CAINDO NO RIDÍCULO - festivaldecinemainfantil.com.br · O filme foi um grande sucesso de público,...

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Poucas vezes encontraremos um filme tão adequado para um projeto pedagógico quanto este. A quantidade de informações presentes nas cenas do filme oferece muitas oportunidades de realização do trabalho interdiscipliniar. Podemos então apresentar abordagens originais para alguns conteúdos que costumam ser apresentados apenas através de leituras e exposições orais. A qualidade do roteiro faz com que detalhes da narrativa construam um cenário perfeito da França naquela época e a construção dos personagens exibe claramente as mazelas e conflitos que levaram à Revolução Francesa. Acompanhar as aventuras de desventuras de Ponceludon é testemunhar as particularidades de um país que tanto nos influencia culturalmente e ao mesmo tempo constatar as generalidades que sempre serão inerentes ao ser humano. A vivacidade dos diálogos, a sequência de acontecimentos bizarros e emocionantes transforma o filme em um valiosíssimo painel que certamente trará aos nossos alunos diversão e oportunidades de reflexão e exercício de suas habilidades e competências intelectuais. CAINDO NO RIDÍCULO

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Poucas vezes encontraremos um filme tão adequado para um projeto pedagógico quanto este. A quantidade de informações presentes nas cenas do filme oferece muitas oportunidades de realização do trabalho interdiscipliniar. Podemos então apresentar abordagens originais para alguns conteúdos que costumam ser apresentados apenas através de leituras e exposições orais.A qualidade do roteiro faz com que detalhes da narrativa construam um cenário perfeito da França naquela época e a construção dos personagens exibe claramente as mazelas e conflitos que levaram à Revolução Francesa.Acompanhar as aventuras de desventuras de Ponceludon é testemunhar as particularidades de um país que tanto nos influencia culturalmente e ao mesmo tempo constatar as generalidades que sempre serão inerentes ao ser humano. A vivacidade dos diálogos, a sequência de acontecimentos bizarros e emocionantes transforma o filme em um valiosíssimo painel que certamente trará aos nossos alunos diversão e oportunidades de reflexão e exercício de suas habilidades e competências intelectuais.

CAINDO NO RIDÍCULO

ENsINO FUNDAmENtAL2º CICLO ( 4º E 5º ANO)

As atividades sugeridas oferecem a possibilidade de integração com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ministério da Educação.No caso deste filme, consideramos os seguintes objetivos relevantes e pertinentes:

Língua Portuguesa

• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.

• Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e comunicação, em situações intersubjetivas, que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos dos interlocutores; e colocar-se como protagonista no processo de produção/recepção.

• Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização de mundo e da própria identidade.

• Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e propagação de ideias e escolhas, tecnologias disponíveis etc.).

• Articular as redes de diferenças e semelhanças entre as linguagens e seus códigos.

• Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas como instrumento de acesso a informações, a outras culturas e grupos sociais.

• Considerar a linguagem e suas manifestações como fontes de legitimação de acordos e condutas sociais, e sua representação simbólica como forma de expressão de sentidos e experiências do ser humano na vida social.

O qUE DEvE sER ObsERvADOQuem aparece no filme.

Como são os personagens.

Onde ele é passado.

Por que tudo aconteceu.

Se isso poderia acontecer na vida real.

Como o filme foi feito.

A hIstóRIAFrança, reinado de Luis XVI. Um jovem nobre da província, Ponceludon de Malavoy, assiste os camponeses de suas terras adoecerem e até mesmo morrerem, vítimas da febre dos pântanos. Enquanto engenheiro hidrólogo, Ponceludon decide fazer o saneamento da região de La Dombes e falar com o rei para executar este grande projeto. De início, não consegue ter acesso ao rei nem obtém nenhum apoio junto a seus conselheiros. Mas, ao entrar nos salões de Versalhes, chama a atenção por seu humor espirituoso e por suas respostas rápidas. A partir de então, todas as portas de abrem, principalmente as do Marquês de Bellegarde, que o hospeda e o inicia na arte de brilhar na corte fazendo jogos de palavras. Este médico também se preocupa com o futuro de sua filha Mathilde, uma jovem encantadora, prometida a um senhor de posses. A sorte de Ponceludon em Versalhes está lançada e ele não medirá esforços para alcançar seu objetivo. Mas qual será o preço? Sua honra? Seu amor? Sua imagem? Ele terá que se cuidar para não cair no ridículo porque isso na corte francesa era sinônimo de cair em desgraça.

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CURIOsIDADEs

A filmagem de Caindo no ridículo durou 11 semanas, com um orçamento de 5,4 milhões de euros.

Como não tiveram livre acesso ao Castelo de Versalhes, onde só foram filmadas as cenas nos jardins, a equipe reinventou os interiores usando vários castelos.O filme é uma animação em 3 D e levou 6 anos para ser concluído.

O diretor, Patrice Leconte, não quis fazer apenas mais um filme de época. “Não queria fazer um filme de guia de museu, um filme tão comprometido com a verdade histórica que o tornasse alienante.”

O filme foi um grande sucesso de público, indicado em 1997 ao Oscar de melhor filme estrangeiro. No Festival de Cannes recebeu nove indicações e quatro prêmios: o César de melhor figurino, de melhor direção de arte e os prêmios de melhor filme e melhor diretor do ano.

Na cena da viagem de Ponceludon, o diretor usou um helicóptero voando a 50 centímetros do chão para passar a sensação que a câmera estava voando atrás do cavalo.

O figurinista do filme, Christian Gasc, interpretou o papel do Signore Panella, alfaiate italiano da Condessa de Blayac.

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ObjEtIvOs RELACIONADOs:

• Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de: organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

• Respeitar e preservar as manifestações da linguagem, utilizadas por diferentes grupos sociais, em suas esferas de socialização; usufruir do patrimônio nacional e internacional, com as suas diferentes visões de mundo; e construir categorias de diferenciação, apreciação e criação.

Artes

• Apreciar produtos de arte, em suas várias linguagens, desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética.

• Analisar, refletir e compreender os diferentes processos da Arte, com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal, como manifestações sócio-culturais e históricas.

• Conhecer, analisar, refletir e compreender critérios culturalmente construídos e embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico, antropológico, semiótico, científico e tecnológico, entre outros.

• Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas manifestações de Arte – em suas múltiplas funções – utilizadas por diferentes grupos so ciais e étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e internacional, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão sócio-histórica.

• Ciências da Natureza e Matemática

• Desenvolver a capacidade de comunicação.

• Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico.

• Interpretar e utilizar diferentes formas de representação (tabelas, gráficos, expressões, ícones...).

• Exprimir-se oralmente com correção e clareza, usando a terminologia correta.

• Produzir textos adequados para relatar experiências, formular dúvidas ou apresentar conclusões.

• Utilizar as tecnologias básicas de redação e informação, como computadores.

• Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a produção, análise e interpretação de resultados de processos e experimentos científicos e tecnológicos.

• Desenvolver o raciocínio e a capacidade de aprender.

• Formular questões a partir de situações reais e compreender aquelas já enunciadas.

• Procurar e sistematizar informações relevantes para a compreensão da situação-problema.

• Formular hipóteses e prever resultados.

• Articular o conhecimento científico e tecnológico numa perspectiva interdisciplinar.

• Compreender e utilizar a ciência, como elemento de interpretação e intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido prático.

• Utilizar elementos e conhecimentos científicos e tecnológicos para diagnosticar e equacionar questões sociais e ambientais.

• Associar conhecimentos e métodos científicos com a tecnologia do sistema produtivo e dos serviços.

• Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo seu papel na vida humana em diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio.

• Compreender as ciências como construções humanas, entende como elas se desenvolveram por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o desenvolvimento científico com a transformação da sociedade.

• Entender a relação entre o desenvolvimento de Ciências Naturais e o desenvolvimento tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos problemas que se propuser e se

propõe solucionar.

• Entender o impacto das tecnologias associadas às Ciências Naturais, na sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

biologia

• Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia.

• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo.

• Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo.

• Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos.

• Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações.

• Relacionar os diversos conteúdos conceituais de Biologia (lógica interna) na compreensão de fenômenos.

• Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado (existencial ou escolar).

• Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos ou processos biológicos (lógica externa).

• Reconhecer a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos.

• Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso comum relacionados a aspectos biológicos.

• Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas no seu ambiente.

• Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam à preservação e à implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente.

• Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável.

Física

• Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes. Compreender e utilizar leis e teorias físicas.

• Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física, utilizar modelos físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar, analisar previsões.

• Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber científico.

• Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos de sua história e relações com o contexto cultural, social, político e econômico.

• Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico.

• Dimensionar a capacidade crescente do homem propiciada pela tecnologia.

• Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão da cultura humana.

• Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.

história

• • Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa, reconhecendo o papel das diferentes linguagens, dos diferentes agentes sociais e dos diferentes contextos envolvidos em sua produção.

• Produzir textos analíticos e interpretativos sobre os processos históricos, a partir das categorias e procedimentos próprios do discurso historiográfico.

• Relativizar as diversas concepções de tempo e as diversas formas de periodização do tempo cronológico, reconhecendo-as como construções culturais e históricas.

• Estabelecer relações entre continuidade/permanência e ruptura/transformação nos processos históricos.

• Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de sua constituição e significação.

• Situar os momentos históricos nos diversos ritmos da duração e nas relações de sucessão e/ou de simultaneidade.

• Comparar problemáticas atuais e de outros momentos históricos.

• Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado.

Geografia

• Reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação, identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.

• Analisar e comparar, interdisciplinarmente, as relações entre preservação e degradação da vida no planeta, tendo em vista o conhecimento da sua dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e políticos que incidem sobre a natureza, nas diferentes escalas – local, regional, nacional e global.

• Reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a sua essência, ou seja, os processos históricos, construídos em diferentes tempos, e os processos contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.

• Compreender e aplicar no cotidiano os conceitos básicos da Geografia.

• Identificar, analisar e avaliar o impacto das transformações naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas no seu “lugar-mundo”, comparando, analisando e sintetizando a densidade das relações e transformações que tornam concreta e vivida a realidade.

