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CAMINHÕES DA BELLE AYR SUPERAM 8.000 HORAS Melhoria da Eficiência no Subsolo: UM DESAFIO DIGNO DE SER ENFRENTADO PÁ CAT 5130 COM MUITAS HORAS DE USO PEGA SEU ÚLTIMO CARVÃO Mulheres: um recurso inexplorado PARA A CRISE GLOBAL DE TALENTOS Una publicación de Caterpillar Global Mining 2010: NúMERO 7 Osisko Mining define metas agressivas para tornar-se a melhor FAZER AS COISAS DE MODO DIFERENTEE

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CAMINHÕES DA BELLE AYR SUPERAM

8.000 horas Melhoria da Eficiência no subsolo:

UM DEsaFIo DIGNo DE sEr ENFrENTaDo

PÁ CAT 5130 COM MUITAS HORAS DE USO PEGA SEU ÚLTIMO CARVÃO

Mulheres: um recurso inexplorado PARA A CRISE GLOBAL DE TALENTOS

Una publicación de Caterpillar Global Mining

2010: número 7

Osisko Mining define metas agressivas para tornar-se a melhor

FAZER AS COISAS DE MODO DIFERENTEE

c Cat Global Mining / Viewpoint / 2010: edição 7

Esta edição da Viewpoint tem assuntos para todo mundo: Desde conselhos práticos para baixar o custo por tonelada no difícil ambiente das minas subterrâneas até o adeus à pá-carregadeira Cat® 5130 que rendeu mais de 15 anos de serviço para uma mina de carvão.

Nosso artigo sobre minas apresenta a Osisko Mining Corporation, empresa que exemplifica o que queremos dizer com "minerar direito". Sua mina Canadian Malartic está em vias de se tornar a maior mina de ouro a céu aberto do Canadá – e bem no meio de uma comunidade. Graças à comunicação franca e honesta da Osisko com os moradores, não só eles estão aceitando a mina como alguns lhe dão boas-vindas de braços abertos. Os benefícios econômicos e as melhorias da infraestrutura de Malartic são tremendos. Assim como o potencial da mina. A Osisko está firmando parcerias com a Caterpillar e a revendedora Hewitt Equipment para dispor dos melhores equipamentos e das últimas tecnologias para poder se tornar uma das maiores produtoras de ouro do mundo.

Também mostramos a mina de carvão Belle Ayr, da Alpha Coal West, no Wyoming, EUA – onde uma frota de caminhões 797B vem acumulando mais de 8.000 horas de operação por ano, um índice de utilização impressionante, viabilizado em parte por boas práticas de manutenção e suporte da Wyoming Machinery, uma revendedora Cat.

Nossa reportagem setorial revela mulheres atuantes em todos os setores da indústria de mineração – uma técnica de manutenção, a diretora de uma instalação manufatureira, a proprietária de uma mina e uma futura mineira, que já está começando a pôr mãos à obra. À medida que enfrentamos o envelhecimento da força de trabalho e a necessidade cada vez maior de mão de obra especializada, o interesse na mineração demonstrado pelas mulheres é um grande sinal para o futuro.

O ano de 2010 trouxe novo alento ao compromisso da Caterpillar com o setor minerário. Renovamos nossa estratégia e, sob a liderança do novo CEO Doug Oberhelman, estamos investindo na linha atual e em novos produtos, modernizando nossas instalações e processos para fortalecer a qualidade e reduzir o tempo até o mercado.

Este setor é crítico para os nossos negócios, assim como para os seus. Prometemos fazer todo o possível para transformá-lo em sucesso para todos nós.

Chegamos ao fim de 2010 com bons resultados, a economia em recuperação e um aumento na demanda de produtos primários. É um momento de entusiasmo para quem está no setor da mineração.

Chris CurfmanPRESIDEnTE DE CATERPILLAR GLObAL MInInG

Tony Johnson, Editor. Jim Callahan, Australia; Matt Turner, Canada; Mary Wang, China; Martin Gill, CIS; David Mohr, Europe, Africa and the Middle East; John Bergin, Southeast Asia; Keith Malison, Latin America; Brad Beyer, United States; David rea, Large Mining Trucks; Mel Busch, Large Track-Type Tractors; randy aneloski, Large Wheel Loaders; Yon Chong / Chris Gehner, Underground Machines; Kent Clifton, Support; Ken Edwards, Safety & Sustainability; Tim siekmann, Product Support; Greg Gardner/Dan hellige/andy Trent, Global Accounts; renee Balaco/Charlie Zimmerman, Mining Marketing; roschelle McCoy, Technology; Converse Marketing, Publisher.

a Viewpoint é uma publicação da Mineração Global da Caterpillar, produtora de uma das linhas mais amplas de equipamento e tecnologia do setor de mineração. A Caterpillar atende à comunidade de mineração internacional por meio de sua vasta rede de revendedores e uma única divisão chamada Mineração Global da Caterpillar, com sede em Peoria, EUA, com outros escritórios ao redor do mundo.

CoNsElho EDITorIal:

Cat Global Mining / Viewpoint 1

FAZER AS COISAS DE MODO DIFEREnTE 6nOTÍCIAS DA CATERPILLAR 33

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Melhoria da Eficiência no Subsolo: UM DESAFIO DIGnO DE SER EnFREnTADO 2

OSISkO: PADRÃO DE REFERÊnCIA EM MInERAÇÃO RESPOnSÁVEL14

PÁ CAT 5130 COM MUITAS HORAS DE USO

PEGA SEU ÚLTIMO CARVÃO 32

Osisko Mining define metas agressivas

para tornar-se a melhor

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Apesar do ambiente difícil, os mineiros subterrâneos estão sempre atentos para novos métodos para melhorar o carregamento e o transporte, e reduzir o custo por tonelada.“Ao contrário de nossos colegas de superfície, que podem contemplar toda a mina ou usar o GPS para monitorar seu desempenho, nossas frotas aqui ficam efetivamente fora de vista”, diz Larry Widdifield, especialista em eficiência em subterrâneos da Caterpillar. “Avaliar o desempenho exige talento para extrair as informações sobre a frota e os operadores. Mas pode ser feito – e sem dúvida vale a pena.”

Carga e transporte consomem grande parte do custo por tonelada e sofrem a influência de uma série de fatores – tais como configuração da mina, aplicação, qualidade do produto e manutenção. Exceto pelo ambiente em que as máquinas trabalham, quase todos esses fatores podem ser administrados e aprimorados para baixar o custo. Até pequenas melhorias podem fazer um grande efeito.

“Gosto de coisas que sejam quase gratuitas e fáceis de implementar”, diz Widdifield. “Pequenas

alterações no trabalho contribuem para grandes benefícios. Coisas como eficiência do operador, tempos de ciclo e carga útil são as de maior impacto sobre o custo – e são fáceis de avaliar, modificar e administrar.”

AVALIAR AS OPERAÇÕES

“O único modo garantido de encontrar pontos a melhorar é observar o que você já esteja fazendo”, diz Widdifield. “É preciso enxergar onde você está antes de fazer qualquer mudança. Prestar atenção. Observar o que acontece à sua volta. Documentar os problemas que perceber e criar um plano de ação para fazer as melhorias.”

A meta é confirmar que se esteja obtendo o máximo do equipamento, definir e atingir novos padrões de referência para segurança, eficiência e rentabilidade; e balizar novas metas para aumentar o desempenho – tanto faz que seja mais uma caçamba ou mais um caminhão por turno.

Pontos a considerar:

• Dimensionamento e seleção de máquinas/sistemas. A pá-carregadeira é compatível com o caminhão? O LHD tem o tamanho certo para a tarefa?

• Densidade do material para seleção de carroceria e caçamba.

MeLHORiA dA eFiCiÊnCiA nO

SUBSOLO:

Minas subterrâneas são um dos ambientes mais difíceis para os

operadores e seus equipamentos. Muitas descem a grandes

profundidades sob condições rigorosas que prejudicam o

desempenho dos equipamentos. Até o processo de descer as

máquinas para trabalhar exige uma boa dose de logística e despesas.

UN DESAFÍO QUE VALE LA PENA ENFRENTAR

Cat Global Mining / Viewpoint 3Cat Global Mining / Viewpoint 3

• Técnicas de operação. Os operadores foram bem treinados? Eles estão trabalhando com eficiência?

• Projeto e manutenção da via de transporte.

• Metas/precisão da carga útil. Você sabe qual a carga útil do seu caminhão? A caçamba da pá-carregadeira está cheia?

• Detonação. O material foi detonado corretamente, para que os operadores possam encher a caçamba de uma só vez em menos de 12 segundos?

• Velocidade. Os caminhões trafegam com toda a rapidez possível?

Realizar um estudo da produção

O estudo da produção é uma das formas de avaliar as operações. Esse tipo de estudo avalia:

• Carregamento – Tempo entre o primeiro contato da caçamba com a pilha até quando o operador da máquina engata a ré

• Transporte – Percurso entre a zona de carga e a de descarga

• Descarga – Tempo para despejar toda a carga

• Retorno – Percurso entre a zona de descarga de volta para novo carregamento

• Tempo total – Soma de todos os anteriores (um ciclo completo)

“ Entre na mina e faça um estudo da produção de uma a duas horas”, sugere Widdifield.

“ Tanto faz sentar-se em uma pedra com um cronômetro na mão, acompanhar o operador em seu caminhão ou usar tecnologia para avaliar o desempenho. O estudo da produção em sua operação lhe dará as toneladas por hora no ambiente real.”

O desempenho sofre influências do operador e da máquina. O tempo pode decorrer do treinamento do operador, sua estratégia junto à pilha de cascalho ou uma característica diferente de sua pá-carregadeira. A descarga vai depender do modo como ele chega com o caminhão, da colocação da carga ou da compatibilidade entre caminhão e carregadeira. Os tempos que dependem da máquina resultam da aceleração da carregadeira e da compatibilidade entre os sistemas hidráulico e de transmissão.

“Agora, podemos nos concentrar onde aplicar melhorias”, diz Widdfield. “Podemos trabalhar no treinamento ou na seleção das máquinas.”

A Caterpillar desenvolveu padrões de referência práticos com cujos dados as minas subterrâneas podem obter o máximo dos seus equipamentos Cat e a necessária orientação para avaliar projetos e esquemas de manutenção das vias de transporte que sejam compatíveis com as práticas consagradas do setor.

Damos abaixo uma síntese de alto nível deste processo; para obter uma cópia de "A Reference Guide to Mining Machine Applications", entre em contato com seu revendedor e indique o número de publicação AEXQ0030-02.

OTIMIZAR O DESEMPENHO DOS CAMINHÕES EM MINAS SUBTERRÂNEAS

O tempo de troca dos caminhões é vital para melhorar o desempenho do transporte subterrâneo. Trata-se do tempo transcorrido desde quando um caminhão carregado recebe sua última pá de carga até quando o próximo recebe a primeira. Obviamente, quanto menor este ciclo, maior a oportunidade de aumentar o número de ciclos por turno. O objetivo das melhores práticas é de 42 segundos por ciclo. É importante que o porte dos caminhões da frota seja compatível com o da carregadeira, garantindo rendimento máximo na atividade.

“Não se esqueça de que sua frota é tão rápida quanto o caminhão mais lento", diz Widdifield. "Não faz diferença se você está com um caminhão novo ou um operador mais treinado. O veículo mais lento de todos é aquele atrás do qual o resto da frota ficará esperando. É bom cuidar também para que a carregadeira trabalhe em uma frota de caminhões compatível, para não ficar parada, esperando o próximo chegar.”

Providencie o posicionamento devido

• Faça com que o operador da pá-carregadeira aviste o caminhão.

• Cuide para que o caminhão não precise dar a volta depois de carregado.

• Posicione o caminhão longe de serviços aéreos.

• Coloque-o visando acelerar o tempo do ciclo (pás-carregadeiras trabalham melhor vendo o caminhão em ângulo de 45 graus)

• Mantenha os pneus traseiros longe de pedras soltas e fora de depressões.

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Providencie a correta colocação e organização da carga útil

A boa colocação da carga é importante na melhoria das operações subterrâneas. A carga deve ficar centralizada quanto aos pistões de elevação ou sobre a seta da carroceria, assim como em relação à linha de centro desta última. Deixe uma borda livre suficiente para evitar derramamentos das laterais pelos cantos e da traseira do veículo nas rampas.

Determine sua carga útil com base na especificação recomendada pelo fabricante para a distribuição do peso entre os eixos dianteiro e traseiro. Determine uma rotina de depositar a primeira caçamba atrás, depois na frente e então no centro. E fique atento ao que não sair no despejo. “Não faz sentido documentar que um caminhão levou 40 toneladas se ele voltar com 5 agarradas nos cantos”, diz Widdifield.

A Caterpillar identificou uma política ideal de gerenciamento da carga, chamada 10/10/20. De acordo com ela, “no máximo 10% das cargas úteis poderão ultrapassar 1,1 vez a carga útil alvo para o caminhão, e nenhuma delas poderá ultrapassar 1,2 vez a carga máxima visada.”

“Outra forma de interpretar é que não mais de 10% das cargas ultrapasse em 10% a carga útil alvo e nenhuma delas ultrapasse em 20%”, explica Widdifield.

“A correta administração das cargas úteis não é só importante para a integridade do equipamento; também contribui para a saúde e a segurança dos funcionários”, diz ele. “Por isso, é importante manter a regra dos 10/10/20. Ao ultrapassar a carga útil alvo em mais de 20%, passa-se dos limites de manobra e frenagem certificados para o caminhão.”

Avaliação de um ponto de carregamento por calha

Certas minas subterrâneas instalam calhas com o intuito de carregar mais depressa os caminhões. É importante dispor de áreas adequadas para entrada e saída, e dar ao operador meios de controlar a calha. “Se ele tiver de sair do caminhão, subir um lance de escadas e ativar a calha, estará perdendo um tempo precioso”, diz Widdifield.

Dentre as condições favoráveis para uma calha, o solo deve ser nivelado, estável e com acesso inferior facilitado.

O tamanho da calha e a descarga devem corresponder ao tamanho do caminhão, reduzindo-se ao máximo a altura da queda. O material deve ser bem despejado. São condições desfavoráveis:

pavimento desigual e cheio de resíduos; controle insatisfatório da alimentação e acesso apertado.

“Verifique se o caminhão tem folga adequada na entrada e embaixo da calha”, diz Wittifield. “A saída deve dar ao operador boa visibilidade do tráfego que chega. O operador também deve ser capaz de ver sua carga útil.”

