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AS INTERFERÊNCIAS DAS REDES SOCIAIS NAS RELAÇÕES AMOROSAS The interference of the social networks in love relationship Autores – e-mail dos autores Carolina D’Alberto - [email protected] Elisete Gabanella Aleixo da Silva - [email protected] Gabriel Carvalho Fidelis – [email protected] Graduandos em Psicologia Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Prof. Orientador: Ana Elisa S. B. de Carvalho – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium [email protected] RESUMO As redes sociais estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas e de certo modo facilita, em muito, diversas atividades corriqueiras e até mesmo a comunicação. Mas seu uso exacerbado pode ser um dos principais responsáveis pela superficialidade e fragilidade nas relações amorosas, quando a pessoa desvia sua atenção a uma mensagem recebida, e antes estava voltada para o(a) parceiro(a), acaba permitindo a entrada de um terceiro elemento na relação. Este trabalho concerne em fazer uma breve análise através da abordagem qualiquantitativa, apoiada nos recursos de pesquisa descritiva e do questionário de escala Likert, visando verificar se há interferências, tanto positivas quanto negativas nas relações amorosas. Os resultados obtidos nos mostra que ambas as interferências estão presentes nas relações amorosas, algumas de maneira sútil e outras um tanto quanto explícitas, ressaltando que as interferências positivas são evidenciadas pela facilidade e agilidade nas interações e as negativas que são causadoras de sentimentos de ciúme, desconfiança e abandono. Palavras chave: relações amorosas. redes sociais. interferências. ABSTRACT 1

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AS INTERFERÊNCIAS DAS REDES SOCIAIS NAS RELAÇÕES AMOROSASThe interference of the social networks in love relationship

Autores – e-mail dos autoresCarolina D’Alberto - [email protected]

Elisete Gabanella Aleixo da Silva - [email protected] Carvalho Fidelis – [email protected]

Graduandos em PsicologiaCentro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Prof. Orientador: Ana Elisa S. B. de Carvalho – Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

[email protected]

RESUMO

As redes sociais estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas e de certo modo facilita, em muito, diversas atividades corriqueiras e até mesmo a comunicação. Mas seu uso exacerbado pode ser um dos principais responsáveis pela superficialidade e fragilidade nas relações amorosas, quando a pessoa desvia sua atenção a uma mensagem recebida, e antes estava voltada para o(a) parceiro(a), acaba permitindo a entrada de um terceiro elemento na relação. Este trabalho concerne em fazer uma breve análise através da abordagem qualiquantitativa, apoiada nos recursos de pesquisa descritiva e do questionário de escala Likert, visando verificar se há interferências, tanto positivas quanto negativas nas relações amorosas. Os resultados obtidos nos mostra que ambas as interferências estão presentes nas relações amorosas, algumas de maneira sútil e outras um tanto quanto explícitas, ressaltando que as interferências positivas são evidenciadas pela facilidade e agilidade nas interações e as negativas que são causadoras de sentimentos de ciúme, desconfiança e abandono.

Palavras chave: relações amorosas. redes sociais. interferências.

ABSTRACT

The social networks are more and more present in people' s daily routine, and this fact, in a way, becomes a lot of activities easier, including the communication. However, its overuse can be responsible for the superficiality and fragility of the love relationships, when a person gives more attention to a message that was received than to the partner, he/ she allows the appearing of a third element in the relationship. This project has the purpose of analysing and through both qualitative and quantitative approuch and Likert scale questionnaire and verify if there are any interferences, either positive or negative. The results gotten show that both interferences are present in love relationships, some ones are subtle and others are more explicit. The positive ones are related to the easiness and quickness in the interactions. And the negative ones which are responsible for appearing of jealous, mistrust and abandon feelings.

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Key words: love relationship. net Works. interference.

INTRODUÇÃO

O tema abordado refere-se às interferências originadas a partir do uso das

redes sociais para as interações nas relações amorosas. Busca avaliar se há

interferências positivas e negativas e de que modo elas interferem nestas relações.

