Campos do Jordão (SP): Notícias veiculadas na mídia impressa como apoio à gestão de riscos de...

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CAMPOS DO JORDÃO (SP): NOTÍCIAS VEICULADAS NA MÍDIA IMPRESSA COMO APOIO À GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES Eduardo de Andrade 1 , Maria José Brollo 2 , Lídia Keiko Tominaga 3 , Paulo Cesar Fernandes da Silva 4 1 Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e-mail: [email protected] 2 Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e-mail: [email protected] 3 Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e-mail: [email protected] 4 Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e-mail: [email protected] RESUMO O município de Campos do Jordão apresenta um histórico de diversos acidentes em áreas de risco com a ocorrência de vítimas fatais e significativos prejuízos financeiros e sociais. O levantamento de notícias de acidentes e desastres naturais veiculadas na mídia impressa no período de 1999 a 2013 constituiu-se em uma forma alternativa e prática de complementar os bancos de dados existentes na Defesa Civil Estadual e na Defesa Civil Municipal, fornecendo assim subsídios ao mapeamento de perigos e riscos do município. Em IG-SMA (2014) foram adotados procedimentos padronizados para a pesquisa, coleta e derivação de dados e informações a partir de notícias publicadas em dois jornais ("Vale Paraibano” e “O Vale"), buscando registros sobre datas e locais de ocorrências de movimentos de massa (escorregamentos, erosão, solapamento de margens de drenagens), inundações e processos correlatos (enchentes, alagamentos, enxurradas), colapsos e subsidências de solo, tempestades e vendavais. Com este propósito, as seguintes etapas foram contempladas: a) pesquisa e coleta de dados nos jornais; b) sistematização e consolidação de dados; c) georreferenciamento das ocorrências. Como resultado foram levantadas 32 matérias jornalísticas referentes a 27 eventos. A partir destas matérias, foi possível extrair 122 registros individuais segundo data, tipo e local de ocorrência, dos quais 117 foram passíveis de espacialização. O agrupamento destes dados resultou em 94 registros distribuídos por um total de 43 localidades distintas do município (bairros), com a seguinte distribuição conforme o tipo de processo: 49 registros de deslizamentos (51%), 31 registros de enchentes/inundações/alagamentos (33%), 14 registros de vendavais e temporais (15%), 1 registro referente a subsidência/afundamento (1%). Apesar de dificuldades relacionadas à consolidação do banco de dados e à completa caracterização dos eventos em decorrência da falta de consistência na terminologia empregada em algumas matérias jornalísticas, assim como à impossibilidade de espacialização de alguns locais de ocorrência, devido à veiculação de informações genéricas ou parciais, a utilização destes registros foram fundamentais na indicação de áreas-alvo para a execução dos trabalhos de campo e na caracterização e classificação de setores de perigo e de risco. Palavras-chave: desastres naturais, riscos, escorregamentos, inundação, gestão de riscos.

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CAMPOS DO JORDÃO (SP): NOTÍCIAS VEICULADAS NA MÍDIA IMPRESSA COMO APOIO À

GESTÃO DE RISCOS DE DESASTRES

Eduardo de Andrade1, Maria José Brollo

2, Lídia Keiko Tominaga

3, Paulo Cesar Fernandes da Silva

4

1Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e-mail:

[email protected] 2 Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e-mail:

[email protected] 3 Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e-mail:

[email protected] 4 Instituto Geológico - Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, e-mail:

[email protected]

RESUMO O município de Campos do Jordão apresenta um histórico de diversos acidentes em áreas de risco com a

ocorrência de vítimas fatais e significativos prejuízos financeiros e sociais. O levantamento de notícias de

acidentes e desastres naturais veiculadas na mídia impressa no período de 1999 a 2013 constituiu-se em uma

forma alternativa e prática de complementar os bancos de dados existentes na Defesa Civil Estadual e na Defesa

Civil Municipal, fornecendo assim subsídios ao mapeamento de perigos e riscos do município. Em IG-SMA