Analise a área de descarga

O vazadouro é um lugar onde os caminhões podem perder um tempo valioso. "Lembre-se, caminhões não gostam de ficar esperando enquanto a caçamba esvazia ou o sujeito da britadeira se livra de um pedregulho maior", destaca Wittifield. "Não perca tempo em engarrafamentos. Distribua sua frota pela mina toda. Mande mais caminhões para a carregadeira mais distante."

OTIMIZAR O DESEMPENHO DA CARREGADEIRA LHD

O tempo de ciclo ideal para carregadeiras LHD é de 28 a 42 segundos, com média de 35 segundos. Entre máquinas de porte compatível, o carregamento mais eficiente exige três a quatro passagens.

Avalie a técnica do operador

A Caterpillar recomenda observar se os operadores de pá-carregadeira seguem a técnica apropriada:

• Chegar à pilha de frente, com a base da caçamba paralela ao ponto de captação.

• Manter o chassi reto durante a cavação.

• Levantar um pouco a caçamba para acumular o material.

• Manter os braços elevados na horizontal quando a caçamba encher.

• Permanecer na face por no máximo 12 segundos.

• Operar a máquina em primeira marcha e rotação acelerada.

• Manter os devidos ajustes para entornar a caçamba.

• Reduzir ao mínimo os derramamentos.

• Manter o solo limpo e liso; quando necessário, desimpedir o piso ao se aproximar da face, fazendo o mínimo de contato com o solo.

A caçamba deve estar sempre equipada com Ferramentas de Penetração no Solo (FPS) compatíveis com o material a ser cavado. Jamais utilizar FPS gasta ou com bordas cortantes desguarnecidas.

“ O excesso de carga reduz a vida útil dos componentes e pneus da máquina, podendo alterar o centro de gravidade do veículo e criando o risco de tombar.”

–larry widdifield, caterpillar

Providencie condições ideais no canteiro

As LHDs trabalham melhor em locais com o piso nivelado, seco, liso e firme. Sulcos transversais e escoamento suficiente reduzem o ataque aos pneus. Outras considerações contemplam materiais bem fragmentados que reduzem o tempo de adensamento, principalmente na região dos dedos do corte; um perfil de face mais baixo e a capacidade de trabalhar com várias faces. As LHDs não trabalham bem em condições de chão insatisfatórias, áreas de carga apertadas e ao movimentar material mal despejado.

AVALIAR AS ESTRADAS DE TRANSPORTE

As estradas de transporte exercem profunda influência sobre o desempenho das máquinas subterrâneas – e são o local onde pequenas melhorias podem surtir grande efeito sobre o tempo de ciclo. Os três maiores fatores no projeto de estradas de transporte subterrâneas são a qualidade do material, o projeto e a manutenção. O aclive deve ser suave e constante, com mínima resistência à rodagem.

A resistência à rodagem afeta a produtividade porque não permite que o equipamento viaje com a velocidade ideal para o máximo de produtividade. A tabela abaixo mostra como o aumento na penetração dos pneus pode aumentar a resistência à rodagem:

Resistência à Rodagem

• Estrada firme e bem conservada 1,5%

• Estrada bem conservada com flex 3%

• 0,25 mm/1 em penetração dos pneus 4%

• 50 mm/2 em penetração dos pneus 5%

• 100 mm/4 em penetração dos pneus 8%

• 200 mm/8 em penetração dos pneus 14%

“Cada aumento na resistência à rodagem tem efeito direto sobre a velocidade da viagem”, diz Widdifield. “Às vezes, a resistência à rodagem causa uma variação na carga sobre o motor. Assim, além de não se conseguir a velocidade desejada, também se desgasta a transmissão.”

CUMPRIR AS MELHORES PRÁTICAS

Melhorar a eficiência do carregamento e do transporte é a maneira mais fácil de baixar o custo por tonelada. Cumprindo-se as melhores práticas para o desempenho do operador, os tempos de ciclo e a carga útil – e garantindo-se a qualidade do projeto e da conservação das estradas de transporte – as minas subterrâneas podem registrar maior rentabilidade.

“Os desafios com que nos defrontamos são grandes”, diz Widdifield. “Mas não usamos isso como desculpa para nos acomodarmos e deixarmos de buscar o aprimoramento. As condições da sua operação determinam seus custos e afetam sua produtividade. Identifique os problemas certos e trabalhe para resolvê-los. Há muito ganho importante a ser realizado com muito pouco investimento.”

PROJETO E MANUTENÇÃO DA VIA DE TRANSPORTE

COnSIDERAÇÕES DE PROJETO: DECLIVIDADE

• Mantenha aclives e transições suaves

• Mantenha a porcentagem constante

• Lembre-se de que um aclive nominal de 15% com rampas de 18% pode impedir o caminhão de trocar de marcha.

COnSIDERAÇÕES DE PROJETO: InCLInAÇÃO TRAnSVERSAL SIMPLES

• Lances horizontais

- Aplique o mínimo de inclinação para manter a drenagem

- Evite áreas onde se exija escoamento transversal; pode ser preciso fazer um pequeno buraco

- Use caimento transversal constante somente quando as condições forem extremamente secas

• Aclives

- Exigência mínima de inclinação transversal

COnSIDERAÇÕES DE MAnUTEnÇÃO

• Comece na face, acabe no vazadouro

• O caminhão deve andar em velocidade adequada e constante

• Onde os caminhões reduzirem a marcha, avalie a causa e faça os consertos

• Remova e conserte trechos molhados/fofos

Cat Global Mining / Viewpoint 5

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FaZEr as CoIsas DE MoDo DIFErENTE osisko MiNiNG DEFiNE METAs AGREssiVAs PARA ToRNAR-sE A MELHoR

Cat Global Mining / Viewpoint 7

Maior. Melhor. Diferente. Desde o início, os incorporadores da mina Canadian Malartic, no Quebec, Canadá, vislumbravam metas agressivas. E quando a Osisko Mining Corporation começar a produzir ouro, em meados de 2011, não haverá muita dúvida no setor quanto ao sucesso que a empresa atingirá.

“A indústria da mineração tende a ser conservadora”, diz o Gerente da Mina François Vézina. “Nós não. Nossa meta é possuir o melhor de tudo. Temos a mentalidade aberta e firmamos este ponto por vários motivos: queremos reduzir nosso impacto ambiental. E queremos ter as melhores e mais eficientes operações possíveis.”

A lavra em construção será a maior mina de ouro a céu aberto do Canadá. Com depósitos de quase 9 milhões de onças de ouro e o objetivo de produzir 600.000 por ano durante mais de 12 anos, o cenário está formado para transformar a Osisko em uma das maiores produtoras do mundo.

“ estamos determinados a transformar a Osisko em uma produtora de ouro especial”, diz o Presidente e CeO da empresa, Sean Roosen. “e estamos no caminho de fazer do sonho realidade. Conseguimos criar um novo modelo geológico e agora estamos evoluindo a empresa de exploradora para mineradora.”

FORMAÇÃO DE PARCERIAS

A Canadian Malartic tem a vantagem de estar em uma das regiões auríferas mais ricas da América do Norte. E embora a geologia em si venha a ter grande influência sobre o sucesso da mina, a estratégia a ser usada no desenvolvimento desta lavra será fator de grande importância.

FaZEr as CoIsas DE MoDo DIFErENTE osisko MiNiNG DEFiNE METAs AGREssiVAs PARA ToRNAR-sE A MELHoR

Quando a mina Canadian Malartic da Osisko começar a produzir ouro, em meados de 2011, será a maior mina

aurífera a céu aberto do Canadá e fará da empresa uma das principais

produtoras mundiais do metal.

“Sempre nos orgulhamos de ser progressistas em termos de integrar a mineração com a comunidade e de tomar a dianteira no início de um projeto”, diz Roosen. “Damos muito valor a isso logo nos primeiros momentos. Trata-se de uma parceria entre a comunidade, nossos fornecedores, nossos funcionários e nossa empresa. Estamos todos juntos nesta campanha – e, juntos, todos venceremos.”

O projeto é um dos de maior sensibilidade social na história da mineração canadense, dada sua localização no centro da comunidade de Malartic. Porém, trazer os moradores para o nosso meio com uma estratégia de parceria tem sido vital para o seu rápido sucesso. “Fomos de porta em porta e dissemos às pessoas que, se quisessem este projeto, teriam de nos ajudar a lutar por ele”, disse Roosen na ocasião. “E eles ajudaram.”

Além do apoio da comunidade, a Osisko tornou prioritária a atração de investidores, fornecedores, empreiteiros e sócios dispostos a trabalhar em conjunto tendo como objetivo o sucesso da Canadian Malartic.

A seleção das empreiteiras não se deu por concorrência entre elas, mas com base no que cada uma poderia trazer para a parceria, disse Denis Cimon, Gerente Geral da Canadian Malartic. “Todos os nossos fornecedores são desta região e as propostas não concorreram entre si. Sabemos o que queremos. Conhecemos as empreiteiras e fornecedoras. Fizemos a seleção com base em sua experiência e repartimos o bolo.”

Duas dessas parceiras, a Caterpillar Inc. e a Hewitt Equipment Ltd., revendedora Cat da região, fornecem a maioria dos equipamentos pesados do empreendimento e as mais avançadas tecnologias de mineração, além de suporte técnico, manutenção e treinamento de operadores.

“Estamos em constante comunicação”, diz Vézina. “Falamos de serviço, vendas, segurança, peças e opções de

equipamentos. Estamos desenvolvendo a confiança entre nós.”

A Hewitt começou a trabalhar com a Osisko muito antes de a empresa adquirir o seu primeiro equipamento. “Conhecíamos alguns dos principais elementos de seus outros projetos”, disse William Harvey, Gerente de Mineração da Hewitt para o projeto da Canadian Malartic. “E quando soubemos que eles estavam desenvolvendo este projeto, começamos a trabalhar junto com o grupo da Osisko em diferentes configurações de frotas e requisitos de financiamento.”

George Moubayed, Gerente de Mineração da Caterpillar, também participou das discussões

iniciais. “investimos muitas horas de trabalho e realizamos simulações. Usamos o programa Cat® Fleet

Production and Cost Analysis (FPC) para determinar as necessidades de frota e prever a produtividade a longo prazo e os custos com equipamentos. na ocasião, ainda nem sabíamos se eles iam comprar equipamento da Cat."

Essas fortes parcerias refletem os valores corporativos da Osisko. “Dedicamo-nos a criar bons relacionamentos”, diz Hélène Thibault, Diretora de Comunicações da Osisko. “Obviamente, existem os fatores legais, contratos a assinar e garantias a fazer. Mas o maior seguro de um contrato é o nome da empresa.”

Problemas são uma parte normal das operações, diz Cimon. “Se os caminhões não trabalham, estamos encrencados”, diz ele. “Mas problemas com equipamentos prejudicam a Caterpillar e a Hewitt também. É o nome da Cat que está nos caminhões e a Hewitt é a responsável pelo desempenho deles. Sabemos que eles se importam com o funcionamento do equipamento. Claro, o objetivo de todos é ganhar dinheiro. Mas, acima disto, temos um bom relacionamento. Enfrentamos os problemas juntos, como um grupo. Todo mundo sai ganhando.“

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Ao adquirir o opcional de Levantamento Alto Estendido para sua nova pá-carregadeira de rodas Cat® 994F, a Osisko aumentará a eficiência da máquina no carregamento de seus caminhões 793F, graças ao acréscimo de 1.075 mm (42 polegadas) na altura livre de descarga.

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ATENÇÃO NA PRODUTIVIDADE

Além da determinação da Osisko de trazer boas coisas para as pessoas de Malartic e reduzir seu impacto ambiental no lugar, a empresa também se dedica a ser uma das minas mais produtivas do mundo. E uma das formas para consegui-lo é dispor dos equipamentos e das tecnologias de mineração mais avançados que existem.

“ novas técnicas, novos equipamentos, novos instrumentos, melhores métodos de mineração – procuramos de todo jeito alcançar o máximo de produtividade”, diz Paul Johnson, Gerente Geral de Serviços Técnicos.

“ esta mina vai movimentar 200.000 toneladas por dia. Precisamos dos melhores equipamentos do mercado e queremos sofisticar a tecnologia para usá-los da maneira mais eficiente possível.”

Esta é uma das razões por que a Canadian Malartic trabalhará com uma frota de até 26 caminhões de mineração Cat 793F, a quinta geração da família 793, de 227 toneladas métricas (250 toneladas curtas). Esta lavra é a primeira do mundo a usar caminhões da Série F na produção. “O motor é melhor, tem mais potência e trabalha com mais eficiência”, diz Vézina. O 793F vem equipado com um motor diesel Cat C175-16 de 16 cilindros, que atende aos requisitos de emissão de Nível 2 do Órgão de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), acompanhado de um kit silenciador opcional para reduzir o ruído externo.

A Osisko também é a primeira a adquirir o opcional de Levantamento Alto Estendido (EHL) para a pá-carregadeira de rodas Cat 994F, com o qual a máquina pode aumentar sua eficiência no carregamento do 793. A articulação EHL acrescenta 736 mm (29 polegadas) à altura livre de descarga comparada à do sistema de levantamento tradicional. Para reduzir os tempos de ciclo, o operador pode sair com a 994F de marcha à ré,

A Canadian Malartic aproveitará a tecnologia Cat MineStar™ a fim de determinar para onde devem ir os caminhões e quanto material devem carregar. Será possível controlar as frotas à distância, pois os dados são retransmitidos para uma sala de controle central. Graças a um monitor com tela de toque, os operadores contam com um sistema de navegação interno. O MineStar também se integra com outros produtos de tecnologia da propriedade.

1/ Um controlador usa o sistema MineStar para administrar as operações na mina da Canadian Malartic.

2/ O MineStar exibe em tempo real informações de produtividade para o operador na tela da cabine, como se vê no 793F (acima) e no 994F (à direita).

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afastando-se do caminhão sem inclinar a caçamba para trás. O levantamento adicional também permite que o operador faça o último despejo sem empurrar o material.

“Gostamos de mudar o jeito de fazer as coisas e gostamos de ser os primeiros”, diz Vézina. “Estávamos procurando os equipamentos mais produtivos do mercado e acreditamos tê-los encontrado. Também queríamos uma solução integrada para os nossos equipamentos, no que tivemos êxito pela parceria com a Hewitt e a Caterpillar.”

