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CAMPO DE ATUAÇÃO DO CONTADOR: UM ESTUDO SOBRE A ATUAÇÃO COMO DOCENTES EM CONTABILIDADE
Leticia de Souza da Silva, (G, UNESPAR/FECILCAM), [email protected]
Lilian Gislaine Pereira da Silva, (G, UNESPAR/FECILCAM), [email protected] Cristina Hillen, (OR, UNESPAR/FECILCAM), [email protected]
INTRODUÇÃO
A contabilidade é a ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio e tem como objetivo
controlar o patrimônio e gerar informações para a tomada de decisões. Sendo uma ciência, requer a
formação de nível superior. Assim, o profissional formado em Ciências Contábeis recebe o título de
bacharel em Ciências Contábeis, estando habilitado para atuar em diversas áreas tais como: contador,
docente, auditor, controller, atuário e inúmeras outras, sendo de maior destaque na pesquisa referida a
docência, como campo de atuação do profissional contábil.
A atuação como docente em contabilidade requer habilidades e competências exigidas do
professor sendo aprimoradas ou adquiridas por meio de estudos e educação continuada como relata
Hernandes, Peleias e Barbalho (2006). Sabe-se que os formandos de diversas áreas não se
interessavam pela carreira docente. Porém, esse cenário vem se modificando e o interesse pela
docência por parte de alguns acadêmicos vem aumentando conforme estudos de Paludeti (2006).
Com base nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo analisar o interesse dos
acadêmicos do 1º ao 4º ano do Curso de Ciências Contábeis da Fecilcam no ano de 2013, pelo campo
de atuação profissional docente. Para tanto foi realizado um estudo quantitativo, sendo que os dados
foram coletados através de questionários estruturados aplicados junto a esses acadêmicos. Os dados
coletados foram tabulados e analisados com o apoio do software Excel e de técnicas estatísticas
descritivas.
A pesquisa se justificou pela possibilidade de conhecer o campo de atuação de interesse dos
futuros profissionais, bem como, especificamente o interesse pela atuação como docente. Assim,
possibilitou identificar o campo de atuação que mais desperta interesse dos acadêmicos e identificar
necessidades ou aperfeiçoamento didático-pedagógico tendo em vista o perfil dos acadêmicos e do
mercado.
Espera-se que os resultados obtidos nesta pesquisa possam ser utilizados por outros
acadêmicos para futuros estudos.
REFERENCIAL TEÓRICO
O campo de atuação contábil atualmente é muito rico, sendo ofertados inúmeros empregos
anualmente em todo o mundo e em diversas áreas conforme cita Marion (2003, p. 29) o profissional
contábil pode atuar:
Na empresa: como planejador tributário, analista financeiro, contador geral, em cargos administrativos, como auditor interno, contador de custo, contador gerencial e atuário. De forma independente (autônomo): como auditor independente, consultor, empresário contábil, perito contábil e investigador de fraude. No ensino: como professor, pesquisador, escritor, parecerista e conferencista. No Órgão Público: como contador público, agente fiscal de renda, no tribunal de contas, como oficial contador e diversos outros cargos púbicos.
Assim, um profissional contábil não precisa necessariamente atuar apenas como contador,
auditor ou controller ele identifica a docência como forma de exercício da profissão para o
profissional contábil.
A docência dentro da contabilidade é uma área de atuação que leva o profissional contábil a
repassar seus conhecimentos adquiridos ao longo de anos para inúmeras pessoas que buscam
conhecimento, formação e irão escolher dentro das áreas da contabilidade uma em que se
identifiquem. Podendo optar também pela docência em nível superior a exemplo de seus professores.
A docência no ensino superior exige competências próprias, sendo elas básicas para a prática
pedagógica do docente universitário. São elas: a competência em determinada área do conhecimento,
domínio na área pedagógica e exercício da dimensão política Masetto (2002).
