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É trabalho pioneiro. Prestação de serviços com tradição de confiabilidade. Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras em sua tarefa de não cometer injustiças. Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante no processo de aprendizagem, graças a seu formato: reprodução de ca- da questão, seguida da resolução elaborada pelos professores do Anglo. No final, um comentário sobre as disciplinas. A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) é uma instituição pública. Oferece os seguintes cursos: Campus São Paulo Campus Baixada Santista * Ciências Biomédicas Educação Física * Enfermagem Fisioterapia * Fonoaudiologia Nutrição * Medicina Psicologia Tecnologia em Informática Serviço Social Tecnologia em Radiologia Terapia Ocupacional Tecnologia em Saúde Tecnologia Oftálmica Campus Diadema Campus Guarulhos Ciências Ambientais Ciências Sociais * Ciências Biológicas Filosofia * Engenharia Química História Farmácia e Bioquímica História da Arte Licenciatura Plena em Ciência * Letras (Bacharelado e Licenciatura) Química Pedagogia Química Industrial Campus São José dos Campos Osasco Bacharelado em Administração de Empresas Ciência e Tecnologia Ciências Contábeis Ciências da Computação Ciências Econômicas Matemática Computacional Relações Internacionais o anglo resolve a prova de Conhecimentos Específicos da UNIFESP dezembro de 2010

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É trabalho pioneiro.Prestação de serviços com tradição de confiabilidade.Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras emsua tarefa de não cometer injustiças.Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante noprocesso de aprendizagem, graças a seu formato: reprodução de ca-da questão, seguida da resolução elaborada pelos professores doAnglo.No final, um comentário sobre as disciplinas.

A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) é uma instituiçãopública.Oferece os seguintes cursos:

Campus São Paulo Campus Baixada Santista

*Ciências Biomédicas Educação Física*Enfermagem Fisioterapia*Fonoaudiologia Nutrição*Medicina PsicologiaTecnologia em Informática Serviço SocialTecnologia em Radiologia Terapia OcupacionalTecnologia em SaúdeTecnologia Oftálmica

Campus Diadema Campus GuarulhosCiências Ambientais Ciências Sociais*Ciências Biológicas Filosofia*Engenharia Química HistóriaFarmácia e Bioquímica História da ArteLicenciatura Plena em Ciência *Letras (Bacharelado e Licenciatura)Química PedagogiaQuímica Industrial

Campus São José dos Campos OsascoBacharelado em Administração de EmpresasCiência e Tecnologia Ciências ContábeisCiências da Computação Ciências EconômicasMatemática Computacional Relações Internacionais

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Para o ingresso nos cursos de graduação da Universidade Federal de SãoPaulo, o Exame Nacional do Ensino Médio é etapa obrigatória, entre-tanto a nota nele obtida é considerada de formas diferentes, conformeos modelos abaixo.

MODELO UNIFICADO — seleciona os candidatos apenas pela notaobtida no ENEM-2010.

MODELO MISTO — adotado apenas para a seleção dos candidatosaos cursos indicados com asterisco na tabela anterior, utiliza a notado ENEM-2010 como uma primeira fase e aplica provas de segundafase feitas pela Fundação Vunesp e assim constituídas:1º- dia — Prova de Língua Portuguesa (30 testes), Inglês (15testes) e Redação (texto dissertativo).Obs.: os alunos dos cursos de Guarulhos podem optar entre Inglês eFrancês.

2º- dia — Prova de Conhecimentos Específicos, com 5 questõesanalítico-expositivas de cada disciplina, conforme o curso:• Para os candidatos aos cursos de Diadema e São Paulo: 20

questões analítico-expositivas, divididas igualmente entreBiologia, Química, Física e Matemática.

• Para os candidatos aos cursos de Guarulhos: 15 questões analíti-co-expositivas divididas igualmente entre História, Geografia eLíngua Portuguesa.

Cada prova tem a duração de 4 horas e vale 100 pontos.A nota final é a média aritmética simples das notas das duas provascom a nota da parte objetiva do ENEM-2010.Será eliminado o candidato que deixar de fazer alguma das provas(ENEM inclusive) ou que obtiver pontuação final menor do que 30.

2UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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3UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

A figura apresenta uma imagem microscópica de células eucarióticas.

(J. Burgess, Carnegie Mellon University, mimp.mems.cmu.edu.)

a) A imagem mostra um conjunto de células animais ou vegetais? Justifique.b) Dê o nome das estruturas apontadas em 1 e 2 e explique suas funções.

a) A imagem mostra um tecido vegetal; nota-se a existência de um grande vacúolo central, cloroplastos e umaparede celular.

b) A estrutura 1 é a parede celular (membrana celulósica), com função de proteção e sustentação; a estrutura2 é o cloroplasto, responsável pela fotossíntese.

Os répteis foram o primeiro grupo de vertebrados a conquistar o ambiente terrestre de forma plena.a) Os répteis modernos estão classificados em três principais ordens. Dê um exemplo de uma espécie perten-

cente a cada uma dessas ordens.b) Explique quais foram as adaptações necessárias para que os répteis pudessem viver no ambiente terrestre.

a) Ordem dos escamados — exemplos: serpentes em geral, como cascavel ou jararaca; lagartos, lagartixas,iguanas; ordem dos quelônios — exemplos: tartarugas, cágados e jabutis; ordem dos crocodilianos — exem-plos: jacarés e crocodilos.

b) Dentre as adaptações dos répteis para a vida em ambiente terrestre, podemos destacar: pele queratinizadae impermeável; excreção nitrogenada na forma de ácido úrico; respiração exclusivamente pulmonar; fecun-dação interna, ovo com casca calcária, desenvolvimento direto e presença de anexos embrionários.

Copaifera langsdorffii é uma árvore de grande porte, amplamente distribuída pelo Brasil e conhecida popu-larmente como copaíba.A dispersão das sementes da copaíba é feita por aves frugívoras.a) Indique e explique objetivamente a relação ecológica que se estabelece entre a copaíba e as aves frugívo-

ras.b) Considerando que as sementes poderiam germinar ao redor da planta-mãe, por que a dispersão é impor-

tante para a espécie vegetal?

Questão 3▼▼

Resolução

Questão 2▼▼

Resolução

1

2

Questão 1▼▼

BBB OOOIII LLL GGGOOO IIIAAA

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a) A relação é de mutualismo, podendo também ser denominada de cooperação ou mutualismo facultativo.A árvore é beneficiada pela dispersão de seus descendentes, enquanto as ave se alimentam dos arilossuculentos das sementes.

b) A dispersão das sementes evita a ocorrência de competição entre a planta-mãe e as filhas, facilitando aindaa ocorrência de reprodução entre os diferentes indivíduos da espécie. Além disso, permite a conquista denovos territórios.

Em carta enviada à revista científica Science, cientistas brasileiros afirmaram que as mudanças no Código Flo-restal Brasileiro, aprovadas por comissão especial da Câmara dos Deputados neste ano, poderão levar mais de100 mil espécies à extinção, além de aumentar substancialmente as emissões de gás carbônico (CO2) na atmos-fera.a) Qual o problema ambiental causado pelo aumento das emissões de gás carbônico e quais suas consequên-

cias?b) Segundo os cientistas, a flexibilização no Código Florestal estimulará o desmatamento e reduzirá a restau-

ração obrigatória de áreas nativas ilegalmente desmatadas. Explique como essas mudanças no código po-dem levar à extinção de espécies e ao aumento nas emissões de gás carbônico.

a) O aumento das emissões de gás carbônico na atmosfera intensifica o efeito estufa, que incrementa o aque-cimento global. Em consequência, pode haver alterações climáticas, diminuição de geleiras, aumento do ní-vel dos oceanos, acidificação das águas oceânicas, ocorrência de doenças em novos locais, desaparecimen-to de espécies.

b) O desmatamento, associado à não restauração das áreas nativas, reduz drasticamente populações inteirasde muitas espécies de seres vivos, ao alterar seus habitats e nichos, suas interações ecológicas, as oportuni-dades de alimentação e de reprodução, etc. A massa vegetal resultante do desmatamento ilegal, ao ser na-turalmente decomposta ou submetida à queima, levará a um aumento da emissão de gás carbônico na at-mosfera.

Analise a informação nutricional contida no rótulo de dois alimentos, considerando que um deles será total-mente ingerido por uma pessoa que sofre de hipertensão arterial.

* Valores diários com base em uma dieta de 2000kcal ou 8400kJ.Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendode suas necessidades energéticas.

** VD não estabelecido.

Questão 5▼▼

Resolução

Questão 4▼▼Resolução

4UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

ALIMENTO 1Informação nutricional

Quantidade %VD (*)

Valor energético 84kcal = 353kJ 4

Carboidratos 9,8g 3

Proteínas 2,1g 3

Gorduras totais 4,0g 7

Gorduras saturadas 2,3g 10

Gorduras trans 0g **

Fibra alimentar 1,2g 5

Sódio 1262mg 53

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* Valores diários com base em uma dieta de 2000kcal ou 8400kJ.Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendode suas necessidades energéticas.