Harvey acredita que o enfoque da Osisko na integração será fundamental para o sucesso da mina. “Esta é uma solução genuinamente integrada”, diz ele. “Carregamento, transporte, energia, caminhões elevadores, locações, tecnologias – com a Caterpillar conseguimos fazer de tudo. Até a Cat Financial entrou no projeto, liberando financiamentos. Conseguimos centralizar e oferecer uma solução completa.”

Através desse programa de financiamento estruturado, a Cat Financial oferece soluções personalizadas que vão desde o leasing e o financiamento do projeto até o financiamento estruturado especializado com ênfase em minas de pequeno porte ou em fase inicial. O grupo concentra-se em projetos novos ou de expansão em que as decisões sobre crédito baseiam-se no futuro fluxo de caixa projetado para o negócio. O programa de financiamento estruturado providenciou um leasing estruturado de US$ 83 milhões para a Osisko.

TECNOLOGIA ALAVANCADA

Além de optar pelos equipamentos mais produtivos que conseguiu encontrar, a Osisko lança mão de uma série de tecnologias de última geração para aumentar a produtividade. Por exemplo: a frota de mineração da Canadian Malartic – caminhões de transporte, pás eletro-hidráulicas, brocas, niveladoras e buldôzeres – será a primeira em Quebec a ser equipada com o MineStar. O MineStar determina para onde os caminhões devem ir e quanto material devem carregar durante o dia. Uma vez que a tecnologia rastreia materiais, o minério contendo ouro e o material improdutivo vão para o lugar certo. O aumento da produção traz outra vantagem: A alocação dos caminhões ganha precisão e uniformidade, considerando eventos subsequentes que a mente humana não é capaz de perceber.

“O MineStar agrega outros recursos que aprimoram as operações de mineração em geral”, diz Brent

Deener, Gerente de Marketing de Tecnologia de Mineração da Cat, que trabalhou com a Osisko na seleção das tecnologias dos seus equipamentos. “O sistema recebe dados recolhidos das máquinas no campo, dos controles de minério existentes e das informações de identificação dos materiais e os vincula a sistemas locais de gestão empresarial do trabalho.”

Cimon acredita que esta tecnologia seja necessária para a Osisko atingir suas agressivas metas de produção. “Uma operação deste porte precisa de sincronia”, diz ele. “E a única maneira de consegui-la é com tecnologia. Achamos que o MineStar é uma das melhores tecnologias que poderíamos ter comprado. Agora, estamos desafiando a Hewitt e a Caterpillar a nos ajudar a chegar ao próximo nível e descobrir como usar esses dados para aumentar a rentabilidade.”

A Osisko também selecionou o Sistema Cat de Terraplenagem por Computador (CAES), que usa tecnologia de satélite, componentes instalados na máquina, uma rede de rádio e software de controle no escritório, e gera informações de produtividade em tempo real para os operadores em um monitor na cabine.

“O CAES dá aos operadores os dados de que precisam para melhorar o rendimento da máquina”, diz Deener. O sistema monitora jazidas minerais, a altura do leito, o volume de material cortado e aterrado, e os tempos dos ciclos. Ele pode ser usado em diferentes máquinas e dezenas de aplicações.

A Osisko aproveitará o CAES em seus tratores de esteiras Cat D10 para melhorar o controle do nivelamento durante a construção de estradas e leitos de constituição da lavra, construindo bermas, despejos etc.

“Eles também aproveitarão essa tecnologia Cat nas pás”, diz Deener. “O CAES permitirá a elevação do leito, além de identificar automaticamente o tipo e a qualidade do material sendo carregado. Essas informações permitem que o MineStar mande o caminhão para o lugar certo.”

As brocas da Canadian Malartic também aproveitarão as tecnologias da Cat. O sistema Cat AQUILA Drill usa dados de alta precisão do GPS para direcionar a execução dos padrões de perfuração. O sistema oferece relatórios sobre a produtividade de máquinas e operadores, e permite a supervisão remota e em tempo real da atividade de perfuração e da programação de detonação. Ele também registra e mede os parâmetros da broca, otimizando a utilização da máquina.

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1/ A Osisko construiu uma avançada oficina de manutenção e reparos para atender sua frota de equipamentos na mina Canadian Malartic.

2/ Um trator de esteiras Cat D10T prepara a lavra para começar a produção em meados de 2011.

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Além de aumentar a eficiência, a perfuração precisa ganha importância especial dada a proximidade entre a mina e a cidade.

“Eles precisam calibrar suas detonações para fragmentação máxima da rocha com o mínimo de efeitos de vibração na cidade”, diz Deener. “Querem perfurar o suficiente para conseguir o que precisam – e mais nada. O AQUILA está ajudando a concretizar esse objetivo.”

A mina vem empregando o AQUILA em uma grande galeria transversal, assim como em várias perfurações articuladas menores da Cubex. Usar o AQUILA em perfurações da Cubes é uma nova aplicação – na verdade, a Osisko verificou o valor e decidiu adotar a tecnologia ainda durante a fase de pré-produção, disse Deener.

A empresa também se vale das últimas tecnologias para suas operações de usinas, acrescenta Cimon. “Existem duas usinas deste porte na América do Norte – uma no México e a nossa”, diz ele. “Vamos produzir 55.000 toneladas métricas (60.627 toneladas curtas) por dia. Para viabilizá-las, precisamos das melhores tecnologias.”

Como benefício extra do uso das tecnologias, há a redução da mão de obra necessária para operar a mina. “É outra maneira de trabalhar”, diz Cimon. “Ainda precisa de pessoas, mas elas trabalham com mais eficiência e têm maior especialização. Isso nos ajuda a produzir mais.”

A Osisko tem metas agressivas de produção e espera crescer rapidamente assim que as operações começarem. Essas tecnologias contribuem para a eficiência e ajudam a cumprir tais metas, além de influir na redução dos custos mesmo quando há queda no preço dos produtos primários.

GARANTIA DE SUPORTE

Como parte de sua parceria, a Hewitt e a Caterpillar dão suporte aos equipamentos e ajudam a Osisko no aproveitamento de tecnologias para seu máximo benefício.

O suporte da Hewitt na Canadian Malartic virá basicamente da sua filial de Val d'Or, situada a apenas 32 quilômetros (20 milhas) de distância, com seu estoque de peças e componentes. A revendedora também manterá um Coordenador e um Gerente de Conta na mina. Embora a Osisko pretenda fazer a maior parte da assistência técnica e manutenção dos seus próprios equipamentos, a Hewitt e a Osisko têm um contrato de atendimento para determinados tipos de mão de obra e a execução da Coleta Programada de Amostra de Óleo (SOS), um método de avaliação dos óleos

MONTAGEM DOS EQUIPAMENTOS

A parceria revendedor-cliente é tão harmoniosa que a Hewitt Equipment Ltd. tem suas próprias instalações na propriedade da Osisko na Canadian Malartic. A Osisko construiu uma base exclusiva para a montagem dos caminhões, das pás-carregadeiras e das pás.

A instalação dá exemplo genuíno das melhores práticas, diz William Harvey, da Hewitt. “Fica na propriedade da Osisko”, diz ele. “Mas nosso chefe de oficina tem autoridade a partir daquele portão.

A vantagem número um está em saúde e segurança, mantendo a montagem isolada da construção do

complexo minerário. Durante a montagem, temos de quatro a seis pessoas trabalhando no equipamento: quatro soldadores, um operador de guindaste, um instalador de pneus, uma equipe de combate a incêndio e um grupo de lubrificadores. Pedimos a um dos nossos fornecedores para construir instalações na base para soldagem das carrocerias. Lá, nós mantemos nossos técnicos, nossas ferramentas, nosso refeitório e nossos escritórios.”

Isto também é bom para a Osisko, pois se trata de uma solução completa e acabada, diz George Moubayed, da Caterpillar. “Eles passaram toda a responsabilidade para a Hewitt e não precisam fornecer mão de obra.”

do motor e do sistema hidráulico e de transmissão, que pesquisa indícios precoces de deterioração. Quando a lavra estiver em produção e o equipamento trabalhando em regime ininterrupto, a Harvey espera que o relacionamento se intensifique.

“Trabalharemos juntos com a Caterpillar no suporte aos produtos de tecnologia da mina”, diz ele. “A Hewitt vem participando do processo de instalação e implantação, e nós seremos o principal elemento de contato.”

Outros recursos derivam da Rede de Apoio aos Revendedores Cat e de subsídios locais oferecidos pela Caterpillar. A Caterpillar e a Hewitt igualmente apoiarão os esforços da mina para integrar as tecnologias Cat em todos os equipamentos lá existentes. Por exemplo, a mina gostaria de colher dados de seus equipamentos de outras marcas e colocá-los em circulação através do sistema MineStar.

VISÃO DO FUTURO

As atenções da Canadian Malartic estão agora voltadas para a conclusão das obras locais e na contratação dos funcionários de que vai precisar, treinando-os a tempo de começar o trabalho no segundo trimestre de 2011. Quando a produção iniciar e a Osisko começar a registrar lucros, a exploração se intensificará, visando aumentar o volume de ouro obtido. “Continuamos a explorar”, diz Cimon. “Estamos investindo US$ 400 milhões apenas na usina. Gostaríamos de manter a usina ocupada durante 25 anos, se possível.”

Os parceiros da Osisko estão entusiasmados com as possibilidades. “Este é um dos maiores projetos de que já participei”, diz Jim Hewitt, Presidente e CEO da Hewitt Equipment. “As pessoas no comando desta empresa e deste projeto sabem o que estão fazendo. Elas são especialistas em seus campos e escolheram o que acreditamos ser a melhor frota de equipamentos do setor. Temos orgulho de nossa parceria e do excelente relacionamento com eles.”

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osisko: PaDrÃo DE rEFErÊNCIa EM MINEraÇÃo rEsPoNsÁVEl

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Desenvolvimento sustentável. Duas palavras que expressam valores diferentes para diferentes entidades. Para a mina Canadian Malartic, da Osisko Mining Corporation, significam uma série de atitudes, medidas, ideias e detalhes que ajudaram a criar o projeto em uma harmonia entre a questão econômica, o meio ambiente e os aspectos sociais e comunitários.

Agora que a Osisko começa a contagem regressiva para a primeira fundição de ouro em 2011, ela está mais determinada do que nunca a trabalhar com a comunidade e fazer da mina Canadian Malartic um novo padrão de referência em termos de mineração responsável.

COMUNICAÇÃO ABERTA

Os incorporadores da mina Canadian Malartic têm conselhos importantes para mineradoras que cogitem criar uma mina no meio de uma cidade: Comunicar-se. Conversar com todos – com frequência, franqueza e honestidade. Continuar a fazê-lo.

Os incorporadores da Canadian Malartic são os primeiros a admitir os muitos desafios que enfrentaram ao começar as obras desta enorme mina de ouro a céu aberto em Quebec, no Canadá – bem no meio da cidade de Malartic. Eles nunca esconderam nenhum dos desafios de seus parceiros comerciais, dos fornecedores, das pessoas de Malartic ou da imprensa.

“ O setor da mineração goza de má reputação”, diz François Vézina, gerente da mina. “nosso objetivo é mudar este quadro.”

A campanha começou com o slogan da empresa: Uma Perspectiva Diferente da Mineração. "Esta mina, em si, é muito diferente e exige outra perspectiva", diz Denis Cimon, gerente geral da Canadian Malartic. A mineração está presente na região de Malartic há 80 anos. E naquela época, as mineradoras não atentavam para melhores práticas. Quisemos mudar a imagem da mineração aqui."

O maior fator de diferenciação da Osisko é, obviamente, sua localização: no seio da comunidade. De fato, é devido a esse desafio que tudo o mais relativo à Osisko foi tratado de modo um tanto diferente.

"Quando esta mina estava no começo, a liderança começou a se comunicar com o público", diz Hélène Thibault, Diretora de Comunicações da Osisko. "Sabíamos que conquistar o apoio da comunidade para este projeto seria o mais importante para garantir o seu êxito. A mineração hoje é diferente do que existia há cinco, dez ou quinze anos. Agora, as pessoas têm expectativas que temos de administrar. Precisamos iniciar com eles, garantido que suas

esquerda/ Uma "muralha verde" com 15 metros (49 pés) de altura reduzirá o ruído e o impacto visual das operações de mineração na Canadian Malartic, situada no coração da comunidade de Malartic.

expectativas sejam justas e não ultrapassem aquilo que podemos fazer. Explicamos onde nós estamos e mostramos os desafios. Estamos todos juntos nisso."

A criação de um Grupo Consultivo Comunitário ajuda a Osisko a ouvir os problemas dos residentes e agir em conformidade. O Centro de Relações Comunitárias, localizado no coração de Malartic, abriu suas portas em março de 2008 visando facilitar a interação entre residentes e representantes da Osisko.

Dentre outras atividades de comunicação, incluem-se apresentações públicas e visitações, em que os residentes são convidados a conhecer a lavra e ver o andamento por si mesmos. A primeira visitação atraiu 400 pessoas, a segunda, mais de 1.400 e o evento mais recente atraiu 2.400 residentes – número expressivo, considerando que a população de Malartic não passa de 3.000 moradores.

Uma mina a céu aberto dessas dimensões – com a previsão de produzir 55.000 toneladas métricas (60.627 toneladas curtas) por dia em uma região cuja média fica em torno de 4.500 toneladas métricas (4.960 toneladas curtas) – às vezes torna-se incompreensível para os moradores. “Esta mina vai ser sete vezes maior que a maior de todas aqui da região”, diz Vézina. “Não há padrão de referência para algo tão gigantesco. Até os equipamentos

que usamos não se parecem em nada com a maioria do que essas pessoas já viram.”

“ desde o início, quisemos garantia de que a cidade nos aceitaria”, diz Thibault.

“ informamos e ouvimos; somos transparentes e honestos.”

E deu certo. Há alguns anos, o projeto mal saíra da prancheta. Com o apoio da comunidade, a Osisko rapidamente conseguiu a licença legal e social de que precisava para construir, e as obras avançaram com rapidez. No ano seguinte, o projeto já se tornara oficialmente a maior mina de ouro a céu aberto do Canadá.

COMO REALOCAR UM BAIRRO

As minas sempre afetam as comunidades ao seu redor. Mas não muitas são como a Osisko. Cerca de 15% das 1.600 residências ficam situadas em cima da velha mina, ou seja, a Osisko teve de demolir algumas casas e edifícios, e remover fisicamente mais de 140 para acessar o precioso minério embaixo delas.