Para Silva (2008, p.23) “o professor universitário deverá ser obrigatoriamente crítico e
reflexivo onde o mesmo deixa de ser um mero reprodutor do conhecimento e passa ser um condutor,
mediador voltado às novas tendências pedagógicas”. Ainda ressalta Campos (2008, p.70) que “a
autonomia docente no universo da profissionalização é uma exigência do novo contexto da
profissionalidade, que indica na ação a produção criativa”, a docência em nível universitário vai muito
além das fronteiras disciplinares, o professor mostra novos horizontes em geral.
O professor universitário tem como função, formar profissionais com uma visão crítica,
capazes de inovar a todo o momento, gerindo suas vidas de forma honrosa, com autonomia, sabendo
trabalhar em coletividade na vida contemporânea. “O principal papel do professor do ensino superior
passa a ser, portanto, o de formar pessoas, prepará-las para a vida e para cidadania e treiná-las como
agentes privilegiados do progresso social” conforme Gil (2010, p.8).
Não cabe ao professor para atingir o objetivo de criar cidadãos críticos, debruçar-se sobre o
seu titulo de mestrado ou doutorado e achar que isso lhe basta. É preciso seu contínuo
aperfeiçoamento em qualquer área da docência em que atue. É preciso inovação, a busca do saber para
ensinar não deve parar. A formação de um acadêmico pesquisador contribui muito para sociedade,
buscando para problemas corriqueiros respostas ainda não proferidas e como utilizar se de problemas
que acontece em tempo real.
A pedagogia no ensino superior pode ser compreendida como um espaço em movimento, no qual podemos analisar e compreender os fenômenos de aprender e ensinar as profissões, sobretudo, um espaço no qual a própria docência universitária em ação pode ser revisitada e constantemente reconstruída Bolsai; Isala, (2010, p.23).
O professor na sociedade contemporânea precisa compreender que a figura do detentor do
saber já está ultrapassada. Ele deve favorecer um ambiente de experiências positivas para a
aprendizagem, conteúdos contextualizados com a realidade.
A escolha da profissão a seguir é uma das maiores de nossas vidas. Relata Almeida (1998, p.
175) que “existe uma liberdade de escolha que concerne a todo ser humano e que o faz traçar seu
próprio caminho, que, muitas vezes, é diferente daquilo que dele se espera”. Pontua Gadotti (1993,
p.13) que: "A educação é a prática mais humana, considerando-se a profundidade e a amplitude de sua
influência na existência dos homens".
Quando se pergunta para professores o que lhe fez escolher pelo caminho da docência, alguns
logo respondem que gostam de ensinar, que desde pequenos davam aulas para os irmãos. O gosto pela
docência é um “gosto” que chega a ser considerado como inato ou desde a infância. É um gosto de
poder contribuir de alguma forma para formação de cidadãos (GONÇALVES, 2000).
Desde a formação de um pedreiro a de um médico, todos passam pela mão de um professor. É ele que
possibilita a ascensão destes profissionais em geral no mercado de trabalho e no mundo. Gonçalves
(2000, p. 303) afirma que:
A escolha pela carreira de docente deve-se certa tradição sociocultural e a um senso comum que se traduzem na expressão popular do ‘ter nascido para’, a que se junta, no caso da profissão docente, a ideia de prestação de um serviço ‘pessoal’ e ‘humanitário’, que pressupõe entrega e sacrifício.
Porém, não podemos encarar a docência como um dom que é ofertado aos acadêmicos, antes
de tudo é preciso encarar a docência como uma profissão como qualquer outra, o docente deve mostrar
excelência em seus atos, apresentando muito mais que técnicas a seus acadêmicos. Para Masetto
(1998, p. 18) “[...] a docência no ensino superior exige não apenas domínio de conhecimentos a serem
transmitidos por um professor como também um profissionalismo semelhante àquele exigido para o
exercício de qualquer profissão”.
