Caixa Preta Cap 7 e 8 Cleverson 09 10 2013

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3 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA AULA 9: POR DENTRO DA CAIXA-PRETA TECNOLOGIA E ECONOMIA Capítulos 07 e 08 Discente: CLEVERSON FLOR DA ROSA Docente: Prof.ª. Drª. Andréa Paula Segatto Aula: 09 09/10/2013 1

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3TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

AULA 9: POR DENTRO DA CAIXA-PRETATECNOLOGIA E ECONOMIA

Capítulos 07 e 08

Discente: CLEVERSON FLOR DA ROSA

Docente: Prof.ª. Drª. Andréa Paula Segatto

Aula: 0909/10/2013

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REFERÊNCIAS

NATHAN, Rosemberg. Por dentro da caixa-preta: tecnologia e economia. Tradutor: José Emílio Maiorino – Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2006. (cap. 7 e 8 – p. 215-266)

* Este artigo foi apresentado numa conferência da Universidade de Harvard em abril de 1981, em comemoração ao octogésimo aniversário do nascimento de Simon Kuznets. Baseia-se, em parte, em pesquisas realizadas nos Bell Laboratories, em Murray Hill, New Jersey. Sua formulação atual beneficiou-se dos incisivos comentários de Moses Abramowitz.

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NATHAN ROSEMBERGBio: Nathan Rosenberg, nascido em 1927, é professor de Economia da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA). Vem atuando no campo da historiografia econômica da ciência e da tecnologia desde a década de 1960, em cujo final editou a publicação na Grã-Bretanha do importante relatório The American System of Manufactures, elaborado por uma missão de observadores empresariais britânicos que haviam ido aos EUA em meados do século XIX para verificar in loco as razões do então já evidente grande progresso técnico da indústria norte-americana. Vários anos antes, num artigo pioneiro intitulado “Technological Change in the Machine Tool Industry, 1840-1910”, publicado em dezembro de 1963 no Journal of Economic History, Rosenberg tinha chamado a atenção não apenas para a relevância econômica daquele relatório, mas também para o significado da situação nele retratado face à trajetória tecnológica subsequente do setor industrial de seu país até o advento das modernas linhas de montagem e da produção em massa de nossos dias.

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CAPÍTULO 7QUÃO EXÓGENA É A CIÊNCIA?

OBJETIVO:

Este artigo constitui uma espécie de reconhecimento preliminar, o início de uma tentativa de desenvolver uma estrutura conceitual que melhore o entendimento das conexões entre a ciência e o desempenho econômico.

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CAPÍTULO 7QUÃO EXÓGENA É A CIÊNCIA?

ARGUMENTO:

O argumento é que a tecnologia influencia a atividade científica de maneiras numerosas e difusas. Tenta identificar algumas das categorias de influência mais importantes e tornar mais preciso o entendimento dos mecanismos causais em ação.

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INTRODUÇÃO

Longe de constituírem forças exógenas à arena econômica, o conteúdo e o direcionamento dos empreendimentos científicos são fortemente moldadas por considerações tecnológicas, as quais, por sua vez, estão profundamente incrustadas na estrutura das sociedades industriais.

CIÊNCIA-TECNOLOGIA NAS INDÚSTRIAS DE ALTA TECNOLOGIA

conhecimento científicoreservas de técnicas

agenda das ciências é

formulada nas sociedades industriais avançadasinstitucionalização das ciências

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ROSENBERG POSTULA RELAÇÕES

PROGRESSO TÉCNICO

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

PROGRESSO CIENTÍFICO

TECNOLOGIA

CIÊNCIA

Dependência LÓGICA e

CRONOLÓGICA

CONHECIMENTO

TEÓRICO PRÁTICO

E não TECNOLOGIA como uma simples aplicação da CIÊNCIA

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O caráter cumulativo e interativo tanto dos progressos da ciência como do desenvolvimento tecnológico é a ideia central desse capítulo.