O Grupo de Consulta Comunitária atuou em conjunto com um projetista urbano contratado para desenvolver um novo bairro. Os moradores foram entrevistados para definir onde gostariam de viver e o que gostariam de ver na nova comunidade. Os planos de realocação ficaram disponíveis no escritório de relações com a comunidade para quem quisesse vê-los. A colaboração entre os moradores, o conselho municipal e a Osisko foi crucial para o sucesso do reassentamento.

“Poderíamos ter simplesmente comprado suas casas, mas isso não teria sido sustentável”, diz Thibault.

“Assim, nós os realocamos. Saiu mais caro, mas valeu a pena. Se tivéssemos comprado e demolido as casas, as pessoas teriam se mudado para cidades vizinhas e comprado outras casas por lá. Em vez disso, eles ficaram em Malartic e a população está crescendo.”

As obras de infraestrutura do novo bairro na parte norte da cidade foram concluídas em dezembro de

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Além de reassentar mais de 140 casas, a Osisko investiu em cinco prédios novos para a comunidade de Malartic. As novas instalações farão o mais avançado uso de tecnologia verde, incluindo sistemas geotérmicos de aquecimento central.

1/ Centro comunitário e auditório

2/ Creche para 75 crianças

3/ Nova escola de educação fundamental

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2008; o reassentamento dos lares e a construção de cinco prédios institucionais foram concluídos em 2010.

“Construímos um bocado de infraestrutura”, diz Thibault. “E o bairro não foi apenas transferido – foi melhorado. A nova escola, por exemplo, dispõe das últimas tecnologias, sendo mais avançada do que muitas das escolas da província de Quebec. Ela conta com recursos que qualquer escola adoraria ter.”

Uma das metas do reassentamento foi aproveitar ao máximo os materiais de demolição. Uma quantidade considerável de portas, janelas e armários foi recuperada e vendida na própria localidade. Cerca de 4.500 toneladas métricas (4.960 toneladas curtas) de concreto recuperado estão sendo usadas como aterro durante a construção de um muro ecológico que separa a subdivisão da lavra. Mais de 95% dos materiais da demolição de uma das escolas e do centro comunitário foram reciclados, e todo o material de superfície das estradas foi recuperado e reutilizado durante a obra.

O Grupo de Consulta Comunitária informou que 85% da população afetada pelo reassentamento acha que isso trouxe uma ou mais melhorias para o seu ambiente residencial. No entanto, apesar de se poder considerá-lo bem sucedido, o reassentamento não foi fácil.

“Somos uma mineradora. Somos treinados para cavar a terra e tirar o ouro”, explica Thibault. “Ninguém tinha um manual de fazer reassentamentos, por isso tivemos de ir aprendendo na prática.”

COMO MAXIMIZAR O IMPACTO ECONÔMICO

Por que razão deveriam os moradores de uma pequena comunidade como Malartic acolher a mina que literalmente tomara deles sua cidadezinha? A economia foi a grande razão. Antes de a Osisko chegar à cidade, Malartic estava em meio a uma depressão econômica, com índices de desemprego acima de 40%.

“O lugar estava cheio de gente que já trabalhara em outras minas, como na rica região de mineração de Abitibi, mas já não havia mina alguma desde meados dos anos 90”, diz Vézina. “A população tinha declinado e uma porção de pequenas empresas fechara.”

Graças à construção da nova mina, o desemprego caiu para cerca de 15% e pode baixar ainda mais, quando a Osisko começar a produzir o minério e atingir seu objetivo de recrutar 75% do quadro em Malartic e em cidades vizinhas.

Mais de 1.000 pessoas vêm trabalhando todos os dias durante a fase de construção, diz Cimon, e a Osisko continua recrutando para as operações da mina. Em junho de 2009, a empresa patrocinou um "dia das profissões" para os moradores da região, atendendo principalmente aos de Malartic. Foram realizadas mais de 400 entrevistas e a Osisko formou um banco de candidatos com mais de 15.000 inscrições. O simples volume de interessados dá prova do grande interesse despertado pelo projeto, diz Cimon.

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A nova subdivisão conta com novas estradas, calçadas, um campo de golfe aperfeiçoado e outras obras de infraestrutura. nela existem 160 casas/prédios de apartamentos, uma avançada escola fundamental, um prédio para educação de adultos, um centro comunitário, uma creche, 20 conjuntos habitacionais de baixa locação e uma unidade de atendimento prolongado. A Osisko prevê despesas superiores a US$ 130 milhões para todo o reassentamento.

Já está em curso o treinamento dos recém-contratados operadores de equipamentos pesados, funcionários de saúde e segurança, e mineiros. A Hewitt Equipment Limited, revendedora Cat com sede em Montreal e com uma filial na vizinha Val d'Or, vem ministrando o treinamento aos operadores. A Caterpillar também enviou treinadores, assim como simuladores Cat Virtual Training.

“Um dos operadores de pá trabalhou em regime de ponte aérea numa mina distante, sendo um dos mais experientes do ramo”, diz William Harvey, Gerente de Mineração da Hewitt. “Também há gente nova, que trabalhava na mercearia local e agora quer fazer carreira na mineração. Esses funcionários têm a condição de trabalhar em equipamentos novos e avançados, numa grande mina, e ainda voltar para casa toda noite.”

A Osisko avalia que o projeto trará mais de 3.300 novos empregos para a região – 908 vagas por ano na fase de construção e mais 400 em cada ano de mineração. Essas posições serão sustentadas por investimentos de US$ 165 milhões por ano, incluindo 300 postos anuais junto a fornecedores da região.

Além do aumento do nível de emprego, a política de “compra local” da Osisko vem influenciando os negócios da região. Muitas firmas de pequeno e médio porte de Malartic participam diretamente do projeto da construção. Além de aproveitarem a imediata vantagem econômica dessa obra, elas também conseguiram desenvolver capacitações específicas nos ramos de mineração e construção.

A mina vem ajudando a atrair novas empresas para a cidade, além de amparar as que já estão lá. “Por exemplo, estamos comprando botas e uniformes para os nossos operários em uma loja de Malartic”,

diz Vézina. “Também estimulamos nossos fornecedores a construir aqui suas lojas e seus depósitos – o que é bom para todos. Nossos custos são menores quando os fornecedores estão aqui e a comunidade sai ganhando com novos empregos e novas receitas.” A revendedora Cat Hewitt, por exemplo, abriu uma locadora Cat nas proximidades para atender à mina e contratou moradores locais para ela.

Embora os maiores benefícios econômicos venham a ser vistos em Malartic, a influência da Osisko será sentida em toda a província de Quebec. Desde o início da exploração, em 2005, até a reabilitação completa da mina, quando ela fechar em 2024, a Osisko estima que terá investido US$ 32 bilhões de dólares – dos quais, 82% ficarão em Quebec. Apenas em 2009, a Osisko investiu mais de US$ 315 milhões em construções e explorações.

COMO ATENUAR O IMPACTO SOBRE AS PESSOAS E O MEIO AMBIENTE

Embora muitas residências tenham sido transferidas e algumas compradas pela Osisko a fim de liberar a propriedade para a mineração, Malartic ainda terá a maior mina de ouro a céu aberto da nação no seu quintal. A Osisko assumiu o compromisso de fazer tudo o que puder para reduzir esse impacto.

Reduzindo a pegada de carbono

O programa de desenvolvimento sustentável da Osisko segue o slogan: Rumo a uma pegada sem carbono. "Sempre conscientes de nossas responsabilidades e convictos de que o setor como um todo em breve terá de se responsabilizar por suas emissões de gases do efeito estufa, criamos projetos que reduzirão os gases gerados por nossas operações", diz o Vice-presidente de Desenvolvimento Sustentável, Jean-Sébastien David.

A Osisko adotará medidas de conservação e as tecnologias mais avançadas para reduzir sua pegada de carbono. A lavra usará energia hidrelétrica para reduzir a necessidade de combustíveis fósseis. Pás elétricas e uma nova geração de caminhões Cat que atendem às normas de Nível 2 do Órgão de Proteção

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1/ Visitantes comparecem a uma reunião na Canadian Malartic. A nova mina ajudou a reduzir o desemprego de 40 para cerca de 15%.

2/ Um futuro operador de equipamento experimenta como é dirigir um grande caminhão de mineração em um simulador Cat® Virtual Training.

3/ A poeira será controlada de várias formas, incluindo o uso de carros-pipa como este caminhão articulado Cat, com presença permanente no local.

4/ Os primeiros operadores de caminhão recém-contratados para trabalhar na nova mina foram duas mulheres da região, que antes dirigiam ônibus escolares.

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Ambiental dos EUA reduzirão as emissões de carbono durante a produção. Uma esteira de 1,4 quilômetro (1 milha) entre o britador e o processador reduzirá o consumo de combustível.

Outra iniciativa para reduzir a pegada de carbono é o projeto da Floresta Osisko. Ele implementará um programa de reflorestamento na região em conjunto com as autoridades municipais da região do Valleé-de-l'Or. O projeto tratará do paisagismo e reflorestamento de 100 hectares (247 acres) de solo por ano durante nove anos.

Reduzindo o ruído

A redução do ruído durante a fase de construção e depois que a produção começar tem alta prioridade para a Osisko. A empresa decidiu usar brocas elétricas, mais silenciosas do que as mecânicas, durante a fase da construção. E, em vez de trabalharem sem parar, elas operam apenas 12 horas por dia, seis dias por semana. Os níveis de ruído são continuamente monitorados.

Também se considerou o ruído na escolha dos equipamentos de mineração. A Caterpillar desenvolveu um kit muito silencioso que será instalado na atual frota de caminhões 793F da Osisko e incluído como item de fábrica nos futuros pedidos do veículo. A redução do ruído também foi uma das principais razões da seleção das pás eletro-hidráulicas O&K RH340E, acionadas por motores elétricos, bem mais silenciosos do que os movidos a diesel e melhores para o meio ambiente. A mina também escolheu equipamentos de perfuração menores para as primeiras camadas do poço, visando atenuar os ruídos.

Depois que começar a fase de mineração, outras medidas serão integradas ao projeto para o mesmo fim. A maior delas será uma "muralha verde" de 15 metros (49 pés) de altura projetada para reduzir os ruídos e o impacto visual da mineração. Essa barreira paisagística de 1,3 km (0,8 milha) será um elemento essencial no projeto da Osisko para reduzir os impactos negativos sobre a população local durante as fases de construção e produção. Cercas similares, com 4 metros (13 pés) de altura, serão colocadas ao longo de outras rotas principais de circulação.

Controlando a poeira

Manter a poeira abaixada e longe das áreas residenciais é outra prioridade. A mina fará o monitoramento contínuo da qualidade do ar e empregará uma série de medidas de controle tradicionais, incluindo uma frota permanente de carros-pipa na lavra, molhando as perfurações nos trechos mais próximos da cidade. As esteiras transportadoras, as pilhas de material e o complexo de britagem serão todos cobertos.

Durante vários dias no verão de 2010, um período de seca dificultou bastante o controle da poeira gerada pela obra. Convocaram-se mais carros-pipa para resolver o problema imediato, mas a situação levou a mina a repensar sua estratégia de controle e redução da poeira.

"Pensamos em instalar uma linha de aspersores ao longo da via entre o britador e o futuro poço a fim de melhorar a eficiência do sistema e reduzir a necessidade de carros-pipa", disse Vézina. A obra também usará canhões de neblina e de neve."

Conservando a água

A Osisko está construindo uma lagoa para evitar a captação de água nas vias hídricas ao redor e aumentar sua reciclagem. A lagoa captará chuva, neve derretida e a água bombeada da mineração. Com essa reserva, a Osisko não precisará de água limpa para processar o minério. A construção de um segundo açude reduzirá o volume de efluentes, aproximando a lavra da sua meta de descarga zero.

“ estamos quase alcançando o equilíbrio em termos de água”, disse Cimon.

“ Controlamos cada gota que chega. ela será usada para tocar a mina. não precisamos de adutora, pois não estamos consumindo água de fora.”

Protegendo a flora e a fauna

A Osisko contratou consultores para estudar o efeito da mina Canadian Malartic sobre a vegetação, os alagados, os mamíferos terrestres e aquáticos, as aves aquáticas, os pássaros, os anfíbios e os répteis. A empresa empregará todos os meios possíveis para reduzir esses efeitos. Além de reduzir ao mínimo os locais a serem desmatados, a Osisko planeja uma compensação equivalente a essas áreas. O reflorestamento será feito de modo contínuo, assim que cada célula for aterrada.

COMO CAPACITAR MALARTIC PARA O FUTURO

As atividades de desenvolvimento sustentável da Osisko cobrem todas as fases da vida útil da mina – incluindo a final. A empresa tem um projeto detalhado para o fechamento da mina, desde o aspecto com que ela ficará até o legado econômico que deixará para os moradores de Malartic.

Reabilitando a propriedade

Antes sequer de a Osisko começar a produção na lavra, a recuperação já começou. A Osisko assinou um contrato para reabilitar a lavra abandonada de East Malartic com o governo de Quebec, que havia herdado o terreno e se tornado responsável pelo seu acompanhamento ambiental. A Osisko assumirá metade das obrigações financeiras do governo para reabilitação da propriedade e usará os resíduos de sua nova mina para ir cobrindo gradualmente o lugar, até deixá-lo inofensivo.

Outra importante decisão foi a de restaurar progressivamente a vegetação no local da mina em vez de esperar até o fim da sua vida útil. Esse processo de reabilitação contínua foi possível graças à decisão de usar uma tecnologia de resíduos adensados que permite o plantio de árvores nativas enquanto a mineração continua.

Resíduos adensados, obtidos com adensadores de compressão ou uma combinação de adensadores e filtros-prensa, são drenados até o ponto de formar uma massa que se pode empilhar, camada por camada. Além de viabilizar a reabilitação contínua, os resíduos adensados também reduzem bastante o consumo de água e o tamanho das pilhas de rejeitos que serão deixados.

“Os resíduos adensados também permitem reduzir o tamanho da nossa lagoa.”, disse Cimon. “Quando estivermos produzindo 55.000 toneladas/dia, ela ainda terá o mesmo tamanho de quando a produção diária não passava de 5.000 toneladas. Também reduziremos a toxicidade antes de mandar os resíduos para a lagoa.”