** VD não estabelecido.

a) Por qual dos dois alimentos um hipertenso deveria optar? Justifique.b) Cite dois componentes do rótulo que podem influenciar no aumento da pressão arterial e explique de que

forma exercem essa influência.

a) Um indivíduo hipertenso deveria optar pelo alimento 2, pois contém menor teor de sódio e de gordurastotais.

b) Dois componentes do rótulo que podem influenciar no aumento da pressão arterial são o sódio e as gor-duras totais. O excesso de sódio pode provocar retenção de água no organismo, aumentando a pressão san-guínea. As gorduras podem causar obstrução da luz dos vasos sanguíneos, diminuindo seu calibre e, assim,dificultando a passagem do sangue, o que também leva a um aumento da pressão do líquido circulante.

Resolução

5UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

ALIMENTO 2Informação nutricional

Quantidade %VD (*)

Valor energético 79kcal = 332kJ 4

Carboidratos 13g 4

Proteínas 1,2g 2

Gorduras totais 2,6g 5

Gorduras saturadas 1,4g 6

Gorduras trans 0g **

Fibra alimentar 4,8g 20

Sódio 612mg 26

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6UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

Ligas metálicas são comuns no cotidiano e muito utilizadas nas indústrias automobilística, aeronáutica, eletrô-nica e na construção civil, entre outras. Uma liga metálica binária contendo 60% em massa de cobre foi sub-metida à análise para identificação de seus componentes. Uma amostra de 8,175g da liga foi colocada em con-tato com excesso de solução de ácido clorídrico, produzindo 0,05mol de gás hidrogênio. O que restou da ligafoi separado e transferido para um recipiente contendo solução de ácido nítrico concentrado. As reações ocor-ridas são representadas nas equações, em que um dos componentes da liga é representado pela letra M.

M(s) + 2HCl(aq) → MCl2(aq) + H2(g)

Cu(s) + 4HNO3(aq) → Cu(NO3)2(aq) + 2NO2(g) + 2H2O(l)

a) Determine a variação do número de oxidação das espécies que sofrem oxidação e redução na reação comácido nítrico.

b) Identifique o componente M da liga, apresentando os cálculos utilizados.

a)

b) 8,175g de uma liga⋅ 8,175g = 4,905g de Cu

8,175g – 4,905g = 3,270g de M

M(s) + 2HCl(aq) ⎯→ MCl2(aq) + H2(g)1mol –––––––––––––––––––––––– 1mol

0,05mol –––––––––––––––––––––––– 0,05mol

Logo, 0,05mol do metal M possui massa 3,270g.

Assim:0,05mol –––––––––– 3,270g

1mol –––––––––– xx = 65,4g

Pela tabela periódica fornecida na prova, o metal que possui massa molar 65,4g/mol é o zinco (Zn).

Para trabalhar com o tema “equilíbrio ácido-base”, um professor de química realizou junto com seus alunosdois experimentos.I. Em uma solução aquosa incolor de NaOH, adicionaram gotas do indicador representado na figura.

N —

CH3

CH3—

—— N —— N —

—CO2H

H+ + N —

CH3

CH3—

—— N —— N —

—CO2–

Cor vermelha Cor amarela

Questão 7▼▼

60100

Cu(s) + 4 HNO3(aq) → Cu(NO3)2(aq) + 2 NO2(g) + 2 H2O(l)

reduçãooxidação

0+4+5

+2

Resolução

Questão 6▼▼

AAAUUUQQQ ÍÍÍMMMIIICCC

14

24

3

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II. Uma solução aquosa incolor de NH4Cl foi posta em contato, separadamente, com cada indicador rela-cionado na tabela. Após o teste, a solução apresentou a coloração amarela com os indicadores 1 e 2 e ver-melha com o indicador 3.

a) No experimento I, descreva o que ocorre com o equilíbrio químico e com a cor da solução do indicador, emdecorrência da interação com a solução de NaOH.

b) Considerando o conceito de hidrólise, justifique o caráter ácido-base da solução testada no experimento II.Qual é a faixa de pH dessa solução?

a) Pela adição de NaOH, os íons hidroxila (OH–) retiram H+ deslocando o equilíbrio para a direita, e a soluçãoapresentará coloração amarela.

b) A hidrólise do NH4Cl pode ser representada pela equação:

NH4+

(aq) + H2O(l) NH4OH(aq) + H+(aq)

meio ácidoCom a adição do NH4Cl:• à solução I ⇒ coloração amarela

Podemos concluir que o pH é menor que 6.• à solução II ⇒ coloração amarela

Podemos concluir que o pH é menor que 5,2.• à solução III ⇒ coloração vermelha

Podemos concluir que o pH será maior do que 5 e menor do que 5,2 (5 � pH � 5,2).

O cálculo renal, ou pedra nos rins, é uma das doenças mais diagnosticadas por urologistas. A composição docálculo pode ser determinada por análises químicas das pedras coletadas dos pacientes. Considere as análisesde duas amostras de cálculo renal de diferentes pacientes.

Amostra IAnálise elementar por combustão.Resultado: presença de ácido úrico no cálculo renal.

Amostra IIDecomposição térmica:

massa inicial da amostra: 8,00mgmassa do resíduo sólido final: 4,40mg

Resultado: presença de oxalato de cálcio, CaC2O4, no cálculo renal.

a) Escreva a equação balanceada da reação de combustão completa do ácido úrico, onde os produtos dereação são água, gás nitrogênio (N2) e gás carbônico (CO2).

b) Determine o teor percentual, em massa, de oxalato de cálcio na amostra II do cálculo renal, sabendo-se queos gases liberados na análise são CO e CO2, provenientes exclusivamente da decomposição térmica doCaC2O4.

O ——

HN

NH N

H

— —

O

NH

——O

ácido úrico

Questão 8▼▼

Resolução

Indicador Cor em solução ácida Faixa de pH de viragem Cor em solução básica1 Amarela 6,0 — 7,6 azul2 Amarela 5,2 — 7,0 vermelha3 Azul 3,0 — 5,0 vermelha

7UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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a) C5H4N4O3 + O2 → 2H2O + 5CO2 + 2N2

b) 8,00mg – 4,40mg = 3,60mg (massa dos gases liberados)

CaC2O4(s) → CaO(s) + CO(g) + CO2(g)

1mol ––––––––––––––– 1mol ––– 1mol128g ––––––––––––––– 28g ––– 44g

128g ––––––––––––––––– 72gx ––––––––––––––––– 3,60mgx = 6,4mg de CaC2O4

8,00mg ––––––––––– 100%6,4mg ––––––––––– x

x = 80% (Teor percentual, em massa, de CaC2O4)

O naftaleno é um composto utilizado como matéria-prima na produção de diversos produtos químicos, comosolventes, corantes e plásticos. É uma substância praticamente insolúvel em água, 3mg/100mL, e pouco solú-vel em etanol, 7,7g/100mL. A reação de sulfonação do naftaleno pode ocorrer por dois diferentes mecanis-mos, a 160ºC representado na curva I (mecanismo I) e a 80ºC , representado na curva II (mecanismo II).

Os principais produtos de reação obtidos são:

a) Represente as estruturas de ressonância do naftaleno. Explique as diferenças de solubilidade do naftalenonos solventes relacionados.

b) Explique por que o mecanismo I ocorre em temperatura maior que o mecanismo II. Classifique as reaçõesque ocorrem nas curvas I e II, quanto ao calor de reação.

a)

O naftaleno, por ser apolar, dissolve-se melhor em solventes apolares. A água é um solvente polar, logo onaftaleno apresenta uma baixa solubilidade em água. Já o etanol apresenta em sua estrutura uma parteapolar, o que aumenta a solubilidade do naftaleno nesse solvente.

144

42

444

3

Estruturasde

ressonância

Resolução

mecanismo I

SO3H—

mecanismo II

—SO3H

Energia

I

II

Caminho da reação

Questão 9▼▼92

Resolução

8UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

144424443

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b) O mecanismo I evidencia a formação do ácido β-naftaleno-sulfônico, e o mecanismo II, a formação do ácidoα-naftaleno-sulfônico.A baixas temperaturas, o naftaleno tende a sofrer substituição na posição α. Isso ocorre pois o inter-mediário de reação da forma α tem duas formas de ressonância, enquanto o intermediário β, apenas uma.A altas temperaturas, o mecanismo I é favorecido.

Isso ocorre pois o mecanismo II é reversível. Como a reação é exotérmica, o aumento de temperaturadesloca o equilíbrio para a esquerda, favorecendo o mecanismo I, que é irreversível.Analisando o diagrama, podemos classificar os dois mecanismos como exotérmicos.

