservação do material de incêndio.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/nucleomuseologico

Publicidades….Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

7SETEMBRO 2016

“Sempre defendi que a casa necessitava de estabilidade, o que

nunca teve nestes mais de dois anos”, refere o major general Grave Pereira em mensagem dirigida aos funcionários da Autoridade Nacional de Prote-ção Civil (ANPC) na sequência da sua demissão de presidente da instituição, apresentado à ministra da Administração In-terna, Constança Urbano de Sousa, e aceite de imediato.

Aquele militar refere ainda na mensagem que, “ a nossa missão é demasiado séria para não ser realmente e realistica-mente levada a sério, num projeto claro, de fôlego, resul-tado de um amplo consenso na classe política decisora, e com um caminho a percorrer que seja imune às flutuações do poder e aos ciclos eleito-rais”.

O antigo presidente da ANPC decidiu demitir-se na sequência

das conclusões do inquérito da Inspeção-Geral da Administra-ção Interna (IGAI) instaurado em junho de 2015 pela então ministra da Administração In-

terna, Anabela Rodrigues, por proposta do ex-secretário de Estado da Administração Inter-na, João Almeida.

O inquérito conclui propor

um processo disciplinar a Grave Pereira por violação do dever de zelo ao não ter acautelado os interesses do Estado quando a ANPC recebeu os seis helicópte-

ros KAMOV da “Heliportugal”, empresa que tinha sido respon-sável pela sua manutenção du-rante 8 anos, e os transferiu para a “Everjets”, entidade que agora os opera.

O inquérito incidiu expressa-mente sobre “as circunstâncias descritas e apuradas durante o processo de consignação dos meios aéreos próprios pesados do Estado, tendo em vista o apuramento de responsabilida-des a que haja lugar nesse âm-bito”.

Neste inquérito foram ainda responsabilizados, e propostos para processo disciplinar, mais dois elementos da cúpula da ANPC, o ex-diretor nacional de Recursos de Proteção Civil, co-ronel José Teixeira, oriundo da GNR, e o diretor nacional de Meios Aéreos, tenente-coronel Paulo Belchior.

Depois de receber as conclu-sões do inquérito a ministra da Administração Interna enviou-

-as ao ministro da Defesa, Aze-redo Lopes, que as remeteu ao Chefe do Estado-maior do Exér-cito, general Rovisco Duarte, que, por seu turno, decidiu abrir o processo disciplinar aos dois oficiais daquele ramo, Gra-ve Pereira e Paulo Belchior.

Os resultados do inquérito da IGAI aponta 99 falhas notórias no cumprimento dos procedi-mentos necessários para que os helicópteros em causa possam operar em segurança, designa-das por “situações de não con-formidade”.

Das 99 falhas detetadas, 64 delas dirão respeito a falta de controlo do tempo de vida útil de peças dos aparelhos, facto que poderá por em causa a se-gurança da sua operação.

As restantes falhas dirão res-peito a outras tantas situações, maioritariamente relacionadas com a eventual ineficácia no controlo do processo de manu-tenção dos aparelhos.

DEMISSÃO DO PRESIDENTE DA ANPC

“Sempre defendi que a casa necessitava de estabilidade”

O presidente da Câmara Municipal de Cascais critica o parecer desfavorável dado pela Au-

toridade Nacional da Proteção Civil (ANPC) à can-didatura apresentada ao POSEUR pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cas-cais (AHBVC) para substituição de um VFCI com mais de 30 anos de existência.

Os Bombeiros de Cascais elogiam a posição as-sumida por Carlos Carreiras, “por demonstrar co-nhecimento de causa e sensibilidade profunda em torno das nossas necessidades, logo, da se-gurança e do bem-estar dos cidadãos, para além do facto já conhecido de que a Câmara iria cobrir a componente financeira complementar da candi-datura às verbas comunitárias que caberia aos bombeiros suportar”.

Carlos Carreiras, em missiva dirigida ao presi-

dente da ANPC, estranha que “nada digam sobre a candidatura para substituição ao nível nacional e local de uma viatura que tem mais de trinta anos desactualizada e cuja capacidade de inter-venção já é extraordinariamente limitada”.

Na qualidade de presidente da edilidade e res-ponsável pela proteção civil municipal, Carlos Carreiras sublinha que “não posso deixar de re-forçar a candidatura desta Associação” e aponta o caso do corpo de bombeiros de Cascais, a par do de Alcabideche, “com maiores intervenções na área florestal do concelho” e “cujo desgaste de veículos é muito significativo devido às ocorrên-cias que têm assistido bem como das deslocações que tem efetuado integrando outras forças para intervirem noutros teatros de operações do país, fora da sua área de responsabilidade de acção”.

CONTRA ATITUDE DA ANPC

Posição da Câmara Municipal de Cascais merece elogio

O ex-presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), major-ge-

neral Francisco Grave Pereira, explicou recentemente, durante a audiência reali-zada na Assembleia da República, que apresentou a demissão do cargo por ter perdido a confiança na ministra da Admi-nistração Interna, quando esta não lhe transmitir as conclusões do inquérito fei-to à gestão dos helicópteros Kamov.

Francisco Grave Pereira informou os deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liber-dades e Garantias, onde foi ouvido por proposta do PSD, para explicar as razões da sua demissão da presidência da ANPC.

O ex-presidente da ANPC informou ain-da os deputados que soube através do chefe do Estado-Maior do Exército que ia ser alvo de um procedimento disciplinar no âmbito de um in-quérito da Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI).

Francisco Grave Pereira adiantou que ficou “surpreso e desa-gradado” pelo facto de ter recebido a informação sobre o inqué-rito pelo ramo das Forças Armadas a que pertence e não pela

tutela e sustentou que nunca obteve qualquer resposta sempre que perguntou à tutela em que fase se encontrava o inquérito.

Grave Pereira, que referiu ainda hoje desconhecer o teor do relatório, reiterou que, “se tivesse sabido por via da tutela o teor do inquérito da IGAI não me teria demitido”.

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Grave Pereira explica motivo da demissãoFo

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8 SETEMBRO 2016

Este verão milhares de bombeiros foram sujeitos a

elevadas exigências operacio-nais em consequência dos in-cêndios florestais.

As elevadas horas empe-nhados no combate a incên-dios florestais, a exposição a condições ambientais adver-sas, as grandes deslocações para os teatros de operações, conduziram a níveis elevados de esforço físico e psicológico nos bombeiros portugueses, retratados pelas muitas ima-gens de bombeiros exaustos. Em acréscimo, a necessidade de no decorrer dos incêndios florestais salvaguardar pes-soas e bens (especialmente habitações), desde aldeias ru-rais a habitações isoladas, im-plicou muitas vezes um risco de segurança acrescido pelas equipas de bombeiros, fican-do mais expostas a situações de elevados níveis de stresse, acidentes (queimaduras, que-

das, intoxicações pelo fumo, etc), bem como incidentes críticos potencialmente trau-máticos (cercados pelo fogo, sentimento de risco de vida, visualizar colegas acidentados e em exaustão, etc).

Com o fim da fase charlie, importa reparar o equipa-mento danificado, proceder à manutenção dos veículos e fundamentalmente promover a REABILITAÇÃO DAS MU-LHERES E HOMENS que esti-

veram empenhados no dispo-sitivo.

Os Comandos dos Corpos de Bombeiros, têm à sua disposi-ção as ferramentas que as Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS) da ANPC disponibilizam para os auxiliar na gestão dos seus recursos humanos, no-meadamente:

• CONSULTADORIA DE GESTÃO DE RECURSOS HU-MANOS (CGRH) AOS COMAN-DOS, ação preventiva de pro-

moção da capacidade de ges-tão de recursos humanos e de autogestão de incidentes críti-cos por parte das Chefias e Co-mandos dos Corpos de Bom-beiros;

• INTERVENÇÃO PSICOLÓ-GICA EM CRISE INDIVIDUAL (IPCI): Intervenção individual a bombeiros que tenham sido expostos a incidentes poten-cialmente traumáticos, para aumentar a sua capacidade de gestão do stresse e minimizar

o impacto emocional na sua saúde;

• INTERVENÇÃO SOCIAL EM CRISE INDIVIDUAL (ISCI): Intervenção individual a bom-beiros e de consultoria às Dire-ções dos Corpos de Bombei-ros, que tenham tido acidentes em serviço operacional, com vista a prestar esclarecimen-tos e informações ao nível dos seguros de acidentes pessoais e do Fundo de Proteção Social do Bombeiro;

• INTERVENÇÃO PSICOS-SOCIAL EM CRISE GRUPAL (IPCG): Intervenção em equi-pas de bombeiros, que tenham sido expostas a incidentes po-tencialmente traumáticos, para aumentar a capacidade de gestão de stresse dos bom-beiros e promover a sua coe-são grupal.

Os psicólogos e assistentes sociais, que são simultanea-mente bombeiros, das Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS) estão à disposição de todos Comandos e bombeiros, para em conjunto, trabalharmos quer na reabilitação deste exi-gente verão de 2016, quer do árduo trabalho que diariamen-te realizam.

Para mais informações ou esclarecimentos, contacte a Coordenação Nacional das EAPS da (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected].

Depois do combate… investir nos homens e mulheres

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

A Escola Nacional de Bombei-ros (ENB) promove no pró-

ximo dia 22 de outubro o Semi-nário “Incêndios Urbanos e In-dustriais - Novas abordagens”, uma iniciativa que terá lugar no Centro Cultural e de Congres-sos das Caldas da Rainha e que contará com o apoio da Autori-dade Nacional de Proteção Civil e da Liga dos Bombeiros Portu-gueses.

A sessão de abertura, que decorrerá pelas 9h30, será pre-sidida pelo Secretário de Estado da Administração Interna, Jor-ge Gomes. O programa inclui intervenções de especialistas nacionais e estrangeiros.

Inscrições e mais informa-ções em www.enb.pt/semina-rioIUI.

CALDAS DA RAINHA

Incêndios Urbanos e Industriais em seminário

A Escola Nacional de Bom-beiros (ENB) realizou re-

centemente um curso-piloto de língua gestual portuguesa para comunicação em situa-ções de emergência frequen-tado por dezasseis formado-res internos e externos.

O curso resultou da propos-ta de duas jovens recém-li-cenciadas em Tradução e In-terpretação em Língua Ges-tual Portuguesa pela Escola Superior de Educação de Se-túbal e serviu para testar a aplicação deste domínio da comunicação à área dos bom-

beiros e de outros agentes de proteção civil.

A ideia surgiu-lhes após ter-minarem o curso há cerca de um ano e em conversa com amigos bombeiros. “Percebe-mos que havia uma lacuna nesta área e que seria interes-sante desenvolver este tipo de formação, pelo que apresen-támos uma proposta à ENB, que mostrou abertura e aqui estamos com este projeto-pi-loto para trocar experiências com os formadores e aperfei-çoar os conteúdos”, explicam Rita Valente e Vânia Lourenço,

cujo objetivo é “chegar a to-das as corporações de bom-beiros, capacitando-as para

melhor servir as pessoas sur-das ou com dificuldades audi-tivas”.

ENB

Língua gestual para situações de emergência

Iniciou-se em Cascais a formação de mais 15 bombeiros como tripulantes de ambulância de socorro (TAS) suportada

integralmente pela Câmara Municipal.É a segunda vez que a Autarquia assegura na íntegra o cus-

to de formação em TAS de elementos das cinco associações de bombeiros voluntários do concelho (Alcabideche, Carcavelos e S. Domingos de Rana, Parede, Cascais e Estoril).

A formação decorre nas instalações dos Voluntários de Alca-bideche e, na sequência da ocorrida em 2014, vai permitir qualificar ainda mais a prestação do socorro pré-hospitalar pelas cinco associações de bombeiros.

Refira-se que, há vários anos, a Câmara Municipal de Cas-cais também apoia a formação inicial conjunta de bombeiro promovida em cada ano pelas cinco associações de bombei-ros.

CASCAIS

Autarquia suportaformação TAS

9SETEMBRO 2016

Em apenas oito meses as chamas devoram 114 326 hectares de floresta e

mato, mais do dobro da área consumida em 2015, mais do dobro da média verificada nos últimos dez anos, o terceiro va-lor mais elevado depois do ano 2006, só superado pelos regis-tos de 2010 e 2013.

A frieza dos números serve muitas vezes para esconder ir-reparáveis danos ambientais, mas também os enormes pre-juízos sociais em áreas onde a floresta e as atividades agríco-las são a principal ou única for-ma de sustento das famílias, de-signadamente dos mais idosos.

Para a negra história fica um mês de agosto infernal que re-duziu a cinza 106 572 hectares de florestas e não deu tréguas aos bombeiros portugueses, es-pecialmente nos distritos Avei-ro, Viana do Castelo e Porto os mais martirizados pelas cha-mas.

Setembro voltou a acionar o alarme geral e mais uma vez Portugal assistiu em direto, pe-los vários canais de televisão, logo no início do mês, aos gran-des incêndios da Serra de Mon-chique, do Parque Natural da Peneda Gerês, de Boticas, Cas-tro Daire, Baião, Soure, Monta-legre ou Proença-a-Nova entre muitos outros, tendo em conta que só nos primeiros 20 dias re-gistaram-se mais de 4 mil igni-ções.

E enquanto Portugal ardia, eclodia a chama da polémica ali-mentada pela falta de meios aé-reos, pela “desafinação” das vo-

zes de comando, pelas críticas dos autarcas que viram grandes áreas dos seus concelhos des-truídas.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares assumiu-se como a voz da contestação, exigindo medidas que permitam de uma vez acabar com flagelo cíclico apelando ao ordenamento da floresta, à aplicação da Lei, à efetiva e dura punição dos in-fratores e dos criminosos, res-ponsáveis pela grande maioria das ocorrências. O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu que este ano o assunto não seria extinto ao cair das primeiras chuvas e a tutela, ao que tudo indica, fez desta uma questão prioritária que figura, aliás, no pacote das Grandes Opções do Plano para 2017.

Há poucos dias o Governo anunciou o aumento do número de equipas florestais, bem como a criação de um Programa Nacional de Fogo Controlado, e a revisão do Programa Opera-cional de Sanidade Florestal, que fomente o pinheiro bravo, o sobreiro e azinheira. Nesta li-nha de prioridades está ainda prometida a simplificação da le-gislação das zonas de interven-ção florestal e o incentivo a no-vos modelos de gestão flores-tal. As GOP anunciam, também, a regulamentação da lei dos baldios, o “incentivo e monitori-zação” do inventário florestal e o reforço da produção de ener-gia renovável, a partir da utili-zação da biomassa florestal, em

especial a proveniente de resí-duos resultantes de limpezas e desbastes.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) saúda o anúncio de novas me-didas que diz esperar que “saiam do papel”.

“Todas as medidas são bem--vindas, mas já ouvi isto muitas vezes, e se acontecer só vem melhorar todo o sistema”, con-sidera o comandante Jaime Marta, alertando que existem “milhões de euros vindos da Comissão Europeia para um plano de queima e fogos con-trolados que abrange milhares de hectares, mas depois fica-se sempre por dezenas de hecta-res. A verdade é que o plano nunca é cumprido, é pelo isso que acontece há muitos anos”.

“Se forem objetivamente concretizadas as promessas en-tão eu saúdo as propostas”, re-força o presidente da LBP.

Entretanto, Depois de um iní-cio de setembro muito quente, as temperaturas voltaram a su-bir no fim do mês o que terá le-vado o Governo a alargar “o pe-ríodo crítico” do Sistema de De-fesa da Floresta contra incên-dio, até 15 de outubro, mantendo-se, assim, em espa-ços florestais e agrícolas, a proibição, de fazer lume ou fo-gueiras, fazer queimas e quei-madas, lanças foguetes ou ba-lões de mecha acesa, bem como fumigar ou desinfestar e fazer circular tratores, máqui-nas e veículos de transporte pe-sados que não possuam extin-tor, sistema de retenção de fa-

INCÊNDIOS FLORESTAIS

Presidente da LBP exige concretização de propostas

No ano que os fogos reduziram a cinza mais de 114 mil hectares de floresta, o Governo anunciou investimentos num setor

que ganha primazia nas Grandes Opções do Plano para 2017.A medida é saudada, contudo Jaime Marta Soares,

presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses exigeque as medidas “saiam do papel”.

Texto: Sofia Ribeiro

gulhas ou faíscas e tapa cha-mas nos tubos de escape ou chaminésentre outros, de fu-mar ou de fazer lume e foguei-ras.

“As condições meteorológicas

determinam a adoção desta medida, tendo em conta que se prevê tempo seco e quente e ventos, ou seja, a conjugação de fatores amigos do fogo, que ajudam à propagação de incên-

dios e que podem transformar qualquer pequena ocorrência num enorme desastre”, susten-ta o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, em comunicado.

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10 SETEMBRO 2016

A Câmara Municipal de Avis aprovou, no pas-sado mês de agosto, a abertura do procedi-

mento regulamentar para elaboração do Regu-lamento de Concessão de Regalias Sociais aos Bombeiros Voluntários Avisenses, com do qual pretende “reconhecer, acarinhar, valorizar, pro-teger e fomentar o exercício de uma atividade de extrema relevância para a comunidade, em regime de voluntariado”.

Este regulamento concretiza uma política so-cial municipal de reconhecimento do estatuto do bombeiro voluntário, conferindo “vantagens e benefícios a estes cidadãos que arriscam as suas vidas na defesa das populações e do pa-trimónio”, salienta a autarquia em comunicado enviado às redações.

Os benefícios concedidos aos elementos dos Bombeiros Avisenses incluem isenção no paga-mento de taxas das licenças de construção, be-neficiação e ampliação de casa para habitação própria e permanente; aplicação de tarifa so-cial de consumo de água, saneamento e reco-

lha de resíduos sólidos, em habitação perma-nente; acesso gratuito às Piscinas Municipais, Pavilhão Gimnodesportivo Municipal e eventos culturais promovidos pela autarquia; apoio ini-cial para o encaminhamento jurídico e adminis-trativo gratuito ao agregado familiar em pro-cessos de caráter social, decorrentes da morte daquele.

