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  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

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    AUTOR

    Nilton Benedito Branco FreitasEngenheiro de Segurana do Trabalho e Mestre em Sade Pblica

    Assessor do Sindicato dos Qumicos do ABC e daConfederao Nacional dos Qumicos da CUT

    Consultor do INST/CUT

    COLABORAO

    Arline Sydnia Abel ArcuriDoutora em Fsico-Qumica e Pesquisadora da Fundacentro

    na rea de higiene do trabalho e prevenoda exposio ocupacional a agentes qumicos

    Situaes e fatores de riscono ramo qumico

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    Fatores de risco no ramo qumico

    - 4 -

    Sumrio

    ORIGEM DAS SUBSTNCIASQUMICAS UTILIZADASNAINDSTRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

    PRODUO MUNDIAL EBRASILEIRADEPRODUTOS QUMICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

    PRINCIPAIS SETORESINDUSTRIAIS NO

    RAMO QUMICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

    TIPOS DE FATORESDE RISCO QUE PODEM EXISTIRNAS INDSTRIAS QUMICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

    O QUE ASSUBSTNCIAS QUMICASPODEM PROVOCAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

    PRINCIPAIS RISCOSPOR SETOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

    DIREITO DE SABER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34

    DIREITO DE RECUSA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .35

    ROTEIRO BSICO PARAATUAOSINDICAL, NAIDENTIFICAODAS EMPRESAS EM SUABASEE DOS RISCOS AELAS ASSOCIADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

    O EXEMPLO DO BENZENO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40

    BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42

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    Apresentao

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    Esta publicao foi elaborada com o objetivo de orientar os sindicatos

    do ramo qumico a identificar os riscos das diferentes empresas do ramo

    em suas bases, incluindo o reconhecimento das empresas com risco de

    acidentes ampliados.

    As empresas identificadas como pertencentes ao ramo qumico, mas

    no somente elas, apresentam significativa quantidade de situaes e fa-

    tores de riscos que podem vir a provocar danos sade dos trabalhado-

    res, comunidade em ser entorno e mesmo ao meio ambiente mais am-

    plo, j que seus resduos perigosos podem contaminar o ar, gua e solo.Nestes meios, podem ser transportados para regies bastante distantes

    do local da empresa.

    A ao sindical deve por isso, estar voltada tambm para a fiscaliza-

    o das empresas, visando evitar que estes danos aconteam, no s

    com os trabalhadores diretamente expostos, mas com o meio ambiente,

    j que as contaminaes podero estar prejudicando at mesmo estes

    mesmos trabalhadores e suas famlias, em suas residncias. A contami-

    nao ambiental alm disso, pode tambm estar colocando em risco ani-

    mais e plantas, que constituem nosso meio ambiente.

    Devido a grande variedade destas situaes e fatores de risco, e a

    necessidade de preparar os companheiros sindicalistas tambm nestatarefa de fiscalizao, o INST/CUT resolveu preparar vrias publicaes

    que dem subsdios para estas aes, que foram intituladas Cadernos

    de Sade do Trabalhador, aonde a presente publicao est inserida.

    As informaes apresentadas aqui devem ser complementadas com

    as obtidas nas publicaes da srie Cadernos de Sade do Tr aba l ha-

    dor, de n 2, sobre Riscos devido substncias qumicas e n 3, An-

    lise de riscos nos locais de trabalho: conhecer para transformar.

    O ttulo dessa publicao Situaes e fatores de risco no ramo qu-

    mico procura deixar claro para todos os trabalhadores do ramo que

    compartilhamos tambm os mesmos fatores de risco.

    Edilson de Paula OliveiraCoordenador da CNQ/CUT

    Oswaldo Bezerra (Pipoka)Secretaria de Sade, Meio Ambiente

    e Cidadania da CNQ/CUT

    Remigio Todeschini1 Secretrio Nacional da CUT

    Coordenador Nacional do INST/CUT

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    ORIGEM DAS SUBSTNCIASQUMICAS UTILIZADAS

    NA INDSTRIA

    Os mais diversos produtos qumicos que

    chegam ao usurio final, so produzidos a par-

    tir de um pequeno nmero de matrias primas,

    encontradas na natureza, como pode ser visto

    no desenho que representa a rvore de produ-

    tos da indstria qumica (Figura n 1). Na base

    da rvore esto os produtos de origem na natu-

    reza, que so transformados nas refinarias e in-

    dustrias qumicas em produtos bsicos, depois

    em novas indstrias, em intermedirios, at

    chegar s substncias qumicas refinadas eprodutos destinados ao consumidor final.

    Podemos ento, verificar que todos os pro-

    dutos acabam vindo da transformao de algu-

    ma matria prima presente na natureza, de on-

    de saem o petrleo, o gs natural, o carvo, os

    produtos que vem da biomassa ( madeira, cana

    de acar, etc.), os minerais retirados das ro-

    chas, o sal da gua do mar e depsitos naturais

    como os de salgema, o fosfato e o enxofre de

    fontes naturais, o ar e a gua.

    A partir destas cerca de 10 matrias primasso produzidos cerca de 20 produtos bsicos,

    entre eles o etileno, propeno, butadieno, benze-

    no, gs sinttico, acetileno, amnia, cido sulf-

    rico, hidrxido de sdio (soda custica), cloro.

    Acompanhando o desenho da rvore pode-

    mos verificar que destes cerca de 20 produtos,

    so obtidos por volta de 300 intermedirios e

    que por fim vo dar origem s substncias refi-

    nadas e os produtos destinados ao consumidor.

    Alguns intermedirios esto prontos para

    serem usados, como por exemplo os solventes.

    Outros passam por novos processos qumicos

    para dar origem aos produtos finais. Alguns de-

    les como os medicamentos, cosmticos, sa-

    bes, j esto prontos para serem consumidos,

    enquanto outros como as fibras, plsticos, pig-

    mentos, corantes so processados mais ainda.

    Podemos perceber ento, que a indstria qu-

    mica, regra geral, bastante verticalizada, isto

    , cada setor desta indstria (refinao de petr-

    leo, produtos de borracha e plstico, produtos depedra, cermica, concreto vidro, etc.) parte de

    uma ou algumas matrias primas presentes na

    natureza, que ele vai transformando, at chegar

    no seu produto final, havendo grande quantidade

    de substncias que so consumidas dentro de

    empresas do prprio ramo qumico.

    Podemos ver um exemplo desta verticaliza-

    o no quadro abaixo, que representa a cadeia

    da produo de plsticos. A matria prima prin-

    cipal o petrleo, que chega em primeiro lugar

    refinaria, onde transformado em um sriede produtos bsicos, muitos dos quais enviados

    para as indstrias petroqumicas de primeira

    gerao, que os transformam em produtos in-

    termedirios. Este intermedirios so ento

    modificados nas indstrias de segunda gera-

    o, em substncias qumicas chamadas pol-

    meros, que so as matria primas para a pro-

    duo de uma infinidade de produtos plsticos.

    Este quadro (pgina 7) apresenta ainda as prin-

    cipais industrias brasileiras envolvidas nesta

    cadeia produtiva.

    PRODUO MUNDIALE BRASILEIRA DE PRODUTOS

    QUMICOS

    Como pode ser percebido pela rvore, a

    partir de apenas poucas centenas de produtos

    qumicos bsicos e intermedirios so produzi-

    dos milhares de substncias qumicas e produ-

    tos destinados ao consumidor. Estes produtos

    bsicos e intermedirios so por sua vez, pro-

    duzidos em grandes quantidades, de algumas

    centenas a vrios milhes de toneladas por ano

    ao redor do mundo.

    A medida em que eles vo se transforman-

    do em substncias de utilizao mais especfi-

    ca, diminui a quantidade produzida de cada

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    Fatores de risco no ramo qumico

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    uma. Aproduo de cloro em 1999, por exem-

    plo, foi de 1.102.000 toneladas, enquanto a de

    cloreto de vinila, que produzido a partir do clo-

    ro, foi de 426,1 mil toneladas. O Brasil produziu

    em 1999, 886,8 toneladas de benzeno e 64,7

    mil toneladas de ciclohexano que produzido a

    partir do benzeno.

    Segundo dados da Unio Europia, cerca

    de 30.000 substncias so produzidas em

    quantidade acima de uma tonelada, enquanto

    que a produo de apenas cerca de 5.000,

    superior a 100 toneladas.

    Para se ter uma idia do universo dos pro-

    dutos qumicos que existem, pode-se recorrer

    ao banco de dados do CAS Registry.

    Todo produto qumico novo que aparece tem

    sido registrado em um banco de dados america-

    no chamado CAS Registry, uma espcie de

    servio de registro de substncias qumicas, e

    recebe uma identificao numrica, o nmeroCAS. Este nmero sempre ou quase sempre

    aparece nas fichas de informaes de seguran-

    a dos produtos. Dizemos quase sempre, pois

    estamos acostumados a ver produtos nas em-

    presas e mesmo vendidos, sem nenhuma identi-

    ficao, e portanto sem o nmero CAS. Por ou-

    tro lado, as vezes aparece apenas o nmero

    CAS, sem o nome do produto. Atravs deste n-

    mero, podemos acabar sabendo a qual substn-

    cia ele pertence. At dezembro de 2000, j foram

    registradas mais de 28.000.000 (28 milhes) de

    substncias. S em 1998 foram registradas mais

    do que 1,7 milhes de substncias novas!

    Deste total, existem cerca de 220.000 subs-

    tncias regularizadas para uso comercial, em

    vrias partes do mundo. Isto s de substncias

    puras, sem contar as misturas. Como substn-

    cias puras, podem ser utilizadas tanto direta-

    mente pelas empresas, para produzir outros

    produtos (por exemplo: benzeno para a produ-

    o de poliestireno, cloro para produo de sol-

    ventes clorados como o percloroetileno, etc.) ou

    como auxiliares no processo produtivo (por

    exemplo: tricloroetileno para limpeza de roupa

    a seco); ou serem usadas pelo consumidor final(por exemplo: alguns medicamentos como o

    cido acetilsaliclico, o lcool etlico para limpe-

    za domstica, etc.).