A restauração vegetal do terreno também incluirá um projeto de pesquisa da biodiversidade. Por causa do lago de rejeitos abandonado, o terreno está despido de vegetação e sofre a erosão pelo vento. A Osisko vem trabalhando com especialistas para escolher as espécies mais adaptadas àquele ambiente específico.

“Estamos empolgados com a perspectiva da recuperação contínua”, diz Cimon. “Os moradores verão grama depois de quatro anos, e não mais em

quinze. No final da vida útil da mina, já teremos concluído 65% da recuperação.”

A comunidade participará do que acontecer ao terreno depois que a mina acabar. Todos os equipamentos serão levados embora e as edificações demolidas; o que restar, será uma colina e um açude. A propriedade será doada ao ministério de recursos naturais, a menos que algum incorporador tenha planos para usá-la.

“ As pessoas já começam a sonhar e visualizar o que isso pode vir a ser no futuro”, diz Cimon.

“ Fala-se de uma estação de esqui ou um balneário. Tudo é possível.”

Deixando um legado

Em março de 2008, a Osisko anunciou um fundo de desenvolvimento sustentável jamais visto antes, a fim de garantir um patrimônio duradouro para as gerações futuras da cidade de Malartic. O fundo objetiva melhorar a qualidade de vida dos residentes atuais, promover o crescimento da comunidade e viabilizar a continuação da prosperidade econômica bem depois que a mina fechar.

“Temos muito orgulho de iniciar a criação deste fundo”, disse Sean Roosen, da Osisko, quando anunciou o FEMO: Fonds Essor Malartic Osisko. “Nosso projeto de mineração certamente haverá de trazer importantes desdobramentos para Malartic, mas pretendemos contribuir ainda mais de modo a deixarmos um legado sustentável para o povo desta cidade.”

A Osisko pretende fazer contribuições em dinheiro e ações que podem chegar a mais de US$ 4 milhões nos próximos anos. Roosen e outros membros da administração doaram 25.000 de suas próprias ações da Osisko para o FEMO.

O fundo é o primeiro de sua natureza em Quebec e na indústria canadense da mineração. Receberão prioridade os projetos com maior propensão a deixar uma herança para as futuras gerações. Os projetos devem promover o desenvolvimento econômico, social e cultural de Malartic; estimular e apoiar

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1/ Pilhas de material como a exibida, que está em formação, serão cobertas para não levantar poeira até as zonas residenciais.

2/ Denis Cimon, Gerente Geral da Canadian Malartic, aponta no mapa um local da gigantesca obra.

3/ A Osisko está reabilitando uma lagoa de resíduos abandonada com resíduos da nova mina a fim de cobrir gradativamente o terreno e torná-lo inofensivo.

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atividades que promovam o desenvolvimento da juventude; fomentar a expansão do conhecimento, patrocinando estudos escolares, incluindo bolsas; promover as artes e a cultura; e sustentar a boa qualidade de vida e o desenvolvimento pessoal dos cidadãos de Malartic.

PARA SERVIR DE EXEMPLO

A Osisko assumiu os desafios de desenvolver a Canadian Malartic e espera servir de exemplo para outras mineradoras sobre aspectos do desenvolvimento sustentável. “Trabalhamos junto com as pessoas que moram perto da mina, mantendo o espírito de equipe”, diz Cimon. “Estamos todos juntos nisso. É assim que encaramos este projeto e gostaríamos de recomendar que qualquer outra empresa faça o mesmo. Estamos aproveitando o melhor do que outras companhias já fizeram e esperamos servir de exemplo para outras mineradoras.”

Canadian Malartic: carro-chefe da Osisko

O carro-chefe da Osisko Mining Corporation é a propriedade aurífera exclusiva da

Canadian Malartic, situada no coração do prolífico Cinturão do Ouro de Abitibi, em

Quebec, nos limites meridionais da cidade de Malartic e a cerca de 20 quilômetros

(12,4 milhas) a oeste da cidade de Val d'Or. A propriedade cobre 230 quilômetros

quadrados (89 milhas quadradas) e inclui quatro minas subterrâneas que produziram

mais de 5 milhões de onças de ouro entre 1935 e 1983.

A Osisko adquiriu 100% de participação na propriedade da Canadian Malartic

em novembro de 2004 e iniciou uma compilação detalhada do extenso banco de

dados históricos em janeiro de 2005, incluindo dados de mais de 5.000 furos de

sondagem superficial e subterrânea. A empresa começou seu programa de sondagem

da propriedade em março de 2005, tendo perfurado mais de 750.000 metros (2,5

milhões de pés) desde então.

O depósito é um sistema pré-cambriano do tipo ouro pórfiro composto de uma capa

predominante de mineralização de ouro disseminado e pirita hospedada por diorita

pórfira e metassedimentos alterados. O depósito Canadian Malartic faz parte de um

notável sistema mineralizado contíguo no sentido leste-oeste com 3.000 metros

(9.800 pés) de comprimento que foi historicamente explorado por várias operações

subterrâneas.

A Osisko recebeu as autorizações finais e o decreto de lavra do Governo de Quebec

em agosto de 2009 e desde então vem construindo a mina a céu aberto Canadian

Malartic. A produção comercial deverá começar no segundo trimestre de 2011. A

empresa espera produzir em média mais de 600.000 onças de ouro por ano ao longo

de uma vida útil de 12,2 anos para a mina.

As reservas atuais são de 9 milhões de onças, mais recursos indicados de 2,2 milhões

de onças e inferidos de 0,5 milhão de onças. Encontra-se em execução um programa

de sondagem de 80.000 metros (262.500 pés) em várias zonas mineralizadas e alvos

na propriedade com alto potencial de exploração.

HISTÓRICO

O depósito Canadian Malartic foi descoberto em 1926; o desenvolvimento

subterrâneo começou dois anos depois. Entre 1935 e 1965 a mina produziu mais de

1 milhão de onças de ouro a partir de quase 10 milhões de toneladas métricas (11

milhões de toneladas curtas) de minério. O sítio permaneceu inativo por 15 anos até

ser comprado pela Lac Minerals, que explorou a propriedade de 1980 a 1988, com o

objetivo de encontrar um depósito próximo à superfície que servisse para mineração

a céu aberto. A exploração descobriu cinco zonas auríferas perto da superfície,

formando um recurso com cerca de 8,2 milhões de toneladas métricas (9 milhões de

toneladas curtas) de minério com teor de 1,98 grama por tonelada.

O projeto ficou engavetado até o início da década de 90, quando a Lac Minerals foi

comprada pela Barrick Gold Corp., que vendeu a propriedade à McWatters Mining

em 2003. A McWatters abriu falência em 2004 e, no mesmo ano, a Osisko comprou

100% de participação na propriedade. A princípio, a compra incluía seis demarcações

e uma concessão para mineração; hoje, a Osisko teve êxito na aquisição de outras

demarcações, que agora totalizam 104 na propriedade, além de uma concessão com

área superficial total de 4.442 hectares (10.976 acres).

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Uma crise de talentos já está afetando o setor da mineração e os analistas concordam que o impacto total não será sentido dentro dos próximos 10 anos. Isso ocorrerá quando metade da atual força de trabalho global, hoje com mais de 50 anos,

deverá se aposentar – deixando um vácuo de mão de obra e uma lacuna de conhecimentos profissionais que serão sentidos por todo o setor.

Há uma série de iniciativas em curso para lidar com a crise – como capacitação de moradores locais, programas de financiamento que atraiam alunos para carreiras na mineração e o recrutamento maciço de recém-formados qualificados. No entanto, o que algumas iniciativas podem estar deixando de ver é o enfoque em um contingente de trabalho quase inexplorado: mulheres.

Na Austrália, as mulheres constituem 42% da força de trabalho nacional, mas somente 18 por cento no setor de mineração. E apenas 3% dessas mulheres—continuou »

22 Cat Global Mining / Viewpoint / 2010: edição 7

Um recurso inexplorado PARA A CRISE GLOBAL

DE TALENTOS

Mulheres:

Cat Global Mining / Viewpoint 23

»—efetivamente trabalham nalavra, de acordo com as estatísticas do Australasian Institute of Mining & Metallurgy (AIMM). No Canadá, sua participação na indústria mal ultrapassava os 10% em 1996 e 10 anos mais tarde continua estacionada nos 14%. Também na África do Sul, 10% dos empregos na mineração são ocupados por mulheres – devido, em grande parte, à constituição pós-apartheid, que louva a doutrina da igualdade entre os sexos e definiu 10% como requisito para operação.

Embora cada país tenha uma perspectiva um pouco diferente, na maioria das regiões onde a atividade de mineração é importante, existem repartições do governo, organizações não governamentais, como a Women In Mining (WIM), e as próprias mineradoras que deflagraram iniciativas para estimular a expansão do contingente feminino na força de trabalho.

A Newmont Ghana, por exemplo, vem trabalhando para conseguir maior igualdade entre os sexos em sua mina de Ahafo. Cerca de 9% do quadro em Ahafo é formado por mulheres; no entanto, as operadoras de caminhão totalizam 35% do contingente da mina. A empresa formou um Comitê Consultor Feminino com 75 participantes, que divulga informações sobre subsistência e iniciativas de responsabilidade social criadas pela mina. As participantes também atuam no acesso a verbas, na obtenção de treinamento e na formação de empreendimentos.

O Nemangkawi Mining Institute da Freeport-MoMoRan Copper & Gold acaba de formar suas 20 primeiras operadoras de equipamentos pesados, que já estão trabalhando nas operações de Grasberg. Fundado pela PT Freeport Indonesia, o instituto oferece vagas de pré-aprendiz, aprendiz e oportunidades avançadas de desenvolvimento de carreira para centenas de cidadãos papuas a cada ano.

Agora, existem geólogas, topógrafas, engenheiras mecânicas, cientistas ambientais, engenheiras químicas e operárias em alguns dos lugares mais remotos e hostis do planeta.

No entanto, ainda existem barreiras para mulheres na indústria da mineração. No ano passado, a WIM Canada iniciou o "Ramp-UP", um estudo para coleta de dados sobre a pouca representação feminina no setor que determinou parâmetros de aferição de melhoramentos. O estudo foi realizado em parceria com o Mining Industry Human Resources (MIHR) Council e vários patrocinadores. Constatou-se que, apesar de melhorias constantes durante a última

década, a porcentagem de mulheres no setor da mineração canadense continua bem abaixo da força de trabalho total. Além disso, a disparidade salarial entre homens e mulheres está bem acima da média nacional.

Foram observadas diversas barreiras para o sucesso, com a identificação pelas entrevistadas de práticas de trabalho flexíveis como a principal situação trabalhista a ser abordada. “Quando recebem suficiente flexibilidade e apoio, as mulheres mostram-se prontas, capazes e dispostas a cumprir as rigorosas exigências das atividades de mineração e exploração”, conclui o estudo.

A cultura no emprego foi a segunda maior condição de desafio segundo as entrevistadas; porém, apenas três dentre 67 empregadores citaram-na como problema. “Para as mulheres, o ambiente 'dominado pelos homens' também foi apontado como problema relevante em todas as fases de suas carreiras”, revela o estudo.

O relatório elenca várias recomendações para mineradoras e organizações do setor que se interessem por sua promoção entre as mulheres:

• Dar mais ênfase a treinamento e desenvolvimento de carreira.

• Oferecer mais flexibilidade.

• Oferecer treinamento de conscientização.

• Eliminar a disparidade salarial.

• Implementar programas de aconselhamento.

• Apoiar grupos de graduados do ensino superior, agremiações femininas e associações de classe.

• Promover uma imagem positiva por meio de testemunhos e oportunidades de pronunciamento para associações profissionalizantes de mulheres.

Além de servir como importante fonte de mão de obra para a indústria de mineração, a incorporação das mulheres à força de trabalho tem outras vantagens. O AIMM observou a redução da rotatividade funcional, a melhoria do clima no ambiente de trabalho, mais qualidade no processo decisório e melhores condições de segurança e dos equipamentos. O Instituto também diz que as mineradoras constatarão a igualdade entre os sexos como parte cada vez maior de sua licença social para operar.

As páginas 24 a 27 apresentam mulheres em várias ocupações no setor da mineração – seja como proprietária de minas, técnica de manutenção, diretora de uma unidade de produção ou estudante de engenharia de minas.

ESTUDANTE DE ENGENHARIA DE MINAS

PROPRIETÁRIA DE MINA

TÉCNICA DE MANUTENÇÃO

DIRETORA DE UNIDADE DE PRODUÇÃO

Ser mulher em um ramo de predominância masculina é a última das preocupações de Belinda Shafer. Como coproprietária e gerente responsável pelas operações cotidianas da Shafer Coal, ela pensa mais naquilo que tem de aprender neste ambiente em contínua transição para garantir o sucesso da empresa.

Quando Shafer assumiu o cargo, há alguns anos, ela sabia muito pouco sobre mineração. “Tive de aprender tudo”, admite. “Trabalhava no setor havia anos, defendendo os interesses da nossa empresa e do setor carvoeiro no estado de West Virginia, EUA. Mas realmente não sabia o que se passava no dia a dia da lavra. Tive de aprender sobre processos de mineração. Tive de aprender sobre máquinas e vida útil de pneus, e tornei-me perita em temas como graxas e óleos. E tive de aprender a comandar uma equipe de 25 mineiros que dependem de mim para tocar a empresa.”

Shafer admite ser como uma esponja quando se trata de informações sobre mineração. Ela participou de um recente Fórum de Mineração patrocinado pela Cat Global Mining e preencheu dois cadernos com anotações sobre maneiras de melhorar o desempenho dos equipamentos, aprimorar suas práticas de manutenção e aumentar a produtividade da mina.

APRENDER NA PRÁTICA

Toda a carreira de Shafer na mineração consistiu em treinamentos no trabalho. Ela começou a trabalhar na Shafer Coal há pouco mais de 20 anos, ainda aluna do ensino médio, e continuou intercalando períodos de trabalho na empresa como escriturária e em outras funções de apoio.

Uma de suas maiores responsabilidades foi servir como lobista em Charleston, capital da West Virginia, durante uma fase de aumento da legislação ambiental que projetava importantes ramificações sobre o setor minerário.

“Praticamente vivi em Charleston durante vários meses por ano e fiz contatos e pleitos, aprendi como o governo funciona e participei de comitês setoriais, ajudando a formular a legislação”, diz ela. “Eu fui uma das poucas mulheres lobistas para o setor de mineração, mas creio que isso foi uma vantagem para mim. Falei de minha paixão pelo setor e abri o coração, estabelecendo com os legisladores relacionamentos que ainda hoje me são úteis.”