A princípio discorre-se sobre o conceito de comunicação, que passou por

mudanças significativas, ao ponto que, inicialmente eram feitas de maneira

presencial ou até mesmo por cartas ou telefonemas, atualmente são efetuadas de

maneira virtual, sendo este espaço conhecido como ciberespaço. O ciberespaço

possibilita o usuário a se comunicar com diversas pessoas ao mesmo tempo sem

barreiras de espaço, pessoas ou costumes.

Este avanço tecnológico facilitou a comunicação, mas por outro lado fez com

que as pessoas que utilizam deste meio tornam-se escravizadas por verificarem

constantemente suas redes sociais, tornando assim uma ferramenta que toma a

atenção de quem a utiliza e que antes era para o(a) parceiro(a), fazendo com que

estes se sintam trocados pelo aparato tecnológico.

Por sua vez, as relações amorosas também passaram por diversas mudanças

ao longo da história. Antigamente, com a influência da Igreja, a mulher era vista

como “santa” e “imaculada” e o seu papel era apenas o de procriar, já o homem saía

de casa para obter recursos a fim de prover o lar e a família. No Feudalismo as

pessoas casavam-se apenas por interesse das famílias de ambos, como um negócio

lucrativo. Logo o amor cortês conquista um espaço na história, e assim passa a

existir um momento de cortejar a escolhida para conhecê-la melhor antes de casar-

se com a tal. Mas a mudança mais significativa e marcante dentro deste contexto

histórico foi a reinvindicação das mulheres no início do século XX, o que ocasionou

no ingresso delas no mercado de trabalho, resultando na independência tanto

financeira quanto a escolha do parceiro, que deixou de ser obrigatória tornando-se

opcional.

Em contrapartida, o aparelho de mão tornou-se um acessório indispensável

na vida de todos, sendo utilizado para diversos afazeres, como trabalho, estudo e

para relacionar-se. Por sua vez, as redes sociais proporcionam ferramentas das

mais diversas para agradar todo o público, a fim de encontrar novos amigos, manter

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contatos com os já existentes, encontrar pessoas para se relacionar amorosamente

ou até mesmo em alguns casos, cometer traição, segundo Morais (2011).

De acordo com Mussi (2006), o celular passou a se tornar um terceiro

elemento nas relações, uma vez que o centro da atenção se dá à mensagem

recebida, deixando o(a) parceiro(a) em segundo plano, possibilitando a fragilidade e

superficialidade nas relações amorosas, acrescenta Bauman (2004).

Acredita-se que as interferências negativas são mais evidentes e de certo

modo, apresentam-se acompanhadas de sentimentos de ciúme, desconfiança,

abandono e até mesmo traições. Para verificar esta hipótese foi utilizada de

pesquisa descritiva e da abordagem Qualiquantitativa para avaliar não somente o

número de usuários e o quanto acessam estas redes a fim de comunicar-se com

o(a) parceiro(a), mas também a qualidade destas relações advindas do uso destas

redes. Apoiada no questionário de escala Likert, respondidos por 241 pessoas

sendo estas estudantes dos 12 cursos oferecidos na Instituição UniSALESIANO –

Lins, e a análise dos dados e discussão dos resultados obtidos serão vistos na

metodologia.

1 A EVOLUÇÃO DAS REDES SOCIAIS

Buscando integrar-se ao dia-a-dia dos seus usuários socialmente e

culturalmente, a internet e as redes sociais passam por constantes mudanças.

Em 1962, a internet teve seu conceito descrito por J.C.R. Licklider, que

discutia a questão da "Rede Galáxica”, apresentando a ideia de vários

computadores interligados por uma rede global, cujos dados e arquivos poderiam

ser acessados por todos os outros em qualquer local do mundo.

No Brasil iniciou-se a rede com a criação da Rede Nacional de Pesquisa

(RNP) em 1989 para fins acadêmicos. Em 1995 foi liberado o uso da internet para a

sociedade em geral, e a partir de então, cresceu desordenadamente. (GOSCIOLA

2003 apud CALAZANS; LIMA, 2013).

