Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute...

24
IMPRESSO ESPECIAL 9912287935/2011-DR/MG SBOT ... Correios ... DEVOLUÇÃO GARANTIDA ...Correios ... ... SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS JORNAL SBOT MINAS julho a setembro | 2018 Ano IX - Nº 35 Publicada nova edição da Revista Mineira de Ortopedia | 15 Além de política, CMOT discutiu avanços da Ortopedia | 07 Candidatos ao Governo de Minas participam de debate durante o 21º CMOT | 11 SBOT MINAS realiza alerta sobre mal uso do celular | 16

Transcript of Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute...

Page 1: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

IMPRESSOESPECIAL

9912287935/2011-DR/MGSBOT

... Correios ...

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

...Correios ...

...S O C I E D A D E B R A S I L E I R A DE

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS

JORNAL SBOT MINAS julho a setembro | 2018Ano IX - Nº 35

Publicada nova edição da Revista Mineira de Ortopedia | 15

Além de política, CMOT discutiu avanços da Ortopedia | 07

Candidatos ao Governo de Minas participam de debate durante o 21º CMOT | 11

SBOT MINAS realiza alerta sobre mal uso do celular | 16

Page 2: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do
Page 3: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE

Dr. Cristiano Magalhães MenezesGestão 2018

Prezados amigos,

Seguimos em um ano de diversas conquistas e muito trabalho à frente da SBOT MG! Nossa regional foi mais uma vez protagonista de um evento científico da mais alta envergadura: o 21º Congresso de Ortopedia e Traumatolo-gia, um sucesso de público, com nível científico invejável. A participação de todos foi muito apreciada, destacan-do-se a presença incansável dos nossos convidados estrangeiros: Frank Liporace, Robert Schenck e Pedro Berjano, donos de aulas magistrais e de uma interação muito forte com todos os presentes. A organização esteve impecável, digna de nosso maior evento. As fotos já estão disponíveis no site. Vale a pena conferir!

O projeto Vias de Acesso em Ortopedia teve um importante destaque no auditório principal, na primeira manhã do congresso. Um sucesso entre todos os participantes, que tiveram a oportunidade de ver em 3D e discutir com os palestrantes detalhes técnicos de importantes vias de acesso em ortopedia.

Durante o evento também tivemos como novidade o Fórum de Defesa Profissional, que ocorreu no segundo dia do evento e contou com a participação de três candidatos ao governo de Minas Gerais: Antônio Anastasia, Romeu Zema e João Batista dos Mares Guia. Moderada pelo nosso colega ortopedista e candidato à Câmara dos Deputa-dos em Brasília, Bernardo Ramos, a sessão foi muito esclarecedora, mantendo um debate aberto e firme, face aos problemas atuais que enfrentamos no Estado. Firmou-se o compromisso entre os candidatos e a SBOT MINAS de um papel colaborativo e consultivo na formação do próximo governo estadual, caso um desses candidatos seja eleito governador. O objetivo é de manter um diálogo constante em relação às políticas públicas na área de saúde em Minas Gerais.

Tivemos também mais uma sessão do projeto Memórias da Ortopedia, dessa vez com representantes dos diversos serviços do interior do estado, de praticamente todas as seccionais da SBOT MINAS. Como de costume, em um clima muito relaxado e amigável, escutamos as histórias daqueles que desbravaram o interior do nosso estado e levaram desenvolvimento às diversas regiões com a prática ortopédica.

A sexta-feira do congresso foi marcada pela eleição da nova diretoria 2019-20, que levará adiante nossa Regional. Eleita a chapa única com 122 votos, que terá como membros os doutores Antônio Tufi Neder Filho (Presidente 2019), Dr. Wagner Lemos (Presidente 2020), além de Túlio Vinícius de Oliveira Campos (Secretário Geral), Ma-teus Braga Jacques Gonçalves (Tesoureiro Geral), Agnus Welerson Vieira (Secretário Adjunto) e Roberto Zambelli A. Pinto (Tesoureiro Adjunto). Nossos cumprimentos e desejo de uma austera administração à frente da Socieda-de a partir de janeiro!

Por fim, realizamos o CAPOT (Curso de Atualização para Preceptores de Ortopedia e Traumatologia) em setem-bro, em Belo Horizonte, além do apoio e participação em diversas jornadas científicas em todo o estado.

Seguiremos adiante!

Balanço geral

Page 4: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

Av. Brasil, 916 s/603 - 6º andar - Funcionários CEP 30.140-001 - B. Hte. / MG Telefax: (31) 3273-3066

E-mail: [email protected] - www.sbot-mg.org.br

Diretoria

Presidente 2018 (Vice-Presidente 2017)Cristiano Magalhães Menezes

Vice-Presidente 2018 (Presidente 2017)Robinson Esteves Santos Pires

Secretário Geral: Antônio Tufi Neder FilhoTesoureiro Geral: Matheus Braga Jacques Gonçalves

Secretário Adjunto: Rodrigo Barreiros VieiraTesoureiro Adjunto: Roberto Zambelli Almeida Pinto

Coordenador Científico: Túlio Vinícius Oliveira CamposEditor-Chefe da Revista Mineira de Ortopedia:

Marco Antônio de Castro VeadoRevisor da revista SBOT MINAS:

Arnóbio Moreira Félix

Conselho Fiscal: Fábio Ribeiro Baião | José Carlos Souza Vilela

Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Ex-Presidentes:Wilel Almeida Benevides | Wagner Nogueira da Silva

Ildeu Afonso Almeida Filho | Carlos César Vassalo Marco Túlio Lopes Caldas

DelegadosElmano de Araújo Loures | Francisco Carlos Salles Nogueira

Gilberto Francisco Brandão | Glaydson Gomes GodinhoIldeu Afonso Almeida Filho | Marcelo Back Sternick

Marco Antônio de Castro Veado | Marco Túlio Lopes Caldas Valdeci Manoel de Oliveira | Wagner Nogueira da Silva

Comissão de Ensino e TreinamentoPresidente 2018: Egídio Oliveira Santana Júnior

Membro Consultor: Túlio Vinícius Oliveira Campos

Membros:Guilherme Barbosa Moreira | Marcos Laube Leite

Carlos Maurício Dutra Mourão | Marcos Laube LeiteHugo Bertani Dressler | Gustavo Araújo Nunes

André Couto Godinho | Heraldo Barbosa CarlosAlessandro Cordoval de Barros | Marcelo Mendes Ferreira Gustavus Lemos Ribeiro Melo | Lucas Amaral dos Santos

Jader de Andrade Neto | Kleber Miranda Linhares Wither de Souza Gama Filho | Lucas da Silveira Guerra Lages

Comissão de Educação ContinuadaAntônio Augusto Guimarães Barros | Flávio Márcio Lago e Santos

Frederico Silva Pimenta | Gustavo Pacheco Martins FerreiraLincoln Paiva Costa | Saulo Garzedim Freire

Rodrigo D’Alessandro de Macedo | Lúcio Flávio Biondi Pinheiro Jr.