• Sociologia, Antropologia e Política Representação e comunicação

• Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade: as explicações das Ciências Sociais, amparadas nos vários paradigmas teóricos, e as do senso comum.

• Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir das observações e reflexões realizadas.

• Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de qualificação exigida, gerados por mudanças na ordem econômica.

• Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da cidadania plena, no contexto do Estado de Direito, atuando para que haja, efetivamente, uma reciprocidade de direitos e deveres entre o poder público e o cidadão e também entre os diferentes grupos.

Filosofia

• Ler textos filosóficos de modo significativo.

• Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros.

• Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo.

• Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes.

• Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais.

• Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sócio-político, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.

AtIvIDADEs

Faça perguntas para medir a compreensão:

– O que acharam do filme?– O que mais gostaram?– E o que não gostaram?– Quem aparece no filme?– Qual o personagem favorito? Por quê?– Como acha que o filme foi feito?

Comente o título do filme e convide seus alunos para uma reflexão a respeito do significado de expressão e da palavra ridículo. Peça que cada um diga o que acha que a palavra significa e o que considera ser a coisa mais ridícula. Depois compare com a definição do dicionário. O subtítulo do filme é “Ninguém será poupado” Procure lembrar as cenas do filme para saber se isso é verdade. Quais os personagens caíram no ridículo e em que situação.

Ridículo Definição:1. Digno de riso zombeteiro; merecedor de escárnio.2. Insignificante; que tem pouco valor.

O filme se passa um ano antes da revolução francesa acontecer e muito do que é mostrado evidencia as causas deste movimento. Peça que relacionem o que viram no filme com um texto a respeito.

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Contexto Histórico: A França no século XVIII

A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina. A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas. A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.

A Revolução Francesa (14/07/1789)

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.O lema dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.No mês de agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo. http://www.suapesquisa.com/francesa/

Outras fontes; http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-francesa2.htmhttp://www.slideshare.net/michelcg/resumo-sobre-revoluo-francesahttp://www.conteudoglobal.com/cultura/revolucao_francesa/

Faça um paralelo entre a situação política mostrada no filme e alguns fatos da vida atual em nosso país. Distribua jornais pela turma e peça que selecionem notícias que demonstram situações semelhantes.

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Outro tema importante do filme é a linguagem e sua importância na corte. Para ser bem aceito e sucedido, os “espirituosos” deviam ter grande fluência verbal. Era preciso saber dizer frases de efeito, inteligentes e apropriadas, fazendo construções linguísticas e fazendo jogos de palavras com rimas e criando aforismos.A Literatura Portuguesa está repleta de grandes autores frasistas. Proponha um trabalho em grupo com a pesquisa sobre os aforismos de autores como Millôr Fernandes, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Antônio Vieira, Rui Barbosa. Peça que leiam e interpretem os pensamentos. Cada grupo apresentará suas conclusões à turma e os aforismos poderão ser organizados por categorias e impressos em um livro que será impresso e distribuído para a turma.

Aforismos:Aforismo (do grego aphorismos “definição”, a partir de aphorizein “delimitar, separar”, de apó- “afastado, separado” ou “proveniente, derivado de” + horos, “fronteira, limite” e horizein “limitar”, através do latim aphorismus[1]) é uma sentença concisa, que geralmente encerra um preceito moral.

Millôr Fernandes:As pessoas que falam muito mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.Viver é desenhar sem borracha.Esnobar é exigir café fervendo e deixar esfriar.Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim.Não devemos resistir às tentações: elas podem não voltar.Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.Chato... Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.O dinheiro não dá felicidade. Mas paga tudo o que ela gasta.Certas coisas só são amargas se a gente as engole.O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde.Quem mata o tempo não é assassino, mas sim um suicida.

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Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus.Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso.

Carlos Drummond de Andrade:O que seria do pobre vaga-lume, sem a escura noite?O amor dinamita a ponte e manda o amante passar.Seria cômico, se não fosse trágicoHá quem tenha saudades da crítica literária, substituída pela crítica universitária.Não há felicidade que resista à continuação de tempos felizes.Somos humildes na esperança de um dia sermos poderosos.A inteligência superior vive em débito com os admiradores, que lhe exigem tudo.O otimismo é um cheque em branco a ser preenchido pelo pessimista.O sofrimento é repartido ao longo da vida e separado por blocos de esquecimento.A tradição é cultuada pelos que não sabem renová-la.A vida é breve, a velhice é longa.O verso é uma vitória sobre os limites da linguagem.É bom ler e é ótimo ter lido.O sonho é o pensamento em férias.

Mário Quintana: Há duas espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e... os amigos, que são os nossos chatos prediletos.O tempo não para! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho.A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.A arte de viver é simplesmente a arte de conviver... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!Há noites que eu não posso dormir de remorso por tudo o que eu deixei de cometer.O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente.O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.

Antônio Vieira: O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.Três mais há neste mundo pelos quais anelam, pelos quais morrem e pelos quais matam os homens: mais fazenda; mais honra; mais vida.A nossa alma rende-se muito mais pelos olhos, do que pelos ouvidos.Pouco fez, ou baixamente avalia as suas ações, quem cuida que lhas podiam pagar os homens.Amor e ódio são os dois mais poderosos afetos da vontade humana.A admiração é filha da ignorância, porque ninguém se admira senão das coisas que ignora, principalmente se são grandes; e mãe da ciência, porque admirados os homens das coisas que ignoram, inquirem e investigam as causas delas até as alcançar, e isto é o que se chama ciência.Muitos cuidam da reputação, mas não da consciência.A boa educação é moeda de ouro. Em toda a parte tem valor.O maior pensar da criatura humana é comer; desde que o homem nasce até que morre anda a procurar o pão para a boca.Quem quer mais que lhe convém, perde o que quer e o que tem.Quem tem seis asas e voa só com duas, sempre voa e canta. Quem tem duas asas e quer voar com seis, cansará logo e chorará.A ausência é o remédio do amor.Não há alegria neste mundo tão privilegiada, que não pague pensão à tristeza.Há homens que são como as velas; sacrificam-se, queimando-se para dar luz aos outros.Mais afronta a mesura de um adulador, que uma bofetada de um inimigo.Há pessoas semelhantes à vela que se consomem para alumiar o caminho alheio. O bem ou é presente, ou passado, ou futuro: se é presente, causa gosto; se é passado, causa saudade; se é futuro, causa desejo.

Rui Barbosa:No culto dos grandes homens não pode entrar a adulação. A eleição indireta tem por base o pressuposto de que o povo é incapaz de escolher acertadamente os deputados. Quanto maior o bem , maior o mal que da sua inversão procede.Sem o senso moral, a audácia é a alavanca das grandes aventuras.Criaturas que nasceram para ser devoradas, não aprendem a deixar-se devorar. A espada não é a ordem, mas a opressão; não é a tranquilidade, mas o terror, não é a disciplina, mas a anarquia não é a moralidade,

mas a corrupção, não é a economia mas a bancarrota. Os que ousam ser leais à sua fé, são cobertos até de ridículo. Um povo cuja fé se petrificou, é um povo cuja liberdade se perdeu.O escritor curto em ideias e fatos será, naturalmente, um autor de ideias curtas, assim como de um sujeito de escasso miolo na cachola, de uma cabeça de coco velado, não se poderá esperar senão breves análises e chochas tolices. Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado ! Amigos e inimigos estão em posições trocadas. Uns nos querem mal, fazem-nos bem. Outros almejam o bem e nos fazem mal. A verdadeira igualdade consiste em aquinhoar desigualmente seres desiguais.De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Aforismohttp://www.frasesfamosas.com.brhttp://pensador.uol.com.br

Na primeira cena, um homem morre vítima de um jato de urina. Pergunte o que acharam disto, se ficaram chocados.Qual a importância da cena no contexto da obra? Em que momento descobriram o seu significado?

Nas terras de Ponceludon as pessoas padeciam de uma doença chamada Febre do Pântano. Pergunte se conseguiram identificar esta doença e peçam que pesquisem a respeito de sua existência, nos dias atuais.Ponceludon queria drenar as águas paradas para erradicar a doença. Ele estava certo? O menino morreu negando ter bebido as águas, o que isto significa?

Malária Malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. Reveste-se de importância epidemiológica, atualmente, pela sua elevada incidência na região amazônica e potencial gravidade clínica. Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco, principalmente aquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, hoje em dia, a malária é de longe a doença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo e só é superada em número de mortes pela AIDS. Também conhecida como paludismo, a malária é considerada problema de saúde pública em mais de 90 países, onde cerca de 2,4 bilhões de pessoas (40% da população mundial) convivem com o risco de contágio. Anualmente, sobretudo no continente africano, entre 500 e 300 milhões são infectados, dos quais cerca de um milhão morrem em consequência da doença. No Brasil, principalmente na região amazônica a malária registra por volta de 500 mil casos por ano - no entanto, aqui a letalidade da moléstia é baixa e não chega a 0,1% do número total de enfermos.