Um professor de contabilidade pode atuar, em universidades particulares, estaduais ou federais
e em nível de cursos técnicos, ofertados em diversos estabelecimentos de ensino. Sua carga horária
diária varia conforme seu contrato de trabalho, podendo ser dedicação exclusiva ou de outra carga
horária como de 20 ou 40 horas semanais. Em termos de rendimentos um professor de nível superior
pode chegar a ganhar cerca de R$ 10.397,94 mensais, dados retirados (Edital no 082/2012-PRH,
Universidade Estadual de Maringá) para trabalhar 40 horas semanais com dedicação exclusiva no
nível de doutor.
A partir da presente contextualização identificou-se a freqüência dos acadêmicos de Ciências
Contábeis da Fecilcam que se interessam pela profissão de docente e outras áreas afins.
APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Foram aplicados 150 questionários junto aos acadêmicos do a 1° ao 4º ano do Curso de
Ciências Contábeis, analisando seus respectivos perfis, conhecimento das possíveis áreas de atuação,
áreas que despertam maior interesse para atuação, e o interesse pela profissão docente enquanto
profissional de contabilidade.
Quadro 1: Quantidade de questionários aplicados 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano Questionários Aplicados 38 42 40 30
Total 150 Fonte: Dados da pesquisa (2013).
Dos acadêmicos dos 1º anos, A e B de Ciências Contábeis, a maioria eram mulheres (58%) e
homens (42%), ambos tinham de 17 a 30 anos de idade. A maioria reside em cidades da região de
Campo Mourão. 74% estudam e trabalham, sendo que 26% dos acadêmicos apenas estudam, 45% dos
acadêmicos trabalham na área de contabilidade, 42% não trabalham na área e 13% não trabalham e
nem estagiam. O motivo pela escolha do curso para 32% dos pesquisados se deu pela influência do
mercado de trabalho, que possibilita maior colocação profissional e para 50% dos acadêmicos foi
devido ao fato de terem um conhecimento prévio sobre a profissão contábil antes da escolha do curso
através de pesquisas, conversas com pessoas da área contábil e trabalhava em atividade relacionada
com a profissão.
A maioria dos acadêmicos do 1º ano concorda que, a contabilidade oferece diversificadas e
rápidas possibilidades de inserção no mercado de trabalho, tem-se boas oportunidades de trabalho e
crescimento promissor como um todo e também na cidade e região onde moram. Quanto a
remuneração dos profissionais para os que atuam no campo especifico é considerada boa. Porém,
especificamente na cidade onde moram a maioria não sabe dizer sobre a remuneração, da mesma
forma não sabem da remuneração do profissional contábil que não atuam no campo especifico.
Concordam que o acadêmico de Ciências Contábeis tem destaque no meio acadêmico, que a profissão
oferece status aos profissionais na sociedade e que o mesmo deve estar se atualizando continuamente
não somente referente a assuntos técnicos e legais.
As áreas de atuação que mais despertam interesse como atuação profissional dos acadêmicos
são: contador geral (dono de escritório), contador geral (empregado de grande empresa), contador
público (nível federal), contador público (nível estadual) demonstrando dessa forma pouco interesse
pela atuação profissional como docente.
Gráfico 1: Áreas de atuação de maior interesse para os acadêmicos do 1º ano do curso
3%
14%
6%
13%
6%7%
9%11%
5%
2% 2%
5% 5% 5%
0%
4%2%
1%
0%2%4%6%8%
10%12%14%16%
ÁREAS DE MAIOR INTERESSE-PROFISSÃO CONTÁBIL
Prcentual
Fonte: Pesquisa das autoras (2013).