Com o bomm da tecnologia na década de 90, o computador deixa de ser

apenas uma calculadora, um manipulador de imagem, um processador de símbolos

e passa a ser um instrumento cultural.

A comunicação através das redes foi modificada em questão de organização,

mobilização social e conversação, tornando-se o centro da vida social e trazendo

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complexidade nas relações sociais. Dentro das comunidades virtuais, os indivíduos

de todas as partes do planeta interagem entre si e mantem uma comunicação rica,

tanto emocional quanto intelectual assim como na vida real, mas de maneira muito

mais abrangente e acessível. Devido a este fator surge o ciberespaço, um lugar

onde as relações sociais não se limitam ao espaço territorial, nem às possibilidades,

tornando a comunicação mais prazerosa e indispensável na vida de quem às utiliza.

(HINTZ et al., 2014 apud CANEZIN; ALMEIDA, 2015).

1.1 A transformação dos relacionamentos a partir do uso das redes sociais

Nada como um passeio de mãos dadas, uma conversa “olho no olho”, um

toque de afeto, e muitas outras formas de expressar amor e dedicação à pessoa

amada. Mas com o avanço tecnológico, principalmente no uso das redes sociais,

este conceito de amor tem saído de moda dando espaço a uma nova modalidade de

relacionamentos, que não exige uma conversa presencial, nem ao menos a atenção

voltada apenas pra quem está se comunicando.

Não raras vezes, estas cavaqueiras realizam-se ao mesmo tempo em que vemos um filme ou trabalhamos com o processador de texto, e dificilmente podemos falar em empenho e envolvimento emocional. Ainda assim, muitas pessoas preferem comunicar com familiares e amigos via electrónica em vez de o fazerem frente a frente. As páginas tantas, a comunicação presencial parece uma coisa estranha porque é cada vez mais rara. (MORAES, 2011, p.24-5).

Cabe ressaltar que dois fatores são importantes para considerar esta

afirmação, sendo um deles o resultado do que Bauman (2004) denomina amor

líquido, ou seja, na mesma rapidez em que se inicia um relacionamento também se

rompe. Outro fator de extrema relevância é o avanço da tecnologia e o uso cada vez

mais frequente das redes sociais como WhatsApp, Facebook, Instagram, SnapChat

e Tinder possibilitando uma nova modalidade de comunicação tanto entre amigos

quanto parceiros amorosos e a razão para este crescimento exacerbado é a

comodidade, rapidez e praticidade em que é proporcionada no dia a dia dos

usuários.

A Internet e as redes sociais trouxeram-nos muitas vantagens e desvantagens

e segundo Moraes (2011), “compete a cada um de nós acompanharmos a evolução

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tecnológica aplicando as nossas competências sociais e a inteligência emocional a

cada plataforma de comunicação.” (MORAES, 2011, p. 24).

O espaço físico é trocado pelo ciberespaço e desta maneira a família reunida

na sala ou em qualquer outro ambiente da casa não tem mais o mesmo sentido,

uma vez que, mesmo todos os indivíduos reunidos, não estão somente “entre eles”,

mas sim dividindo a atenção com diversas outras pessoas conhecidas e

desconhecidas através do aparelho digital.

Nós entramos em nossas casas separadas e fechamos a porta, e então entramos em nossos quartos separados e fechamos a porta. A casa torna-se um centro de lazer multiuso em que os membros da família podem viver, por assim dizer, separadamente lado a lado. (SCHLUTER; LEE apud BAUMAN, 2004, p. 85).

Devido à essas mudanças e o uso frequente do aparelho de mão, algumas

pessoas têm se tornado escravizadas pela necessidade de manter-se conectadas, e

logo ao acordarem vão direto conferir suas redes sociais, a fim de responder as

mensagens, conferir as notificações, curtir os comentários feitos em suas postagens

ou até mesmo vasculhar nas postagens alheias.