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos foi sancionada pelo governo em agosto de 2010. É um avanço na áreaambiental, já que a lei estabelece regras muito importantes, como o sistema de logística reversa. Nesse sis-tema, um pneu de automóvel, após a sua vida útil, deverá ser recolhido pelo fabricante, para que tenha umdestino adequado. Um pneu pode ser obtido a partir do aquecimento da borracha, natural ou sintética, comenxofre na presença de um catalisador. A borracha sintética é obtida a partir da polimerização do buta-1,3--dieno.Na reação de 1mol de moléculas de buta-1,3-dieno com 1mol de moléculas de hidrogênio, sob condiçõesexperimentais adequadas, obtém-se como principal produto o but-2-eno.a) Qual é o nome do processo que ocorre com o polímero durante a fabricação desse pneu? Quais modifi-

cações ocorrem nas cadeias do polímero da borracha após esse processo?b) Escreva a equação da reação de hidrogenação descrita. Apresente os isômeros espaciais do but-2-eno.

a) O processo que ocorre no aquecimento da borracha natural ou sintética com enxofre recebe o nome de vul-canização. A vulcanização transforma as cadeias da borracha que são lineares em estruturas espaciais interligadas porátomos de enxofre. Esse processo tem por finalidade endurecer a borracha, tornando-a mais resistente aoatrito.

b) H2C —— CH — CH —— CH2 + H2 → H3C — CH —— CH — CH3buta-1,3-dieno but-2-eno

trans-but-2-eno

C

C

— —

— —

H

H

CH3

H3C

cis-but-2-eno

C

C

— —

— —

—H3C H

HH3C

Resolução

Questão 10▼▼

H2SO4 +

SO3H

—SO3H

(II)

(I)

9UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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10UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

Três bolinhas idênticas, são lançadas na vertical, lado a lado e em sequência, a partir do solo horizontal, coma mesma velocidade inicial, de módulo igual a 15m/s para cima. Um segundo após o lançamento da primeira,a segunda bolinha é lançada. A terceira bolinha é lançada no instante em que a primeira, ao retornar, toca osolo.

Considerando g = 10m/s2 e que os efeitos da resistência do ar ao movimento podem ser desprezados, deter-minea) a altura máxima (hmáx) atingida pela primeira bolinha e o instante de lançamento da terceira bolinha.b) o instante e a altura H, indicada na figura, em que a primeira e a segunda bolinha se cruzam.

a) No ponto mais alto da trajetória (H = hmáx), a velocidade da bolinha é igual a 0. Orientando-se a trajetóriapara cima e adotando-se a origem dos espaços na posição de lançamento:

v2 = v02 + 2 ⋅ a ⋅ (s – s0)

02 = 152 + 2 ⋅ (–10)(hmáx – 0) ∴ hmáx = 11,25m

A terceira bolinha é lançada no instante em que a primeira atinge o solo. Para a primeira bolinha:v = v0 + at

–15 = 15 – 10tt = 3s

Portanto o instante de lançamento da terceira bolinha é t = 3s.

b) As funções horárias do espaço das bolinhas são:

1: s1 = s01 + v01(t – t01) +

s1 = 15t – 5t2 (SI)2: s2 = 15(t – 1) – 5(t – 1)2 (SI)No encontro: s1 = s2

15t – 5t2 = 15(t – 1) – 5(t – 1)2

tencontro = 2s

Para a primeira bolinha: s1 = H = 15 ⋅ 2 – 5 ⋅ 22

∴ H = 10m

a1(t – t01)2

2

Resolução

Altura (m)

hmáx

1a bolinha

H

2a bolinha 3a bolinha

Questão 11▼▼

ÍÍÍSSSIII AAAFFF CCC

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Uma pequena pedra de 10g é lançada por um dispositivo com velocidade horizontal de módulo igual a600m/s, incide sobre um pêndulo em repouso e nele se engasta, caracterizando uma colisão totalmente inelás-tica. O pêndulo tem 6,0kg de massa e está pendurado por uma corda de massa desprezível e inextensível, de1,0m de comprimento. Ele pode girar sem atrito no plano vertical, em torno da extremidade fixa da corda, demodo que a energia mecânica seja conservada após a colisão.

Considerando g = 10,0m/s2, calculea) a velocidade do pêndulo com a pedra engastada, imediatamente após a colisão.b) a altura máxima atingida pelo pêndulo com a pedra engastada e a tensão T na corda neste instante.

a) O sistema é isolado, portantoQ’

sist = Qsist → mp ⋅ v’p + me ⋅ v’e = mp ⋅ vp + me ⋅ ve0

v’p = v’e = v (colisão inelástica)

(mp + me) ⋅ v = mp ⋅ vp → (10 + 6000) ⋅ v = 10 ⋅ 600 → v =

v � 1m/s

b) O sistema é conservativo, portanto

εfmec = εi

mec → (εc0+ εp)f = (εc + εp)

0i

m ⋅ g ⋅ h = → h =

h = ∴ h = 0,05m

No instante em que o pêndulo para,T = PcosθT = m ⋅ g ⋅ cosθ

T = 6,01 ⋅ 10 ⋅

T � 57,1N

95100

100cm

T

P

Psenθ Pcosθ

θ

θ95cm

5cm

12

20

v2

2gmv2

2

60006010

Resolução

PTotal

T

fora de escala1,0m

v = 600m/s

Questão 12▼▼

11UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

⎯⎯→

⎯→ ⎯→

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Em um trocador de calor fechado por paredes diatérmicas, ini-cialmente o gás monoatômico ideal é resfriado por um pro-cesso isocórico e depois tem seu volume expandido por umprocesso isobárico, como mostra o diagrama pressão versusvolume.a) Indique a variação da pressão e do volume no processo iso-

córico e no processo isobárico e determine a relação entrea temperatura inicial, no estado termodinâmico a, e final,no estado termodinâmico c, do gás monoatômico ideal.

b) Calcule a quantidade total de calor trocada em todo o pro-cesso termodinâmico abc.

a) A partir das informações contidas no gráfico:

Comparando-se os estados termodinâmicos a e c, tem-se:

=

Procedendo às devidas substituições numéricas:

= ∴ = 1

b) Como a energia interna do gás (U) é dada por U = nRT, e sendo Ta = Tc, conclui-se que Ua = Uc.

Logo, ΔUa→c = 0.

A partir da 1a lei da Termodinâmica:ΔUa→c

0= Qa→c – τa→c ⇒ Qa→c = τa→c

Mas, τa→c = τa→b + τb→c

0 (isocórico) p ⋅ ΔV

τa→c = τb→c = 1 ⋅ 105 ⋅ (6 – 2) ⋅ 10–2

∴ Qa→c = τa→c = 4 ⋅ 103 J

Os circuitos elétricos A e B esquematizados, utilizam quatro lâm-padas incandescentes L idênticas, com especificações comerciais de100W e de 110V, e uma fonte de tensão elétrica de 220V. Os fioscondutores, que participam dos dois circuitos elétricos, podem serconsiderados ideais, isto é, têm suas resistências ôhmicas despre-zíveis.a) Qual o valor da resistência ôhmica de cada lâmpada e a resistên-

cia ôhmica equivalente de cada circuito elétrico?b) Calcule a potência dissipada por uma lâmpada em cada circuito

elétrico, A e B, para indicar o circuito no qual as lâmpadas apre-sentarão maior iluminação.

Circuito A

220 V

Circuito B

220 V

Questão 14▼▼

32

TaTc

1 ⋅ 105 ⋅ 6 ⋅ 10–2

Tc

3 ⋅ 105 ⋅ 2 ⋅ 10–2

Ta

pc ⋅ Vc

Tc

pa ⋅ Va

Ta

ΔV = 4 ⋅ 10–2m3

Δp = 0

12

3

processo isobáricob → c

ΔV = 0Δp = –2 ⋅ 105Pa

12

3

processo isocóricoa → b

Resolução

P(105Pa)

3,0

2,0

1,0

2,0 4,0 6,0 V(10–2m3)

b

a

c

Questão 13▼▼

12UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

123

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a) Resistência de cada lâmpada.

P = → 100 = ∴ R = 121�

• No circuito A, em cada ramo há uma associação em série, cuja resistência equivalente é Rs = 242�.Os dois ramos estão associados entre si em paralelo.

Rp = → Rp = 121�

• No circuito B, as lâmpadas estão associadas em série, portantoRs = 4R → Rs = 484�

b) Cada lâmpada do circuito A está submetida à ddp U = 110V, logo funciona segundo as especificações.PA = 100W

Cada lâmpada do circuito B está submetida à ddp U = 55V. Assim, supondo que a resistência das lâmpadasseja constante, tem-se:

= → =

P2 = 25W

Uma lente convergente pode servir para formar uma imagem virtual, direita, maior e mais afastada do que opróprio objeto. Uma lente empregada dessa maneira é chamada lupa, e é utilizada para observar, com maisdetalhes, pequenos objetos ou superfícies.Um perito criminal utiliza uma lupa de distância focal igual a 4,0cm e fator de ampliação da imagem igual a3,0 para analisar vestígios de adulteração de um dos números de série identificador, de 0,7cm de altura, tipa-dos em um motor de um automóvel.

a) A que distância do número tipado no motor o perito deve posicionar a lente para proceder sua análise nascondições descritas?

b) Em relação à lente, onde se forma a imagem do número analisado? Qual o tamanho da imagem obtida?

De acordo com o texto:f = +4cm

↓LENTE CONVERGENTE

A = +3↓

IMAGEM DIREITA

a) Para se determinar a posição do objeto em relação à lente (p), pode-se utilizar a equação do aumento:

A = ⇒ 3 = ∴ p � 2,67cm

Portanto o número tipado deve se encontrar a aproximadamente 2,67cm da lente.

