Calibração de Sistemas de Medição-COMPLETO

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SO FRANCISCO

    CAMPUS JUAZEIRO/BA

    CALIBRAO DE SISTEMAS DE MEDIO

    Trabalho do segundo perodo referente matria de Metrologia, ministrada pelo Professor Marcos Irmo.

    Juazeiro

    2012

    CURSO DE ENGENHARIA MECNICA

    CAIO BRANDO DE OLIVEIRA LUCAS ALEXANDRINO MOREIRA DOS SANTOS

    TCITO IAGO DOURADO DOS SANTOS

  • CALIBRAO DE SISTEMAS DE MEDIO

    Um sistema de medio tem por finalidade a apresentao de

    informaes confiveis de um estado momentneo de um mesurando que se deseja

    estudar, determinando o mensurando como um mltiplo ou frao de uma unidade

    tida como padro e de reconhecimento internacional. Assim, para que se tenha a

    confiana nos dados obtidos, preciso que o sistema de medio em uso tenha

    passado por um rigoroso processo no qual se verificado se o desempenho

    metrolgico do sistema de medio est de acordo com os padres esperados.

    Para a qualificao de um sistema de medio, se leva em conta

    como esse sistema opera em relao aos erros associados a ele. Um bom sistema

    de medio aquele que opera com pequenos erros associados e projetado para

    otimizar os erros sistemticos e aleatrios em toda a sua faixa de medio nas

    condies nominais.

    Todo o sistema de medio construdo sempre apresentar erros

    relacionados com o seu funcionamento. Por melhores que sejam as suas

    caractersticas, sempre existir erros influenciados por fatores internos e externos ao

    sistema de medio. Quando h o conhecimento das incertezas que levam ao erro

    no sistema de medio, se tem uma estimao mais segura do resultado.

    O procedimento experimental que relaciona os valores indicados

    pelo sistema de medio a sua correspondncia com o mensurando sendo medido

    chamado de Calibrao. um processo importante em qualquer que seja a rea de

    atuao dos sistemas de medio e sua realizao proveniente de entidades

    credenciadas aptas a sua aplicao.

    OPERAES DE QUALIFICAO DOS SISTEMAS DE MEDIO

    So quatro as operaes para a qualificao de um sistema de

    medio:

    Calibrao: Procedimento experimental para estabelecimento, sob condies

    especficas, da relao entre valores indicados pelos sistemas de medio ou

    valores representados por um instrumento de medio ou valores representados

  • por uma medida materializada e os valores relacionados com as grandezas

    tomadas como padres.

    As calibraes asseguram as incertezas requeridas aos processos metrolgicos,

    garantindo tambm rastreabilidade das medies e reduo de erros com as

    correes. As correes devem ser utilizadas sempre que ocorrerem

    sobrecargas dos sistemas de medio, assim como quedas, mal ou

    desconfiana dos resultados obtidos. Devem acontecer periodicamente sempre

    aps a manuteno para que se possa assegurar a qualidade das medies. A

    calibrao deve ser realizada por laboratrios credenciados, certificados (ISO

    9001), avaliados (Rede Estaduais) ou qualquer entidade com rastreabilidade

    assegurada. No Brasil se tem a Rede Brasileira de Calibrao (RBC), sob

    coordenao do INMETRO. A rede composta por laboratrios ligados a

    Universidades, Empresas, Fundaes e entidades que tenham o

    credenciamento do INMETRO e podem disponibilizar certificados de calibrao

    oficiais.

    Os resultados das calibraes estabelecem os valores do mensurando para com

    as indicaes, determina as correes a serem aplicadas. Estes resultados

    sempre so registrados em documentos de caractersticas especficas

    chamados de certificados de calibrao. Estes certificados possuem informaes

    acerca do desempenho metrolgico do sistema de medio. Como seu principal

    resultado, apresenta em todos os pontos medidos ao longo da faixa de medio:

    estimativas da correo a ser aplicadas e estimativas de incertezas associadas

    correo.

    Ajuste: uma operao efetuada aps a calibrao, realizada quando o sistema

    de medio no esta apresentando desempenho metrolgico como o esperado.

    Basicamente uma regulagem interna do sistema de medio executada por

    um tcnico especializado. A finalidade da medio fazer coincidir o valor

    apresentado do sistema de medio com o valor do mensurando estudado.