Muitas pessoas talvez acreditem estar compelidas, quer seja pelo seu entorno social, quer seja por uma influência midiática terem de constantemente interagirem com as redes sociais para não se sentirem socialmente excluídas. (CANEZIN; ALMEIDA, 2015, p.143).

E de acordo com Bauman (2004), o silêncio equivale à exclusão.

1.2 As redes sociais mais utilizadas para namorar, paquerar e trair.

De acordo com Daquino (2012), as redes sociais começaram a se destacar à

partir dos anos 2000, devido a enorme variedade de sites de comunicação e

relacionamento. Dentre estes foram abordados em nossa pesquisa as seguintes

redes sociais: Facebook, WhatsApp, Tinder, Instagran e SnapChat, como principais

sites de relacionamentos usados para paquerar, namorar e trair.

Facebook é considerado a rede social mais popular do mundo. Em 4 de

Fevereiro de 2004, a ideia de Mark Zuckerberg foi lançada como The Facebook.

Ainda neste ano, Sean Parker fundador da Napster tornou-se o presidente da

empresa e trocou o nome para Facebook.

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O WhatsApp foi criado por Jan Koum em 2009. A princípio a ideia era criar um

sistema de mensagens gratuito, fácil de usar, funcionando com base nos contatos

da agenda do telefone de cada um. Em poucos meses o aplicativo já estava sendo

usado por milhares de usuários, assim vieram as atualizações, possibilitando enviar

e receber fotos e cada vez mais o crescimento do aplicativo.

O Tinder é um aplicativo que incentiva dois usuários com interesses em

comum a se conhecerem. Este programa cruza informações de perfil com dados de

localização sugerindo possíveis pretendentes próximos relativamente. Este

aplicativo foi criado em 2012 nos Estados Unidos por dois amigos Justin Mateen e

Sean Rad.

O Instagram foi oficialmente lançado no ano de 2010, e os responsáveis pela

criação e ideia é o americano Kevin Systrom e o brasileiro Mike Kreieger. Em 2012,

o Facebook comprou o Instagram por 1 bilhão de dólares, trazendo novidades em

postagens.

O Snapchat chega como uma nova proposta em termos de rede social, pois

disponibiliza aos usuários, a possibilidade de se comunicar através de fotos e

mensagens, sendo estas apagadas segundos depois. Essa ideia diferenciada surgiu

do americano Evan Spiegel que lançou o aplicativo em setembro de 2011.

2 RELAÇÕES AMOROSAS

Existem diversas formas de relacionamento, amoroso, afetivo, de amizade, ou

de intimidade entre pessoas. O relacionamento virtual é apenas uma das muitas

formas de se relacionar.

As relações amorosas, afetivas, sexuais e até mesmo as formas como se

procura um parceiro, são configuradas de acordo com o período histórico em que o

indivíduo está inserido. Cabe ressaltar que as mudanças ocorridas ao longo da

história são de suma importância para a compreensão de como as relações estão

sendo estabelecidas nos dias atuais.

Como tudo nessa vida é propenso à mudanças, as relações amorosas não

são diferentes. Ao longo da história da sociedade, observa-se que elas foram se

configurando de acordo com as demandas sociais, culturais e econômicas.

Ao longo da história das relações amorosas é evidente a influência da Igreja

nas configurações acerca do papel do homem e da mulher dentro do casamento. O

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homem exercia a função de pai provedor e por sua vez cabia à mulher ser submissa

e passar a imagem de um ser puro, sem desejos, generosa, uma verdadeira santa.

Por consequência, os homens procuravam nas senzalas as escravas para

sentir prazer em suas relações sexuais, já que suas esposas eram vistas como um

templo sagrado, cabendo a elas apenas a função de procriar.

No século IX e X, com o Feudalismo, as famílias negociavam os casamentos,

levando em conta apenas seus interesses financeiros.

Já no século XII surge o amor cortês. Este comportamento amoroso é vivido

por cavaleiros da época, que tinham por objetivo conquistar a dama, mesmo que

esta já estivesse prometida a outro.

