Calazans_Plano de Internacionalização Da Uniagro (2)
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ESCOLA DE ADMINISTRAO (EA)
DEPARTAMENTO DE CINCIAS ADMINISTRATIVAS (DCA)
Pedro De Marchi Calazans
PLANO ESTRATGICO PARA INTERNACIONALIZAO DA
EMPRESA UNIAGRO
PORTO ALEGRE
2007
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Pedro De Marchi Calazans
PLANO ESTRATGICO PARA INTERNACIONALIZAO DA
EMPRESA UNIAGRO
POR
PEDRO CALAZANS
113425
Trabalho de concluso de curso de graduao
apresentado ao Departamento de Cincias
Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, como requisito parcial para a obteno do grau
de Bacharel em Administrao.
Orientado por: Prof. Luiz Antnio Slongo
PORTO ALEGRE
2007
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Pedro De Marchi Calazans
PLANO ESTRATGICO PARA INTERNACIONALIZAO DA EMPRESA UNIAGRO
Trabalho de concluso de curso de graduaoem administrao na Universidade Federal do
Rio Grande do Sul.
Conceito final:
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
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AGRADECIMENTOS
Agradeo aos meus pais e minha famlia, quesempre me incentivaram a aprimorar meusconhecimentos e a enfrentar desafios; ao meuorientador, Luiz Antnio Slongo, que me auxiliouem todas as etapas da construo deste trabalhode concluso; e a UNIAGRO que permitiu arealizao deste trabalho.
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RESUMO
Trabalho de concluso de curso de graduao emadministrao de empresas na UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul. Trata-se de umestudo de caso em uma empresa industrial ecomercial do ramo de alimentos e bebidas, aUNIAGRO, versando sobre o plano estratgicopara a internacionalizao, bem como as aesnecessrias para a insero de seus produtos emmercado externos. O trabalho analisa osambientes interno e externo da empresa, revisa aliteratura e apresenta o plano estratgico para ainsero internacional dos produtos da empresa.
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1 Organograma UNIAGRO.........................................................................................................16
Quadro 1 Objetivos Estratgicos UNIAGRO .......................................................................................19
Quadro 2 Lista de produtos exportao UNIAGRO............................................................................64
Quadro 3 Exportao brasileira por porte / NCM................................................................................66
Quadro 4 - Balana Comercial Brasileira at agosto de 20 ..................................................................69
Quadro 5 Exportao brasileira 2005 ..................................................................................................70
Quadro 6 Exportao brasileira 2006 ..................................................................................................70
Quadro 7 Exportao brasileira at outubro 2007 .............................................................................71
Quadro 8 Exportao brasileira por porte / destino ..........................................................................88
Quadro 9 Formao de margem exportao ....................................................................................102
Quadro 10 - Exportaes UNIAGRO anos 2008 e 2009 ......................................................................104
Quadro 11 - Exportao UNIAGRO 2010 e 2011 ..................................................................................105
Quadro 12 Participao das exportaes no faturamento .............................................................105
Quadro 13 Investimentos na Internacionalizao ...........................................................................106
Quadro 14 Plano de ao para certificao de qualidade ..............................................................107
Quadro 15 Plano de ao para novos produtos ..............................................................................108
Quadro 16 Plano de ao para capacitao pessoal ......................................................................109Quadro 17 Plano de ao para exportao Mercosul .....................................................................110
Quadro 18 Plano de ao para exportao Amrica Latina ............................................................111
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SUMRIO
1 APRESENTAO DO TRABALHO.........................................................................10
2 INTRODUO ..........................................................................................................11
3 CARACTERIZAO DA ORGANIZAO ..............................................................14
3.1 DESCRIO DA EMPRESA..................................................................................14
3.2 PRODUTOS DA EMPRESA...................................................................................15
3.3 ORGANOGRAMA ..................................................................................................15
3.4 DESCRIO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO...........................................16
3.5 OBJETIVOS ESTRATGICOS ..............................................................................19
4 SITUAO PROBLEMTICA..................................................................................21
5 OBJETIVOS..............................................................................................................26
5.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................26
5.2 OBJETIVOS ESPECFICOS ..................................................................................26
6 FUNDAMENTAO TERICA................................................................................27
6.1 COMRCIO EXTERIOR ........................................................................................28
6.1.1 Incoterms.............................................................................................................28
6.1.2 Modalidades de pagamento ................................................................................296.1.3 Documentos do comrcio internacional...............................................................30
6.1.4 Barreiras comerciais............................................................................................31
6.1.5 Estrutura da fora de vendas ..............................................................................32
6.2 LOGSTICA ............................................................................................................33
6.2.1 Vantagem Competitiva e Competncia Logstica................................................34
6.2.2 Logstica Integrada..............................................................................................35
6.2.3 Cadeia de Suprimentos.......................................................................................366.3 PLANEJAMENTO ESTRATGICO........................................................................37
6.3.1 Anlise de Cenrios Ambiente Externo............................................................37
6.3.2 Anlise de Cenrios - Ambiente interno ..............................................................41
6.3.3 Estratgia ............................................................................................................43
6.3.4 Marca ..................................................................................................................45
6.3.5 Posicionamento...................................................................................................47
7 METODOLOGIA.......................................................................................................50
7.1 CONCEITO E TIPOS DE PESQUISAS..................................................................50
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7.1.1 Plano de Coleta de Dados...................................................................................51
7.1.2 Definio da rea ou Populao Alvo ................................................................. 51
7.1.3 Pesquisa Quantitativa..........................................................................................51
7.1.4 Pesquisa Qualitativa............................................................................................52
7.1.5 Estudo de Caso...................................................................................................52
7.2 MTODO PROPOSTO ..........................................................................................52
7.2.1 Tipo e Delineamento de Pesquisa.......................................................................53
7.2.2 Tcnica de Coleta e Anlise de Dados ...............................................................53
8 ANLISE...................................................................................................................56
8.1 FATORES CRTICOS DE SUCESSO....................................................................56
8,2 AMBIENTE INTERNO............................................................................................57
8.2.1 Norteadores.........................................................................................................57
8.2.2 Experincia internacional ....................................................................................58
8.2.3 Cultura empresarial .............................................................................................58
8.2.4 Servios de logstica internacional ......................................................................59
8.2.5 Headge natural....................................................................................................59
8.2.6 Recursos humanos .............................................................................................60
8.2.7 Recursos financeiros...........................................................................................61
8.2.8 Estratgia, marca e posicionamento ...................................................................62
8.2.9 Produtos..............................................................................................................63
8.3 ANALISE AMBIENTE EXTERNO...........................................................................66
8.3.1 Estatsticas do comrcio internacional ................................................................ 66
8.3.2 Aspectos demogrficos e econmicos ................................................................ 74
8.3.3 Aspectos tecnolgicos.........................................................................................82
8.3.4 Aspectos poltico legais....................................................................................83
8.3.5 Aspectos scio-culturais......................................................................................88
8.3.6 Fornecedores ......................................................................................................90
8.3.7 Concorrentes.......................................................................................................91
8.3.8 Clientes ...............................................................................................................92
8.3.9 Tendncias..........................................................................................................93
8.4 ANALISE SWOT ....................................................................................................95
8.5 OBJETIVOS E METAS DE EXPORTAO...........................................................97
8.5.1 Mercado ..............................................................................................................978.5.2 Produtos..............................................................................................................99
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8.5.3 Canal de distribuio.........................................................................................100
8.5.4 Promoo..........................................................................................................100
8.5.5 Preo.................................................................................................................101
8.5.6 Certificaes de qualidade ................................................................................102
8.5.7 Pessoas.............................................................................................................103
8.5.8 Metas financeiras de exportao.......................................................................103
8.6 PLANOS DE AO.............................................................................................107
8.6.1 Plano de ao para obteno de certificaes de qualidade .......................... 107
8.6.2 Plano de ao para desenvolvimento de novas linhas de produtos................ 108
8.6.3 Plano de ao para capacitao de pessoal................................................... 109
8.6.4 Plano de ao para exportao ao Mercosul .................................................. 109
8.6.5 Plano de ao para a exportao aos demais pases da Amrica Latina ....... 111
9 CONSIDERAES FINAIS....................................................................................113
9.1 BENEFCIOS........................................................................................................113
9.2 LIMITAES DO TRABALHO.............................................................................114
10 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................115
ANEXO A LISTA DE PASES POR PIB PER CAPTA......................................118
ANEXO B ESTATSTICAS DE COMRCIO EXTERIOR AMRICA DO SUL /
NCM......................................................................................................................120
ANEXO C ESTATSTICAS DE COMRCIO EXTERIOR AMRICA DO NORTE /
NCM......................................................................................................................121
ANEXO D ESTATSTICAS DE COMRCIO EXTERIOR EUROPA / NCM.......122
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1 APRESENTAO DO TRABALHO
Este trabalho de concluso de curso foi realizado para a disciplina Estgio Final,
sendo requisito parcial para obteno do grau de Bacharel em Administrao, na
Escola de Administrao da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Trata-se de
um tema muito importante e com visibilidade crescente no mundo acadmico; contudo,
ainda pouco estudado nesta escola. Estruturado dentro da esfera da nfase de
Marketing, este trabalho de concluso tem enfoque especfico na rea internacional. O
tema deste trabalho tratar do plano estratgico para a internacionalizao da
empresa UNIAGRO.