Estes benefícios são aplicáveis a todos os elementos da corporação com mais de 14 anos de idade, categoria igual ou superior a cadete, que constem dos quadros homologados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil, com mais de um ano de serviço efetivo de volunta-riado na instituição, em atividade ou em inati-vidade decorrente de acidente ocorrido no exercício de missões ou doença contraída ou agravada ao serviço da mesma.

O procedimento regulamentar contempla ainda o debate público, prevendo-se que entre em vigor no início de 2017, “depois de decorri-da toda a tramitação legal”.

AVIS

Município atribui benefícios sociais

Mais uma vez a cidade de Lamego promoveu uma

das maiores romarias de Portugal em honra da Sr.ª dos Remédios, uma festa se-cular envolta em muitas tra-dições, que tem como mo-mento alto a Procissão do Triunfo, realizada a 8 de se-tembro.

Devoção, solenidade e respeito, marcam anual-mente a presença dos Bom-beiros Voluntários de Lame-go no cortejo de veneração à padroeira

Este ano, à passagem dos soldados da paz, as cente-nas de romeiros, “aplaudi-ram-nos sem cessar e com lágrimas nos olhos” enquan-to lançavam palavras de in-centivo e reconhecimento aos “heróis”.

A ovação espontânea mas muito sentida emociono os bombeiros, que garantem terem agora mais força para cumprir de forma exemplar a sua missão e partilham este momento especial “inesquecível” com todos os bombeiros portugue-ses que “tantas vezes só são lembrados quando o azar bate à porta”.

“É com gratidão que Voluntários de Lamego agradecem o carinho e respeito manifestado pela população em geral”, segundo faz questão de as-sinalar fonte da associação.

LAMEGO

Aclamação em praça pública

A Câmara Municipal de Palme-la, em reunião pública,

aprovou, uma saudação de re-conhecimento às bombeiras e bombeiros do concelho e aos restantes agentes de proteção civil envolvidos no combate a incêndios durante o mês de agosto, que em todas as mis-sões se distinguiram “pela dis-ponibilidade e pela capacidade de intervenção”.

No texto da proposta, a que o jornal Bombeiros de Portugal

teve acesso, a autarquia desta-ca que “a competência e a ca-pacidade operacional das equi-pas do concelho de Palmela permitiu que, além das ocor-rências na região, fosse possí-vel responder às necessidades de outros pontos do país, com 21 bombeiras e bombeiros a prestarem auxílio nos distritos de Viseu, Viana do Castelo, Aveiro, Évora e Santarém, bem como no concelho da Calheta, na Ilha da Madeira”.

Este louvor público serve ain-da para reforçar “a confiança que o Município de Palmela nas associações de Bombeiros de Palmela, Pinhal Novo e Águas de Moura, uma vez mais, con-firmada no teatro de operações, onde voluntárias e voluntários voltaram a dar mostras das suas capacidades, da sua atitu-de profissional e do seu grande coração, combatendo, de forma abnegada, pela segurança e so-corro das populações”.

PALMELA

Câmara saúda bombeiros A presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, agradeceu a todas as associa-

ções de bombeiros de todo o país e às restantes entidades envolvidas no combate ao incêndio que deflagrou no passado dia 7 em Monchique e que lavrou de forma abrupta devido ao vento forte de noroeste afetando o concelho de Portimão a norte do Autódromo Internacional do Algarve na fre-guesia de Mexilhoeira Grande.

A autarca lembra “o efetivo comando e contro-le das operações, bem como a necessária mobili-zação de meios e recursos para a sustentação das ações de resposta foram decisivos na orien-tação das Mulheres e Homens de 139 Entidades que abnegadamente materializaram todo um pla-no de ação que resultou na íntegra”.

Na missiva endereçada a todas as associações e corpos de bombeiros envolvidos, Isilda Gomes refere ainda que, “enquanto Autoridade Municipal de Proteção Civil, não posso deixar passar esta oportunidade sem endereçar uma palavra de re-conhecimento e agradecimento a todos quantos disponibilizaram meios e recursos e em especial às suas Mulheres e Homens que se empenharam nesta luta desigual, de “corpo e alma”, na prote-ção dos munícipes de Portimão, na defesa dos seus bens e na salvaguarda de um património que a todos compete proteger – a floresta portu-guesa”.

A autarca termina com um “Obrigado! Porti-mão está-vos grato pelo imprescindível contribu-to e apoio”.

PORTIMÃO

Autarca agradece “contributo e apoio”

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11SETEMBRO 2016

A Câmara Municipal do Barreiro colaborou com a cedência de um autocarro dos Serviços Mu-

nicipais de Transportes Coletivos do Barreiro (TCB) para proporcionar duas rendições, nos dis-tritos de Aveiro e de Viana do Castelo, dos bom-beiros do Barreiro que então se encontravam em combate aos incêndios, garantindo a deslocação em segurança e com as comodidades possíveis.

A medida foi tomada quando o distrito de Se-túbal mantinha mobilizados bombeiros e viaturas fora da sua zona, justificando plenamente o apoio às rendições realizadas.

Na altura, permanecia no distrito de Aveiro, um grupo de ataque ampliado, uma brigada e um elemento de comando do Grupo de Reforço Sul 1, e, ainda, uma brigada e dois elementos de co-mando que integram o Grupo de Reforço Sul 3, neste caso, em operações no distrito de Viana do Castelo, para além de meios em pré-posiciona-

mento, quer no município do Barreiro quer no distrito.

O presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, fez questão de es-tar presente à partida do autocarro com o grupo de rendição, aproveitando para agradecer a dis-ponibilidade dos bombeiros do distrito de Setú-bal, para apoiar os concelhos que estão a ser atingidos pelo flagelo dos incêndios florestais.

BARREIRO

TCB ajudam nas rendiçõesA Câmara Municipal de Odemira

anunciou que os bombeiros do concelho vão poder usufruir dos benefícios do cartão social munici-pal. Este permite descontos de 30 por cento nos abastecimentos de água, saneamento ou no ingresso nas piscinas municipais.

Os bombeiros vão poder ainda beneficiar de descontos de 30 por cento na taxa de recolha de resí-duos sólidos urbanos e em espetá-culos realizados no Cineteatro Ca-macho Costa.

Para acederem ao cartão social municipal os bombeiros deverão apresentar uma declaração da en-tidade competente a comprovar a categoria e período de exercício de funções há mais de um ano en-quanto bombeiro voluntário no concelho, cartão de cidadão e nú-mero de contribuinte.

ODEMIRA

Acesso ao cartão social municipal

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A Assembleia Municipal de Cantanhede apro-vou, por unanimidade, um voto de louvor aos

bombeiros portugueses e, particularmente, aos Voluntários de Cantanhede, sublinhando “o seu espírito de missão e de sacrifício na defesa e pro-teção de pessoas e bens”.

Este reconhecimento estende-se aos “sapado-res florestais, serviços de proteção civil, forças policiais, exército e demais entidades que os se-cundaram nas suas funções e auxiliaram no com-bate às chamas”, bem como às “autarquias pelo seu apoio às corporações e na implementação de mecanismos de prevenção, em contraponto com o desnorte a que tantas vezes se assiste nas po-líticas nacionais de gestão da floresta e de com-bate a incêndios”.

“A pouca expressão dos incêndios no concelho de Cantanhede este ano é o melhor reconheci-mento do bom trabalho efetuado a esse nível”, pode ler-se no texto.

CANTANHEDE

Assembleia Municipal aprova louvor

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários

de Arouca deliberou, por una-nimidade, no passado dia 5 de setembro, a primeira após os grandes incêndios que devas-taram grande parte deste con-celho, “expressar público e re-conhecido agradecimento a to-das as pessoas, empresas e entidades que concederam apoio e manifestaram solida-riedade à população de Arouca em geral e aos bombeiros em particular”.

“A conjugação de esforços dos que nos apoiaram contri-buiu para que a tragédia não

fosse ainda mais devastado-ra”, assinalam direção e co-mando no documento a que jornal Bombeiros de Portugal teve acesso no qual são, igual-mente, assinaladas “a entrega

e a coragem do corpo ativo, dos quadros de reserva e de honra, do comando e dos bombeiros de várias regiões do País “na defesa de pessoas e bens”.

AROUCA

Reconhecimento público

O presidente da Câmara Municipal de Loures, Ber-

nardino Soares, visitou os quartéis dos sete corpos bombeiros do concelho para reconhecer e agradecer o tra-

balho desenvolvido pelos operacionais no combate aos fogos florestais de norte a sul do País.

Durante a fase Charlie, que teve início a 1 de julho e ter-

mina dia 30 de setembro, 47 bombeiros do concelho de Loures, apoiados por 10 via-turas, integraram o Dispositi-vo Especial de Combate a In-cêndios Florestais.

LOURES

Presidente visita quarteis

A propósito da onda de solidariedade que ir-rompeu pelos quartéis de bombeiros de norte

a sul do país, a Associação Humanitária de Bom-beiros Voluntários de Vila Nova de Famalicão veio publicamente agradecer o apoio das “empresas, instituições e cidadãos comuns”, considerando, no entanto, que gestos configuram “o reconheci-mento público da sociedade civil com os bombei-ros voluntários, para com estes homens e mulhe-res que tudo fazem para salvar vidas e bens do flagelo dos incêndios florestais”.

Em comunicado direção e comando assinalam ainda que, muito embora este seja um combate

desigual, “os bombeiros portugueses tem levado de vencida este inimigo em todas as batalhas que travam, demonstrando que, efetivamente, são dos melhores do mundo”.

A Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Vila Nova de Famalicão apresenta, as-sim, “homenagem a todos os bombeiros e restan-tes agentes de proteção civil do País e agradece o empenho e garra no desempenho da missão”. Da mesma forma, agradece “aos familiares e amigos que tanto sofrem aguardando ansiosamente o re-gresso dos seus e esperando que tudo corra bem durante o tempo que estão no combate”.

FAMALICÃO

Associação destaca empenho e garra

A Assembleia Municipal de Cascais aprovou por unanimidade um voto de louvor aos bombeiros portugueses e, em particular, aos bombeiros das cinco associações de voluntários do conce-

lho.Trata-se de agradecer aos bombeiros o esforço que mais uma vez desenvolveram no comba-

te aos incêndios florestais que assolaram o país recentemente. O agradecimento tem um cará-ter especial ao dirigir-se aos bombeiros do concelho para lembrar as suas deslocações para inúmeras regiões do país, de norte a sul, onde estiveram operacionais e viaturas das cinco as-sociações no apoio às suas congéneres a braços com os incêndios.

CASCAIS

Tributo unânime

12 SETEMBRO 2016

bra, de 26 por cento, nos subsí-dios do Estado, um aumento do apoio autárquico de 4 por cen-to, uma diminuição de gastos operacionais e maior eficiência no valor de 17 por cento, a su-bida das depreciações em 35 por cento pelas razões referi-das, e um superavit de 5 por cento de EBITDA, ou seja, gan-ho antes de impostos, deprecia-ções e encargos.

O fórum incluiu também os “modelos municipais de prote-ção e socorro”, com apresenta-

ção de Manuel João Ribeiro, di-retor do Serviço Municipal da Proteção Civil de Lisboa, e mo-deração do comandante Antó-nio Carvalho, dos Voluntários da Póvoa de Santa Iria.

Prosseguiu com o debate so-bre “ser bombeiro voluntário hoje”, apresentado pelo coman-dante dos Bombeiros de Vialon-ga, Luís Rodrigues, e modera-ção do oficial bombeiro dos Vo-luntários da Castanheira do Ri-batejo, Bartolomeu Castro.

O quatro e último painel

abordou a “ação social nas as-sociações humanitárias de bombeiros voluntários”, apre-sentado por, Vitor Batalha, pre-sidente dos Bombeiros de Vila Franca, Duarte Caldeira, presi-dente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil, e representantes das equipas de apoio psicossocial da ANPC.

A sessão de encerramento contou a presença do presiden-te da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesqui-ta.

O 1.º Fórum das Associações de Bombeiros do Concelho

de Vila Franca de Xira, realiza-do nesta vila, constituiu uma oportunidade para fazer o re-trato daquelas 6 instituições e de toda a temática que as en-volve, nomeadamente, uma análise económica e financeira, os modelos municipais de pro-teção e socorro, o voluntariado e a ação social nas associações.

O encontro foi aberto tam-bém a autarcas, nomeada-mente, vereadores e presiden-tes de junta de freguesia do concelho, e às associações de bombeiros dos concelhos de Arruda dos Vinhos, Azambuja e Loures.

Após a sessão de abertura, que contou com as presenças, do vereador da proteção civil, António Oliveira, do presidente do secretariado concelhio das associações, José Oliveira, e do presidente da direção dos Vo-luntários de Vila Franca de Xira, Vitor Batalha, decorreu o primeiro painel alusivo à análi-se económica e financeira das associações do concelho.

Abriu a sessão, o presidente dos Bombeiros de Alhandra, José Oliveira, e apresentaram o tema, o vice-presidente dos Bombeiros de Alverca, Rui Fer-reira, e o oficial bombeiro da

mesma instituição, Pedro Sou-sa.

O estudo apresentado, cor-respondente a cinco anos (2011/2015), permitiu tirar ila-ções interessantes, demons-trando, por exemplo, que as contas das associações, anali-sadas em conjunto, permitem concluir que apesar da diminui-ção de receitas foi possível pra-ticar melhor gestão, a provar, como alguém referiu no debate, estar-se perante super gestores à frente de associações de su-per-heróis.

Da análise geral, entre outros aspetos, conclui-se que as 6 as-sociações de bombeiros per-dem, em média, 108 mil euros/ano, 9 mil/mês e 300 euros/dia.

Os quadros anexos quantifi-cam o peso de cada área no to-cante a receitas e custos. Nos últimos cinco anos, no quadro global das associações de bom-beiros do concelho de Vila Fran-ca, 53 por cento das receitas tiveram origem nas próprias instituições (35 por serviços prestados, 8 por quotas e joias, 4 por donativos e 6 por cento devido a outros rendimentos). No caso das quotas os números em presença acusam uma que-da de 7 por cento e os donati-vos de 27 por cento.

As restantes receitas (47 por cento), dizem respeito ao apoio do Estado (20 por cento), com uma quebra de 25 por cento, e da Câmara e juntas de fregue-sia de 27 por cento, com au-mento de 4 por cento.

No domínio dos custos, o es-tudo permitiu concluir que os materiais consumíveis acusam uma subida de 28 por cento, o fornecimento de serviços às instituições representam mais de 30 por cento deles, com uma quebra de 28 por cento, os en-cargos com pessoal estão em 60 por cento (quebra de 10 por cento), 1,4 por cento para ou-tros gastos, 8 por cento gastos em combustíveis (quebra de 16 por cento), e as depreciações, que representam 7,7 por cento, acusam um aumento de 35 por cento devido à implementação da normalização contabilística.

São várias as conclusões a retirar do estudo comparativo entre receitas e custos. Desde logo, conclui-se não haver ou haver uma margem reduzidíssi-ma para fazer face a despesas extraordinárias e, ainda, inca-pacidade de incorporar mais bombeiros assalariados e atua-lizar as remunerações atuais. Em síntese, verifica-se uma quebra de 15 por cento nos pro-veitos operacionais, outra que-

VILA FRANCA DE XIRA

Fórum faz retrato das associações

O estudo económico e fi-nanceiro apresentado no

1.º Fórum das Associações de Bombeiros Voluntários do Concelho de Vila Franca de Xira permitiu tirar inúmeras conclusões.

O trabalho apresentado pelo vice-presidente dos Bombeiros Voluntários de Al-verca, Rui Ferreira, e pelo oficial bombeiro daquele cor-po, Pedro Sousa, permitiu concluir, por exemplo que, como o quadro anexo de-

monstra, o número de horas e valor atribuído aos piquetes voluntários realizados nas 6 associações de bombeiros do concelho (Alverca, Alhandra, Vialonga, Vila Franca, Póvoa de Santa Iria e Castanheira do Ribatejo) é muito signifi-cativo. Excluem-se destes pi-quetes os ECIN/DECIF ou ou-tras ações associadas.

Os números em causa, mais de 1,5 milhões de eu-ros/ano, mais de 126 mil eu-ros/mês e mais de 4 mil/dia,

permitem aferir o enorme custo que representariam para as associações caso os piquetes tivessem que ser pagos e não fossem assumi-dos com caráter voluntário.

Além do custo que acarre-tariam, os números permitem tirar conclusões relativamen-te ao tempo dado pelos vo-luntários às respetivas asso-ciações e ao socorro às popu-lações, mais de 168 mil ho-ras/ano, mais de 14 mil/mês e 467 horas/dia.

Valor dos piquetes voluntários

A geminação entre as Associações de Bombeiros Voluntários de Dafundo e Paços de Ferreira dura

há 23 anos e os dirigentes e comandos respetivos apostam na sua continuidade.

Desta vez, coube aos Voluntários do Dafundo re-ceber a sua congénere de Paços de Ferreira. Duran-te a visita de três dias, oito elementos do corpo de bombeiros visitante, coordenados pelo bombeiro de 2.ª, Albano Costa, partilharam atividades opera-cionais e de lazer com os seus colegas do Dafundo.

Nesse período, os bombeiros de Paços de Ferreira integraram o piquete da sua geminada e participa-ram em várias saídas de socorro, conforme nos re-feriu o comandante dos Voluntários do Dafundo, Carlos Jaime Santos.