Comissão de Comunicação e MarketingEduardo Frois Temponi | Otaviano Oliveira Junior

Comissão de Políticas PúblicasAgnus Welerson Vieira | Guilherme Zanini Rocha

Hudson César José Vieira | Márcio Gholmie LabriolaMiller Gomes de Assis

Comissão de Defesa Profissional Philipe Maia | Rodrigo Galinari da Costa Faria

Comissão de Benefícios e PrevidênciaEgídio Oliveira Santana Junior | Roberto Garcia

Comissão de Controle de MateriaisFrederico de Souza Ferreira | Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Tecnologia da InformaçãoThiago Ildefonso Dornellas Torres | Eduardo Frois Temponi

Antônio Augusto Guimarães Barros

JORNAL SBOT MINASEdição e Arte Final: Via Comunicação - Tel.: (31) 3586-0937

Fotolito/Impressão: Buzz GráficaPeriodicidade: trimestral | Tiragem: 1.500 exemplares

Fotos: Moisés Crepaldi - F (31) 9.9129-9931As informações da revista SBOT MINAS podem ser

reproduzidas, desde que citadas as fontes.

Comissão de Interlocução com o SINMEDChristiano Esteves Simões | Rodrigo Santos Lazzarini

Comissão CientíficaTrauma: Nathan Oliveira Moreira Santos

Coluna: Bruno FontesOsteometabólica: Sérgio Nogueira Drumond Júnior

Pé e Tornozelo: Daniel Soares BaumfeldJoelho: Guilherme Moreira de Abreu e Silva

Ombro e Cotovelo: Lucas Braga Jacques GonçalvesCirurgia da mão: Gustavo Pacheco Martins Ferreira

Alongamento e Reconstrução: Henrique Carvalho de ResendeMedicina Esportiva: Rodrigo Otávio Dias de AraújoQuadril: Carlos Emílio Durães da Cunha Pereira

Ortopedia Pediátrica: Rodrigo Galinari da Costa Faria

SeccionaisCoordenador Científico das Seccionais

Elmano de Araújo Loures

Diretor de Políticas Públicas das SeccionaisPaulo Henrique Lemos de Moraes

SulPresidente: Júlio César Falaschi Costa

Vice-Presidente: Eugênio César Mendes

SudoestePresidente: Anderson Amaral de Oliveira

Vice-Presidente: Tiago Rodrigues Calil

MetropolitanaPresidente: Marco Túlio Guimarães Leão

Vice-Presidente: Leonardo Marques Adami

LestePresidente: José Mauro Drumond Ramos

Vice-Presidente: Luiz Henrique Vilela

Zona da MataPresidente: Oseas Joaquim de OliveiraVice-presidente: Leonardo de Castro

NortePresidente: Lucas Carvalho

Vice-Presidente: Raphael Cândido Brandão

TriânguloPresidente: Fabiano Canto

Vice-Presidente: Anderson Dias

VertentesPresidente: Mauro Roberto Grissi Pissolati

Vice-Presidente: Leonardo Elias Esper

Page 5: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

18 Como eu faço: Trauma Ortopédico

20 Sugestão de Leitura

21 Evidência em Ortopedia

22 Meu Hobby - Mar azul: Dr. Valdeci Manoel de Oliveira

07 21º CMOT

08 Convidados internacionais: troca de experiência em Ortopedia

09 CMOT discute avanços da área

10 Inovações: destaques do 21º CMOT Novo formato agrada participantes do evento

11 Fórum político: candidatos ao Governo de Minas debatem no CMOT

13 Sociais do 21º CMOT

15 Confira o lançamento da nova edição da Revista Mineira de Ortopedia

17 Jornada Vale do Aço Curso de Ombro e Cotovelo no Mater Dei

Campanha: SBOT MINAS alerta população sobre o uso do celular em Belo Horizonte | Pág. 16

ÍNDICE

Page 6: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do
Page 7: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

07

Evento discute avanços da área e ações políticasCerca de 500 médicos, de to-

das as regiões do estado e de várias partes do país, participaram do 21º Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia, realizado entre os dias 2 e 4 de agosto, no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte.

O evento, tradicional no calen-dário científico do país, apresentou os avanços da área por meio de uma grade científica que envolveu todas as subespecialidades da Ortopedia e Traumatologia. Foram 20 mesas redondas, inúmeras aulas e debates que incluíram ortopedistas mineiros, convidados nacionais e estrangeiros.

De acordo com o presidente da vigésima primeira edição do CMOT, Dr. Robinson Esteves, “o congresso transcorreu como planejado e fica-mos muito satisfeitos com o resulta-do, principalmente por termos con-seguido realizar esse evento em um momento de crise. Conseguimos superar as adiversidades e realizar um grande evento. Esta, aliás, foi a opinião dos nossos convidados in-

21º CMOT

ternacionais, que elogiaram a quali-dade da programação. Inovamos ao incluir na grade do evento o Fórum Político, com os candidatos ao Go-verno de Minas podendo debater com os congressistas (isso foi muito importante), e inovamos mais uma vez com o curso Vias de Acessos Es-peciais para o Trauma Ortopédico, em formato 3D”.

Para o presidente da SBOT MI-NAS, Dr. Cristiano Menezes, o 21° CMOT reafirmou a importância do evento no cenário científico do país. “Reunir nomes de expressão nacional e internacional para dis-cutir os avanços da área e possibi-litar a troca de experiências, através de uma programação que envolveu os principais temas de interesse do ortopedista, foi uma possibilidade única para o participantes. A quali-dade das mesas, o formato do con-gresso, tudo foi motivo de elogio. E o grande mérito é para a Comissão Científica, que soube organizar esse evento com todo cuidado e carinho.

Em nome da diretoria da SBOT MI-NAS, parabenizo a todos”.

Segundo o presidente da Comis-são Científica do congresso, Dr.Túlio Vinícius de Oliveira Campos, nesta vigésima primeira edição do Con-gresso Mineiro de Ortopedia e Trau-matologia conseguimos um grande êxito: trazer a excelência científica para um evento regional. A quali-dade das palestras e mesas redondas ressalta a evolução científica da co-munidade ortopédica mineira que detém especialistas capazes de versar sobre temática diversa com profun-didade e experiência. A possibilida-de de trazer três convidados estran-geiros, com renome global, foi um desafio no atual paradigma e permi-tiu uma troca intensa de experiên-cias. Por fim, destaco a inovação da CET com a criação do Momento do Residente, transmitido ao vivo para todo o país, e que permitiu o aper-feiçoamento teórico dos nossos futu-ros associados sobre temas que serão exigidos na prova de título em 2019.

Drs. Cristiano Menezes / presidente da SBOT MINAS, e Robinson Esteves / presidente do 21º CMOT: boas-vindas aos congressistas

Page 8: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

08

Alguns dos momentos mais concorridos do evento foram, com certeza, as aulas do italiano Pedro Berjano, um dos maiores especia-listas em Cirurgia de Deformidade da Coluna do Adulto. Pela primeira vez em Belo Horizonte, Berjano é chefe de cirurgia vertebral no Ins-tituto Ortopédico Galeazzie, Milão, um dos maiores centros ortopédi-cos da Itália.

“Discutimos, com maior nível de detalhe, aspectos inovadores na ci-rurgia da coluna vertebral. Nos últi-mos 10 anos, o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas foi muito grande, principalmente para se reduzir as complicações e acele-rar a recuperação dos pacientes”, afirmou, para ressaltar que se trata de um movimento muito especial para os cirurgiões de coluna: “esta-mos, em todo o mundo, contribuin-do para construir um conhecimento científico novo, com a participação de pesquisadores e médicos de to-dos os continentes”, diz.