As informaes referentes empresa selecionada para este estudo sero
abordadas com detalhes, descrevendo o negcio da empresa, seus produtos, processo
de planejamento estratgico, sua misso e seus objetivos e at mesmo metas e
indicadores de desempenho. Isso facilita o entendimento do negcio da empresa, de
suas necessidades e interesse. Ficando clara a importncia deste trabalho para que se
possa alcanar com maior facilidade alguns dos objetivos estratgicos estabelecidos.
A seguir ser destacada a situao problemtica, assim como seu objetivo geral
e os respectivos objetivos especficos, tudo acompanhado da devida fundamentao
terica. Este embasamento terico serviu de base para a realizao de um estudo mais
profundo durante a elaborao do plano estratgico de internacionalizao. Por este
mesmo motivo, detalhado o mtodo e as tcnicas de pesquisa e coleta de dados.
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2 INTRODUO
Todos os dias ouve-se falar sobre globalizao, balana comercial, mercado
internacional, importao e exportao, basta ler jornais ou revistas com enfoque
econmico. Na realidade a globalizao um processo que j comeou h muito
tempo atrs. O Brasil foi descoberto por um processo de prospeco de novos
mercados, quando Portugal, entre outros pases, buscava acessar novos mercados
para intercmbio comercial. Este processo cresceu e sofreu diversas transformaes
durante estes mais de 500 (quinhentos) anos. O ritmo de crescimento econmico, o
volume de intercmbio comercial e a interao social e de comunicao entre os
pases chegou a patamares nunca antes visto.
Na fase atual de globalizao existe uma grande aproximao dos pases,
empresas e indivduos de todo o mundo, havendo teorias que defendem at mesmo
que o mundo est ficando plano, ou seja, que no existem barreiras fsicas para
impedir a interao comercial, social e cultural no mundo. No apenas o ritmo de
achatamento do globo, mas o fato de que a fora motriz da globalizao saiu do eixo
nrdico, ocidental, ou (mais restritamente) do poder exclusivo europeu e americano e
passou a se tornar global. Ou melhor, cada vez mais existe a participao de no-
ocidentais no processo de globalizao, atuando como fora dinmica, criando
softwares e gerando novos conceitos. Isto passa por ndia e China, mas tambm passa
por Brasil e frica do Sul, por exemplo. A tendncia que isto continue e cresa.
Os saltos de produtividade sero enormes para os pases, empresas e
indivduos capazes de absorver as novas ferramentas tecnolgicas e fazer parte desta
tendncia. O Brasil est dando saltos no volume exportado, o mundo est puxando a
produo em maior escala tanto na indstria, como na agricultura. A demanda
internacional aquecida est at mesmo influenciando no aumento de preos nomercado interno. O prprio preo do po francs que compramos todos os dias
influenciado por fatores como a variao internacional do preo do trigo, a safra de
pases fornecedores como a Argentina e o Canad, e a demanda do mercado
internacional, como a crescente demanda de matrias primas na China e ndia.
Globalizao um termo que foi criado nos Estados Unidos, durante a
administrao de Bill Clinton, para descrever as relaes entre governos e grandes
empresas. Mas o que est acontecendo hoje um fenmeno muito mais amplo eprofundo. Determinados empregos agora se do no ciberespao, profissionais agora
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colaboram com outros nos confins do planeta, produtos so gerados ao mesmo tempo
em diversos lugares.
Um exemplo da impressionante realidade advinda dos avanos tecnolgicos e
da atual fase de globalizao o de que uma grande fabricante americana de
automveis descobriu que empresas chinesas estavam usando as novas tecnologias
de escaneamento para, em tempo recorde, digitalizar carros inteiros, criar modelos de
cada pea no computador e fornec-los para robs industriais capazes de, tambm em
tempo recorde, produzirem uma cpia perfeita de um automvel, sem gastar um
centavo em P&D. Jamais ocorreu indstria automobilstica americana que ela teria de
se preocupar com a possibilidade de clonagem dos seus produtos. Mas, nos dias de
hoje, com as atuais tecnologias, a realidade outra.
Thomas L. Friedman, autor do livro O Mundo Plano Uma breve histria do
sculo XXI, indaga que desde a adeso da China Organizao Mundial de
Comrcio, em 11 de dezembro de 2001, todo o mundo precisou comear a correr cada
vez mais rpido. Esta correria se ressalta quando, por exemplo, uma empresa de
sapatos pega uma de suas fbricas de Novo Hamburgo e transfere-a inteira para uma
cidade na China, onde produzir exatamente o mesmo sapato, exatamente da mesma
maneira, s que com mo-de-obra mais barata, uma carga tributria menor, energia
subsidiada e menos gastos com os planos de sade dos funcionrios. Ou seja, o
mesmo produto (s vezes at melhor) muito mais competitivo e em maior volume. O
ingresso da China na OMC ergueu Pequim e o resto do mundo a um nvel de avano
sem precedentes, um nmero cada vez maior de empresas passou a deslocar sua
produo para o exterior, para depois integr-la em suas cadeias globais de
fornecimento.
A afluncia da China e da ndia na economia mundial e a competitividade
incessante que a busca de mais e mais valor agregado em tudo o que se faz e produzcom certeza so fenmenos impressionantes destes tempos. Com isto todas as
empresas brasileiras tm que estar cientes das necessidades advindas desta nova fase
do capitalismo. Empresas de pequeno, mdio e grande porte tm que se preparar para
enfrentar uma concorrncia global, isto exige maior responsabilidade, integrao
logstica e, para aquelas que querem crescer e ganhar mercado, um planejamento
estratgico de internacionalizao bem fundamentado.
No caso do segmento de alimentos, setor onde se encontra a empresa basedeste estudo, a UNIAGRO, os maiores clientes da empresa so as multinacionais. Isto
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porque o varejo brasileiro j se internacionalizou, as maiores redes de supermercado
do Brasil so multinacionais, Po de Acar (pertence ao grupo Casino da Frana),
Carrefour (Frana) e Wal-Mart (Estados Unidos) so a prova disto. Para lidar com
clientes deste porte, os fornecedores como a UNIAGRO devem estar preparados para
a concorrncia global. Estas empresas devem buscar aumentar a sua produo para
conseguir atender a demanda dos grandes clientes e diversificar sua carteira de
clientes para ganhar poder de barganha frente a estes gigantes clientes, o que no
fcil.
O Mundo realmente est ficando cada vez mais Plano. Com este
achatamento do mundo, os pequenos comearam a poder pensar grande. Isto , as
pequenas empresas adquiriram uma viso global. Isto no tem volta.
A UNIGRO se insere dentro deste contexto. A empresa tem, desde sua
fundao, uma viso bem inovadora e aberta s tendncias internacionais. Isto fica
claro quando verificamos o histrico da empresa, que j fez parceria com empresas
multinacionais h muito tempo atrs, importadora de produtos alimentcios h muitos
anos e agora busca ampliar sua participao no mercado internacional, via a
exportao de seus produtos.
O trabalho ora analisado tem o propsito, justamente, de prover informaes e
conceitos para a elaborao de um plano estratgico de internacionalizao para a
empresa UNIAGRO. Trata-se de analisar a situao atual da empresa e do mercado
como um todo, destacar seus objetivos especficos, a base terica e o mtodo como
ser realizado este plano estratgico, seguido dos resultados da pesquisa e dos planos
de aes propostos.
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3 CARACTERIZAO DA ORGANIZAO
3.1 DESCRIO DA EMPRESA
A UNIAGRO INDSTRIA E COMRCIO DE PRODUTOS
ALIMENTCIOS LTDA. uma empresa importadora de produtos alimentcios que atua
neste segmento desde 1951 juntamente com a Controlada LACESA, empresa de
laticnios reconhecida internacionalmente. Seu Diretor-Presidente, Sr. Zildo De Marchi,
era o acionista majoritrio at o ano de 1993, quando transferiu o controle acionrio
PARMALAT BRASIL permanecendo com a totalidade do controle da UNIAGRO.
A empresa LACESA, originria do Grupo, desde 1947 j atuava no
ramo industrial de laticnios e mantinha paralelamente o setor atacadista para a
comercializao de cereais, bebidas, frutas secas e outras especiarias nacionais e
importadas nos municpios de Lajeado e Porto Alegre RS. A empresa detinha
unidades de produo de leite e derivados, nas cidades de Lajeado, Feliz, Santa Cruz
do Sul e Carazinho RS. Dentre os projetos de expanso em seus negcios, no ano
de 1973, associou-se empresa LPC PRODUTOS ALIMENTCIOS S.A.,
constituindo uma sociedade e a construo de uma unidade industrial de produo de
iogurtes e sobremesas lcteas de tecnologia francesa da marca DANONE. Dissolvidaa sociedade, em 1979, seu Diretor-Presidente buscou novos parceiros internacionais
para dar continuidade expanso de produtos frescos e sobremesa associando-se, no
ano de 1980, SODIMA, empresa francesa detentora da marca YOPLAIT. No ano de
1993, a LACESA e outras empresas do grupo empresarial controlado pela UNIAGRO
HOLDING, todas basicamente do segmento de laticnios, foram vendidas a uma
multinacional, a Parmalat. Neste momento a empresa reduziu consideravelmente o
seu porte e viu alterada a sua participao societria, ficando apenas o scio-fundadorZildo De Marchi e sua famlia, juntamente com outro scio, Carlos Schneider (desde
ento diretor de suprimentos da UNIAGRO). A partir de ento, a UNIAGRO focou-se
no que hoje o seu dia-a-dia a comercializao de alimentos selecionados.