    Misturas de substncias qumicas do ori-

    gem a milhes de produtos comerciais das

    - 7 -

    Indstrias

    Petrobrs e importaes

    COPESULCOPENE

    PQUSALGEMA

    Dezenas de empresas

    5000 empresas

    Segmento industrial

    Petrleo

    Refinaria

    Petroqumica bsica1 gerao

    Resinas termoplsticas2 Gerao

    Indstrias de transformao3 gerao

    Principais produtos

    Nafta

    Gs naturalGasleo

    EtenoPropeno

    ButadienoBenzeno

    Paraxileno

    PolietilenosPolipropilenos

    PVCPoliestireno

    EVA

    Produtos plsticos

    Quadro adaptado do SIRESP- Sindicato das Indstrias de Resinas Sintticas no Estado de So Paulo

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    mais diversas marcas e procedncias, tais co-

    mo: tintas grficas, tintas de parede ou para fins

    artsticos; leos lubrificantes, combustveis, die-

    sel; sabes, sabonetes e detergentes; ligas me-

    tlicas; cosmticos; medicamentos; tecidos;

    plsticos; etc.O faturamento estimado da industria qumi-

    ca mundial, para 1998 foi de cerca de 1 trilho e

    500 bilhes de dlares. No Brasil, estima-se que

    neste mesmo ano o faturamento bruto do setor

    foi de 53 bilhes de dlares (ABIQUIM,1999).

    Segundo a ABIQUIM, a produo brasileira s

    de 228 produtos selecionados para controle, que

    esto entre os produtos bsicos e intermedirios,

    foi de mais de 30 milhes de toneladas em 1999.

    A tabela n 1 apresenta um panorama das

    50 substncias mais produzidas nos EstadosUnidos em 1995, comparadas com a produo

    brasileira de 1995 e 1999.

    Podemos verificar pela tabela n1, que gran-

    de parte dos 50 produtos mais fabricados nos

    Estados Unidos, tambm esto entre os mais

    -9 -

    TABELA 1

    Principais produtos fabricados nos EUA em 1995 ,comparados com a produo brasileira de 1995 e 1999

    Ordem Substncia Produo 106 ton Ordem Substncia Produo 106 ton

    EUA Brasil EUA Brasil1995 1995 1999 1995 1995 1999

    1* cido sulfrico 43,29 4.,043 4,.881 26* xido de etileno 3,46 0,161 0,261

    2 Nitrognio 30,28 27* cido clordrico 3,40 0,106 0,111

    3 Oxignio 24,28 28 Tolueno 3,12 0,198 0,300

    4 Etileno 21,32 1,881 2,416 29 p-xileno 2,84 0,116 0,169

    5 xido de clcio 18,72 30 Cumeno 2,27 0,147 0,166

    6* Amnia 16,16 1,222 1,331 31 Sulfato de amnio 2,38 0,172 0,202

    7* cido fosfrico 11,89 0,7021 0,859 32* Etileno glicol 2,37 0,124 0,248

    8* Hidrxido de sdio (1) 11,89 1,305 1,937 33* cido actico 2,12 0,072 0,020

    9 Propileno 11,66 1,077 1,299 34* Fenol 1,89 0,115 0,132

    10* Cloro 11,39 1,102 1,167 35* xido de propileno 1,82 0,155 0,18411 Carbonato de sdio 10,12 0,204 0,209 36 Butadieno 1,67 0,264 0,308

    12 Metil t-butil ter 8,00 0,195 0,241 37 Negro de fumo

    (carbon black) 1,51 0,200 0,222

    13* Dicloro etileno 7,84 38 Isobuteno 1,47

    14* cido ntrico 7,83 0,574 0,525 39 Potassa *** 1,46

    15 Nitrato de amnio 7,26 0,329 0,372 40* Acrilonitrila 1,46 0,080 0,080

    16* Benzeno 7,26 0,706 0,887 41 Acetato de vinila 1,31 0,057 0,055

    17 Ureia 7,08 1,244 1,461 42 Dixido de titnio 1,26 0,059 0,086

    18 Cloreto de vinila 6,80 0,389 0,426 43 Acetona 1,25 0,071 0,077

    19 Etil benzeno 6,20 0,407 0,204 44* Butiraldeido 1,22

    20 Estireno 5,17 0,273 0,226 45 Sulfato de alumnio 1.09 0,154 0,144

    21* Metanol 5,13 46 Silicato de sdio 1,02 0,211 0,171

    22 Dixido de carbono ** 4,94 0,417 0,331 47 Ciclohexano 0,97 0,062 0,06523 Xilenos, mistura 4,25 0,145 0,177 48 cido adpico 0,82 0,056 0,062

    24* Formaldeido, 37% 3,68 0,276 0,396 49* Nitrobenzeno 0,75

    25 cido tereftlico 3,61 0,122 0,199 50* Bisfenol A 0,74 0,003 0,005

    * significa altamente txico ou corrosivo. ** slido ou lquido. *** KCl, K2SO4, e K2Mg(SO4)2 (base K2O)(1) a produo brasileira a soma da produo em escamas, fundido e em soluoFonte: Crosby, D. G. (1998), ABIQUIM (2000)

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    fabricados no Brasil, s que em uma quantidade

    menor, devido a diferena do porte das inds-

    trias do ramo qumico dos dois pases.

    Notamos ainda na tabela, comparando as

    produes de 1995 e 1999, que a prpria pro-

    duo brasileira varia conforme a poca. A l gu-

    mas aumentaram e outras diminuram.

    O Brasil produz ainda vrios outros produ-

    tos em quantidade superior a 40 mil toneladas,

    como podemos verificar na tabela N2.

    O Brasil ainda um grande produtor de l-

    cool etlico, o lcool comum utilizado em grande

    parte como combustvel.

    Segundo a publicao nica (Ano 3 n 31)

    a produo de etanol na safra 98/99 foi a se-

    guinte: lcool anidro: 5.662.233 m3 (cerca de

    4,47 x106 toneladas); lcool hidratado

    8.249.874 m 3 (cerca de 6,73 x 106 to nela d as ),

    com um total de 13.912.207 m3 (cerca de 11, 2

    x 106 toneladas).

    - 10 -

    Fatores de risco no ramo qumico

    TABELA 2

    Outros produtos fabricados no Brasil, em 1995 e 1999.

    Substncia Produo 10

    6

    ton1995 1999

    Fosfatos de amnio 0,432 0,637

    Dicloroetano 0,494 0,559

    Fosfato biclcio 0,287 0,454

    Carbonato de clcio precipitado 0,087 0,168

    cido sulfnico linear 0,122 0,163

    Alquilbenzeno linear 0,147 0,156

    Nitroclcio 0,140 0,094

    Clorato de sdio 0,070 0,092

    0-xileno 0,080 0,090

    Anidrido ftlico 0,075 0,090Tripolifosfato de sdio 0,061 0,086

    Sulfato ferroso 0,047 0,078

    2-etil-1-hexanol (octanol) 0,067 0,075

    Acetato de etila 0,051 0,070

    Dioctil ftalato 0,046 0,062

    Glutamato monossdico 0,059 0,058

    Adipato de hexametilenodiamina 0,049 0,059

    Hipoclorito de sdio 0,053 0,052

    cido fluorsilcico 0,044 0,052

    Sulfato de sdio 0,052 O,051

    Caprolactama 0,053 0,050Tolueno diisocianato 0,050 0,050

    Ciclohexanona 0,050 0,048

    xido de ferro 0,042 0,045

    Ciclohexanol 0,044 0,036

    Fonte: ABIQUIM (2000)

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    Asafra 99/00 foi de: lcool anidro 6.005.655

    m3 (cerca de 4,74 x 106 toneladas), lcool hidra-

    t ado 6.774.885 m 3 (cerca de 5,53 x 106 to nela-

    das), com um total de 12.780.540 m3 (cerca de

    10,27 x 106 toneladas).

    Para a safra 00/01 estima-se uma produo

    menor, em torno de 20%.

    Aproduo de lcool no aparece no Anu-

    rio da ABIQUIM pois as usinas que o produzem

    no so industrias qumicas j que o lcool ob-

    tido atravs de um processo fermentativo e no

    atravs de uma reao qumica. Existem, porm,

    certas usinas que esto na base de sindicatos

    dos qumicos, em algumas regies do pas.

    PRINCIPAIS SETORESINDUSTRIAISNO RAMO QUMICO

    Se observamos novamente a rvore de

    produtos da indstria qumica , podemos verifi-

    car que eles esto presentes em todos os mo-

    mentos de nossas vidas, vindos diretamente da

    natureza ou fabricados pelos mais diferentes ti-

    pos de indstria.

    Esta diversidade de tipos de indstrias, tem

    sido motivo de divergncias quando se preten-de definir os setores industriais abrangidos pe-

    lo ramo qumico.

    Na publicao sobre o Perfil das empresas

    do ramo qumico no Brasil, elaborado pela

    CNQ/CUT, em 1994, esto enquadrados no ra-

    mo as indstrias de:

    papel e produtos de papel;

    qumicos e produtos qumicos;

    refinao de petrleo e indstrias correlatas;

    produtos de borracha e plstico;

    produtos de pedra, cermica, concreto e vidro.

    J no captulo 24 da Classificao Nacionaldas Atividades Econmicas (CNAE), esto en-

    quadradas como indstrias qumicas aquelas

    que fabricam:

    pr od utos inorgnicos (cloro e lcalis, inter-

    medirios de fertilizantes, fertilizantes fosfata-

    dos, nitrogenados e potssicos, gases indus-

    triais, outros produtos inorgnicos);

    produtos orgnicos ( produtos petroqumicos

    bsicos; intermedirios de resinas e fibras; ou-tros produtos orgnicos);

    r esinas e elastmeros (resinas termoplsti-

    cas, resinas termofixas, elastmeros);

    fibras, fios, cabos e filamentos contnuos ar-

    tificiais e sintticos;

    produtos farmacuticos;

    defensivos agrcolas (inseticidas, fungicidas,

    herbicidas, outros);

    sabes, detergentes, produtos de limpeza e

    artigos de perfumaria (sabes, sabonetes e de-

    tergentes sintticos, limpeza e polimento, arti-gos de perfumaria e cosmticos);

    tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos

    afins (tintas, vernizes, esmaltes e lacas, tintas

    de impresso, impermeabilizantes, solventes e

    produtos afins);

    p r od utos e preparados qumicos diversos

    (adesivos e selantes, explosivos, catalisadores,

    aditivos de uso industrial, chapas, filmes, e ou-

    tros materiais e produtos para fotografia, discos

    e fitas virgens, e outros produtos qumicos no

    especificados ou no classificados).Esta diferena acaba refletida, de certa for-

    ma, na constituio dos sindicatos dos traba-

    lhadores do ramo qumico, que nas diferentes

    regies do pas, englobam setores diferentes.