7 8A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium e cada uma de suas espécies determina aspectos clínicos diferentes para a enfermidade. No caso brasileiro, destacam-se três espécies do parasita: o P. falciparum, o P. vivax e o P. malarie. O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente por mosquitos do gênero Anopheles ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez. Apesar da malária poder infectar animais como aves e répteis, o tipo humano não ocorre em outras espécies (mesmo ainda sem comprovação, há a suspeita de que certos tipos de malária possam ser transmitidos, sempre via mosquito, de macacos para humanos).Em comum, todas as espécies de Plasmodium atacam células do fígado e glóbulos vermelhos (hemácias), que são destruídos ao serem utilizados para reprodução do protozoário. Quando o mosquito pica o homem, introduz em sua corrente sanguínea, por meio de sua saliva, uma forma ativa do Plasmodium, denominada esporozoíta e que faz parte de uma de suas fases evolutivas. Uma vez no sangue, os esporozoítas rumam para o fígado, onde penetram as células hepáticas para se multiplicarem, dando origem a outra fase evolutiva chamada merozoíta. Uma parte dos merozoítas permanece no fígado e continua a se reproduzir em suas células, a outra cai novamente na corrente sanguínea e adentra as hemácias para seguir com o processo reprodutivo. As hemácias parasitadas também são destruídas e originam ora outros merozoítas, ora gametócitos, células precursoras dos gametas do parasita e que são tanto femininas quanto masculinas.O mosquito Anopheles torna-se vetor da malária a partir do momento que ingere gametócitos (femininos e masculinos) de um indivíduo infectado. Dentro do mosquito, os gametócitos tornam-se gametas e fecundam-se, originando o zigoto, que atravessa a parede do estômago do inseto e transforma-se em oocisto, tipo de célula-ovo. Após algum tempo, o oocisto se rompe e libera novos esporozoítos, que migram para as glândulas salivares do mosquito estando assim prontos para infectar um novo indivíduo.Pablo Ferreira

Os seres humanos são infectados pela malária há 50.000 anos. O baixo número anterior de casos em humanos, se em comparação com os elevados índices em outros animais, implicava que os mosquitos que se alimentam dos outros animais fossem muito mais frequentes que o Anopheles, que tem predileção pelos humanos. Só com o início da agricultura, há 10.000 anos (em

algumas regiões, mas noutras só há 5.000 anos) e com o crescimento populacional e destruição dos ambientes naturais desses outros animais e seus mosquitos, é que as populações de Anopheles explodiram em número, iniciando-se a verdadeira epidemia de malária que existe hoje.A malária foi uma das doenças que mais atingiram o Império romano e a sua base populacional e econômica, levando à sua queda.A malária foi uma das principais razões da lenta penetração dos portugueses e outros europeus no interior da África na da época colonial. Mesmo no caso dos portugueses, que devido à sua maior propensão para casar com nativas, rapidamente desenvolveram descendência parcialmente resistente, as colônias de Angola e Moçambique continuaram por muitos anos a situar-se na costa, mais fresca e salubre.Na América do Sul, os nativos (índios) dos Andes e outros tinham desde tempos imemoriais usado a casca da árvore da Cinchona para tratar a malária, assim como os Chineses já usavam a planta artemísia (uma “nova” droga antimalárica revolucionária “descoberta” só recentemente). Em 1640 o espanhol Huan del Vego usou a tintura da casca da cinchona para tratar com sucesso a malária. No entanto, só em 1820 os franceses Pierre Pelletier e Joseph Caventou extraíram com sucesso a quinina, o princípio ativo antimalárico, da tintura.Foi o italiano Giovanni Maria Lancisi que, em 1717, notando que eram os habitantes dos pântanos os que mais sofriam da doença, renomeou o paludismo de malária, significando maus ares.Só com o desenvolvimento da quinina (hoje a resistência do parasita é quase universal devido ao mau uso), o primeiro fármaco antimalárico, puderam os europeus sobreviver em grande número no interior africano, dando finalmente origem, no fim do século XIX, à corrida pelas colônias africanas e partição do continente entre Portugal, Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica, Itália e Espanha.

http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=191&sid=6http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1526http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1riasaborosos”, afirma. A principal diferença em relação ao que se come na Terra, explica, é a maneira de preparo deles --uma porção de ovo mexido desidratado, por exemplo, precisa de água para se tornar comestível. Todos os alimentos são colocados em embalagens individuais e armazenados na caixa de mantimentos de cada astronauta

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14409.shtml

Nas primeiras cenas o elemento religião está sempre presente. O menino pergunta se o problema das febres será resolvido com missas e pede para o Rei benzer sua medalha. Ao partir para a Corte, Ponceludon recebe a benção do um padre que tem que lembrá-lo de se ajoelhar e tirar o chapéu. Pergunte o que acham da forma como a Igreja é mostrada no filme e peça que pesquisem como eram as relações de poder entre os religiosos e o Rei no sec. XVIII.

A Revolução Francesa e a Religião Católica

A Revolução Francesa marcou para Igreja Católica um dos períodos mais difíceis de sua história. Isto porque a Revolução não só propagou os ideais iluministas que incluíam um sentimento anticlerical e antirreligioso, como também exerceu na prática esses ideais, muitas vezes de forma violenta.A França sempre teve uma posição de destaque na cristandade, desde os séculos medievais, da conversão dos francos ao catolicismo até a época em que a cidade francesa de Avignon abrigou a sede do papado. Foi também a França um dos maiores pontos de conflito entre católicos e protestantes. Tais fatos levaram a França a ser considerada por muitos papas como a “filha predileta da Igreja”. Às vésperas da Revolução, o país mostrava um quadro onde o catolicismo vivia o seu auge: a população participava dos ritos religiosos e o clero paroquial cuidava da vida religiosa da sociedade. Exercia grande influencia na vida política, pois o poder absoluto do rei era garantido pelo direito divino, e o próprio clero possuía status de Estado. A religião católica influenciava também o tempo, com o calendário gregoriano que possuía festas e feriados cristãos. Por fim, era papel do clero presidir as atividades civis como os casamentos e os registros de nascimento e óbito. Era esse quadro que a revolução viria a mudar radicalmente.A Revolução Francesa, em sua tentativa de acabar com as estruturas feudais ainda vigentes, colocou a Igreja Católica em uma difícil situação. Desde os primeiros passos da Assembleia Constituinte até a Constituição Civil do Clero, foram tomadas medidas capazes de levantar suspeitas de que a revolução era hostil ao clero. Uma das primeiras medidas dos revolucionários foi a supressão do dizimo e o confisco dos bens do clero, para saldar o déficit nacional. Essas medidas, a principio, não causaram um conflito direto entre a Igreja e a Revolução.O conflito só viria com a Constituição Civil do Clero e o juramento

9dos padres. Tal medida dividiu o clero francês: o clero constitucional, fiel à constituição, e o clero refratário, fiel ao papa. Este repudiava cada medida dos revolucionários, pois, além de perder o controle sobre o clero francês também perdeu suas possessões territoriais francesas na cidade de Avignon.É possível afirmar que a Constituição Civil do Clero foi o divisor de águas nas relações entre a Religião Católica e o Estado revolucionário francês. Foi o juramento dos padres que estimulou a contrarrevolução na Vendéia e a guerrilha camponesa dos Chouans – a Chouannerie, da qual participaram o clero refratário e a aristocracia. Foi também a questão do juramento que desencadeou um movimento violento de ataques aos padres e aos templos. Além disso, subordinava o clero ao Estado rompendo os seus vínculos com o papa.A Igreja ainda viria a perder suas áreas de influência na vida política e social. O rei Luís XVI, antes de ser decapitado, é obrigado a renunciar o seu “poder divino”, tornando-se um cidadão como outro qualquer. O clero deixa de presidir as atividades da vida civil como o casamento e os registros de certidões de nascimento e de óbito. É importante ressaltar que na tentativa de enterrar de vez a influência católica, o governo aboliu o calendário gregoriano acabando com os dias da semana, e consequentemente, eliminando as festas e feriados religiosos, inclusive o domingo, conhecido como “Dia do Senhor”. Para substituí-lo criou um novo calendário, conhecido como Calendário Republicano Francês, que marcaria o inicio da nova era da Republica Francesa dando uma nova nomenclatura aos meses e semanas de acordo com as estações do ano.O período do Terror marca o inicio do movimento violento que se deu contra a Igreja Católica. Igrejas são apedrejadas, padres são forçados a abdicar, imagens religiosas são destruídas e o culto religioso passa a ser proibido. Podemos ainda citar as tentativas de substituir o culto religioso por um culto revolucionário, como o culto à razão e ao Ser Supremo. Esses cultos exaltavam a vitória da razão e da consciência sobre a dominação da Igreja. Sobre o culto ao Ser Supremo, Robespierre aparece como pontífice da religião do Estado na tentativa promover a união entre o sentimento revolucionário e o sentimento religioso.Passado o período violento do Terror, com a queda de Robespierre, seguiu-se uma fase confusa para a religião. Os homens que o derrubaram eram anticlericais que participaram

dessas perseguições. Contudo, a política da Convenção Termidoriana seguia a lógica do retorno da liberdade que o período do Terror havia negligenciado. A essa lógica de liberdade estava ligada à questão da liberdade de culto. No período que vai de 1795 a 1799, as Assembleias do Diretório agiam ora permitindo o retorno ao culto, ora regressando a uma política de perseguição.Esse quadro só seria resolvido com Napoleão Bonaparte. No período do Consulado, Napoleão e o Papa Pio VI assinam uma Concordata que redefine as relações entre a Igreja e o Estado. Por essa Concordata a Igreja Católica era reconhecida na sua unidade e estatuto, a liberdade de culto era garantida e o catolicismo era aceito como a religião da maioria dos franceses. Contudo a Igreja ficava subordinada ao Estado, uma vez que a nomeação de bispos era feita pelo Consulado. Os territórios da Igreja, como Avignon, e seus bens também não são restituídos.O ultimo pilar do movimento de ataque a religião católica, o Calendário Republicano, foi extinto por Napoleão no Império, em 1805.12/11/2009 - 08:31 | André Filgueiras, Daniel Tomazine, e Ingrid Casazza

Em agosto de 1790, foi votada a Constituição Civil do Clero, separando Igreja e Estado e transformando os clérigos em assalariados do governo, a quem deviam obediência. Determinava também que os bispos e padres de paróquia seriam eleitos por todos os eleitores, independentemente de filiação religiosa. O papa opôs-se a isso. Os clérigos deveriam jurar a nova Constituição. Os que o fizeram ficaram conhecidos como juramentados; os que se recusaram passaram a ser chamados de refratários e engrossaram o campo da contrarrevolução.Em 19 de abril de 1791, o Estado nacionaliza e passa a administrar todos os bens da Igreja Católica, sendo aprovada em julho a Constituição Civil do Clero, por intermédio da qual os padres católicos passam a ser funcionários públicos.http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesahttp://www.historia.uff.br

A condessa de Balyac se prepara para o enterro do marido com uma nuvem de pó de arroz. Mais tarde, Bellegarg diz à Ponceludon que muito branco, amarela os dentes e um pouco de rouge, realça a cor. Este é o começo de uma moda que permanece até hoje, a maquiagem. Proponha uma pesquisa entre este hábito na época em que o filme se passa e os dias de hoje, com uma análise das diferenças e semelhanças.