A slida tradio comercial e industrial alcanada ao longo de dcadas
de trabalho, e, principalmente, a fora da empresa LACESA, possibilitou com que a
UNIAGRO ampliasse seu universo de fornecedores, exportadores e bancos nacionais
e internacionais. Foi possvel tambm agregar muito conhecimento de mercado ecultura de negcios, alm do desenvolvimento de uma larga penetrao comercial nos
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mercados das Regies Sul e Sudeste do Brasil, que permite empresa manter
atualmente um representativo universo de clientes e uma fora presena nas redes de
varejo.
A UNIAGRO atua fortemente na distribuio de seus produtos,
atendendo diretamente clientes corporativos de diversos portes e nveis da cadeia de
abastecimento. Sua estrutura comercial e logstica permite a atuao nos setores
chamados institucional (restaurantes, hotis, bares, confeitarias, padarias, e outros),
industrial (venda de produtos a granel) e varejo (pequeno, mdio e grande).
As metas empreendedoras implementadas pela Direo da UNIAGRO,
aliadas crescente exigncia de seu potencial consumidor, projetam a diversificao
em novas gamas de produtos e modalidades de acondicionamento, assim como a
expanso dos volumes de produo e comercializao direcionados a nichos de
mercados ainda no explorados, obrigando a busca de novos mercados tanto no
mbito nacional como internacional. Portanto, neste momento a UNIAGRO busca
expandir gradativamente o seu mercado, ampliando as vendas a novos clientes,
oferecendo seus produtos e servios de alta qualidade a novos consumidores em todo
o mundo.
3.2 PRODUTOS DA EMPRESA
Os principais produtos da empresa so:
Frutas Secas: Passas de Uva, Ameixas, Amendoim, Tmaras,
Damascos, Figos, Frutas Cristalizadas, Avels, Amndoas, Nozes, Pistaches,
Castanhas de Caju, Castanha do Par, Mix de Frutas Secas (50% do volume);
Cerejas, Azeites e Azeitonas (30%);
Vinagres, Alcaparras, Cogumelos, Organos e Bacalhau (20%).
3.3 ORGANOGRAMA
A UNIAGRO uma empresa de mdio porte, de origem familiar,
onde o fundador da empresa, Sr. Zildo De Marchi, mantm o cargo de Diretor
Presidente. A empresa dirigida por mais trs diretorias: Comercial, Administrativo ede Produo. O diretor Comercial responsvel pela administrao de toda rea
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comercial (vendas), controlando uma equipe de aproximadamente 24 pessoas, entre
representantes, vendedores, supervisores e assistentes comerciais. A rea de
exportao foi montada sob a coordenao da diretoria comercial, entretanto tambm
interage diretamente com as demais reas da empresa, como a rea administrativa
(financeiro/marketing) e de produo. A diretora Administrativa coordena a rea
Financeira, de Recursos Humanos e tambm a rea de Marketing, j o diretor de
Produo, tambm coordena toda a cadeia de suprimentos e a logstica. Na figura
abaixo, podemos visualizar melhor o organograma da empresa.
Figura 1 Organograma UNIAGROFonte: Diretoria UNIAGRO
3.4 DESCRIO DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
Dividir em atividades o processo de planejamento estratgico muito
difcil, pois podero ser distintas de uma organizao para outra e, muitas vezes,
poder-se- revis-las em funo de novas idias. Portanto, a diviso do planejamento
estratgico em atividades, nesse estudo de caso, acontece por motivos didticos de
modo a possibilitar um entendimento do processo e facilitar a realizao e o
acompanhamento do projeto.
Segundo Fischmann (1991), a seqncia de etapas no apenas do
plano estratgico, pois envolve a implementao do plano e seu reincio, o quecaracteriza a atividade de planejamento como um processo contnuo.
Diretor PresidenteZildo De Marchi
Diretor AdministrativoIsabel Pretto De Marchi
Diretor ProduoCarlos Cezar Schneider
Diretor ComercialPaulo Pretto De Marchi
Financeiro
RH
Produo
Compras
Comercial
Exportao
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A fase de implementao refere-se ao processo de pr em prtica o
plano, ou seja, concretizar atravs de aes aquilo que foi pensado no plano.
Para formular o plano deve-se enxergar em um horizonte de longo
prazo, porm nada impede de rev-lo no curto ou mdio prazo, pois determinadas
circunstncias podem obrigar a mudar de meios e objetivos.
Na etapa de avaliao ocorre uma reflexo dos dirigentes em relao
empresa. Busca-se refletir sobre o caminho que ela vem seguindo e sobre sua
finalidade. Assim, a etapa torna-se crtica para as organizaes que esto pela
primeira vez estruturando o planejamento estratgico, alm de ser considerada
fundamental para a etapa seguinte de formulao.
O enfoque da etapa de avaliao inicial e da etapa de avaliao final
diferente. A principal diferena que, na primeira, o enfoque da reflexo visa
elaborao de um novo plano, enquanto, na segunda, o enfoque de verificar os erros
e acertos da implementao ou da estratgia, em relao aos objetivos pretendidos.
O plano de uma empresa para servi-la e no o contrrio, por isso, o
planejamento um processo flexvel e ajustvel a modificaes relevantes no
ambiente. Alm disso, para as revises no tornarem o plano inacabvel necessrio
estipular uma data-limite, a qual, geralmente, coincide com a data do incio do
oramento ao considerar que o planejamento estratgico pr-requisito do oramento.
Um ponto importante definir quem ser o coordenador do
planejamento estratgico, pois seu papel o de responsvel pela diviso do trabalho
entre as reas, pelo acompanhamento e pela realizao dos trabalhos que no so
prprios de nenhuma rea, alm de ser considerado o catalisador do processo.
Tendo em vista o conjunto de conhecimentos levantados, parte-se
para a descrio do processo de planejamento estratgico da empresa Uniagro.
O planejamento da empresa Uniagro realizado nas seguintesetapas:
1. Objetivos de longo-prazo: reviso dos objetivos da empresa,
perspectivas para os prximos anos e avaliao da viso do negcio.
2. Objetivos para os anos subseqentes: consiste no levantamento
dos projetos (objetivos) que a empresa quer alcanar nos prximos 5 (cinco) ou 10
(dez) anos;
3. Planejamento de crescimento: define-se o percentual que aempresa pretende crescer nos anos seguintes e as regies que quer atuar;
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4. Planejamento oramentrio: baseia-se no planejamento de vendas;
5. Planos de ao: realizam-se planos de ao por processos da
empresa.
A empresa realizou uma reviso global de seu planejamento
estratgico no ano de 2003, com auxlio de uma consultoria, atravs do lanamento do
projeto UNIMAIS, quando a empresa passava por dificuldades financeiras, devido s
desvalorizaes do Real frente ao Dlar. A desvalorizao cambial contnua e
crescente causou um grande impacto na empresa, devido a grande participao das
importaes no fornecimento de insumos.
O Planejamento Estratgico mais amplo, portanto, foi realizado a mais
de quatro anos. Nesta ocasio foi realizada uma anlise SWOT e outros diagnsticos
da empresa. Desde ento, a empresa faz o planejamento anual, focando no
oramento anual, metas de faturamento, crescimento e planejamento ttico por setor,
atravs de um plano de ao para os diferentes setores. Esta metodologia de
planejamento no to formalizada ou sistemtica, mas sim, emprica, de forma a
utilizar estratgias emergentes na sua maioria. O planejamento do ano de 2007, por
exemplo, contempla alm do oramento geral da empresa, metas de crescimento,
faturamento, planejamento de compras/suprimentos, plano de aes de marketing,
plano de investimentos, entre outros.
A empresa busca a formalizao efetiva da metodologia de
planejamento e gesto com ferramentas de controle de desempenho,
profissionalizando a empresa e conquistando um diferencial competitivo para obteno
de melhores resultados financeiros. Atualmente, aps a implementao de um sistema
de controle de indicadores (Balance ScoreCard), a empresa est estudando a
realizao de um planejamento estratgico para longo prazo, englobando o ano de
2008 at 2015.Os participantes do planejamento estratgico so: Diretor Executivo,
Diretor Comercial, Diretor Administrativo/Financeiro, Diretor de Suprimentos. As
reunies acontecem na sede da empresa. Destacam-se duas reunies relevantes para
o processo de planejamento estratgico: reunio de diretoria, a qual semanal; e as
reunies de planejamento estratgico, as quais so realizadas no ltimo semestre do
ano, geralmente aos sbados.