Outra presença internacional de destaque foi do ortopedista norte-americano Robert C. Schenck Jr., um dos maiores especialistas em lesões de joelho do mundo. Inclusi-ve, é dele o sistema de classificação de lesões multiligamentares de jo-elho. Algumas de suas aulas – sete, no total – abordaram justamente sua classificação. “Fiquei muito fe-liz com o Congresso, a organização, a presença de público e o nível dos palestrantes me impressionou mui-to”, ressalta.

Pela terceira vez no Brasil, sen-do a primeira em Belo Horizonte, Schenk é professor da Universidade do Novo México, com mais de 30 anos em ortopedia esportiva e trata-mento de atletas de alto rendimento.

O especialista em trauma orto-

Convidados internacionais trocam experiências durante o 21º CMOT

Dr. Pedro Berjano

Dr. Robert C. Schenck Jr.

Dr. Frank Liporace

pédico, cirurgias reconstrutoras e revisões de artroplastias Frank Li-porace esteve pela primeira vez no Brasil para falar de sua experiência durante o 21º Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia. O norte-americano é vice-presidente do Departamento de Ortopedia e Chefe de Traumas e Reconstrução Ortopédica no Jersey City Medical.

“Selecionei uma inovação que julguei bem interessante discutir com os colegas sobre as fraturas peri e interprotéticas do quadril e do jo-elho. Entendo que fui muito feliz nessa escolha, visto todo o debate que tivemos sobre a forma de tratar, quando tratar e sobre o prognóstico do tratamento. Os colegas brasilei-ros são extremamente criativos na busca de soluções para lesões apa-rentemente impossíveis de serem tratadas”, analisou.

Page 9: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

09

Além de Berjano, Schenck e Liporace, o 21º CMOT também trouxe a Belo Horizon-te convidados nacionais. Um deles é o ca-rioca Luis Eduardo Carelli Teixeira da Silva, médico assistente do Grupo de Cirurgia de Coluna e responsável pela pós-graduação do Centro das Doenças de Coluna do Insti-tuto Nacional de Traumatologia e Ortope-dia. “Temos estudado muito o tratamento de lesões relacionadas ao alinhamento da coluna cervical. No passado, a via de aces-so transoral era associada a complicações. Apresentamos aqui uma técnica chama-da Distração Facetária, já usada há alguns anos, em que se realiza a cirurgia pela via de acesso posterior. Mostramos que é pos-sível realizar o realinhamento com menor sangramento e melhor recuperação para o paciente”, analisa o professor e especialista.

Outro destaque do Congresso foi a pre-sença do paulista Guilherme Boni, membro

Convidados nacionais discutem avanços no 21º CMOT

do Grupo de Trauma da Escola Paulista de Medicina. O especialista participou de duas mesas-redondas sobre traumas ortopédi-cos. Ele ficou impressionado com o elevado nível técnico dos colegas durante os deba-tes. Segundo ele, “o evento foi de altíssimo nível, com discussões que demonstraram a capacidade técnica dos colegas, realmente envolvidos e atualizados com o que há de mais moderno na prática cirúrgica”. Os te-mas sugeridos foram muito bem abordados pelos especialistas convidados, destacou, reafirmando: “não são temas clássicos, que vemos todos os dias. São casos e situações novas, que demandam, também, novas abordagens e visões diferentes de tratamen-to. Minha primeira vez em BH não poderia ter sido mais gratificante”.

Ao contrário de Guilherme Boni, Pau-lo Roberto Barbosa de Toledo Lourenço não estava pela primeira vez em Minas. Apesar de ter construído sua carreira no estado do Rio de Janeiro, Lourenço é for-mado pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora). “É muito bom poder voltar a Minas. Sempre uma alegria poder parti-cipar de um congresso no estado onde fiz toda a minha formação como profissio-nal. E mais agradável ainda é perceber o engajamento dos colegas na busca por no-vidades clínicas e cirúrgicas, visando seu aperfeiçoamento constante e a troca de experiências”, afirmou.

Para Lourenço, ex-presidente da Socie-dade Brasileira de Trauma Ortopédico – Regional RJ, e coordenador do Serviço de Trauma em uma das unidades da Rede Dor, no Rio de Janeiro, chamaram a atenção dele

as novas técnicas de redução de fratura, principalmente os métodos de fixação em casos específicos em fratura distal de fêmur. “O objetivo é tornar mais eficaz o tratamento, principalmente o prognóstico do paciente. As discussões foram muito proveitosas”, afirmou o especialista, com ampla experiência em trauma.

Mas não só de bons resultados vive o médico. Pensando nisso, o presidente da Sociedade Brasileira de Coluna, Dr. Ed-son Pudles, que atua nos hospitais Evan-gélico e São Vicente, em Curitiba, trouxe, em sua participação, um caso que evoluiu mal. “Quis chamar a atenção dos colegas para uma situação que não saiu confor-me o planejado, algo que, infelizmente, também ocorre em mesas de cirurgia. “É necessário ficarmos todos atentos aos sinais que o paciente passa, antes e du-rante o procedimento cirúrgico. Não bas-ta apenas planejarmos o que será feito, todos nossos sentidos precisam estar ex-tremamente ativos, visando não apenas o sucesso do procedimento, mas a cura do paciente”, analisou.

De acordo com Pudles, o caso também serviu para chamar a atenção da classe médica para uma mudança que passa a sociedade brasileira. “O que antes era um atributo quase que exclusivo dos norte-a-mericanos já é uma realidade em nosso país. Estou me referindo ao problema da obesidade. E, à medida em que ficamos mais pesados, nossas articulações, prin-cipalmente nossos joelhos e colunas, pas-sam a sofrer mais e a apresentar mais e mais problemas”, concluiu.

Drs. Paulo Roberto Barbosa de Toledo Lourenço, Guilherme Boni e Edson Pudles

Dr. Luis Eduardo Carelli Teixeira da Silva

Page 10: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

10

Um tema que foi abordado em diversos momentos do 21º Con-gresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia foi a necessidade do médico ser criativo no seu dia a dia, principalmente em hospitais públicos. Para o paulista Thomas Pesce Cavanha Gaia, tudo o que se coloca em prática durante um procedimento cirúrgico deve estar ancorado na literatura mé-dica e em evidências. No entanto, afirma, “no serviço público é sabido que, normalmente, não há todo o arsenal de material necessário. Temos, sim, todos os materiais adequados para tratar as fraturas, mas, eventualmente, precisamos ser criativos para poder solucionar um caso com o que temos disponível no momento.

De acordo com o Dr. Gaia, é fato que no serviço público os médicos pre-cisam ser mais criativos para poder executar o que se define na literatura. “Se por um lado, o médico pode ficar mais limitado, por outro, ele é dos mais criativos”, enfatiza o médico assistente do corpo clínico da Unifesp, no Departamento de Trauma. Ele atua ainda no Hospital Nove de Julho, no Hospital Santa Catarina e no Hospital Vitória.

A mesma visão é compartilhada pelo norte-americano Frank Liporace. “Nos Estados Unidos os médicos possuem acesso a todo tipo de próteses e parafusos. Os colegas cirurgiões ortopedistas brasileiros, por sua vez, pre-cisam de maior criatividade para poder atender aos pacientes. Isso gera, sem sombra de dúvida, um tipo peculiar de profissional, que consegue ser mais inovador e traz maior desenvolvimento para nossa atividade”, afirma.