Na percepção dos acadêmicos em relação ao ensino de contabilidade a maioria concorda que,
os conteúdos vistos ao longo do curso de Ciências Contábeis permitem estabelecer relação entre o
mundo acadêmico e o mundo de trabalho em contabilidade. Que o curso de Ciências Contábeis tem
por função formar profissionais para o exercício da contabilidade no mundo de trabalho, igualam se o
percentual de acadêmicos que concordam e que discordam que os conteúdos vistos ao longo do curso
conseguem dar conta de cumprir adequadamente com a formação necessária para o exercício
profissional. A atuação profissional que os mesmos destacaram que foram mencionadas no decorrer do
curso foram: contador geral (empregado de escritório), contador geral (empresário/dono de escritório),
contador geral (empregado de pequena ou média empresa), contador geral(empregado de grande
empresa), controller, contador público (municipal), contador público (estadual), contador público
(federal), professor/pesquisador ( instituição privada), professor/pesquisador (instituição pública),
professor/pesquisador cursos técnicos (Senac, Sebrae), contador especialista,( tributos, custos,
gerencial), auditor contábil, auditor independente, perito contábil, consultor independente (empregado
ou dono de empresa de consultoria), consultor ( ligado a algum organismo, como Sebrae ).
Gráfico 2: Áreas de atuação mencionadas no decorrer do Curso de Ciências Contábeis segundo os acadêmicos do 1º ano
10%11%
6%
8%
6%5% 5%
4%3%
9%
2%
6%
9%
2%
5% 5%
2% 2%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
ÁREAS MAIS MENCIONADAS NO DECORRER DO CURSO
Fonte: Pesquisa das autoras (2013).
Através do gráfico 2 observa-se que no decorrer do curso foi abordado sobre a possível
atuação como docentes em contabilidade em alta escala, porém os mesmo não optariam pela profissão
como mostra o gráfico 1.
Ao analisar os questionários dos acadêmicos dos 2º anos, A e B de Ciências Contábeis nota-se
que a maioria eram mulheres (55 %) e homens (45%), ambos tinham de 18 a 42 anos de idade. A
maioria reside nas cidades vizinhas a Campo Mourão. 90% estudam e trabalham, 10% dos acadêmicos
apenas estudam, 55% dos acadêmicos trabalham na área de contabilidade, 40% não trabalham na área
e 5% não trabalham e nem estagiam. O motivo pela escolha do curso para 38% se deve a influência
do mercado de trabalho, que possibilita maior colocação profissional, sendo que 55% dos acadêmicos
tinham um conhecimento prévio sobre a profissão contábil antes da escolha do curso através de
pesquisas, conversas com pessoas da área contábil e trabalhava em atividade relacionada com a
profissão.
Os acadêmicos do 2º ano concordam que, a contabilidade oferece diversificadas e rápidas
possibilidades de inserção no mercado de trabalho, têm-se boas oportunidades de trabalho e
crescimento promissor como um todo e também na cidade e região onde moram. Quanto à
remuneração dos profissionais que atuam no campo especifico a maioria considera boa, enquanto que
na cidade onde moram a maioria considera que a remuneração não é boa e também não souberam
dizer sobre a remuneração do profissional contábil que não atua no campo especifico. Concordam que
o acadêmico de Ciências Contábeis tem destaque no meio acadêmico, que a profissão oferece status
aos profissionais na sociedade e que o mesmo deve estar se atualizando continuamente não somente
referente a assuntos técnicos e legais.
As áreas de atuação que mais despertam interesse para esses acadêmicos são: auditor contábil,
contador público (nível federal), contador público ( nível estadual), contador geral ( dono de empresa),
porém a docência como forma de atuação profissional foi pouco selecionada pelos acadêmicos
demonstrando assim desinteresse pela profissão de docente.
Gráfico 3: Áreas de atuação de maior interesse para os acadêmicos do 2º ano do curso
2%
9%
1%
7%6%
7%
10%
13%
5%
2% 2%
5%
14%
2%
9%
2%3%
1%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
ÁREAS DE MAIOR INTERESSE- PROFISSÃO CONTÁBIL
Fonte: Pesquisa das autoras (2013).