A visão de um relacionamento amoroso mais romântico é marcada no final do

século XIX, onde é estabelecida a ideia de fidelidade e eternidade ao lado da pessoa

amada.

Após a Segunda Guerra nos Estados Unidos, surgiu o movimento

homossexual, quebrando paradigmas a respeito dos relacionamentos monogâmicos

de modelo heterossexual e trazendo uma nova perspectiva de possibilidades em

expressar o amor.

Concomitantemente as mulheres iniciaram uma reinvindicação por direitos

iguais, em especial, no mercado de trabalho, na busca de uma boa qualidade de

vida tanto profissionalmente, quanto nos relacionamentos afetivos, visando sempre a

independência financeira. De fato, essa luta trouxe diversas conquistas, inclusive o

seu ingresso aparente no mercado de trabalho, trazendo assim uma independência

financeira e tornando flexível e secundária a escolha de um parceiro.

2.1 As relações amorosas na contemporaneidade

Atualmente, as relações amorosas estão tornando-se rápidas, frágeis e

sucintas. Estas características são decorrentes do modelo capitalista ao qual na

busca pelo parceiro são levadas em conta algumas informações a seu respeito,

como sua inserção no mercado de trabalho, sua profissão, seu status social e sua

visão de futuro. Outra característica marcante do modelo capitalista é o

individualismo, sustentada pela tecnologia de crescimento contínuo.

Diante da globalização, hoje em dia, as pessoas estão cada vez mais

consumistas e imediatistas, buscando o instantâneo, rápido, descartável e acabam

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transferindo esta ideia de mercadoria para os relacionamentos, tornando-os voláteis.

(BAUMAN, 2004).

Outro ponto marcante da contemporaneidade é o suporte tecnológico

avançado de comunicação, a informática, e esta corrobora para uma maior

facilidade na vida social, econômica e política. Além disso, ela quebra todos os

precedentes e barreiras de espaço, pessoas e culturas, trazendo aos usuários uma

ideia atrativa de liberdade. Ante a estes fatores refletiu-se sob os relacionamentos

um enfraquecimento na criação de vínculos.

Nos relacionamentos amorosos isso vai se manifestar no não favorecimento da aproximação de pessoas, da criação de vínculos duradouros, e concretizando relacionamentos breves, de bolso, voltados para a satisfação de necessidades e desejos imediatos, sem um compromisso que ultrapasse o momento da relação. (FERREIRA; FIORONI, 2008, p.3)

2.2 As interferências positivas e negativas das redes sociais

As principais interferências positivas advindas do uso das redes sociais por

pessoas que se relacionam ou já se relacionaram amorosamente, está ligada a

facilidade e agilidade na comunicação entre ambas, independente das barreiras

territoriais ou até mesmo da escassez de tempo hábil determinado pelo modelo

mercantilista, onde se exige uma produtividade cada vez maior e pouco tempo livre

para comunicar-se com o(a) parceiro(a), tornando este, um instrumento facilitador.

Outro, não menos evidente é a que faz das redes sociais uma ferramenta que

dá a possibilidade ao usuário conhecer o indivíduo que está se comunicando

primeiramente pela sua essência (seus gostos, ideias), para depois escolher se

pretende manter contato físico, conhecendo assim seu exterior. (MORAIS, 2011)

As redes sociais podem gerar uma superficialidade nos relacionamentos. Não

que ela seja a única e exclusiva culpada por essa superficialidade, mas sim por

conta do contexto histórico amoroso atual, onde a ideia de um amor para vida toda

já não é uma prioridade quando o indivíduo se relaciona, fazendo com que essa

ferramenta se torne um facilitador em potencial auxiliando na frivolidade dos

relacionamentos. Logo, com a mesma rapidez em que se inicia um relacionamento,

também se termina, sendo este um resultado do que Bauman (2004) refere-se como

amor líquido.