Inovação e criatividade

Os especialistas convidados para o 21º Congresso Mineiro de Ortopedia e Traumatologia também fizeram questão de ressaltar o formato do evento. É o que afirma Edson Pudles: “em congressos com esse formato, menor, a condição de conversar, de trocar impressões com outros colegas é muito maior. A troca de experiências é muito maior do que em grandes eventos. Há um visível envolvimento de todos, tanto dos palestrantes quanto da plateia. A consequência é o aprendizado”, conta.

Paulo Roberto Barbosa de Toledo Lourenço também destaca o valor do aprendizado em eventos com este formato. “O objetivo das discussões é mostrar o que está se fazendo, com evidência na lite-ratura, sempre com o intuito de educar, de fazer a educação continuada, para que as pessoas possam apresentar e realizar o melhor tratamento para o paciente”, diz.

Segundo Luis Eduardo Carelli Teixeira da Silva, a interação e troca de experiências entre os profis-sionais é de suma importância “para que todos possam atuar alinhados ao que há de mais inovador na prática cirúrgica. E, também nesse aspecto, o Congresso se mostrou extremamente exitoso”.

Não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos essa troca de experiências tem sido uma tônica. É o que garante Robert C. Schenck Jr. “Alguns anos atrás, eu percebia que meus colegas eram muito fechados para o restante do mundo. Isso mudou, para melhor. Essa troca de experiências é algo que nos ajuda muito a aprender, a inovar, a buscar técnicas e procedimentos que possam tornar o dia a dia do paciente melhor”, contextualiza.

Formato do 21º CMOT agrada participantes do evento

Dr. Thomas Pesce Cavanha Gaia / SP

Dr. Frank Liporace / USA

????

????

Page 11: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

11

Candidatos ao Governo de Minas participam de debate no CMOT

Integrando a programação do 21º CMOT foi realizado, no dia 2 de agos-to, no Hotel Ouro Minas, o 1º Fórum Político da SBOT MINAS. O evento reuniu três dos principais candidatos ao governo do estado: Antônio Anas-tasia (PSDB), João Batista dos Mares Guia (Rede) e Romeu Zema (Novo). Os demais candidatos: Fernando Pi-mentel (PT) e Márcio Lacerda (PSB), também foram convidados, mas não compareceram. Com a moderação do ortopedista Bernardo Ramos, o debate centrou suas atenções em temas como o Sistema Público de Saúde (SUS), suas vantagens e aperfeiçoamentos, além de abordar a necessidade de maior investimento em ações da área.

“Foi um evento do mais alto nível. Os candidatos se mostraram extrema-mente comprometidos com a melhoria das condições macroeconômicas de Minas Gerais, além de demonstrarem uma visão muito aguçada sobre as ma-zelas que a população e a classe médica vivenciam, todos os dias”, analisou o

Romeu Zema (Novo) - Por sorteio prévio, o primeiro a falar foi Romeu Zema, que enfatizou a sua trajetória profissional, ressaltando que se trata de sua primeira experiência no campo da política partidária. “Quando fui convi-dado, de início rejeitei a ideia. Mas de-pois percebi que estava me recusando a servir meu estado. Se seguirmos essa linha, de não nos envolvermos, corre-mos sério risco de nosso país se tornar uma grande Venezuela. E isso repre-sentaria um grande retrocesso em uma série de programas, com destaque para as políticas públicas de saúde”, afirmou.

Zema ainda ressaltou a crescente carga tributária estadual, que, em con-trapartida, não entrega o que promete. “Minas Gerais terá, ao final de 2018, o nada agradável posto de maior déficit público do país. Tudo isso graças a es-colhas equivocadas do atual governo, de criar mais e mais taxas. Mas, para-doxalmente, entregar cada dia menos serviços à população. Alguma coisa drástica precisa ser feita”, enfatizou.

Romeu Zema | Partido Novo

candidato a deputado federal pelo Par-tido Novo, Dr. Bernardo Ramos.

Com presença massiva do público médico, o debate teve início com a ex-planação dos três candidatos sobre suas trajetórias e principais propostas para a área de saúde pública e complementar.

Candidatos

Romeu Zema (Novo).

Evento reuniu principais candidatos

Page 12: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

12

Antônio Anastasia (PSDB) - O segundo a expor suas ideias foi o candidato tucano, Antônio Augus-to Anastasia. Em sua fala, o profes-sor exaltou as ações que tomou na área de saúde quando foi governa-dor de Minas Gerais, entre os anos de 2010 e 2014. “Possuo 35 anos de vida pública. Toda minha família é formada por servidores públicos. Conheço, desde sempre, o valor que seguir nossa vocação representa. E a carreira médica é, sem sombra de dúvidas, uma vocação. Por isso, é tão importante pensarmos sempre com muito zelo, nos investimentos necessários na área. Saúde é uma demanda infinita. As pessoas sem-pre precisam de mais e mais cuida-dos. E o Estado precisa ser esse ente que lhes propicia isso”, analisou, para complementar sobre sua visão a respeito do SUS. “Sou um entu-siasta do Sistema Público de Saúde. Sabemos que ele está longe do ideal. Mas, se o analisarmos com uma vi-são de longo prazo, perceberemos o quanto ele já avançou e permitiu um melhor acesso à saúde para aqueles que mais necessitam. Para melho-rá-lo, entendo que são necessárias duas atitudes, prioritariamente. Em primeiro lugar, com criatividade

e seriedade buscar fontes de capi-tal para investir na sua melhoria. Além disso, é vital repensar a rela-ção entre as esferas federal, estadu-al e municipal, de forma a tornar o SUS novamente operacional. Creio, firmemente, que ao longo dos pró-ximos anos, com nossa vitória, ele estará melhor e voltará a apresentar indicadores positivos de desempe-nho. Isso, por si só, representará uma vitória para toda a classe médi-ca”, prevê o tucano.

De acordo com Anastasia, tam-bém, um dos problemas do Brasil “está na visão que o mundo possui atualmente do nosso país. Somos vistos como um país hostil aos inves-timentos. Investimentos não apenas de grandes empreendimentos, mas também na área de saúde. Temos um déficit, em Minas, ainda desconhe-cido, mas na casa dos R$ 5 bilhões. Falta transparência a esse governo. Isso afugenta qualquer investimen-to privado. Precisamos corrigir essa visão, para que voltemos a gerar em-pregos e oportunidades para todos os brasileiros”, analisou.

João Batista dos Mares Guia (Rede) - O último a falar foi João Batista dos Mares Guia, que iniciou seu discurso enaltecendo que “fui

Antônio Anastasia (PSDB)

João Batista dos Mares Guia (Rede)

professor do Anastasia, mas não possuo nenhum mérito pelas suas virtudes. Assim como também fui professor do Pimentel e não tenho nenhuma responsabilidade pelos seus vícios”.