Foi no séc. XVIII que a França conseguiu marcar a moda a nível mundial. Propagou-se a moda das perucas com cachos, o pó de arroz e brilhos e a produção de perfumes.A corte francesa vivia luxuosamente, mas o uso dos cosméticos de tratamento não era correcto, ou seja, as mulheres não os usavam para tratar ou embelezar, elas usavam-nos

apenas para adornar o corpo e para o enfeitar, com a função de atrair os homens. Nesta época a higiene corporal não era um hábito da população, nem das mulheres nem dos homens, e por esta razão usavam perfumes em grandes quantidades. O perfume tinha como principais funções a eliminação de odores desagradáveis, servia de desinfectante e de purificador. Embora não tomassem banho, as mulheres não deixavam de se cuidar, utilizavam toalhinhas de linho embebidas em perfume, massajavam a cara e especialmente as axilas, onde o aroma agradável do perfume eliminaria o mau cheiro. A beleza seguia um determinado modelo, e as mulheres entregavam-se a grandes cuidados com a aparência de modo a que se enquadrasse com os padrões pretendidos pelos homens. http://historiadaestetica.com.sapo.pt/extdocs/seculo_XVIII.htm

A maquiagem é um adereço indispensável para muitas mulheres, muito utilizada para toda ocasião, como festas, cerimônias e também para tra balhar. Muitos cosméticos, além da função estética, possuem outras funções, como proteger,

hidratar e até mesmo nutrir a pele, pois muitas têm em suas composições minerais vitaminas, hidratantes e filtro solar.Essa popularidade não é de hoje, vem do Egito Antigo, época dos faraós, quando a maquiagem era utilizada principalmente por estética. Os olhos maquiados eram muito valorizados, pois dessa forma, não se olhava direto para o deus sol. Cleópatra, símbolo de beleza da época, lançou moda com seus banhos de leite e tratamentos com argila. A pele branca era o ideal de toda mulher, então ela utilizava uma tintura azul no colo e rosto, dando aspecto translúcido.A necessidade da beleza fez com que os gregos e romanos também fizessem o uso de artifícios para se sentirem mais belos. Com a queda do Império Romano a maquiagem perdeu sua força, pois era relacionada com o seu comportamento. No século XVIII foi até mesmo associada à bruxaria, numa tentativa de acabar com o costume na Inglaterra. Chegou a ser também relacionada a prostitutas e atrizes.No século XX surge o batom, virando febre entre as mulheres nos anos 30. As mulheres começaram a sair para trabalhar e ficar mais independentes, desenvolvendo o gosto pela maquiagem. A moda agora era ditada pelas grandes atrizes de cinema, como Marylin Monroe.Os produtos utilizados pelos povos antigos atravessaram os tempos dando origem aos nossos cosméticos de hoje, como o rímel, delineador, blush, batom, etc.A moda permanece até hoje e a indústria da maquiagem cresce cada vez mais e com ela, as pesquisas, fazendo com que novos produtos cheguem ao mercado mais rapidamente.As mulheres hoje não dispensam mais o uso da maquiagem, seja uma básica, seja produção mais elaborada, todas utilizam pelo menos um item de maquiagem.Gastam seu tempo e se dinheiro com esse item que já não é mais apenas estético, já se tornou um cuidado básico pessoal.Mas esse não é mais um privilégio feminino, homens estão aderindo cada vez mais. A maioria opta por produtos básicos para disfarçar imperfeições ou tirar o brilho do rosto, como corretivos e pós. Na Europa já existe indústrias cosméticas específicas para homens, é um mercado que tende a crescer. É um sinal que a maquiagem, que é um item tão importante para mulheres de todas as idades, está prestes a dominar o mundo masculino também.http://www.ancorador.com.br/moda/historia-maquiagemImagem encontrada em: http://www.descolados.org/saias-masculinas

Depois do assalto, o Marquês de Bellegard, que é médico, trata de Ponceludon e depois pergunta a quem tem a honra de sangrar. Em seguida, examina e prova o sangue dizendo: “O bom médico prova o sangue como os bons cozinheiros provam o vinho”. Comente a respeito dos tratamentos a base da sangria e compare com os exames de sangue a atual. Embora o método seja absurdo, os cientistas estavam corretos porque é no sangue que as doenças se evidenciam.

Em seguida, proponha uma pesquisa a respeito dos tratamentos de doenças transmissíveis pelo sangue e do sangue naquela época e atualmente.

Hematologia/Sangue

Doenças transmissíveis pelo sangue

Hepatites e Sífilis.

Tomando alguns cuidados muito simples podemos estar bem protegidos contra essas doenças:

• Use sempre camisinha nas relações sexuais (sexo vaginal, oral ou anal).

• Utilize somente agulhas e seringas descartáveis.

• Receba transfusão somente de sangue comprovadamente testado.

Hepatite B e C

São doenças causadas por vírus que contaminam o fígado, provocando uma inflamação crônica ou aguda. Aparecem com frequência na região amazônica e os principais sintomas são dores abdominais, febre (37ºC a 39ºC), icterícia (olhos e pele amarelados) e urina escura.

O período de incubação varia entre 50 e 180 dias para a Hepatite B e, em média, de70 a 90 dias para a Hepatite

10 C. Em muitos casos o portador do vírus pode não desenvolver a doença.

AIDS

Transmitida pelo vírus HIV, que ataca as células de defesa do organismo. Os portadores deste vírus ficam mais expostos a inúmeras doenças infecciosas que, em muitos casos, levam à morte. A AIDS não se manifesta logo após a entrada do vírus no organismo. Os sintomas podem levar de 3 a 10 anos para aparecer e os principais são: emagrecimento excessivo, queda de cabelo, diarreias frequentes e infecções de repetição, principalmente as respiratórias.

Sífilis

É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Treponema Paladium. O período de incubação (tempo que a bactéria leva para aparecer) é de 2 a 3 semanas após o contágio. A primeira fase da sífilis é caracterizada pelo surgimento de feridas nos órgãos genitais (do homem ou da mulher). Essas feridas não doem e desaparecem mesmo sem tratamento. Sem tratamento, cerca de 6 meses depois, inicia-se a segunda fase da doença: manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente na palma das mãos e nas plantas dos pés. Continuando sem tratamento, surge a terceira fase, causando problemas no cérebro, coração e ossos. Nesses casos, a sífilis pode causar a morte.

Malária

É uma doença causada principalmente por parasitas do gênero Plasmodium das espécies P. Vivax e P. Falciparum, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles, que costuma estar presente em áreas de desmatamento recente.

O período de incubação da malária varia de 8 a 12 dias ou de 12 a 16 dias (P. Vivax). Os principais sintomas da malária são febre, calafrios e dor de cabeça, que acontecem quase sempre juntos. A febre e os calafrios aparecem normalmente no mesmo horário e em dias

seguidos.

Doença de Chagas

É uma doença causada pelo parasita Trypanossama Cruzi, transmitido pelo inseto conhecido como Barbeiro ou Chupança, encontrado na mata, em casas de barro e de madeira.

Muitas vezes a pessoa portadora do parasita não apresenta nenhum sintoma da doença por vários anos.

A Doença de Chagas atinge o coração e órgãos do aparelho digestivo, comprometendo o funcionamento destes órgãos.

HTLV (I e II)

É um vírus que ataca células de defesa do organismo. O HTLV, quando adquirido pode permanecer no organismo por um longo período sem causar nenhum sintoma de doença. Esse período pode ser de até 20 anos.

As doenças que podem se manifestar pela presença do HTLV I e II são doenças hematológicas (do sangue) e neurológicas (que atingem o sistema nervoso).

http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=199

Doenças do Sangue

Leucemia

A leucemia aguda é o tipo de câncer mais frequente na infância. De cada 100 crianças com câncer, 30 a 35 são casos de leucemia – câncer do sangue. A doença se manifesta na medula óssea (tutano do osso).

Anemia Falciforme

É a doença hereditária (passa dos pais para filhos) mais comum em todo o mundo. Altera as células vermelhas do sangue, atingindo principalmente afros-descendentes.

Caracteriza-se por ser uma deformação das hemácias, que ficam com a forma de foice. Ao se deformarem, as células do sangue – que em condições normais são bem maleáveis – ficam enrijecidas e passam a entupir vasos, provocando a necrose dos tecidos.

Talassemia

Talassemia é outra doença hereditária provocada por deficiência nas hemácias. É predominante em pessoas provenientes de países da região do Mediterrâneo. As pessoas talassêmicas têm a hemácia pequena e em forma de alvo. Por isso, concentram pouca quantidade de hemoglobina, o que causa problemas funcionais ao organismo.

Hemofilia

Hemofilia é um distúrbio hereditário dos fatores da coagulação do sangue, fazendo com que o sangue do hemofílico não coagule tão rápido quanto deveria. As dificuldades na coagulação são por conta da ausência hereditária de determinados fatores sanguíneos, indispensáveis à produção da enzima tromboquinase, que é fundamental ao processo de coagulação.As hemofilias podem se apresentar de forma leve, moderada ou grave.

http://www.hemoam.org.br/?secao=sangue_doencas

Ponceludon e o Marquês de Bellegard se tornam amigos. Ao saber dos planos de Ponceludon de ser ajudado pelo Rei o Marques diz que o diz que o difícil não é ser recebido, é ser escutado. E ele estava certo. O primeiro ministro que o recebe diz que o Rei certamente iria gostar do projeto e executá-lo, mas ele nem pensa em mostrá-lo porque a França não pode custear projetos assim tão caros sob pena de falir. Confessa ter escondido do Rei o os planos de construção do Túnel da Mancha. Comente que esse projeto foi executados e proponha uma pesquisa para saber quanto tempo depois desta data o Canal da Mancha foi inaugurado e como foi a realização da obra.

Como foi construído o túnel sob o canal da Mancha?