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Algumas redes sociais oferecem certas funções como mostrar quando a

pessoa do outro lado está online e ícones que evidenciam quando a mensagem é

recebida e visualizada. E o que era pra ser somente um ponto positivo, torna-se

negativo quando a pessoa que espera ser respondida prontamente acaba por ser

ignorada, o que favorece no surgimento de sentimentos de abandono, desconfiança

e até mesmo a sensação de estar em segundo plano, gerando assim uma angústia.

De acordo com Bauman (2004), o silêncio equivale à exclusão.

Ainda nesta perspectiva, os usuários das redes sociais, normalmente, ao

acordarem, quase que instantaneamente tomam seus aparelhos eletrônicos em

mãos, a fim de verificar suas notificações e de maneira impulsiva e demasiada volta

sua atenção por um período indeterminado, fazendo com que a pessoa que está ao

seu lado se sinta exclusa. O aparelho eletrônico torna-se um terceiro elemento

dentro do relacionamento, de modo que quando o sujeito opta em entrar em suas

redes sociais, interrompe as conversações pessoais, criando assim uma

triangulação na relação. Logo o primeiro elemento é o sujeito, o segundo o(a)

parceiro(a) excluído(a) e o terceiro, como já dito, o aparelho eletrônico. (MUSSI,

2006).

CIÚME. “Sentimento que nasce no amor e que é produzido pelo temor de que

a pessoa amada prefira o outro.” (LITTRÉ apud BARTHES, 2003, p.67).

Frente às diversas possibilidades em encontrar e reencontrar pessoas e a

rapidez nas interações proporcionadas pelo ciberespaço, dois sentimentos podem

se potencializar, o ciúme e a desconfiança. O indivíduo que tende a ter estes

sentimentos, encontra nos recursos disponíveis nas redes sociais a possibilidade de

controlar e investigar os passos do parceiro, buscando a confirmação de fatos que

levam a uma suposta traição, mesmo que esta seja ilusória.

O auge das interferências negativas advindas do uso das redes sociais está

ligado ao “vilão” dos relacionamentos, a traição. Não que o uso destas ferramentas,

seja o principal responsável por ocasionar a infidelidade, todos estão suscetíveis a

cometê-la, mas a oportunidade gerada pelas redes sociais junto com a escolha do

indivíduo, é o que vai ser decisivo para trair ou não. (MORAES, 2011).

As interferências positivas e negativas advindas do uso das redes sociais

estão presentes nas relações amorosas, aumentando à maneira que se evoluem no

contexto histórico. Elas podem, de maneira peculiar, auxiliar na aproximação dos

parceiros, em questão de espaço territorial ou até mesmo na agilidade e

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comodidade da comunicação como pode ocasionar o surgimento de sentimentos de

ciúmes, desconfiança, abandono ou até mesmo traição. A proposta é que através

desta análise, chegue-se a um determinado resultado a fim de sinalizar quais destas

interferências têm afetado a maioria destas relações.

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa teve como objetivo fazer a análise das interferências

tecnológicas sendo elas positivas ou negativas, buscando verificar de que forma e

em quais momentos isto ocorre e a qualidade das relações amorosas. Para isso foi

utilizada da abordagem qualiquantitativa e da técnica do questionário de Escala

Likert, composto por 12 questões.

O público selecionado para a coleta de dados foi determinado através de um

sorteio envolvendo todas as turmas dos 12 cursos presentes na instituição

UniSALESIANO - Lins. Dentre eles foi selecionada através de sorteio uma turma de

cada curso para que fossem convidados alunos maiores de 18 anos, de ambos os

sexos, regularmente matriculados e que fizessem o uso de algumas redes sociais

tais como, WhatsApp, Facebook, Instagram, SnapChat e Tinder.

Segue a análise das questões mais relevantes que foram coletadas através

da pesquisa.

As questões 3 e 4 indicam a frequência do uso do aparelho celular pelos

participantes, bem como de seus(uas) parceiros(as) no UniSALESIANO de Lins em

Setembro de 2017. Através da análise destas, notou-se a unanimidade da resposta

“sempre”, onde a maiorias dos indivíduos das doze amostras coletadas apresentam

percentual maior nesta opção. É observável o quanto as pessoas têm feito cada vez

mais o uso das redes sociais e também a necessidade de estarem conectadas a

todo instante.