O professor deu destaque à sua atuação na área de educação, cons-truindo um paralelo entre a área e o que é preciso fazer para melho-rar o setor de saúde. “Fui secretário municipal de educação, com bas-tante êxito. Nos tornamos exemplo nacional, ao elevar a qualidade do ensino ofertado aos alunos. Em ape-nas dois anos, conseguimos passar de 300 mil para mais de 800 mil os alunos matriculados no ensino mé-dio. Foi algo, à época, que chamou a atenção do governo federal, que encaminhou especialistas para ver o que estávamos fazendo. E a solução, a meu ver, é a mesma que deve ser adotada na saúde: a universalização. Fizemos isso com o ensino funda-mental, depois com o ensino médio e, agora, é feito com a educação in-fantil. É claro que só universalizar o ensino não basta, é preciso investir na melhoria dele. O mesmo penso para a área de saúde. Precisamos universalizar com qualidade”, dis-se. Mares Guia também antecipou uma das ações que pretende levar adiante, em caso de ser eleito. “Se a iniciativa privada na área médica é tão eficiente, porque não pensar-mos em alguma espécie de convê-nio, ou parceria, para a gestão de alguns entes públicos. Por exemplo, a Unimed gerir, de forma compar-tilhada, a administração dos hospi-tais públicos. Por que não? Trazer a eficiência do setor privado para a coisa pública”, especula.

Ao término do evento, o mode-rador Bernardo Ramos enfatizou a necessidade de a classe médica se apoderar e nomear representantes para o poder público. “Só assim poderemos fazer valer os nossos direitos. Do contrário, seguiremos sendo espectadores do empobreci-mento de nossa própria profissão”, reforçou.

Page 13: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

13

Sociais do 21º CMOT

Page 14: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

14

Sociais do 21º CMOT

Page 15: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

15

A Sociedade Brasileira de Ortope-dia e Traumatologia – Regional Mi-nas Gerais (SBOT MINAS) lançou no dia 3 de julho, a décima edição da sua Revista Mineira de Ortopedia. Com tiragem de 1500 exemplares, a publi-cação é composta por nove artigos de revisão, assinados por profissionais de referência em Minas Gerais e um de São Paulo, sobre a técnica cirúrgi-ca da artroscopia.

Considerada sinônimo de Orto-pedia no final do século passado, a técnica tem evoluído muito graças ao desenvolvimento tecnológico que per-mite menor invasão, dano colateral e sofrimento ao paciente.

O presidente da SBOT MINAS, Dr. Cristiano Menezes, lembra que a revista é um dos trabalhos mais im-portantes e tradicionais realizados pela entidade. “É uma leitura agra-dável e uma oportunidade para ex-poentes da Ortopedia possam passar

Lançada nova edição da Revista Mineira de OrtopediaO evento aconteceu no Espaço Conde, em Belo Horizonte

para demais colegas o que há de mais importante nas subespecialidades da nossa área”, afirma.

Paralelamente, a publicação tam-bém incentiva que os ortopedistas mantenham um ritmo de estudo e de atualização que, ao longo dos anos, fez com que essa área da Medicina se tornasse referência no Estado. “A produção dos artigos, a presença em congressos nacionais e internacionais, o grande número de professores orto-pedistas demonstram que o Estado é pioneiro e vanguarda no país”, aponta.

Com experiência acumulada em outras publicações como a Revista Brasileira de Ortopedia, Revista Brasi-leira de Cirurgia do Ombro e no Jornal da SBOT MINAS, o ortopedista Mar-co Antônio Castro Veado foi o editor de mais esta edição da Revista Mineira de Ortopedia. “A revista, lançada em 2009, é publicada uma por ano. O La-botatório Ache nos ajuda com patrocí-

nio e tem sido muito prazeroso fazer esse projeto”, disse.

O editor convidou nove ortopedis-tas com experiência em artroscopia, para publicarem seus artigos científi-cos. “Desta vez, há um colega de Ube-raba e um de São Paulo, que utilizam uma técnica ainda pouco usada no Estado. Os colegas convidados fazem uma ampla revisão bibliográfica para produzir um material científico de alta qualidade”, explicou. O material será distribuído para a comunidade ortopédica de Minas Gerais e, prin-cipalmente no interior, para consulta.

Um destaque da publicação é a capa. Com a tradição de usar pai-sagens mineiras, desta vez a revista lançou mão de uma imagem de Con-gonhas do Campo que ganhou uma visão artroscópica. “Quando usamos o vídeo, essa é a visão que temos do local da cirurgia”, enfatiza.

Drs. Marco Antônio de Castro Veado e Cristiano Menezes

Page 16: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

16

Campanha chamou atenção de motoristas e populares

Aproveitando a data de seu aniver-sário e do Dia do Ortopedista - 19 de setembro -, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia realizou uma campanha, em nível nacional, de alertar para um problema crescente e que vem prejudicando milhares de pessoas que passaram a ter sérios pro-blemas de coluna, principalmente das vértebras cervicais, decorrentes do uso do celular de forma inadequada.

Em Belo Horizonte, a ação educati-va foi realizada na movimentada Praça da Savassi, região Centro-sul da capital, quando ortopedistas ligados à SBOT Minas entregaram folhetos educativos para condutores de veículos e popula-res que passavam pelo local. Uma uma faixa alusiva ao evento também cha-mou a atenção. Houve intensa cobertu-ra da mídia, convocada pela assessoria de imprensa da regional mineira.

O presidente da SBOT MINAS, Dr. Cristiano Menezes, destaca que embora ainda não haja um estudo científico so-bre a frequência de problemas da coluna causados pelo uso do celular, os médicos têm registrado o aumento de pacientes com problemas tanto da coluna cervi-

cal como torácica. “Ele decorre do uso do celular para acessar a Internet com o aparelho à altura da cintura, o que leva o usuário a manter a cabeça curvada para baixo e o queixo junto ao peito, por mui-to tempo, o que força a coluna”.

É muito importante atenção redo-brada para nossa recomendação: “le-vantar o celular à altura dos olhos ou usar o celular pousado numa mesa, o que também alivia o problema. Como o celular já substitui em grande parte o computador e não é cômodo usá-lo com o braço levantado, a outra reco-mendação é que o usuário faça exercí-cios que diminuam o efeito da posição inadequada. “O exercício mais impor-tante é o alongamento da musculatura da coluna cervical com movimentos de flexão, extensão e rotação lateral do pescoço”, salienta o ortopedista.

Dr. Cristiano Menezes ressalta que a Organização Mundial da Saúde tam-bém alerta para a necessidade de fazer exercício, pois concluiu que o sedenta-rismo se tornou a quarta maior causa de morte no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares, o câncer e a diabetes.

A ação contou com o apoio maciço da imprensa

As queixas em consultórios têm aumentado significativamente, alertam os ortopedistas mineiros

Page 17: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

17

Seccionais

Curso de cirurgia de ombro reúne ortopedistas em BH

Jornada do Vale do Aço

Entre os dias 29 e 30 de junho, Belo Horizonte sediou o 1º Curso de Ombro e Coto-velo – Técnicas Cirúrgicas. Com formato inédito, o evento reuniu 240 ortopedistas no auditório da Rede Mater Dei Contorno para apresentações em vídeos de 10 minutos de diversas técnicas usadas por essa subespecialidade da Ortopedia, debates e compartilha-mento de experiências entre os profissionais presentes e, ainda, informações atualizadas sobre o processo de recuperação dos pacientes.

O idealizador do projeto é o ortopedista, cirurgião de ombro, coordenador do Servi-ço de Ombro e Cotovelo da Rede Mater Dei de Saúde e ex-presidente da Sociedade Bra-sileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo, Marco Antônio de Castro Veado. “O formato que adotamos foi o grande diferencial do curso. As cirurgias foram filmadas e posterior-mente editadas, de forma que o profissional acompanhou apenas o uso da técnica. Em dois dias, conseguimos abranger tudo o que existe de ombro e cotovelo”, afirmou.