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3.5 OBJETIVOS ESTRATGICOS
A Uniagro, visando uma melhor gesto do negcio, aperfeioou o seu sistemade controle de indicadores de desempenho. A empresa buscou um consultoria externa
especializada para auxiliar na implementao da ferramenta Balance Score Card
BSC, metodologia bastante utilizada por grandes empresas. Desta forma a empresa
conseguiu ter maior controle e visibilidade de seus indicadores, tais como faturamento
(por regio), giro de estoque, lucratividade, rentabilidade, produtividade, custo da
operao, custo mdio de compra, custo do frete, entre diversos outros.
O mapa estratgico da empresa foi montado a partir das diretrizes e objetivos
estratgicos da empresa. Assim foram determinados objetivos especficos para cada
perspectiva da empresa: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e
crescimento. A partir destes objetivos estratgicos formam desmembrados
indicadores, metas e planos de ao.
Para uma melhor visibilidade dos pontos crticos de sucesso da empresa, foi
desenhado o macro processo da operao da empresa Uniagro, para aps serdesenhado o processo de cada unidade gerencial: produo, suprimentos, comercial,
logstica, financeiro e administrativo. Desta forma foi possvel montar um painel de
controle para cada rea de empresa, destacando seus principais indicadores de
desempenho, possibilitando um melhor controle por parte da diretoria da empresa e do
coordenador responsvel pela determinada rea. Todas as reas da empresa esto
interligadas, o que significa que existe uma relao cliente-fornecedor entre todas as
reas, fazendo com que todos mantenham uma comunicao e interao ativa dentroda empresa.
Segue abaixo tabela com os objetivos estratgicos da empresa Uniagro, dentro
das diferentes perspectivas do negcio, indicando as influencias entre eles.
Perspectiva Cdigo Objetivo Afetado por
F1 Aumentar a rentabilidade F2FinanceiraF2 Aumentar a lucratividade P3, P1, C1, C2, C3, C4,
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C5, C6, C7
C1 Aumentar volume regioSUL
P1, P3
C2 Aumentar volume regioSUD
P1, P3
C3 Aumentar volume regioCO P1, P3
C4 Aumentar volumeExportao Direta
-
C5 Aumentar volumeExportao broker/trading P3
C6 Aumentar satisfaoclientes
C7
Clientes
C7 Novos produtos no mix P4P1 Reduzir custos de operao P3, P5, P2, P4
P2 Aumentar produtividade porfuncionrio -P3 Reduzir custo dos produtos P5, P2, P4, P1P4 Produtos fora especificao -
ProcessosInternos
P5 Giro por famlia de produto -
A1 Nvel adequao sfunes
-
A2 Expandir a abrangncia dosindicadores -Aprendizageme Crescimento
A3 Aumentar a satisfao dosfuncionrios -
Quadro 1 Objetivos Estratgicos UNIAGROFonte: Diretoria - UNIAGRO
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4 SITUAO PROBLEMTICA
O mundo globalizado do sculo XXI tem forado as empresas de todo
o mundo a se adaptarem a uma nova fase do capitalismo, a concorrncia global.
Atualmente empresas de qualquer segmento ou pas so influenciadas pelo
intercmbio comercial internacional. Portanto imprescindvel que empresas de
diferentes portes busquem uma atuao nesse mercado, seja na importao ou
exportao, seja para buscar uma alternativa de mercado, escoar produo ou reduzir
riscos.
O comrcio internacional brasileiro tem crescido a cada ano, o Brasil
exporta e importa bens e servios cada vez mais. Historicamente, o Brasil sempre foi
reconhecido como um grande exportador de bens primrios, como as commodities
agrcolas caf, acar, soja e minrio de ferro. Entretanto, a pauta de produtos de
exportao brasileira tem se diversificado nos ltimos anos. Cada vez mais vemos o
incremento de exportao de produtos diferenciados, desde calados de alto valor
agregado, alimentos congelados, orgnicos, at softwares, nibus, caminhes, carros,
autopeas, entre diversos outros. A tarefa de diversificar a pauta de exportao
incrementando produtos de maior valor agregado ainda , no entanto, um desafio para
os empresrios brasileiros.
Com uma economia mais estvel, com a inflao controlada pelo
Governo e com os incentivos financeiros e tributrios para exportao, muitas
empresas iniciaram a sua explorao do mercado internacional. Devemos ressaltar
que o mundo passa por uma fase de grande crescimento, havendo pases com taxas
de crescimento econmico anual do PIB de duas casas decimais, como o exemplo daChina, da ndia, entre outros grandes potenciais consumidores e fornecedores do
Brasil. Esse crescimento global tem beneficiado diversos pases e setores
econmicos, o Brasil aumentou e muito a sua exportao, principalmente de produtos
primrios, mas tambm de produtos de valor agregado.
A internet, a interatividade e diversas outras inovaes tecnolgicas
facilitaram e muito a comunicao entre pessoas em todo o mundo. Tranquilamente
pode-se fazer uma reunio virtual com pessoas em diferentes pases no mundo pelocomputador ou por um sistema de teleconferncia. Podemos manter um contato direto
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com clientes tanto na China, na ndia, nos EUA quanto em So Paulo ou em Caixas do
Sul. A distncia fsica no mais um problema para a comunicao. Alm disso, o
ingls virou uma lngua universal, utilizada no meio empresarial de todos os pases do
Mundo. Pode-se participar de feiras de negcios em todo o Mundo apenas falando
ingls que a comunicao no ser um problema, e caso for, facilmente se encontra
um interprete que fale ingls e rabe ou mandarim. Est certo que ainda existem
muitas barreiras culturais entre os povos; entretanto, isso vem se reduzindo com o
aumento da integrao comercial.
Todos estes fatores tm motivado empresrios de diferentes setores
da indstria e comrcio nacional a se arriscarem no mercado internacional. Muitos
buscam ampliar sua atuao geogrfica para ganhar economia de escala, obter
receitas em dlares e reduzir a dependncia do mercado domstico. Grandes
empresas com a Gerdau, por exemplo, tm um risco percebido pelo mercado menor
que o risco Brasil. Isto se deve ao fato de serem multinacionais brasileiras que tem
sede e receitas no exterior que superam as nacionais, reduzindo a dependncia do
mercado domstico, assim como o seu risco, pois tm receitas provenientes de
diversas economias do mundo, como em pases de baixo risco (Estados Unidos e
pases da Unio Europia).
O comrcio internacional est consolidado e aberto para qualquer
empresa que quiser se aventurar, entretanto isto exige muita cautela, planejamento,
competncia e vontade. Isso ocorre, pois o mercado global no aceita falhas, tem
exigncias de qualidade muito maiores, exige investimentos maiores, exige escala de
produo maior, exige um conhecimento diferenciado, credibilidade, sade financeira
e esprito empreendedor.
A exportao de insumos agrcolas uma realidade brasileira que j
incomoda at mesmo os pases mais ricos do mundo como os EUA e Unio Europia.Veja que ainda temos o potencial de aumentar a produo de diversos produtos,
aumentando as reas cultivadas e a produtividade. O Brasil o maior exportador de
carne do mundo, o maior exportador de acar, grande exportador de frango, sunos,
soja, caf e diversos outros produtos alimentcios. Porm a exportao de produtos
alimentcios de valor agregado ainda uma tarefa difcil para muitas empresas de
grande porte no Brasil. histrica a vocao do brasileiro para exportar bens
primrios, mas isso tende a mudar, e o setor de alimentos est entrando nesta onda.
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O governo brasileiro tem beneficiado as empresas exportadoras,
eliminando impostos na exportao como o ICMS, PIS e COFINS, tm facilitado as
linhas de financiamento para as empresas exportadoras e criado mecanismos de
apoio aos exportadores. Existe ainda uma legislao que apia a agregao de valor
da cadeia produtiva, mesmo quando os insumos so importados. Ou seja, a empresa
pode importar um insumo, process-lo, agregando valor ao produto para novamente
export-lo. Isso beneficia o intercmbio comercial e a criao de empregos no pas.
Ainda contamos com a crescente a atuao da diplomacia brasileira
no sentido de ampliar acordos comercias e fomentar o comrcio internacional. Um
exemplo antigo e fcil disso o MERCOSUL, que eliminou muitas barreiras tarifrias
para a exportao de produtos dentro do bloco. O comrcio de produtos entre Brasil e
Argentina, por exemplo, teve um grande crescimento com o inicio do bloco econmico.
O Brasil tem um forte comrcio com a Argentina, Uruguai e Paraguai, que tende a
continuar crescendo.
Dentro deste contexto que a UNIAGRO est buscando expandir as
suas vendas, iniciando a exportao de seus produtos. Considerando a sua
experincia no mercado internacional - pois j importa produtos alimentcios de
diversos pases a mais de 50 anos - podemos dizer que a UNIAGRO j tem o domnio
de algumas capacidades e competncias necessrias para se arriscar neste grande
mercado. Contudo, para se lanar na busca de clientes mundo a fora e para consolidar
uma marca no mercado internacional, necessrio um profundo estudo e um plano
estratgico.