Ele foi construído abaixo do leito do mar, no subsolo, e não dentro d’água, como muita gente pensa. Inaugurado em maio de 1994, o túnel do canal da Mancha liga a França e a Inglaterra e tem 51 quilômetros de extensão. Após consumir seis bilhões de dólares, ele se tornou a obra mais cara do mundo paga inteiramente com dinheiro privado. Tão ou mais difícil que escavar o túnel foi levantar esse dinheiro todo e coordenar um consórcio de dezenas de empreiteiras, bancos, investidores e acionistas - e tudo isso lidando com a cultura e as leis de dois países diferentes. “Embora os desafios de engenharia tenham sido os mais alardeados,

Desde o primeiro encontro com o Abade, Ponceludon percebeu que deveria travar um duelo de frases e respostas rápidas com ele. Para tanto, seria necessário ter rapidez na interpretação e na reação. O filme é cheio de frases alegóricas. Proponha um desafio em sua turma. Eles receberão algumas frases do filme e deverão interpretá-las, podendo consultar o dicionário. Aquele que conseguir decifrar o maior número de frases será considerado o mais “espirituoso da turma”. Outra possibilidade seria entregar uma frase para cada um interpretar e a turma decide se a interpretação dada está correta.

Frases do Filme para interpretação:Pode-se nascer em um estábulo sem ser um cavalo.Não julguem e não serão julgados.Além dos mosquitos, os camponeses também alimentam aristocratas.A retidão e o talento raramente estão reunidos.O talento oportuno não é nada pontual.Instrução e franqueza se celebram.Eletricidade e espírito não são mais que a mesma coisa.A engenhosidade abre as portas.O engano não vos será permitido.Uma árvore podre não dá bons frutos.O abade é uma serpente. Se está calado, espreita-os, se fala, é tarde demais.Mais palha, menos látego.Entre dois corações, o caminho mais curto, não é uma reta.Perguntar pela esposa ao marido, é perguntar pela moda passada.Deitar com o marido é desejo de grávida.A boa sociedade está em toda parte. E a má é excelente!A astúcia só serve para aborrecer-se quem não a tem.Um homem de espírito que se cala não é que pense menos.A planície é que faz com que se destaque a montanha.A astúcia é como o dinheiro, quanto menos se tem mais se aprecia.O talento é o contrário do dinheiro. Quanto menos se tem mais satisfeito se está.O perfeito não muda nunca.A arte consiste em brilhar, sem sair do lugar.

Voltaire é citado três vezes no filme. Quando Bellegarg prepara Ponceludon para enfrentar a Corte declara que Voltaire é apreciado e o outro diz que é sua leitura favorita. Mais tarde, ao ser humilhado no jantar da condessa, o nobre arrisca uma frase que é o oposto do pensamento de Voltaire e cai no ridículo. Finalmente quando cai no chão durante o baile, o herói diz que o Voltaire que eles tanto apreciam tem um sentimentalismo ridículo em relação ao sofrimento alheio. Aproveitando estas referências, proponha uma pesquisa a respeito deste personagem que era admirado pelos nobres e ao mesmo tempo influenciou fortemente os revolucionários franceses.

François Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire (Paris, 21 de novembro de 1694 — Paris, 30 de maio de 1778), foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês.Conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade religiosa e livre comércio.

É uma dentre muitas figuras do Iluminismo cujas obras e ideias influenciaram pensadores importantes tanto da Revolução Francesa quanto da Americana. Escritor prolífico, Voltaire produziu cerca de 70 obras em quase todas as formas literárias, assinando peças de teatro, poemas, romances, ensaios, obras científicas e históricas, mais de 20 mil cartas e mais de 2 mil livros e panfletos. Foi um defensor aberto da reforma social apesar das rígidas leis de censura e severas punições para quem as quebrasse. Um polemista satírico, ele frequentemente usou suas obras para criticar a Igreja Católica e as instituições francesas do seu tempo. Voltaire é o patriarca de Ferney. Ficou conhecido por dirigir duas críticas aos reis absolutistas e aos privilégios do clero e da nobreza. Por dizer o que pensava, foi preso duas vezes e, para escapar a uma nova prisão, refugiou-se na Inglaterra. Durante os três anos

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na verdade foram os mais fáceis de superar. Claro que não devemos subestimá-los, mas os problemas de financiamento, logística, ambiente e de política para levar a cabo um projeto gigantesco como esse foram entraves complicadíssimos”, diz o engenheiro John Neerhout Jr., diretor executivo do projeto para a empresa encarregada da concessão do túnel.O feito é ainda maior se considerarmos que havia mais de 200 anos que se tentava viabilizar essa ideia. No início do século 19, o projeto de um túnel entusiasmou Napoleão, o imperador francês na época, mas os ingleses, temendo que a passagem facilitasse uma invasão da Grã-Bretanha, não deixaram a coisa ir adiante. Aliás, esse medo dos militares ingleses foi o maior obstáculo à construção do túnel até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45). Em 1984, finalmente, os dois países assinaram um tratado autorizando a obra e, em 1987, ela teve início. Quatro anos depois, um tempo recorde, operários franceses e ingleses se encontraram nas profundezas do subsolo e abriram um champanhe para comemorar o feito. Os túneis, que foram sendo cavados de um lado e de outro do canal, estavam apenas poucos centímetros desalinhados. Um verdadeiro prodígio de precisão.

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-foi-construido-o-tunel-sob-o-canal-da-mancha

Bellegarg continua aconselhando Ponceludon a desistir e quando ele insiste diz que os nobres da província são iguais que a palavra corte os embriaga. A palavra corte realmente é muito utilizada até hoje, com muitos outros sentidos além da sede da monarquia. Proponha uma pesquisa das expressões e os derivados desta palavras com uma descrição dos significados de cada uma.

corte |ô| s. f.1. Paço, residência de um soberano.2. Gente que rodeia habitualmente o soberano.3. Cidade em que este reside.4. Galanteio.http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx

em que permaneceu naquele país, conheceu e passou a admirar as ideias políticas de John Locke.Voltaire foi um pensador que se opôs à intolerância religiosa e à intolerância de opinião existentes na Europa no período em que viveu. Suas ideias revolucionárias acabaram por fazer com que fosse exilado de seu país de origem, a França.O conjunto de ideias de Voltaire constitui uma tendência de pensamento conhecida como Liberalismo, onde o indivíduo é capaz de elaborar as suas próprias leis, em que a vontade da maioria prevalece (não deve ser confundido com o sistema elaborado por Adam Smith, chamado de Liberalismo Econômico).Por fim, destaca-se que Voltaire, em sua vida, também foi “conselheiro” de alguns reis, como é o caso de Frederico II, o grande, da Prússia, um déspota esclarecido.Voltaire foi um teórico sistemático, mas um propagandista e polemista, que atacou com veemência alguns abusos praticados pelo Antigo Regime. Tinha a visão de que não importava o tamanho de um monarca, deveria, antes de punir um servo, passar por todos os processos legais, e só então executar a pena, se assim consentido por lei. Se um príncipe simplesmente punisse e regesse de acordo com o seu bem-estar, seria apenas mais um “salteador de estrada ao qual se chama de ‘Sua Majestade’”.As ideias presentes nos escritos de Voltaire estruturam uma teoria coerente, mas por vezes contraditória, que em muitos aspectos expressa a perspectiva do Iluminismo.Defendia a submissão ao domínio da lei, baseava-se em sua convicção de que o poder devia ser exercido de maneira liberal e racional, sem levar em conta as tradições.Por ter convivido com a liberdade inglesa, não acreditava que um governo e um Estado liberais, tolerantes fossem utópicos. Não era um democrata, e acreditava que as pessoas comuns estavam curvadas ao fanatismo e à superstição. Para ele, a sociedade deveria ser reformada mediante o progresso da razão e o incentivo à ciência e tecnologia. Assim, Voltaire transformou-se num perseguidor ácido dos dogmas, sobretudo os da Igreja Católica, que afirmava contradizer a ciência, no entanto, muitos dos cientistas de seu tempo eram padres jesuítas.Voltaire introduziu várias reformas na França, como a liberdade de imprensa, tolerância religiosa, tributação proporcional e redução dos privilégios da nobreza e do clero. Mas também foi precursor da Revolução Francesa, ela que

instaurou a intolerância, a censura e o aumento dos impostos para financiar as guerras, tanto coloniais, quanto napoleônicas (Europa). Se, em uma obra tão diversificada, Voltaire dava preferência a sua produção épica e trágica, foi, entretanto nos contos e nas cartas que se impôs. Como filósofo, foi o porta voz dos iluministas. Não seria exagero dizer que Voltaire foi o homem mais influente do século XVIII. Seus livros foram lidos por toda a Europa e vários monarcas pediam seus conselhos.http://pt.wikipedia.org/wiki/Voltaire

Os nobres franceses desprezavam os trocadilhos. No entanto, este tipo de recurso linguístico se eternizou e é praticado até hoje. Pergunte aos alunos se eles sabem o que é e se conhecem algum.

Trocadilho

O trocadilho resulta de uma semelhança formal entre dois enunciados, por vezes, um deles elíptico, semelhança que pode chegar à identidade. Alguns trocadilhos relacionam uma paráfrase com seu parafraseado. Os trocadilhos elípticos não deixam de ser um tipo de ambiguidade intencional. O trocadilho pode ser intencional ou acidental, como ocorre na cacofonia.Tipos de trocadilhoFonológicos

• Alterações nas pausas. Resultam da alteração na colocação das pausas. Exemplos: Dever de ver, Lavrador lavra dor,. Por cada versus porcada.

• Entre homófonos.Exemplo: Sem conserto do piano não há concerto.

• Entre parônimos. Exemplo: Os integralistas diziam: Deus, Pátria e Família e o Barão de Itararé contra-atacava com o slogan: Adeus, Pátria e Família.

• Entre polissemias. Exemplo: O que você faz aqui? Nada. Slogan de uma escola de natação. Um trocadilho fonológico pode ser visto como rima.

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16Sintáticos

• Permuta de posições. Exemplo: Homem grande versus grande homem.