A maior parte dos acadêmicos concordam que em relação ao ensino de contabilidade os
conteúdos visto ao longo do curso de Ciências Contábeis permitem estabelecer relação entre o mundo
acadêmico e o mundo de trabalho em contabilidade. Que o curso tem por função formar profissionais
para o exercício da contabilidade no mundo de trabalho. Acreditam que os conteúdos vistos ao longo
do curso não conseguem dar conta de cumprir adequadamente com a formação necessária para o
exercício profissional. E sobre a atuação profissional que os mesmos destacam que foram
mencionadas ao decorrer do curso foram: contador geral (empregado de escritório), contador geral
(empresário/dono de escritório), contador geral (empregado de pequena ou média empresa), contador
geral (empregado de grande empresa), controller, contador público (municipal), contador público
(estadual), contador público (federal), professor/pesquisador (instituição privada),
professor/pesquisador (instituição pública), professor/pesquisador cursos técnicos (SENAC,
SEBRAE), contador especialista, (tributos, custos, gerencial), auditor contábil, auditor independente,
perito contábil, consultor independente (empregado ou dono de empresa de consultoria), consultor
(ligado a algum organismo, como SEBRAE).
Gráfico 4: Áreas de atuação mencionadas no decorrer do Curso de Ciências Contábeis segundo os acadêmicos do 2º ano
10%
8%
5%
7%
5%
9%
5% 5%
3%
5%
3%
6%
9% 9%
4%5%
2%
0%0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
ÁREAS MAIS MENCIONADAS NO DECORRER DO CURSO
Fonte: Pesquisa das autoras (2013).
A partir da análise do gráfico podemos observar que foi abordado poucas vezes sobre a
docência ao decorrer do 2º ano de Ciências Contábeis.
Dos acadêmicos dos 3º anos, A e B de Ciências Contábeis, apenas 29% eram homens, em
geral tinham de 19 a 54 anos. A maioria reside nas cidades vizinhas a Campo Mourão. 93% estudam e
trabalham, 7% dos acadêmicos apenas estudam, 53% dos acadêmicos trabalham na área de
contabilidade, 40% não trabalham na área e 7% não trabalham e nem estagiam. O motivo pela escolha
do curso para a maioria foi pela a influência do mercado de trabalho, que possibilita maior colocação
profissional e como segundo motivo pela escolha do curso foi por escolha aleatória (o curso que mais
chamou atenção dentro da instituição). Dos discentes que optaram pelo curso de Ciências Contábeis
68% já tinham um conhecimento prévio sobre a profissão contábil antes da escolha do curso através de
pesquisas, conversas com pessoas da área contábil e trabalhava em atividade relacionada com a
profissão.
A maioria dos acadêmicos do 3º ano concordam que, a contabilidade oferece diversificadas e
rápidas possibilidades de inserção no mercado de trabalho, tem-se boas oportunidades de trabalho e
crescimento promissor tanto como um todo quanto na cidade e região onde moram. A remuneração
dos profissionais que atuam no campo específico é considerada boa enquanto que na cidade onde
moram a remuneração é baixa, da mesma forma não sabem dizer da remuneração do profissional
contábil dos que não atuam no campo especifico.
Concordam que o acadêmico de Ciências Contábeis tem destaque no meio acadêmico, que a profissão
oferece status os profissionais na sociedade e que o mesmo deve estar se atualizando continuamente
não somente referente a assuntos técnicos e legais.
As áreas de atuação que mais despertam interesse para esses acadêmicos são: contador público
(nível federal), contador público ( nível estadual), contador especialista ( custos, tributos) porém a
docência como forma de atuação profissional ficou com um percentual de 4% e 3% apenas, mostrando
certo desinteresse pela profissão de docente.
Gráfico 5: Áreas de atuação de maior interesse para os acadêmicos do 3º ano do curso
4%
6%
3%
7%6%
8%
11% 11%
3%4%
3%
9%
6% 6%
4%3%
0%
6%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
ÁREAS DE MAIOR INTERESSE-PROFISSÃO CONTÁBIL
Fonte: Pesquisa das autoras (2013).