Em 2008, Shafer tornou-se coproprietária da empresa e repartiu as tarefas com seu sócio – ela supervisionaria as operações diárias da mina, ele se concentraria no futuro, descobrindo novas

Amelia Paul não está bem certa do que realmente fará quando se diplomar em engenharia de minas. Mas está mirando alto: provar ao mundo que o carvão é um dos mais importantes recursos energéticos – e a tecnologia pode deixá-lo limpo.

“Quero fazer pesquisas e acabar com essa ideia de que carvão é ruim.” diz Paul, aluna de 19 anos da Southern Illinois University em Carbondale, Illinois, EUA.

Seu interesse pela mineração e o meio ambiente começaram com as aulas do pai. Bradley Paul é professor adjunto do departamento de engenharia de minas da faculdade. Ele também promove atividades de pesquisa, das quais a menina participava já aos 10 anos de idade.

“Quando eu era pequena, sempre quis saber o que o meu pai fazia no trabalho”, lembra-se ela. “Eu sabia que queria cavar a terra. Pensei em engenharia de minas ou arqueologia, porque em ambas as profissões eu trabalho com terra e faço trabalho manual. Queria estar na mina.”

Paul é uma das duas alunas do programa de engenharia de minas da universidade, situação que considera difícil, mas incapaz de afastá-la

do caminho que escolheu.

“Ainda que eu seja minoria extrema no

departamento, isso não me

aborrece”, diz ela.

“Gosto de desafios. Os rapazes tentarão me testar, para ver se eu consigo mesmo dar conta do trabalho. Tenho que provar para eles que não estou aqui para perder meu tempo. Levo isto muito a sério. Sou capaz de fazê-lo.”

DEIXAR UM IMPACTO AMBIENTAL POSITIVO

Embora Paul esteja bem certa quanto ao trabalho físico de mineração que quer fazer – de preferência, em minas subterrâneas – ela também não quer perder de vista o impacto ambiental dessa atividade.

Um dos seus primeiros projetos com o pai foi um estudo para uma usina elétrica que buscava o melhor local para descarte das cinzas soltas geradas durante a combustão do carvão. “Eles nos enviaram amostras da cinza e também da argila de dois lugares diferentes onde pensavam em enterrá-la”, lembra-se ela. “Avaliamos os solos para ver qual o melhor repositório para a cinza. Aprendi que gosto mesmo do lado ambiental da mineração.”

“Não quero trabalhar só com meio ambiente o tempo todo, mas quero aplicar sua ciência a tudo que eu estiver fazendo na mina”, diz ela. “Nós deveríamos estar sempre pensando nisso. Assim, durante a mineração, não agrediríamos o meio ambiente.”

COMO ENCONTRAR A HARMONIA CERTA

Paul espera começar a trabalhar no ramo assim que se diplomar, mas também pretende concluir um doutorado. No último verão, ela trabalhou como estagiária em uma mina, participou de viagens de campo e quer continuar explorando todas as oportunidades antes de decidir o rumo de sua carreira.

“Quero fazer vários estágios e experimentar muitos empregos antes de receber o diploma”, diz ela. “Quero estudar e aprender sobre diferentes regiões geológicas, rochas e falhas. Quando receber meu diploma, quero estar pronta para saber o que desejo fazer, tendo passado por diferentes áreas. Já sei do que se tratam algumas das oportunidades, mas ainda não tive a chance de experimentá-las. E quero fazer isso antes de assumir um compromisso.”

BELINDA SHAFER: Proprietária de mina com sede de saber e uma vigorosa dedicação aos seus funcionáriosAMELIA PAUL: Aluna de mineração, apaixonada pelo setor e dedicada ao meio ambiente

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reservas de carvão, conseguindo arrendamentos e futuras licenças.

“Não estávamos mesmo indo tão bem quanto queríamos, em termos financeiros, e decidi que precisávamos nos reestruturar”, diz ela. “Encontrei um investidor que tinha muita confiança em mim, acreditava na minha paixão e me ajudou a financiar a reestruturação.”

CONFIAR NOS OUTROS

Shafer assume as operações do dia a dia, mas não se pode pensar nem por um segundo que ela faça isso sem ajuda. Ela confia bastante nos seus “Cavaleiros da Távola Redonda” – a equipe da Cleveland Brothers, revendedora de equipamentos Cat, o representante de vendas da sua fornecedora de pneus, o gerente do seu banco e vários outros fornecedores.

“Sou uma cliente que exige muita manutenção”, confessa Shafer. “Faço muitas perguntas. Talvez por ser mulher – não tenho medo de perguntar se eu não souber a resposta. Meu representante de peças e serviços da Cleveland Brothers disse que isso é bom. Precisamos de mais mulheres neste setor; não temos receio de fazer perguntas.”

Shafer considera todos os seus fornecedores como parte da sua diretoria. “Eles são mais do que meus vendedores; são minha família. Essas relações são importantes para mim, por isso cuido bem delas. Confio neles e sei que estão sendo sinceros comigo. Enquanto estivermos minerando carvão, os números cuidarão de si mesmos.”

Todos têm um papel importante. “O trabalho do meu pessoal é extrair o carvão com segurança e preservar o meio ambiente. Meu trabalho é tornar isso possível para eles”, diz Shafer. “O trabalho da minha revendedora é cuidar do equipamento. Minha fornecedora de pneus se responsabiliza pelo programa completo de manutenção dos pneus. Espero que cada um cumpra suas funções, para que possa me concentrar no meu trabalho. Estamos todos juntos nisso. Se eu não vencer, eles também perderão.”

CONQUISTAR O RESPEITO

“Quando assumi esta posição, houve certa relutância por parte dos meus funcionários quanto a trabalhar para uma mulher”, diz Shafer. “E achei normal. Eles não estavam acostumados com isso. Decidi conquistar o respeito deles e acho que consegui. Eles sabem que cuido do seu bem-estar, da sua segurança e das suas famílias. Em consequência, eles se dispõem a cuidar dos meus interesses, confiar em mim e trabalhar duro para fazer desta empresa um sucesso para todos nós.”

Em setembro de 2009, o estilo administrativo de Shafer foi posto à prova. O maior cliente da Shafer Coal, uma importante concessionária de energia elétrica, cortou

suas encomendas para apenas 1.500 toneladas por mês. “A empresa me disse que não precisava do carvão porque estava com pouca demanda de eletricidade”, lembra ela. “Precisei dispensar nosso pessoal e foi uma das decisões mais difíceis que já tive de tomar.”

Shafer havia feito uma reserva para tais situações e conseguiu manter os benefícios de saúde para todos eles e suas famílias. Em suas palavras, “Eu prometi que ia cuidar deles e cuidei. O resultado é que alguns dos funcionários chegaram a se oferecer para trabalhar de graça.”

APRECIAR AS VANTAGENS

Uma das maiores vantagens que Shafer encontrou em seu trabalho no ramo da mineração é o quanto ele a ajuda em seu papel de mãe solteira. Ela tem a flexibilidade de que precisa: “Se precisar trazer as crianças para o escritório, eu trago. Se houver uma viagem de campo, estarei lá. Isso me permite cumprir meus deveres de mãe solteira.”

As recompensas financeiras também fazem do setor uma ótima opção para pais solteiros. “Há muitas mães solteiras com dois empregos para conseguir pagar as contas no fim do mês”, diz Shafer. “Eu consigo cuidar dos meus filhos e proporcionar-lhes um bom estilo de vida. Posso trabalhar naquilo que faço e ser a mãe que quero ser.”

“Tenho seguro. Tenho benefícios. Tenho aposentadoria. E não é obrigatório ter diploma de nível superior para ganhar dinheiro neste ramo.”

INCENTIVAR OS OUTROS

Shafer está entusiasmada para contar sua paixão pela mineração para outras mulheres do segmento. “Adoro notar que há mais mulheres começando a participar”, diz ela. “Adoro o setor. Adoro o que faço. Pode-se escolher dentre muitas direções: operações, engenharia ou um cargo como o meu.”

Ao pensar sobre o passado, Shafer queria ter aproveitado as oportunidades para aprender um pouco mais sobre uma série de fatores que caracterizam o ramo. “Eu recomendaria fazer cursos sobre mecânica e equipamentos, seja qual for a sua função na mina. Eu gostaria de ter aprendido um pouco sobre transmissões, diferenciais, esse tipo de coisa.” Shafer também acha importante entender como trabalha o governo, porque a mineração é um setor bastante regulamentado em todo o mundo.

Acima de tudo, Shafer recomenda que as mulheres na mineração sejam apenas elas mesmas. “Eu não quero ser um homem ou melhor do que eles. Não estou tentando provar que posso fazer melhor do que outra pessoa qualquer”, diz ela.

Shafer não finge ser mais um dos funcionários. Além de ser respeitada como chefe, ela também espera ser tratada como uma mulher. “Quando vou ao canteiro, uso vestidos e saias – e botas com ponteira de aço”, diz ela, “e não acho que isso prejudique minha capacidade de liderar e cumprir esse dever. Sou uma mulher: Mulher de fé, mulher de paixão, mulher de carvão. Quando a pessoa assume o que é, fica mais forte.”

Uma das máximas prediletas de Shafer vem da falecida atriz norte-americana Marilyn Monroe: “Não me importo de partilhar o mundo dos homens, desde que me deixem ser uma dama entre eles.”

BELINDA SHAFER: Proprietária de mina com sede de saber e uma vigorosa dedicação aos seus funcionários

Cat Global Mining / Viewpoint 25

Quando Tami Nelson entrou para o ramo da mineração, em meados da década de 80 com o diploma de engenheira metalúrgica, ela nunca pensou no fato de ser mulher no que era considerado um mundo de homens.

“Nunca me ocorreu que eu enfrentaria desafios como mulher neste ramo”, diz Nelson, com uma carreira de mais de 20 anos na Caterpillar Inc., hoje atuando como diretora geral da Cat Underground Mining na Tasmânia, Austrália. “Nem me dei conta disso. Portanto, isso nunca foi problema para mim.”

Quando garota, ela testemunhou o movimento feminista e estava ansiosa para aproveitar as portas que aquelas mulheres lhe abriram. “Eu sabia que colheria os benefícios trazidos por aquelas pioneiras”, disse ela. “Nunca pensei em mim mesma como uma delas.”

A ESCOLHA DE UMA CARREIRA

Nelson escolheu a faculdade por causa de seu domínio em matemática e ciências. “Comecei na engenharia química, porém, depois de investigar todas as diferentes opções, acabei decidindo pela ‘engenharia metalúrgica extrativa’ – que na verdade trata da extração dos metais e de sua comercialização como produto primário. No entanto, ao me formar, não havia muitas vagas disponíveis para trabalhar diretamente no setor de mineração. Fiquei muito satisfeita quando tive a oportunidade de entrar em uma empresa como a Caterpillar, onde pude manter minha conexão com o setor.”

Hoje, ela comanda duas instalações de produção e uma equipe de projeto, depois de ter ocupado os mais variados cargos na Caterpillar. Quando esteve no marketing, desenvolveu o projeto da gigantesca exposição da empresa na MINExpo. Mais tarde, foi gerente de operações em uma fábrica de escavadeiras na China. Ela também ocupou vários cargos de engenharia, em diferentes divisões, tais como produtos químicos, tratores de esteiras, laboratório de engenharia/metalurgia de tratamento térmico e metais em pó.

A indústria da mineração proporcionou-lhe uma vida como nunca imaginara. “Nunca pensei que iria à Ásia ou visitaria Bangkok. Lembro-me de ter visto uma foto no meu livro de estudos sociais da sexta série e sempre quis ir lá. Eram os sonhos de uma garota de Dakota do Sul. A mineração abriu muitas portas para mim. Adorei.”

Como estudante em busca de uma carreira como técnica de equipamentos, Gabriela Lenes Antialon era fascinada por fotos e vídeos dos gigantescos caminhões Cat em minas do mundo inteiro.

“Só conseguia observar seu tamanho e poder de muito longe”, lembra-se ela. “Eu queria estar lá, bem perto deles, frente a frente. Não ficava satisfeita apenas em vê-los.”

Hoje, aos 22 anos, não foi só o sonho de chegar perto deles que aconteceu; ela é um dos responsáveis por mantê-los em ótimo estado. Antialon diplomou-se pelo ThinkBIG, programa da Caterpillar com duração de dois anos que forma assistentes técnicos de equipamentos Cat. Hoje, ela é técnica da Ferreyros, um revendedor Cat no Peru, e trabalha na mina de ouro Pierina, da Barricks, na região centro-norte do país. Antialon faz a manutenção de várias máquinas Cat da mina, incluindo caminhões

785C, pás-carregadeiras de rodas 992G e 994G, motoniveladoras 16H,

tratores de esteiras D10R, D10T e D8T e os buldôzeres

de rodas 834B.

“Já faz três anos desde que decidi trabalhar na indústria da mineração e estou muito satisfeita com isso”, diz ela. “Tenho sorte, pois quando vou trabalhar a cada dia fico convencida de ter escolhido a carreira certa.”

Com as aulas do ThinkBIG, Antialon aprendeu a dar assistência técnica aos equipamentos Cat usando sistemas de diagnóstico e manutenção, tecnologias avançadas e ferramentas sofisticadas. “Fui treinada para diagnosticar seus problemas, entender o funcionamento

de cada componente e observar como essas máquinas trabalham no campo”, disse ela.

O programa combina instruções em sala de aula com treinamento prático no campo e em laboratórios. Os formandos recebem um diploma de assistente em ciências aplicadas; Antialon continuou seus estudos, com aulas pela Internet ministradas pela Tecsup University e pretende se formar em engenharia industrial.

Enquanto aluna do ThinkBIG, Antialon treinava na oficina central da Ferreyros em Lima, atuando no Centro de Recondicionamento de Componentes, na oficina, na loja de equipamentos usados e na locadora. Hoje, ela continua o treinamento como técnica do Service Pro Program, aprendendo sobre motores e eletricidade, e adquirindo certificações em outras áreas. Seu horário flexível (oito dias no trabalho, seis dias de folga) lhe dá liberdade para continuar com a formação e o treinamento.

A carreira de Antialon é muito importante para ela, que se encanta com as muitas vantagens que a indústria da mineração lhe trouxe. “Eu consegui melhorar a renda da minha família, é claro”, diz ela. “Mas este trabalho também me trouxe aprimoramento do ponto de vista pessoal. Ele ampliou minha visão do mundo.”