• Permuta de funções sintáticas. É a antimetábole. Exemplos: Come para viver ou vive para comer?. Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil. Semânticos

• O sentido imediato pelo sentido largo. Inclui o caso da locução pela frase não entendida como locução.

• O signo pelo significado. Exemplo: Qual o nome do produto? É Sem Nome.

• Usar o mesmo termo duas ou mais vezes num enunciado, e em cada uso com sentido diferente. É a antanáclase. Ex.: Em vão os sonhos se vão.

• Contextuais. São os qüiproquós.

• O termo elíptico por outro. Exemplo: Mineira gostosa. Slogan de um restaurante de comida mineira.

• Atribuir o mesmo determinado da atribuição anterior para a próxima atribuição. Exemplo: Dizer mais com menos. Neste trocadilho mais se refere à mensagem e menos ao discurso. O trocadilho resulta de se atribuir menos à mensagem. CacofoniaÉ o trocadilho fonológico acidental e cômico em que o enunciado elíptico implícito, inesperado pelo emissor resulta no chulo, obsceno, no grotesco, etc.Funções do trocadilhoO efeito do trocadilho resulta da observação de duas formas semelhantes com sentidos relacionados de alguma forma. Há trocadilhos com intenção crítica, na qual se deseja transferir para um enunciado o suscitado pelo outro, geralmente da paráfrase para o parafraseado. Há ainda o caso do trocadilho em que o efeito resulta da relação que media os dois enunciados. No exemplo do trocadilho do Barão de Itararé: ‘Adeus, Pátria e Família’ o cômico resulta da relação de oposição extrema entre a paráfrase e o parafraseado.http://www.radames.manosso.nom.br/retorica/trocadilho.html

No filme há um comentário a respeito dos ingleses que merece uma reflexão. O nobre francês diz que eles têm uma forma de falar que se chama “jiúma”. No final do filme ficamos sabendo que isto nada mais é do que a pronúncia inglesa para humor. A referência então é ao famoso humor britânico, cheio de ironias e muito sofisticado. Pergunte aos seus alunos se isso pode ser considerado uma crítica aos nobres franceses que se achavam espertos, mas não percebiam o que era dito pelos ingleses ou se seria uma crítica ao fato dos franceses se recusarem a falar palavras inglesas com a pronúncia correta.

Humor britânicoO humor britânico é um termo geral aplicado a certos motes que ocorrem com frequência em comédias originadas na Grã-Bretanha e em suas actuais ou ex-colónias. Actos e programas de televisão que fazem uso típico do humor britânico incluem Monty Python e Mr. Bean.

Raízes históricasAlgumas raízes profundas do humor britânico são:A reação histórica à intolerância do Puritanismo (em relação à sua aceitação ao humor mais “picante”);A tradição da poesia nonsense popularizada principalmente por Edward Lear e Lewis Carroll;A tradição das pantomimas de Natal, com suas trocas de papéis sociais;A riqueza da língua inglesa com relação à possibilidade do jogo de palavras;A própria cultura britânica;As farsas bastante populares durante parte do Século XX.As mudanças culturais britânicas são naturalmente espelhadas pelas mudanças que ela passa em sua forma de fazer humor. Aspectos gerais Alguns aspectos característicos do humor britânico são:Trocadilhos — difíceis de serem traduzidos para outros idiomas (geralmente impossíveis);Nonsense — originados nos trabalhos de Lewis Carroll e Edward Lear;

Humor negro — facilmente encontrados no período elisabetano;Excentricidade;Sátira e sarcasmo;Uso de ironia, de forma que muitas piadas passam despercebidas.O que fica fora desta lista é a importância da linguagem verbal enquanto elemento-chave. Muitas vezes o humor britânico é feito quase que exclusivamente através da linguagem não-verbal, como em Mr. Bean. É justamente a não-predominância da linguagem verbal que tornou o “humor inglês” popular no mundo — uma vez que, quando em linguagem verbal, é de difícil (e muitas vezes impossível) tradução.http://pt.wikipedia.org/wiki/Humor_brit%C3%A2nico

Bellegarg lamenta ter caído no ridículo e atribui à velhice a sua falta de memória. Ele tem uma explicação científica para isso, o envelhecimento do cérebro que ficaria caloso fazendo com que a memória de deteriore. Pergunte o que acham desta afirmativa. Será que ela é correta? Quais seriam as causas da perda de memória? O que se sabe sobre isto? Algumas pessoas têm realmente mais facilidade em memorizar do que outras? A memória pode ser exercitada? Proponha uma pesquisa para responder a estas indagações e proponha um campeonato de memória, a partir do treinamento feito por Bellegarg no filme.

MemóriaA memória é a capacidade de adquirir (aquisição), armazenar (consolidação) e recuperar (evocar) informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial).A memória focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas ideias, ajudando a tomar decisões diárias.Os neurocientistas (psiquiatras, psicólogos e neurologistas) distinguem memória declarativa de memória não-declarativa. A memória declarativa, grosso modo, armazena o saber que algo se deu, e a memória não-declarativa o como isto se deu.

A memória declarativa, como o nome sugere, é aquela que pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos, etc.) e é mais facilmente adquirida, mas também mais rapidamente esquecida. Para abranger os outros animais (que não falam e logo não declaram, mas obviamente lembram), essa memória também é chamada explícita. Memórias explicitas chegam ao nível consciente. Esse sistema de memória está associado com estruturas no lobo temporal medial (ex: hipocampo, amígdala).Psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a memória episódica e a memória semântica. São instâncias da memória episódica as lembranças de acontecimentos específicos. São instâncias da memória semântica as lembranças de aspectos gerais.Já a memória não-declarativa, também chamada de implícita ou procedural, inclui procedimentos motores (como andar de bicicleta, desenhar com precisão ou quando nos distraímos e vamos no “piloto automático” quando dirigimos). Essa memória depende dos gânglios basais (incluindo o corpo estriado) e não atinge o nível de consciência. Ela em geral requer mais tempo para ser adquirida, mas é bastante duradoura.Memória, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida.http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria

A memória declarativa, como o nome sugere, é aquela que pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos, etc.) e é mais facilmente adquirida, mas também mais rapidamente esquecida. Para abranger os outros animais (que não falam e logo não declaram, mas obviamente lembram), essa memória também é chamada explícita. Memórias explicitas chegam ao nível consciente. Esse sistema de memória está associado com estruturas no lobo temporal medial (ex: hipocampo, amígdala).Psicólogos distinguem dois tipos de memória declarativa, a memória episódica e a memória semântica. São instâncias da memória episódica as lembranças de acontecimentos específicos. São instâncias da memória semântica as

Na ante sala do rei, Ponceludon conhece um Barão que está falido e tentando ser nomeado para um cargo muito lucrativo, mas está tendo dificuldades em comprovar sua linhagem, exigência feita pelo genealogista. Pergunte se sabem o que é a genealogia e se sabem quem, na hierarquia da nobreza era mais importante, um conde, um barão ou um duque? Como as pessoas obtinham estes títulos?

Genealogia s. f.1. Exposição da origem e ramificações de uma família.2. Linhagem, estirpe.3. Série de ascendentes.4. Origem, fonte, derivaçãohttp://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=genealogia

Qual a diferença entre os títulos da nobreza?Os cinco principais títulos de nobreza formam uma escadinha hierárquica que obedece à seguinte ordem, a começar do mais poderoso: duque, marquês, conde, visconde e barão. Na Idade Média, cada um desses fidalgos recebia do rei um pedaço de terra onde eles mandavam e desmandavam, ajudando na administração do reino. “Os nobres tinham autoridade jurídica e militar

sobre o território concedido pelo monarca. Entre outras coisas, eles cobravam impostos, cuidavam das fronteiras e recrutavam exércitos para o reino”, diz o historiador Celso Silva Fonseca, da Universidade de Brasília. Quanto mais alta a honraria, mais terra o nobre ganhava, e mais poder ele era autorizado a exercer. Os títulos surgiram no século 5, quando a Europa foi retalhada em vários pequenos reinos. Dentro desses impérios, os nobres formavam uma elite de parentes ou súditos que ajudavam o rei na conquista de novas terras. A partir do século 9, os títulos se tornaram hereditários, passando de pai para filho. No Brasil, essas designações da fidalguia aportaram no século 19. No total, 1 211 títulos de nobreza foram distribuídos por aqui. Mas com uma diferença importante: eles não eram transmitidos de pai para filho. Se o herdeiro de um nobre quisesse ter direito à mesma honraria, teria de pagar ao governo. Um título de duque, por exemplo, custava três vezes mais que um de barão. Com a proclamação da República, em 1889, todos os ícones dos tempos de monarquia foram banidos pelos militares, incluindo os títulos de nobreza. Hoje, essas condecorações não valem nada. Mas, na Inglaterra e em outras monarquias europeias, ser barão ou conde ainda garante certo prestígio social.http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-a-diferenca-entre-os-titulos-da-nobreza

lembranças de aspectos gerais.Já a memória não-declarativa, também chamada de implícita ou procedural, inclui procedimentos motores (como andar de bicicleta, desenhar com precisão ou quando nos distraímos e vamos no “piloto automático” quando dirigimos). Essa memória depende dos gânglios basais (incluindo o corpo estriado) e não atinge o nível de consciência. Ela em geral requer mais tempo para ser adquirida, mas é bastante duradoura.Memória, segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento. Como tal, deve ser trabalhada e estimulada. É através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida.http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria

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Bellegarg diz que Mathilde nasceu quando Rosseau publicou Emile e por isso ele a deixa escolher livremente. O que acham que isso quer dizer? Fale a respeito de Rosseau e sua obra e das principais teorias filosóficas.