Sobre a percepção dos acadêmicos em relação ao ensino de contabilidade a maioria concorda
que os conteúdos vistos ao longo do curso de Ciências Contábeis permitem estabelecer relação entre o
mundo acadêmico e o mundo de trabalho em contabilidade. Concordam que o curso de Ciências
Contábeis tem por função formar profissionais para o exercício da contabilidade no mundo de
trabalho. Porém observou-se o mesmo percentual de acadêmicos que concordam e que discordam que
os conteúdos vistos ao longo do curso conseguem dar conta de cumprir adequadamente com a
formação necessária para o exercício profissional. A atuação profissional que os mesmos destacam
como mencionadas ao decorrer do curso foram: contador geral (empregado de escritório), contador
geral (empresário/dono de escritório), contador geral (empregado de pequena ou média empresa),
contador geral(empregado de grande empresa), controller, contador público (municipal), contador
público (estadual), contador público (federal), professor/pesquisador ( instituição privada),
professor/pesquisador (instituição pública), professor/pesquisador cursos técnicos ( SENAC,
SEBRAE), contador especialista,( tributos, custos, gerencial), auditor contábil, auditor independente,
perito contábil, consultor independente (empregado ou dono de empresa de consultoria), consultor (
ligado a algum organismo, como SEBRAE ).
Gráfico 6: Áreas de atuação mencionadas no decorrer do Curso de Ciências Contábeis segundo os acadêmicos do 3º ano Erro! Ligação inválida. Fonte: Pesquisa das autoras (2013).
Através do gráfico 6 observa-se que no decorrer do curso pouco foi mencionado sobre a
possível atuação como docentes em contabilidade, causando o baixo índice de escolha pela profissão
de docente.
No 4º ano de Ciências Contábeis, a maioria dos acadêmicos eram mulheres (63 %) e homens
(37%), ambos tinham entre 20 a 39 de idade. A maioria não reside em Campo Mourão. 90% estudam e
trabalham, apenas 10% dos acadêmicos só estudam. 47% dos acadêmicos trabalham na área de
contabilidade, 47% não trabalham na área e 6% não trabalham e nem estagiam. O motivo pela escolha
do curso para a maioria (37%) foi pela a influência do mercado de trabalho que possibilita maior
colocação profissional e 54% dos acadêmicos não tinham conhecimento prévio sobre a profissão
contábil antes da escolha do curso.
A maioria dos acadêmicos do 4º ano concordam que, a contabilidade oferece diversificadas e
rápidas possibilidades de inserção no mercado de trabalho, tem-se boas oportunidades de trabalho e
crescimento promissor tanto como um todo e também na cidade e região onde moram. A remuneração
dos profissionais que atuam no campo especifico é considerada boa enquanto que na cidade onde
moram a remuneração é considerada baixíssima e não sabem dizer da remuneração do profissional
contábil que não atuam no campo especifico.
Na visão dos acadêmicos do 4º de Ciências Contábeis os mesmos não são destaque no meio
acadêmico e que a profissão não oferece status os profissionais na sociedade, concordam que o
profissional contábil deve estar se atualizando continuamente não somente referente a assuntos
técnicos e legais, mas de todas as áreas.
As áreas de atuação que mais despertam interesse como atuação profissional dos acadêmicos
são: contador especialista (tributos, custos), auditor contábil, contador público (nível federal), contador
geral (empregado de grande empresa), porém a docência como forma de atuação profissional ficou
com um percentual de 8% se comparado aos demais anos é a turma que mostra mais interesse pela
profissão de docente.