“Muitas pessoas talvez acreditem estar compelidas, quer seja pelo seu

entorno social, quer seja por uma influência midiática terem de constantemente

interagirem com as redes sociais para não se sentirem socialmente excluídas.”

(CANEZIN; ALMEIDA, 2015).

Este dado confirma o que se têm observado na contemporaneidade, em que

todos querem estar conectados em todo o tempo, mesmo que isso coloque em risco

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o seu relacionamento. Afinal, como afirma Bauman (2004), “o silêncio equivale à

exclusão”, e ninguém gosta de se sentir excluso.

A questão 7 indica se há benefício no relacionamento dos participantes da

pesquisa através do uso das redes sociais no UniSALESIANO Lins em Setembro de

2017. Os resultados apresentados nesta questão mostraram que sete dentre os

doze cursos participantes, escolheram a alternativa “algumas vezes”. Observou-se

ainda que a resposta “nunca” foi selecionada pela maioria dos participantes de três

cursos, o que nos faz acreditar que mesmo a alternativa “algumas vezes” tendo sido

a prevalência, algumas pessoas consideram que as redes sociais não trazem

benefícios no relacionamento amoroso.

Com base nestes dados, pode-se notar que mesmo os usuários das redes

sociais acreditando que elas não trazem benefícios, ou trazem apenas em

momentos isolados, eles ainda assim utilizam dessa ferramenta para facilitar

diversas outras atividades cotidianas, como abreviar o tempo e facilitar na interação

social.

Seria tolo e irresponsável culpar as engenhocas eletrônicas pelo lento mas constante recuo da proximidade contínua, pessoal, direta, face a face, multifacetada e multiuso. E no entanto a proximidade virtual ostenta características que, no liquido mundo moderno, podem ser vistas, com boa razão, como vantajosas – mas que não podem ser facilmente obtidas sob as condições daquele outro tête-à-tête, não virtual. (BAUMAN, 2004, p.85).

Na questão 8 é indicado se há brigas nos relacionamentos dos participantes

da pesquisa, advindas do uso das redes sociais no UniSALESIANO Lins em

Setembro de 2017. Em análise dos resultados obtidos nesta questão, notou-se que

a grande maioria dos participantes dos doze cursos selecionou a opção “poucas

vezes”, seguindo de “algumas vezes” e “nunca”.

Percebeu-se que os resultados mostram que as pessoas realmente sentem

as interferências advindas do uso das redes sociais. Ainda que de maneira sutil,

estas interferências negativas estão presentes nas relações amorosas. Cada casal

têm suas regras e limites estabelecidos de maneira peculiar para a utilização destas

ferramentas, a fim de que possam usufruir de maneira saudável esta parceria.

Quando estes limites não são respeitados por um dos envolvidos na relação, e a

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atenção que deveria ser dedicada ao parceiro passa a ser voltada ao aparelho

eletrônico, surge um terceiro elemento na relação.

O telefone projeta, momentaneamente, um dos parceiros para fora da vida conjugal, ao mesmo tempo em que exclui o outro do novo diálogo. Essa situação de exclusão tem sido fonte de sofrimento vincular e pode ser vivida, por um dos parceiros, como uma possível traição. (MUSSI, 2006, p.26).

A questão 9 indica o motivo das brigas no relacionamento dos participantes

da pesquisa, pelo uso das redes sociais no UniSALESIANO Lins em Setembro de

2017. De acordo com os resultados apresentados, a opção mais selecionada pelos

participantes, que aponta o motivo das brigas nos relacionamentos dos participantes

advindas do uso das redes sociais é “ciúmes”, totalizada por participantes de sete

dos doze cursos selecionados. Em seguida, a opção “desconfiança” foi escolhida

pela maioria dos participantes de três cursos, vindo à sequência “a pessoa está

online e não responde”, “outros” sendo estes jogos, não há desconfiança, meu

parceiro não gosta de publicações com fotos, não existe, ainda não tivemos

problemas, falta de tempo, não brigamos por redes sociais, preocupação com

atitudes que ele comete coisas que não concordamos, status de relacionamento e

“branco”.