Relação entre :

TECNOLOGIA

CIÊNCIA

o progresso técnico e as inovações tecnológicas são fundamentais

SISTEMA PRODUTIVO

RENTABILIDADE FINANCEIRA

Vínculos

alternativas que criam problemas que provocam

conducentes a mudanças e estas passaram a fazer parte da realidade cotidiana do capitalismo contemporâneo.

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Pode constituir uma das principais razões da enfática adesão de Nathan Rosenberg ao princípio da endogenia da ciência em relação ao desenvolvimento econômico

à necessidade por ele constantemente realçada dos economistas começarem a estudar a sua natureza e funcionamento de uma forma sistemática e abrangente.

A percepção desta institucionalização das mudanças

CONSEQUENTEMENTE

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I PARTE

O traço distintivo das modernas sociedades industrializadas é seu sucesso na aplicação do conhecimento sistemático à esfera econômica.

VISÃO DE KUZNETS

conhecimento esse derivado da pesquisa científica.

Essa visão tem um aspecto desconcertante, ao menos para um economista, na medida em que parece fazer da característica central do moderno crescimento econômico um fenômeno exógeno. Se é realmente assim que o mundo funciona, então nós deveríamos reconhecê-lo graciosamente e aceitar o fato de que os principais determinantes de um fenômeno econômico central se encontram fora do campo de análise do economista.

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I PARTE

talvez seja possível identificar algumas cadeias causais significativas estendendo-se

CIÊNCIAVIDA

ECONÔMICA

A argumentação envolve, em primeiro lugar, a admissão da tecnologia na arena das variáveis econômicas. Os economistas têm tido muito mais sucesso em lidar com as consequências da mudança tecnológica do que com seus determinantes.

O tema central desenvolvido é o de que as preocupações tecnológicas moldam, de várias maneiras, a empresa científica. É possível aprender muito a respeito das atividades dos cientistas – mesmo daqueles engajados em pesquisa básica – iniciando a investigação pelos domínios da tecnologia.

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I PARTE

Naturalmente, é bastante fácil dizer que a ciência não é inteiramente exógena. A questão difícil, aqui, é tentar especificar as ligações entre a economia e a ciência. Atualmente a “pequena ciência” foi substituída pela “grande ciência,”Naturalmente, há muito que foi reconhecida a influência de certas preocupações tecnológicas no crescimento do conhecimento científico:

SADI CARNOT: ao criar a ciência da termodinâmica

eficiência das máquinas a vapor

TORRICELLI: do peso do ar atmosférico Bomba melhorada

JOULE: da lei de conservação da energia

geração de energia na cervejaria de

seu pai

PASTEUR: da ciência da bacteriologiaindústria vinícola

francesa

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I PARTE

Em todos esses casos, um conhecimento científico de grande generalidade originou-se de um problema particular num contexto limitado.

Uma enumeração como essa, contudo, proporciona apenas um sentido muito limitado da natureza e do grau da interação entre a ciência e a tecnologia.

Na verdade, esse sentido é completamente suprimido na formulação prevalecente em nossa época, na qual é comum olhar para a causalidade como atuando exclusivamente no sentido da ciência para a tecnologia, e pensar a tecnologia como se fosse redutível à simples aplicação de conhecimentos científicos preexistentes.

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II PARTE

Não constitui meramente uma aplicação de conhecimentos trazidos de uma outra esfera. Trata-se de um conhecimento de técnicas, métodos e projetos que funcionam, e que funcionam de maneiras determinadas e com consequências determinadas, mesmo quando não se possa explicar exatamente por quê.

a tecnologia é, ela própria, um corpo de conhecimentos a respeito de certas classes de eventos e atividades.

Uma das consequências mais enganosas de se pensar a tecnologia como mera aplicação do conhecimento científico preexistente é que uma tal perspectiva obscurece um ponto extremamente elementar:

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II PARTE Ela é, portanto, se preferirmos colocar dessa forma, não um tipo

fundamental de conhecimento, mas sim uma forma de conhecimento que gerou durante milhares de anos uma certa taxa de progresso econômico. Com efeito, se a raça humana tivesse sido confinada a tecnologias compreendidas em termos científicos, ela já teria saído de cena há muito tempo.