44 – p

ff – p

Resolução

2 2Lente

Olho

Questão 15▼▼

552

P2

1102

100U2

2

P2

U12

P1

Rs2

1102

RU2

R

Resolução

13UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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b) A posição da imagem em relação à lente (p’) pode ser determinada pela equação dos pontos conjugados:

= + ⇒ = + ∴ p’ = –8cm

Sendo assim, em relação à lente, a imagem encontra-se a 8cm de distância e do mesmo lado que o objeto.O tamanho da imagem (y’) pode ser determinado pela equação do aumento:

A = ⇒ +3 = ∴ y’ = +2,1cm

Portanto o tamanho da imagem obtida é 2,1cm.

y’0,7

y’y

1p’

13

14

1p’

1p

1f

14UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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15UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

A figura 1 representa um cabo de aço preso nas extremidades de duas hastes de mesma altura h em relaçãoa uma plataforma horizontal. A representação dessa situação num sistema de eixos ortogonais supõe aplataforma de fixação das hastes sobre o eixo das abscissas; as bases das hastes como dois pontos, A e B; e con-sidera o ponto O, origem do sistema, como o ponto médio entre essas duas bases (figura 2). O comportamento

do cabo é descrito matematicamente pela função f(x) = 2x +x, com domínio [A, B].

a) Nessas condições, qual a menor distância entre o cabo e a plataforma de apoio?b) Considerando as hastes com 2,5m de altura, qual deve ser a distância entre elas, se o comportamento do

cabo seguir precisamente a função dada?

a) f(0) = 20 + 0

∴ f(0) = 2

Resposta: 2

b) f(x) = 2,5 ∴ 2x + x

=

2x + =

2 ⋅ (2x)2 + 2 = 5 ⋅ 2x

2 ⋅ (2x)2 – 5 ⋅ 2x + 2 = 02x = 2 ∴ x = 1

2x =

2x = ∴ x = –1

Logo, a distância deve ser 2m.Resposta: 2m

Progressão aritmética é uma sequência de números tal que a diferença entre cada um desses termos (a partirdo segundo) e o seu antecessor é constante. Essa diferença constante é chamada “razão da progressão arit-mética” e usualmente indicada por r.a) Considere uma PA genérica finita (a1, a2, a3, …, an) de razão r, na qual n é par. Determine a fórmula da

soma dos termos de índice par dessa PA, em função de a1, n e r.b) Qual a quantidade mínima de termos para que a soma dos termos da PA (–224, –220, –216, …) seja positiva?

Questão 17▼▼

12

5 +_ 34

52

12x

52

⎞⎠

12⎞⎠

⎞⎠

12⎞⎠

Resolução

xBA O

y

figura 1 figura 2

⎞⎠

12

⎞⎠

Questão 16▼▼

MMM AAACCCIIIÁÁÁEEEAAAMMM TTT TTT

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a) Devemos calcular a soma dos termos da P.A. em que o primeiro termo é a1 + r e o último termo é

a1 + (n – 1) ⋅ r.Assim:

S = ⋅ ∴ S =

Resposta: S =

b) Na P.A. temos a1 = –224 e r = 4.an = a1 + (n – 1) ⋅ r ∴ an = –224 + (n – 1) ⋅ 4 = 4n – 228

Sn = ∴ Sn =

∴ Sn = (2n – 226) ⋅ rPara a soma ser positiva: (2n – 226) ⋅ n � 0Como n é positivo, temos:

2n – 226 � 0 ∴ n � 113

Logo, o menor n possível é 114.

Resposta: 114

Considere a1, a2, a3, b1, b2, b3 números reais estritamente positivos, tais que os pontos (a1, b1), (a2, b2) e (a3, b3)pertençam à reta y = 2x.

a) Sabendo-se que Q(x) = (com b1x2 + b2x + b3 � 0) independe de x, pede-se determinar seu valor.

b) Na figura, se os pontos A, B e C são vértices de um triângulo isósceles e o segmento —

AC é um dos diâmetrosda circunferência convenientemente centrada na origem do sistema ortogonal, pede-se determinar a medi-da do segmento AB

—em função de a1.

a) Como Q(x) independe de x, podemos afirmar que seu valor é dado por Q(0) = .

Como b3 = 2a3, temos Q(x) = .

Resposta: 12

12

a3b3

Resolução

C(a1, b1)

B

A

x

y

a1O

–a1

a1x2 + a2x + a3

b1x2 + b2x + b3

Questão 18▼▼

(–224 + 4n – 228) ⋅ n2

(a1 + an) ⋅ n2

(2a1 + nr) ⋅ n4

(2a1 + nr) ⋅ n4

n2

a1 + r + a1 + (n – 1) ⋅ r2

n2

Resolução

16UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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b) Do enunciado, temos a figura em que AB = BC, OD = OE = a1, CD = AE = 2a1 e AO = OC:

Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo ODC, temos:(OC)2 = (OD)2 + (CD)2

(OC)2 = (a1)2 + (2a1)2

(OC)2 = a12 + 4a1

2

(OC)2 = 5a21 ∴ OC = a1���5 = AO e AC = 2(OC) = 2a1���5

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo ABC, temos:(AB)2 + (BC)2 = (AC)2

(AB)2 + (AB)2 = (2a1���5 )2

2(AB)2 = 20a12

(AB)2 = 10a12 ∴ AB = a1����10

Resposta: AB = a1����10

No plano de Argand-Gauss (figura), o ponto A é chamado afixo do número com-plexo z = x + yi, cujo módulo (indicado por |z|) é a medida do segmento OA—— e cu-jo argumento (indicado por θ) é o menor ângulo formado com OA——, no sentidoanti-horário, a partir do eixo Re (z). O número complexo z = i é chamado “uni-dade imaginária”.a) Determinar os números reais x tais que z = (x + 2i)4 é um número real.b) Se uma das raízes quartas de um número complexo z é o complexo z0, cujo

afixo é o ponto (0, a), a � 0, determine |z|.

a) z = (x + 2i)4 = [(x + 2i)2]2

= [(x2 – 4) + 4xi]2

z = (x2 – 4)2 – 16x2 + 8x(x2 – 4)iPara que z seja um número real, devemos ter

8x(x2 – 4) = 0∴ x = 0 ou x2 – 4 = 0∴ x = 0 ou x = 2 ou x = –2

Resposta: Os números reais x são 0, 2 e –2.b) Como z0 é uma raiz quarta de z, temos

z04 = z e z0 = 0 + ai, a � 0

Assim, z = (0 + ai)4

z = a4

Logo, |z| = |a4||z| = a4

Resposta: a4

Resolução

Im(z)

y

O

A

x Re(z)

θ

Questão 19▼▼C(a1, 2a1)

B

A

x

y

DO

E

17UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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Para testar a durabilidade de uma bateria elétrica foram construídos dois pequenos aparatos móveis, A e B,que desenvolvem, respectivamente, as velocidades constantes de 30cm/s e 20cm/s. Cada um dos aparatos é ini-cialmente posicionado em uma das duas extremidades de uma pista retilínea e horizontal de 9m de compri-mento, e correm em sentido contrário, um em direção ao outro, cada um em sua faixa. Ao chegarem à extre-midade oposta, retornam ao início, num fluxo contínuo de idas e vindas, programado para durar 1 hora e 30minutos. O tempo gasto pelos aparatos para virarem-se, em cada extremidade da pista, e iniciarem o retornorumo à extremidade oposta, é desprezível e, portanto, desconsiderado para o desenvolvimento do experi-mento.a) Depois de quantos segundos os aparatos A e B vão se encontrar, pela primeira vez, na mesma extremidade

da pista?b) Determine quantas vezes, durante toda a experiência, os aparatos A e B se cruzam.

Podemos descrever as posições dos móveis A e B, nessa ordem, no instante t, porSA = 0,3t, com 0 � t � 30 eSB = 9 – 0,2t, com 0 � t � 45(t em segundos, SA e SB em metros)Com 0 � t � 180, SA e SB podem ser dados pelos gráficos.

a) No instante t = 90, os aparatos vão se encontrar, pela primeira vez, na mesma extremidade da pista; S = 9.Resposta: 90 segundos

b) A cada 180s, os aparatos cruzam-se 5 vezes. Em 1 hora e 30 minutos, isto é, em (30)(180s), eles cruzam-se150 vezes.Resposta: 150 vezes

30 60 90 120 150 180 t

S

45 1350

S = SA

S = SB

SA = 0,3t

SB = 9 – 0,2t

S = 0 S = 9S

Resolução

Questão 20▼▼

18UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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19UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

Leia os textos.Texto A

Outrora uma novela romântica, em lugar de estudar o homem, inventava-o. Hoje o romance estuda-o nasua realidade social. Outrora no drama, no romance, concebia-se o jogo das paixões a priori; hoje analisa-se aposteriori, por processos tão exatos como os da própria fisiologia. Desde que se descobriu que a lei que regeos corpos brutos é a mesma que rege os seres vivos, que a constituição intrínseca de uma pedra obedeceu àsmesmas leis que a constituição do espírito duma donzela, que há no mundo uma fenomenalidade única, quea lei que rege os movimentos dos mundos não difere da lei que rege as paixões humanas, o romance, em lugarde imaginar, tinha simplesmente de observar. O verdadeiro autor do naturalismo não é pois Zola — é ClaudeBernard*. A arte tornou-se o estudo dos fenômenos vivos e não a idealização das imaginações inatas…

* Claude Bernard (1813-1878) foi importante médico e fisiologista francês.(Eça de Queirós. Idealismo e Realismo.)