Muitas empresas brasileiras iniciam as suas exportaes, sem vender
diretamente os seus produtos a clientes no exterior, mas sim, sendo compradas por
agentes de exportao, traders internacionais ou comerciais exportadoras. O
empresrio brasileiro tem muito receio de expandir mercado alm das fronteiras dopas, uma questo cultural. Se pensa que necessrio ter um grande porte para
comear a vender ao exterior. O mais normal vermos empresas de grande porte no
Brasil, que j tem uma marca forte no pas, serem assediadas por empresrios
internacionais para que vendam seus produtos a diferentes mercados. A partir da elas
iniciam as suas vendas, primeiramente via a intermediao de outras empresas como
as j citadas tradingscompany, e posteriormente diretamente a clientes no exterior,
podendo chegar a fazer parcerias com empresas em outros pases, como as jointventures, e por fim abrem ou adquirem empresas em outros pases buscando uma
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vantagem competitiva global. Podemos chamar este processo de uma
internacionalizao ao acaso.
Contudo, muitas empresas esto partindo de outro princpio, esto
buscando desde pequenas ou mdias estudar e explorar o mercado internacional.
Fazendo um planejamento para explorar o mercado externo, que compreende
diversos passos, como anlise de ambiente interno e externo, projeo de cenrios,
anlise de custos de operao, de logstica, de viabilidade financeira, anlise da
concorrncia e diversos outras tarefas que no so nada fceis de serem realizadas.
Para entrar no mercado externo necessrio ter um estudo
consolidado de quais os mercados que se podem atingir, quem so os concorrentes
globais, quais as barreiras comerciais, quais so os custos, impostos, exigncias e
diversos outros aspectos que compreendem o planejamento estratgico de
exportao. Esta uma tarefa que demanda tempo, difceis informaes e
principalmente, conhecimento de comrcio exterior e marketing internacional. Este
um problema enfrentado por diversas empresas brasileiras de pequeno, mdio e
grande porte.
A deciso de iniciar as exportaes difcil, a entrada no mercado
externo de forma sustentada um problema maior ainda. Analisar o ambiente interno
da empresa, verificar atravs de dados secundrios a viabilidade e as oportunidades
de negcios no mundo so idias que devem ser trabalhadas.
Quantificar a demanda externa para seu produto no mercado global,
identificar potenciais clientes que desejem trabalhar com sua marca, distribuindo nos
corretos canais e fazendo uma comunicao coesa para consolidao da marca a
longo prazo so aes que exigem alm de investimento e tempo, conhecimento,
empenho, perseverana e inteligncia.
Devemos notar que todas as dificuldades enfrentadas no mercadointerno so ainda maiores no mercado externo, onde sua empresa ainda no
conhecida. necessrio fazer um posicionamento de sua marca, ter certo domnio
sobre os canais de distribuio.
O problema a ser resolvido consiste em obter dados, fundamentados
em anlises, sobre a viabilidade de introduo dos produtos da empresa UNIAGRO no
mercado externo. Identificando os mercados mais propcios para o incio das
exportaes, considerando diversos aspectos, como o scio-cultural, o poltico-legal eo econmico.
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Como fazer um plano estratgico de exportao da UNIAGRO,
definindo tanto os produtos como os mercados a serem trabalhados, assim com a
melhor maneira de se fazer isto, o problema que este trabalho abordar.
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5 OBJETIVOS
Neste captulo so ressaltados o objetivo geral e os especficos, tornando claroquais os temas que sero tratados neste trabalho de concluso.
5.1 OBJETIVO GERAL
Elaborar o plano estratgico para internacionalizao da empresa UNIAGRO,visando exportao de seus produtos.
5.2 OBJETIVOS ESPECFICOS
- identificar os fatores crticos do negcio;
- analisar o ambiente interno, identificando os pontos fortes e fracos da empresa
e suas influncias para a atuao no mercado externo;
- analisar o ambiente externo, identificando as ameaas e as oportunidades domercado global;
- definir objetivos estratgicos para o mercado externo;
- identificar e montar os planos de ao das atividades necessrias para
preparar e viabilizar a exportao da empresa.
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6 FUNDAMENTAO TERICA
Dada as circunstncias de que este trabalho est dirigido para a
elaborao de um plano estratgico de internacionalizao, deve-se contemplar otema do Comrcio Internacional. O comrcio internacional pode ser definido como
toda a transao comercial envolvendo agentes em pases distintos (HARTUNG,
2002). Dentro do espectro do comrcio internacional vamos revisar temas como os
incoterms, as principais modalidades de pagamento, os documentos do comrcio
internacional, as barreiras tcnicas e comerciais e as diferentes estruturas da fora de
vendas internacional.
Dentro da esfera do comrcio internacional, interessante destacar aimportncia da logstica de distribuio, tema que ser abordado nesta fundamentao
terica.
Esta reviso terica tambm abordar os temas de planejamento
estratgico, incluindo as anlises de cenrio no ambiente externo e interno. Pois as
anlises de cenrio so fundamentais para estruturao do plano de
internacionalizao da empresa, possibilitando identificar as oportunidades, ameaas
e os pontos fortes e fracos.A teoria relacionada estratgia em si ser brevemente abordada,
assim como referncias tericas relativas marca e ao posicionamento. Portanto
estes aspectos fundamentados do trabalho sero o foco da fundamentao terica.
Ainda existe um campo terico que ser brevemente apresentado
nesta reviso terica, salientando duas teorias relativas concepo do processo de
internacionalizao de empresas uma com enfoque comportamental, Teoria de
Uppsala, outra com enfoque econmico, Paradigma ecltico.A teoria sobre a internacionalizao de empresas abordada pela
literatura da administrao e tambm pela literatura econmica. Na esfera terica da
administrao existe a corrente terica baseada no Modelo de Internacionalizao da
Escola de Uppsala, que tem enfoque comportamental, tratando do processo de
internacionalizao em diferentes fases de desenvolvimento. J na esfera econmica
existe a Teoria Ecltica de Internacionalizao da Firma trata dos investimentos
diretos no processo de internacionalizao, incluindo o estabelecimento de unidades
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fsicas da empresa no exterior. Ambas as teorias auxiliam na compreenso do
fenmeno de internacionalizao, objeto foco deste trabalho de concluso.
6.1 COMRCIO EXTERIOR
Haja vista o fato de este trabalho ter enfoque no processo de interrnacionlizao
de empresas, fundamental estudarmos a fundo os procedimentos e regras do
comrcio internacional.
Os temas abordados dentro desta reviso terica de comrcio internacional so
os seguintes: os Incoterms, as Modalidades de Pagamento, os Documentos Utilizadosna Exportao, as Principais Entidades de Comrcio Exterior, as Barreiras Comerciais
e as diferentes Estruturas da Fora de Vendas Internacional.
6.1.1 Incoterms
Incoterms a abreviao em ingls do termo International Commercial Terms,
que em portugus significa Termos Internacionais de Comrcio. Pode-se definir como
uma srie de regras internacionais padronizadas que fornecem uma interpretao
precisa dos termos e condies utilizadas em contratos de compra e venda
internacional. Foram criados para definir os direitos e as obrigaes das partes em
caso de eventuais disputas jurdicas. Para a melhor compreenso deste trabalho, as
quatro principais modalidades de termos sero detalhadas.
EXW (EX-WORKS) Modalidade de venda que significa que a empresa vendedora
entrega a mercadoria pronta para o embarque na porta da sua fbrica ou depsito a ser
informado. O comprador se responsabiliza pelo transporte da mercadoria desde o local
indicado pela empresa at a sua empresa ou outro destino que deseje levar a
mercadoria dentro do seu pas. A empresa vendedora se responsabiliza apenas pelo
despacho da mercadoria na fronteira, legalizando a exportao.
FOB (FREE ON BOARD) Condio de venda onde o vendedor se responsabiliza peladocumentao, regularizao e custos que envolvem o processo de logstica e
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exportao at a colocao da mercadoria a bordo do navio em porto pr-acordado. O
importador, por sua vez, se responsabiliza pela contratao e pagamento do frete e do
seguro internacional, alm de todo o processo de importao no porto de destino da
mercadoria e a logstica necessria para levar a mercadoria at sua sede. Esta uma
modalidade muito utilizada no comrcio internacional.
CFR (COST AND FREIGHT) Neste termo de acordo, alm das responsabilidades
devidas as exportador que a modalidade FOB obriga, cabe ainda ao vendedor
contratao e pagamento do frete internacional at o porto de destino. Como de
extrema importncia a contratao de seguro de transporte internacional, e este termo
no obrigam ao exportador a esta tarefa, o importador deve realizar a contratao do
seguro. Cabe ao comprador tambm a tarefa de desembarao da mercadoria no
destino e transporte do porto de destino at sua sede.
CIF (COST, INSURANCE AND FREIGHT) Nessa modalidade, alm de todas as
responsabilidades inclusas na modalidade CFR o vendedor ganha ainda a tarefa de
contratar o seguro de carga internacional, ficando a seu cargo a responsabilidade por
qualquer avaria durante o transporte internacional da mercadoria. O importador por sua
vez, deve apenas cumprir com a obrigao de realizar o desembarao aduaneiro no
seu pas e o transporte a partir do porto de destino.