Na sequência, foram apresentados casos clínicos relacionados a cada técnica, o que aumentou a interação da plateia. Segundo o ortopedista, os profissionais responsáveis são os chefes dos grandes serviços de cirurgia de Ombro e Cotovelo de Belo Horizonte e médicos de outras regiões do Estado e de outras unidades da federação como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Goiás. Os membros da diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo também marcaram presença nos dois dias do evento.

Para oferecer aos participantes um pacote completo de informações, o curso também incluiu, no programa, a parte de reabilitação pós-operatório. “Essa é uma área importan-te porque em cirurgias de grande complexidade, se a reabilitação não é bem conduzida, pode comprometer o resultado do procedimento”, enfatizou. Essa parte da programação foi apresentada por fisioterapeutas.

Dr. Leonardo Ornellas / chefe do Serviço de Ortopedia do HMC, Dr. Cristiano Menezes / Presidente da SBOT MINAS, Dr. Evander Grossi,

Dr. Mauro Oscar / Superintendente do HMC, e demais palestrantes: Dr. Roberto Zambelli, Dr. Bernardo Ramos, Dr. Robinson Esteves e

Dra. Andrea Pizzani (fisioterapeuta).

Realizada em Ipatinga a XI Jornada de Ortopedia do Vale do Aço. O evento acon-teceu nos dias 20 e 21 de setembro, no audi-tório do Hospital Márcio Cunha, e contou com a presença de colegas de Belo Hori-zonte, Manhuaçu, Caratinga, Governador Valadares, Timóteo, Coronel Fabriciano e Ipatinga. À frente da Jornada, o Dr. Evan-der Grossi Azevedo.

Destaques na programação, a palestra proferida pelo presidente da SBOT MI-NAS, Dr. Cristiano Menezes, sobre “Atu-alização no Tratamento da Deformidade da Coluna do Adulto”, utilizando-se téc-nicas minimamente invasivas via anterior e posterior, simultaneamente, assim como “Abordagens e Técnicas Cirúrgicas em Fra-turas de Joelho, Cintura Escapular”, do Dr. Robinson Esteves. Constando também no programa científico, temas como “Técni-cas Híbridas de Tratamento Artroscópico e Minimamente Invasivas em Cirurgias do Tornozelo”, proferida pelo Dr. Roberto Zambelli, a palestra “Maus Tratos na Crian-ça”, ministrada pelo Dr. Bernardo Ramos, que chamou a atenção dos membros da ad-ministração hospitalar e médicos do corpo clínico para esse diagnóstico que, algumas vezes, pode passar desapercebido. ”

Dr. Marco Antônio de Castro Veado

Page 18: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

18

C o n d u t aq u a l s e r i a a s u a ?

Como eu façoDr. Hudson Cézar José Vieira Coordenador do Trauma Ortopédico do HPS João XXIII | FHEMIGMembro Efetivo da equipe de Cirurgia do Joelho e Trauma da Santa Casa de Belo Horizonte

Caso Clínico:

Paciente masculino, 32 anos.Vítima de acidente de moto.

Paciente deu entrada no Pronto Socorro, trazido pelo SAMU, com imobilização provisória (tala) em mem-bro inferior esquerdo, apresentando ferida terço médio proximal da perna de +/- 3 cm com sangramento local, avaliação neurovascular normal, hemodinamicamente estável. Realizado RX de coluna, tórax, bacia normais e RX coxa, joelho e perna.

Diagnosticado: - fratura fechada diafisária de fêmur esquerdo classi-

ficação AO 32 C3;- fratura fechada transversa de patela esquerda;- fratura exposta Gustilo II, AO 42 C2 dos ossos da

perna esquerda.

Qual a conduta para este caso?

Page 19: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

19

O joelho flutuante consiste na fratura ipsilateral de fêmur e tíbia ocorridas simultaneamente (Mcbride& Blake - 1975). Trata-se de patologia grave devendo o paciente ser considerado um politraumatizado. Este caso em ques-tão corresponde ao tipo I de Fraser (bi- diafisária) além da associação com a fratura de patela. Idealmente deve-se começar a fixação pelo fêmur via retrógrada salvo nos casos de grave lesão de partes moles na tíbia, quando pode-se fazer fixação externa provisória. Sendo possível osteossíntese primária, fixa-se a tíbia por meio de haste intra-medular bloqueada e finaliza-se fixando a patela de modo tradicional por banda de tensão. Todas essas fixações teriam a vantagem de ser feitas pelo mesmo acesso anterior mediano sobre o joelho.

Dr. Davison Filho F. DiasCirurgião de Joelho da Santa Casa de Belo HorizonteMembro da Cirurgia do Trauma Ortopédico do Hospital Regional de BetimMembro titular da SBCJ

Dr. Bruno FaresMembro da Equipe do Trauma Ortopédico da Rede Mater Dei Saúde

No caso citado acima, penso que minha conduta inicial seria um controle de dano inicialmente. Nesses casos de politraumatismo com lesões de alta energia, frequentemente nos deparamos com uma estabilidade hemodinâmi-ca questionável. Impor ao paciente procedimentos longos, demorados e que coloquem em risco sua estabilidade hemodinâmica seria imprudente. Iniciantemente eu levaria ao bloco cirúrgico e trataria a exposição da fratura da tíbia com lavagem exaustiva com uso de SF 0,9% e debridamento agressivo. Fixação das fraturas do fêmur e tíbia com uso de fixador externo. Iniciaria ATB-venoso seguindo o protocolo de 72 horas. Havendo boa evolução clíni-ca do paciente associada a uma boa evolução das feridas dos locais de trauma optaria então, nesse segundo tempo, pela fixação definitiva com haste intra medular convencional para a tíbia, haste retrograda para a fixação da fratura do fêmur, pelo mesmo acesso na região do joelho e no mesmo tempo cirúrgico. Também no mesmo tempo cirúr-gico optaria pela fixação da patela com uso de “Banda-de-tensão” com prolongamento do acesso anterior.

Dr. Robinson Esteves S. Pires

Uma vez que o paciente encontrava-se hemodinamicamente estável, se as condições de partes moles permitis-sem e se houvesse disponibilidade de materiais para osteossíntese, minha tendência seria a fixação definitiva ime-diata de todas as fraturas. Começaria pelo desbridamento e irrigação da fratura exposta da tíbia. Posteriormente, trocaria todo o instrumental e campos cirúrgicos, faria nova paramentação da equipe enova assepsia. Partiria, en-tão,para a redução percutânea da fratura transversa da patela com pinça de Weber e fixação, também percutânea, com 2 parafusos canulados 3.5mm, de distal para proximal. A seguir, realizaria a osteossíntese da fratura da tíbia com uma placa curta(DCP ou LCP 3.5mm) para fixação dos fragmentos proximal e intermediário (“reduction plate” Nork JOT 2006), com o intuito de evitar as deformidades em valgo e em extensão do fragmento proximal da tíbia durante a osteossíntese intramedular. A placa seria colocada na região ântero-medial ou ântero-lateral, dependendo da localização da ferida da fratura exposta. Complementaria a fixaçãoda tíbia com uma haste in-tramedular bloqueada fresada com portal transpatelar e, finalmente, faria a osteossíntese do fêmur pelo mesmo portal, utilizando uma haste intramedular bloqueada fresada retrógrada.