Embora se destaque como mulher em um campo essencialmente masculino, Antialon diz que isso nunca foi problema para ela. “Encontrei bons colegas, que me aceitaram sem reservas”, diz ela. “Meus instrutores, orientadores e os outros técnicos transmitiram sua experiência e me orientaram nesse desafio. Meus colegas foram pacientes e me apoiaram. E meus pais entenderam que este é o meu sonho e aquilo que desejo para a minha vida. Graças a todos eles, consegui atingir maturidade como profissional e tornar-me uma pessoa melhor.”

Antialon incentiva outras mulheres a aproveitar as muitas oportunidades de trabalho na indústria da mineração. “Novas ferramentas reduziram o esforço físico exigido para fazer este trabalho, deixando a vida mais fácil para as mulheres – e os homens também – que atuam neste setor”, diz ela. “Nós, mulheres, podemos estudar para qualquer carreira que escolhermos. Não faz diferença ser homem ou mulher. Precisamos todos nos esforçar para fazer bem feito e melhorar a cada dia. O que importa é o trabalho e o empenho com que nos dedicamos a ele.”

TAMI NELSON: Antiga funcionária de mineradoras, grata pelas oportunidades que o segmento lhe proporcionouGABRIELA LENES ANTIALON: Técnica de equipamentos dedicada a aprender mais e melhorar a cada dia

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Nelson sente-se melhor no ambiente da produção. “Gosto muito da fabricação”, admite. “Adoro o movimento. Gosto de trabalhar com as pessoas do setor de produção. Gosto de passar o dia no prédio, caminhando pelas seções, conversando com as pessoas, vendo o que fazem. Não sou a melhor das executivas; sinto-me mais à vontade em meus calçados com bico de aço.”

ENFRENTAR OS DESAFIOS

Ser mulher em uma função tradicional masculina agravou os desafios do seu cargo? “Não dou muita atenção à questão de ser ou não tratada de forma diferente por ser mulher”, disse ela. “É verdade que às vezes as pessoas ficam me observando para ver se eu vou agir de forma diferente por causa disso. Acabo usando essa atitude a meu favor. Porque, quando eu não fracasso – e talvez faça certas coisas que eles não esperavam – todo mundo fica sabendo. Bom ou mau, todos estão observando.”

A recente crise econômica foi um desafio, admite Nelson, mas não pelo fato de ser mulher. “Precisei dispensar algumas pessoas”, diz ela. “Foi uma das decisões mais difíceis que já tive de tomar. Posso ter chorado durante a volta para casa nos dias das dispensas, mas não creio que isso mostre que sou frágil. Acredito que eu seja um dos gerentes mais duros da empresa. No entanto, sou justa, cuido do meu pessoal e quero que eles saibam disso. Não tem nada a ver com o fato de ser homem ou mulher. Acho que é mesmo o meu próprio jeito de ser.”

Seja qual for o motivo, a estratégia de Nelson foi boa para a empresa. “Apesar da crise, atingimos nossos objetivos financeiros”, disse ela. “E os índices de motivação dos nossos funcionários também subiram.”

Ela pode até se incomodar se alguém a chamar de mãezona, mas ouvindo Nelson falar da sua equipe de funcionários de Burnie, torna-se claro que a relação entre eles é de mútua confiança e dedicação. “Sou gerente dos funcionários da oficina”, diz ela. “Protejo mesmo o meu pessoal.”

Quando Nelson chegou a Burnie, ela fez algumas alterações que logo deixaram os funcionários na defensiva. “Minha chegada perturbou o ambiente”, admite ela. “O gerente anterior tinha feito um excelente trabalho e era querido. No entanto, há vezes em que a organização se beneficia de uma nova perspectiva – exatamente o que eu trazia.”

Pouco a pouco, Nelson estabeleceu relações com seu pessoal e eles começaram a ver progressos admiráveis. “Foi impressionante o que aconteceu quando criamos aquela confiança mútua”, diz ela.

Numa recente reunião geral de funcionários, Nelson não encontrou más notícias a dar. “Eles atingiram nossas metas de qualidade e produtividade”, comentou. “Juntos, estamos aprendendo o que somos capazes de fazer. Tenho muito orgulho do meu pessoal.”

O respeito é mútuo. Quando não houve provisão para horas extras no orçamento, funcionários da administração vieram durante a noite e pintaram pisos e paredes para uma nova configuração da

linha de montagem. “Quando chegou a hora de reconfigurar outra linha de montagem, minha equipe cuidou de tudo

enquanto eu estava fora da cidade”, diz Nelson. “Eles quiseram me fazer uma surpresa.”

ALGUNS CONSELHOS

Nelson preferiu lidar com a desigualdade dos sexos no setor de mineração pela indiferença. “Eu nunca entendi por que tinham de ser diferentes”, disse ela. “Eu trabalhava com meu pai no negócio de peles desde quando era menina. Era capaz de fazer tudo o que fosse preciso. Tenho o mesmo diploma de muitos

homens. Fiz os mesmos trabalhos. Não há mesmo nenhuma diferença.”

Seu conselho para as mulheres deste segmento: “Não esperem tratamento especial.

Vá e faça. É o seu trabalho. Preste atenção em como você se comporta e no tratamento que espera

receber dos outros. Quero ser respeitada por ser quem sou e pelo que estou realizando.”

Hoje é muito mais fácil aceitar as mulheres no trabalho do que há apenas uma década, diz ela, e a situação vai continuar melhorando. “Sempre haverá alguns que nunca vão mudar de opinião e não vão querer ouvir. Não é possível transformá-los, portanto não se preocupe com eles.”

“Concentre-se nos seus objetivos”, diz ela. “Você pode transformar qualquer coisa em realidade.”

RETRIBUIÇÃO

Nelson é ativa na indústria da mineração e em uma série de organizações comunitárias. Ela também é contribuinte ávida de sua alma mater, a South Dakota School of Mines, onde patrocina duas bolsas de estudo.

A Bolsa de Estudo Ralph Hurlbert homenageia seu professor de química e física no ensino médio, “que realmente fez a diferença em minha vida com apoio, motivação e incentivo.” A segunda, em memória de seu pai, Larry E. Huisenga, é concedida ao aluno que demonstrar interesse em música vocal. Huisenga era um cantor que gostava de apresentar todos os tipos de música. Nelson também participava de programas desta natureza na faculdade e já integrou o Coral Misto de Funcionários da Caterpillar.

“Dar oportunidades aos jovens é importante para mim”, diz ela. “Eu fui aluna bolsista e quero retribuir, tornando a universidade possível para outros como eu.”

TAMI NELSON: Antiga funcionária de mineradoras, grata pelas oportunidades que o segmento lhe proporcionou

CAMINHÕES EM . BELLE AYR SUPERAM .

8.000. Horas:

28 Cat Global Mining / Viewpoint / 2010: edição 7

1

ÍNDiCE DE UTiLiZAÇÃo DE 93%

Caminhões Cat 797B trabalhando na mina de carvão Belle Ayr, no Wyoming, chegaram a acumular 8.069 horas de operação em um único ano. isso corresponde ao fenomenal índice de utilização de 92,8% - um feito de altíssimo nível. Além disso, vários caminhões Cat trabalhando na mina atingiram e superaram a marca das 8.000 horas durante os últimos anos.“Um bom produto com um bom suporte, nas mãos de uma força de trabalho experiente e dedicada, são fundamentais para atingirmos nossas metas de utilização”, disse Ken Ferguson, superintendente de manutenção das minas Belle Ayr e Eagle Butte, da Alpha Coal West. “Nosso pessoal de manutenção trabalha em sintonia com as operações de mineração e o revendedor Cat.”

O trabalho de equipe foi o principal responsável pelo recorde no índice de utilização de caminhões em Belle Ayr, mas planejamento meticuloso e atenção a todos os detalhes que mantêm a frota em serviço são a ordem do dia na mina da Alpha Coal West.

“A utilização dos recursos de classe mundial já fazia parte do modelo da Foundation Coal antes de sua fusão com a Alpha Natural Resources em 2009”, explica Shane Durgin, superintendente de operações de Belle Ayr e Eagle Butte, as duas minas da Alpha na bacia do rio Powder. “Nossa meta de utilização tem estado em nível mais alto do que outras em todo o mundo.”

“Graças a um processo de melhorias contínuas, aplicando os princípios da Teoria das Restrições e dos métodos 6 Sigma e Pensamento Enxuto, identificamos variâncias e consolidamos planos de ação”, continua Shane. “Os dados do Sistema de

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Gerenciamento de Informações Vitais (VIMS) de cada caminhão Cat são enviados pelo nosso sistema de informações da mina e avaliados em busca de eventos capazes de paralisá-lo.”

Este processo e as providências subsequentes deixam pouco para o acaso. A Belle Ayr administra com cuidado o planejamento, a programação (incluindo troca programada de componentes) e a execução da manutenção, assim como o treinamento dos operadores, o feedback do desempenho de cada um, a construção e manutenção das estradas de transporte, as trocas de turno, o reabastecimento e praticamente tudo que possa influenciar os índices de utilização de equipamentos.

A Belle Ayr traça um paralelo entre horas de caminhão e produção. E os números confirmam o conceito. Em 2009, o 797B que acumulou 8.069 horas de operação movimentou 10,5 milhões de toneladas métricas (11,5 milhões de toneladas curtas) de estéril. Outro 797B, no mesmo transporte curto de terra de escavação registrou 7.699 horas para chegar a um índice de utilização de 92,7%. No processo, o caminhão transportou 10,2 milhões de toneladas métricas (11,2 milhões de toneladas curtas).

A FROTA QUE TRABALHA

A Belle Ayr movimenta estéril e carvão servindo-se de caminhões e pás. Uma razão estéril/minério de 3,5:1 e um leito de carvão com 21 metros (70 pés) de espessura mobilizam as máquinas maiores para expor o carvão. Nove Cat 797s e duas 793s trabalham com quatro pás diferentes na remoção do estéril. Todos os caminhões Cat usam carrocerias MSD II otimizadas para o terreno da mina, conseguindo o menor custo por tonelada transportada.

Duas das pás suspendem 109 toneladas métricas (120 toneladas curtas), exigindo apenas três ciclos

para carregar com eficiência um caminhão 797. Outra pá carrega um 797 em quatro ciclos, enquanto uma outra trabalha com os caminhões Cat 793. A frota de movimentação de estéril movimenta cerca de 70 milhões de metros cúbicos (92 milhões de jardas cúbicas) de material por ano. Esse material – principalmente argilitos e siltitos com algum arenito – pode ser bastante macio. O efeito mais negativo costuma ser o desafio das condições do solo nas faces de carga.

Duas carregadeiras de carvão trabalham com caminhões equipados com carrocerias adaptadas para o produto. Uma escavadeira hidráulica remove os 2 metros (6 pés) inferiores do leito de carvão para lidar melhor com condições de umidade e solo ruim. A meta de produção carbonífera para 2010 é de 23,1 milhões de toneladas métricas (25,5 milhões de toneladas curtas).

Dentre os 797s, há dois caminhões 797F em pré-produção que foram entregues à Belle Ayr pela Caterpillar para estudos de acompanhamento no campo. Os dois caminhões acumularam milhares de horas de trabalho em turnos normais de produção com outros 797s – enquanto os técnicos da Caterpillar monitoravam de perto o seu desempenho.

Cada caminhão é equipado com GPS, que ajuda no rastreamento e na atribuição de tarefas. E cada uma das pás usa o Sistema de Terraplenagem por Computador (CAES) da Cat, como referência de orientação pelo controle do declive na bancada. Além disso, as pás antigas foram remodeladas com sistemas de tração digitais, tornando a operação mais eficiente.

ADMINISTRAÇÃO DE ESTRADAS E PESSOAS

A Belle Ayr considera estradas de transporte bem construídas e conservadas uma necessidade para manter elevada a utilização dos caminhões. Estradas permanentes têm 45 metros (150 pés) de largura e

1/ A pá de 109 toneladas métricas (120 toneladas curtas) de belle Ayr consegue encher com eficiência um caminhão 797b em apenas três ciclos de operação.

2/ Planejamento meticuloso e atenção aos detalhes estão na ordem do dia para Shane Durgin, superintendente de operações da lavra.

3/ Dois dos Cat® 797b de alta disponibilidade da belle Ayr trocam de posição para a pá.

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“ Usamos programas de desenvolvimento e acompanhamento no campo para ver o que dá certo aqui”, explica durgin. “Tentamos nos manter na vanguarda da tecnologia; perguntamo-nos sempre se determinada tecnologia terá valor para nós. Os fornecedores podem nos ajudar a chegar a conclusões.”

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são construídas segundo altos padrões, com base de argila e camada de acabamento de brita. Escrêiperes Cat trabalham com a brita durante a construção e a reconstrução da estrada, conforme necessário para escavar um trecho macio.

Cinco motoniveladoras Cat, quatro modelos 24H e um 16H, fazem o acabamento e a manutenção das estradas na mina. Sistemas de Controle de Análise de Estrada (RAC) nos caminhões Cat transmitem informações para a central, identificando trechos inadequados nas estradas de transporte. Quando surge um problema, pode-se enviar rapidamente uma motoniveladora ao local. Além disso, buldôzeres de rodas Cat 854 restauram as zonas de carregamento e podem ser despachados para cuidar de derramamentos dos caminhões nas proximidades.

Obviamente, as pessoas são um fator importantíssimo para aproveitar ao máximo os equipamentos da mineração. Talvez não haja nenhum evento programado que supere a troca de turno em seu potencial de derrubar o aproveitamento e a produção de uma máquina. O Indicador Chave de Desempenho (KPI) da Belle Ayr é de 32 minutos para uma troca de turno. O desligamento programado envolve a parada dos caminhões em diferentes lugares e diferentes horários, com veículos de transporte de pessoal levando os operadores até os caminhões.

Durante as trocas de turno também ocorre o reabastecimento. O sistema de abastecimento de 30.300 litros (8.000 galões) instalado no caminhão articulado Cat 740 complementa uma plataforma de reabastecimento maior e mais tradicional. O coordenador de operações renova toda a programação para cada troca de turno. "Trata-se de um evento planejado", diz Durgin. "Ele muda o tempo todo e por isso é preciso coordenar cada troca de turno."