(2014) foram adotados procedimentos padronizados para a pesquisa, coleta e derivação de dados e informações a

partir de notícias publicadas em dois jornais ("Vale Paraibano” e “O Vale"), buscando registros sobre datas e

locais de ocorrências de movimentos de massa (escorregamentos, erosão, solapamento de margens de

drenagens), inundações e processos correlatos (enchentes, alagamentos, enxurradas), colapsos e subsidências de

solo, tempestades e vendavais. Com este propósito, as seguintes etapas foram contempladas: a) pesquisa e coleta

de dados nos jornais; b) sistematização e consolidação de dados; c) georreferenciamento das ocorrências. Como

resultado foram levantadas 32 matérias jornalísticas referentes a 27 eventos. A partir destas matérias, foi possível

extrair 122 registros individuais segundo data, tipo e local de ocorrência, dos quais 117 foram passíveis de

espacialização. O agrupamento destes dados resultou em 94 registros distribuídos por um total de 43 localidades

distintas do município (bairros), com a seguinte distribuição conforme o tipo de processo: 49 registros de

deslizamentos (51%), 31 registros de enchentes/inundações/alagamentos (33%), 14 registros de vendavais e

temporais (15%), 1 registro referente a subsidência/afundamento (1%). Apesar de dificuldades relacionadas à

consolidação do banco de dados e à completa caracterização dos eventos em decorrência da falta de consistência

na terminologia empregada em algumas matérias jornalísticas, assim como à impossibilidade de espacialização

de alguns locais de ocorrência, devido à veiculação de informações genéricas ou parciais, a utilização destes

registros foram fundamentais na indicação de áreas-alvo para a execução dos trabalhos de campo e na

caracterização e classificação de setores de perigo e de risco.

Palavras-chave: desastres naturais, riscos, escorregamentos, inundação, gestão de riscos.

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1. INTRODUÇÃO

O município de Campos do Jordão apresenta

um histórico de diversos acidentes em áreas de risco,

sobretudo decorrentes de deslizamentos, conforme

se verifica na literatura técnica, nos bancos de dados

da Defesa Civil Estadual e da Defesa Civil

Municipal. Estudos anteriores executados no

município (como IPT, 2002 e JBA, 2006) enfocaram

o diagnóstico voltado à recuperação e ao

monitoramento de áreas de risco de deslizamentos

localizadas nos bairros com maior vulnerabilidade

social, as chamadas "vilas operárias", onde

ocorreram acidentes com vítimas fatais em 1972,

1991 e 1999/2000 (Figura 1). Mais recentemente,

estudo realizado por IG-SMA (2014), abrangendo

toda a área do município identificou 175 setores de

risco, agrupados em 40 áreas, às quais se associam

3.985 moradias em risco, com estimativa de 15.940

moradores (33% da população do município).

O referido estudo considera duas escalas de

abordagem sequenciais (regional 1:50.000 e local

1:3.000). A etapa inicial dos trabalhos inclui a

elaboração de um “Inventário de dados e

informações sobre eventos e acidentes geológicos”.

Este inventário é composto por um banco de dados

georreferenciado, compilado a partir das seguintes

fontes de informação: a) cadastro de ocorrências das

Defesas Civis Municipal e Estadual; b) notícias de

desastres naturais e/ou eventos com danos

veiculadas na mídia impressa e eletrônica; c)

pesquisa bibliográfica; d) interpretação de imagens

de sensoriamento remoto.

O presente artigo apresenta o processo de coleta de dados para a elaboração do Inventário, a partir de

notícias veiculadas na mídia impressa, abrangendo as ocorrências no município de Campos do Jordão, no

período de 1999 a 2013 (15 anos). Também são apresentados resultados e como estes foram utilizados no

processo de mapeamento de riscos, indicando seu potencial no apoio à gestão de riscos de desastres.

2. O MUNICÍPIO DE CAMPOS DO JORDÃO (SP)

Campos do Jordão está localizado a 1.628m de altitude, na UGRHI 1 - Serra da Mantiqueira (Figura 2).