Exemplos: RÁDIOS: ondas curtas CRISTAIS: bom para a indústria eletrônica

METAIS: ciência da metalurgia

ALUMÍNIO: “enrijecimento pela idade” de forma acidental

AÇO: desenvolvimento do carbureto de tungstênio sinterizado

PETRÓLEO: métodos de craqueamento

TRANSISTOR: semicondutores

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II PARTE O conhecimento tecnológico precede o conhecimento científico, o

que não foi de forma alguma eliminada no século XX. Boa parte dos trabalhos de cientistas envolve, atualmente, a sistematização e reestruturação dos conhecimentos e de soluções e métodos práticos, utilizáveis, previamente acumulados pelos tecnólogos.

A tecnologia moldou a ciência de maneiras importantes, porque adquiriu primeiro algumas formas de conhecimento e forneceu dados que, por sua vez, se tornaram os explicanda dos cientistas, que tentaram interpretá-los ou codificá-los em nível mais profundo.

A acumulação de conhecimentos tecnológicos forneceu uma base de observações que em algum momento se tornou objeto de

interesse por parte da ciência.

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III PARTE O progresso tecnológico desempenha um papel muito

importante na formulação da agenda subsequente da ciência. A trajetória natural de certos melhoramentos tecnológicos identifica e define os limites de novos melhoramentos, o que, por seu turno, orienta o foco da pesquisa científica subsequente.

Exemplos: AERONÁUTICA: levou a tecnologia a limites

TURBOJATO: nova aerodinâmica supersônica

TELEFONIA: transmissão a longas distâncias

TEORIA DA INFORMAÇÃO: indústria do software

Os melhoramentos tecnológicos fazem mais do que gerar a necessidadede tipos específicos de novos conhecimentos. O avanço do

conhecimento frequentemente só se dá por meio da experiência realcom uma nova tecnologia em seu ambiente operacional.

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IV PARTE Muitos dos aspectos de um material não são explorados

cientificamente até que o material tenha estado em uso durante um longo tempo. Isso porque muitos dos problemas vinculados ao uso de um material levam tempo para vir à tona. Uma preocupação central da pesquisa de materiais tem sido a melhoria do desempenho pela eliminação de problemas que com frequência somente emergem após um uso prolongado.

Exemplo:POLIETILENO: Bell Labs revestimento de cabos

Os setores de alta tecnologia, ao forçarem os limites do desempenhotécnico, estão continuamente identificando novos problemas

que podem ser tratados pela ciência. Ao mesmo tempo, os esperadosmelhoramentos do desempenho ou a redução de custos prometem

grandes recompensas financeiras.

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V PARTE Quando um avanço tecnológico é precedido por alguma

pesquisa básica, é o estabelecimento de uma vinculação palpável entre a tecnologia e aquele campo específico da ciência que se torna responsável pela grande intensificação da pesquisa nesse campo.

Exemplos: FIBRA ÓPTICAS TECNOLOGIA DO LASER

FÍSICA NUCLEAR QUÍMICA ORGÂNICA

Mudanças no domínio da tecnologia dando origem a pesquisas fundamentais

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VI PARTE Por que o avanço tecnológico é tão importante para o

direcionamento da pesquisa científica?

Principalmente pela óbvia, mas atrativa sugestão de altos retornos potenciais – financeiros ou sociais – dessa pesquisa. É importante perceber que um grande avanço tecnológico em realidade assinala o início de uma série de novos desenvolvimentos de grande importância, não a sua culminância. Um material de preço alto tem boa probabilidade de gerar um pequeno

número de aplicações industriais, e despertará, portanto, apenas um interesse limitado – pelo menos na ausência de alguma vantagem atraente em seu desempenho.

Por outro lado, à medida que um material se torna mais barato em consequência de melhoramentos tecnológicos, ele passa a ser mais amplamente usado, e seu preço mais baixo faz com que passe a ser considerado mais seriamente para outros novos usos potenciais.