    TIPOS DE FATORES DE RISCOQUE PODEM EXISTIR

    NAS INDSTRIAS QUMICAS

    Devido ao grande nmero de substncias e

    produtos finais que podem estar presentes nas

    indstrias do ramo qumico, so vrios os tiposde fatores de risco que podemos encontrar nes-

    te ramo

    Importante aqui esclarecermos a idia de

    risco. O risco significa a possibilidade ou a pro-

    babilidade de acontecer algum dano, seja aos

    -1 1 -

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    10/41

    trabalhadores, ao meio ambiente ou ao patri-

    mnio. Asimples presena de um agente capaz

    de produzir algum dano em uma determinada

    indstria, no significa que vai necessariamen-

    te ocorrer um acidente ou que pessoas vo fi-

    car doente. Este agente que tem o potencial de

    causar um dano, chamamos fator de risco. De-

    pois de saber que ele est presente, e o que

    -1 2 -

    Fatores de risco no ramo qumico

    Fatores de riscoOperacionais

    Ambientais

    Condies detrabalho

    Devido instalaes,

    condies de mquinas eequipamentos,condies de armazenagem,transporte,manuseio,expedio,descarte dos produtos

    calor,

    rudo,

    radiaes io-

    nizantes

    radiaesno ionizan-tes,

    vibrao,

    iluminamento

    substnciasqumicas

    virus, bact-rias, fungos,etc

    organizao do trabalho,ritmo do trabalho,fatores estressantes,posies incmodas,trabalho em turno,etc.

    Podem provocarq Quedasq

    Choques eltricosq Incndios e explosesq Leses diversas: fraturas, queimaduras,ferimentos, etc.q Morte

    q Insolao, deficincia circulatria, desi-dratao, cibrasq Perda auditiva provocada pelo ruido, eefeitos nos sistemas circulatrios, digestivo,endcrino, respiratrio, visual e nervoso.

    q Depende do tipo de radiao e da dose.Podem provocar: anemia, leucopenia, erite-ma, catarata, cncer, principalmente leuce-mia, etc.q Depende do tipo de radiao e da dose. qPodem provocar: Catarata, esterilidade, es-tresse do calor, convulsesq Leses neurovascular, sseas e articulares.qAcidentes devido falta ou excesso deiluminaoq Devido a grande variedade de efeitos, es-te item esta apresentado em captulo sepa-

    rado: "O que as substncias qumicas po-dem provocar"q Infeces, doenas pulmonares, doenasinfecto-contagiosas, etc.

    q Leses por esforos repetitivos (LER) ouDoenas Osteomusculares Relacionadasao Trabalho (DORT)q Problemas psicolgicosqAgravamento de doenas provocadas pe-los fatores acima

    Agentesfsicos

    Agentesqumicos

    Agentesbiolgicos

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    11/41

    pode causar, necessrio avaliar, isto , saber

    que risco esto correndo os trabalhadores ou a

    comunidade em torno da empresa, devido a es-

    te fator. importante saber se correm um riscopequeno, mdio ou grande, isto , qual o grau

    do risco. No caso de substncias qumicas, por

    exemplo, o risco, vai depender de uma srie de

    caractersticas e condies:

    do tipo de produto,

    como eles so recebidos na empresa,

    onde e como eles so guardados,

    como so usados,

    como os restos so jogado fora,

    se so vendidos, como so guardados at a

    venda, e como so transportados tanto dentro da em-

    presa como at a entrega ao comprador.

    Os fatores de risco presentes na indstria

    qumica so todos aqueles que aparecem no

    mapa de risco, mas que sero apresentados

    aqui de forma um pouco diferente. Podemos di-

    vidir estes fatores de risco em trs grandes gru-

    pos: fatores operacionais, fatores ambientais e

    fatores devido s condies de trabalho.

    Os fatores operacionais so aqueles rela-

    cionados estrutura fsica e operaes da em-presa: instalaes, condies de mquinas e

    equipamentos, condies de armazenagem,

    transporte, manuseio, expedio, descarte dos

    produtos.

    Os fatores de risco chamados ambientais so

    aqueles devido aos agentes: fsicos (calor, rudo,

    radiaes ionizantes e no ionizantes, vibrao,

    iluminamento); qumicos (substncias qumicas)

    e biolgicos (virus, bactrias, fungos, etc.).

    Os fatores devido s condies de trabalho,

    tambm chamados de ergonmicos, so os de-

    vido : organizao do trabalho, ritmo do traba-lho, fatores estressantes, posies incmodas,

    trabalho em turno, etc.

    O quadro da pgina anterior apresenta um

    resumo dos possveis danos provocados por

    estes fatores.

    O QUE AS SUBSTNCIASQUMICAS PODEM PROVOCAR

    O esquema abaixo indica o que as substn-

    cias qumicas podem provocar, desde que exis-

    tam condies propcias, isto , desde que, on-

    de elas estiverem presentes, existam situaes

    que propiciem o aparecimento de algum dano.

    Vamos chamar aqui a substncia qumica de

    agente qumico, dentro da idia de que ela po-

    de atuar como um agente causador de dano.

    Com relao aos danos sade, o esquema

    abaixo indica resumidamente o tipo de agente

    qumico que pode provocar danos, as condies

    de exposio do trabalhador a este agente,

    exemplos de possveis danos sade, e situa-

    es em que podem ocorrer a exposio.Dependendo do efeito no organismo, as

    substncias qumicas podem ser classificadas

    como:

    Corrosivas

    So aquelas substncias que destroem os

    tecidos com os quais entram em contato, sejam

    eles superficiais como a pele, internos (dentro

    do corpo) ou ds olhos. Exemplos: cidos con-

    centrados (cido muritico), bases concentra-

    das (soda custica).

    Irritantes

    So as substncias que podem provocar in-flamao da pele, olhos ou membranas muco-

    sas. Este efeito pode aparecer tanto aps um

    breve perodo de tempo como tambm aps

    um perodo prolongado.

    Causadoras de efeitos dermatolgicos

    - 1 3 -

    Agente Qumico +

    condies propcias

    danos sade

    incndio / exploso

    danos ao ambiente

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    So as que podem provocar os diferentes ti-

    pos de dermatites na pele, como por exemplo o

    cromio.

    Asfixiantes

    So as substncias que impedem o apro-

    veitamento do oxignio pelas clulas dos orga-

    nismos vivos. Os agentes asfixiantes podem

    ser classificados em :

    a- simples. So aqueles que por se acumu-

    larem no ambiente devido por exemplo a um va-

    zamento, provocam a diminuio da concentra-

    o ambiental de oxignio, e como conseqn-

    cia sua presso parcial no ambiente. o que

    pode ocorrer por exemplo, quando h vazamen-

    to de nitrognio proveniente de um cilindro ar-

    mazenado em um laboratrio. Quando o tcni-

    co entra no recinto pode vir a sofrer uma asfixia

    no propriamente devido a concentrao do ni-

    trognio, mas devido falta de oxignio no ar.

    b- qumico. So aqueles que atuam no or-

    ganismo, impedindo o fornecimento de oxignio

    aos tecidos. Exemplo o gs monxido de car-

    bono que tem uma afinidade qumica pela he-

    moglobina do sangue, maior do que a do oxig-

    nio. Desta forma este gs impede o transporte

    do oxignio at as clulas.

    Anestsicos

    So substncias que atuam no sistema ner-

    voso central, fundamentalmente no crebro. As

    substncias que exercem esta ao so lipos-

    solveis, isto dissolvem-se em gorduras, tais

    como os solventes orgnicos.

    - 1 4 -

    Fatores de risco no ramo qumico

    Tipo de agentequmico

    Todos assubstnciasqumicasapresentamalgum grau detoxicidade

    Condiesde exposio

    q Derramesq Vazamentosq Acidente de transporteq Locais com gases de-vido decomposioq Ambientes confinados(fechados)q Manuseio inadequadoArmazenagem inade-quadaqDescarte no apropriadoq

    Emisses fugitivasq Coleta de amostras

    Danos sade

    Diversos, dependendo dosoutros dos fatores de riscopresentes no ambientePodem ocorrer:Doenas especficasq Saturnismoq Asbestoseq Silicoseq Bissinoseq Hidrargirismoq Benzenismoq

    Cnceresq Dermatosesq Irritaesq Sensibilizaesq Etc.

    Doenas inespecficas(evidenciadas em estudosepidemiolgicos)q aumento de cnceres emtrabalhadores qumicos

    Os efeitos no organismo es-to apresentados separada-

    mente.

    Exemplos de situa-es de exposio

    q Derramamento deproduto qumico emtransporteq Entrada em bueiros,poos, silos de gros,ambientes fechados(confinados).qAmbiente onde podeter havido queima dematerial ou alimentos(ex: feijo queimado li-

    bera gs ciandrico (-HCN))q Trabalho com subs-tncias volteis emambiente sem ventila-o apropriadaq Inmeras atividadesocupacionais ondeocorre manuseio deproduto qumico: pin-tor, soldador, fundidor,mecnico, qumico,grfico, agricultor etc.

    Danos sade

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    13/41

    Txicas sistmicas

    Quando a ao da substncia se desenvol-

    ve em rgo ou tecidos do organismo, aps a

    sua absoro, elas recebem esta classificao.Pode ser:

    a- hepatotxica - exerce ao sobre o fga-

    do. Exemplos: tetracloreto de carbono que po-

    de produzir necrose; tetracloroetano que pode

    produzir atrofia aguda, etc.

    b- nefrotxica - exerce ao sobre os rins.