    Aps a concluso do ajuste se faz necessrio uma nova calibrao para se

    estudar o novo comportamento do sistema de medio, com os ajustes

    realizados.

    Regulagem: Outra operao realizada aps a calibrao. Envolve ajustes

    efetuados em controles externos colocados em geral a disposio do usurio do

  • sistema de medio. importante para o correto desempenho do sistema de

    medio.

    Verificao: Operaes realizadas por entidades oficiam denominadas de

    Institutos de Pesos e Medidas Estaduais (IPEM). A sua funo comprovar

    que: um sistema de medio est operando corretamente dentro das

    caractersticas estabelecidas por lei; uma medida materializada apresente

    caractersticas estabelecidas por normas legais.

    DESTINO DOS RESULTADOS DE UMA CALIBRAO

    Com os resultados das calibraes estabelecidos, elas podem ter os

    seguintes destinos:

    Levantamento da curva de erro para se determinar que nas condies em que

    foi calibrado o sistema de medio est seguindo uma norma legal;

    Levantamento da curva de erro para se ter os parmetros operacionais de ajuste

    do sistema de medio;

    Levantamento com riqueza de detalhes da curva de erros e tabelas com valores

    da correo e sua incerteza, para se corrigir os efeitos sistemticos onde se ter

    uma reduo da incerteza do resultado da medio;

    Anlise do comportamento do sistema de medio no seu desenvolvimento e

    aperfeioamento;

    Anlise do comportamento metrolgico e operacional dos sistemas de medio

    em condies de elevadas temperaturas, ausncia de gravidade, elevadas

    presses, etc.

    MTODOS DE CALIBRAO

    Fundamentalmente os mtodos de calibrao so determinados

    pelos tipos de padres e a maneira na qual so empregados. Os mtodos mais

    utilizados so denominados como: calibrao direta, calibrao indireta e calibrao

    parcial.

    CALIBRAO DIRETA

  • Na calibrao direta o mensurado aplicado sobre o sistema de

    medio por meio de medidas materializadas, cada qual com seu valor verdadeiro

    convencional suficientemente conhecido para que possam ser comparados.

    As incertezas do padro devem ser suficientemente pequenas para

    que as eventuais diferenas encontradas entre esses valores possam ser atribudas

    aos erros do sistema de medio calibrado.

    necessrio dispor de uma coleo de medidas materializadas

    suficientemente completa para cobrir toda a faixa de medio do instrumento. As

    indicaes dos sistemas de medio so confrontadas com cada valor verdadeiro

    convencional e a correo e sua incerteza so estimadas por meio de medies

    repetitivas.

    A calibrao da balana usando massa padro e a calibrao de

    blocos padres so exemplos de calibrao direta.

    Este mtodo de calibrao vem sendo bastante utilizado em

    laboratrios de metrologia de maior porte, apesar do seu auto custo de aquisio e

    manuteno, devido a sua estabilidade e a permanncia de suas caractersticas

    metrolgicas por longos perodos.

    CALIBRAO INDIRETA

    Na calibrao indireta, o mensurado gerado por meio de um

    dispositivo auxiliar, que atua simultaneamente no sistema de medio a calibrar

    (SMC) e tambm no sistema de medio padro (SMP), isto , um segundo sistema

    de medio que no apresente erros superiores a 1/10 dos erros do SMC. As

    indicaes do SMC so comparadas com as do SMP, sendo estas adotadas como

    VVC, e os erros so determinados.

    Este tipo de calibrao utilizado em grandezas onde o conceito de

    medidas materializadas no pode ser aplicado, o que inviabiliza a utilizao da

    calibrao direta. Como exemplo de calibrao indireta temos a calibrar o

    velocmetro de um automvel, a calibrao de um voltmetro utilizando um voltmetro

    padro como referncia.

    Para calibrar o velocmetro de um automvel pela calibrao

    indireta, o automvel posto em movimento. Sua velocidade em relao ao solo,

    alm de indicada pelo velocmetro, tambm medida por meio de um sistema de

    medio padro constitudo ou por uma quinta roda, afixada na parte traseira do

  • automvel ou por meio da utilizao de sensores que usam um raio laser dirigido ao

    solo e, atravs da anlise do tipo de sinal que retorna, determinam a velocidade real

    do automvel, cujos erros devem ser significativamente menores que os erros do

    velocmetro a calibrar. Neste exemplo o prprio automvel o gerador da grandeza

    padro, isto , da velocidade, que simultaneamente submetida a ambos os

    sistemas de calibrao. Para levantar a curva de erros, o automvel deve trafegar

    em diferentes patamares de velocidade repetidas vezes.