Texto BTinham passado três anos quando [Luísa] conheceu Jorge. Ao princípio não lhe agradou. Não gostava dos

homens barbados; depois percebeu que era a primeira barba, fina, rente, muito macia decerto; começou aadmirar os seus olhos, a sua frescura. E sem o amar, sentia ao pé dele como uma fraqueza, uma dependênciae uma quebreira, uma vontade de adormecer encostada ao seu ombro, e de ficar assim muitos anos, confor-tável, sem receio de nada. Que sensação quando ele lhe disse: Vamos casar, hem! Viu de repente o rosto bar-bado, com os olhos muito luzidios, sobre o mesmo travesseiro, ao pé do seu! Fez-se escarlate. Jorge tinha-lhetomado a mão; ela sentia o calor daquela palma larga penetrá-la, tomar posse dela; disse que sim; ficou comoidiota, e sentia debaixo do vestido de merino dilatarem-se docemente os seus seios. Estava noiva, enfim! Quealegria, que descanso para a mamã!

(Eça de Queirós. O primo Basílio.)

a) Vistas à luz dos princípios teóricos expostos no texto A, qual o sentido das reações de Luísa diante de Jorgee de seu pedido de casamento (texto B)?

b) Reescreva as seguintes frases do texto B, substituindo os termos destacados por outros que não alterem osentido que possuem no texto original:

Ao princípio não lhe agradou.Que sensação quando ele lhe disse: (…)

a) O texto A estabelece diretrizes teóricas do romance naturalista, valorizando a representação direta eexata da realidade em detrimento da idealização típica do Romantismo. O texto B é um exemplo daquiloque Eça de Queirós defende em seu texto teórico. Luísa, principal figura feminina de O Primo Basílio, aoencontrar aquele que se tornaria o seu marido, não o ama de pronto, como é comum nas históriasidealizadas de amor impossível. Pelo contrário: a princípio, Jorge não lhe agrada. Depois, sem ainda o amar,sente apenas segurança e “fraqueza” física ao lado dele. Quando Jorge pede Luísa em casamento, ela se vêprivada da racionalidade, “como idiota”. Depois, bem ao gosto naturalista, é tomada de sensualidade,como se nota na expressão “dilatarem-se docemente os seus seios”. Por fim, a moça mostra-se satisfeita ealiviada, não pela realização de um amor grandioso, como se via nos enredos românticos, mas sim pelaconcretização de uma conveniência social e familiar: “Que alegria, que descanso para a mamã!”.

b) Ao princípio não agradou a ela / a Luísa.O contexto fornece pista para se depreender que o pronome “lhe” tem como referência a pessoa que

“conheceu Jorge” no primeiro período do texto. Que sensação quando Jorge lhe disse.Também pelas pistas do contexto, depreende-se que o anafórico “ele” tem como referência o homem

que Luísa começou a admirar e em cujo ombro gostaria de adormecer.

Resolução

Questão 1▼▼

UUUNNN UUUPPPOOORRRTTT UUUGGG EEESSSAAAÍÍÍLLL GGG AAA

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Leia o poema.De linho e rosas brancas vais vestido,sonho virgem que cantas no meu peito!…És do Luar o claro deus eleito,das estrelas puríssimas nascido.

Por caminho aromal, enflorescido,alvo, sereno, límpido, direito,segues radiante, no esplendor perfeito,no perfeito esplendor indefinido…

As aves sonorizam-te o caminho…E as vestes frescas, do mais puro linhoe as rosas brancas dão-te um ar nevado…

No entanto, ó Sonho branco de quermesse!Nessa alegria em que tu vais, pareceque vais infantilmente amortalhado!

(Cruz e Sousa. Sonho Branco.)

a) Identifique o movimento literário ao qual está associado o poema, apontando uma característica típica des-sa tendência. Transcreva um verso ou fragmento do poema que exemplifique sua resposta.

b) Liste, de um lado, dois substantivos e, de outro, quatro adjetivos, dispersos ao longo do poema para criarsua atmosfera luminosa e etérea, ao gosto do movimento literário em que se insere. Identifique os versosque, em certo momento, criam uma tensão em relação à trajetória pura e vivificante do poema, introdu-zindo uma nota sombria em sua atmosfera.

a) O soneto apresentado é uma expressão do Simbolismo, movimento do qual o seu autor, o poeta catari-nense Cruz e Sousa, é um dos expoentes. Esse movimento literário marca-se pela exploração de imagens re-pletas de referências a ambientes etéreos (celestiais) ou religiosos. No poema, isso pode ser notado em “Ésdo Luar o claro deus eleito, / das estrelas puríssimas nascido”. Outra típica característica simbolista é a si-nestesia, entendida como o cruzamento de percepções sensoriais. O texto explora a visão, em “rosas bran-cas”, “claro deus”, “alvo”, “ar nevado” ou “sonho branco”; o olfato, em “caminho aromal”; a audição, em“as aves sonorizam-te o caminho”; o tato, em “vestes frescas do mais puro linho”. O forte jogo de cores,conhecido como cromatismo, pode ser notado nas referências à cor branca acima citadas. Para acentuar aatmosfera de mistério e sugestão, é comum no Simbolismo o emprego de maiúsculas sem necessidade gra-matical, como em “Luar” e em “Sonho branco”. A conjunção de todos esses elementos faz do Simbolismouma estética marcada pela vagueza, que pode ser notada ainda em expressões como “sonho virgem”, “es-plendor indefinido” ou “Sonho branco de quermesse”.

b) Segundo o dicionário Houaiss, uma das acepções de “etéreo” é “pertencente à esfera celestial, divino”.Assim, os substantivos que contribuem para a “atmosfera luminosa e etérea” do poema são: “Luar”, “deus”,“estrelas” e “esplendor”. Vários adjetivos do texto estão associados a esse ambiente celestial e divino: “bran-cas”, “virgem”, “claro”, “puríssimas”, “alvo”, “sereno”, “límpido”, “direito”, “radiante”, “perfeito”, “ne-vado”. Os versos do último terceto estabelecem tensão na progressão do poema. A locução conjuntiva ad-versativa “No entanto” introduz uma ideia contrária à de pureza e vida que se vinha desenvolvendo. Essaoposição se concretiza na associação das vestes de linho branco puríssimo e de rosas da mesma cor a umamortalha, ou seja, a um pano com que se envolvem os cadáveres.

Leia o texto.A nossa instrução pública cada vez que é reformada, reserva para o observador surpresas admiráveis. Não há

oito dias, fui apresentado a um moço, aí dos seus vinte e poucos anos, bem posto em roupas, anéis, gravatas, ben-galas, etc. O meu amigo Seráfico Falcote, estudante, disse-me o amigo comum que nos pôs em relações mútuas.

O Senhor Falcote logo nos convidou a tomar qualquer coisa e fomos os três a uma confeitaria. Ao sentar--se, assim falou o anfitrião:

— Caxero traz aí quarqué cosa de bebê e comê.

Questão 3▼▼

Resolução

Questão 2▼▼

20UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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Pensei de mim para mim: esse moço foi criado na roça, por isso adquiriu esse modo feio de falar. Vieramas bebidas e ele disse ao nosso amigo:

— Não sabe Cunugunde: o veio tá i.O nosso amigo comum respondeu:— Deves então andar bem de dinheiros.— Quá ele tá i nós não arranja nada. Quando escrevo é aquela certeza. De boca, não se cava... O veio óia,

óia e dá o fora.(…)Esse estudante era a coisa mais preciosa que tinha encontrado na minha vida. Como era ilustrado! Como

falava bem! Que magnífico deputado não iria dar? Um figurão para o partido da Rapadura.O nosso amigo indagou dele em certo momento:— Quando te formas?— No ano que vem.Caí das nuvens. Este homem já tinha passado tantos exames e falava daquela forma e tinha tão firmes co-

nhecimentos!O nosso amigo indagou ainda:— Tens tido boas notas?— Tudo. Espero tirá a medáia.

(Lima Barreto. Quase doutor.)

a) Tendo em vista o conceito contemporâneo de variação linguística, que ensina a considerar de maneiraequânime as diferentes formas do discurso, avalie a atitude do narrador em relação à personagem Falcote,expressa na seguinte frase: (…) esse moço foi criado na roça, por isso adquiriu esse modo feio de falar.

b) Reescreva na norma-padrão — Caxero traz aí quarqué cosa de bebê e comê e em seguida transcreva umtrecho da crônica em que se manifesta a atitude irônica do narrador.

a) A atitude do narrador é preconceituosa, pois pressupõe que, como Falcote foi criado na roça, ele “ad-quiriu esse modo feio de falar”. Assim, avalia-se negativamente a variante linguística do meio rural, cujasmarcas textuais seriam: a redução do ditongo /ei/ à vogal /e/ em “caixeiro”, a transformação do /l/ em /r/ ea queda do /r/ final em “quarqué”, a redução do ditongo /ou/ à vogal /o/ em “cosa” (embora essa redução,na palavra “coisa”, seja estranha).

b) Caixeiro, traz / traze / traga aí qualquer coisa de beber ou comer.É irônica a escolha de “anfitrião” (palavra formal e sofisticada) para designar uma personagem que o

próprio narrador avalia pejorativamente. Além disso, são escancaradamente irônicas falas como “Como erailustrado”, “Como falava bem”, “Que magnífico deputado não ia dar”, “tinha tão firmes conhecimentos”.