    Exemplo: cloreto de mercrio.

    c- neurotxica - ao sobre alguma parte

    do sistema nervoso. Exemplo: n-hexano que

    provoca neuropatia perifrica.

    d- hematotxicas - exerce ao sobre osangue e o sistema hematopoitico (formador

    de sangue). Exemplos: arsina que produz he-

    mlise ou destruio das clulas vermelhas do

    sangue com derramamento da hemoglobina

    nela contida; benzeno que atua na medula s-

    sea, afetando todo o sistema formador de san-

    gue podendo provocar vrios tipos de danos

    tais como leucopenia (diminuio das clulas

    brancas) , anemia (diminuio de clulas ver-

    melhas), plaquetopenia (diminuio de plaque-

    tas, responsveis pela coagulao do sangue),leucemia (cncer do sangue), etc.

    e- ototxicas exercem ao sobre a au-

    dio. Exemplos: os solventes e alguns metais

    como o mercrio e o chumbo, podem provocar

    perdas auditivas. Vrios estudos mostram que

    a exposio ocupacional a solventes e ao ru-

    do ao mesmo tempo, provoca perda auditiva

    muito maior do que a exposio a qualquer um

    destes agentes isoladamente. H nestes ca-

    sos uma ao sinergtica, isto , um dano

    maior do que a simples soma dos danos indi-

    viduais de cada agente. Causadoras de danos pulmonares

    Segundo o efeito que ela pode provocar no

    pulmo, pode se classificar ainda, em:

    a- pneumoconiticas - que produz enfermi-

    dades crnicas pulmonares, caracterizadas por

    um endurecimento do parnquima devido ao

    irritativa prolongada causada por inalao crni-

    ca de ps de ao danosa. A pneumoconiose

    provocada pode ser considerada benigna ou no-civa: fibrtica ou no fibrtica. Este assunto est

    descrito em maiores detalhes no captulo de ae-

    rodispersides, Exemplos: slica, amianto, etc.

    b-Incmoda - no produz pneumoconiose.

    Genotxicas

    So aquelas que podem provocar danos ao

    material gentico.

    Mutagnicas

    Quando uma substncia capaz de causar

    qualquer modificao relativamente estvel no

    material gentico, DNA, ela considerada mu-tagnica. Muitas destas podem ser tambm

    cancergena.

    Cancergenas

    So substncias capazes de produzir cn-

    cer. Esta doena resultante do desenvolvi-

    mento de um tumor maligno , isto , de um tu-

    mor que composto de clulas que se dividem

    e se dispersam atravs do organismo.

    Alergizantes

    Substncia capaz de produzir reao alrgi-

    ca. Areao alrgica resultante de uma sen-sibilizao do organismo produzida por conta-

    tos anteriores com a substncia, que gera uma

    resposta imunolgica, manifestada atravs de

    erupes de pele, asma qumica, dermatites di-

    versas, etc. Aps a sensibilizao do organis-

    mo, uma quantidade mnima do agente pode

    desencadear a reao alrgica. Exemplos: der-

    matites de contato produzidas pelo cromo, n-

    quel, etc.

    Disruptores endcrinos

    Comportam-se no organismo como horm-

    nios sexuais, principalmente o estrgeno, hor-mnio feminino. Podem provocar caractersti-

    cas femininas em seres do sexo masculino, in-

    clusive o homem e em mulheres aumentam a

    probabilidade de cncer de mama, por exemplo

    Um conceito importante de ser discutido,

    -15-

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    14/41

    quando falamos sobre os danos sade que os

    produtos qumicos podem provocar o de : li-

    mites de exposio ocupacional ou como tam-

    bm so conhecidos: limites de tolerncia.Normalmente quando se quer avaliar se o

    trabalhador est exposto a quantidades perigo-

    sos de um agente qumico, os profissionais da

    higiene do trabalho executam uma avaliao

    quantitativa da exposio ocupacional, e com-

    param os resultados obtidos com os limites de

    tolerncia. Aultrapassagem dos limites utiliza-

    da para a caracterizao da insalubridade se-

    gundo o anexo n11, da Norma Regulamenta-

    dora n15, do Ministrio do Trabalho (NR15).

    Ocorre que em sua grande parte estes limi-tes so muito mais baseados em extrapolaes

    de experincias realizadas com animais, princi-

    palmente experincias em que os animais fi-

    cam expostos durante pouco tempo ao agente,

    do que em estudo epidemiolgicos obtidos a

    partir da observao dos efeitos em seres hu-

    manos, ou ainda se baseiam em interesses

    econmicos. As grandes empresas, justificando

    a impossibilidade de maior controle na emisso

    para o ar de determinadas substncias impor-

    tantes do ponto de vista industrial, principal-mente em funo dos investimentos requeridas

    para este controle, impem aos governos ou

    entidades que usualmente publicam limites de

    exposio, os valores que as industrias conse-

    guem obedecer. Freqentemente se encontram

    trabalhos publicados na literatura especializa-

    da, indicando valores prejudiciais

    bem abaixo dos utilizados como

    limites que j apontam danos

    sade dos trabalhadores.

    Alm disso, so vrios os fa-

    tores relacionados com possibili-dade de ocorrncia dos danos

    dos produtos qumicos e que

    praticamente no so levados

    em considerao na determina-

    o destes limites.

    importante , porm, saber os conceitos

    destes limites. Mesmo com todas as suas limi-

    taes so teis como Guias para a vigilncia

    dos ambientes de trabalho, e consequentemen-te a sua observncia dever possibilitar algum

    controle da exposio ocupacional.

    Nossa legislao define trs tipos de limites:

    Limite de Tolerncia, Valor Teto e Valor Mximo

    que caracteriza situao de risco grave e emi-

    nente para as concentraes das substncias

    qumicas no ar, e que esto definidos abaixo,

    conforme a NR15:

    LIMITE DE TOLERNCIA a concentrao

    ou intensidade mxima ou mnima, relacionada

    com a natureza e o tempo de exposio aoagente, que no causar dano sade do tra-

    balhador, durante sua vida laboral.

    VALOR TETO o limite que no pode ser

    ultrapassado em momento algum da jornada de

    trabalho.

    VALOR MXIMO o valor obtido multipli-

    cando-se o limite de tolerncia (LT) por um fator,

    chamado fator de desvio (FD) , que aparece no

    Quadro n2 do Anexo 11, da NR15 (Tabela 1).

    Qualquer das concentraes obtidas na

    avaliao ambiental no dever ultrapassar ovalor mximo, sob pena de ser considerada si-

    tuao de RISCO GRAVE E EMINENTE.

    I MPORTANTE: Para substncias cancer-

    genas no h limite seguro de exposio.

    Para o benzeno, por exemplo, que uma

    substncia reconhecidamente cancergena pa-

    -16-

    Fatores de risco no ramo qumico

    Tabela 1 - Quadro n2 do anexo n11 da NR15Valor Mximo = LT x FD

    LT FD

    ppm ou mg/m3

    0 a 1 31 a 10 210 a 100 1,5100 a 1000 1,25acima de 1000 1,1

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    15/41

    ra o ser humano, foi definido na legislao bra-

    sileira um outro tipo de limite chamado Valor de

    Referncia Tecnolgico (VRT). O VRT se refe-

    re concentrao de benzeno no ar considera-da exequvel do ponto de vista tcnico, definido

    em processo de negociao tripartite. O VRT

    deve ser considerado como referncia para os

    programas de melhoria contnua das condies

    dos ambientes de Trabalho. O cumprimento do

    VRT obrigatrio e no exclui risco sade.

    Este conceito de limite significa claramente

    que no h limite entre o ambiente seguro e in-

    seguro, mas representa um guia para vigilncia

    dos ambientes de trabalho. tambm um pon-

    to de partida, uma referncia, para se avaliar aimplementao das melhorias tecnolgicas ne-

    cessrias e obrigatrias pela legislao, no

    sentido de controlar todas as fontes de emisso

    deste produto para o ambiente.

    Outra forma de se verificar se o trabalhador

    esteve exposto a concentraes elevadas de

    determinada substncia atravs da determi-

    nao dos chamados indicadores biolgicos de

    exposio.

    INDICADOR BIOLGICO DE EXPOSIO

    (IBE) toda e qualquer substncia que faaparte do nosso organismo ou externa a ele,

    porm, que est presente no organismo, e cuja

    determinao no sangue, urina ou ar exalado,

    permite avaliar a intensidade da exposio ocu-

    pacional a determinado agente qumico.

    Existem IBE para cerca de 60 substncias, e

    o valor mximo destes indicadores est relacio-

    nado com o limite de exposio ocupacional, e

    conhecido como ndice Biolgico Mximo Per-

    mitido ou Limite Biolgico de Exposio. A NR7

    que apresenta o Programa de Controle Mdico

    de Sade Ocupacional denomina este limite co-mo ndice Biolgico Mximo Permitido(IBMP)

    que definido como o valor mximo do indica-

    dor biolgico para o qual se supe que a maio-

    ria das pessoas ocupacionalmente expostas

    no corre risco de dano sade. A ultrapassa-

    gem deste valor significa exposio excessiva.

    Valores alterados de limite biolgico de exposi-

    o no indicam comprometimento da sade, e

    sim que o trabalhador esteve exposto a valoresacima dos considerados permitidos de concen-

    trao ambiental. Devem ser utilizados na Higie-

    ne do trabalho como dados auxiliares na avalia-

    o da exposio ocupacional, e no devem

    substituir os resultados da avaliao ambiental.

    Existem ainda indicadores biolgicos de

    efeito e os respectivos limites biolgicos. Estes

    indicadores de forma diferente dos anteriores

    quando aparecem alterados indicam que o tra-

    balhador j sofreu uma alterao no seu estado

    de sade. Tambm fazem parte da NR7 ondeaparecem com a indicao SC.

    importante lembrar que quando se preten-

    de utilizar os dados dos indicadores biolgicos

    de exposio deve-se garantir que todos os cri-

    trios para coleta de amostra, incluindo horrio

    apropriado para a coleta, cuidados de higieni-

    zao, qualidade dos frascos de coleta, assim

    como para a armazenagem, o transporte, o

    controle de qualidade do laboratrio que execu-

    tar as anlises estejam sob controle.

    Alguns exemplos de indicador biolgico deexposio:

    cido hiprico na urina

    Arsnico na urina

    Alguns exemplos de indicador biolgico de

    efeito:

    cido delta amino levulnico na urina (indica-

    dor de efeito da exposio ao chumbo)

    J para a ocorrncia de incndios ou explo-

    ses, h necessidade da presena de um

    agente que pegue fogo ou expluda (combust-

    vel), do comburente (oxignio), do calor e de

    condies propcias para que estes trs intera-jam entre si. O esquema abaixo apresenta os ti-

    pos de agentes, condies necessrias, poss-

    veis danos sade que estes tipos de aciden-

    tes podem provocar e exemplos de situaes

    favorveis para a ocorrncia destes acidentes.