    Para realizar calibraes pelo mtodo indireto, necessrio um

    investimento razovel, uma vez que seus resultados s so dinmicos e estveis

    desde que as caractersticas do sistema de medio-padro e da infraestrutura de

    calibrao permita-os.

    CALIBRAO PARCIAL

    Normalmente objetiva-se determinar o comportamento operacional e

    metrolgico do sistema de medio na sua integralidade, isto , do conjunto formado

    pelos mdulos sensor/transdutor, transmisso ou tratamento de sinal, dispositivo

    mostrador e demais, que compem a cadeia de medio.

    Este sistema de medio pode apresentar-se de forma independente

    (ex: manmetro, mquina de medir por coordenadas) ou pode estar integrado a um

    sistema composto de vrios elementos interligveis fisicamente (ex: clula de carga

    + amplificador da mquina de ensaio de materiais, termmetro de um reator nuclear,

    formado por termopar + cabo de compensao + voltmetro).

    No raro, especialmente nas fases de desenvolvimento e

    fabricao de mdulos, ser invivel a calibrao do sistema de medio como um

    todo. Esta dificuldade pode surgir em funo do porte e complexidade do sistema ou

    da dificuldade tecnolgica de se obter uma grandeza padro com a qualidade

    necessria ou de se manter todas as variveis influentes sob controle.

    Nestes casos, comum efetuar calibraes separadamente em

    alguns mdulos do sistema, tendo sempre em vista que estes devem apresentar um

    sinal de sada definido (resposta) para um sinal de entrada conhecido (estmulo). A

    anlise do desempenho individual de cada mdulo possibilita a determinao das

    caractersticas de desempenho do conjunto.

    Frequentemente um mdulo isolado no tem condies de operar

    plenamente. necessrio acrescentar elementos complementares para formar um

  • SM que tenha condies de operar. Para que estes elementos complementares no

    influam de forma desconhecida sobre o mdulo a calibrar, necessrio que o erro

    mximo introduzido por cada elemento no seja superior a um dcimo do erro

    admissvel ou esperado para o mdulo a calibrar.

    Na prtica, existem alguns sistemas de medio que fornecem, para

    grandezas vetoriais, diversas indicaes (ex: as trs componentes cartesianas de

    uma fora, as trs coordenadas da posio de um ponto apalpado). A calibrao

    deste sistema normalmente efetuada para cada uma destas componentes do vetor

    isoladamente, da forma usual. Deve-se adicionalmente verificar se h influncia da

    variao de uma das componentes sobre as demais, ou seja, os coeficientes de

    influncia.

    RASTREABILIDADE

    Para que o valor da medida materializada, ou o indicado pelo SMP,

    possa ser adotado como valor verdadeiro convencional (VVC), necessrio que

    seus erros sejam sensivelmente menores que os erros esperados no SMC.

    Tecnologicamente, quanto menores os erros do padro melhor. Economicamente,

    quanto menores os erros do padro, maior seu custo. Procurando buscar o

    equilbrio tcnico-econmico, adota-se como padro um elemento que, nas

    condies de calibrao e para cada ponto de calibrao, apresente incerteza no

    superior a um dcimo da incerteza esperada para o sistema de medio a calibrar.

    Assim:

    Na equao acima, U representa a incerteza expandida, que

    corresponde faixa de dvidas que resultam das medies efetuadas com os

    respectivos sistemas de medio.

    Desta forma, o SMP apresentar ao menos um dgito confivel a

    mais que o SMC, o que suficiente para a determinao dos erros deste ltimo.

    Excepcionalmente, em casos onde muito difcil ou caro de se obter um padro 10

    vezes superior ao SMC, usa-se o limite de 1/5 ou at mesmo 1/3 para a razo entre

  • as incertezas do SMP e o SMC. Este ltimos devem ser analisados com cuidado

    para que a incerteza da calibrao no venha a ser muito elevada.

    Em funo da mudana do comportamento do instrumento com a

    velocidade de variao do mensurado, distinguem-se a calibrao esttica e a

    dinmica. Apenas nos instrumentos de ordem zero a calibrao esttica coincide

    com a dinmica. Nos demais casos, necessrio determinar a resposta do SM para

    diversas frequncias de variao do mensurado.