A visita culminou com um almoço de confraterni-zação, realizado em Paço de Arcos, que incluiu bombeiros e famílias e, inclusive, constituiu a opor-tunidade para festejar o aniversário de dois bom-beiros do Dafundo, Carla Nogueira e Guilherme.

GEMINAÇÃO COM 23 ANOS

Dafundo e Paços de Ferreira mantêm tradição

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13SETEMBRO 2016

Hoje Abílio Camacho já fala de cabeça erguida do pro-jeto que encabeça, mas

confessa que há nove anos quando assumiu a presidência da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Cal-das da Rainha, chegou a ponde-rar abdicar do voto de confiança que lhe foi concedido pelos as-sociados, pois confessa foi con-frontado com uma “situação muito difícil”, traduzida em “di-vidas na ordem de um milhão euros” e “um complicado litígio envolvendo 19 funcionários”. Contudo, uma equipa coesa e unida na forte determinação de devolver estabilidade à institui-ção conseguiu inverter o rumo.

As dívidas e as animosidades foram sanadas e, hoje, a assi-nalar 121 anos de assinaláveis serviços ao concelho, ao distrito de Leiria e ao Pais, esta asso-ciação humanitária exibe com vaidade um projeto de futuro, assente na preparação e pronti-dão dos bombeiros e na quali-dade dos meios colocados ao serviço do socorro.

“Devo reconhecer que me sinto muito satisfeito, porque todo este processo permitiu hu-manizar a instituição e melho-rar a qualidade de vida destas mulheres e homens, que traba-lham connosco e que, afinal, são quem no terreno dignifica o bom nome da instituição”, re-gista o presidente da direção, salientando ainda que a nomea-ção do comandante Nelson Santos, “um homem da casa”, acabou por ser determinante para o início de um novo ciclo, marcado por um enorme dina-mismo que envolve bombeiros e dirigentes.

As Caldas da Rainha têm

além de outras “características especiais”, a “particularidade” da comunidade estar sensibili-zada para as causas e as coisas dos bombeiros, tanto que um cortejo de oferendas pode ga-rantir mais de cem mil euros à instituição. Ações várias, no-meadamente junto das empre-sas - leia-se “muito trabalho, uma gestão apertada e regrada e passos seguros” - permitiram com alguma serenidade que a associação conseguisse dar a volta à crise e relançar o futuro. O dirigente salienta ainda os apoios concedidos pela câmara municipal, juntas de freguesia e empresas da região. Importa salientar que, no campo da re-ceita, a completar os serviços que presta, a associação dina-miza ainda uma piscina e um parque de estacionamento.

O corpo de bombeiros conta, atualmente, com 111 operacio-nais, um número que certifica a vitalidade deste quartel onde nos últimos anos o investimen-to não tem parado, nomeada-mente a nível de viaturas. Nos três mandatos de Abílio Cama-cho foram adquiridos 19 carros, “dez dos quais nos últimos dois anos”.

Da mesma forma também o quartel recebeu múltiplos me-lhoramentos, dos quais se des-taca o mais recente e que per-mitiu a cobertura de um dos parqueamentos do complexo operacional que, assim, ganha alguma polivalência podendo acolher várias iniciativas e ações promovidas pela associa-ção.

A iniciar o quarto mandato Abílio Camacho e já com muita obra feita lamenta que os fun-

CALDAS DA RAINHA

Passado não compromete o futuroA turbulência deu lugar à calmaria. Depois

de um grande esforço e “muitas dores de cabeça” os Voluntários das Caldas da

Rainha recuperaram a tranquilidade que permite gerir o presente e projetar o futuro

e, desta forma, acrescentar mais um capítulo de ouro numa história que

começou a ser escrita em finais do século XIX.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

dos comunitários não tenham chegado para requalificação do quartel e, esse surge agora, como o grande desígnio para os próximos quatros anos, até porque o dirigente reconhece urgência na adaptação das ins-talações a novas exigências operacionais. Se as janelas de oportunidade do Programa 2020 se fecharem “a obra avan-ça na mesma”, garante o vice--presidente António Marques, adiantando que a empreitada deverá rondar os 600 mil euros, havendo, contudo, uma pro-messa da autarquia em colabo-rar no financiamento da em-preitada.

A união tem sido o “segredo” do sucesso deste projeto. O co-mandante não esquece neste esforço combinado a ação dos bombeiros sempre disponíveis para fazerem parte da solução de todo e cada um dos desafios lançados pela associação. Ope-racionais preparados nos vários

teatros de operações e em prontidão para intervir “no que for necessário no quartel, assu-mindo funções de pintores, pe-dreiros, ou mecânicos…”.

Nelson Santos enaltece o es-forço destes homens e mulhe-res, mas reconhece que a dire-ção tudo tem feito para dar condições de trabalho aos seus bombeiros, salientando que não lhes faltam os meios para pres-tar um serviço de qualidade ao concelho.

Apesar da aparente vitalida-de, patenteada nos mais de cem bombeiros que integram o efetivo, o comandante não es-conde que o futuro pode ser ne-gro para a causa:

“Se nada de radical for feito os bombeiros voluntários vão acabar. O Governo e a Autorida-de Nacional de Proteção Civil nada estão a fazer para incenti-var o voluntariado”, denuncia o comandante, defendendo “a re-cuperação do Serviço Nacional

de Bombeiros” que defenda e institucionalize “uma doutrina nacional para o setor”. Num dis-curso fluente e muito crítico Nelson Santos aponta o dedo às entidades que assumem o co-mando dispondo dos meios de outros, neste caso das associa-ções humanitárias.

“O modelo está esgotado, tem que ser repensado”, advo-ga, declarando que desta forma estão “a matar estas institui-ções e o voluntariado e a permi-tir que qualquer entidade man-de nos bombeiros”.

Esta visão desassombrada, realista, é aliás apanágio desta instituição que assumindo uma postura combativa e interventi-va permitiu relançar o futuro de uma associação que encontrou nesta independência o meca-nismo para recuperar a credibi-lidade que lhe, permite, agora, vir a terreiro exigir respeito e reconhecimento do País aos bombeiros de Portugal.

14 SETEMBRO 2016

Realiza-se no dia 8 de outubro, em Sintra, pelas 15 horas, na Sala da Nau do Palácio Valenças, a

Conferência Evocativa dos 50 Anos do Grande In-cêndio na Serra de Sintra.

Esta iniciativa, levada a efeito pela REVIVER MAIS – Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses, IPSS, em parceria com a Câmara Municipal de Sintra (CMS), terá como pales-trante o tenente-coronel José Francisco do Rio Fran-ça de Sousa, comandante do Quadro de Honra dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses e vice-presiden-te do Conselho de Administração Executivo daquela instituição, que apresentará uma comunicação su-bordinada ao tema “O Grande Incêndio de 1966 da Serra de Sintra: Relato de um Combatente”.

Procurando estabelecer uma ponte de significa-ção entre passado e presente, a REVIVER MAIS su-geriu à CMS que esta interviesse na mesma confe-rência a respeito das atuais condições de proteção florestal da Serra de Sintra, pelo que se prevê a

apresentação de uma outra comunicação, a cargo de personalidade indicada pela autarquia.

Por sua vez, a moderação estará a cargo do pre-sidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, comandante António Carvalho, que é tam-

bém presidente da Mesa dos Congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses.

Refira-se que o comandante França de Sousa, conjuntamente com os comandantes José Alberto Caetano (BV de Almoçageme) e Cristiano Santos (BV de Loures) forma hoje a única representação de comandantes vivos que, entre 6 e 12 de setembro de 1966, tiveram a responsabilidade de orientar os trabalhos de extinção.

Entre outras entidades, serão convidados para a ocasião os presidentes de Direcção e os comandan-tes das associações/corpos de Bombeiros do distrito de Lisboa, bem como os respetivos Quadros de Honra, dos quais fazem parte elementos que, há 50 anos, combateram o incêndio.

CONFERÊNCIA EVOCATIVA

50 anos do grande incêndio na Serra de Sintra

A REVIVER MAIS – Associa-ção dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros

Portugueses, IPSS prestou ho-menagem à memória do lendá-rio Inspetor Guilherme Gomes Fernandes, no dia 17 de setem-bro, na cidade do Porto.

A cerimónia alusiva ao ato realizou-se no Cemitério do Prado do Repouso, junto do monumento onde se encontram sepultados os restos mortais de tão nobre figura.

Em nome da REVIVER MAIS, interveio na ocasião o presiden-te do Conselho de Administra-ção Executivo (CAE), Luís Mi-guel Baptista, que afirmou: “A REVIVER MAIS presta, hoje e aqui, homenagem à memória de Guilherme Gomes Fernan-des, vulto da nossa Nobre Cau-sa, considerado como sendo o ‘Expoente Máximo do Bombeiro Português’. Fazemo-lo, convic-tamente, suportados nos princí-pios e valores que defendemos

e proclamamos enquanto reser-va moral dos bombeiros portu-gueses. Fazemo-lo, também, em nome da preservação da memória coletiva, junto do mo-numento onde repousam as os-sadas de Guilherme Gomes Fer-nandes, conscientes de que é importante e necessário promo-ver e fomentar o culto dos nos-sos mestres. Não com caráter saudosista, mas numa atitude eminentemente moral e cívica, responsável, tendente à preser-

vação das nossas raízes e da identidade da instituição-bom-beiros em Portugal.”

Por sua vez, o representante da Liga dos Bombeiros Portu-gueses, comandante José Cam-pos, conselheiro superior con-sultivo da Confederação, corro-borando das palavras do presi-dente do CAE, aproveitou para registar a ausência de repre-sentantes da Câmara Municipal

do Porto, do Batalhão de Sapa-dores Bombeiros do Porto e da Federação de Bombeiros do Distrito do Porto, referindo, a propósito, que a memória e a notoriedade de Guilherme Go-mes Fernandes - “o maior Bom-beiro Português de sempre” - justificavam uma outra postura, independentemente das razões impeditivas apresentadas aos promotores da homenagem.

Findas as intervenções, Luís Miguel Baptista convidou o co-mandante José Campos e o presidente da Mesa da Assem-bleia Geral da REVIVER MAIS, Lourenço Baptista, a deporem uma coroa de flores no monu-mento ali erigido, com o que se deu por encerrada a ceri-mónia, após o cumprimento de um breve momento de si-lêncio.

REVIVER MAIS

Homenagem a Guilherme Gomes Fernandes

15SETEMBRO 2016

Realizou-se no passado dia 21 o funeral do co-

mandante dos Bombeiros Voluntários de Ourique, Eduardo Guerreiro, falecido dias antes. Na véspera do funeral o corpo do coman-dante Guerreiro esteve em câmara ardente no salão no-bre da Associação.

Eduardo Guerreiro, de 52 anos, foi encontrado morto na sua residência tendo sido infrutíferas quaisquer manobras no sentido da sua reanima-ção.

Em outubro de 2015 o falecido foi acometido de um aci-dente vascular cerebral de que estava a recuperar, não obs-tante as sequelas que o mesmo lhe provocou.

Em outubro próximo, o comandante Eduardo Guerreiro deveria passar ao quadro de honra da sua Associação.

OURIQUE

Quartelperde comandante

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“Tudo farei para que em 2017 sejam atribuídos fardamento e equipa-

mento de proteção individual adequados, bem como seja mi-nistrada formação aos militares, envolvidos no combate aos in-cêndios”, anunciou o Chefe do Estado-Maior do Exército, gene-ral Frederico Rovisco Duarte, na evocação aos 25 jovens solda-dos que há meio século perde-ram a vida a combater o incên-dio na Serra de Sintra.

“Infelizmente, à semelhança desse fatídico ano de 1966, tem--se vivido, em todos os verões, o

flagelo dos incêndios florestais”, salientou Rovisco Duarte, que assinalou, mobiliza “centenas de militares”, em situações de “pre-venção estrutural, prevenção operacional e combate, repara-ção da rede viária florestal, vigi-lância, primeira intervenção, rescaldo e apoio logístico”, des-tacando que, este ano, o Exérci-to realizou, no continente, 157 intervenções no terreno, em 66 cenários de incêndio, empe-nhando 2351 homens e mulhe-res, apoiados por 429 viaturas. O militar realçou ainda a ação Regimento de Guarnição N.º 3,

INCÊNDIO DE SINTRA MEIO SÉCULO DEPOIS

Exército quer investir em EPI para militaresNo dia 7 de setembro, o Regimento de Artilharia Antiaérea n.º 1,

(Queluz) prestou tributo aos 25 militares que, em 1966, faleceram quando combatiam as chamas no que ficou para história como “o

grande incêndio da Serra de Sintra”.Numa emotiva cerimónia, o Chefe do Estado-Maior do Exército

evocou o passado, mas não esqueceu o presente falando do “flagelo dos incêndios florestais”, para sublinhar o importante trabalho dos

militares na “prevenção estrutural, prevenção operacional e combate, reparação da rede viária florestal, vigilância, primeira intervenção, rescaldo e apoio logístico”, anunciando para 2017

investimentos na segurança e formação destes operacionais.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

do Funchal, no apoio às popula-ções evacuadas, no passado mês de agosto, aquando do vio-lento incêndio que fustigou a ilha da Madeira, “prestando apoio di-reto a cerca de 600 desalojados, incluindo varias dezenas de pa-cientes acamados do Hospital dos Marmeleiros”.

Reiterando “a permanente disponibilidade do exército em apoiar a Autoridade Nacional de Proteção Civil”, Rovisco Duarte, revela preocupações “na forma-ção dos militares envolvidos e a tipologia de fardamento e equi-pamento utilizado” nessas mis-sões reconhecendo mesmo exis-tir “nítido contraste com as ou-tras forças presentes no terre-no”.

Volvido meio século, esta ce-rimónia continua a ficar marca-da pela emoção, dos familiares das vítimas, mas também dos militares, bombeiros e civis que de 6 a 12 de setembro de 1966 enfrentaram uma dura batalha e que no Pico do Monge ceifou a vida a 25 soldados Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa (RAAF).

O Regimento de Artilharia An-tiaérea n.º 1, herdeiro das tradi-ções do RAAF assinalou o trági-co episódio com a celebração de missa no quartel de Queluz, se-guida da cerimónia ao Pico do Monge e da posterior romagem ao local “do fatídico aconteci-mento”, assinalado com a plan-tação de 25 ciprestes, junto aos quais dois militares depositaram um antúrio branco.

A cerimónia, presidida pelo Chefe do Estado-Maior do Exér-cito, contou com as presenças

dos presidentes da câmara, Ba-sílio Horta, e da assembleia mu-nicipal de Sintra, Domingos Quintas, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, bem como de dirigentes e comandantes dos vários corpos de bombeiros dos concelhos de Cascais, Sin-tra, Amadora e Lisboa que esti-veram envolvidos no combate às chamas e ainda de familiares dos soldados falecidos há meio século.

“Esta cerimónia representa a partilha do permanente pesar e o preito de homenagem ao es-pírito de sacrifício, levado ao li-mite pelos militares, que, neste mesmo local, se viram cerca-dos pelas chamas”, referiu o general, falando do “respeito pela sua memória”, que o Exér-cito “tem preservado ano após ano”.

A finalizar a sua intervenção, e ainda antes de terem sido re-cordados um a um os soldados

que tombaram neste campo de batalha, Rovisco Duarte enalte-ceu o trabalho dos “oficiais, sar-gentos e praças que têm partici-pado, este ano, na luta contra os incêndios, pelo elevado es-forço desenvolvido, profissiona-lismo evidenciado e extrema generosidade” fazendo, ainda, questão de “agradecer e mani-festar o profundo apreço ao em-penhamento dos bombeiros, um esforço, um esforço a todos ní-veis extraordinário”.

16 SETEMBRO 2016

A Rádio e Televisão de Por-tugal (RTP) consagrou a emissão do passado dia

12 aos Bombeiros Portugueses designando-a como “Nação Va-lente”. Tratou-se de uma emis-são destinada a homenagear os bombeiros que denodadamente combateram os incêndios que atingiram o país de norte a sul e também a Madeira. Que resul-tou da parceria PT/MEO/RTP.

Ao longo da emissão, através de chamadas de valor acres-centado, transferência directa através de NIB ou através de contacto com um “call center”,

onde atendiam figuras televisi-vas, personalidades de vários sectores, artistas e voluntários da PT, foi possível angariar mais de 300 mil euros destina-dos ao Fundo de Proteção So-cial do Bombeiro, gerido pela Liga dos Bombeiros Portugue-ses,

A emissão, dividida entre os centros da RTP de Lisboa, Porto e Madeira, foi animada por Só-nia Araújo, Tânia Ribas de Oli-veira, Jorge Gabriel, José Pedro de Vasconcelos apoiados pelos repórteres Joana Teles e Tiago Góes, com intervenções em es-

túdio e directos no exterior, na própria sede da RTP, Arouca, Porto e Madeira.

Após o Telejornal, foi emitido um programa “Prós e Contras” especial apresentado por Fáti-ma Campos Ferreira. A culmi-nar o dia de emissão de home-nagem aos Bombeiros Portu-gueses, em directo do pequeno auditório do Centro Cultural de Belém, foi transmitida uma gala apresentada por Sílvia Al-berto e José Carlos Malato e em que participaram inúmeros ar-tistas nacionais. A gala contou com a presença de muitos bombeiros, incluindo a fanfarra dos Voluntários de Caneças, da ministra da Administração In-terna, Constança Urbano de Sousa, do secretário de estado da Administração Interna, Jor-ge Gomes, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, comandante Jaime Marta Soares, do presidente honorá-rio da LBP, Padre Vitor Melícias, do presidente da RTP, Gonçalo Reis, outros dirigentes da mes-ma empresa, da PT e da MEO e convidados.

As imagens testemunham al-guns dos momentos vividos durante a gala promovida no Centro Cultural de Belém.