    -17-

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    16/41

    Praticamente qualquer substncia presente

    no meio ambiente de forma descontrolada, de-

    vido a: descartes diretos sobre o solo ou para o

    ar ou esgoto, ou diretamente em crrego, rios

    ou mar, em concentraes inaceitveis; aciden-

    tes de transporte, ou dentro da empresa, que

    muitas vezes atravessa os seus muros; derra-

    mamentos acidentais; vazamentos muitas ve-

    zes no percebidos; etc. podem causar danos

    ao meio ambiente.

    Cada vez mais devemos ter em conta a

    ao das substncias qumicas no s sobre os

    trabalhadores como tambm sobre o meio am-

    biente. No existe separao rgida entre o am-biente de trabalho e o ambiente externo, desta

    forma importante conhecermos e evitarmos

    este tipo de ao, das substncias qumicas. O

    esquema abaixo traz um resumo desta ao.

    Em sua ao no sentido de identificar os ris-

    cos representados pelas indstrias de sua ba-

    se, os sindicatos devem procurar identificar a

    presena de substncias qumicas potencial-

    mente perigosas, mas tambm as condies

    em que elas chegam na empresa, so armaze-

    nadas, manipuladas, transportadas, descarta-

    das ou enviadas como produto final. Alm dis-

    so, procurar saber se a empresa est capacita-

    da para situaes de emergncia devido

    ocorrncia de acidentes.

    Lembrar, ento, que estas situaes podem

    estar presentes em todo o ciclo de vida do pro-

    duto, na empresa:

    Entrada da empresa/compra Armazenagem

    Transporte

    Utilizao/manuseio

    Venda/distribuio

    Tratamento/disposio

    - 18 -

    Fatores de risco no ramo qumico

    Incndio/Exploses

    Tipo de agentequmico

    q InflamveisqExplosivosq Combustveisq Peroxidveis(podem se trans-formar em perxi-do e explodir)q Produto qumicoem p finamentedivididoq Produto qumico

    nebulizado ("-spray")

    Condies

    q Quatro (4) condies so ne-cessrias para que ocorra apare-cimento do fogo (quadriltero dofogo): calor, combustvel, combu-rente e condies apropriadas):q Fontes de calor: faisca, chama,ponta de cigarro, aquecimento pro-vocado por sobrecarga de sistemaeltrico, carga eletrosttica, etcq Material Combustvel (que po-de pegar fogo ou explodir): infla-mveis e/ou explosivos (lcool,gasolina, plvora, gs hidrognio,etc.), combustveis (papel, madei-ra, leos lubrificantes, leos de co-zinha, tecido, etc.), substnciasperoxidveis (ter etlico, etc.),q Comburente: oxignioq Condies favorveis: ex: fon-te de calor na presena de subs-tncia inflamvel, no ar, dentro desua faixa de inflamabilidade.

    Exemplosde situaes

    q Exploses em silosde farinhas.q Incndio em mate-rial combustvel tipoplsticos com libera-o de HCN, HCl,CO.q Queima de materialclorado com libera-o de HCl, fosgnio.q Manuseio de subs-

    tncias peroxidveis,armazenadas duran-te longo tempo.q Manuteno comsoldagem, feita emtanque de combust-vel contendo resduode produto.q Produo de fogosde artifcio, de formano apropriada

    Danos sade

    q Lesesq Queimadurasq Intoxicaesdevido aos pro-dutos de decom-posioq Tonturasq Desmaiosq Morte

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    17/41

    Podem ainda ocorrer em situaes aciden-

    tais, como nos vazamentos, derrames, etc.

    PRINCIPAIS RISCOS

    POR SETOR

    Devido ao grande nmero de processos,

    tecnologias, substncias e produtos finais que

    podem estar presentes nas indstrias do ramo

    qumico, fica difcil especificar detalhadamente

    todos os riscos potenciais que podem estar pre-

    sente.

    Importante aqui relembrarmos a idia de ris-

    co. A simples presena da substncia qumica

    em uma determinada indstria no significa que

    vai ocorrer um acidente ou que pessoas vo fi-

    car doente. Depois de saber que ela est pre-

    sente, e o que pode causar, necessrio ava-

    l iar, isto , saber que risco esto correndo os

    trabalhadores ou a comunidade em torno da

    empresa, com este produto. importante saber

    se correm um risco pequeno, mdio ou grande.

    O risco representa a possibilidade ou a probabi-

    lidade de vir a acontecer um dano. Como j foi

    visto, o risco, vai depender de uma srie de fa-

    tores: do tipo de produto, como eles so recebi-

    dos na empresa, onde e como eles so guarda-dos, como so usados, como os restos so jo-

    gado fora, e se so vendidos, como so guar-

    dados at a venda, e como so transportados

    tanto dentro da empresa como at a entrega ao

    co mp rad o r. As queixas e sintomas que os tra-

    balhadores podem estar apresentando, se exis-

    te informao de algum trabalhador doente ou

    afastado por acidente na empresa, tambm so

    informaes importantes sobre os riscos da-

    quela determinada empresa e os sindicatos de-

    vem estimular os trabalhadores a fazerem este

    relato para o seu rgo de representao. Os

    fatores que contribuem para o aparecimento do

    risco podem ser melhor estudados no Caderno

    de Sade do Trabalhador n2: Riscos devido

    s substncias qumicas, pginas 8 a 12.

    O que vai ser apresentado neste captulo

    - 19 -

    Danos ao meio ambiente

    Tipo de agente qumicoPraticamente todas assubstncias qumicas po-dem vir a provocar danosao meio ambiente, quandopresentes em concentra-es acima dos nveisaceitveis, que alis, estose tornando mais baixas,para um grande nmerode substncias.Ateno especial deve serdada aos POPs (poluentesorgnicos persistentes)que alm de serem persis-tentes, isto , demoram ase decompor, so volteise por isto se distribuem portodo o planeta.

    Condies

    Descarte no apropria-doAcidentes de transpor-teDerramamentos aci-dentesAcidentes ampliados,que extrapolam os li-mites da empresaVazamentos, muitasvezes no percebidosArmazenamento foradas condies de se-gurana, tanto em re-lao quantidade ar-mazenada quanto emrelao as condiesfsicas do armazm

    Exemplos de situaes

    Derramamento de pe-trleo no marDescarte de resduosindustrias em rios queabastecem reservat-rios de guaEmisso de efluentesgasosas atravs dechamins ou outrossistemas de escape deresduos gasosos ouparticulados em inds-triasEscapamento de vecu-los

    Danos

    Os danos podemocorrer tanto napopulao huma-na, quanto emanimais, plantase inclusive ao pa-trimnio. Estesdanos podem serdesde leses le-ves at mortes eextino de esp-cies animais evegetais.Os danos causa-dos por acidentesque ultrapassamos muros da em-presa so cha-mados de aciden-tes ampliados

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    18/41

    so alguns dos fatores de risco normalmente

    presentes nas empresas do ramo qumico, por

    tipo de indstria. importante ressaltar que

    duas empresas, mesmo produzindo as mes-mas substncias, usando as mesmas matrias

    primas, podem representar riscos diferentes

    para seus trabalhadores, tanto em termos das

    doenas as quais eles potencialmente pode-

    riam adquirir, como em relao aos acidentes

    que poderiam sofrer. O risco vai depender tam-

    bm, de vrios outros fatores, como por exem-

    plo a organizao da empresa, a manuteno

    de seus equipamentos, as condies de suas

    instalaes, a capacitao que ela fornece aos

    seus empregados, etc.Esto representados aqui principalmente as

    substncias qumicas, e eventualmente outro

    fator que seja muito significativo. Apresena de

    rudo, calor, possibilidade de acidentes devido

    s instalaes, pisos irregulares, falta de guar-

    da corpos em instalaes maiores, etc. assim

    como as LER/DORT, porm, sempre poderoestar tambm presentes nestas indstrias, de-

    pendendo das condies de cada uma. Com

    relao ao rudo e s LER/DORT, as tabelas

    trazem apenas alguns dos danos e possveis

    medidas de controle. Para complementar estas

    informaes consultar os fascculos de nmero

    7, 8 e 9 da coleo Cadernos de Sade do Tra-

    balhador do INST/CUT.

    As tabelas a seguir representam as indus-

    trias mais significativas, e os tipos de substn-

    cias e outros fatores mais preocupantes doponto de vista de danos sade e potencial

    de provocar incndios e exploses, nestas in-

    dustrias.

    - 20 -

    Fatores de risco no ramo qumico

    Indstria de cloro e lcalisTipo de agenteCloro

    Hidrognio

    Hidrxido de sdio(soda custica)Mercrio (em caso de usode clulas de mercrio)

    Amianto ( em caso de clu-las de amianto)

    DanosAos equipamentos: corroso,principalmente em ambientesmidos sade: altamente irritante

    para as vias respiratrias,podendo causar at a morteEm contato com materiaisorgnicos como leos egraxas, pode explodir.ExplosoMisturas de cloro e hidrogniopodem ser inflamveis eexplosivas. A reao de clorocom hidrognio pode comearpela luz direta do sol, luzultravioleta, eletricidadeesttica e impacto agudo

    Altamente corrosiva

    Depresso do sistemanervoso central

    AsbestoseCncer

    Controle sugeridoSistema fechado econtinuamente vistoriado paraevitar vazamentosEquipamento de proteo

    respiratria devem estardisponveis para casos deacidentes

    Sistema fechado econtinuamente vistoriado paraevitar vazamentos

    Sistema fechadoLimpezaSubstituio do tipo de clulaSistema fechadoMonitoramento de vazamentosSubstituio do tipo de clula

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    -2 1 -

    Indstr ias de tintas , vernizes, esmaltes, lacasTipo de agente

    Substncias combustveisem p (especialmentenitrocelulose usado naproduo de laca),solventes,leos

    Grande variedade desolventes

    Isocianatos na manufaturade tintas a base depoliuretano

    Acrilatos, outros monmerose fotoionizadores usados naproduo de tintas que so"curadas" por radiaoAcroleina e outros gasesemitidos no cozimento devernizesAgentes de cura e outrosaditivos na produo de

    tintas em pRuido devido a moinhos emisturadores

    Vibrao em peneiras

    Danos

    Incndios e exploses.