Professor Adjunto e Chefe do Departamento do Aparelho Locomotor da UFMGCoordenador do Trauma Ortopédico do Hospital Felício Rocho

Page 20: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

20

comentários

autoresSUGESTÃO DE LEITURA

Early versus Delayed Decompression for Traumatic Cervical Spinal Cord Injury: Results of the Surgical Timing in Acute Spinal Cord Injury Study (STASCIS)

AUTORES:

Michael G. Fehlings1*, Alexander Vaccaro2, Jefferson R. Wilson1, Anoushka Singh1, David W. Cadotte1, James S. Har-rop2, Bizhan Aarabi3, Christopher Shaffrey4, Marcel Dvorak5, Charles Fisher5, Paul Arnold6, Eric M. Massicotte1, Stephen Lewis1, Raja Rampersau

abstractABSTRACT:

Background: There is convincing preclinical evidence that early decompression in the setting of spinal cord injury (SCI) improves neurologic outcomes. However, the effect of early surgical decompression in patients with acute SCI remains un-certain. Our objective was to evaluate the relative effectiveness of early (,24 hours after injury) versus late ($24 hours after injury) decompressive surgery after traumatic cervical SCI.

Methods: We performed a multicenter, international, prospective cohort study (Surgical Timing in Acute Spinal Cord Injury Study: STASCIS) in adults aged 16–80 with cervical SCI. Enrolment occurred between 2002 and 2009 at 6 North American centers. The primary outcome was ordinal change in ASIA Impairment Scale (AIS) grade at 6 months follow-up. Secondary outcomes included assessments of complications rates and mortality.

Findings: A total of 313 patients with acute cervical SCI were enrolled. Of these, 182 underwent early surgery, at a mean of 14.2(65.4) hours, with the remaining 131 having late surgery, at a mean of 48.3(629.3) hours. Of the 222 patients with follow-up available at 6 months post injury, 19.8% of patients undergoing early surgery showed a $2 grade improvement in AIS compared to 8.8% in the late decompression group (OR = 2.57, 95% CI:1.11,5.97). In the multivariate analysis, adjusted for preoperative neurological status and steroid administration, the odds of at least a 2 grade AIS improvement were 2.8 times higher amongst those who underwent early surgery as compared to those who underwent late surgery (OR = 2.83, 95% CI:1.10,7.28). During the 30 day post injury period, there was 1 mortality in both of the surgical groups. Complications occurred in 24.2% of early surgery patients and 30.5% of late surgery patients (p = 0.21).

Conclusion: Decompression prior to 24 hours after SCI can be performed safely and is associated with improved neuro-logic outcome, defined as at least a 2 grade AIS improvement at 6 months follow-up.

Trata-se do primeiro trabalho multicêntrico, randomizado, prospectivo, publicado em 2012, que conseguiu responder, de forma positiva com robustez, o seguinte questionamento: a cirurgia precoce (abaixo de 24 horas) no traumatismo raqui medular, apresenta melhor recuperação neurológica que a cirurgia realizada após 24 horas.

O segundo questionamento que o artigo também responde é se o número e a gravidade das complicações relatadas se-riam maior no grupo tratado com cirurgia precoce? Após análise, os dados evidenciam que não há diferença estatística entre os dois grupos (p = 0.21).

Ressalto que a maior contribuição deste artigo é estabelecer o tempo abaixo de 24 horas como a “Golden hour” para o paciente vitima de TRM, fato que ainda carece de ser divulgado em nossa comunidade.

Nós ortopedistas, devemos encarar a descompressão medular da mesma forma que encaramos a urgência da redução de uma luxação de joelho ou de quadril.

Assim, desde 2012, e baseado em evidências, podemos cobrar dos nossos gestores soluções para que o paciente, vítima de traumatismo raqui medular, seja tratado de forma segura e plena nesta janela de 24 horas.

COMENTÁRIO:

Dr.Guilherme Zanini: Ortopedista e Traumatologista, membro da SBOT MINAS e especialista em Cirurgia da Coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna. Membro do Grupo de Coluna do Hospital João XXIII | de Belo Horizonte.

Page 21: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

21

Dr. Guydo Marques

Ev dênciaem ortopedia

CFM realiza eleições em todo o país

Com o trabalho “Avaliação dos re-sultados funcionais do tratamento cirúr-gico artroscópico da lesão do manguito rotador com seguimento mínimo de 10 anos”, o Dr. André Couto Godinho tam-bém foi destaque no 21º Compresso Mi-neiro de Ortopedia e Traumatologia re-alizado em Belo Horizonte. Ele ganhou como melhor tema livre na modalidade - apresentação oral. O prêmio consiste em uma consultoria financeira pela em-presa Medcapital e uma coletânea de li-vros com o nome “Clínica Ortopédica”, editada pela USP. O mesmo trabalho recebeu o prêmio de melhor tema livre oral apresentado no Congresso Latino Americano de Cirurgia e Ombro e Co-tovelo (SLAHOC), realizado em julho deste ano em La Paz/Bolívia.

Dr. André Godinho é Assistente do Grupo de Ombro dos hospitais Orto-pédico, Belo Horizonte, Lifecenter e Universitário São José, todos na capital mineira.

O ortopedista mineiro Guydo Mar-ques Horta Duarte encontra-se em pleno exercício do cargo de Presidente da Socie-dade Brasileira de Quadril - SBQ - biênio 2018/2019. Mais um médico de Minas Gerais à frente de uma expressiva entida-de, comprovando o alto nível da medicina em nosso estado. Dr. Guydo divide seu tempo entre suas atividades médicas em Belo Horizonte e viagens por todo o país. São muitos os eventos e reuniões, visando aumentar cada vez mais o conhecimento dos ortopedistas/especialistas em quadril no Brasil e o aprimoramento das ações e processos da SBQ.

Durante o 21º CMOT, o Dr. Eduardo Fróis Termponi e seus especializandos do Serviço de Ortopedia do Hospital Madre Teresa/Belo Horizonte, Bruno Presses Teixeira e Fredy Soares Sousa, ganharam o 1º lugar na categoria Pôs-ter, com o título “Clinical Outcomes of Single Anteromedial Bundle Biologic Augmentation Technique for Anterior Cruciate Ligament Reconstruction With Consideration of Tibial Remnant Size”. Dr. Eduardo Fróis é especialista em Jo-elho pelo Hospital Madre Tereza, onde é preceptor e coordenador de Residência Médica em Ortopedia e Especialização em Cirurgia do Joelho.

Muitas atividades na SBQ Premiações

Tomaram posse no último dia 1º de setembro, os novos conselheiros dos Conselhos Regionais de Medicina para um mandato de cinco anos (2018 a 2023). As eleições foram realizadas em todo o país nos dias 07, 08 e 09 de agosto, e, con-forme determina o Conselho Federal de Medicina, as votações aconteceram ex-clusivamente pelo correio. Entre os novos conselheiros, está o Dr. Ildeu Almeida, ex-presidente da SBOT MINAS, eleito para o CRM-MG.

Minas Gerais possui 54.973 médicos votantes dos quais somente 29.437 efeti-vamente votaram. Os demais ou não vo-taram e terão que fazer a sua justificativa, ou anularam, ou estão inadimplentes e não tiveram os seus votos validados.