NAÇÃO VALENTE

Homenagem da RTP aos Bombeiros Portugueses

A sondagem televisiva realizada no decurso do programa “Prós e Contras” de 12 de setembro

último conclui que 65 por cento dos participantes reconhecem o esforço desenvolvido pelos bom-beiros no combate aos incêndios florestais e que 35 por cento defendem o contrário.

Este resultado, largamente dominante no todo nacional, viria a ser assinalado com duas exce-ções. No distrito de Braga a maioria dos partici-pantes defenderam o “não” e no distrito de Beja verificou-se um empate.

A mostra foi participada maioritariamente por homens, não obstante a diferença entre eles e as mulheres tenha sido reduzida.

Em termos etários, a maioria dos participantes na sondagem situava-se entre os 21 e os 35 anos, seguindo-se os com menos de 21 anos, en-tre os 36 e os 50, e com mais de 50 anos.

SONDAGEM

Portugueses reconhecem esforço

17SETEMBRO 2016

NAÇÃO VALENTE

Homenagem da RTP aos Bombeiros Portugueses

“Se há tantos estudos feitos, por que razão Portugal continua a

arder?” perguntou o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soa-res, o programa “Prós e Contas” da RTP no decurso de um dia de emissão de um dia dedicada aos bombeiros sob o título “Nação Valente”.

O comandante Jaime Soares la-

mentou que “desde 1981 se fala disto tudo e nunca se fez nada de concre-to”.

O presidente da LBP apontou a ne-cessidade de “consensualizar, não chorar sobre o leite derramado mas que cada um assuma as responsabili-dades devidas”, sublinhando que “ o diagnóstico e a terapêutica estão de-finidos, mas são precisos antibióticos

de boa qualidade e não “aspirinas” de má qualidade”.

O programa alusivo à “Prevenção dos Incêndios”, apresentado como habitualmente por Fátima Campos Ferreira, contou ainda com as presen-ças, do secretário de Estado da Admi-nistração Interna, Jorge Gomes, do ex-secretário de Estado da Adminis-tração Interna e deputado à Assem-

bleia da República, João Almeida, e do coordenador do Plano de Defesa da Floresta contra Incêndios, Tiago Oli-veira.

Ao longo do programa decorreu um barómetro participado pelos telespe-tadores sobre se “o país reconhece o esforço dos bombeiros no combate aos incêndios”. No final, apurou-se que 65 por cento dos participantes

entendem que esse esforço é reco-nhecido e 35 por cento concluem em sentido contrário.

O “Prós e Contras” decorreu em di-recto no auditório da Fundação Cham-pallimaud, em Lisboa, e antecedeu a gala “Nação Valente” de homenagem aos bombeiros realizada no auditório do Centro Cultural de Belém, também transmitida em direto pela RTP.

PRÓS E CONTRAS NA RTP

Presidente da LBP aconselha “antibióticos” de boa qualidade

18 SETEMBRO 2016

A equipa de grande ângulo dos Bombeiros Voluntários

de Vila Real – Cruz Verde res-gatou do fundo da escarpa existente no rio Corgo, em pleno centro da cidade, uma jovem praticante de escalada que sofreu uma queda de 20 metros. A queda terá ocorrido de forma controlada, mas em

circunstâncias que não permi-tiria à jovem a saída do local pelos meios próprios. A vítima foi imobilizada e resgatada com ferimentos na face e al-guns traumatismos.

A operação de resgate de-morou cerca de duas horas e foi apoiada também por ou-tros elementos dos Bombeiros

da Cruz Verde, num total de 11 e 4 viaturas, pelos Bombei-ros da Cruz Branca, por ele-mentos do INEM, incluindo a VMER local, e por agentes da PSP.

O alerta foi dado por hóspe-des de um hotel sobranceiro à escarpa e ao rio, face aos gri-tos da jovem vítima da queda.

VILA REAL

Resgate em escarpa

Uma equipa dos Bombeiros Voluntários da Agu-da fez um parto numa residência da freguesia

de Arcozelo. A equipa, composta pelo bombeiro de 3ª (TAS) Tiago Vieira e pelo bombeiro de 1ª Mário Marques, foi confrontada com a necessida-de de realizarem o parto no domicílio da mãe, perante a sua eminência e impossibilidade de fa-zer o transporte para o hospital. Os bombeiros realizaram o parto antes da chegada da VMER do Hospital de Vila Nova de Gaia/Espinho, entretan-

to acionada. No final, bombeiros e equipa do INEM efetuaram em conjunto o transporte do bebé e da mãe para o hospital da área.

“Existem na vida de um bombeiro dois mo-mentos que nos realizam completamente, o pri-meiro é o de salvar uma vida, e o segundo o au-xiliar a trazer uma nova vida ao mundo” defen-dem os Voluntários da Aguda a propósito do feliz acontecimento.

AGUDA

Bombeiros fazem parto na habitação

Os Bombeiros Municipais de Tavira foram cha-mados a Cabanas de Tavira para socorrer um

turista estrangeiro que havia sido vítima das on-das alterosas que se faziam sentir naquela praia. O turista foi enrolado nas ondas e acabou por acusar um traumatismo que inspirava cuidados de emergência diferenciados e imediatos.

As equipas de emergência dos Bombeiros Mu-

nicipais e da Viatura Médica do INEM foram des-locadas na embarcação de socorro dos bombeiros para a praia e, na praia completaram a assistên-cia que já havia sido dada prestada pelos nada-dores salvadores.

A vitima, após estabilização e transporte para o cais de Cabanas, foi evacuada ao Hospital de Faro.

TAVIRA

Municipais socorrem em Cabanas

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Um incêndio numa indústria de madeiras mobilizou no

passado dia 11de setembro mais de uma dezena de opera-cionais dos Voluntários de Fa-malicão apoiados por três veí-culos.

Valeu a rápida intervenção dos bombeiros que evitou, as-sim, a propagação das chamas que ficaram confinadas a uma estufa.

FAMALICÃO

Incêndio em indústria de madeiras

www.enb.pt/seminarioIUIINSCRIÇÕES EM:

19SETEMBRO 2016

Depois de alguns anos a funcionar como seção dos Bombeiros de Alen-

quer, a 20 de novembro de 1980, o corpo de bombeiros da Merceana ganhou autonomia e começou a trilhar o seu próprio caminho. Três décadas volvi-das, a organização conquistou cunho próprio, apresentando--se hoje como instituição está-vel, mercê do empenhamento e da entrega de dirigentes e bombeiros que teimam em fa-zer frente às adversidades, com trabalho “muito trabalho”, como declara o tesoureiro José Carlos Severino, que assume o papel de porta-voz da direção numa visita guiada à institui-ção. Acompanhado pelo co-mandante Nuno Santos e o ad-junto Marco Lopes, o dirigente não esconde “dificuldades” im-postas por condicionantes de ordem financeira, mas sobretu-do pelos obstáculos colocados às associações de bombeiros, pelas entidades que tutelam o setor.

O tesoureiro dos Voluntários da Merceana revela que asse-gurar a sustentabilidade é o

grande objetivo da sua equipa, para que nada falhe, nomeada-mente o compromisso assumi-do com os 17 funcionários, que, quer na vertente adminis-trativa, quer na operacional, são o garante do bom do servi-ço prestado às populações. Por outro lado, salienta, é impres-cindível garantir os meios, equipamentos e condições mí-nimas de trabalho e de conforto das mulheres e homens que in-tegram o corpo de bombeiros.

A redução do número de ser-viços de transportes de doen-tes não urgentes, teve forte impacto na instituição que, em 2011, praticamente, perdeu esta que era uma receita fun-damental para assegurar a es-tabilidade financeira. Cinco anos depois, a questão não está ultrapassada, contudo uma parceria com os Bombei-ros do Dafundo nesta área, tem permitido de alguma forma re-cuperar alguns serviços, no-meadamente para Lisboa, ain-da que José Carlos Severino, considere importante repensar esta questão, alegando que o transporte de doentes absorve

MERCEANA

Trabalho vence dificuldadesA intervir, não muito longe de grandes centros, nomeadamente

da capital, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Merceana enfrenta, contudo, problemas muito idênticosàs das congéneres do interior do país, onde faltam apoios,

mas sobram preocupações com uma população envelhecida a necessitar mais cuidados.

As contrariedades não demovem direção, comando e corpo ativo, norteados pelo desígnio comum de acrescentar valor ao projeto

encetado há quase 36 anos.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

muitos recursos, “meios e ope-racionais”, os encargos são grandes e a receita “pouco sig-nificativa”.

Ao quartel da Merceana che-gam poucos apoios, a Câmara Municipal de Alenquer “dá o que é possível”, ainda assim, pouco, quando são grandes as necessi-dades, como explica José Carlos Severino desde logo ao nível das viaturas que importava substituir nomeadamente um veículo florestal e um tanque, “com mais de 40 anos”. A este propósito o comandante revela que a Autoridade Nacional de Proteção Civil inviabilizou a candidatura da associação ao

Programa 2020, que permitiria renovar estes quase históricos veículos de combate a incên-dios florestais, uma decisão que direção e comando dizem “não entender”, quando parece óbvia a necessidade. Da mesma for-ma, é reconhecida a urgência em avançar com a renovação do parque de ambulâncias “al-gumas com mais de 500 mil quilómetros”.

Mas nesta casa a resignação não entra, dirigentes e opera-cionais desdobram-se em ini-ciativas que permitam não só angariar fundos, mas, também, reforçar os laços de proximida-de com a comunidade, que, re-

gista, “não nega apoio aos seus bombeiros”. Nuno Santos adianta que a associação está a promover uma recolha de fun-dos destinados a aquisição de material de desencarceramen-to. Depois de um participado “almoço solidário” já decorre a festa anual da instituição, que, registe-se, se prolonga até 8 de outubro, outras iniciativas estão previstas, num vasto calendário de atividades que incluiu um passeio de viaturas clássicas, noites de fado e bailes.

Este corpo de bombeiros ga-rante o socorro a cerca de 10 mil habitantes de quatro das 11 freguesias do concelho de Alen-quer, mais concretamente a Al-deia Galega da Merceana e Al-deia Gavinha, Ribafria e Pereiro de Palhacana, Ventosa e Vila Verde dos Francos, lugares marcados pela ruralidade e pelo envelhecimento da população, cada vez mais dependente de cuidados de saúde e do apoio que os bombeiros não podem negar, conforme faz questão de assinalar o comandante.

Tendo em conta as “especifi-cidades” do território, de onde

os mais novos partem cedo, o comandante fala com satisfação da vitalidade do voluntariado e do entusiasmo com que seis de-zenas de homens e mulheres abraçam a missão. Ainda as-sim, Nuno Santos alerta que as “exigências” estão a afastar “pessoas muito válidas dos quartéis”.

“Saímos do oito, para o 80. Ser bombeiro voluntário é casa vez mais difícil. Exigem muito, complicam tudo, corremos o risco de a, curto médio prazo, deixarmos de ter voluntários”, alerta o comandante.

Na tentativa de assegurar a renovação do corpo de bombei-ros a associação muito tem apostado na escola de infantes e cadetes que acolhe presente-mente 14 crianças e jovens, mas também em ações de sen-sibilização e de formação nas escolas. O resultado deste tra-balho só será conhecido dentro de anos, contudo o entusiasmo dos mais novos pela causa ser-ve de estímulo a dirigentes e bombeiros, que não obstante as adversidades continuam a construir o futuro.

20 SETEMBRO 2016

Foram atingidos os objetivos estabelecidos pela Reviver Mais – Associação dos Operacio-

nais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses, IPSS, ao lançar-se na organização da I Mostra de Veículos Clássicos de Bombeiros “Reviver Mais”.

O evento, que decorreu em Sintra entre as 10 e as 18 horas de sábado, 10 de setembro, me-receu a atenção de inúmero público, que duran-te todo o dia afluiu ao Terreiro da Rainha D. Amélia, configurado num verdadeiro “quartel aberto”, para ver e apreciar o património histó-rico automóvel ali exposto.

O desfile, com percurso compreendido entre

o quartel dos Bombeiros Voluntários de Sintra e o local da mostra, constituiu igualmente uma especial atração, sendo a população despertada através do toque das sinetas e sirenes dos veí-culos participantes, sobretudo, quando da pas-sagem em frente do edifício dos Paços do Con-celho.

A saudação ao município e aos munícipes de Sintra foi presenciada e aplaudida pelo presi-dente da Assembleia Municipal de Sintra, Do-mingos Quintas, em representação da autar-quia, e pelo adjunto do vereador da Ação So-cial, João Castanho, acompanhados do presi-dente do Conselho Administração Executivo

(CAE), Luís Miguel Baptista, e do presidente da Mesa da Assembleia Geral, Lourenço Baptista, bem como de outros dirigentes, convidados e sócios da Reviver Mais.

Todas as associações/corpos de Bombeiros participantes foram distinguidas com um diplo-ma conferido, a cuja entrega procedeu o vice--presidente do CAE, França de Sousa, em re-presentação dos operacionais que, há 50 anos, intervieram no grande incêndio na Serra de Sin-tra.

De resto, a atividade em causa marcou o iní-cio de um conjunto de evocações da efeméride, da responsabilidade da Reviver Mais.

O presidente Luís Miguel Baptista congratu-lou-se com os resultados obtidos e referiu que “longe de se tratar de uma ação saudosista, a mostra e outros eventos que se seguirão têm a suprema função de preservar a memória, já que é obrigação sentimental e estatutária da Revi-ver Mais proteger e exaltar a reserva moral dos bombeiros portugueses”.

O encerramento da mostra voltou a prender novamente a atenção do público, abeirado nos passeios, uma vez que a retirada de todos os veículos do “Quartel Aberto”, em coluna, fez re-criar a saída, “à moda antiga”, para um grande sinistro.

REVIVER MAIS

Clássicos passam por Sintra

Os Bombeiros Voluntários de Rebor-dosa assinalaram o seu 38.º aniver-

sário com a bênção de duas ambulân-cias, a entrega de condecorações de assiduidade e bons serviços prestados a 18 bombeiros e uma homenagem, a José Moreira, que presidiu à direção da associação durante uma década, e ao ex-comandante Lícinio Rocha.

A Junta de Freguesia de Rebordosa aproveitou o momento para entregar aos bombeiros o subsídio anual e a Câ-mara Municipal de Paredes adiantou que, na semana a seguir todas as cor-porações e delegações da Cruz Verme-lha Portuguesa do concelho receberiam a segunda parte do apoio municipal de 2016.

Na sequência das medalhas entre-gues o comandante Simão Sabrosa considerou que “foi uma homenagem justa e merecida”, agradeceu aos seus bombeiros a “dedicação, entrega e ca-pacidade de resposta” e concluiu que “Sinto um enorme orgulho em ser o vosso comandante”.

Ao antigo presidente, José Moreira, o comandante agradeceu o facto de “ser visionário e ambicioso” e por ter prepa-rado o futuro da corporação desde a

formação, ao parque automóvel, insta-lações e equipamentos de proteção in-dividual.

O presidente da direção da associa-ção humanitária, Abel Moreira, por seu turno, agradeceu ao ex-comandante Li-cínio Rocha, aos padrinhos das duas ambulâncias benzidas – Carlos Alfredo, Elias Barros e Joaquim Neves -; aos empresários que apoiam o Bazar do Móvel, à Câmara Municipal de Paredes, à Junta de Freguesia de Rebordosa e à CELER pelos apoios. Mas, sobretudo, a José Moreira, pelo legado deixado, já

que “herdei uma casa organizada e bem financeiramente”, garantiu.

O antigo dirigente José Moreira foi homenageado pela corporação mas também pela Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto e pela Liga dos Bombeiros Portugueses. Neste caso, a distinção foi-lhe entregue pelo vice-pre-sidente do conselho executivo, coman-dante QH José Miranda.

Honrado e emocionado, o ex-presi-dente da direção e atual presidente do conselho fiscal garantiu que “não foi fá-cil, mas foi muito gratificante ter estado

ao serviço desta corporação de bombei-ros” adiantando que “os bombeiros fo-ram sempre a minha motivação princi-pal. Apostei em primeiro lugar nas pes-soas e na formação”.

O vereador da Proteção Civil da Câ-mara Municipal de Paredes lembrou que houve 1200 hectares de área ardida no concelho este verão e que “todas as corporações deram o seu máximo”. “A Câmara está sempre disponível para ajudar os bombeiros a fazer face às ne-cessidades”, garantiu Manuel Fernando Rocha.

“Não trouxe cheque nenhum, mas trouxe um compromisso com data e hora”, referiu o vereador. O autarca adiantou que no dia 29 de setembro, será realizada uma sessão onde as cin-co corporações de bombeiros do conce-lho e as duas delegações da Cruz Ver-melha Portuguesa vão receber a segun-da tranche subsídios atribuídos para o ano de 2016. A primeira foi entregue em maio. O Moto Clube de Rebordosa anunciou que também vai entregar um cheque de 7500 euros aos bombeiros.

(BP com “Verdadeiro Olhar”)

REBORDOSA

Homenagem a antigo dirigente e comandanteFo

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21SETEMBRO 2016

Comunicar é palavra de ordem no quartel de Águas de Moura, de onde

com grande regularidade che-gam notícias, dando conta da atividade operacional, mas também de uma e outra inicia-tiva promovida pela instituição. Com presença assídua nas re-des sociais, este corpo de bom-beiros distingue-se, também, pela forma, pelos conteúdos que preservam, dignificam e valorizam a imagem do bom-beiro.

O presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Águas de Moura, António Brás, fala com orgulho de uma estru-tura organizada, uma herança dos fundadores que em 1980, garantiram jurisdição própria à então seção destacada dos Bombeiros de Palmela. Para a história desta instituição ficará também a inauguração do quartel, que em 2009, permitiu assegurar condições de exce-lência ao corpo de bombeiros, que a não existiam na antiga escola que acolheu este corpo de bombeiros durante os pri-meiros anos de existência.