Jean-Jacques Rousseau foi um dos mais considerados pensadores europeus no século XVIII. Sua obra inspirou reformas políticas e educacionais, e tornou-se, mais tarde, a base do chamado Romantismo. Formou, com Montesquieu e os liberais ingleses, o grupo de brilhantes pensadores pais da ciência política moderna. Em filosofia da educação, enalteceu a

“educação natural” conforme um acordo livre entre o mestre e o aluno, levando assim o pensamento de Montaigne a uma reformulação que se tornou a diretriz das correntes pedagógicas nos séculos seguintes. Foi um dos filósofos da doutrina que ele mesmo chamou “materialismo dos sensatos”, ou “teísmo”, ou “religião civil”. Lançou sua filosofia não somente através de escritos filosóficos formais, mas também em romances, cartas e na sua autobiografia. O Émile No Émile ele apresenta o cidadão ideal e os meios de treinar a criança para o Estado de acordo com a natureza, inclusive para um sentido de Deus. A criança Émile deve, portanto, ser criada em um meio rural em vez de em ambiente urbano, de modo que ela possa desenvolver em continuidade com a natureza mais que em oposição a ela. Os primeiros impulsos da criança são permitidos a desenvolver mas são canalizados para um respeito genuíno para com as pessoas, um respeito nascendo do amor próprio e não do orgulho. Émile, que laboriosamente adquiriu um senso de propriedade (bem à John Locke) enquanto cultivando seu jardim, descobre a vida difícil de um trabalhador quando se torna aprendiz de um carpinteiro. Trazido a comunidade por uma tendência natural, ou simpatia para com aqueles ao seu redor, Émile desenvolve

Em suas experiências, Mathilde pesquisa a botânica e chega até a recolher com a barra da saia o pólen das flores do Jardim de Versalhes para suas experiências. A botânica foi outro assunto muito estudado nesta época, inclusive aqui no Brasil que recebeu a visita de muitos cientistas estrangeiros interessados em estudar a nossa flora. A partir de alguns subsídios, proponha uma pesquisa sobre estas expedições científicas.

Os primeiros registros gráficos da flora brasileira perdem-se no tempo do Brasil do século XVI quando os primeiros viajantes percorreram as matas do país com os mais diferentes objetivos. Desta época temos os relatos e cenas de Hans Staeden e dos padres portugueses, porém foi com a vinda dos holandeses para a Capitania de Pernambuco, no séc. XVII , chefiados por Mauricio de Nassau, que a história da Ilustração botânica no Brasil realmente se iniciou. Faziam parte da comitiva de Nassau pintores como C. Peters, Frans Post e Albert Eckhout que registraram principalmente a exuberância de nossas paisagens tropicais costeiras. Nos séculos seguintes o país recebeu diversas expedições de cientistas naturalistas que vieram com a incumbência de retratar, descrever e coletar espécies vegetais, a maioria delas desconhecidas para a Ciência. Nomes como Humboldt, Martius, Spix, Langsdorf, Rugendas, Debret , Taunay e Hercules Florence merecem destaque neste panorama de artistas e cientistas que deixaram um legado gráfico e pictórico de grande importância para o conhecimento da biodiversidade e paisagem do passado.http://www.orkideas.com.br/biblioteca/ilust_botanica.html

23. Ponceludon participa de um jogo de rimas em casa da condessa. Fale sobre rima e peça que lembrem algumas músicas, evidenciando a existência das palavras rimadas. Comente também a necessidade da métrica, explicando os exemplos do filme (versos alexandrinos e octossílabos). Em seguida distribua textos com poemas e letras de música para que assinalem as rimas e classifiquem quanto à métrica.

L’Epée e a linguagem dos sinaisO Abade Charles-Michel de l’Épée (Versalhes, 25 de Novembro de 1712, em Versalhes — Paris, 23 de Dezembro de 1789) foi um educador filantrópico francês do século XVIII, que ficou conhecido como “Pai dos surdos”.Charles-Michel de l’Épée nasceu numa família abastada em Versailles, que era na altura o mais poderoso reino da Europa. Estudou para ser padre católico, mas foi-lhe negada a ordenação, em resultado da sua recusa em negar o Jansenismo, um popular movimento de reforma religiosa da época. Então, estudou direito, mas pouco depois foi designado abade.Épée voltou a sua atenção para obras de caridade para os pobres, e uma altura, numa zona pobre de Paris, teve oportunidade de encontrar duas jovens irmãs, surdas, que se comunicavam através da língua gestual (ou língua de sinais, como é chamada no Brasil). Épée decidiu, então, dedicar-se à salvação dos surdos e, em meados na década de 1750, fundou um abrigo, que ele próprio sustentava a nível particular e privado. Em consequência das teorias filosóficas que emergiam na época, Épée veio a acreditar que os surdos são capazes de possuir linguagem, concluindo assim que eles podem receber os sacramentos e evitar ir para o Inferno. Começou a desenvolver um sistema de instrução da língua francesa e religião. Nos primeiros anos da década de 1760, o seu abrigo tornou-se a primeira escola de surdos, a nível mundial, aberta ao público.Embora o seu interesse principal fosse a educação religiosa dos surdos, a sua advocacia e o desenvolvimento do francês gestual permitiram aos surdos, pela primeira vez, defender-se em tribunal, legalmente.O Abade de l’Épée morreu no início da Revolução Francesa (1789) e seu túmulo está na Igreja de Sain Roch, Paris. Dois anos depois da sua morte, a Assembleia Nacional reconheceu-o como “Benfeitor da Humanidade” e foi declarado que os surdos têm direitos, de acordo com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Em 1799, o Instituto Nacional de Surdo-Mudos em Paris, fundado por Épée, começou a ser financiado pelo governo. Mais tarde foi renomeado para Instituto St. Jacques. Os seus métodos de educação espalharam-se pelo mundo e o abade de l’Épée hoje considerado como um dos fundadores da educação para os surdos.http://pt.wikipedia.org/wiki/Charles-Michel_de_l’epe

um senso moral, e uma necessidade no sentido da perfeição e do crescimento interior permite-lhe elevar-se acima das paixões e alcançar a virtude. Então, através de Sofia, Émile descobre a natureza do amor. Ele tem que deixá-la, no entanto, para completar sua educação política, a qual requeria procurar através do mundo pelo país que melhor serviria a sua futura família. Curiosamente, o único livro que se permite a Émile na sua educação é o Robison Crusoé de Daniel Defoe, o qual nele mesmo demonstra o caminho no qual o caráter amadurece em harmonia com a natureza se a engenhosidade natural é permitida trabalhar desimpedida da corrupção da sociedade.O método de Rousseau foi a inspiração, começando com Pestalozzi, de métodos universais pedagógicos.http://www.culturabrasil.org/rousseau.htmhttp://www.culturabrasil.org/rousseau.htm

Paul é o jovem surdo-mudo que mora nas terras de Bellegarg Quando é apresentado à Ponceludon o doutor lhe diz que ele é surdo-mudo, mas não é mau. Mais tarde ele provoca um acidente com a Condessa e é mandado para a instituição de Charles Michel l’Epée, onde ao contrário do que se temia, foi educado e integrado socialmente. Comente que l’Epée realmente existiu e apresente um texto a respeito. Com base na apresentação dos surdos-mudos à nobreza, promova um debate a respeito de inclusão social e da obrigatoriedade de escolas comuns aceitarem o ingresso de crianças como Paul.

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Rimas:Genericamente, rima é toda semelhança fonológica entre as partes do discurso, é repetição fonológica. Alguns exemplos de rimas entre palavras:• Posteriores: rima, lima, prima. • Anteriores: copo, cópula, cópia. • Difusas: tártaro, extrato, tratado, tântalo. • Igualdade de métrica. • Igualdade quanto à colocação de acentos de intensidade.

Rima clássica é aquela que se verifica na parte posterior da palavra, quando temos a mesma sequência de fonemas a partir da vogal mais intensa.Aliteração é a repetição difusa de fonemas e também pode ser considerada rima.Sendo repetição, para surtir efeito a rima tem de ser percebida. Isso depende de fatores como atratividade dos termos rimados, distanciamento entre os termos rimados, frequência das rimas e a ênfase dada a elas.Talvez nenhum recurso de Retórica esteja tão associado ao discurso de intenção poética quanto a rima clássica, de tal modo que é quase inevitável rotular o discurso rimado como discurso de intenção poética. Aristóteles já dizia que não é assim. Pode-se fazer rima em qualquer modalidade de discurso e que não é a presença da rima que converte o discurso em poesia. Mas a associação existe, reforçada por uma longa tradição de poesia rimada e também pela estranha regra estilística da indiferenciação fonológica na prosa. Praticamente não há manual de estilística que não prescreva o expurgo da rima na prosa.A rima tem por característica chamar atenção sobre o significante. Praticada sistematicamente, dá ao discurso uma impressão de ordem, de unidade. Praticada de forma periódica, cria expectativa no receptor, que passa a esperá-la em posições fixas do discurso.No discurso espontâneo, a rima só ocorre esporádica e acidentalmente. Para que ocorra sistematicamente e em posições fixas, como na poesia clássica, é preciso intenção e em certos casos até virtuosismo para transparecer naturalidade.http://www.radames.manosso.nom.br/retorica/rima.htm

Sílaba métrica Sílaba métrica ou sílaba poética, é a sílaba contada no verso, tal como é apercebida pelo ouvido. A contagem das sílabas métricas difere da gramatical. Por exemplo: no verso de Camões “e viva eu cá na terra sempre triste” tem doze sílabas gramaticais, mas apenas dez sílabas métricas, sendo o -is de

«triste» a última contabilizada.• E - vi - va - eu - cá - na - te - rra - sem - pré - tris - te (12 sílabas gramaticais)• E - vi - vaeu - cá - na - te - rra - sem - pré - tris (te) (10 sílabas poéticas) Uma das principais diferenças reside no fato de, na contagem métrica, não se contabilizarem as sílabas que se seguem à última sílaba tônica.Contagem das sílabasO total das sílabas poéticas deve ser igual para cada espécie de verso, pelo que é necessário saber a maneira como se faz essa contagem.Em português existem doze espécies de versos que se medem desde uma a doze silabas métricas. Em seguida apresenta-se de forma reduzida como se deve fazer a contagem das sílabas métricas:

1. A contagem termina sempre na sílaba tônica da última palavra de cada verso. Dispensa-se da contagem as demais sílabas dessa mesma última palavra, se houver.