    Depresso do sistema nervosocentral: tontura, dor de cabea,fraqueza, enjo, vmito, cansao,perda de conscincia, etc.Cada tipo de solvente ainda podeprovocar algum efeito especfico.Asma ocupacional, pneumoniaqumica. Estas substnciasprovocam sensibilizao, isto , ostrabalhadores ficam sensveis e

    com qualquer exposioapresentam reaes alrgicas.Neste caso precisam ser afastadosdo trabalho.Intoxicaes que dependem do tipode substncia

    Perda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresse

    Leses neurovasculares, sseas earticulares.

    Controle sugerido

    Controle sugeridoAterramento derecipientesVentilao para manter asconcentraes ambientaisabaixo dos limites deexplosividadeCobertura de recipientesno em usoRemoo de fontes deignioUso de ferramentas demetal no ferroso, queno provocam fascasLimpezaVentilao local exaustoraEquipamentoenclausurado LimpezaProteo respiratria,quando necessrio

    Evitar contato e inalao

    Evitar contato e inalao

    Substituio deequipamentosIsolamentoManuteno eficientePrograma de conservaoauditiva, quando necessrio

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    Fatores de risco no ramo qumico

    -2 2 -

    Tipo de agenteFalta de proteo emmquinasEletricidadeCalor,Contato com produtos emateriais aquecidosCorantes e cargas contendometais pesadosBactericidas

    Slica (algumas tintas)

    DanosVrios tipos de leses

    Choques eltricosQueimaduras

    Toxicidade vai depender do tipo decorante e do metal pesadoIrritao do trato respiratrioSensibilizaoSilicoseCncer

    Controle sugeridoInstalar proteo

    Seguir NR10IsolamentoLuvas resistentes

    Evitar contato e inalao

    Evitar contato e inalao

    Evitar inalao de poeira

    Indstria de plsticosTipo de agenteVrias matrias primas(monmeros) utilizadasnesse tipo de indstria

    Equipamentos quetrabalham sob presso ecom partes mveis

    EletricidadeCalandras para produzirlminas de plstico

    Equipamentos aquecidos

    Plsticos

    Plstico finamente dividido

    Produtos de degradaotrmica ou pirlise dosplsticos

    DanosIncndio e exploso

    Leses diversas

    Choques eltricosLeses diversas devido perigode prensagem

    QueimadurasRompimento do equipamento

    Acidentes ou ignio poisformam facilmente cargas

    eltricasPode formar mistura explosivano arIntoxicaes diversas,dependendo da temperatura etipo de plstico

    Controle sugeridoSistema fechadoControle de presso dosequipamentosControle de vazamentosEnclausuramento das partesmveisAvisosSistemas de proteo demquinas que no permitamseu acionamento quando algummembro do trabalhador correr

    perigoCumprir a NR10Sistemas de segurana queimediatamente parem amquinaDispositivo de controle detemperaturaTodos os equipamentos devemser submetidos a rigorosamanuteno, e devem sermantidos limpos e aterradosEliminao de cargaseletrostticas atravs de

    aterramento dos equipamentosSistema enclausuradoLimpezaControlar a temp. do equipamentoVentilao local exaustora, emalguns casosVentilao geral diluidora

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    -2 3 -

    Lquidos inflamveis usadosem tintas, adesivos,materiais de limpeza esolventes.

    Perxidos utilizados emindstrias de plsticoreforado com l de vidro

    Aditivos usados naformulao do plstico, porexemplo: sabo de chumbono PVC, corantes a base decdmio

    Resina fenol-formaldeido,uretanas, resinas poliesterinsaturadasIsocianatos usado nopreparo de resinaspoliuretanas

    Resinas a base de

    formaldeido

    Rudo

    Alguns aditivos ecatalisadoresaltamente reativosPlstico derretido

    Incndio e explosoIntoxicaes que dependemdo tipo de substncia

    ExplosoIrritaoCegueira, em contato com osolhosIntoxicaes que dependemdo tipo de substncia

    Dermatites

    Asma ocupacional, pnemoniaqumica. Estas substnciasprovocam sensibilizao, isto , os trabalhadores ficamsensveis e com qualquerexposio apresentamreaes alrgicas. Neste casoprecisam ser afastados dotrabalho.Irritao das vias respiratrias

    SensibilizaoCncerPerda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresseQueimaduras qumicasQueimadura pelo calor

    Manter estoque mnimo destesprodutosEstocar em local seguro,quando no em uso: reas bemventiladas, sem fontes deignio, resistentes ao fogo, etc.Estocar longe de materiaisinflamveis combustveis, fontesde ignio, aquecimentoEvitar contato e inalaoEvitar contatoLimpeza

    Evitar contato

    Evitar contato e inalaoVentilao local exaustora

    Evitar contato e inalao

    Ventilao local exaustora

    Substituio de equipamentosIsolamentoManuteno eficientePrograma de conservaoauditiva, quando necessrioEvitar contato

    Evitar contato

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    Fatores de risco no ramo qumico

    -2 4 -

    Tipo de Agente

    Cloro, dixido de cloro

    Dixido de enxofreTerpenos e outros extratosde madeira

    Poeira de madeira

    Poeira de papel

    Sulfeto de hidrognio,disulfeto de dimetila,mercaptanas

    xido de etileno, usado emalgumas empresas comobranqueador

    Aditivos, biocidas, agentespara evitar formao de

    espuma, tintas, colasMicro organismos presentesna madeira, pilhas deresduos, prensas de borrade papel, etc.

    Danos

    Em concentrao elevadapodem provocar danos gravesnos pulmes. A gravidade dodano vai depender dadurao e da intensidade daexposio. Aps um acidentecom estes produtos, otrabalhador pode desenvolverasma, irritao nasal, tosse,dificuldade respiratria.Semelhante ao de cimaIrritao pulmonarSensibilizao

    Doenas pulmonares e oucutneas diversas,dependendo do tipo demadeiraAsma, doenapulmonar crnicaForte irritao nos olhos, dorde cabea, nuseasEm altas concentraespodem provocarinconscincia, paradarespiratria e morteEstes produtos so osprincipais responsveis pelocheiro desagradvel destetipo de indstriaIrritaoCncer

    Dermatites (problemas na pele)

    Doenas crnicas dospulmes

    Controle sugerido

    Controle rigoroso devazamentosManuteno eficiente deequipamentosEquipamento de proteorespiratria disponveis, paracasos de acidentes

    Os mesmos que acimaEvitar contato e inalao

    Evitar contato e inalao

    Evitar inalaoLimpeza da reaControle rigoroso devazamentosManuteno eficiente deequipamentosEquipamento de proteorespiratria disponveis, paracasos de acidentes

    Controle rigoroso devazamentosManuteno eficiente deequipamentosEquipamento de proteorespiratria disponveis, paracasos de acidentesEvitar contatoLimpeza do local e

    equipamentosEvitar acmulo destes materiaisLimpezaEvitar contato com estesmateriais

    Indstria de papel e celulose

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    -2 5 -

    Rudo

    Calor

    Movimentos repetitivos,principalmente na escolha eembalagem de papel

    EletricidadeFardos e rolos de papel

    Radiaes ionizantesMquinas em alta rotao,rebobinadeiras, calandras,mquinas de corte e deempacotar

    Mquinas em alta rotao,rebobinadeiras, calandras,mquinas de corte e deempacotar

    Perda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresse

    Deficincia circulatria,desidratao, cibrasLER/DORT; acidentes nasmesas elevatrias e mquinasde embalar

    Choques eltricosAcidentes devido a quedasdestes materiais

    Irradiao do corpo acima dasdoses permitidas pode causaralteraes hematolgicas,queimaduras e cncer

    Amputaes e mortes

    Substituio de equipamentosEnclausuramentoManuteno eficientePrograma de conservaoauditiva, quando necessrioVentilao que assegureconforto trmicoControlar ritmo; estudoergonmico do posto detrabalho; pausas paradescanso; revezamento depostos de trabalhoCumprir a NR10Cuidado na manipulao destesmateriais

    Sinalizao e isolamento defontes fixas de radiao;treinamento do pessoal;isolamento de reas emservios de gamagrafia; controledosimtrico do pessoal; examesperidicos; plano de proteoradiolgicaProver proteo nas polias epontos de prensagem expostos;acesso controlado s mquinas;parada de emergncia emvrios pontos e painis de

    controle; efetivo adequado depessoal na operao demquinas

    Indstria de fibras sintticasTipo de AgenteEquipamentos quetrabalham sob presso ecom partes mveis

    Materiais txicos einflamveis

    DanosLeses diversas

    Incndio e explosoIntoxicaes que dependemdo tipo de substncia

    Controle sugeridoEnclausuramento das partesmveisAvisosSistemas de proteo demquinas que no permitamseu acionamento quando algummembro do trabalhador correrperigoManter estoque mnimo destesprodutosEstocar em local seguro,

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    Fatores de risco no ramo qumico

    Tipo de Agente

    Poeira de borracha eaditivos, nvoas de leosSolventes txicos einflamveisPodem conter benzeno

    Danos

    ExplosesDanos respiratriosIncndio e explosoIntoxicaes que dependemdo tipo de substncia

    Controle sugerido

    Sistema enclausuradoVentilao local exaustoraManter estoque mnimo destesprodutosEstocar em local seguro,quando no em uso: reas bemventiladas, sem fontes de

    -2 6 -

    Dissulfeto de carbono esulfeto de hidrognio, naindstria de viscose

    Equipamentos aquecidos

    Isocianatos usado nopreparo de fibraspoliuretanas

    Substncias corrosivas

    Rudo

    Eletricidade

    Fadiga, irritao respiratria,sintomas gastrointestinais,distrbios neuropsiquitricos,desordens visuais,inconscincia, at morte.O dissulfeto ainda bastanteinflamvel e explosivo.QueimadurasRompimento do equipamento

    Asma ocupacional, pnemoniaqumica. Estas substnciasprovocam sensibilizao, isto , os trabalhadores ficamsensveis e com qualquerexposio apresentamreaes alrgicas. Neste casoprecisam ser afastados dotrabalho.Irritao ou at corroso na

    pele e olhos

    Perda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresse

    Choques eltricos

    quando no em uso: reas bemventiladas, sem fontes deignio, resistentes ao fogo, etc.Trabalhar sob ventilao localexaustoraSistema fechadoVentilao local exaustora

    Dispositivo de controle detemperaturaTodos os equipamentos devem

    ser submetidos a rigorosamanuteno, e devem sermantidos limpos e aterradosEvitar contato e inalaoVentilao local exaustora