    Qualquer sistema de medio deve ser calibrado periodicamente.

    Este perodo , algumas vezes, especificado por normas, ou fabricantes de

    instrumentos, ou outras fontes como laboratrios de calibrao, porm so

    influenciados pelas condies e/ou frequncia de uso.

    Para a calibrao de um SM em uso na indstria, so geralmente

    usados padres dos laboratrios da prpria indstria. Entretanto, estes padres

    precisam ser calibrados periodicamente, o que executado por laboratrios

    secundrios da RBC. Mas tambm estes padres precisam ser calibrados por outros

    que, por sua vez, tambm necessitam de calibrao e assim por diante.

    Estabelece-se assim uma hierarquia que ir determinar nos padres

    primrios internacionais, ou mesmo, na prpria definio da grandeza. A calibrao

    peridica dos padres garante a rastreabilidade internacional, ou seja a coerncia

    das medies no mbito mundial.

    PROCEDIMENTO GERAL DE CALIBRAO

    Primeiramente fundamental o conhecimento integral de toda a

    operao metrolgica do sistema de medio, ou seja, do conjunto formado por

    todos os mdulos sensor/transdutor, transmisso ou tratamento de sinal, dispositivo

    mostrador e as demais funes que compem o processo de medio. Esse sistema

    pode apresentar-se de forma independente, como no manmetro, ou fazer parte de

    um sistema mais complexo, composto por vrios elementos interligados.

    Alguns empecilhos que dificultem o processo de calibrao podem

    surgir ao longo do caminho como, por exemplo, o tamanho e complexidade do

    sistema de medio ou dificuldade de se obter uma grandeza padro correta e at

    mesmo de se manter todas as variveis influentes no processo sob o controle.

  • Nessas ocasies o ideal concluir a calibrao individualmente em cada modulo do

    sistema para melhor visualizao do desempenho de todo o conjunto.

    Para que o processo de calibrao seja eficiente e de qualidade

    necessrio um operador especializado e com um amplo conhecimento na rea de

    metrologia e do sistema de medio a calibrar (SMC). A NBR e ISO so

    responsveis por elaborar normas e procedimentos padres que devem ser

    seguidos pelo operador. Se por acaso tais procedimentos no existir, a operao

    deve ser executada com base em informaes obtidas de normas tcnicas e

    recomendaes do fabricante, alem do conhecimento na rea de metrologia.

    A seguir um roteiro geral para a calibrao de um SM dividido em

    oito etapas que visa apenas orientar o operador s recomendaes bsicas.

    1 ETAPA: DEFINIO DOS OBJETIVOS:

    Primeiramente definir os objetivos do processo de calibragem para

    saber qual ser a abrangncia do estudo.

    Dados para ajustes e regulagens: Faz-se apenas estudo de alguns pontos na

    faixa de medio do SMC.

    Levantamento da curva de erros: Utiliza grande nmero de pontos da faixa de

    medio do SMC e realizar diversos ciclos para reduzir as incertezas nas

    tendncias ou nas correes dos valores.

    Dados para verificao: Com base em recomendaes especificas e normas da

    metrologia os dados levantados tem uma intensidade intermediaria.

    Avaliao completa: A calibrao realizada em vrias condies operacionais

    diferentes levando em conta a influencia da temperatura, vibraes, tenso,

    campos eletromagnticos e etc.

    2 ETAPA: IDENTIFICAO DO SISTEMA DE MEDIO A CALIBRAR (SMC)

    Recomenda-se um estudo aprofundado do SMC atravs de

    manuais, normas, literatura complementar e todas as recomendaes fornecidas

    pelo fabricante, para um melhor entendimento do modo de operao e das

    caractersticas metrolgicas dos mdulos independentes. Posteriormente identificar

  • e caracterizar o instrumento documentando o nmero de fabricao, nmero de

    serie, modelo etc.

    3 ETAPA: SELEO DO SISTEMA DE MEDIO PADRO (SMP).

    Aps a identificao do SMC, o prximo passo selecionar o SMP

    apropriado para o instrumento levando em considerao que as incertezas do SMP

    no devem ser superiores a 0,1% da incerteza esperada para o SMC. (A faixa de

    medio do SMP deve ser maior que a do SMC).