2. A cada verso inicia-se nova contagem (dispensa-se as sílabas que sobraram da última palavra do verso anterior).

3. Na contagem, ignora-se sempre quaisquer pontuações.

4. Só contam as sílabas dos versos até a última tônica.

5. Quando uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal, também átona, as sílabas que contêm essas vogais constituirão uma só sílaba poética. (hiato)

6. Os hiatos podem transformar-se em ditongos e estes, embora com menos frequência, em hiatos.

7. Quando uma palavra termina por M e a seguinte começa com vogal, pode haver o desaparecimento da consoante; teremos, então, a figura poética chamada elipse. http://www.lusofoniapoetica.com/index.php/artigos/teoria-poetica/silaba-metrica.html

Tal como acontece com as estrofes, também os versos recebem um nome específico de acordo com o número de sílabas métricas que os constituem:

• monossílabo - uma sílaba • dissílabo - duas sílabas • trissílabo - três sílabas

• tetrassílabo - quatro sílabas • pentassílabo ou verso de redondilha menor - cinco sílabas • hexassílabo - seis sílabas • heptassílabo ou verso de redondilha maior - sete sílabas • octossílabo - oito sílabas • eneassílabo - nove sílabas • decassílabo - dez sílabas • hendecassílabo - onze sílabas • dodecassílabo ou verso alexandrino - doze sílabas

http://www.lusofoniapoetica.com/index.php/artigos/teoria-poetica/silaba-metrica.html

O improviso rimado uma constante nas manifestações culturais de todos os tempos e em muitos lugares. Pergunte quais os gêneros musicais que eles conhecem que utilizam rima (pagode, moda de viola, canto dos repentistas nordestinos etc.). Comente as particularidades de cada modalidade e proponha uma brincadeira semelhante a do filme. Cada um sorteará dois papéis contendo duas palavras rimadas cada e terá que fazer uma quadra com versos rimados.

Através do filme, percebemos que poucas pessoas naquela época sabiam e tinham o hábito de nadar. Ponceludon chega a dizer que isso é antinatural e desnecessário, já que existem pontes e navios. Quando ele tenta fazer isso afirma: Flutua-se pela Lei de Archimedes. Perguntem se sabem o que ele quis dizer com isso.

Lei de Arquimedes A lei de Arquimedes, como o próprio nome indica, foi descoberta pelo matemático e físico da antiga Grécia Arquimedes (cerca de 287 a. C.-212 a. C.).Em física, a lei de Arquimedes estabelece que um objeto total ou parcialmente imerso num fluido desloca um volume de fluido que pesa o mesmo que a aparente perda de peso do objeto. Esta perda de peso, por sua vez, é igual à magnitude da força vertical de baixo para cima, ou impulsão, experimentada pelo objeto.

Se o peso do objeto for inferior à impulsão exercida pelo fluido, ele flutuará, parcial ou completamente, acima da superfície. Se o seu peso for igual à impulsão, o objeto ficará em equilíbrio abaixo da superfície. Se o seu peso for superior à impulsão, ele afundar-se-á.A lei de Arquimedes explica porque é que os navios flutuam na água. Apesar de serem feitos de materiais densos, os navios deslocam um grande volume de água, o que faz com que a impulsão que recebem seja superior ao seu peso.É também devido à lei de Arquimedes que os balões de ar quente sobem.http://www.infopedia.pt/$lei-de-arquimedes

Uma das cenas mais intrigantes do filme e a que mostra o rei Luiz XVI condecorando um índio norte americano. Normalmente costumamos ver os nobres franceses e os índios americanos em cenários inteiramente diversos. Por isso, é importante chamar a atenção para a cena e oferecer aos alunos a chance de descobrir o que ela significa. Quem era aquele índio? Por que estava sendo condecorado por uma sociedade tão elitista?

No espaço controlado pela França e durante o tempo em que os “flentchi”, nome pelo qual as tribos índias conheciam os franceses, foram o principal contacto com os autóctones na extensão territorial à época denominada Louisiana, vasta zona entre o Mississipi as Montanhas Rochosas, para norte até ao Oregon e às regiões meridionais do Canadá – Alberta e Colúmbia – depois vendida por tuta e meia (15 milhões de (dólares…) em 1803, pelo empenhado Napoleão aos EUA, houve um clima de boa vizinhança. Conforme escreve Herbert Wendt, “embora houvesse brigas e desentendimentos, o período francês foi, de modo geral, intermezzo romântico na história da colonização da América, no seu todo rude e sanguinário(…) Os caçadores franceses, desde o início, estabeleceram relações de amizade com os índios. E eis que descobriram, maravilhados, que os homens descritos nas crônicas espanholas e inglesas como sendo peles-vermelhas sanguinários, eram na realidade homens hospitaleiros, comerciantes honestos e amigos fiéis. Osfranceses percorriam campos e florestas em companhia dos indígenas, sentavam-se com eles em torno das fogueiras e, muitas vezes, tornavam-se índios. Muitos caçadores franceses procuraram ser integrados como membros das

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tribos índias, dançavam as suas danças guerreiras, usavam os seus mocassins, pintavam o rosto à maneira índia e casavam com squaws. Os índios,por sua vez, como disse um dia um cacique chippewa, ‘com os franceses sentimo-nos como se fôssemos uma só família’. “A capacidade de adaptação dos pioneiros franceses chegava, por exemplo, ao ponto do general Frontenac não ter dúvidas em dançar em torno dos totens e das fogueiras usando o uniforme de gala cheio de condecorações, o que muito encantava a assistência”.Tal devia-se, manifestamente, ao fato de os franceses possuírem maior abertura filosófica e social, ao próprio caráter gaulês alegre e algo rabelaisiano – leiam-se as “Mémoires d’un trappeur” do pinturesco Jean de Raimond , dito o “Cauda-de-Lontra” e ficará feita a verificação – e, por outro lado, ao especial cuidado posto por estes no seu relacionamento com os autóctones, tendo em vista os seus conflitos com a Inglaterra. No entanto, isso não os impediu de atraiçoarem,faltando à palavra dada, os guerreiros hurons quando do cerco de Detroit, o que determinou uma inflexão decisiva na sua guerra com os iroqueses. Os índios,aliás, não tinham papas na língua, quando se tratava de responder a quem tentava arteiramente evangelizá-los. Certo dia, eis como alguns hurons responderam a um missionário francês que procurava convertê-los:”Queres discutir conosco sobre a alma e, no entanto, nem sequer sabes como capturar um castor!”.O Arquivo de Renato Suttanahttp://www.arquivors.com/oindioeoocidente.pdf

Quando o abade cai em desgraça, o rei o chama com desprezo: -“Filósofo!”. Comente a cena procurando com os alunos o porquê desta atitude.

Filosofia do século XVIIIO Iluminismo ou filosofia do século XVIII foi um movimento filosófico do século XVIII na europa e em alguns países americanos, e nos seus mais distantes períodos também inclui a Idade da razão.O termo pode se referir simplesmente ao movimento intelectual do Iluminismo que defendia a razão como base primária da autoridade. Desenvolvida na França, Grã-Bretanha e Alemanha, o seu círculo de influências também incluíram a Austria, Itália, os Países Baixos, Polônia, Rússia, Escandinávia, Espanha e em fato, toda a Europa. Muitos dos

28. A última cena do filme mostra uma legenda contando que Ponceludon engenheiro hidrográfico, realizou a primeira tentativa de sanear as terras do Dombes. Isso mostra que estivemos vendo uma história real, embora romanceada. Até que ponto a realidade e a fantasia se encontram, uma dando origem á outra?Mostre aos seus alunos as imagens abaixo e peça que façam um paralelo entre as duas capitais visualmente tão diferentes no tempo e no espaço, no entanto tão semelhantes na moral, ética e costumes sociais.

http://independenciasulamericana.com.br/wp-content/uploads/2008/08/brasilia_01.jpghttp://parisalacarte.wordpress.com/tag/versalhes/

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28Fundadores dos Estados Unidos foram fortemente influenciados pelas ideias iluministas, principalmente na esfera religiosa (Deísmo) e, paralelamente com o Liberalismo Clássico, na esfera política (que teve grande influência na Carta de diretos, em paralele com a Declaração de direitos do Homem e do Cidadão)http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_moderna#Filosofia_do_s.C3.A9culo_XVIII

O iluminismo e o século XVIII O século XVIII foi marcado por profundas mudanças na forma de pensar, pelas descobertas científicas e tecnológicas, pela Revolução Industrial, mas, sobretudo, é o século conhecido como o Século das Luzes.Segundo Milton Filho, em sua História Moderna e Contemporânea:“Chamamos de Iluminismo o movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e XVIII. Nessa época, o desenvolvimento intelectual, que vinha ocorrendo desde o Renascimento, deu origem a ideias de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia. Os filósofos e economistas que difundiam essas ideias julgavam-se propagadores da luz e do conhecimento, sendo, por isso, chamados de iluministas. O Iluminismo trouxe consigo grandes avanços que, juntamente com a Revolução Industrial, abriram espaço para a profunda mudança política determinada pela Revolução Francesa. O precursor desse movimento foi o matemático francês René Descartes (1596-1650), considerado o pai do racionalismo. Em sua obra “Discurso do método”, ele recomenda, para se chegar à verdade, que se duvide de tudo, mesmo das coisas aparentemente verdadeiras. A partir da dúvida racional pode-se alcançar a compreensão do mundo, e mesmo de Deus.As principais características do Iluminismo eram: - Valorização da razão, considerada o mais importante instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento; - valorização do questionamento, da investigação e da experiência como forma de conhecimento tanto da natureza quanto da sociedade, política ou economia; - crença nas leis naturais, normas da natureza que regem todas as transformações que ocorrem no comportamento humano, nas sociedades e na natureza; - crença nos direitos naturais, que todos os indivíduos possuem em relação à vida, à liberdade, à posse de bens materiais; - crítica ao absolutismo, ao mercantilismo e aos privilégios da nobreza e do clero; - defesa da liberdade política e econômica e da igualdade de todos perante a lei; - crítica à Igreja Católica, embora não se excluísse a crença em Deus. “ http://darwin.futuro.us.br/site/formadaterra/quadroteorico/c_iluminismo.htm