    Evitar contato com a pele e

    olhos. Luvas de proteoculos de seguranaSubstituio de equipamentosIsolamentoManuteno eficientePrograma de conservaoauditiva, quando necessrioCumprir a NR10

    Indstria da borracha

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    -2 7 -

    Talco que pode contercontaminao de amiantoou slicaNegro de fumo (indstria depneu)

    Fumos emitidos noaquecimento da borrachaRudo

    EletricidadeCalor

    Equipamentos aquecidos

    Material derretido

    Danos pulmonaresCncer em caso decontaminaoDanos pulmonaresCncer

    Danos pulmonares diversos

    Perda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresse

    Choques eltricosDeficincia circulatria,desidratao, cibrasQueimadurasRompimento do equipamento

    Queimadura pelo calor

    ignio, resistentes ao fogo, etc.Trabalhar sob ventilao localexaustoraSubstituioVentilao local exaustora

    Ventilao local exautoraTrabalhar com negro de fumocom baixo teor dehidrocarbonetos policclicosaromticosVentilao local exaustora

    Substituio de equipamentosIsolamento

    Manuteno eficientePrograma de conservaoauditiva, quando necessrioCumprir a NR10Ventilao que assegureconforto trmicoDispositivo de controle detemperaturaTodos os equipamentos devemser submetidos a rigorosamanuteno, e devem sermantidos limpos e aterradosEvitar contato

    Indstria farmacutica

    Tipo de AgenteAgentes biolgicos (porexemplo bactrias e virus)na produo de vacinas,processos de fermentao,produtos derivados dosangue, e biotecnologiaGrande variedade dematrias primas

    Medicamentos finais

    DanosDiversos dependendo doagente

    Diversos dependendo dasubstncia

    Diversos dependendo dasubstnciaDesenvolvimento deresistncia ao medicamento,pelo trabalhador

    Controle sugeridoVentilao local exaustoraespecialmente projetada paratrabalho com estesmicroorganismos,ou com materias contaminadoscom elesVentilao local exautoraLimpeza

    Evitar contato ou inalao domedicamentoVentilao local exautoraLimpezaProteo respiratria

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    Fatores de risco no ramo qumico

    -2 8 -

    Contato com reagentessensibilizantes, irritantesTrabalho repetitivo,principalmente no setor deembalagemEquipamentos compartes mveis

    Rudo

    Solventes txicos einflamveis

    Danos na pele e olhos

    LER/DORT

    Acidentes principalmentenas mos

    Perda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresse

    Incndio e explosoIntoxicaes que dependem

    do tipo de substncia

    Evitar contatoLuvas apropriadasFerramentas, materiais eequipamentos apropriados doponto de vista ergonmicoProteo de mquinas queimpossibilitem acidentesManuteno peridicaSubstituio de equipamentosIsolamentoManuteno eficientePrograma de conservaoauditiva, quando necessrioManter estoque mnimo destesprodutos

    Estocar em local seguro,quando no em uso: reas bemventiladas, sem fontes deignio, resistentes ao fogo, etc.Trabalhar sob ventilao localexaustora

    Tipo de AgenteEquipamentos aquecidos a

    alta temperatura: fornos,estufas

    Produto aquecido a altatemperatura

    Rudo

    Calor

    DanosLeses graves

    Queimaduras gravesRompimento do equipamento

    Leses gravesQueimaduras gravesMorte

    Perda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresse

    Desidratao, deficinciacirculatria, cibras

    Controle sugeridoDispositivo de controle de

    temperaturaTodos os equipamentos devemser submetidos a rigorosamanutenoInstrumentos apropriados paramanuseio de material aquecidoMecanizao de operaes,quando possvelSubstituio de equipamentosIsolamentoManuteno eficientePrograma de conservaoauditiva, quando necessrio

    BarreirasSuperfcies refletorasVentilao que assegureconforto trmicoFornecimento de gua emabundnciaParadas para descanso

    Indstria de vidr o, cermica e materiais cor relatos

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    -2 9 -

    Inalao de materialparticulado das matriasprimas: slica, argila, cal,xido de ferro, etc.; materialusado no isolamentotrmico de fornos: amianto,tijolo refratrio, etc. eprodutos finais: vidro,materiais cermicosFumos de metais pesadosusados como aditivos, ouliberados na manuteno,soldagem, limpeza, etc.Substncias corrosivas

    GLP, gs natural, gasolina,leos combustveis usadoscomo combustveis

    Exposio ao monxido decarbono e outros agentes dacombusto incompleta doscombustveis

    Desde irritao at efeitoscrnicos tais como dificuldaderespiratria, doenaspulmonares, silicose,tuberculose, cncer (devido aslica ou amianto)

    Depende do tipo de metal

    Irritao ou at corroso napele e olhos

    Incndio e exploso

    AsfixiaDanos pulmonaresCncer

    Ventilao local exaustora,Isolamento do trabalhadorPrograma de proteorespiratriaManuteno eficiente deequipamentos

    Ventilao local exaustoraLimpezaPrograma de proteorespiratriaEvitar contato com a pele eolhos. Luvas de proteo

    culos de seguranaVentilao local exautoraInspeo peridica dasinstalaesManuteno eficienteVentilao local exautora

    Tipo de AgenteSolventes

    Princpios ativos

    DanosDepresso do sistemanervosoIncndio e explosoEspecficos, dependendo dosolvente

    A grande maioria dosprodutos usados comoprincpio ativo para a

    formulao de agrotxicosso muito txicos, algunspodendo causar cncer,problemas hormonais, etc.

    Controle sugeridoManter estoque mnimo destesprodutosEstocar em local seguro,quando no em uso:reas bem ventiladas,sem fontes de ignio,resistentes ao fogo, etc.Trabalhar sobventilao local exaustoraEvitar inalao econtato pela pele

    Indstria de agrotxicos

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    -3 0 -

    Fatores de risco no ramo qumico

    Tipo de Agente

    Gases liqefeitos, sobpresso

    Naftas, que contem teoresvariados de benzeno

    Tubulaes e equipamentosque produtos altastemperaturas, acima doponto de auto ignio

    Gs sulfdrico

    Resduos asflticos

    Hidrognio

    Poeiras de catalisadores

    Aditivos qumicos diversos

    Rudo

    Danos

    Incndio e explosoEfeito narctico, se inalado

    Depresso do sistemanervoso centralCncer (principalmentedevido ao benzeno)Incndio e explosoAcidentes graves, em caso devazamentoIncndios

    Pode provocar dores decabea, nuseas, vmito,fraqueza e em concentraeselevadas (acima 200ppm)pode ocasionar danospulmonares que podem levara morteSo combustveis e pegamfogo se envolvidos emincndioContm substnciascancergenas como oshidrocarbonetos policclicosaromticosEste um gs extremamenteexplosivoEstas poeiras podem contermetias pesados, de toxicidadevariada dependendo do metalpresenteToxicidade dependendo dotipo de aditivo, sendo algunsinclusive cancergenos oususpeitos de seremcancergenos

    Perda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresse

    Controle sugerido

    Controle rigoroso de vazamentoManuteno peridica dosequipamentos, tanto deproduo quanto de estocagemControle rigoroso de vazamentoManuteno peridica dosequipamentos, tanto deproduo quanto de estocagem

    Controle rigoroso de vazamentoManuteno peridica dosequipamentos, tanto deproduo quanto de estocagem

    Controle rigoroso de vazamentoSistema contnuo de alarmepara vazamentos

    Evitar qualquer contatocom a pele

    Controle rigoroso de vazamento

    Trabalhador sob exausto nacarga e descarga de catalisadorEvitar disperso de poeiraManter limpezaEvitar qualquer tipo de contato einalao

    Substituio de equipamentosIsolamentoManuteno eficientePrograma de conservaoauditiva, quando necessrio

    Refinarias de petrleo

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    -3 1 -

    Calor

    Grandes depsitos dematerial inflamvel eexplosivo

    Desidratao, deficinciacirculatria, cibras

    Incndio e exploso

    BarreirasSuperfcies refletorasVentilao que assegureconforto trmicoFornecimento de gua emabundnciaParadas para descansoTanques de conteno em tornodos depsitosTetos flutuantes

    Indstria de explosivosTipo de AgenteRudo

    Chumbo

    Mquinas sem proteoadequada contra contatomanual e contra emisso defragmentos

    Operaes manuaisrepetitiva, principalmente naembalagem de projetis ecartuchos carregadosProdutos explosivos comoplvora propelente,

    DanosPerda auditiva provocada pelo

    rudo, hipertenso, estresse

    Anemia, cianose, lesesnervosas, leses renais,abortos e mal formao fetal

    Amputaes, lesestraumticas, queimadurasoriundas de detonaes deespoletas ou cartuchoscarregados e projetis

    LER/DORT

    Exploses (detonao oudeflagrao de produto) e

    Controle sugeridoSubstituio de equipamentos

    Isolamento; manutenoeficiente;programa de conservaoauditiva, quando necessrioVentilao geral diludora e localexaustora; evitar contato com oproduto na forma de p oufumos;confinamento do produto;controle biolgico de sangue eurina; lavagem de roupas pelaempresaAs mquinas devem serprovidas de sistema de paradade emergncia, de sistemas deintertravamento que as paraliseem caso de abertura de portas eremoo de protees, deplacas de policarbonato ouacrlico que evitem a projeode fragmentos de detonaes,aterramento, dispositivos delimpeza por aspirao, uso deferramentas que no causemfaiscamento; treinamento do

    pessoalPausas, ritmo adequado a cadatrabalhador, adaptaoergonmica dos postos detrabalhoArmazenamento de produtosem paiis isolados e distantes;

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    Fatores de risco no ramo qumico

    -3 2 -

    iniciadores (estifinato dechumbo p.ex.),nitrocelulose, tetrazeno,azida de chumbo, RDX,TNR

    Deflagrao de projetis

    incndios em paiis,armazns e depsitos, quepodem causar queimadurasgraves e morte

    Ferimentos corporais e morte

    transporte e utilizao depequenas quantidades; controle

    de umidade e temperatura depaiis e salas de manipulao;limpeza frequente de mesas eutenslios de manipulao;aterramento de mesas,mquinas e ferramentasmanuais; proteo contra raios;uso de sapatos e roupascondutivas; dispositivos fixospara descarga de eletricidadeesttica do corpo antes deiniciar o trabalho; nmeroreduzido de trabalhadores nas

    salas; treinamento permanenteFerimentos corporais e morterea isolada e fechada parateste de armas e destruio dematerial refugado; proteo nasmquinas contra emisso defragmentos; uso de embalagemde segurana tipo 1.4S

    Tipo de AgenteSolventes

    DanosDepresso do sistema

    nervosoIncndio e explosoEspecficos dependendo dosolvente

    Controle sugeridoManter estoque mnimo destes

    produtosEstocar em local seguro,quando no em uso: reas bemventiladas, sem fontes deignio, resistentes ao fogo, etc.Trabalhar sob ventilao localexaustora

    Tipo de Agentecidos fortes: cido

    sulfrico, fosfrico e ntricoprincipalmente

    lcalis corrosivos comoamnia

    DanosDanos graves na pele e olhos.