Gráfico 7: Áreas de atuação de maior interesse para os acadêmicos do 1º ano do curso
3%
8%
4%
12%
3% 4%
8%
11%
1%
8%
1%
16%
12%
4% 3%1% 1% 0%
0%2%4%6%8%
10%12%14%16%18%
ÀREAS DE MAIOR INTERESSE-PROFISSIONAL CONTÁBIL
Série1
Fonte: Pesquisa das autoras (2013)
Sobre a percepção dos acadêmicos em relação ao ensino de contabilidade a maioria concorda
que os conteúdos visto ao longo do curso de Ciências Contábeis permitem estabelecer relação entre o
mundo acadêmico e o mundo de trabalho em contabilidade. A maioria também concorda que o curso
de Ciências Contábeis tem por função formar profissionais para o exercício da contabilidade no
mundo de trabalho, porém discordam que os conteúdos vistos ao longo do curso conseguem dar conta
de cumprir adequadamente com a formação necessária para o exercício profissional. A atuação
profissional que os mesmos destacam que foram mencionadas no decorrer do curso foram: contador
geral (empregado de escritório), contador geral (empresário/dono de escritório), contador geral
(empregado de pequena ou média empresa), contador geral(empregado de grande empresa),
controller, contador público (municipal), contador público (estadual), contador público (federal),
professor/pesquisador (instituição privada), professor/pesquisador (instituição pública),
professor/pesquisador cursos técnicos ( SENAC, SEBRAE), contador especialista,( tributos, custos,
gerencial), auditor contábil, auditor independente, perito contábil, consultor independente (empregado
ou dono de empresa de consultoria), consultor ( ligado a algum organismo, como SEBRAE).
Gráfico 8: Áreas de atuação mencionadas no decorrer do Curso de Ciências Contábeis segundo os acadêmicos do 4º ano
8%
6%
4%5%
6%7%
6%7%
5%6%
4%
6%
8%7% 7%
4%3%
1%
0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%
ÀREAS MAIS MENCIONADAS NO DECORRER DO CURSO
Fonte: Pesquisa das autoras (2013).
O gráfico 8 mostra que foi mencionado durante os quatro anos de curso sobre a possível
atuação como docentes em contabilidade, sendo consequentemente a turma com maior interesse pela
carreira de docente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo da pesquisa foi avaliar o interesse dos acadêmicos do 1º ao 4º de Ciências
Contábeis da Fecilcam pela atuação como profissionais docentes.
Diante da análise dos dados verificou-se que o curso de Ciências Contábeis é composto em
sua maioria por mulheres. Os acadêmicos se deslocam das cidades vizinhas a Campo Mourão para
estudar, onde desde o 1º ano de faculdade tem que conciliar o trabalho com os estudos, ou seja,
trabalham e estudam ao mesmo tempo. A escolha em geral pelo curso se deu pela influência
significativa do mercado de trabalho onde os mesmo já tinham conhecimento prévio sobre o curso e
dessa forma o escolheram. O curso é considerado bom pelos acadêmicos, com um vasto mercado de
trabalho, a maioria relata que o profissional contábil possui certo status e oferece destaque
diferenciado. Os acadêmicos acreditam que o curso de Ciências Contábeis é capaz de despertar o
interesse pela docência e pela pesquisa, porém demonstram desinteresse pela profissão de docente
mesmo admitindo ter conhecimento da possibilidade da atuação. Deve-se também levar em
consideração que a pouca menção sobre a docência e o baixo incentivo podem ser a causa do pouco
interesse pela docência.
Portanto, concluímos que os resultados evidenciaram que a maioria dos acadêmicos do 1° ao
4° ano de Ciências Contábeis da Fecilcam não vê a docência como forma uma de atuação profissional
que queiram atuar.
REFERÊNCIAS
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GONÇALVES, J. A. M. A carreira das professoras do ensino primário. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2000.
HERNANDES, D. C. R; PELEIAS, I. R.; BARBALHO; V. F. O professor de contabilidade: habilidades e competências. In: PELEIAS, I. R. (Org.). Didática do ensino da contabilidade: aplicável a outros cursos superiores. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 62-119.
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______. O ensino da contabilidade. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 1996.
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MASETTO, M. (org.) Docência na universidade. Campinas: Papirus, 1998
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