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VII PARTEExiste um outro modo fundamental pelo qual a tecnologia molda osempreendimentos científicos:

Desenvolvimento das técnicas de observação, de testes e medidas – em resumo, de instrumentação. Os aperfeiçoamentos da instrumentação, por meio de seus efeitos diferenciais sobre as possibilidades de observação e medida em subáreas específicas da ciência, têm sido há muito tempo um importante determinante do progresso científico.

Exemplos: MICROSCÓPIO MICROSCÓPIO ELETRÔNICO

TELESCÓPIO RADIOTELESCÓPIO

As relações entre a tecnologia e a ciência são muito mais interativas (e dialéticas). Isso porque a decisão de investir com firmeza no aperfeiçoamento de uma classe específica de instrumentos será com frequência o reflexo de uma determinação de fazer avançar um campo particular da ciência, bem como de uma expectativa de que a instrumentação relevante esteja amadurecida para esse aperfeiçoamento.

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VIII PARTE CONCLUSÃOA ciência vem sendo moldada, direcionada e constrangida por poderosos estímulos econômicos.

Esses estímulos têm suas raízes em dois fatos: o primeiro, que a pesquisa científica é uma atividade dispendiosa; o segundo, que ela pode ser direcionada de maneiras que podem gerar

grandes retribuições econômicas.

As sociedades industrializadas criaram um vasto domínio tecnológico muito estreitamente moldado por necessidades e incentivos econômicos. Esse domínio tecnológico, por seu turno, proporciona numerosos meios

pelos quais a vida cotidiana se tornou extremamente ligada à ciência. Esse domínio define as direções que prometem grandes retornos

financeiros e fornece muitos problemas e observações empíricas que estimulam o pensamento científico criativo.

Essas afirmações são apoiadas pela crescente institucionalização da pesquisa em laboratórios industriais privados.

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CAPÍTULO 8MUDANÇA TÉCNICA NA INDÚSTRIA DE AERONAVES COMERCIAIS, 1925-1975

OBJETIVO:

Este artigo apresenta uma discussão e uma avaliação da política governamental para os ramos aeronáutico e de transporte aéreo, examinando também o impacto dessa política sobre a estrutura e o desempenho da indústria aeronáutica.

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CAPÍTULO 8MUDANÇA TÉCNICA NA INDÚSTRIA DE AERONAVES COMERCIAIS, 1925-1975

ARGUMENTO:

Interesse em verificar o grau em que essa política aparentemente bem-sucedida deve ser tomada como um modelo para a política tecnológica em outros setores. A política foi bem sucedida porque proporcionou incentivos substanciais para a geração e a adoção de novas tecnologias na aeronáutica comercial.

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O DESEMPENHO E O PADRÃO DAS INOVAÇÕES

Vários indicadores do desempenho da produção de aeronaves exibem ganhos impressionantes no período 1925-1975

Caíram custos operacionais Aumento capacidade transporte passageiro

Velocidade aviões segurança

O desempenho não pode ser previsto de forma definitiva antes do primeiro voo. Incertezas tecnológica é uma importante influência sobre a estrutura e o comportamento dos que produzem. Incertezas introduz uma dimensão adicional no processo de inovação, a APRENDIZAGEM PELO USO.

conforto

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O DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA DO RAMO

A evolução da indústria aeronáutica comercial pode ser dividida em quatro períodos desiguais:

Período de 1920 a 1934

Em graus sem precedentes, o governo federal esteve diretamente envolvido na determinação da estrutura da indústria aeronáutica comercial nos anos 1960 e 1970.

Período de 1934 a 1940

Segunda Guerra Mundial

Pós - Segunda Guerra

As produções de aeronaves militares e comerciais foram-se diferenciando gradativamente uma da outra, e as encomendas militares do tempo de paz chegaram a desempenha algum papel no desenvolvimento de estruturas , especialmente, de motores.

Quatro produtores de estruturas e dois fabricantes de motores integravam a parte principal da indústria aeronáutica civil.

A indústria aeronáutica comercial praticamente deixou de existir.

O motor a jato passou a dominar a aeronáutica comercial.

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COMPORTAMENTO DO RAMO A coexistência de altos níveis de concentração de produtores e

de uma competição feroz nos preços tornou o ramo aeronáutico incomum no contexto da indústria de transformação.