O complexo amplo, cem por cento operacional e bem equi-pado responde cabalmente às exigências de preparação, prontidão e profissionalismo que são o estandarte deste contingente. As modernas ins-talações não descuram, igual-mente, o conforto dos opera-cionais. A casa escola assume

a função de polo formativo e para breve está prevista a construção de um campo de treinos que possibilite rotinar técnicas e intervenções com fogo real.

O quartel, orçado em 1.7 mi-lhões de euros e que se assu-me como um elemento arqui-tetónico singular, energetica-mente sustentável, dispõe ain-da de heliporto e de um desafogado espaço verde que a associação pretende que seja de “utilização pública”, confor-me salienta o presidente da di-reção.

A estreita ligação com a co-munidade resulta de um traba-lho permanente assente no contacto direto e na dinamiza-ção de várias atividades, den-tro e fora do quartel. Da mes-ma forma existe também já vasto trabalho desenvolvido com as empresas da região, que assenta em protocolos da prestação de serviços na área da formação e cooperação téc-nica.

“As empresas estão de cora-ção com a instituição”, diz An-tónio Brás, dando como exem-plo a Casa Ermelinda de Frei-tas, “sempre de portas abertas para qualquer iniciativa dos bombeiros, sendo, assim, uma parceira de referência”.

O trabalho desenvolvido no seio das associações humani-tárias merece, também, o re-conhecimento da Câmara Mu-nicipal de Palmela “pioneira e um exemplo nacional no apoio

aos bombeiros” traduzido em vários protocolos de coopera-ção, que desde 1998 têm per-mitido assegurar recursos hu-manos, equipar e dotar de meios os quartéis do municí-pio, como assinala o coman-dante Rui Laranjeira.

“É uma parceria extraordi-nária. Nenhum dos três corpos de bombeiros do concelho es-taria como está hoje se não fosse este apoio da autarquia”, reforça, anunciando que para que breve está prometida a reativação de um acordo no âmbito da formação, que per-mitirá colaborar com as asso-ciações no esforço de qualifica-ção e valorização dos operacio-nais.

A instituição conta atual-mente com 25 funcionários, uma estrutura pesada que “sem a colaboração da autar-quia seria impensável, mas só desta forma é possível respon-der a todas as solicitações, manter elevados os níveis de prontidão, como reconhece o presidente.

Ainda que não faltem os apoios, a sustentabilidade des-ta instituição é consequência

do “rigor”, como faz questão de referir o dirigente.

“As contas analisadas ao cêntimo e os dinheiros geridos de forma clara e transparente. Não devemos nada a ninguém não atrasamos os pagamentos aos fornecedores e colabora-dores”, sustenta.

Parte do êxito deste projeto resulta da união de uma equi-pa que partilha a máxima “tra-balho de todos para todos” podendo-se afirmar que os Bombeiros de Águas de Moura são autossuficientes, ou qua-se, tendo em conta que recor-rem a serviços externos “para manutenção dos portões e sis-tema de ar condicionado”, pois “tudo o resto” é assegurado pela prata da casa, que neste caso vale ouro pois “a esma-gadora maioria dos trabalhos de manutenção, limpeza, re-paração e inovação é feito com recursos próprios poupando” muitos encargos à direção.

“Tenho um orgulho enorme nos nossos bombeiros, da sua predisposição para a ajudar, para colaborar. Só consegui-mos fazer o que fazemos gra-ças a este empenho esta dis-

ponibilidade” assinala Rui La-ranjeira, estendendo o reco-nhecimento ao profissionalismo e preparação destes homens e mulheres nos mais adversos teatros de operações dentro e fora da sua área de interven-ção, “um pouco por todo o País”, onde o dever de salvar vidas e proteger bens os cha-ma.

Esta entrega é correspondi-da com formação e uma clara e ampla aposta na segurança, nos equipamentos e nos meios disponibilizados a este corpo de bombeiros talhado e di-mensionado à realidade do território que serve.

“Em relação aos veículos a

estratégia tem sido a remode-lação. Temos os meios ade-quados à nossa realidade tan-to na lógica de uma primeira intervenção eficaz, como na da complementaridade” diz o co-mandante falando, contudo, da urgência em substituir o veiculo tanque tático florestal e adquirir uma nova ambulân-cia de socorro. Por aqui de uma ou outra forma todos os projetos são concretizáveis, ainda que exijam muito traba-lho, nada que assuste dirigen-tes e os 54 operacionais que todos os dias provam que ser bombeiro, pelos menos em Águas de Moura, é ser diferen-te.

ÁGUAS DE MOURA

“Trabalho de todos para todos”A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Águas de Moura tem como

cartão-de-visita a abertura ao exterior. De portas escancaradas, apostando,

fortemente, na comunicação, a instituição é pois exemplo de adaptação às exigências do presente, que não

compadece com as estratégias empoeiradas que, décadas a fio,

afastaram os bombeiros da comunidade.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

22 SETEMBRO 2016

A comemoração do 121.º ani-versário da Associação Hu-

manitária de Bombeiros Volun-tários de Almoçageme, Sintra, foi o momento escolhido pela di-reção e comando para fazerem um balanço da atual fase da ins-tituição. O presidente da dire-ção, Maurício Barra afirmou que a Associação está numa fase de consolidação da trajetória traça-da e cumprida nos últimos anos pelos atuais órgãos sociais, quer em termos operacionais, quer em termos financeiros. Lembrou também o trabalho desenvolvido na consolidação do serviço à co-munidade, com a continuidade do centro clínico, da reconquista da farmácia para a localidade e o próprio táxi social.

Maurício Barra anunciou para

breve o arranque das obras para as camaratas masculina e femi-nina.

O comandante Bruno Tomás, realçou o trabalho desenvolvido em conjunto para a adequação da frota de viaturas e o acesso aos equipamentos e a aposta feita entretanto na formação do próprio corpo de bombeiros con-jugada com também com a dis-ponibilizada através das duas unidades locais de formação ins-taladas na instituição, para res-gate e para combate a incêndios florestais.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Sintra, que presidiu à sessão solene, anunciou um apoio global de 50 mil euros a distribuir pelas 9 associações de bombeiros voluntários do conce-

lho e, correspondendo ao desfio lançado pelo comandante Bruno Tomás, anunciou que em breve cada uma das associações irá contar com mais um DAE ofere-cido pela Autarquia.

Pouco antes um grupo de ci-dadãos tinha oferecido aos Vo-luntários de Almoçageme um equipamento idêntico.

Durante a sessão foram dis-tinguidos associados com mais de 50 e 25 anos e bombeiros.

Neste caso, o bombeiro de 2.ª Fernando Moço, recebeu a me-dalha de 30 anos da Câmara Mu-nicipal e os bombeiros, Nuno Brito (1.ª) e Diogo Nunes (2.ª), receberam as medalhas de 20 anos, Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP), Associação e Câ-mara Municipal de Sintra.

Por último, o adjunto de co-mando, Carlos Alberto Pereira Gonçalves, foi distinguido com a medalha de 25 anos, grau ouro, da LBP.

As comemorações contaram também com as presenças, do

presidente da Assembleia Muni-cipal, Domingos Quintas, vários vereadores, o presidente da Jun-ta de Freguesia de Colares, Rui Santos, o representante da LBP, Rama da Silva, o vice-presidente da Federação de Bombeiros de

Lisboa, comandante Manuel Va-rela, do segundo comandante distrital da ANPC, André Fernan-des, acolhidas pelo vice-presi-dente da assembleia-geral, Rui Aguiar, e restantes órgãos so-ciais.

ALMOÇAGEME

Aniversário assinala consolidação

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O 128.º aniversário dos Bom-beiros Municipais do Fun-

chal (BMF) foi comemorado com uma cerimónia solene na Praça do Município que foi pre-sidida, pela primeira vez, pela ministra da Administração In-

terna, Constança Urbano de Sousa.

A Liga dos Bombeiros Portu-gueses fez-se também repre-sentar no ato pelo vice-presi-dente do conselho executivo, António Rodeia Machado.

A sessão ficou marcada pela entrega de um novo veículo de combate a incêndios aos BMF e pela atribuição de medalhas de mérito e bons serviços aos pro-fissionais da corporação.

O presidente da Câmara Mu-

FUNCHAL

Bombeiros Municipais com 128 anos

No dia em que se assinalaram 90 anos da fun-dação da Associação Humanitária dos Bombei-

ros Voluntários da Pampilhosa, o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro, inaugurou, nas instalações da instituição aniver-sariamente, um monumento de homenagem ao bombeiro, um elemento “idealizado pelo comando e pela direção”, que visa igualmente “perpetuar o agradecimento à população” por todo o apoio que tem dado ao soldados da paz.

As comemorações oficiais de nove décadas de missão e se serviço público estão no entanto agendadas para o primeiro fim de semana de ou-tubro, um adiamento justificado com “a época critica de combate aos incêndios florestais”, con-

forme informam em comunicado os Voluntários da Pampilhosa.

PAMPILHOSA

Monumento inaugurado em dia de festa

nicipal do Funchal, Paulo Cafô-fo, a propósito, manifestou a sua extrema gratidão por tudo o que os bombeiros fizeram na frente de combate aos incên-dios em Agosto. O edil não per-deu a oportunidade de lançar o futuro, ou seja, anunciou que a autarquia vai investir 1 milhão de euros na melhoria de meios dos Bombeiros Municipais, vai abrir uma Escola de Bombeiros ainda este ano e já tem no ter-reno um grupo de trabalho para repensar o Parque Ecológico.

O presidente da Autarquia lembrou ainda “ a ambição que os bombeiros municipais pas-sem a ser sapadores”, situação que dependerá agora de uma alteração legislativa “ e ao Go-verno Regional compete fazer esse enquadramento legal em sede de assembleia”.

No final da sua intervenção, Paulo Cafôfo não se despediu sem deixar uma certeza: “acon-teça o que acontecer, esta cida-

de sabe que pode contar con-vosco.”

Na sua intervenção a minis-tra da Administração Interna defendo um empenho cada vez

maior na prevenção aos fogos florestais anunciando que o Go-verno vai lançar até final do ano um plano de proteção civil para a prevenção de incêndios.

23SETEMBRO 2016

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Carregal do Sal inaugurou na parada do quartel um memorial de homenagem à memória dos dois bombeiros falecidos em serviço, Cátia Pereira, falecida a 29 de agosto de 2014, e Ber-nardo Manuel Santos Cardoso, falecido a 3 de setembro de 2014.

Os dois bombeiros faleceram em consequência do seu envol-vimento no combate ao incên-dio ocorrido na serra do Cara-mulo. A Cátia faleceu no local e o Bernardo, dias mais tarde, no hospital onde, entretanto, esta-va internado em estado crítico.

A propósito, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, referiu no mo-mento que “ a morte deles não foi em vão, não os podemos es-quecer em momento algum e a melhor homenagem que lhes

podemos prestar é recordá-los, seguir o seu exemplo e corrigir tudo aquilo que for possível para evitar novas mortes”.

A homenagem, que assinalou a passagem do 77.º aniversário da instituição, contou também com as presenças, dois pais dos dois bombeiros falecidos, do se-cretário de Estado da Adminis-tração Interna, Jorge Gomes, do presidente da Câmara Muni-

cipal de Carregal do Sal, Rogé-rio Mota Abrantes, do diretor nacional de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do presi-dente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Viseu, José Amaro, do segundo comandan-te distrital de Viseu da ANPC, Rui Nogueira, acolhidos, pelo vice-presidente da assembleia--geral, Luís Figueiredo, do pre-sidente da direção, José Ernes-

CARREGAL DO SAL

Anúncio de EIP na homenagem a Cátia e a Bernardo

O programa comemorativo do 77.º aniversário da

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal incluiu tam-bém uma homenagem ao Banco Big e ao seu presidente do conselho de administra-ção, Carlos Rodrigues.

A homenagem traduziu-se na atribuição da Fénix de Honra àquela entidade pela Liga dos Bombeiros Portu-gueses (LBP) por proposta daquela Associação.

Na oportunidade, o presi-dente da LBP lembrou a exce-lente colaboração prestada por aquela entidade bancária, pelo seu responsável e cola-boradores, não só na oferta de equipamentos de proteção individual para bombeiros (EPI) no combate a fogos flo-restais a todos os elementos dos Voluntários de Carregal do Sal mas também no de-senvolvimento de uma cam-panha que permitiu dotar

muitos outros bombeiros com os mesmos equipamentos.

A essa campanha, lembrou também o comandante Jaime Soares, juntou-se, entretan-to, o Governo e as comunida-des intermunicipais na obten-ção de EPI para os bombei-ros.

Aquele dirigente elogiou o caráter inovador do projeto desenvolvido pelos Bombei-ros de Carregal do Sal e pelo Banco BIG, que contou desde o início com a colaboração da

LBP, e que permitiu que aque-le corpo de bombeiros tivesse sido o primeiro em Portugal a ser dotado de EPI.

Mas o presidente da LBP lembrou ainda que, não obs-tante os enormes avançou verificados “só se conseguiu ainda atingir uma parte” su-blinhando que são necessá-rios três EPI florestais por operacional, meta fundamen-tal para a salvaguarda da in-tegridade física dos bombei-ros.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

(LBP) lembrou em Carregal do Sal a importância que os bombeiros têm no contexto da proteção civil em Portu-gal.

O comandante Jaime Soa-res, que discursava durante a sessão solene comemorati-va do 77.º aniversário dos Voluntários de Carregal do Sal, sublinhou que “ na área do socorro há outros agentes também muitos importantes, que só todos em conjunto é que podemos ultrapassar as dificuldades, mas também sabemos que os bombeiros portugueses estão diretamente ligados ao socorro em 98 por cen-to das situações e que, no caso dos incêndios florestais, esse envolvimento nunca é inferior a 95 por cento”.

O presidente da LBP renovou o respeito por todos os outros agentes mas frisou que os bombeiros são o principal na proteção civil. E, a propósito, recordou a exigência já feita nou-tras ocasiões, de que “temos que ser ouvidos à dimensão da nossa representatividade”.

Referindo-se, a propósito, à demissão do presidente da ANPC, o comandante Jaime Soa-res lamentou que até à data, “o principal agen-te da proteção civil não tivesse sido chamado para debater a questão e poder participar na definição do perfil” do próximo presidente.

Nesse sentido, o presidente da LBP ressal-vou, com o à-vontade que lhe é reconhecido,

que “não é competência nossa nomeá-lo mas, somos nós que o temos que ir aturar”.

O comandante Jaime Soares, referindo-se à ANPC, lembrou ao secretário de Estado que “não podem continuar a fazer de nós o que lhes apetece” e que se mantém na ordem do dia a exigência por parte da LBP de um co-mando autónomo para os bombeiros e uma direção nacional de bombeiros também com orçamento e estrutura próprias.

A propósito das últimas candidaturas a ver-bas comunitárias (POSEUR) para quartéis e viaturas o presidente da LBP mostrou o seu desagrado, quer pela exiguidade das verbas perante tantas necessidades, quer pelas aná-lises e decisões que vierem a ser tomadas proximamente, reivindicando que a confede-ração quer ser ouvida sobre todos aspetos re-lativos às candidaturas.

“Queremos ser ouvidos à dimensãoda nossa representatividade”

Agradecimento ao Banco BIG

to de Sousa, do comandante Miguel Ângelo e restantes ele-mentos do comando e dos ór-gãos sociais.

“ Em memória à dedicação, coragem e espírito de sacrifício dos bravos bombeiros voluntá-rios envolvidos no combate ao incêndio na serra do Caramulo em 29.08.2013” é a expressão que encima o monumento ci-tando depois os nomes dos dois elementos que “perderam a vida em missão ao serviço da Pátria e dos Bombeiros” .

Na sessão solene que se se-guiu foi feita também a apre-sentação do livro “Bombeiros Voluntários de Carregal do Sal – 75 anos de vida”, focalizado especialmente nos últimos 15 anos da história da Associação

da autoria de Hermínio Cunha Marques. Este já havia escrito o livro alusivo ao 60º aniversário da instituição.

Trata-se de um livro profu-samente ilustrado e documen-tado que resume a história da Associação, nas mais diferen-tes vertentes e momentos, uns felizes e outros não, e que não deixa de evidenciar um cunho pessoal do autor bem conhece-dor direto da instituição e de muitos dos factos enunciados.

Na sua intervenção, o secre-tário de Estado da Administra-ção Interna, Jorge Gomes, anunciou estarem reunidas as condições para a constituição da equipa de intervenção per-manente (EIP) naquela Asso-

ciação, reunidas que estavam já reunidas, quer a disponibili-dade da Associação, quer da própria autarquia.

Aliás, na sua intervenção, o comandante Miguel Ângelo re-feriu-se a necessidade de do-tar a instituição com a EIP e que facilmente poderia de-monstrar essa mesma neces-sidade “assente na vertente do benefício e não do custo”.

Será de referir ainda que os dois bombeiros de Carregal do Sal que ficaram gravemente feridos no Caramulo em 2013, José Sabino e Nuno Pereira, prosseguem a sua recupera-ção e mantém-se como ele-mentos ativos do corpo de bombeiros.

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24 SETEMBRO 2016

Depois de alguns “uns qua-tro anos de afastamento”, por motivos pessoais,

José Manuel Pereira está de re-gresso à direção dos Voluntá-rios da Trafaria, e embora ale-gue que foi “empurrado” para a presidência pela ausência de outros candidatos, é com enor-me orgulho que dá a conhecer uma instituição com “bases muito boas, criadas ao longo dos anos”.

“Esta é uma associação sem problema absolutamente ne-nhum que conta com um grupo de 29 colaboradores com muita experiência, sempre atento, preparado até para auxiliar a direção”, revela o presidente.

