Cadernofone produção de texto

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ROFESSORA EVILANE A.DE A.MORE Produção de texto Criar e recriar: Cadernofone

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Produção de texto

Criar e recriar: Cadernofone

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1. Leia o trecho abaixo como introdução ao seu trabalho de produção de texto. Procure sentir a força das palavras no conjunto das frases de Serafina.

Caderno é caderno, diário é diário. Já tive caderno-diário, caderno-caderno e diário-diário, com fechadurinha, cadeado e tudo. E, depois de ler alguns deles, cheguei a uma conclusão: daqui pra frente, vou fazer cadernos de anotações e diários de confissões. Não, não é bem isso. Assim fica parecendo coisa de repórter, de detetive... O que eu quero dizer é que vou usar o caderno para falar o que me der na cabeça e na vontade.

E, através dele, vou fazer de conta que estou conversando com várias pessoas ao mesmo tempo. Agora, com o diário vai ser diferente. Para ele vou contar coisas íntimas, segredos, enfim, tudo o que eu não quiser que ninguém saiba.

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O diário vai ser meu confidente. E o caderno vai ser como... como um telefone. De várias linhas. É. É mais ou menos isso. Um telefone de papel com muitas linhas. Pronto. Já comecei a escrever no meu caderno-telefone, o cadernofone.

Agora vou discar um número para fazer a primeira ligação.

Serafina sem rotina, Cristina Porto.

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Para refletir e concluir No texto, Serafina diz: "O que eu quero dizer é que vou usar o caderno para falar o que me der na cabeça e na vontade". O processo de produção de texto é um exercício da imaginação, durante o qual criamos e recriamos. Agora, algumas perguntas: 1. Você tem facilidade para criar ou recriar? Ou as palavras lhe faltam e você se sente inibido(a)? 2. Tem medo de errar no processo de produção de texto? Por causa da avaliação? Ela o(a) bloqueia? 3. Sente medo de ter suas ideias recusadas, porque podem não agradar ao professor? 4. Fica preocupado(a) com as regras gramaticais e frases feitas? 5. Não se sente estimulado(a)? (Muitos dos temas não estão integrados à sua vida? Então, como falar de coisas que não vive? E por que falar de coisas que não despertam sua emoção, sentimento, afetividade?)

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Diante dessas observações, concluímos:Ao criar, você está se exercitando. Portanto, está sujeito(a) a acertar

e/ou a errar. É essencial perceber, compreender, que o importante é a prática da criação. Nunca o erro! Você deve ter essa oportunidade de criar sem medo e de corrigir o erro, isto é, de escrever e de reescrever. E não ficar preocupado(a) com o seu ponto de vista e o que os outros vão pensar dele.

Na produção de texto, você precisa saber mais que regras gramaticais e frases feitas. Precisa aprender a ler, a gostar de ler. Crie o hábito de fazer leituras diárias, mesmo que seja aos pouquinhos. Pense que é capaz de fazer as coisas em que acredita. Assim, você aprenderá a lidar com emoções e a expressar afetividade. Criar seu mundo de observação, deixando sua mente se encher de imagens e, em seguida, "colocando tudo pra fora". Você precisa exercitar o ato de aprender a pensar, a criticar, a julgar, a contestar e a concluir.

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Para sentir grande satisfação pessoal na criatividade, é preciso ter um conteúdo rico para comunicar sua experiência de vida. Logo, criar não tem um caráter de "tarefa", de "dever", mas é um exercício ligado ao impulso natural de exprimir-se. E isso começa a fazer parte da sua vida. Faça como Serafina: a produção de texto vai ser "como um telefone de várias linhas... o cadernofone." Agora comece! Disque um número para fazer a primeira de muitas e muitas ligações.

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Bibliografia

• PRATES, Marilda. Encontro e reencontro em Língua Portuguesa: reflexão e ação. 6ª série. São Paulo: Moderna, 2001