O treinamento dos operadores, o feedback de seu desempenho, os incentivos e a cultura da força de trabalho também afetam o modo de trabalho de caminhões e pás. A Bell Ayr dá atenção a todos esses aspectos. Existem na mina os cargos de treinador de operadores e treinador de manutenção.

Primeiro, os operadores de caminhão praticam em um simulador antes de qualquer contato com os veículos da produção. O treinador irá acompanhá-los ao volante no caminhão de produção e, se for preciso, reconduzi-los ao período de treinamento. Alguns dos indicadores para repetição do treinamento vêm dos dados do VIMS, que mostram os erros de operação. Esses problemas são avaliados e então o treinador de manutenção recomenda as providências corretivas a tomar.

Da mesma forma, cada operador recebe feedback preciso e imediato. Cada operador de caminhão, por exemplo, fica sabendo dos tempos de espera, carga útil média, tonelagem transportada e outros indicadores de desempenho. O programa de abonos trimestrais baseia-se em segurança, produtividade e disponibilidade do equipamento. O planejamento e a coordenação entre gerentes também é vital para obter o máximo dos caminhões e de outras máquinas.

COMO FAZER A FROTA RODAR SEM PARAR

A programação e a execução da manutenção em Belle Ayr são fatores essenciais para aumentar a utilização das máquinas e a produção. "Avaliar as situações a longo prazo contribui para que todos tomem as melhores decisões", comenta Ferguson, quando perguntado sobre a dificuldade de coordenar os trabalhos de manutenção e produção. Essa estratégia é reforçada pelo uso preferencial de informações quantificáveis para melhorar os processos e atingir os objetivos.

Para cuidar das máquinas, a Belle Ayr adota contratos de manutenção e reparo (MARCs)

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1/ Ken Ferguson, superintendente de manutenção, explica como a manutenção especializada das estradas de transporte contribui para a formidável vida útil dos pneus.

2/ As estradas permanentes da lavra são construídas segundo altos padrões, com base de argila e acabamento em brita.

3/ Um caminhão articulado Cat 740 complementa uma plataforma de reabastecimento maior e mais tradicional.

4/ O sistema de carregamento da belle Ayr enche um trem de 150 vagões em quatro horas.

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A vida útil dos pneus dos caminhões é testemunho do sucesso do programa

de conservação das estradas. Os pneus de

um 797 duram em média 6.000 horas, enquanto

nos caminhões menores chegam a 11.000.

com fornecedores de primeira linha. A Wyoming Machinery, revendedora regional da Cat, mantém técnicos na mina para cumprir o MARC dos caminhões Cat. Um técnico faz todos os dias a inspeção visual de cada caminhão visando detectar pequenos problemas antes que eles se tornem grandes. Três dias antes da data programada para cada manutenção preventiva (MP), o técnico da Wyoming Machinery faz uma inspeção de 15 minutos, incluindo uma entrevista com o operador do caminhão. Todas as peças e os materiais de reparo necessários são encomendados imediatamente, para que estejam à mão quando o caminhão chegar para sua MP agendada. A Wyoming Machinery mantém estoque de componentes recondicionados pela revendedora. A ideia é não deixar nenhum caminhão parado por mais de 12 horas para MP e reparos – e que ele trabalhem sem outras revisões até a próxima MP.

A Wyoming Machinery também faz testes de ultrassom no chassi e nos parafusos de cabeça boleada do sistema de direção dos caminhões durante cada MP. A coleta regular de amostras dos líquidos com análise e laudo subsequentes também fazem parte do programa.

Da mesma forma, a substituição programada de componentes contribui para a grande disponibilidade mecânica e os índices de utilização obtidos na Belle Ayr. Os esquemas de substituição programada de componentes são detalhados por mês, para os 24 meses seguintes, e por ano, para mais três anos. Os técnicos monitoram os componentes com cuidado quando se aproxima o fim da vida útil prevista para cada um. Pode-se prorrogar

este prazo conforme os resultados desse monitoramento permitirem.

No entanto, a troca de alguns componentes deve seguir um programa rígido. Trocam-se os injetores de combustível, por exemplo, na metade da vida útil do motor, a fim de manter o rendimento do combustível e reduzir as possibilidades de defeito. Os sistemas de combustível também recebem atenção especial, com filtros de 6 mícrons instalados nos caminhões-tanque e reservatórios maiores.

Os recondicionamentos da carroceria dos caminhões também entram na programação e as trocas são coordenadas com outras tarefas de manutenção. A Belle Ayr tem uma dupla de funcionários que realinha as carrocerias para material estéril a cada 20.000 horas e aquelas para carvão a cada 50.000 horas. Torna-se muito demorado restaurar carrocerias para estéril depois das 60.000 horas, devendo-se substituí-las antes que completem 80.000 horas de serviço. A oficina da Bell Ayr também cuida da caçamba das pás e da lâmina dos dôzeres, além de atender a outras necessidades de fabricação.

Combinando práticas responsáveis de manutenção com boas técnicas operacionais, máquinas de mineração robustas e suporte técnico abalizado, programações precisas e uma força de trabalho motivada, a Belle Ayr vem tornando possível atingir ou superar as 8.000 horas de operação por ano com seus caminhões Cat. E a estratégia está valendo a pena, com o aumento da eficiência na produção e a redução do custo por tonelada.

BELLE AYR: PIONEIRA DA INDÚSTRIA CARBONÍFERA REGIONAL

Sendo a primeira mina independente a funcionar na bacia do rio Powder e a primeira a despachar carvão para instalações distantes, a belle Ayr é a pioneira da indústria carbonífera regional centrada no nordeste do Wyoming. A Amax Coal abriu a mina em 1972, inaugurando um exemplo amplamente copiado por outras empresas do condado de Campbell. Hoje, as mineradoras da bacia enviam mais de 363 milhões de toneladas métricas (400 milhões de toneladas curtas) por ano.

As remessas de carvão da belle Ayr totalizavam 26,1 milhões de toneladas métricas (28,8 milhões de toneladas curtas) já em 2008. no primeiro semestre do ano em curso, com 10,8 milhões de toneladas métricas (11,9 milhões de toneladas curtas), esses embarques refletiram a redução da demanda pelo carvão da bacia. A meta de produção para 2010 é de 23,1 milhões de toneladas métricas (25,5 milhões de toneladas curtas).

A belle Ayr explora o famoso veio Wyodak-Anderson, que varia de 21 a 27 metros (70 a 90 pés) de espessura na propriedade. O carvão sub-betuminoso e com baixo teor de enxofre segue por trens de 150 vagões até o entroncamento atendido pelas ferrovias bnSF e Union Pacific. O sistema de carregamento é capaz de encher um desses trens em quatro horas.

Embora a camada de estéril venha se aprofundando à medida que a mineração avança, as reservas carboníferas da belle Ayr chegam a 204 milhões de toneladas métricas (225 milhões de toneladas curtas). Já beirando os 38 anos de vida, esta pioneira da mineração não dá mostras de se aposentar.

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Cat Global Mining / Viewpoint 31

Depois de uma ilustre carreira de mais de 15 anos movimentando carvão e estéril na mina Jewett, da Texas Westmoreland Coal Company, uma pá hidráulica de mineração Cat 5130, carinhosamente apelidada de "Boo-One", encontrou seu descanso, depois de 115.863 horas de serviço apontadas (SMUs). Também conhecida como 5130-5ZL00024 e BH0001, a Boo-One foi produzida em 28 de fevereiro de 1994 e vendida, com assistência técnica, pela distribuidora Holt Cat.

A Boo-One, primeira Cat 5130 na configuração de retroescavadeira, deixa um legado de confiabilidade e produtividade. A pá trabalhava em média 19,5 horas por dia na mina Jewett, um complexo minerário de superfície com 14.160 hectares (35.000 acres) que explora cinco poços localizados entre Dallas e Houston, no Texas, EUA. Outra 5130 continua a trabalhar na lavra, registrando 65.000 SMU.

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PÁ CaT 5130 CoM MUITas horas DE Uso PEGa sEU ÚlTIMo CarVÃo

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CATERPiLLAR CoNsTRUiRÁ FÁBRiCA DE MoToREs DE GRANDE PoRTE NA CHiNAA Caterpillar Inc. anunciou que vai construir uma avançada unidade de produção em Tianjin, China, para aumentar sua capacidade mundial de produção de motores de grande porte. Quando estiver em operação, em 2013, a fábrica se tornará sua terceira fornecedora global de motores da série Cat 3500. A fábrica em Tianjin terá como foco a produção de motores para clientes da China e da região do Pacífico Asiático. O projeto de US$ 300 milhões representa o maior investimento da empresa na China em instalações para motores novos.

CATERPiLLAR DiVULGARÁ CAMiNHÕEs VoCACioNAisA Caterpillar divulgará seu primeiro modelo da linha completa de Caminhões Vocacionais Cat, o Cat CT660, na CONEXPO, em 22 de março de 2011. A venda e a manutenção dos caminhões da Classe 8 serão feitas exclusivamente pela rede de Revendedores Cat Norte-americanos, e a produção será iniciada após a CONEXPO para que sejam entregues aos clientes no fim do mesmo ano. Os caminhões oferecerão soluções personalizadas para diversas aplicações de trabalho – da remoção de pedras e o transporte de lixo ao corte de madeira e o derramamento de concreto. A Caterpillar oferecerá os Caminhões Vocacionais Reforçados com Cabine Curta com a gama completa de opções de classificação de motores e capacidades de torque populares.

AQUisiÇÃo EXPANDE o PoRTFÓLio DA PRoGREss RAiL sERViCEsA Progress Rail Services, subsidiária integral da Caterpillar, finalizou a aquisição da Electro-Motive Diesel (EMD) – coerente com a meta de crescimento agressivo da empresa no setor de Sistemas de Energia. A Progress Rail Services é uma das maiores fornecedoras de produtos e serviços ferroviários e de trânsito da América do Norte, incluindo: reparo e atualização de locomotivas, remanufatura de locomotivas, reparo de trilhos, soldagem e substituição de trilhos, instalação e criação de placas, equipamentos de manutenção de trilhos, recuperação e reciclagem de peças.

CATERPiLLAR PRoDUZ 500º CAMiNHÃo 797A Caterpillar acaba de fabricar e enviar o 500º caminhão de grande porte para mineração modelo 797, destinado à fornecedora de uma mina de carvão na Austrália. O 797F que assinala este marco representa a terceira geração do maior caminhão de tração mecânica já construído. Com capacidade de carga útil de 363 toneladas métricas (400 toneladas curtas), o 797F continua o legado do 797 na liderança dos caminhões para mineração de classe ultra. O primeiro 797 iniciou seus testes operacionais no final de 1998 e seu contingente no campo já chegava a 250 em 2007. Nos três anos seguintes, a Caterpillar fabricou e entregou outras 250 unidades do seu carro-chefe para grandes operações minerárias na Austrália, na América do Norte e na América do Sul.

CATERPiLLAR AUMENTARÁ CAPACiDADE EM CAMiNHÕEsA Caterpillar Inc. anunciou uma série de investimentos que, ao longo dos próximos quatro anos, reforçará de maneira significativa a posição da empresa como líder na fabricação de produtos e soluções para a indústria global da mineração. O interesse inicial nos novos caminhões Cat 795F AC tem sido forte, e a empresa aumentou seu ritmo de produção programada para 2011 em mais de 40% a fim de atender à demanda em todos os maiores mercados do setor no mundo inteiro. No início de 2012, a empresa também pretende produzir unidades-piloto do caminhão 793F AC, com carga útil de 218 toneladas métricas (240 toneladas curtas). Da mesma forma, a empresa vem acelerando seus planos de expansão da capacidade em Decatur, Illinois, EUA, anteriormente anunciados para caminhões, com expectativa de mobilização de mais 30% no início de 2011.

Rio TiNTo AMPLiA CoNTRATo CoM CATERPiLLARA Caterpillar Inc. anunciou um contrato de cinco anos com um grupo de mineração internacional líder de mercado, Rio Tinto, para oferecer suporte e fornecer uma ampla variedade de equipamentos Cat para minas da Rio Tinto no mundo todo. Trata-se do segundo contrato quinquenal consecutivo entre as duas empresas, porém expandido para a linha completa de equipamentos Cat. Como parte desse contrato, a equipe de mineração da Rio Tinto, os revendedores Cat e os funcionários da Caterpillar trabalharão em conjunto para melhorar o desempenho das máquinas e dos locais de mineração. A maioria dos equipamentos fornecidos pela Caterpillar será para mineração de superfície, incluindo caminhões de mineração de grande porte,

tratores de esteiras, grandes pás-carregadeiras de rodas e motoniveladoras.

CATERPiLLAR CoMEMoRA 25 ANos DE RECoNDiCioNAMENTos CERTiFiCADosA Caterpillar iniciou o Programa Cat de Recondicionamento Certificado (CCR) em 1985. Vinte e cinco anos mais tarde, em 2010, foi recondicionada pelo programa a máquina de número 5.000. Somente em 2009, revendedores Cat em todo o mundo concluíram 500 recondicionamentos integrais que, em média, custaram para os proprietários de 40 a 50% menos do que comprar uma máquina similar nova – muito embora o processo implique desmontar a máquina até o chassi e depois reconstruir tudo pelas especificações da nova. As estruturas e os componentes principais de uma máquina Cat foram projetados para preservar sua integridade fundamental ao longo de toda a sua vida útil, tornando possível reconstruir a máquina, de maneira econômica, segundo as rigorosas diretrizes do Programa CCR.

NoVA PÁ-CARREGADEiRA DE RoDAs oFERECE MAis EFiCiÊNCiA No CARREGAMENTo A nova opção de Levantamento Alto Estendido (EHL) da pá-carregadeira de rodas Cat 994F permite que esta popular máquina de mineração carregue caminhões Caterpillar 793 ou similares com mais eficiência. A articulação EHL proporciona mais 1.075 mm (42 polegadas) de altura livre de descarga comparada à do sistema de Levantamento Alto. Essa altura adicional facilita o carregamento de um caminhão da classe de 227 toneladas métricas (250 toneladas curtas). Para reduzir os tempos de ciclo, o operador pode sair com a 994F de marcha à ré, afastando-se do caminhão sem inclinar a caçamba para trás. Em um teste de carregamento de um caminhão 793 com a nova articulação, houve uma redução de 5,5% no tempo de ciclo, o que resultou em um aumento de 5% na produção. O levantamento adicional também permite que o operador faça o último despejo sem empurrar o material.

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