Para a estabilidade financeira da instituição muito contribui a Câmara Municipal de Almada, sempre disponível para atender às solicitações dos três corpos de bombeiros do concelho, conforme sublinha José Manuel Pereira:

“Temos a sorte e felicidade de contar com um enorme apoio da autarquia, atenta às necessidades tanto a nível de recursos humanos, como ma-teriais”, destaca o dirigente, um investimento justificado com as assinaláveis exigências operacionais de um território que aloja cerca de 70 mil habi-tantes, na sua maioria idosos a necessitar de cuidados e aten-ção especiais, como referencia o comandante Afonso Rocha, dando, igualmente conta de outras especificidades da área de intervenção própria dos Bombeiros da Trafaria, desig-nadamente “as indústrias SE-VESO, de um polo universitá-rio, da zona ribeirinha e ainda

uma parte, a norte, dos areais da Costa da Caparica”.

A prontidão e preparação dos operacionais surgem como questões fundamentais, segun-do revela o comandante, sus-tentando que “a formação constitui uma grande preocu-pação” e que por isso mesmo a associação muito investe na qualificação dos bombeiros, não se cingindo à oferta da Es-cola Nacional de Bombeiros que segundo Afonso Costa “pa-rou um pouco em alguns con-teúdos”, nomeadamente ao ní-vel do combate a fogos urba-nos e industriais.

A direção congratula-se com o êxito do trabalho desenvolvi-do, alicerçado em projetos anuais que “tem sido possível concretizar” e assim sendo pouco ou nada falta nesta insti-tuição que analisa agora a es-tratégia de renovação do par-que de viaturas, identificando como prioridade a substituição de um veículo de combate a in-cêndios florestal “com mais de 30 anos”.

“Estamos numa fase que pede renovação, importa subs-tituir as viaturas mais antigas, por viaturas mais seguras”, re-conhece o comandante.

Depois de anos de “dores de cabeça” parece estar solucio-nado o problema no edifício inaugurado no final da década de noventa do século passado, a padecer de sérios problemas estruturais. O processo foi mo-roso e complicado, mas o com-plexo acabou por ser reparado em 2011, concedendo aos ope-racionais o espaço que, há mui-to, faltava no quartel. Ainda as-sim direção e comando defen-

TRAFARIA

“Vamos fazendo o que é possível”Com 85 anos de bons serviços prestados ao concelho de Almada e ao País, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da

Trafaria, faz questão de manter os pergaminhos em cada uma das missões

desempenhadas.Um projeto coeso e uma equipa unida

permitem, não só assegurar estabilidade E consolidar o projeto, mas também criar

bases sólidas de futuro.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

dem que há, ainda, trabalho a fazer:

“Melhoramos bastante, mas os operacionais mereciam me-lhor, não podem ter aqui piores condições do que em casa. Im-porta que os voluntários se sin-tam bem no quartel”, defende o comandante, para registar o esforço da direção que nos últi-mos anos investiu mais de 60 mil euros na requalificação das camaratas e balneários e na estratégica separação das áreas operacionais e associati-vas, numa intervenção que in-clui ainda a modernização da central de comunicações. A di-reção anuncia também a inten-ção de intervir no pavilhão des-portivo da associação, desde logo para remover a cobertura de amianto.

“Vamos fazendo o que é possível”, diz o dirigente, sa-lientando contudo uma gestão muito rigorosa que permita fa-zer frente “a uma crise que possa ocorrer”, ciente de “ já são muitas as famílias a de-penderem da associação”.

Atualmente, integram este contingente da paz 82 homens e mulheres, mas, porque im-porta assegurar os recursos do futuro, os Voluntários da Trafa-ria têm apostado tudo nos mais novos, com a dinamiza-

ção de uma escola de infantes e cadetes com três dezenas de elementos, parte deles “capta-dos” na ação “Bombeiros por cinco dias”, que associação di-namiza há já alguns anos.

“Com a escola de infantes acabamos por não sentir difi-culdade em arranjar voluntá-rios”, assinala o comandante dando conta que o corpo ativo já começa a receber reforços. O responsável operacional fala com entusiasmo do projeto que envolve também os pais destas crianças e jovens.

“Estas não são despesas, são investimentos a que não podemos fugir”, sustenta o

presidente, dando conta da qualidade do plano de ativida-des proporcionado e que aliás “serviu de modelo para outros corpos de bombeiros do País”.

Mas esta é uma casa viva alimentada, por um peculiar bairrismo que permite, tam-bém, manter ativa a fanfarra, que conta com cerca de três dezenas de elementos.

È com natural orgulho que João Pereira fala da sua insti-tuição e dos vários projetos de futuro, ainda assim, o dirigente faz questão de particularizar para elogiar o corpo ativo e va-lorizar a “harmonia” que reina nesta unida família, que, des-

taca, é fruto do “trabalho e o exemplo do comando” com-posto por homens que “nasce-ram e cresceram no quartel” e conseguem “manter o espíri-to”, que, aliás, ao longo de sé-culos, tem mantido viva a cha-ma que faz crepitar esta nobre causa.

Fundada a 25 de junho de 1931, a Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários da Trafaria continua a prestar tributo e a respeitar a obra aos homens bons que lançaram a primeira pedra da instituição, com trabalho, entrega e profis-sionalismo em cada uma das missões assumidas.

25SETEMBRO 2016

A comemoração do 121.º ani-versário da Associação Hu-

manitária dos Bombeiros Vo-luntários das Caldas da Rainha ficou assinalada por diversos momentos, incluindo um louvor público ao corpo de bombeiros, subscrito pelo comandante Nel-son Cruz.

O louvor assinala o cumpri-mento determinado da função operacional mas ressalva que “ a sua missão não se esgota na operacionalidade de excelên-cia, seja no combate aos incên-dios, no socorro das popula-ções ou na salvaguarda dos seus bens”, apontando que o corpo de bombeiros tem tido “ uma entrega infindável na ma-nutenção e conservação do parque de veículos, das instala-ções do quartel, como consta-tamos na transformação do VCOT 02, VCOC 03 VOPE 02 e na pintura do novo pavilhão”.

Este, também inaugurado no dia do aniversário, vai permitir salvaguardar a cobertura para as viaturas de transporte de doentes e auxiliares. O pavi-lhão da parada traseira tomou o nome do presidente Abílio Camacho e do comandante Nelson Cruz e foi inaugurado pelo presidente da Câmara, Tinta Ferreira.

Abílio Camacho, na oportuni-dade, desafiou o Município para que possa, pelo menos, contri-buir com um quarto do custo do pavilhão que envolveu um investimento total de 40 mil euros. O presidente da institui-ção desafiou também o presi-dente da edilidade para a cria-ção do dia municipal do bom-beiro.

A comemoração começou cedo, no cemitério de Santo Onofre, com a colocação no mausoléu da Associação dum

capacete de barro e machados executados pelo escultor Carlos Oliveira.

Depois, já no quartel, proce-deu-se à inauguração de uma viatura oferecida pela empresa Auto Júlio.

Presente na sessão solene, o presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses (LBP) conside-rou que “esta instituição está a cumprir bem aquilo que são as suas funções” e, aproveitou a oportunidade de ter decorrido na altura a posse dos órgãos sociais para o próximo manda-to, para enaltecer a disponibili-dade demonstrada por estes identificando-os como “verda-deiros bombeiros sem farda”.

Os órgãos sociais empossa-dos para o mandato 2016/2020, resultam da continuidade dos anteriores.

A assembleia-geral é presidi-da por Carlos Figueiredo, tendo

como vice, Henrique Sales Hen-riques, como secretário, Nuno Miguel Carvalho, e vogais, Fer-nando Sousa e Vasco Baptista.

O conselho fiscal conta com Joaquim Lopes (presidente), José Ferreira Gomes (vice) e Nuno Pinto (secretário - rela-tor).

A direção continua a ser pre-sidida por Abílio Camacho ten-do como vice, António Mar-ques, como tesoureiro, Anabela Camacho, como secretário, Luis Filipe Botelho, como secre-tário adjunto, António Alexan-dre, e como vogais, Hermínio de Abreu e Maria João Querido.

Seguiu-se a atribuição de medalhas de assiduidade da LBP, de dedicação – 25 anos, ao subchefe João Paulo Silva,

aos bombeiros de 1.ª, Pedro Marques e Emanuel Simões, aos bombeiros de 2.ª, Luis Pa-checo e Carlos Tomé, e ao bombeiro de 3.ª António Serre-nho. A medalha de 10 anos, prata, foi entregue aos bombei-ros de 2.ª, Ricardo Neves, Hugo Almeida, Ricardo Mar-ques, Sónia Henriques e Ernes-to Marques, e aos bombeiros de 3.ª, Daniel Pereira, Marcelo Santos e Rúben Castanheira. E a medalha de 5 anos, cobre, foi recebida pelos bombeiros de 3.ª, João Pedro Santos, André Sousa e Nilda Duarte.

A medalha de Quadro de Honra foi entregue ao chefe Octávio Santos e ao bombeiro de 2ª Luís Simões.

Por fim, foram entregues ga-

lardões de prestígio da Associa-ção, ao secretário da direção, Luis Botelho, ao presidente da assembleia-geral, Carlos Fi-gueiredo, ao empresário Antó-nio Júlio e ao presidente da câ-mara Tinta Ferreira.

Além das personalidades já referidas, nomeadamente, o presidente da LBP e o presiden-te da Autarquia, estiveram também presentes, o presiden-te da Assembleia Municipal, La-landa Ribeiro, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Leiria, Rui Vargas, do comandante distrital da ANPC, Sérgio Gomes, vereado-res, deputados municipais e outros autarcas, acolhidos pe-los órgãos sociais e comando da instituição.

CALDAS DA RAINHA

Comemorações e louvor ao corpo de bombeiros

26 SETEMBRO 2016

A assinalar 85 anos de exis-tência a Associação Hu-manitária dos Bombeiros

Voluntários de Paços de Ferreira apresenta-se como “uma jovem instituição com muitos anos de história”, que já experienciou vários momentos, enfrentou ci-clos de adversidade e viveu a bonança. Atualmente os tem-pos são de estabilidade e per-mitem apostar na qualificação dos operacionais e meios que asseguram o socorro a cerca de 30 mil pessoas neste concelho do distrito do Porto.

Trabalho e alguma imagina-ção para gerar receita marcam o dia-a-dia dos Bombeiros de Paços de Ferreira, pois os apoios são escassos resumem--se a “boas vontades” de um ou outro “amigo”, sempre disponí-veis para patrocinar o esforço e abnegação dos 73 elementos que integram este contingente da paz.

“Não fazemos peditórios há mais de 20 anos”, diz Joaquim

Silva Pinto, presidente da dire-ção, explicando que a receita para fazer face aos encargos, nomeadamente com os 20 fun-cionários da associação, vem dos serviços prestados e da rentabilização de alguns espa-ços, nomeadamente no quartel sede. “Muitos poucos, fazem muito”, enfatiza o dirigente dando como exemplo a ativida-de da reativada fanfarra que tem corrido o País e com as suas atuações vai amealhando pequenas verbas, mas que so-madas sempre permitem col-matar uma ou outra lacuna.

O presidente da direção dá conta de uma gestão muito ri-gorosa “ao cêntimo”, para ga-rantir que só assim é possível dar resposta às constantes soli-citações de um corpo de bom-beiros que não pode contar com qualquer apoio – “zero” - da Câ-mara Municipal de Paços de Ferreira. Joaquim Silva Pinto re-vela que a autarquia “nem se quer” está a cumprir a sua par-

te no pagamento da Equipa In-tervenção Permanente e que esse encargo está a ser assumi-do pela associação. Esta situa-ção que se prolonga há já al-gum tempo e que é justificada com a débil situação financeira que o município enfrenta.

Mas como as gentes do Norte não baixam os braços estas “contrariedades” não inviabili-zem o investimento, nomeada-mente na modernização do quartel, que há cerca de três anos recebeu obras de grande envergadura que incluíram a beneficiação das áreas opera-cionais e das camaratas, a cria-

ção de áreas de formação, am-pliação do parque de viaturas, construção de um museu e re-modelação do auditório. A em-preitada cumpriu o objetivo de dar “boas condições de traba-lho” aos bombeiros, como assi-nala o comandante António Costa, destacando o assinalável esforço da direção para que nada falte aos operacionais que, nos mais adversos cená-rios, cumprem de forma exem-plar e “muito profissional” o lema “vida por vida”.

A associação, também se pode congratular com investi-mento em meios e equipamen-tos, a prova-lo as duas ambu-lâncias adquiridas há cerca de

um ano. O comandante garante que os Voluntários de Paços de Ferreira estão “minimamente equipados e contam com uma frota razoável”, ainda que dê conta da necessidade de uma “nova viatura de combate a in-cêndios”. António Costa refere que foi apresentada uma candi-datura a fundos comunitários para a aquisição do veículo, contudo, diz ter “poucas espe-ranças” que as verbas do Pro-grama 2020 venham a benefi-ciar o seu corpo de bombeiros.

A escola de infantes de cade-tes é outro dos projetos que muito orgulha a instituição, até porque de alguma forma são a garantia de futuro. A olhar em

frente, mas sem esquecer o passado, o legado de outros, di-reção e comando registam com “enorme satisfação” o regresso de 47 elementos do quadro de honra à associação, onde cola-boraram nas mais diversas ati-vidades, brindando os mais no-vos com a sua grande experiên-cia e exemplo maior e dignifi-cando o bom nome da instituição fora de portas.

Os Bombeiros de Paços de Ferreira podem, assim, orgu-lhar-lhe de continuar a honrar o legado de Antero Chaves, Antó-nio Matos Alberto Batista e Júlio Ferreira Magalhães, os homens que há 85 anos ousaram sonhar para que a obra nascesse.

PAÇOS DE FERREIRA

Contrariedades não prejudicam missãoNo Norte do País surgem ecos de otimismo.

Ainda que as “dificuldades” e constrangimentos continuem a fazer parte

do código genético dos bombeiros de Portugal, os Voluntários de Paços de

Ferreira trocam as voltas à crise e com alguns poucos fazem muito em prol da

comunidade que servem.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

27SETEMBRO 2016

O quadro de comando dos Bombei-ros Voluntários da Ericeira, conce-

lho de Mafra, ficou completo na sessão solene comemorativa do 85.º aniver-sário com a posse do novo segundo co-mandante, Sérgio Pereira, e do novo adjunto de comando, João Velho.

As cerimónias do aniversário come-çaram com o hastear das bandeiras, seguindo-se a romagem ao cemitério e o desfile apeado e motorizado até ao quartel onde decorreu a sessão solene.

O vice-presidente da Câmara Muni-cipal de Mafra, Joaquim Sardinha, pre-sidiu à sessão, onde também partici-param, os representantes da Liga dos

Bombeiros Portugueses (LBP) e da Fe-deração de Bombeiros do Distrito de Lisboa, Rui Rama da Silva e coman-dante Pedro Araújo, o segundo coman-dante distrital da ANPC, André Fernan-des, o presidente do Agrupamento das Associações Humanitárias de Bombei-ros do Concelho de Mafra, Vitor Go-mes, o vice-presidente da ARS de Lis-boa, acolhidos, pelo secretário da as-sembleia-geral, adjunto do quadro de honra e crachá de ouro da LBP, Carlos Domingos, pelo presidente da direção, Ricardo Mestrinho, restantes órgãos sociais, pelo comandante Nelson Ro-mão e restante comando.

Procedeu-se à entrega de meda-lhas de assiduidade da LBP a diversos dirigentes e bombeiros. A de cinco anos, grau cobre, foi entregue aos bombeiros de 3.ª, Tânia Crujeira e Luis Reis, a de 10 anos, prata, à oficial bombeira Inês Vicente, aos bombei-ros de 2.ª, Ana Lúcia Domingos, Luis Duarte e Pedro Roque, e ao bombeiro de 3.ª João Nunes.

Com a medalha de assiduidade por 15 anos, grau ouro, foram distingui-dos, o subchefe do Quadro de Honra (QH) José Silva, o bombeiro de 1.ª do QH Fernando Câncio, e a bombeira de 2.ª Nélia Costa, e com a de 20 anos,

ouro, o dirigente Armindo Mestrinho, o subchefe João Paulo Silva, o sub-chefe do QH José Augusto Mano, o bombeiro de 1.ª QH Domingos Cândi-do, a bombeira de 2.ª Fátima Antu-nes, e o bombeiro de 3.ª João Nunes.

Por último, procedeu-se à entrega de medalhas de QH, ao adjunto de co-mando QH José Brás, ao subchefe do QH António Fernando, e aos bombei-ros de 1.ª do QH, Isaías Silva, Domin-gos Cândido e Germano Leandro.

Na oportunidade, o presidente da direção, Ricardo Mestrinho, fez um balanço da gestão da instituição, dan-do conta dos progressos havidos no

seu reequilíbrio e anunciou para breve a aquisição de duas novas ambulân-cias (ABSC e ABTD).

O comandante Nelson Romão pres-tou também informações pormenori-zadas sobre o trabalho desenvolvido e fez questão de agradecer de forma personalizada a todos os elementos que têm contribuído setorialmente para o cumprimento da missão do corpo de bombeiros.

Procedeu-se ainda à homenagem prestada pela direção e comando pelo apoio dado à instituição por Valdelí-cia, “conhecida por todos nós como Vau”

ERICEIRA

Segundo comandante e adjunto tomam posse

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alen

timA Associação Humanitária de

Bombeiros de Parede – Amadeu Duarte comemorou o seu 90.º aniversário acolhendo novos reforços, mais três esta-giários promovidos a bombeiros de 3.ª, Edson Giannaccini, Ca-tarina Costa e Joana Assunção, e prestando homenagem a três personalidades locais e antigos dirigentes, o gestor Alberto Ra-malheira, o médico João Ribeiro da Cunha e Renato Lemos, com a atribuição da medalha de bons serviços, grau ouro e 3 es-trelas, da instituição.