Leia o texto.Fazia um mês que eu chegara ao colégio. Um mês de um duro aprendizado que me custara suores frios.

Tinha também ganho o meu apelido: chamavam-me de Doidinho. O meu nervoso, a minha impaciência mór-bida de não parar em um lugar, de fazer tudo às carreiras, os meus recolhimentos, os meus choros inexplicá-veis, me batizaram assim pela segunda vez. Só me chamavam de Doidinho. E a verdade é que eu não repeliao apelido. Todos tinham o seu. Havia o Coruja, o Pão-Duro, o Papa-Figo. Este era o pobre do Aurélio, um ama-relo inchado não sei de que doença, que dormia junto de mim. Vinha um parente levá-lo e trazê-lo todos osanos. Em S. João não ia para casa, e só voltava no fim do ano porque não havia outro jeito. A família tinhavergonha dele em casa. Nunca vi uma pessoa tão feia, com aquele corpanzil bambo de papangu. Apanhavados outros somente com o grito: — Vou dizer a Seu Maciel! — Mas não ia, coitado. Nem esta coragem de enre-do, ele tinha. Dormia com um ronco de gente morrendo e a boca aberta, babando. Às vezes, quando eu acor-dava de noite, ficava com medo do pobre do Aurélio. Ouvia falar que era de amarelos assim que saíam os lobi-somens. Certas ocasiões não podia se levantar, e dias inteiros ficava na cama, com um lenço amarrado na ca-beça. E o seu Maciel não respeitava nem esta enfermidade ambulante: dava no pobre também.

(José Lins do Rego. Doidinho.)

a) Doidinho, cuja primeira edição é de 1933, é obra inserida no “Regionalismo de 30”. Transcreva um fragmen-to do texto que apresente algum aspecto ligado a essa tendência, justificando sua escolha.

b) Levante três características da personagem Papa-Figo e, além disso, transcreva um trecho do texto em quefique patente que ela era vítima de intolerância no colégio.

Questão 4▼▼

Resolução

21UNIFESP/2011 ANGLO VESTIBULARES

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a) O chamado “Regionalismo de 30” corresponde a uma das tendências da literatura brasileira na segundafase do Modernismo. Essa corrente focalizava o ser humano tanto em sua dimensão psicológica quanto emsua condição social. Do primeiro aspecto, o fragmento de Doidinho apresenta, antes de mais nada, o foconarrativo em primeira pessoa, que põe em destaque o universo interior da personagem-narrador. Além dis-so, a configuração do herói problemático, explorado por essa corrente artística (em obras como Angústia eSão Bernardo, de Graciliano Ramos; ou em Fogo morto, do próprio José Lins do Rego), manifesta-se tantono comportamento contraditório do protagonista, que alterna “impaciência mórbida” e ações apressadas(“fazer tudo às carreiras”) com momentos de “recolhimentos”, quanto na sensibilidade exacerbada (“cho-ros inexplicáveis”).

A outra forma de abordagem do ser humano, centralizada na condição social, representa uma retoma-da de certos aspectos do Realismo do século XIX — daí o período ser denominado também de Neorrealismo.Esse dado aparece, no fragmento, na descrição física do menino Aurélio, bem ao gosto naturalista, em quese destacam a visão patológica (“amarelo inchado não sei de que doença”) e a crueza da caracterização desua maneira de dormir, “com um ronco de gente morrendo e a boca aberta”.

O registro da realidade comportava ainda a referência a costumes regionais e crendices locais. Do pri-meiro aspecto é exemplo a reprodução da atmosfera de isolamento dos alunos no colégio interno, ondeeles eram deixados para estudar: “Vinha um parente levá-lo e trazê-lo todos os anos”. Do segundo, a crençade que “era de amarelos assim que saíam os lobisomens”.

Do ponto de vista formal, o “Regionalismo de 30” caracterizava-se pela exploração do coloquialismo,como nos trechos “O pobre do Aurélio”, “Mas não ia, coitado” e “dava no pobre também”. Muitas vezes,essas marcas de oralidade aparecem em termos regionais, como “papangu”, expressão que faz referênciaa pessoas que vestem fantasias nas Festas de Reis nordestinas e que significa também “tolo, apalermado”(o dicionário Houaiss eletrônico indica o termo como regionalismo do Nordeste brasileiro).

b) O fragmento apresenta Aurélio, o Papa-Figo, tanto do ponto de vista físico quanto moral. Quanto àaparência, destacam-se sua feiura (“Nunca vi uma pessoa tão feia”), seu tamanho e sua gordura (“corpanzilbambo”), além do fato de ser visto como uma “enfermidade ambulante”, por ser “amarelo, inchado”,portador de moléstia desconhecida pelo narrador (“não sei de que doença”). Note-se que o apelido, Papa--Figo, faz referência a um pássaro amarelo, o que combina com Aurélio; além disso, o termo aplica-se tam-bém a uma pessoa voraz, comilona, o que também condiz com a caracterização da personagem. Sob o as-pecto moral, destaca-se sua covardia, manifesta na incapacidade de reagir às violências de que era vítima(“Nem esta coragem de enredo ele tinha”) e a condição de menino desprezado tanto pelos familiares (“Afamília tinha vergonha dele em casa”) quanto pelos colegas (“Apanhava dos outros”).

No texto, as evidências de intolerância para com Aurélio são fornecidas em duas passagens: a primeiramostra a ação dos colegas: “Apanhava dos outros”; a segunda, a de um funcionário do colégio: “seu Maciel[...] dava no pobre também”.

Leia o texto.

Quando chega o dia da casa cair — que, com ou sem terremotos, é um dia de chegada infalível, — o donopode estar: de dentro, ou de fora. É melhor de fora. E é a só coisa que um qualquer-um está no poder de fazer.Mesmo estando de dentro, mais vale todo vestido e perto da porta da rua. Mas, Nhô Augusto, não: estavadeitado na cama — o pior lugar que há para se receber uma surpresa má.

E o camarada Quim sabia disso, tanto que foi se encostando de medo que ele entrou. Tinha poeira até naboca. Tossiu.

— Levanta e veste a roupa, meu patrão Nhô Augusto, que eu tenho uma novidade meia ruim, pr’a lhecontar.

E tremeu mais, porque Nhô Augusto se erguia de um pulo e num átimo se vestia. Só depois de meter nacintura o revólver, foi que interpelou, dente em dente:

— Fala tudo!Quim Recadeiro gaguejou suas palavras poucas, e ainda pôde acrescentar:— … Eu podia ter arresistido, mas era negócio de honra, com sangue só p’ra o dono, e pensei que o se-

nhor podia não gostar…— Fez na regra, e feito! Chama os meus homens!

Questão 5▼▼Resolução

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Dali a pouco, porém, tornava o Quim, com nova desolação: os bate-paus não vinham… Não queriam ficarmais com Nhô Augusto… O Major Consilva tinha ajustado, um e mais um, os quatro, para seus capangas,pagando bem. Não vinham, mesmo. O mais merecido, o cabeça, até mandara dizer, faltando ao respeito: —Fala com Nhô Augusto que sol de cima é dinheiro!… P’ra ele pagar o que está nos devendo… E é mandar porportador calado, que nós não podemos escutar prosa de outro, que seu major disse que não quer.

— Cachorrada!… Só de pique… Onde é que eles estão?— Indo de mudados, p’ra a chácara do Major…— Major de borra! Só de pique, porque era inimigo do meu pai!… Vou lá!

(João Guimarães Rosa. A hora e vez de Augusto Matraga.)

a) No sertão de Guimarães Rosa, frequentemente faz-se referência a aspectos de um código de ética, de cará-ter tradicional, que rege a vida das personagens. Transcreva as duas falas do diálogo em que se mencionauma situação em que esse código não é quebrado.

b) Indique duas palavras ou expressões presentes nos diálogos entre as personagens que não correspondem ànorma-padrão da língua. Compare o modo como o autor emprega a língua nos diálogos e no discurso donarrador, explicando as diferenças entre os dois usos.

a) O fragmento do conto de Guimarães Rosa apresenta um diálogo entre Augusto Esteves, o Matraga,protagonista da narrativa, e seu fiel capanga, Quim Recadeiro. Nele, aparecem algumas manifestações docódigo de ética que regia as relações pessoais no sertão da ficção rosiana. A primeira delas é dada nas se-guintes falas do diálogo:

“— … Eu podia ter arresistido, mas era negócio de honra, com sangue p’ra o dono, e pensei que o se-nhor podia não gostar…

— Fez na regra, e feito!”A fala de Quim mostra a regra do código segundo a qual uma ofensa pessoal deve ser vingada pelo

próprio ofendido, e não por terceiros. A resposta de Nhô Augusto confirma o código e o acerto da atitudedo empregado.