Tornou-se fortemente dependente de subcontratações para os projetos, a produção e a aquisição de complexos bens de capital, nela havendo muito pouca integração vertical.

A subcontratação na produção de aeronaves, tanto comerciais quanto militares, aumentou com a crescente complexidade dos componentes das aeronaves, tais com sua aparelhagem eletrônica.

É improvável que uma maior integração vertical no setor de transporte comercial tivesse produzido um ritmo tão acelerado de inovações, melhorias da qualidade dos serviços e de aumentos da produtividade.

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AS POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS E A OFERTA DE TECNOLOGIA: O PAPEL DO NACAA indústria aeronáutica comercial é a única, entre todos os ramos industriais, para a qual existe há muito tempo uma organização governamental de pesquisas:

Criado para atender às necessidade de projetos de aeronaves. Recentemente, recursos de pesquisa similares, financiados pelo governo e pela iniciativa privada, para a realização de pesquisas sobre inovações tecnológicas gerais, têm sido proposto para outros ramos por formuladores de políticas públicas.

O argumento mais frequente é o de que as empresas individuais dentro de um dado ramo têm incentivos insuficientes e até verdadeiros desincentivos ( o problema dos copiadores) para a realização das pesquisas básicas necessárias para apoiar a inovação.

National Advisory Committee on Aeronautics

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AS POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS E A OFERTA DE TECNOLOGIA: AS PESQUISAS PATROCINADAS

PELAS FORÇAS ARMADAS

O desenvolvimento do primeiro motor a jato nos Estados Unidos, que teve como ponto de partida uma assistência britânica durante a 2ª Guerra Mundial

Refletindo tanto a percepção da urgência militar do projeto como a falta de interesse do desenvolvimento de um motor desse tipo por parte das firmas comerciais antes de 1940.

O desenvolvimento das aeronaves comerciais também se beneficiou substancialmente do desenvolvimento e da produção de estruturas para aeronaves militares. Com o advento dos aviões a jato, os fabricantes de estruturas conseguiram aplicar o conhecimento obtido com os projetos militares aos projetos, à ferramentaria e à produção comerciais.

foi integralmente financiado pelas FORÇAS ARMADAS

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AS POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS E A DEMANDA POR INOVAÇÃO

As políticas governamentais foram importantes ao afetar a demanda de inovações por parte da indústria aeronáutica comercial.

As políticas do sistema postal no período 1929-1934 e as do CAB durante o período 1938-1978 influenciaram a estrutura e o comportamento do setor de transporte aéreo, proporcionando substanciais incentivos para a rápida adoção de inovações.

O desenvolvimento da estrutura do ramo e esse ambiente regulamentar gerou uma feroz competição na qualidade dos serviços. Um dos resultados foi um ritmo muito rápido na adoção de novos modelos de aeronaves por parte dos principais transportadores, baseada em sua crença de que a introdução de aeronaves de última geração constituía uma estratégica mercadológica eficiente quando não era possível a competição por preços.

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CONCLUSÃO

Verifica-se o papel do governo federal influenciando a inovação nesse setor e considera que outros ramos poderiam se beneficiar de politicas governamentais similares.

Embora o desempenho da indústria aeronáutica no que se se refere à inovação indique que essa estrutura política tenha sido bem-sucedida sob alguns importantes aspectos, é provável que sua aplicabilidade a outros ramos seja limitada.

RESUMO: Impacto tanto na oferta quando na demanda por inovações; Apoio militar proporcionou habilidades técnicas, conhecimento e inovação; Apoio a pesquisa tanto para aplicação civis como militares (NACA); Garantia de mercado para aeronaves militares; Garantia da demanda por tecnologias inovadoras.

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CONCLUSÃO

O apoio público à pesquisa é usualmente justificado rotulando-se o conhecimento e a informação como bens públicos e argumentando que o retorno social da pesquisa básica pode exceder de muito o retorno privado.

O apoio do governo é, portanto, considerado o melhor, quando aplicado às

formas mais básicas de pesquisa.

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OBRIGADA PELA ATENÇÃO!