Durante a sessão solene pre-sidida pelo presidente da Câ-mara Municipal de Cascais, Car-los Carreiras, procedeu-se à en-trega de louvores e medalhas de assiduidade da Associação e da Liga dos Bombeiros Portu-

gueses (LBP) a vários bombei-ros. Neste caso, foram entre-gues, a de cinco anos, aos bom-beiros de 3.ª, Tânia Strecht e Luís Oliveira, a de 10 anos, aos bombeiros de 3.ª, Rui Massena, José Roquete e Luís Capote, e a de 20 anos, ao subchefe Edgar Brandão, ao bombeiro de 1.ª Bruno Dias e ao bombeiro de 2.ª Fernando Magalhães.

O bombeiro Fernando Maga-lhães recebeu a medalha das mãos de Erica Solange Tavares, jovem que há 14 anos, ainda bebé, foi salva das chamas e estabilizada por ele e por uma equipa de bombeiros que com-bateram o incêndio ocorrido na sua residência.

Foi também entregue um louvor, ao subchefe do QH Humberto Coito, aos bombeiros

de 2.ª, Rui Santos e João Fa-zenda, e ao bombeiro de 3.ª Vi-tor António pelo apoio prestado a concretização da camarata fe-minina, e outro louvor aos bom-beiros, Sebastião Esquível (1.ª) Rui Gonçalves e André Ferreira (3ª) pelo trabalho desenvolvido no processo de aquisição de duas novas ambulâncias de so-

corro, outra de transporte múl-tiplo, esta em segunda mão, e na recuperação de outra de transporte de doentes.

A sessão solene comemorati-va contou também com as pre-senças, do representante da LBP, Rui Rama da Silva, do co-mandante de Agrupamento Dis-trital Sul da ANPC, Elísio Olivei-

ra, dos vereadores Nuno Pitei-ra, Teresa Gago e Clemente Al-ves e de vários deputados municipais, da presidente da Junta da União de Freguesias Carcavelos-Parede, Zilda Silva, da presidente da Junta de Fre-guesia de S. Domingos de Rana, Fernanda Gonçalves, ou-tros autarcas e dirigentes asso-

ciativos, acolhidos, pelo presi-dente do conselho fiscal, João Esteves, em substituição do presidente da assembleia-ge-ral, António Vilarigues, do pre-sidente do conselho de admi-nistração, Manuel João Almei-da, dos restantes órgãos so-ciais, do comandante Pedro Araújo, e restante comando.

PAREDE

Quartel recebe reforços

28 SETEMBRO 2016

Os bombeiros de palmo e meio da Escola de In-fantes de Cadetes dos Voluntários de Vila Fran-

ca das Naves estiveram, recentemente, no Centro de Meios Aéreos da Meda. Nesta visita crianças e jovens foram Acompanhado pelo comandante Antó-

nio Santos e pela chefe Emilia Bordalo o grupo foi recebido pelo operacional João Nascimento, da For-ça Especial de Bombeiros (FEB) e pelo comandante Marco Coimbra.

Dias depois, ainda no âmbito do programa da ati-

vidades os 15 formandos da escola deslocaram-se, no passado dia 9 de setembro ao Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda.

Estas e muitas outras iniciativas visam integrar os mais pequenos na causa e familiariza-los com as

coisas dos bombeiros, esta é pelo menos a expecta-tiva de direção e comando que muito têm investido na dinamização do voluntariado que permitirá asse-gurar o futuro desta associação do concelho de Trancoso.

VILA FRANCA DAS NAVES

Infantes e cadetes visitam CMA e CDOS

Os Voluntários de Mourão, à semelhança do ano an-terior, realizaram nos

dias 26, 27 e 28 de agosto a ação “Bombeiro por um fim de semana”. Nesta segundo edi-ção, a iniciativa “superou todas as expectativas”, segundo fonte da associação que regista com agradado um substancial au-mento do número de partici-pantes.

Durante uma semana 60 crianças e jovens do concelho, mas também de Lisboa Évora, Amareleja e até do município espanhol de Alconchel aceita-ram o desafio e foram “bombei-ros” por um fim de semana, ação que visa não só sensibili-zar os mais novos para a causa, recrutar novos voluntários, em suma formar cidadãos mais

preparados e despertos, para as questões do socorro.

Os “candidatos” a bombeiro, com idades compreendidas en-tre 7 e os 17 anos, estiveram longe dos pais, desligados das redes sociais a viverem uma nova experiência que lhes per-mitiu conhecer e viver o dia-a--dia deste quartel alentejano.

Direção e comando registam com agradado que desde o ano passado, esta iniciativa já ga-rantiu 15 estagiários, resultado muito animador tendo em conta que “neste meio e nos tempos que correm não é fácil angariar voluntários para os bombeiros”.

Durante o fim de semana fo-ram abordados as temáticas do “voluntariado” e dos “Direitos e Deveres dos Bombeiros”, os formandos receberam noções básicas de “Ordem unida” e

participaram, numa aula de mergulho, testaram os meios e as técnicas de combate a incên-dios florestais e urbanos e in-dustriais e emergência pré-hos-pitalar, passaram pela central de comunicações, aprenderam a usar os rádios e as cartas mi-litares.

Apesar das dificuldades fi-nanceiras, imposta pela drásti-ca redução do número de servi-ços de transportes de doentes, esta associação dirigentes e operacionais “não baixam os braços”, continuam a trabalhar para honrar o passado, assegu-rar o presente e preparar o fu-turo investindo na reforço e re-novação deste efetivo da paz.

“Acreditamos que estamos a investir na formação destes jo-vens que estão agora, certa-mente, mais preparados para

enfrentarem qualquer desafio”, salienta fonte da instituição, que não esquece a colaboração de “Distrifone, Santa Casa da Misericórdia de Mourão, Meu Super, Tons de Campo, mini-mercado NANU e as padarias Lourenço, Luis Martins, José e Cesaltina e Grilo e amigo dos bombeiros de Mourão Fernando Ribeiro”. A iniciativa “Bombeiro por um fim de semana” contou ainda com o apoio da câmara municipal e do Agrupamento de Escolas de Mourão e CDOS de Évora. Na extensa lista de agra-decimentos direção e do co-mando incluem os participantes e os seus pais, a população da vila de Mourão e dos bombeiros que, não descurando a sua mis-são em vários teatros de opera-ções, se “dedicaram de corpo e alma a esta ação”.

MOURÃO

Crianças e jovens vivem nova experiência

Registe-se que também neste fim de semana o quartel dos Voluntários de Mourão deu as boas vindas a seis novos

bombeiros de 3.ª. Integram o grupo, Suse Barreto, Paulo Lavado, Francisco Fernandes, Miguel Ramalho, Paulo Santos e Francisco Carapencio.

Reforços chegam ao quartel

29SETEMBRO 2016

O Supermercado Iceland, situado no Retail Park de Albufeira, promoveu diversas campanhas de angariação de fundos, du-

rante o Campeonato Europeu de Futebol, em prol dos Bombeiros de Albufeira. Estas ações incluiriam um leilão online, competições no interior da loja, uma maratona de bicicleta estática, um evento de carwashing, nas quais, também, participaram os bombeiros.

No total, estas iniciativas renderam 1.838.25 euros investidos na aquisição de um atrelado que servirá para transportar equipamen-tos de apoio às operações.

ALBUFEIRA

Apoio chegado supermercado

Os Bombeiros da Pampilhosa promoveram mais um jantar soli-dário, iniciativa que contou com a parceria e apoio do grupo

motard Roda Ominas, do Carqueijo.O repasto juntou cerca de 230 comensais, mas muitos outros

que não estando fisicamente fizeram questão de participar no evento dando o seu donativo.

Direção e comando dos Voluntários da Pampilhosa não fazem questão de agradecer a todos os que associaram a esta festa in-cluindo os patrocinadores e, obviamente o grupo Roda Moinas que, “mais uma vez, mostrou o enorme carinho pela associação e gosto em ajudar os bombeiros”.

PAMPILHOSA

Jantar solidário

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC) vai

colocar à venda os doces e compotas confe-cionados com a fruta fresca doada à insti-tuição, nas mais recente e espontânea campanha de apoio aos soldados da paz que mobilizou os portugueses país de norte a sul, no passado mês de agosto.

Numa “onda de solidariedade sem prece-dentes que envolveu particulares, empre-sas e diversas entidades do concelho”, fo-ram entregues no quartel dos bombeiros de Cantanhede paletes de água, leite, barritas de cereais e muita fruta, produtos destina-dos aos bombeiros envolvidos no combate aos incêndios.

“A nossa primeira precaução foi a de ga-rantir que os bens chegavam a todos os bombeiros a atuar no terreno”, explica Adé-rito Machado, presidente da direção insti-tuição, acrescentando que o restante foi devidamente armazenado e a fruta consti-tuiu “uma preocupação imediata” pois im-portava não deixar estragar a grande quan-

tidade de laranjas, pêssegos e maçãs” en-tregues no quartel.

Nas primeiras semanas de agosto, quando os termómetros subiram e os in-cêndios pareceram tomar conta do territó-rio nacional, foram assinaláveis os gestos de solidariedade para com os bombeiros de Cantanhede, através da oferta de água e diversos bens alimentares à corporação.

“Seria uma falta de consideração e res-peito para com todos os que contribuíram, voluntariamente se deixássemos alguma coisa estragar”, defende o dirigente. As-sim sendo, a solução encontrada, foi transformar a fruta mais madura e perecí-vel em doces e compotas, recorrendo ao “saber e experiência das instituições par-ticulares de solidariedade social do conce-lho”.

O resultado foi a elaboração de três va-riedades de doce que, até 6 de outubro estão a ser que comercializadas na feira de Cantanhede, sendo que o montante apurado visa a “melhoria dos meios de proteção e socorro colocados à disposição da comunidade”.

CANTANHEDE

Fruta oferecida “vira” compota

Os Voluntários de Vila Franca das Naves marcaram presença no II Festival das

Vindimas, certame que celebra a tradição vitivinícola e a ligação à terra das gentes do concelho de Trancoso.

Assim, nos dias 17 e 18 de setembro os bombeiros promoveram um rastreio de

saúde com a medição da tensão arterial e a avaliação do peso e doa níveis de diabetes, colesterol e glicemia Numa outra vertente, a associação humanitária dinamizou uma quermesse visando a angariação de fundos para a aquisição de equipamentos para os operacionais.

O Festival das Vindimas é uma organiza-ção do Clube Recreativo das Naves, do Ran-cho Folclórico de Vila Franca das Naves e da Adega Cooperativa Beira Serra, que conta com o apoio do Município de Trancoso e da União das Freguesias de Vila Franca das Naves e Feital.

VILA FRANCA DAS NAVES

Bombeiros no Festival das Vindimas

30 SETEMBRO 2016

É com muito “furor” – descul-pem-me o termo, que come-

ço a escrever estas linhas, mas tenho de me conter, para ser breve, que podem não me ler!

Temos assistido a fogos flo-restais horríveis que andam dois, três e quatro dias a arder. Fala-se muito em prevenção e isso é uma luta, mas não se faz o que era mais preciso. Meu Deus! Será que esses fogos to-dos não tiveram um começo? Porque não foram alertados logo no início para serem com-batidos mais facilmente nas pri-meiras horas?

Perguntem aos mais velhos que eles sabem como era!

Temos um Melícias Lopes que ainda dá conselhos aos bombei-ros; Temos um Marta Soares

que foi Comandante, ainda no meu tempo, e já se passaram longos anos. Era um jovem de fileira e, portanto, hoje sabe. Ouçam-no!

O Padre Melícias é do tempo em que se formaram as Federa-ções dos Bombeiros em todo o país e o Presidente da Liga vi-veu nesse tempo sempre envol-vido e também formou uma Fe-deração.

Voltemos a estes tempos an-tigos e voltem a criar os Vigias das Florestas.

Porque acabaram? Por esta-rem sem serviço quando não há fogos? Faziam um serviço pri-moroso pois alertavam, das suas torres quando havia um indício de um pequeno fumo ao longe. Os Bombeiros eram avi-

sados mesmo sem saberem o local exacto e vinham para o terreno à procura dele. E era apagado de imediato, não abandonando o fogo sem ele estar extinto.

Em Aveiro, ainda não havia a Federação e já os Bombeiros criavam métodos para preven-

ção. Nos tempos dos fogos, convidavam-se Comandantes de Bombeiros para se instala-rem com um grupo de 6 a 8 bombeiros que eram escolhidos por uma semana; Cada grupo ia para os locais mais sujeitos – como Arouca, Castelo de Pai-va, Sever do Vouga e mesmo Albergaria-a-Velha, para, com um piquete permanente estar pronto a intervir ao primeiro aviso. Os grupos permutavam--se entre aqueles locais que, no tempo já pensavam em criar as suas corporações, (só Alberga-ria tinha Corporação.)

Eu, chegava a estar 15 dias sem ir a casa tal era a necessi-dade de estar nesses locais.

Fiz centenas de “foguinhos”, como eram esses em relação

aos de hoje e todos em curtos espaços de serviço. Quando não havia fogo, fazia-se pre-venção, falando-se com os la-vradores e indivíduos anóni-mos para que eles próprios fossem avisadores dos fogos, ligando aos Bombeiros. Distri-buíam-se batedores feitos com pontas de mangueira, para que eles pudessem já acorrer aos locais de incêndio enquanto os bombeiros não chegavam.

Havia quem se risse quando viam os bombeiros com má-quinas de sulfatar às costas e garrafões de água nas mãos; Mas as máquinas não eram para apagar o fogo, mas sim para fazer contrafogo com ab-soluta segurança. Hoje proíbe--se o contrafogo por não o sa-

berem utilizar, mas ensine-se aos bombeiros esta técnica. Fiz centenas deles, todos com êxi-to, e só se usavam quando não havia outro meio.

Nos velhos tempos já havia os bota-fogos, só que não se lhes dava o gosto que eles agora têm tido. Esses acen-diam o fogo nos topos dos montes e era preciso subi-los para os apagar, mas não se es-perava que chegassem cá abaixo.

Mas… Não digo mais nada, senão contradigo-me. Se dis-sesse tudo o que me vai na alma não chegava o papel para o fazer.

Comandante Alegria(Honorário

de Oliveira de Azeméis)

Alerta! Fogo! Fogo!

Decorreu no passado dia 12 de se-tembro, uma Homenagem Nacio-

nal aos Bombeiros Portugueses, sob a sigla “NAÇÃO VALENTE”, promovida pela RTP que também teve como obje-tivo a angariação de fundos para os nossos Bombeiros.

Foi um dia interessante onde a RTP prestou o chamado Serviço Público, neste caso a favor dos Bombeiros. Co-meçou logo de manhã com um pro-grama transmitido dos Estúdios do Porto e de tarde, primeiro dos Estú-dios de Lisboa e depois da Madeira, que este ano também foi tão martiri-zada pelo fogo, seguindo-se ao serão, transmissões de Lisboa com o Progra-ma Prós e Contras e acabou com um outro programa transmitido do Centro Cultural de Belém.

Ao longo do dia, em todos os pro-gramas, os espetadores eram convi-dados a fazer chamadas telefónicas para um número indicado, com a in-tenção de serem angariados fundos para os Bombeiros. Segundo a publici-dade, tanto a RTP como a MEO pres-cindiram das suas eventuais percenta-gens pelo que só o Estado parece não ter prescindido do IVA dessas chama-das e assim deve ter embolsado cerca de 70.000 Euros visto que a angaria-ção terá atingido um valor ligeiramen-te superior aos 300.000 Euros. Foi bom e mais uma vez o País demons-trou que está solidário com os Bom-beiros.

Simultaneamente também era dado um NIB para que as pessoas e as em-presas que quisessem contribuir com outros valores o pudessem fazer atra-vés de transferência bancária. O valor dessa recolha não foi anunciado pela RTP mas espera-se e deseja-se que, especialmente as chamadas grandes empresas, ao abrigo da sua responsa-bilidade social, tivessem aberto os cordões à bolsa e tivessem ajudado os Bombeiros com valores muito mais significativos.

Foi uma homenagem aos Bombei-ros Portugueses mais que devida, mais uma homenagem mas desta vez enriquecida com a recolha de fundos.

Foi bom mas espera-se que se faça mais alguma coisa de apoio financeiro

com caráter oficial, para além das pa-lavras bonitas de circunstância.

É certo que os Bombeiros, que todos os dias do ano ajudam o seu seme-lhante, tornam-se mais mediáticos nesta altura do ano por força dos fogos florestais e da mediatização das ima-gens que as televisões propagam à distância e invadem de forma incan-descente todo o país. Mas é pena que no resto do ano essas mesmas televi-sões passem meses sem se lembrarem dos Bombeiros e do seu trabalho diário e constante e muito menos das dificul-dades financeiras que muitas Associa-ções são obrigadas a ultrapassar, com muito engenho e arte, sempre com a mão estendida com a ajuda de muitos amigos.

O verão ainda não chegou ao fim, os Bombeiros andam mais que exaustos, mas mesmo assim vão arranjando co-ragem, força e audácia para continua-rem a responder a quem deles precisa. Há muitos anos que não se viam tan-tas movimentações de tantas cente-nas, diria até milhares de Bombeiros, por esse país fora, de Norte a Sul e de Sul a Norte. Mas também não se viam tantos incêndios, tanta área ardida e tantos prejuízos de toda a ordem.

Por tudo isto, já é hora do Estado ajudar, mas ajudar mesmo, os Bom-beiros que são o exército mais barato que o país alguma vez teve à sua dis-posição, vinte e quatro horas por dia e todos os dias do ano.

Os Bombeiros não querem nenhum tratamento preferencial nem de exce-ção, até porque não se sentem acima do cidadão comum. Mas também não gostam de ser tratados como cidadãos de segunda.