Pode-se citar ainda a reprodução da fala de um dos ex-capangas de Augusto, que se bandeou para ogrupo do Major Consilva:

“— Fala com Nhô Augusto que sol de cima é dinheiro!... P’ra ele pagar o que está nos devendo... E émandar por portador calado, que nós não podemos escutar prosa de outro, que seu major disse que nãoquer”.

Nessa fala, ficam patentes outras duas determinações do código sertanejo: o respeito à hierarquia (“seumajor disse que não quer”) e a fidelidade ao patrão (“não podemos escutar prosa de outro”).

b) O emprego de “meia ruim” e “arresistido” (em lugar de meio ruim e resistido) é exemplo de registroque foge à norma-padrão. Além disso, a linguagem dos diálogos é repleta de regionalismos e coloquialis-mos: “sol de cima é dinheiro”, “Cachorrada”, “de pique”, “de borra”.

Em relação ao discurso do narrador, pode-se dizer que o emprego da gíria “bate-paus” e o uso de vír-gula após o “mas” ou da expressão “o dia da casa cair”, em lugar de o dia de a casa cair, mostram que oenunciador, também pela voz no narrador, valoriza a variante popular da língua. Se há diferenças entre osregistros do narrador e das personagens, poderíamos, quando muito, admitir que a linguagem dos diálogosé mais informal do que a do narrador. A diferença é de grau, e não de natureza.

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Agronegócio (também chamado de agrobusiness) é o conjunto de negócios relacionados a toda cadeia pro-dutiva da agricultura e da pecuária. O aprimoramento do agronegócio barateou o custo dos alimentos e deuà população um maior poder de consumo e de escolha, mas também trouxe vários problemas, principalmenteligados às questões ambientais e sociais.

a) Cite três importantes produtos do agronegócio brasileiro.b) Mencione dois problemas ambientais e dois problemas sociais gerados por essa atividade econômica.

a) Entre os produtos do agronegócio brasileiro, podem-se citar: a cana-de-açúcar, o café, a soja, a laranja e acarne.

b) Entre os problemas ambientais, podem-se citar: o desmatamento florestal, como resultado da expansão daatividade agropecuária em antigas áreas florestais, e a poluição hídrica, como resultado da utilização deagrotóxicos nas áreas onde se verifica a expansão da produção do agronegócio.Entre os problemas sociais, podem-se citar: a intensificação do processo de mecanização agrícola, gerandodesemprego rural e o agravamento do conflito pela posse da terra, em algumas regiões.

Comparando-se dois momentos do processo de industrialização brasileira, a década de 1930 e a década de1950, responda:

a) Quais são as diferenças, com relação ao mercado externo, entre esses dois momentos?b) Quais transformações a industrialização trouxe para a organização espacial brasileira?

a) O processo de industrialização brasileira de 1930 desenvolveu-se apoiado em medidas protecionistas, quevisavam à expansão de cunho nacionalista da produção fabril no país, voltada para a substituição dasimportações.O processo de industrialização brasileira de 1950 desenvolveu-se no contexto de uma política industrial libe-ral, portanto marcada por menor protecionismo industrial e, também, pela entrada maciça de capital es-trangeiro no setor produtivo.

b) Entre as transformações geradas pela industrialização no contexto da organização espacial brasileira, po-dem-se citar: a intensificação do processo de urbanização e a solidificação do centro-sul como a principalárea geoeconômica do país, por nela se concentrarem os principais polos de desenvolvimento industrial,dentre os quais se destacaram os do eixo industrial São Paulo-Rio-Belo Horizonte.

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Questão 7▼▼

Resolução

Questão 6▼▼

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Observe a imagem, leia o texto e responda.

(http://revistaescola.abril.com.br)

De acordo com a teoria das placas tectônicas, a crosta terrestre está dividida em placas de espessura média de150km, que flutuam sobre o substrato pastoso, a astenosfera.

(Almeida e Rigolin, 2005. Adaptado.)

a) Qual a relação existente entre a teoria da deriva dos continentes e a teoria das placas tectônicas?b) Quais são os três tipos de limites entre as placas tectônicas?

a) A teoria da deriva continental, criada pelo alemão Alfred Wegener no começo do século XX, propunha ahipótese de que uma única massa continental, chamada Pangeia, teria começado a se dividir há 200 milhõesde anos, formando os continentes. Isso teria sido possível pelo fato de a camada mais exterior da Terra estarcomposta pela litosfera, que inclui a zona solidificada (continentes), e pela astenosfera, que inclui a partemais interior, o substrato viscoso citado no texto do enunciado. Segundo o cientista, os continentes se mo-viam sobre o assoalho oceânico devido à ação das forças gravitacionais — o que se provou errado. Mais tar-de, outros cientistas defenderam que o movimento é determinado pela ação das forças geradas pelas cor-rentes de convecção do manto terrestre. Portanto os continentes são a parte visível das placas tectônicasque flutuam e derivam ao longo de milhões de anos — o que justifica a expressão deriva continental —, se-guindo a direção indicada no mapa do enunciado.

b) As placas tectônicas apresentam na sua periferia as zonas de contato, formando três tipos de limites:• Transformantes ou conservativos: são os que acontecem quando as placas deslizam ao longo das falhas

e se atritam com as suas vizinhas.• Divergentes ou construtivos: são os que acontecem quando duas placas se afastam uma da outra.• Convergentes ou destrutivos: são os que acontecem quando duas placas se movem uma em direção à ou-

tra, podendo ocorrer uma subducção (quando uma das placas mergulha sob a outra) ou uma formaçãode montanhas (quando as placas colidem, se comprimem e se erguem).

As últimas duas décadas foram marcadas pela ocorrência de vários conflitos de caráter étnico, religioso e sepa-ratista. O atentado ao metrô de Moscou, em março de 2010, fez ressurgir o movimento separatista da Chechênia.Sobre essa temática, responda.a) Qual a localização geográfica da Chechênia?b) Cite as principais causas desse conflito.

Questão 9▼▼

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Questão 8▼▼

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a) A Chechênia localiza-se na região do Cáucaso, entre os mares Negro e Cáspio. Fazia parte da União Soviéticaaté o seu desmembramento, em 1991; a partir daquele ano passou a fazer parte do território da FederaçãoRussa. Desde então lideranças locais têm lutado pela autonomia completa, declarando a independência daRepública Chechena da Ichkéria, unidade política até hoje não reconhecida por nenhum país ou organi-zação supranacional.

b) A base do conflito da Chechênia foi a sua declaração de independência, não aceita pela Rússia, que procuramanter sua hegemonia sobre a região. Alguns especialistas apontam que entre as causas do conflito está ofato de a Chechênia ter uma população majoritariamente islâmica e de o governo russo temer que aconstituição de um Estado fundamentalista religioso na região sirva de exemplo para outros movimentosseparatistas, já que há no país uma enorme diversidade étnica. Há ainda a preocupação com o controle dosoleodutos e gasodutos que cortam o território da Chechênia.

Clima corresponde à sequência cíclica das variações das condições atmosféricas, no decorrer do ano. É essasequência que nos permite afirmar o tipo climático de alguma região. Por influência de alguns fatores, o climanão é o mesmo em todo o planeta.a) Quais são os elementos que compõem o clima?b) Quais os principais fatores modificadores do clima?

a) Os elementos que compõem o clima são: temperatura, pressão atmosférica, ventos, umidade do ar e preci-pitação.

b) Os principais fatores modificadores do clima são: latitude, altitude, maritimidade, continentalidade, corren-tes marítimas e massas de ar.

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Questão 10▼▼Resolução

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(Egito: tumba de Sennedjem e de sua esposa. Século XIII a.C.)

A arte do Egito Antigo, além de estar inteiramente ligada às crenças religiosas, apresenta muitas informaçõessobre a sociedade da época.a) Qual fator geográfico propiciava, numa região cercada por deserto, a atividade produtiva representada pe-

la imagem?b) Que significado religioso tinha para os egípcios a representação de cenas da vida cotidiana nos túmulos?

a) Trata-se do rio Nilo, que, com suas cheias, possibilitava amplas atividades agrícolas às suas margens.b) Os egípcios acreditavam na ressurreição e na vida após a morte. O funeral era acompanhado de oferendas

aos deuses, representadas na tumba, ornada com desenhos que expressavam o desejo de uma boa passa-gem para a vida após a morte.

Chegamos à terra dos Ciclopes, homens soberbos e sem leis (…) Não têm assembleias que julguem ou delibe-rem, nem leis; vivem em grutas, no cimo das altas montanhas: e cada um dita a lei a seus filhos e mulheres,sem se preocupar uns com os outros.

(Homero. Odisseia, Século VIII a.C.)

Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque elesnão têm nem entendem nenhuma crença, segundo parece. E, portanto, se os degredados que aqui hão-de fi-car aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, fa-zerem-se cristãos e crerem na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque, certo, estagente é boa e de boa simplicidade e imprimir-se-á [facilmente] neles qualquer cunho que lhes quiserem dar.

(Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei dom Manuel sobre o achamento do Brasil, 1o de maio de 1500.)

