Câmara Derrota Dilma e Retira Projeto de Pauta - Política - Política

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29/10/2015 Câmara derrota Dilma e retira projeto de pauta Política Política http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2015/10/28/camaraderrotadilmaeretiraprojetodepauta/ 1/2 Josias de Souza < Anterior (http://click.uol.com.br/?rf=blogosfera-post- anterior&u=http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2015/10/28/grupo-pro-impeachment-se- algema-na-camara/) | Voltar à página inicial (http://click.uol.com.br/?rf=blogosfera-voltar- home&u=http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br) | Próximo > (http://click.uol.com.br/? rf=blogosfera-post-anterior&u=http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2015/10/28/sem- regalias-de-parlamentar-cunha-seria-preso/) Câmara derrota Dilma e retira projeto de pauta 28/10/2015 18:18 Compartilhe Imprimir Comunicar erro (http://imguol.com/blogs/58/files/2015/10/PlenarioCamaraOposicaoFestejaGustavoLim Sob festejos da oposição, o governo Dilma Rousseff sofreu nova derrota no plenário da Câmara no final da tarde desta quarta-feira (28). Por 193 votos a 175 foi retirado da pauta de votações o projeto do Poder Executivo sobre a repatrição de dinheiro enviado ilegalmente para o exterior, sem informar à Receita Federal. A proposta integra o pacote fiscal do governo. É considerada vital pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda). Consumada a derrota, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), encerrou a sessão. Minutos depois, abriu nova sessão, dessa vez extraordinária. O governo insistia em incluir novamente na pauta o projeto que regulariza o dinheiro mantido no exterior escondido do fisco. Cunha manifestou a intenção de atender. Alegou que a proposta tramita em regime de urgência constitucional. Subitamente, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), deu meia-volta. Após consultar o Planalto, sugeriu que a votação da proposta fosse transferida para terça-feira da semana que vem. Os líderes de partidos governistas concordaram. Os de oposição informaram que voltarão à carga, para tentar impedir a deliberação. E Eduardo Cunha anunciou a retirada da proposta da pauta. Esta foi a primeira votação importante realizada na Câmara desde que Dilma fez uma reforma ministerial com o deliberado propósito de reorganizar sua base congressual. Embora a presidente tenha cedido ao fisiologismo sem ressalvas, sua infantaria revelou-se novamente incapaz de evitar a imposição de um novo constrangimento ao governo. “O governo acabou”, ironizou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). Deputados oposicionistas rasgaram em plenário cópias do projeto. Eram cópias defasadas. A versão final, feita pelo relator Manoel Júnior (PMDB-PB), não havia chegado às

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regalias-de-parlamentar-cunha-seria-preso/)

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28/10/2015 18:18

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Sob festejos da oposição, o governo Dilma Rousseff sofreu nova derrota no plenário

da Câmara no final da tarde desta quarta-feira (28). Por 193 votos a 175 foi retirado

da pauta de votações o projeto do Poder Executivo sobre a repatrição de dinheiro

enviado ilegalmente para o exterior, sem informar à Receita Federal. A proposta

integra o pacote fiscal do governo. É considerada vital pelo ministro Joaquim Levy

(Fazenda).

Consumada a derrota, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),

encerrou a sessão. Minutos depois, abriu nova sessão, dessa vez extraordinária. O

governo insistia em incluir novamente na pauta o projeto que regulariza o dinheiro

mantido no exterior escondido do fisco. Cunha manifestou a intenção de atender.

Alegou que a proposta tramita em regime de urgência constitucional.

Subitamente, o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), deu meia-volta. Após

consultar o Planalto, sugeriu que a votação da proposta fosse transferida para

terça-feira da semana que vem. Os líderes de partidos governistas concordaram.

Os de oposição informaram que voltarão à carga, para tentar impedir a deliberação.

E Eduardo Cunha anunciou a retirada da proposta da pauta.

Esta foi a primeira votação importante realizada na Câmara desde que Dilma fez

uma reforma ministerial com o deliberado propósito de reorganizar sua base

congressual. Embora a presidente tenha cedido ao fisiologismo sem ressalvas, sua

infantaria revelou-se novamente incapaz de evitar a imposição de um novo

constrangimento ao governo.

“O governo acabou”, ironizou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). Deputados

oposicionistas rasgaram em plenário cópias do projeto. Eram cópias defasadas. A

versão final, feita pelo relator Manoel Júnior (PMDB-PB), não havia chegado às

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mãos dos deputados. Debatia-se sobre o nada.

Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire (SP) tachou a proposta de “imoral”.

E criticou a tentativa do governo de votá-la a toque de caixa. “Não há o texto do

substitutivo que se quer votar. Já não basta a imoralidade? O governo ainda quer

votar no escuro?”.

O governo alega que seu projeto só autoriza a regularização de dinheiro lícito.

“Esse dinheiro que está lá fora pode ser fruto de corrupção, de caixa dois, de tráfico

de drogas e nós não conhecemos o conteúdo do texto a ser votado”, rebateu o

deputado Ivan Valente (PSOL-SP). Como o dinheiro nãon tem carimbo, Valente

argumentou que, no limite, a proposta anistiaria até os denunciados da Lava Jato

que esconderam dinheiro na Suíça.

A proposta do governo prevê que, para regularizar o dinheiro enviado ilegalmente

para for a do país, os interessados terão de pagar Imposto de Renda e multa. No

total, o governo arrecadaria 30% sobre o valor declarado. Em troca, o dono da

verba será anistiado dos crimes de sonegação fiscal e evasão de divisas.

O principal argumento da oposição para obstruir a votação é o temor de abrir

brechas para a legalização de dinheiro obtido criminosamente, inclusive por meio de

propinas extraídas da Petrobras. Entre os potenciais beficiários da proposta está o

próprio Eduardo Cunha, pilhado com contas na Suíça.

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