    4 ETAPA - PREPARAO DO EXPERIMENTO

    fundamental que antes de comear o processo de calibragem seja

    criado um memorial onde o operador possa registrar todos os eventos associados

    com a atividade. Posteriormente ter em mos o planejamento detalhado de todo o

    procedimento para que a calibrao seja feita de maneira rpida, eficiente e com

    reduo de custos.

    Executar a calibrao segundo procedimento documentado em normas

    especficas. Caso esse procedimento no existir realizar estudo com base em

    manuais operativos, recomendaes tcnicas de fabricantes e/ou laboratrios de

    calibrao.

    Fazer um estudo do modo de operao SMP para que seja usado de maneira

    correta e assim obter xito e confiabilidade no resultado.

    Esquematizao do ensaio e preparao dos instrumentos a serem utilizados e

    sequncia de operaes a serem obedecidas.

    Organizao das planilhas de coleta de dados para facilitar a observao dos

    dados e reduzir as probabilidades de erros e esquecimento de informaes

    Montagem do experimento

    5 ETAPA - EXECUO DO ENSAIO

    Hora comear o processo de calibragem seguindo o roteiro j

    estabelecido das operaes e registrar as condies atuais do ensaio. Qualquer

    observao, anomalia ou informao adicional deve ser adicionada ao memorial de

    calibrao com identificao detalhada e cronolgica para uma melhor identificao

    de algum defeito ou erro inesperado ao longo do processo.

  • 6 ETAPA - PROCESSAMENTO E DOCUMENTAO DOS DADOS:

    Explicitar todos os clculos realizados de maneira clara e objetiva no

    memorial, utilizando tabelas e grficos como forma de facilitar o entendimento dos

    resultados.

    7 ETAPA: ANLISE DOS DADOS:

    A partir da curva de erros e dos valores calculados para a faixa de

    medio, determinam-se os parmetros reduzidos correspondentes s

    caractersticas metrolgicas e operacionais. Estes valores so comparados s

    especificaes do fabricante, usurio, normas, e do lugar a um parecer final. Este

    parecer pode ou no atestar a conformidade do SMC com uma norma ou

    recomendao tcnica, apresentar instrues de como e restries das condies

    em que o SMC pode ser utilizado, etc.

    8 ETAPA - CERTIFICADO DE CALIBRAO

    A partir do memorial, gera-se o Certificado de Calibrao, que o

    documento final que ser fornecido ao requisitante, no qual constam as condies e

    os meios de calibrao, bem como os resultados e os pareceres.

    a) Descrio e identificao individual do SM a calibrar;

    b) Data da calibrao;

    c) Os resultados da calibrao obtidos aps, e quando relevante, os obtidos antes

    dos ajustes efetuados;

    d) Identificao do(s) procedimento(s) de calibrao utilizado(s);

    e) Identificao do SM padro utilizado, com data e entidade executora da sua

    calibrao, bem como sua incerteza;

    f) As condies ambientais relevantes e orientaes expressas sobre quaisquer

    correes necessrias ao SM a calibrar;

    g) Uma declarao das incertezas envolvidas na calibrao e seus efeitos

    cumulativos;

    h) Detalhes sobre quaisquer manutenes, ajustes, regulagens, reparos e

    modificaes realizadas;

    i) Qualquer limitao de uso (ex: faixa de medio restrita);

  • j) Identificao e assinaturas da(s) pessoa(s) responsvel (eis) pela calibrao bem

    como do gerente tcnico do laboratrio;

    k) Identificao individual do certificado, com nmero de srie ou equivalente;

    A norma NBR ISO 10 012-1 (Requisito da garantia da qualidade

    para equipamentos de medio) prev que os resultados das calibraes devem

    ser registrados com detalhes suficientes de modo que a rastreabilidade de todas as

    medies efetuadas com o SM calibrado possam ser demonstradas, e qualquer

    medio possa ser reproduzida sob as condies semelhantes s condies

    originais.

  • REFERNCIAS

    ALBERTAZZI, Armando e SOUZA, Andr R. Fundamentos de metrologia

    cientfica e industrial. Barueri, SP: Manole, 2008.

    ALBERTAZZI, Armando. Metrologia parte I. UFSC, LABMETRO. 2004. Disponvel

    em: < http://www.labmetro.ufsc.br/Disciplinas/EMC6421/metrologia_1.pdf>. Acesso

    em 27 out. 2012.