Baseado no desfecho desta questão, pontuaremos o problema mais visível

apontado pelos participantes da pesquisa que é o ciúme. Este sentimento atrelado à

desconfiança, apontado pelos participantes como o segundo maior motivo de brigas

entre o casal, podem ser potencializados devido às diversas possibilidades em

encontrar ou reencontrar pessoas e a acessibilidade de privacidade presentes nas

redes sociais. E tão logo buscam recursos disponíveis nestas, para controlar e

investigar os passos dos parceiros, acreditando haver uma traição, mesmo que esta

não seja efetiva.

Um comentário, uma publicação, uma curtida quando feitos por alguém de fora do relacionamento, podem ser interpretados como uma enorme ameaça, surgindo discussões do tipo: “Quem é essa pessoa que curtiu sua foto?”, “Por que você foi marcado nesta foto e/ou comentário?”, “Seus status de relacionamento não está público por quê?”, são alguns exemplos de frases que podem denotar o zelo/ciúme pelo (a) parceiro(a), bem como a vontade de controlar algumas possibilidades de interação que envolvem o ser amado. (CANEZIN;ALMEIDA, 2015, p.149).

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CONCLUSÃOConcomitantemente as redes sociais cresceram de maneira plausível e

conquistaram a preferência das pessoas que as utilizam, proporcionando uma

grande revolução em termos de estreitamento de relações, sejam elas amorosas ou

não, ao passo que estas também sofreram diversas transformações ao longo da

história chegando ao que Bauman (2004) caracteriza de amor líquido.

Conclui-se que unanimemente as pessoas que participaram da pesquisa,

utilizam das redes sociais por diversos motivos peculiares, comprovando assim que

há interferências positivas, como agilidade e praticidade na comunicação e

negativas, como algumas brigas e ainda o surgimento de alguns sentimentos de

ciúme, desconfiança e de abandono.

Evidentemente as mudanças permeiam o contexto histórico em que os

indivíduos estão inseridos. Atualmente, vive-se em uma sociedade capitalista, em

que as pessoas são pressionadas a consumirem constantemente de maneira

exacerbada, buscando o pronto, o novo, o descartável e transferem esta ideia para

as relações, refletindo diretamente nos laços afetivos.

A tecnologia avança paulatinamente e desta forma as redes sociais têm

assumido a preferência maioral no que se refere à facilidade e agilidade na

comunicação, atualização de informações e a interação independente de barreiras

territoriais.

Cabe ressaltar que estas mudanças afetam diretamente as relações

amorosas de maneira positiva e negativa, porém concluímos que as interferências

positivas estão presentes de maneira sutil, em especial na facilidade de interagir

com o(a) parceiro(a), já as negativas se mostram de maneira explícita, evidenciadas

com o surgimento de sentimentos de ciúmes, desconfiança e abandono.

Houve contradições em algumas respostas selecionadas pelos participantes

da pesquisa, o que nos leva a deduzir a falta de legitimidade por parte destes. Ao

ser questionado se o uso das redes sociais pelo(a) parceiro(a) causa incomodo, a

maioria selecionou a opção “pouco”, ja na questão que refere-se se há brigas entre o

casal advindas do uso das redes sociais, a maioria selecionou “poucas vezes” e

“algumas vezes”, e na questão que averigua o motivo das brigas a opção “ciúmes”

liderou seguida de “desconfiança” e por fim “a pessoa está online e não responde”,

logo acredita-se que se existe sentimentos de ciúme, desconfiança e abandono,

existem brigas e consequentemente incômodo.

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Assim, as interferências negativas prevalecem na maioria das relações

amorosas, favorecendo na superficialidade dos sentimentos e na liquidez dos

relacionamentos, conforme Bauman (2004) ressalta.

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