6.1.2 Modalidades de pagamento
As Modalidades de Pagamento so estabelecidas nos contratos de compra e venda
internacional, e determinam a maneira pela qual o exportador receber o pagamentopela exportao realizada. A seguir segue a descrio das principais modalidades de
pagamento utilizadas no comrcio internacional.
CASH IN ADVANCE Ou seja, pagamento antecipado, realizado antes do embarque
da mercadoria ao importador. Por implicar altos riscos para o importador, pouco
freqente, sendo utilizado geralmente por empresas interligadas, como parte de
pagamento a ser completado junto outra modalidade, para empresas que tem
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relacionamento comercial de longo prazo, em aquisio de bens fabricados sob
encomenda ou em mercadorias de valor reduzido.
CASH AGAINST DOCUMENTS O exportador, aps o embarque da mercadoria, o
vendedor entrega os documentos representativos da exportao, os quais so
necessrios para o importador liberar a carga. A entrega dos documentos
condicionada ao recebimento, por parte do banco cobrador, do pagamento do valor
faturado. Exige um grau de confiana entre ambas as partes da negociao, comprador
e vendedor.
LETTER OF CREDIT O importador providencia a abertura de um instrumento de
crdito e estabelece as condies em que poder ser efetuado o pagamento ao
exportador, incluindo exigncias ao mesmo. Desta forma o importador assegura-se via
a carta de crdito que estar recebendo a mercadoria comprada de acordo a suas
exigncias, para ento fazer o pagamento ao exportador, que por sua vez tem a
garantia de recebimento por parte do banco do importador. Essa modalidade
representa segurana para ambas as partes, desde que os termos da carta de crdito
sejam cumpridos. As cartas de crdito esto regulamentadas pelas Regras e Usos
Uniformes sobre Crditos Documentrios, publicada pela Cmara de Comrcio
Internacional.
6.1.3 Documentos do comrcio internacional
Ainda interessante relacionar alguns documentos que compreendem o
processo de exportao de alimentos, para que se possa perceber a burocraciarelacionada a este processo. Isto, somada a necessidade de domnio do termo de
comrcio internacional e modalidades de pagamento, exige um grande conhecimento
por parte da empresa exportadora, a qual tem que estar preparada para lanar-se ao
mercado internacional.
PROFORMA INVOICE o documento que d incio operao, e nele se encontram
as condies gerais do negcio, quais sejam: preo, Incoterm, local de entrega da
mercadoria, prazo estimado e condies de embalagem. No h ainda um
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compromisso formal entre vendedor e comprador. Este documento representa uma
oferta de venda.
COMMERCIAL INVOICE o documento emitido em substituio ao PROFORMA.
Contm praticamente as mesmas informaes, porm acrescidas das condies
definitivas da transao, tais como prazo de pagamento e data de pagamento. Este
documento a fatura comercial internacional e tem validade jurdica.
BILL OF LADING (B/L) o documento de embarque martimo. Deve conter uma
descrio sucinta da mercadoria ou do container, indicar o nome do vendedor, do
comprador, data de embarque, valor do frete, condio do frete (pr-pago ou no), e
eventuais dados que uma das partes exigir. Este documento emitido pelo armador de
cargas internacionais e liberado apenas aps a sada do navio do porto. Chamado
tambm de Conhecimento de Embarque, esta documentao tem uma forma similar
adaptada a modalidade de transporte terrestre.
LAUDO DE ANLISE Documento emitido por um laboratrio terceirizado e no
vinculado a empresa exportadora e que tenha reconhecimento legal da ANVISA,
Agncia de Vigilncia Sanitria. Este laudo certifica que o alimento apto para
consumo humano e atesta a sua composio nutricional.
PACKING LIST Consiste em uma listagem dos diferentes volumes que compem um
embarque, com informaes de peso, marcas e embalagens.
CERTIFICADO DE ORIGEM Documento que atesta a origem das mercadorias
exportadas, atestando que as mesmas vieram de fato do pas exportador. Emitido poruma entidade reconhecida pelo pas do importador como idnea para tanto.
6.1.4 Barreiras comerciais
As Barreiras Comerciais so medidas de proteo comercial adotadas pelos
pases que, de alguma maneira, impem restries ao livre comrcio internacional de
bens e servios. Essas barreiras servem para salvaguardar os interesses polticos e
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econmicos nacionais, atravs da proteo do mercado interno e da indstria nacional.
So utilizadas tambm como forma de barganha para se obter vantagens estratgicas
no comrcio internacional.
Existem trs tipos bsicos de barreiras comerciais: barreiras tarifrias, no
tarifrias, e tcnicas. Devido importncia desse tema no comrcio internacional,
importante apresentar uma breve explicao sobre cada uma destas barreiras e as
suas subdivises.
As Barreiras Tarifrias so barreiras relacionadas s tarifas de importao, taxas
e tarifas de valorao aduaneira. Podem ser classificadas como: Tarifas Especficas
(que incidem sobre produtos especficos); Tarifas Variveis (aplicadas para manter um
preo de referncia, caso uma determinada oferta tenha um preo considerado
excessivamente baixo); Tarifas Escalonadas (aplicao de tarifas progressivas para um
mesmo produto, em razo da quantidade, para limitar a entrada da mercadoria); e
Tarifas Sazonais (aplicadas em determinadas pocas do ano).
As Barreiras No Tarifrias so as restries quantitativas, os licenciamentos de
importaes, e os procedimentos alfandegrios. Em geral, so procedimentos de pouca
ou nenhuma transparncia. As mais conhecidas e utilizadas so: Licena de
Importao; Quotas Destinadas Importao; Limitao de Importadores; e Restries
Quantitativas.
As Barreiras Tcnicas so representadas por normas e regulamentos tcnicos,
exigncia de certificados sanitrios, fitossanitrios e de sade. O argumento de
justificativa da sua utilizao o de garantir aos consumidores do pas produtos de altaqualidade (no caso de normas e exigncias tcnicas) e prevenir-se contra doenas e
resguardar a sade pblica (no caso das exigncias fitossanitrias). Contudo, muitas
vezes essas barreiras tcnicas so utilizadas pelos pases como controle entrada de
mercadorias, dificultando ou at mesmo inviabilizando o acesso ao mercado.
6.1.5 Estrutura da fora de vendas
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A Estrutura da Fora de Vendas do comrcio internacional apresenta tambm
informaes e peculiaridades merecedoras de destaque nesta reviso terica. A seguir
uma breve descrio dos principais aspectos desta estrutura que influencia no
planejamento de internacionalizao de empresas.
Alm obviamente do comprador e do vendedor, podem existir diferentes
participantes envolvidos no processo comercial, com maior ou menor nmero de
intervenientes na transao. Entre os diversos arranjos possveis, os trs elementos
mais marcantes da estrutura de vendas so os Traders, os Agentes Comissionados e
as Trading Companies.
O Trader(do ingls negociador) o funcionrio da empresa responsvel pelas
vendas internacionais. Pode ser responsvel por um determinado mercado geogrfico,
tipo de produto ou carteira de clientes. Representa a empresa no exterior no contato
com clientes e possui metas de desempenho estabelecidas e avaliadas pela direo da
organizao.
Os Agentes Comissionados so representantes da empresa, atuando como
intermedirios entre esta e o importador. Normalmente atua sob o regime de comisso,
recebendo um percentual sobre as vendas. O agente pode ser exclusivo da empresa
ou deter a representao de vrias empresas, assim como a empresa pode ter um
nico agente ou abrigar diferentes representantes.
As Trading Companies so empresas exportadoras dedicadas aquisio de
mercadorias para revend-las em outros pases. A produo de mercadorias no faz
parte do seu objeto social. Foram regulamentadas no Brasil com a finalidade deincrementar as exportaes brasileiras. Em decorrncia da sua especializao, essas
empresas possuem uma estrutura de apoio eficiente e eficaz que lhes permite trabalhar
com volumes de mercadorias superior ao das empresas exportadoras comuns.
6.2 LOGSTICA
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Segundo a organizao Council of Logistics Manegement CLM, aps
o encontro internacional que foi promovido em Toronto no Canad, em 1999, a
definio de logstica a seguinte:
Logstica a parte do processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e
controla o eficiente e efetivo fluxo de estocagem de bens, servios e informaes
relacionadas, do ponto de origem ao ponto de consumo, visando atender aos requisitos
dos consumidores (CLM, 1999 apud CAVANHA FILHO, 2001).
De maneira simplificada Bowersox e Closs (2001) escrevem que
objetivo da logstica tornar disponveis produtos e servios no local onde so
necessrios, no momento em que so desejados. Ainda complementam ao dizer que a
logstica envolve a integrao de informaes, transporte, estoque, armazenamento,manuseio de materiais e embalagem.