Com uma área de 290km2 é uma das principais estâncias turísticas do Estado de São Paulo, tendo no turismo a

sua maior fonte de renda. A população teve um aumento de 88% em 34 anos e em 2014 totalizava 48.746 hab.,

dos quais 99,38% residiam em área urbana. O relevo é fortemente condicionado pelas estruturas e litologias

presentes, caracterizando-se por morros altos e anfiteatros de erosão, em cujas bases ocorrem depressões turfosas

e depósitos de argila orgânica de espessuras variadas (MODENESI-GAUTTIERI & HIRUMA, 2004). O clima é

do tipo Cwb - clima tropical de altitude, com temperatura média anual de 14,4°C e total pluviométrico anual

médio de 1.848mm. (IG-SMA, 2014)

3. BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADO DERIVADO DE NOTÍCIAS

O banco de dados georreferenciado constitui-se no principal subsídio para a identificação de áreas a

serem estudadas em escala local (1:3000), bem como contribui para a caracterização dos setores de perigo e de

Figura 1. Notícia veiculada no jornal “Vale Paraibano” em

06/01/2000, retratando a situação em Campos do Jordão após

um acumulado pluviométrico de 453,2mm, em 5 dias

(31/12/1999 a 04/01/2000), provocando 12 acidentes

relacionados a deslizamentos em diversos locais de vários

bairros, causando 8 mortes e resultando em 1.840

desabrigados. Fonte: IG-SMA (2014).

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risco de inundação e de escorregamentos efetuados nesta

escala. O levantamento de notícias veiculadas na mídia

impressa envolveu a análise de informações sobre eventos

de movimentos de massa (escorregamentos, solapamento de

margens de drenagens), inundações e processos correlatos

(enchentes, alagamentos, enxurradas), colapsos e

subsidências de solo, tempestades e vendavais, conforme

procedimentos propostos em ANDRADE et al. (2010).

3.1. Procedimentos

Preliminarmente, deve ser observado que, na

maioria dos casos, o volume e o conteúdo de informações

disponíveis nos cadastros das defesas civis estadual e local

é incipiente frente às demandas e necessidades do

mapeamento de risco em escala local. Nesse sentido, foram

adotados procedimentos padronizados para a pesquisa,

coleta e derivação de dados e informações a partir de

notícias publicadas no período dos últimos 15 anos (janeiro

de 1999 a março de 2013) em dois periódicos abrangendo a

região de estudo, o jornal "Vale Paraibano” e o jornal “O

Vale”, incluindo assim, os registros do evento apontado

como o de maior gravidade na história do município,

ocorrido no final de 1999 e início de 2000. As etapas

realizadas foram: 1) pesquisa e coleta de dados nos jornais;

2) sistematização e consolidação de dados, incluindo o tratamento quanto à localização (endereço, bairro), tipo

de evento (deslizamentos, inundações, vendavais, etc.), data da ocorrência, características e aspectos pertinentes

ao evento (drenagem associada, volume da precipitação, nível atingido pela água nos locais de ocorrência de

inundação e processos correlatos), danos (gravidade, pessoas, edificações e estruturas urbanas afetadas, entre

outros); 3) georreferenciamento por tipo, data, e localização do evento (conforme a qualidade da informação) de

cada um dos registros de ocorrência.

Como apontado por ANDRADE et al. (2010), existem algumas dificuldades no processo de coleta de

dados em notícias, quanto à localização e ao georreferenciamento (espacialização dos dados), bem como em

relação à caracterização dos eventos causadores dos danos (objetivos principais do levantamento), dentre as

quais podem ser citadas: a) a ausência de jornal sediado no próprio município e com publicação diária pode

resultar na ausência de registros de eventos isolados ou de menor vulto, fundamentais na indicação de locais

propensos a riscos; b) a ausência de uniformidade terminológica no relato dos eventos e de suas características

suscita, em alguns casos, dúvidas quanto a sua natureza e classificação (ex.: inundação X enchente; queda de

barreiras X deslizamento; desabamento X escorregamento, etc.); c) a publicação de matérias com informações

incompletas dificulta a completa caracterização dos eventos; d) a insuficiência ou ausência de informações

meteorológicas complementares (como quantidade de precipitação, duração das chuvas, etc.); e e) a veiculação

de notícias com conteúdo genérico quanto aos locais de ocorrência inviabilizam a espacialização dos dados,

mesmo que de forma aproximada. Neste último aspecto, assinala-se que de um total de 122 registros individuais

obtidos, 4% (5 registros) não foram passíveis de localização e georreferenciamento por se referirem a notícias

com alusão ao município como um todo ou a diversos bairros de forma genérica, impossibilitando a

espacialização destes em nível municipal. Merece ser destacado que em notícias mais recentes observa-se um

maior detalhamento no seu conteúdo, facilitando a obtenção de informações importantes para o estudo.