Veja-se o seguinte: O Diário da Re-pública de 8 de setembro, publicou uma Portaria que regula o desconto, para as empresas de transporte de mercadorias, sobre os combustíveis onde foi autorizado o desconto de 13 cêntimos no gasóleo profissional, para já nas áreas fronteiriças, desde 15 de setembro e a partir de 1 de janeiro em todo o País.

Ora aqui está uma boa oportunidade para o Estado começar a fazer alguma justiça aos Bombeiros, para além das

tais homenagens e das tais palavras bonitas de circunstância. Aliás, já não é sem tempo. Ontem já era tarde.

Como sabemos, já há anos que há gasóleos a preços especiais para a agricultura, para as pescas, e para ou-tras atividades específicas. Agora é mais este gasóleo profissional. E os Bombeiros continuam a arder, pagan-do o preço dos combustíveis como pa-gam os donos dos carros de luxo para passear, ao passo que as suas viaturas só servem para trabalhar a favor dos outros, substituindo o Estado que só tem um número residual de Bombeiros profissionais – com custos elevados - e se socorre todos os dias do ano, dos Bombeiros de raiz associativa ou muni-cipal? Porquê?

O Estado, como pessoa de bem, ain-da vai a tempo de se associar à home-nagem mostrando a sua solidariedade para com os Bombeiros Portugueses, determinando, para já, a extensão da tal Portaria do gasóleo profissional a favor dos Bombeiros, em todo o país, com o mesmo desconto de 13 cênti-mos por litro.

Mas o Estado pode e deve fazer mais alguma coisa sem estar a privilegiar os

Bombeiros. Pode e deve dar aos Bom-beiros Portugueses o mesmo tratamen-to que está a dar aos Militares e às For-ças de Segurança, no que respeita às condições de acesso à reforma dos Bombeiros Profissionais, isto é, permi-tir-lhe a passagem à reforma seis anos antes do comum dos portugueses, des-de que os Bombeiros tenham, neste momento, 60 anos de idade e 36 anos de serviço. Não é pedir nada de espe-cial porque se os Militares e as Forças de Segurança têm um Estatuto Espe-cial, os Bombeiros, pelas suas constan-tes atividades de risco e sem horários, também merecem, porque é justo, be-neficiar desse mesmo Estatuto.

E no que respeita aos Bombeiros Vo-luntários, também o Estado pode e deve fazer alguma coisa para que a contagem do tempo de serviço presta-do nos Bombeiros, para efeitos de re-forma, seja alterada para uma fórmula mais sustentada e que no final de con-tas reconheça efetivamente o trabalho de risco prestado a favor da comunida-de e isentando-os do pagamento de contribuições visto que do trabalho vo-luntário não auferem rendimentos.

Penso que seriam bons sinais de

mudança dos programas de financia-mento aos Bombeiros, e de apoio e re-conhecimento aos Bombeiros enquan-to pessoas, mas também de reconhe-cimento das dificuldades com que a generalidade das Associações de Bom-beiros vive, porque a forma como es-tão a ser financiados pelo seu trabalho insubstituível tem que ser melhorada rapidamente para evitar a falência de muitas Associações e simultaneamen-te a perda de muitos operacionais, como agora é moda chamarem aos Bombeiros.

É bom que se tomem medidas justas enquanto há fumo no ar e antes que se esqueçam os horrores do verão, por-que as dificuldades de muitas Associa-ções de Bombeiros são mais que evi-dentes e o País não pode desprezar o capital humano dos Bombeiros em todo o sistema de Proteção Civil. Mas também é bom que se reconheça o trabalho dos Bombeiros enquanto ci-dadãos solidários. É bom que se pense e se aja em conformidade, com realis-mo, transparência e em consciência face à realidade dos factos e acima de tudo enquanto é tempo.

Carlos Pinheiro

Nação Valente …às vezesBombeiros Valentes, SEMPRE!

31SETEMBRO 2016

ANIVERSÁRIOS1 de outubroBombeiros Voluntários de Póvoa de Varzim#139Bombeiros Municipais do Sardoal#63Bombeiros Privativos Vista Alegre#362 de outubroBombeiros Voluntários de Queluz#95Bombeiros Voluntários de Velas#383 de outubroBombeiros Voluntários de Valbom#89Bombeiros Voluntários de Ribeira de Pena#385 de outubroBombeiros Voluntários Torrejanos#856 de outubroBombeiros Voluntários de Salto#297 de outubroBombeiros Voluntários de Oleiros#68Bombeiros Voluntários de Nespereira#438 de outubroBombeiros Voluntários de Baião#55Bombeiros Voluntários de Juncal#329 de outubroBombeiros Municipais de Machico#56Bombeiros Voluntários de Castelo de Paiva#4111 de outubroBombeiros Voluntários de Torres Vedras#113Bombeiros Voluntários de Praia da Vitória#3212 de outubroBombeiros Voluntários de Armamar#8514 de outubroBombeiros Voluntários de Penedono#4515 de outubroBombeiros Voluntários de Odemira#81Bombeiros Voluntários de Moura#69Bombeiros Voluntários de Sever do Vouga#56Bombeiros Voluntários de Lagoa#3818 de outubroBombeiros Voluntários de Lisboa#148Bombeiros Voluntários de Espinho#12119 de outubroBombeiros Voluntários de Setúbal#133

20 de outubroBombeiros Voluntários de Santiago do Cacém#103Bombeiros Voluntários de Oliveira de Frades#87Bombeiros Voluntários de Mourão#38Bombeiros Voluntários de Santa Marinha do Zêzere#2822 de outubroBombeiros Voluntários de Évora#134Bombeiros Voluntários de Campo Maior#67Bombeiros Voluntários de Sátão#3824 de outubroBombeiros Voluntários de Vinhais#81Bombeiros Voluntários de Almodôvar#3925 de outubroBombeiros Voluntários de Alcácer do Sal#105Bombeiros Municipais de Coruche#8826 de outubroBombeiros Voluntários da Marinha Grande#117Bombeiros Voluntários do Redondo#66Bombeiros Voluntários de Alcanede#22Bombeiros Municipais de Faro#9527 de outubroBombeiros Voluntários de Mortágua#10028 de outubroBombeiros Voluntários Pinhelenses#110Bombeiros Voluntários de Borba#69Bombeiros Voluntários do Seixal#39Bombeiros Voluntários da Marinha Grande#11729 de outubroBombeiros Voluntários de Santarém#145Bombeiros Municipais de Olhão#85Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos#6730 de outubroBombeiros Voluntários de Paço de Arcos#12331 de outubroBombeiros Voluntários de Alcochete#68Bombeiros Voluntários de Famalicão da Serra#9

Fonte: Base de Dados LBP

em setembro de 1996

Os bombeiros voluntários en-contram-se 365 dias por

ano prontos para sair, ao minu-to, em qualquer ocorrência de Proteção Civil. Na Corporação dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Paiva, este pressu-posto deveria manter-se nas mesmas condições. No entanto, quinzenalmente, aos sábados, realiza-se uma feira histórica no distrito de Viseu, conhecida como feira de Barrelas, mesmo na frente do quartel do Bombei-ros Voluntários de Vila Nova de Paiva, que impede a saída das viaturas com as devidas condi-ções de segurança para presta-rem socorro às populações, como se pode ver nas imagens.

Os feirantes, pelo facto de a feira não estar organizada, obs-truem as vias de acesso em tor-no do quartel, através das ten-das para realizarem o seu co-mércio. Estes, parecem não ter noção da gravidade da situação

que estão a causar, bem como o transtorno e/ou situação grave em que podem meter a popula-ção. Por outro lado, a autorida-de local (G.N.R) demonstra que não tem autoridade, ou então não a quer usar, para obrigar os feirantes a desimpedir as vias de acesso à estrada Nacional 329 para os Bombeiros possam sair com dignidade. Só quando a “casa está a arder” é que a autoridade aparece para forçar os feirantes a “ceder” algum es-paço aos veículos de socorro. Mesmo assim, ainda há alguns que reclamam e afirmam que “Se os Bombeiros sabem que nós estamos cá aos sábados já podiam ter tirado as viaturas ontem à noite”.

Será que são os Bombeiros que estão a mais ou que estão mal?!

De facto, quem fica prejudi-cado com toda esta situação são os habitantes, pois os Bom-

beiros para conseguirem per-correr aproximadamente 50 metros demoram 10 minutos e se a mesma distância for per-corrida em condições normais demorariam segundos.

Será possível a autoridade máxima local que representa o

Feira quinzenal bloqueia saída de bombeiros

povo e é eleita pelo mesmo não conseguir ver que esta é uma situação penosa para o conce-lho?

Sei bem que apenas 7.1% dos dias no ano estamos impe-didos de sair nas condições ple-nas, mas por outro lado, se pen-sarmos melhor, a população ao fim de semana nos concelhos do interior do nosso país poderá duplicar e nos meses de verão poderá mesmo triplicar. Por muito que estes fatores pesem na tomada de decisão, não po-demos por em causa o socorro só porque este fenómeno é pou-co frequente. Desta forma esta-mos a colocar em causa o socor-ro.

E se existir um acidente, um atropelamento ou uma Paragem

cardiorrespiratória no fim des-ses 50 metros e demorarmos 10 minutos a chegar com a ambu-lância ao local?! Como será que as pessoas vão reagir?!

Enquanto este problema to-car aos outros, tudo bem, o problema é quando nos toca a nós como cidadão. E depois qual será a nossa reação?! Ou como será contada a história e de quem será a culpa?! Será que vai morrer solteira ou os mais pequenos, os bombeiros, serão considerados os culpa-dos?! Como vão ser recebidos os bombeiros que se desloca-rem para o local?! Verdadeira-mente, são estes que vão dar a cara e serão os culpados na hora, quando os níveis de stress estão altíssimos por quem ne-

cessita do socorro ou pelos fa-miliares no local.

Neste artigo, gostaria que os leitores percebessem realmente o que se passa nesta pequena Vila Beirã, no interior da Beira Alta. Sequencialmente preten-dia, se for possível, que os se-nhores políticos, esse que tem o verdadeiro poder para mudar o rumo da história imaginassem o que é estar mais 10 minutos à espera pela chegada do socor-ro. Relembro que em muitas si-tuações 1 minuto pode fazer toda a diferença!!!

E a Autoridade (G.N.R.) por-que não identifica estas pes-soas que bloqueiam o Socorro, será que não têm autoridade para isso?!

O Socorro às populações não pode ser colocado em causa por birras de certas pessoas.

A meu ver, nem os bombeiros precisam de se mudar, nem a feira tem de sair do seu local histórico. A resolução deste problema passa apenas pela autarquia. Esta tem de definir e fazer cumprir as regras que ela própria pode impor com o intui-to de os feirantes deixarem as vias de acesso desimpedidas.

Este artigo é apenas uma preocupação de um mero cida-dão que vê o socorro bloqueado pelos caprichos dos represen-tantes do povo, tanto presente como no passado.

Carlos Ribeiro

32 SETEMBRO 2016

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A Crónicado bombeiro Manel

Senhora Ministra, eu até sou pouco letrado e trabalho por minha con-

ta. Por isso, quando vou à formação ou vou para o fogo ou para o acidente não me preciso de justificar de qual-quer falta perante mim próprio. En-quanto estiver fora pura e simples-mente não ganho mas a opção é mi-nha.

Mas sei que os meus companheiros que são funcionários aqui da Câmara, das juntas de freguesia, das escolas, e de outros serviços oficiais têm um regime diferente. Pelo que sei têm 36 faltas para dar durante o ano para fa-zerem coisas enquanto bombeiros. Muitos deles deslocam-se aí para o sul para receber formação em dife-rentes sítios, e não são poucas vezes,

e justificam a falta ao serviço precisa-mente com o tal regime de faltas.

Agora, em pleno período do cha-mado DECIF baralhar esse tipo de faltas com aquilo que aconteceu nou-tros anos, que foi um regime exce-cional é que não me passa pela cabe-ça. Por isso lhe digo Senhora Minis-tra, permita-me, para que não se deixe confundir por coisas que são diferentes.

Houve dias este ano como nos pas-sados no combate aos fogos que es-távamos a chegar ao limite, que sen-tíamos a necessidade de parar depois de horas, dias a dar o corpo e a men-te na defesa das aldeias, dos lugares, dos casais, das casas, das quintas. Quando parávamos havia outros que

avançavam para não dar tréguas ao fogo. Entre os muitos dos que avan-çavam estavam precisamente funcio-nários públicos, muitos mesmo. Cus-ta-me a acreditar que quando daqui a umas semanas tiverem que sair para formação, por exemplo, verifiquem que estão tapados de faltas porque andaram no fogo. Isto quer dizer que as pessoas disponibilizam-se para tanta coisa e depois o Estado faz-se esquisito numa coisa tão simples que é justificar as faltas. Não é mais do que isso. Ainda por cima faltas dadas em benefício da sociedade.

Aprovar um regime excecional, olhe, seria pelo menos uma simpatia, uma cortesia até, uma prova muito simples, mas que tocaria, de que es-

tão connosco. Mas pelos vistos não entenderam assim.

Já agora vou-lhe também contar uma história que nos contaram aqui à beira. Um bombeiro que veio de Lis-boa num desses grupos de reforço feriu-se ali numa fraga da zona do Soejo e era necessário levá-lo ao hospital. Não sei como aconteceu mas o que é certo é que demorou ho-ras até que o levassem ao hospital. O adjunto de comando dele veio de Lis-boa e chegou ao hospital de Braga mais depressa do que o próprio. O acidente deu-se às 15 horas, por aí, e ele só chegou ao hospital na madru-gada do dia seguinte.

Os bombeiros tomam conta de to-dos. E quando eles precisam também

de ajuda acho que tem que haver re-ciprocidade não acha? Até nas faltas, acho eu.

[email protected]

Senhora Ministra não deixe que a confundam

Aos milhares de bombeiros que todos os meses garantem em Portugal cerca de 90 por cento dos acionamentos na área pré-hospita-lar feitos no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) solicitados através dos centro de orientação de doentes urgentes CODU/INEM.

Ao ICNF por pretender acionar autarquias do distrito de Bragança por estarem a limpar caminhos antigos, já existentes, para facilitar a eventual progressão de meios de combate, logo, na defesa da floresta e do Parque Nacio-nal de Montezinho.

LOUVOR/REPREENSÃO

O presidente da Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP)

questionou o secretário de Esta-do da Administração Interna (SEAI) sobre a necessidade ur-gente de reposição das viaturas acidentadas com perda total no combate aos incêndios florestais de 2015 e 2016 e solicita a indi-cação de um calendário para esse efeito.

O comandante Jaime Marta Soares adianta que “supunha-se que a prioridade seria a substitui-ção e nela estaria integrada a de veículos acidentados” no proces-so de candidaturas ao POSEUR.

“Não sendo assim, é de ele-mentar justiça que se dê priori-dade ao pagamento das respeti-

PRESIDENTE DA LBP QUESTIONA SEAI

Viaturas acidentadascom perda total são prioridade

vas indemnizações pelas viaturas perdidas por parte da ANPC, para que as Associações de Bombeiros Voluntários possam repor as via-turas perdidas no combate aos incêndios florestais em 2015 2016” e reforça que, “ no caso concreto, o que interessa saber é quando vai a ANPC assumir o pa-gamento da indemnização em causa e qual o calendário previs-to para esses pagamentos”.

O presidente da LBP lembra o SEAI que “na reunião tida com V. Exa para uma análise, ainda que preliminar, sobre a candidatura das AHB ao Portugal 2020, colo-cámos-lhe algumas questões às quais urge dar resposta atempa-da, na justa medida em que es-tando a decorrer a apreciação dos processos de candidatura pela Unidade de Gestão do PO-SEUR, é a LBP constantemente questionada sobre as matérias

para as quais não tem resposta, mas que quer, naturalmente, ser parceiro direto e objetivo, quer na obtenção das respostas, quer na participação da decisão, aju-dando com a sua experiência e legítima representatividade a ser parte da solução e não do proble-ma”.

Assim, o comandante Jaime Marta Soares, solicita ao Secretá-rio de Estado, “uma resposta tão célere quanto possível para po-dermos responder, em tempo útil, a quem nos tem questionado sobre estas matérias”.

Em 2015 e 2016, foram várias as viaturas operacionais de Cor-pos de Bombeiros que foram aci-dentadas, no âmbito dos DECIF 2015 e 2016 e algumas dessas viaturas foram consideradas per-

didas, porque são efetivamente irrecuperáveis.

O presidente da LBP lembra ao SEAI que “as Associações Huma-nitárias de Bombeiros Voluntá-rios, enquanto entidades deten-toras de Corpos de Bombeiros, seguiram a Diretiva Financeira de 2015 e 2016, e procederam em conformidade com todas as nor-mas ali inscritas, ou seja, comu-nicaram ao respetivo Centro Dis-trital de Operações de Socorro e ao CODIS o acidente, que em conjunto com a Direcção Nacional de Auditoria e Fiscalização (DNAF), consideraram a viatura perdida, e logo sujeita à respeti-va indemnização financeira por parte da ANPC”.

Até hoje, porém, os CB das viaturas acidentadas em 2015 ou

2016 não foram objeto de qual-quer esclarecimento, nem as AHB receberam qualquer notifi-cação, por parte da ANPC, do va-lor indemnizatório constante da Diretiva Financeira de 2015 ou 2016.

É na sequência da informação prestada pelo próprio secretário de Estado, de que, “essas viatu-ras não vão constituir prioridade nas candidaturas ao POSEUR, contrariamente ao que era ex-pectável, uma vez que o Aviso do POSEUR, refere taxativamente que na identificação dos veículos a adquirir se deve indicar o moti-vo da aquisição, e mais concreta-mente na alínea a) “substituição de veículos”,que a LBP continua a questionar o SEAI sobre a repo-sição das ditas viaturas.

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