Ballou (2001) conduz o conceito de logstica empresarial ao estudo
de como a administrao pode promover melhor nvel de rentabilidade nos servios de
distribuio aos clientes, atravs de planejamento, organizao e controle efetivos
para as atividades de movimentao e armazenagem que visam facilitar o fluxo de
produtos. Ballou (2001) fortalece a idia de que um bom servio logstico de
distribuio pode agregar valor ao produto, reduzir custos e assim proporcionar melhor
rentabilidade do negcio.
Sendo assim, formula-se o conceito de logstica sob a operao da
administrao que visa levar ao cliente o produto ou servio necessrio no momento
em que desejado. Sempre deve ser considerada uma srie de elementos que atuam
de maneira integrada e influenciam no resultado do processo, estes so
principalmente: informaes, transporte, manuseio de materiais e armazenagem. Em
nveis timos, o resultado desta operao pode agregar valor ao produto ou servio,
reduzir custos e conseqentemente gerar melhor rentabilidade para empresa.
6.2.1 Vantagem Competitiva e Competncia Logstica
A gesto inteligente das operaes logsticas na atualidade pode se tornar o
diferencial e tambm a vantagem competitiva para as empresas que pretendem
sobressair-se sobre as demais. A vantagem competitiva pode ser conseguida tanto naperspectiva do valor gerado para o cliente pelo servio logstico, quando um cliente
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admite pagar mais por um servio confivel e torna-se fiel empresa, como tambm a
vantagem pode ser conseguida na perspectiva de custos, com a reduo das despesas
logsticas a ponto de aumentar a rentabilidade do negcio e disponibilizar mais recursos
para serem reinvestidos ou pagos aos acionistas. Christopher (1992) expe da seguinte
maneira: o concorrente que obtm maior lucro, em qualquer setor da indstria, tende a
ser aquele que produz a menores custos ou aquele que oferece um produto com maior
diferena perceptvel de valor.
A competncia logstica, descrita por Bowersox e Closs (2001), enquadra-se no
mbito empresarial quando uma empresa consegue atingir a excelncia em seu
desempenho logstico a ponto de assumir a logstica como base da estratgia da
empresa. Isto envolve o planejamento e controle minucioso das tarefas bsicas, at o
posicionamento estratgico da empresa. A competncia logstica alcanada pela
coordenao de (1) um projeto de rede (localizao das instalaes), (2) informaes,
(3) transporte, (4) estoque; e (5) armazenagem, manuseio de matrias e embalagem.
6.2.2 Logstica Integrada
Para Bowersox e Closs (2001) a logstica vista como o a competncia que une
a empresa, seus clientes e fornecedores. Esta relao sustentada no fluxo de
informaes e no fluxo de matrias, ou seja, de maneira simplificada, informaes de
ordens de compra, que geram ordens de pedido, ordens de produo etc., e o fluxo do
produto propriamente dito at a entrega ao cliente que enviou a ordem de pedido.
Todas as empresas necessitam de apoio e cooperao de varias outras empresas para
corresponder s expectativas quanto a suas operaes logsticas, esta cooperaomuitas vezes une as empresa em termos de metas, polticas, e programas comuns. A
partir desta perspectiva entra-se no conceito de cadeia de suprimentos.
Bowersox e Closs (2001) adicionam idia de integrao os servios logsticos
prestados por terceiros, como por exemplo, transportadoras ou empresas de
armazenamento. Para os autores, empresas especialistas neste tipo de servio
complementam e podem inclusive substituir mo de obra interna, no entanto, estes
prestadores de servio devem estar dispostos a enquadrarem-se ao trabalho de seus
clientes, seja adaptando-se as suas diretrizes empresarias, seja submetendo-se a um
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nvel de controle gerencial. A gerncia da empresa contratante continua responsvel
pela execuo bem sucedida da operao.
6.2.3 Cadeia de Suprimentos
Chopra (2002) escreve que uma cadeia de suprimentos engloba todos os
estgios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um
cliente. A cadeia de suprimentos inclui, alm de fornecedores e fabricantes,
transportadoras, depsitos, varejistas e os prprios clientes. Complementa definindo o
objetivo de uma cadeia de suprimentos, que seria segundo Chopra (2002), maximizar o
valor global gerado ou a lucratividade da cadeia, ou seja, o valor final pago por umcliente menos todos os custos gerados at esta compra; considerando que este lucro
da cadeia deve ser dividido entre todas as partes envolvidas.
Para Novaes (2001) a constituio da cadeia de suprimentos tpica no muito
diferente, ele define como partes integrantes todos os elementos ao longo de um
caminho que se estende desde as fontes de matria-prima, passando pelas fbricas
dos componentes, pela manufatura do produto, pelos distribuidores, e chegando
finalmente ao consumidor atravs do varejista.Com isso possvel perceber um paralelo claro entre logstica integrada e cadeia
de suprimentos, principalmente no que se refere aos elementos envolvidos. Nas duas
definies participam componentes que ligam a mais simples matria prima de um
produto ao seu cliente final. Os componentes geram um fluxo de materiais coordenado
e controlado por um fluxo de informaes, por exemplo, ordens de pedidos. O objetivo
de maximizao do lucro e a diviso dos ganhos entre os elementos da cadeia e as
estratgias convergentes so os pontos extras da cadeia de suprimento em relao logstica integrada.
Paulo Fleury (2003) define que o conceito da logstica integrada parte do
princpio de que o sistema logstico deve representar um instrumento operacional do
marketing, conectando-o ao modelo do marketing mix, mais conhecido como modelo
dos 4Ps. E ainda enfatiza a relevncia das informaes neste modelo onde esto
agregadas as atividades logsticas.
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6.3 PLANEJAMENTO ESTRATGICO
6.3.1 Anlise de Cenrios Ambiente Externo
As empresas existem e operam no ambiente de marketing, assim, o
primeiro passo de um plano de marketing pesquisar o ambiente (WESTWOOD,
1996). Esta anlise deve buscar conhecimento sobre os aspectos relevantes do
ambiente em que a empresa est inserida, levando em conta tanto as variveis
externas quanto as internas empresa. Essa anlise permite ao planejador a
avaliao real do mercado e da posio atual e potencial do negcio nesse mesmo
mercado, bem como a possibilidade de prever as repercusses econmicas,
ambientais, sociais, tecnolgicas e competitivas que tenham influncia nos negcios
da empresa.
Segundo Westwood (1996, p.24) antes de olhar para os dados internos,
importante coletar e analisar os dados externos relativos aos mercados que o plano
cobrir. A anlise externa uma atividade de levantamento e anlises dos fatores que
afetam a empresa, da forma como podem evoluir e do surgimento de novos fatores
que venham a ter influncia na vida da empresa (AMBROSIO 1999).
Para chamar a ateno sobre a importncia do ambiente no consumo Cobra
(1986, p.79) argumenta que: O cenrio econmico, poltico, social e cultural interfere
no consumo de um produto ou servio mais do que se pode imaginar. Segundo o
autor, a essncia do plano de marketing ele dispor de uma boa anlise ambiental e a
partir desse quadro referencial fazer previses ou interferncias na atuao da
empresa.
Os principais elementos sujeitos anlise segundo Kotler (1994), Cobra (1990)
e Luce (2004), so os aspectos demogrficos, os econmicos, os tecnolgicos, os
poltico-legais e os scio-culturais, bem como os concorrentes, fornecedores e
clientes, que sero os temas discutidos nos prximos subcaptulos.
6.3.1.1 Aspectos Demogrficos
Para um entendimento do mercado preciso conhecer e compreender a
demografia e as suas foras, j que os consumidores - decisores de compra - sopessoas. Isto significa que se deve conhecer a populao quanto sua distribuio
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geogrfica, nmero de habitantes, ocupao de solos e distribuio espacial,
constituio etria, sexo, taxas de natalidade e mortalidade, populao rural e urbana
e constituio tnica. Segundo Kotler (1994) os movimentos geogrficos influenciam
diretamente as relaes de troca.
Alm desse conhecimento da atual estrutura demogrfica de determinada
populao, importante traar estudos de tendncias de mudanas. Isto possvel
atravs de comportamentos histricos, por exemplo, xodo rural, taxas de natalidade e
mortalidade infantil, nmero de casamentos, etc. Atravs desse estudo, possvel
traar algumas tendncias na estrutura da populao, e analisar se essas tendncias
iro influenciar positiva ou negativamente as atividades da empresa.
6.3.1.2 Aspectos Econmicos
As variveis econmicas so as que mais claramente so notadas em relao a
sua influncia sobre as atividades empresariais, principalmente pelo senso comum. As
influncias econmicas sobre as atividades da empresa e sobre suas estratgias
devem ser analisadas com ateno e clareza.
O ambiente econmico fator determinante do nvel de consumo econsequentemente de atividade produtiva. Por isso a empresa deve conhecer o nvel
de renda da populao e suas variaes ao longo do tempo, o processo inflacionrio,
as taxas de juros, a variao nos gastos, o PIB nacional, a previso de crescimento da
economia, e setores que afetam os negcios da empresa (COBRA, 1986).
6.3.1.3. Aspectos Tecnolgicos
O desenvolvimento de novas tecnologias coloca novos produtos disposio
dos consumidores e abrem novas oportunidades a empresas, j que tornam produtos
e servios obsoletos, muitas vezes em pouco tempo.