3.2. Resultados

No período analisado de 15 anos (1999-2013), foram levantadas 32 matérias jornalísticas referentes a 27

datas de eventos distintos (considerando-se como evento tempestades, vendavais, chuvas intensas ou

Figura 2. Localização do município de Campos do

Jordão (SP), com destaque para a área urbana e seus

principais rios. Fonte: IG-SMA (2014).

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prolongadas que tenham contribuído para a deflagração de algum tipo de processo que tenha causado danos). A

partir destas matérias, foi possível extrair 122 registros individuais segundo data, tipo e local de ocorrência, dos

quais 117 foram passíveis de espacialização (três registros não apresentaram informação sobre a localização das

ocorrências e dois continham referência genérica a vários bairros). Procedendo-se ao agrupamento destes dados,

foram obtidos 94 registros distribuídos por um total de 43 localidades distintas do município (bairros), com a

seguinte distribuição segundo o tipo de processo: 49 registros de deslizamentos (51%), 31 registros de

enchentes/inundações/alagamentos (33%), 14 registros de vendavais e temporais (15%), 1 registro referente a

subsidência/afundamento (1%) (Quadro 1).

As Figuras 3 e 4, juntamente com o Quadro 1, apresentam a distribuição temporal dos registros de

ocorrências, incluindo, os tipos de processos geodinâmicos relacionados aos eventos, o número de pontos de

ocorrência e de bairros atingidos em cada um dos anos, e os totais referentes a todo o período estudado.

Corroborando a expectativa preliminar do estudo, devida às menções na literatura técnica e ao conteúdo

dos bancos de dados citados anteriormente, verificou-se que o evento datado do final do ano de 1999 e início de

2000 compreendeu o maior número de ocorrências de deslizamentos e danos (15 registros individuais de

ocorrências distribuídos por 10 bairros).

A Classificação dos dados por bairros resultou na identificação de quatro localidades que conjuntamente

concentram 38% do total de registros espacializáveis: Morro do Britador, 11 eventos com 13 registros (1

inundação; 7 deslizamentos; 3 temporais/vendavais); Abernéssia, 5 eventos com 13 registros (11 inundações; 2

temporais/vendavais); Vila Albertina, 8 eventos com 11 registros (4 inundações; 6 deslizamentos, 1

temporal/vendaval); e Vila Santo Antônio, 7 eventos e 8 registros (7 deslizamentos e 1 colapso/subsidência).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS De forma geral, foram alcançados os objetivos estabelecidos quanto à coleta e utilização de dados e

informações sobre eventos e danos, a partir de notícias. Apesar de algumas dificuldades relativas à consolidação

do banco de dados, à completa caracterização e à localização de alguns locais de ocorrência, a utilização destes

registros foi fundamental como subsídio ao mapeamento de perigos e riscos do município de Campos do Jordão.

A utilização de registros de ocorrências pretéritas com suas respectivas localizações permitiu a indicação de 40

áreas-alvo para a execução dos trabalhos de campo, em escala local, auxiliando também no maior detalhamento

e caracterização dos setores de risco de escorregamento e na modelagem de perigos e riscos de inundação.

Ano

Numero de registros conforme o processo envolvido Registros

agrupados por

bairros

Número de pontos de

ocorrência

espacializáveis

Número

de eventos

Bairros

atingidos

durante o ano deslizamento

inundação e

correlatos

tempestades e

vendavais

colapso e

subsidência

1999 14 8 0 0 22 25 (- 1*) 4 15

2000 4 0 0 0 4 4 (-1*) 1 3

2001 2 0 1 0 3 3 2 2

2002 1 1 0 0 2 2 1 2

2003 2 5 1 1 9 24 3 9

2004 3 3 4 0 10 15 2 9

2005 4 4 2 0 10 12 (-1*) 5 8

2006 1 0 0 0 0* 1 (-1*) 1 0

2007 3 0 4 0 7 8 3 6

2008 0 0 2 0 2 2 1 2

2009 1 8 0 0 9 10 (-1*) 2 8

2010 3 1 0 0 4 4 1 4

2011 0 0 0 0 0 0 0 0

2012 0 0 0 0 0 0 0 0

2013** 11 1 0 0 12 12 1 12

Totais 49 31 14 1 94 122 (-5*) 27

Nota: * notícia faz alusão ao município como um todo ou a diversos bairros de forma genérica, sem informação que permita a obtenção de localização, mesmo que aproximada (impossibilidade de espacialização em nível municipal); ** dados coletados até 30/03/2013

