5/11/2018 Camorim - slidepdf.com

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Camorim, o local esquecido pelo sistema de transportes do Rio de

Janeiro.

Vocês sabiam que existe na cidade do Rio de Janeiro, que receberá a final da Copa do

mundo de 2014 e será sede dos Jogos Olímpicos de 2016 um bairro que conta com apenas

três linhas de ônibus para o centro da Cidade?

Existe sim, esse bairro é o Camorim, sub-bairro de Jacarepaguá, espremido entre a

Curicica, Vargem Pequena e a “Nova Barra”.

Nosso bairro tem vocação residencial, já que possui nove condomínios, com cerca de

4500 apartamentos, outros cinco em construção, além das diversas ruas residenciais

existentes. Não podemos esquecer também das empresas que estão localizadas noCamorim, como o Laboratório Glaxo Smith Kline, a Cobra Tecnologia, empresa ligada ao

Banco do Brasil e o Projac, que emprega tantas pessoas. Ou seja, a demanda por transporte

é grande.

Acontece, que como citado anteriormente, nós, moradores do Camorim só podemos

contar com três linhas de ônibus para o centro da Cidade, onde grande parte da população

trabalha. E como são somente essas três linhas (348, 368 e 332), as mesmas vivem lotadas,

tendo que os passageiros, para conseguirem um lugar com o mínimo de conforto, mesmomorando perto do ponto final de duas linhas (as linha 348 e 368, Rio Centro x Castelo,

fazem ponto final no bairro), tenham que sair de casa mais cedo ou deslocar-se até o ponto

final do ônibus  – a viagem é longa, e com os engarrafamentos da Cidade de Deus, Linha

Amarela e Avenida Brasil, a mesma pode durar até 3 horas, e afinal, ninguém merece

chegar para trabalhar já cansado. Eu mesmo, por diversas vezes já deixei passar 2, 3, até

mesmo 4 ônibus para poder pegar um que possuísse um lugar para sentar, e eu pego o

ônibus no 3º ponto da linha.

Há cerca de 6 meses vi uma luz no fim do túnel, ao ver na Linha Amarela um ônibus

com a pintura de integração com o metrô com destino ao Rio Centro. Ledo engano. Esse

ônibus realmente existe, faz o trajeto Rio Centro x Del Castilho, onde os passageiros

poderão fazer a integração com o metrô, porém de forma inacreditável essa linha não

passa pela Estrada dos Bandeirantes, fazendo seu trajeto pela Avenida Salvador Allende,

onde não há nenhuma unidade habitacional no trecho que o ônibus percorre que justifique

esse trajeto.

Essa linha, 613 - Rio Centro x Del Castilho, me parece que foi criada apenas para

atender os moradores da “Nova Barra”. Concordo que a linha passe por lá, pois todos têm

direito de acesso ao transporte público, mas parece que esqueceram que as pessoas que

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moram ao longo de um trecho de cerca de 3 km da Estrada dos Bandeirantes têm esse

mesmo direito.

O que poderia ser feito para remediar isso? A solução pra mim é simples: Aumentar o

numero de linhas de ônibus que passem pela Estrada dos Bandeirantes com destino a zona

norte e ao centro da cidade, dando o direito de operar estas linhas a empresas diferentes

das que operam no bairro. Na verdade a empresa que opera, já que só uma nos oferece

esse transporte. Porém parece que existe uma briga entre o Grupo Redentor, proprietário

das empresas Redentor, Barra e Futuro, e por consequência opera as linhas que citei neste

texto (613, 348, 368 e 332) e a empresa Transportes Litoral, operadora da linha 240 -

Curicica x Del Castilho, que durante muito tempo fez parte do mesmo Grupo Redentor

supracitado. Segundo fontes, há um acordo entre as duas empresas supracitadas, onde a

Transportes Litoral teria o direito de operar uma linha com trajeto Praça XV x Curicica, via

Autódromo, mas não o faz em contrapartida a Viação Redentor não oferece a linha 613, jácitada neste documento, com seu trajeto pela Estrada dos Bandeirantes. Não pode o

orgulho de uma empresa de ônibus interferir no dia a dia da população que necessita e tem

direito de um transporte público de qualidade.

Aproveito o espaço neste texto para propor uma pequena alteração no trajeto da

linha 613, Rio Centro x Del Castilho, que auxiliaria muitos moradores do Camorim e não

afetaria os moradores da “Nova Barra”. No trajeto atual o ônibus contorna o Rio Centro,

segue pela Avenida Salvador Allende até um retorno distante cerca de 1,5 km, volta eacessa a Avenida Emb. Abelardo Bueno, conforme mostra a imagem abaixo:

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Neste trajeto o ônibus percorre uma distância de cerca de 3 km sem pegar um passageiro,

pois não há habitações tampouco empresas ao longo deste trecho.

No trajeto que proponho o ônibus seguiria pela Estrada dos Bandeirantes, atendendo a

grande população que mora ao longo dela, e depois seguiria pela Avenida Salvador Allende,

fazendo o retorno no entroncamento desta com a Avenida Emb. Abelardo Bueno, conforme

imagem a seguir:

Veja o número de condomínios e loteamentos (pela imagem do Google Maps chamados de

favelas, mas que na verdade não são) que seriam atendidos de forma direta se esta

alteração for executada.

Espero que este texto chegue às mãos das pessoas que administram o sistema de

transportes do Rio de Janeiro, pois do jeito que está logo teremos que sair de casa às 5 da

manhã para podermos ter um mínimo de conforto no trajeto de ida ao trabalho.