O recurso tecnolgico afeta as relaes entre consumidores e produtores e
pode constituir uma vantagem competitiva para enfrentar a concorrncia, mas tambm
pode se tornar uma ameaa para as empresas que no momento, no possuem acesso
a tal tecnologia.
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Segundo Kotler (1994) a configurao do ambiente tecnolgico exibe
acelerao da mudana tecnolgica, oportunidades ilimitadas para inovao, altos
oramentos para pesquisa e desenvolvimento, concentrao em pequenas melhorias
em detrimento de grandes descobertas e aumento da regulamentao sobre as
mudanas tecnolgicas.
6.3.1.4 Aspectos Poltico-legais
A situao poltica, bem como a possibilidade de interveno governamental
nas atividades empresariais deve ser analisada. A poltica tem reflexo direto nasituao econmica do pas, influenciando a renda, as taxas de juros, as restries s
atividades empresariais, etc.
Leis, agncias de governo, polticas pblicas, ideologia poltico-partidria, a
indicao de determinado ministro/secretrio de Estado, grupos de presso que
restringem determinadas atividades empresariais e reivindicam algum direito, a
normatizao da propaganda, alterao nas tarifas de importao e exportao,
exigncias quanto especificao de produtos, o controle dos preos e a defesa doconsumidor so exemplos de questes que permeiam o ambiente poltico-legal e tm
influncia direta sobre as atividades empresariais, podendo gerar barreiras comerciais.
6.3.1.5 Aspectos Scio-Culturais
A formao cultural da populao afeta diretamente o mercado consumidor e asatividades empresariais. Crenas, valores e normas que dirigem o comportamento dos
consumidores e das organizaes influenciam o processo de escolha do produto ou
servio.
Alguns valores so interiorizados pela populao e agem na forma de um
inconsciente coletivo, o que torna muito difcil a mudana destes valores atravs de
esforos de marketing. Assim importante que o planejador de marketing esteja muito
atento s questes scio-culturais para que direcione suas aes de acordo com acultura do pblico-alvo.
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6.3.1.6 Fornecedores
Fornecedores so empresas e indivduos que provem os recursos necessrios
para a produo dos bens ou servios de uma empresa, podendo afetar seriamente as
atividades desta. Por isso, os fornecedores fazem parte das atividades da empresa e
so uma das garantias de estabilidade nas atividades operacionais, e muitas vezes, da
imagem da empresa junto aos clientes.
Um estudo detalhado dos fornecedores em todos os seus aspectos: qualidade
dos insumos e atendimento, preo, tempo de entrega, regularidade, disponibilidade,enfim tudo que diz respeito e influencia a relao empresa/fornecedor pode ser til
para o planejador de marketing no sentido de direcionar as suas compras aos
fornecedores que melhor se encaixem no perfil desejado. Ainda, a partir desses dados
torna-se possvel a construo de parcerias com os fornecedores com vistas
reduo de custos e ao aumento de lucro.
6.3.1.7 Concorrncia
A concorrncia faz parte do universo da oferta no qual se situa a empresa
(COBRA, 1986) e o seu conhecimento por parte da empresa permite avaliar todo o
potencial competitivo do mercado e das principais estratgias para obter sucesso no
setor. Para isso, o estudo da concorrncia deve caracterizar-se por um recenseamento
das principais caractersticas de cada uma das empresas que atuam no ramo emquesto.
Segundo Thuiller (1987) a concorrncia pode ser dividida em trs categorias: a
concorrncia direta, a concorrncia indireta e a concorrncia por substituio. A
concorrncia direta o conjunto das empresas que propem servios ou produtos
similares que satisfaam as mesmas necessidades de mercado. A concorrncia
indireta formada pelo conjunto de empresas ou atividades que prope servios ou
produtos diferentes, mas que satisfazem as mesmas necessidades de mercado. Porfim, a concorrncia por substituio, a forma em segundo grau da concorrncia
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indireta, ou seja, o conjunto das empresas ou atividades que propem servios ou
produtos de origem afastada, mas que satisfazem as mesmas necessidades do
mercado.
Os principais concorrentes devem ser estudados quanto s suas atividades,
tamanho, participao de mercado, crescimento, produto, objetivos e estratgias de
marketing. Tais informaes podem ser obtidas atravs de pesquisa de mercado, ou
ainda atravs de fontes diversas, como revistas, jornais, congressos, fornecedores e
clientes (COBRA, 1990; KOTLER, 1993).
6.3.1.8 Clientes
Uma empresa s existe em funo dos seus clientes atuais ou futuros
(THUILLER, 1987, p.66). Em funo disso muito importante que a empresa conhea
seus clientes, e o autor sugere partir das seguintes perguntas: Quem so os nossos
clientes?; Onde esto os nossos clientes?; O que querem os nossos clientes?; E, o
que querero os nossos clientes (THUILLER, 1987, p.67). Com as respostas para
estas perguntas a empresa passa a conhecer o perfil dos seus clientes e suaspreferncias, atuais e futuras.
Outro aspecto importante que o planejador de marketing deve analisar a
rentabilidade dos clientes, ou seja, preciso buscar conhecer quais os clientes fazem
a empresa ganhar ou perder dinheiro. Essa informao faz-se necessria na
construo da nova poltica comercial que poder ser implantada com o planejamento
estratgico de marketing.
6.3.2 Anlise de Cenrios - Ambiente interno
Segundo Kotler (1993) o ambiente interno da empresa formado pela inter-
relao de diversos departamentos e divises que compem o negcio. Para
desenvolver um planejamento estratgico de marketing condizente com a realidade,
os planejadores devem manter-se em contato e atento s necessidades dessesdiversos departamentos e divises.
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Esta etapa de anlise interna consiste no conhecimento da empresa e do
sistema em que ela est enquadrada (AMBROSIO, 1999), bem como no entendimento
de suas dificuldades e qualidades. Atravs da anlise do ambiente interno, pode-se
avaliar a posio da empresa em seu setor. Para Cobra (1986, p.33) esta anlise
permite que a empresa busque uma boa posio dentro de seu respectivo setor de
atividades.
Ferrel (2000) indica alguns pontos a serem analisados nesta etapa:
a) Objetivos e desempenhos atuais: a empresa deve analisar as metas, seus
objetivos e seu desempenho atual de marketing;
b) Nvel de disponibilidade de recursos: a empresa deve revisar os nveis de
recursos organizacionais atuais e previstos que podem ser usados para os propsitos
de marketing da empresa. Isto inclui a disponibilidade e alocao de recursos
humanos, capacidade dos equipamentos e tecnologia e a disponibilidade de recursos
financeiros;
c) Caractersticas estruturais: deve-se analisar a cultua e a estrutura
organizacional da empresa, levando-se em considerao os problemas atuais que
podem afetar as atividades de marketing da empresa.
De forma um pouco mais detalhada, Barone (1999) sugere os principais fatores
internos que podem ser avaliados:
a) Caractersticas e Polticas Gerais da Organizao: estrutura da empresa,
tamanho, definies estratgicas da organizao, misso e viso da organizao;
b) Recursos Humanos: capacitao gerencial e de pessoal (funcionrios e
direo);
c) Desempenho Financeiro: evoluo do faturamento e dos resultados lquidos,
nvel de endividamento, retorno sobre investimento;
d) Produtos/Servios: caractersticas e padro de qualidade dos produtosoferecidos, vantagens competitivas, desenvolvimento de novos produtos e servios;
e) Poltica de Vendas e Ps-venda;
f) Preos: preos praticados, margens de lucro, competitividade dos preos e
comparao com a media do mercado e,
g) Tcnicas de Marketing: polticas vigentes, resultados alcanados, descrio
dos objetivos atuais de marketing e estratgias para alcan-los.
O conhecimento dos fatores acima, em conjunto com a caracterizao daempresa permite ao planejador a construo de informaes que situem a real
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situao da empresa, com suas dificuldades e potencialidades, ou seja, seus pontos
fortes e pontos fracos. possvel que em algumas empresas muitas destas
informaes inexistam, ou que polticas de vendas ou ps-vendas sejam
extremamente precrias. A anlise da existncia destes fatores e das suas condies
j um indicador que deve ser levado em conta na formulao do Planejamento
Estratgico.
6.3.3 Estratgia
Em termos conceituais, consenso que estratgia significa, em linhasgerais, seqncia de aes coordenadamente elaboradas com o propsito de atingir
um objetivo definido e almejado (Mintzberg et al., 2000). Essa definio est presente
em diferentes tericos de estratgia, desde Sun Tzu (1971) at Porter (1999).
O conceito de estratgia, segundo Mintzberg et al. (2000), vem
recebendo diferentes definies e abordagens ao longo do estudo da cincia
administrativa. Esses autores se propuseram a realizar um apanhado do que
chamaram de diferentes escolas existentes de estratgia, a fim de agrupar em umanica obra, numa perspectiva evolutiva, as distintas aproximaes possveis ao tema.
Primeiramente, as escolas foram definidas de acordo com as suas
caractersticas mais marcantes, assim divididas:
a) Esco