Os textos apresentados expressam valores próprios às sociedades em que foram produzidos: a Grécia da anti-guidade e a ibérica do século XV.a) Que diferença de valores pode ser constatada entre essas sociedades, a partir dos textos?b) Além do objetivo expresso pela Carta de Caminha, a colonização portuguesa do Brasil teve uma clara finali-

dade econômica. Qual finalidade era essa?

Questão 12▼▼

Resolução

Questão 11▼▼

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a) Ambos os textos mostram enunciadores que observam “o outro” do ponto de vista de sua cultura. Homeroenfatiza valores políticos presentes na sociedade grega ao expressar a ausência de leis ou assembleias des-tinadas a tal função na terra dos Ciclopes; Caminha descreve os índios pela ótica dos valores religiosos, umacaracterística comum da cultura ibérica do século XV.

b) A finalidade imediata era garantir a posse do território, devido às pretensões de outros países europeus emrelação a ele. Era, porém, necessário fazer essa ocupação de forma economicamente viável, o que implicavaa montagem de um sistema produtor. Resumindo: ocupar a terra para não perdê-la, mas de modo produ-tivo, ou seja, colonizá-la destinando os produtos coloniais ao comércio metropolitano.

(…) o paulista nunca se afez às coisas do mar. É homem do interior. A palavra interior é das que mais usa opaulista. É no sertão que está a terra boa e não na beirada do oceano, como no Norte.

(Rubem Borba de Morais. Prefácio do livro de Saint-Hilaire,Viagem à província de São Paulo, 1819.)

O texto alude às diferenças históricas existentes entre São Paulo e o Norte do Brasil (atual Nordeste brasileiro),que remontam ao início da colonização portuguesa.a) Quais condições geográficas e econômicas favoreceram a colonização litorânea de Pernambuco e do Recôn-

cavo baiano nos séculos XVI e XVII?b) Explique a razão da rápida ocupação econômica do Oeste Velho paulista, a partir de 1830.

a) A colonização portuguesa na Zona da Mata de Pernambuco e do Recôncavo baiano foi favorecida pelas ex-tensas manchas de solo do tipo massapê, pela presença de excelentes portos naturais e pela proximidadeda metrópole, o que barateava o frete marítimo internacional. Todas essas condições geográficas contribuí-ram para a organização da grande empresa açucareira dirigida para a exportação.

b) O povoamento do Oeste paulista, no século XIX, teve como principal causa a multiplicação dos latifúndiosexportadores de café.

Numa quinta-feira, 24 de outubro de 1929, 12.894.650 ações mudaram de mãos, foram vendidas na Bolsa deNova Iorque. Na terça-feira, 29 de outubro do mesmo ano, o dia mais devastador da história das bolsas de va-lores, 16.410.030 ações foram negociadas a preços que destruíam os sonhos de rápido enriquecimento de mi-lhares dos seus proprietários. A crise da economia capitalista norte-americana estendeu-se no tempo e no es-paço. As economias da Europa e da América Latina foram duramente atingidas. Franklin Delano Roosevelt,eleito presidente dos Estados Unidos em 1932, procurou combater a crise e os seus efeitos sociais por meio deum programa político conhecido como New Deal.a) Identifique dois motivos da rápida expansão da crise para fora da economia norte-americana.b) Caracterize de maneira geral o New Deal e apresente uma de suas medidas de combate à crise.

a) No transcorrer do século XX, a economia capitalista foi ampliando a interdependência entre os países. OsEstados Unidos ocupavam lugar central na importação de matérias-primas e manufaturados, além de seremgrandes exportadores de mercadorias e capitais. A interrupção dos fluxos de importação e exportação ali-mentou uma recessão econômica em nível mundial.

b) O New Deal, formulado numa atmosfera keynesiana, representou uma ampliação da presença do Estadona economia. Dentre as medidas adotadas, podemos ressaltar:— fundos de assistência aos desempregados;— empréstimos aos agricultores;— realização de obras públicas.

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Questão 14▼▼

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Questão 13▼▼Resolução

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Comemora-se em 2010 o centenário de nascimento do compositor Adoniran Barbosa. “Saudosa Maloca”, de1955, e “Trem das Onze”, de 1964, estão entre as mais significativas de suas composições.“Saudosa Maloca”: Ali onde agora está / Esse edifício arto, / Era uma casa veia, / Um palacete assobradado, /Foi ali seu moço, / Que eu, Mato Grosso e o Joca, / Construímos nossa maloca, / Mas um dia, nóis nem pode sealembrá, / Veio os home, com as ferramenta, / E o dono mandô derrubá.

“Trem das Onze”: Não posso ficar nem mais um minuto com você / Sinto muito amor, mas não pode ser / Moroem Jaçanã, / Se eu perder esse trem / Que sai agora às onze horas / Só amanhã de manhã.a) As composições de Adoniran Barbosa expressam o processo de urbanização da sociedade, que se intensifi-

cou nos anos 50 do século passado. Cite duas causas do crescimento das cidades brasileiras a partir dessadata.

b) As letras de “Saudosa Maloca” e de “Trem das Onze” descrevem os problemas e as dificuldades sociais gera-dos por essa urbanização. Que problemas sociais são apresentados nessas composições?

a) A década de 1950 marcou a aceleração do processo de industrialização do país, iniciado nos anos 1930. Talprocesso incrementou as migrações internas, devidas tanto ao êxodo de mão de obra do meio rural para ascidades constituídas em polos industriais, como ao plano interregional vinculado à metropolização dessespolos.

b) As composições de Adoniran Barbosa enfocam, respectivamente, os problemas de moradia e nos transpor-tes públicos nas grandes cidades a partir do exemplo paulistano. Essas dificuldades têm ocupado em meioa outras tantas, o primeiro plano da vida metropolitana.

Resolução

Questão 15▼▼

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Com apenas cinco questões, embora bem elaboradas, fica difícil abranger todos os tópicos importantes daBiologia. Notou-se a ausência de questões sobre genética, evolução, parasitoses e grupos vegetais.

Considerando o pequeno número de questões, a prova não poderia ser abrangente. Entretanto exigiu ca-pacidade de raciocinar a partir das informações contidas nos enunciados, bem elaborados e interessantes, comgrau médio de dificuldade.

O número reduzido de questões limita a abrangência da prova, que, entretanto, foi bem feita, contendovariação de dificuldade que provavelmente discriminará de maneira adequada os melhores candidatos.

Uma prova de conhecimentos específicos que, embora abrangente, certamente conseguirá selecionar osmelhores candidatos.

Reiteramos nossos elogios pela apresentação de formulário, na prova.

Gramática e Texto

Os itens de Gramática e Texto desta prova tiveram o propósito de avaliar a competência de leitura, o do-mínio da língua padrão e a exploração de outras variantes como recurso para caracterização de personagem.Os textos foram bem escolhidos, e os questionamentos, exceto pelo item b da questão 5, eram inequívocos.

Literatura

Excelentes as questões de Literatura propostas nesta prova, principalmente se se considerar que ela se des-tina a candidatos da área de Humanas. Elas efetivamente conseguem avaliar a competência de leitura e, so-bretudo, de desmontagem dos textos, extraídos de estilos e autores de diversas épocas literárias, partindo doRealismo (textos de Eça de Queirós, questão 1), passando pelo Simbolismo (poema de Cruz e Sousa, questão2) e chegando aos Modernismos da 2a fase (fragmento do romance Doidinho, de José Lins do Rego, questão4) e da 3a fase (fragmento do conto “A hora e vez de Augusto Matraga”, que fecha Sagarana, de João Gui-marães Rosa, questão 5).

Um diferencial desta prova é a abordagem da caracterização dos estilos de época. Algumas questões soli-citaram o reconhecimento de traços pertinentes ao Simbolismo e ao Modernismo. Deve-se ressaltar, por outrolado, que as resoluções demandaram um trabalho e um rigor excessivos, especialmente para o candidato ca-paz de reconhecer nos textos as várias marcas de estilo e possibilidades de interpretação solicitadas.

Os vestibulandos foram estimulados a refletir sobre aspectos decisivos das obras enfocadas, devendo, alémdisso, transcrever expressões ou segmentos apropriados à tradução de noções fundamentais da construção doenredo e das personagens (nas obras em prosa) ou da composição (no caso do poema de Cruz e Sousa).

Português

Matemática

Física

Química

Biologia

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A prova exigiu dos candidatos dois níveis de conhecimento. Um mais superficial, que explorou conceitosbásicos, sem exigir que se estabelecessem relações mais complexas — caso da questão 10, que pedia apenas acitação dos elementos e fatores climáricos. Em segundo mais específico, que explorou a capacidade dos can-didados de estabelecer interrelações entre conceitos geográficos mais complexos, levando em conta a dinâmi-ca do espaço e do tempo — a exemplo da questão 7, que avaliou o conhecimento sobre a dinâmica da indus-trialização brasileira.

História do Brasil

As questões foram bem elaboradas e questionaram aspectos significativos do processo histórico. Ressalte--se também que foram estabelecidos pontes entre História do Brasil e História Geral (questão 12), entre His-tória e Geografia (questão 13) e entre História e Sociologia (questão 15).

História Geral

A prova de História Geral pautou-se por abordar temas centrais da historiografia, mesclando interpretaçãode textos e de documentos visuais.

História

Geografia

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