De acordo com o Dr. Ildeu Almeida, a maioria dos médicos desconhece as prin-cipais atribuições do CRM. O Conselho Regional de Medicina é uma autarquia da União e seu principal papel é o de re-gulamentar e normatizar o exercício da medicina em cada Estado. Trabalha sob denúncia, seja feita por colegas médicos, por pacientes ou por parentes de pacien-tes. Emite pareceres esclarecendo dúvidas acerca dos mais diversos assuntos relati-vos à vida do profissional médico.

“Em 2014, durante a nossa gestão à frente da SBOT MINAS, conseguimos a aprovação do PA Qualidade, um proje-

to no qual visitamos todos os principais pronto atendimentos do Estado de Mi-nas, procurando identificar as vulnera-bilidades pelas quais os médicos estavam expostos e notificando os responsáveis técnicos sobre os problemas, cobrando uma mudança. A repercussão junto aos associados da SBOT MINAS foi muito positiva”, lembra.

“Minha visão atual acerca do que po-demos fazer para atuar beneficiando os ortopedistas e os médicos em geral é a de termos um Conselho de Medicina que trabalhe ao lado do profissional, aconse-lhando-o de forma preventiva para evitar os desvios de conduta”, afirma, acrescen-tando que “estaremos também promo-vendo ações educativas, estimulando e efetivamente realizando cursos de educa-ção continuada, que serão organizados a partir das principais demandas observa-das dentro da Instituição, visando sempre a instrução e o aconselhamento”.

Ao concluir, o novo conselheiro do CRM-MG, agradece a atual diretoria da SBOT MINAS “pela lisura de conduta durante o processo eleitoral, e pela opor-tunidade desse novo desafio”.

Page 22: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do

22

M e u h o b b y

Dr. Valdeci Manoel de Oliveira: nas profundezas do oceano

Quando surgiu o hobby de mergulha-dor? - Bem cedo. A vontade de mergulhar sempre esteve presente na minha vida, mas o tempo e condições financeiras me im-pediam. No tempo de Residência parei de treinar karatê, no qual sou faixa preta, e no quarto ano de residência, em um congresso na ilha de Comandatuba, fiz o meu primei-ro batismo. Foi em 1999. Depois disso sem-pre fiz mergulhos nas férias, mas apenas como batismo.

Por quê? A água sempre me atraiu, sem-pre gostei de rios e mares, o mergulho sem-pre me fascinou.

Frequentou cursos? - Sempre procurei cursos, mas não encontrei pessoas que po-deriam ministrá-los, até que em 2005 fiz o curso básico, parte teórica, com um médico anestesiologista, Dr. Marcelo Salgado, em Juiz de Fora, e a parte prática na cidade de Cabo Frio, RJ.

Tendo feito o curso básico, as minhas viagens se tornaram mais frequentes, fiz muitos mergulhos e aproveitei bastante. Três anos depois fiz o curso teórico avança-

Quando se pesquisa no meio ortopédico mineiro sobre hobbies de colegas, ficamos impressionados com a gama de

atividades que encontramos e com a importância que essa prática tem na vida de todos os entrevistados dessa coluna.

Nesta edição, o Jornal SBOT MINAS entrevistou o Dr. Valdeci Manoel de Oliveira, cirurgião de coluna, Professor Adjunto da

Universidade Federal de Juiz de Fora-UFJF e da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora - SUPREMA.

Ele também é chefe do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do HMTJ.

do, com o instrutor Marcio Guerra, em Juiz de Fora, e o prático na cidade de Bonaire, no Caribe, conhecido como paraíso dos mergulhadores.

Costuma viajar para mergulhos? - Fe-lizmente tenho uma esposa que tem simpa-tia pelo mergulho, já mergulhamos juntos em Varadero, em Cuba; e Ilhas das Mulheres, México. Nas minhas viagens sempre escolho locais onde posso mergulhar. No Brasil já fiz muitos mergulhos nas cidades de Cabo Frio, Arraial do Cabo, Vitória, Rio de Janeiro, Re-cife. Também no estado da Bahia. E ainda: em Cuba, Cancun, Bahamas, Praia Del Car-mem, Cozumel, Bonaire e em Miami.

Quais os cuidados gerais devem ser tomados em um mergulho? - Como todo esporte, o mergulho tem regras rígidas a se-rem cumpridas. O descumprimento de tais regras pode ter como consequência uma síndrome descompressiva, embolia e até o óbito. Portanto, o uso de bebidas alcoólicas 24 horas deve ser evitado, dormir cedo, ter boa alimentação leve, frutas e tomar muitos líquidos. Muitas pessoas acham que o fato

de estarem na água não possam desidratar e isso é um enorme erro. Se você vai fazer um mergulho deve estar fisicamente preparado e ter o seu material regulado e revisado.

De quanto em quanto tempo costuma mergulhar? - Mergulho em média a cada três meses. Sinto falta de mergulhar. O mergulho me faz bem, me sinto renovado e preparado para retornar as batalhas, que não são poucas, na superfície.

Qual o local mais impressionante no qual mergulhou? - Cozumel, ilha no Mé-xico. Porque a visibilidade é fantástica, de cima do barco já era possível observar o fundo a trinta metros.

Conheceu amigos praticando esse es-porte? - No mergulho só fiz amigos, encon-tramos sempre, nos falamos diariamente, inclusive na minha equipe tem mais dois mergulhadores médicos: Dr. Jair Dias e Dr. Luiz Abad.

Praticar mergulho integra as pes-soas? - Sim. Em todo esporte existe uma integração, mas no mergulho, essa inte-gração se faz de maneira especial, porque no fundo do mar, um cuida da vida do ou-tro, antes, durante e depois de mergulhar. Quando vou viajar de férias, contrato uma operadora de mergulho. Antes, procuro observar a equipe. Se existe uma amizade entre eles, eu mergulho. Caso contrário, não. Confiança é tudo.

Quando começou a mergulhar, teve sentimento de medo? - Não. Porque não tinha noção. Tenho medo agora, conheço mais o risco. Por isso sou mais cuidadosos a cada mergulho que faço. Parece que a me-dida que você aprende, você fica com mais medo e é mais cuidadoso.

Você já viveu alguma experiência ruim? - Sim, foi o meu primeiro mergulho noturno. Fiquei apavorado. Batizei a minha roupa, isso é fiz xixi, (kkk), subi feito um louco, mas depois fiquei calmo.

Mergulhar traz sensação de desafio? - Sim, como qualquer esporte, você sempre procura superação. No mergulho é ficar mais tempo debaixo d’água, consumir me-nos ar, ir mais fundo.

Por quê? - Porque cada mergulho que você faz é diferente. Você quer ver tudo o que os seus companheiros viram, quan-to tempo eles ficaram no fundo, onde eles mergulharam, mas são desafios saudáveis e que dão prazer.

O que esse hobby mudou na sua vida? - Ele me transformou profundamente. A expressão “mergulhar a fundo” é real. O mergulho me levou a um encontro com a minha alma, com o meu eu, a olhar para dentro de mim mesmo. Me levou a sentir fazendo parte do universo e saber que não somos nada em relação à imensidão do oce-ano. E para essa experiência, convido todos os colegas. Esse hobby só me trouxe alegria e oportunidade de fazer mais amigos.

Page 23: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do
Page 24: Candidatos ao Governo de Minas participam de debate Além ... 2018.pdf · 07 Evento discute avanços da área e ações políticas Cerca de 500 médicos, de to-das as regiões do