Quadro 1. Síntese das informações oriundas das notícias veiculadas na mídia impressa relacionadas à ocorrência de eventos

danosos no município de Campos do Jordão no período de 1999 a 2013 (15 anos). Fonte: IG-SMA (2014)

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Não obstante às dificuldades

aqui mencionadas, este banco de

dados georreferenciado apresenta um

nível de detalhe bastante apurado se

comparado com os cadastros

existentes na Defesa Civil Estadual e

Defesa Civil Municipal. Assinala-se

que desde 2011, com a

implementação do SIDEC (Sistema

Integrado de Defesa Civil), o

cadastro de eventos estadual passou

a ter um maior nível de detalhe. Já o

cadastro da Defesa Civil Municipal

passou a ter a coleta de dados mais

efetiva a partir de janeiro de 2013,

apresentando um nível de

detalhamento superior aos demais,

incluindo nome de moradores,

endereço, eventos diversos de menor

importância, entre outros. Sendo

assim, estas três fontes de

informação, o banco de dados

georreferenciado e cadastros das

defesas civis, agora integrados,

constituem-se numa valiosa

ferramenta para a gestão de riscos de

desastres no município, juntamente

com os demais instrumentos

atualmente adotados.

AGRADECIMENTOS: Ao Arquivo Público de São José dos Campos, à equipe do projeto IG-SMA (2014) que

colaboraram com a pesquisa, coleta e sistematização dos dados e à Coordenadoria Estadual de Defesa Civil.

REFERENCIAS ANDRADE, E.& BROLLO, M.J. 2015. Perigos e riscos geológicos em Campos do Jordão (SP): diagnóstico em 2014. In:

ABGE, Simp. Bras. Cartografia Geotécnica, 9, Cuiabá-MT, 20 a 25 de março de 2015, Anais..., CD-ROM. ISBN 978-

85-7270-066-5.

ANDRADE, E; DANNA, LC; SANTOS, ML; FERNANDES DA SILVA, PC. 2010. Levantamento de ocorrências de

inundação em registros de jornais como subsídio ao planejamento regional e ao mapeamento de risco. In: ABGE, Simp.

Bras. Cartografia Geotécnica, 7, Maringá-PR, 8 a 11 de agosto de 2010, Anais..., CD-ROOM.CEDEC 2013

IG – INSTITUTO GEOLÓGICO. 2014. Mapeamento de riscos associados a escorregamentos, inundações, erosão e

solapamento de margens de drenagens do Município de Campos do Jordão - SP. São Paulo: Instituto Geológico.

Relatório Técnico, 3 volumes. ISBN 978-85-87235-21-3. Disponível em: http://www.sidec.sp.gov.br/

IPT - INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS. 2002. Assessoria Técnica para a estabilização de encostas,

recuperação de infraestrutura e reurbanização das áreas de risco atingidas por escorregamentos na área urbana

do Município de Campos do Jordão – SP. São Paulo: IPT, Relatório Técnico nº. 64.399 Final.

JBA ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA. 2006. Plano Municipal de Redução de Riscos de Campos do Jordão

(PMRR). Relatório Técnico (inédito).

MODENESI-GAUTTIERI, MC; HIRUMA, ST. 2004. A Expansão Urbana no planalto de Campos do Jordão. Diagnóstico

geomorfológico para fins de planejamento. Revista do Instituto Geológico, São Paulo, 25(1/2), 1-28, 2004.

Figura 3. Total de eventos e de bairros atingidos no decorrer de cada ano,

conforme registros de notícias de 1999 a 2013. Fonte: IG-SMA (2014)

Figura 4. Distribuição de ocorrências anuais segundo o tipo de processo,

conforme registros de notícias de 1999 a 2013. Fonte: IG-SMA (2014)

22

4 3

2

9 10 10

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2

9

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