    Se inalados podem provocardanos graves ao sistemarespiratrioDanos graves na pele e olhos.Se inalados podem provocardanos graves ao sistemarespiratrio

    Controle sugeridoEvitar contato e inalao

    Indstria de adesivos e selantes

    Indstria de fertilizantes

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    31/41

    -3 3 -

    Compostos de enxofreutilizados na produo decido sulfricoNitrato de amnioPossvel liberao de cidofluordrico e fluorsilcico parao ambiente, devidocontaminao das rochasfosfaticas utilizadas noprocessoPoeira de rochas fosfticas,caulimRudo

    Graves danos pulmonares,podendo levar a edemapulmonar e at a mortePode provocar explosoDanos no sistema respiratrioGraves danos ambientais

    Danos no sistema respiratrio

    Perda auditiva provocada pelorudo, hipertenso, estresse

    Trabalho em sistema fechado,com alarme para indicar

    possveis vazamentosCuidado especial no manuseioLavagem e absoro dosefluentes para evitar que seespalhem pelo ambiente

    Trabalhar em condies queevite disperso de poeiraSubstituio de equipamentosIsolamentoManuteno eficiente

    Programa de conservaoauditiva, quando necessrio

    Tipo de AgenteSubstncias custicas comosoda custicaMicro organismos presentesno sebo (industria de sabo)ou resduos malarmazenadosSolventes

    DanosDanos graves na pele e olhos

    Doenas crnicas dospulmes

    Depresso do sistemanervosoIncndio e explosoEspecficos dependendo dosolvente

    Controle sugeridoEvitar contato e inalao

    Evitar acmulo destes materiaisLimpezaEvitar contato com estesmateriaisManter estoque mnimo destesprodutosEstocar em local seguro,quando no em uso: reas bemventiladas, sem fontes deignio, resistentes ao fogo, etc.Trabalhar sob ventilao localexaustora

    Indstr ia de sabes, detergentes,produtos de limpeza e artigos de perfumaria

    Todas as empresas do ramo qumico, apre-

    sentam tambm algum risco, com maior ou me-

    nor probabilidade, de acidentes ampliados, isto

    , de acidentes que ultrapassam os limites da

    empresa. Isto porque todas manipulam subs-

    tncias qumicas com algum grau de periculosi-

    dade. Destacam-se entre elas as que se utili-

    zam ou produzem substncias inflamveis e

    explosivas.

    A tabela de acidentes qumicos ampliados

    em nvel global, com mais de 20 bitos, exem-

    plifica alguns destes acidentes.

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    32/41

    Um importante conceito tambm deve estar

    presente na atuao dos trabalhadores para a

    preveno de acidentes e doenas ocupacio-

    nais, que o Princpio da precauo. Este

    princpio leva em considerao que h muitas

    incertezas no que diz respeito aos eventuais

    efeitos das substncias qumicas sobre os se-

    res humanos e o meio ambiente, e que portan-

    to todo o esforo deve ser feito no sentido de se

    evitar a exposio aos agentes presentes do

    ambiente de trabalho, at que se tenha dados

    suficientes e confiveis de que eles no traro

    danos sade e ao meio ambiente.

    DIREITO DE SABER

    A ao sindical deve ser pautada sempre

    tendo em vista os direitos dos trabalhadores e

    tambm da comunidade em torno da empresa.

    Quando a preocupao evitar acidentes e

    doenas que possam ser provocadas por subs-

    tncias qumicas ou outros agentes perigosos

    em ambientes de trabalho, o direito fundamen-

    tal o DIREITO DE SABER, de conhecer a pre-

    sena do agente no ambiente, a forma como

    est sendo manipulado, armazenado, transpor-

    tado, descartado ou enviado para outro local .-

    Com relao a este direito, so apresentados

    abaixo aspectos importantes da legislao bra-

    sileira no mbito do Ministrio do Trabalho.

    A norma regulamentadora nmero 1 (NR1),

    Disposies gerais, da Portaria 3214/78 traz no

    seu item1.7 cabe ao empregador:

    c)informar aos trabalhadores (DI REITO DE

    SABER)

    I os riscos profissionais que possam origi-

    nar-se nos locais de trabalho;II os meios para prevenir e limitar tais ris-

    cos e as medidas adotadas pela empresa;

    III os resultados dos exames mdicos e de

    exames complementares de diagnstico aos quais

    os prprios trabalhadores forem submetidos;

    - 34 -

    Fatores de risco no ramo qumico

    Acidentes qumicos ampliados em nvel global,com mais de 20 bitos

    Data Pas Tipo de acidente Substncia Mortes1917 Esccia Exploso de navio Explosivos militares 1800

    1948 Alemanha Exploso de caminhoem ind. qumica ter dimetlico 209

    1972 Brasil Exploso em refinaria Propano e butano 38

    1974 Inglaterra Vazamento seguido deexploso em ind. Qumica Ciclohexano 28

    1979 Irlanda Exploso de tanque de leo leo 501980 Ir Exploso em depsito

    de explosivos Nitroglicerina 80

    1981 Mxico Descarrilamento de trem Cloro 28

    1982 Venezuela Exploso Hidrocarbonetos 1451983 Brasil Exploso de trem Diesel e gasolina 45

    1984 ndia Vazamento em indstria qumica Metil-isocianato > 2500

    1984 Brasil Exploso de Oleoduto Petrleo 508

    1984 Brasil Exploso em plataforma de petrleo Petrleo 40

    Fonte: Freitas, C. M. F.; Porto, M. F. S. e Machado, J. M. H. (2000)

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    33/41

    IV os resultados das avaliaes ambien-

    tais realizadas nos locais de trabalho

    Esta norma, portanto, deixa claro o direito

    do trabalhador de conhecer os riscos aos quaispode estar exposto.

    A NR5 que dispe sobre a Comisso Inter-

    na de Preveno de Acidentes CIPA, traz

    tambm alguns dispositivos que garantem in-

    formaes aos trabalhadores. No Captulo so-

    bre as atribuies da CIPA, item 5.16, consta

    que, esta comisso ter como atribuio:

    identificar os riscos do processo de traba-

    lho, e elaborar o mapa de riscos, com a partici-

    pao do maior nmero de trabalhadores, com

    a assessoria do SESMT, onde houver;b) ......

    c) ....

    d) .....

    e) ......

    f) divulgar aos trabalhadores informaes

    relativas segurana e sade no trabalho

    g) ....

    h) ....

    i) ....

    j) ....

    k))....l_.....

    m) requisitar ao empregador e analisar as

    informaes sobre questes que tenham inter-

    ferido na segurana e sade dos trabalhadores;

    O item 5.17 estabelece que Cabe ao em-

    pregador proporcionar aos membros da CIPA

    os meios necessrios ao desempenho de suas

    atribuies, garantindo tempo suficiente para a

    realizao das tarefas constantes do plano de

    trabalho.

    J o captulo Do treinamento, item 5.32

    dispe: A empresa dever promover treina-

    mento para os membros da CIPA, titulares e su-

    plentes, antes da posse e o item 5.33, dispe

    que O treinamento para a CIPA dever con-

    templar , no mnimo, os seguintes itens: a) estu-

    do do ambiente, das condies de trabalho,

    bem como dos riscos originados do processo

    produtivo; entre outros.Da NR9, podemos destacar os seguintes

    itens:

    9.5.2 Os empregadores devero informar

    os trabalhadores de maneira apropriada e sufi-

    ciente sobre os riscos ambientais que possam

    originar-se nos locais de trabalho (DIREITO DE

    SABER) e sobre os meios disponveis para pre-

    venir ou limitar tias riscos e para proteger-se

    dos mesmos.

    O DIREITO DE SABER porm muito pou-

    co respeitado, e entre os principais motivosdeste desrespeito esto:

    Omisso das empresas

    Falta de informao para as prprias empre-

    sas: rotulagem inadequada, nomes comerciais

    dos produtos qumicos, ausncia de ficha de in-

    formao de segurana de produto(FISP) ou

    fornecida incompleta e as vezes at com infor-

    maes incorretas

    Falta de repasse das informaes aos traba-

    lhadores

    Falta de capacitao dos trabalhadores paracompreenso das informaes dos rtulos e fi-

    chas

    Rtulos em lngua estrangeira

    Todos estes itens devem ser levados em

    considerao, na reivindicao do cumprimen-

    to do direito de saber.

    DIREITO DE RECUSA

    Outro direito fundamental dos trabalhadores

    o DIREITO DE RECUSA. O trabalhador tem odireito de se recusar a trabalhar em local onde

    possa haver situao de risco grave e eminente.

    A norma que deixa mais claro o D I R EITO

    DE RECUSA a NR9, onde o seu item 9.6.3

    dispe: O empregador dever garantir que, na

    - 3 5 -

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    34/41

    ocorrncia de riscos ambientais nos locais de

    trabalho que coloquem em situao de grave e

    eminente risco um ou mais trabalhadores, os

    mesmos possam interromper de imediato assuas atividades (DIREITO DE RECUSA), co-

    municando o fato ao superior hierrquico direto

    para as devidas providncias.

    Pelo menos duas convenes da OIT t am-

    bm reforam o DIREITO DE RECUSA: a Con-

    veno 170 da OIT (ratificada pelo Brasil) e a

    Conveno 174, que est em vias de ratifica-

    o.

    Pela Conveno 170:

    Os trabalhadores devero ter o direito de

    recusar-se a expor a qualquer perigo derivadoda utilizao de produtos qumicos quando te-

    nham motivos razoveis para crer que existe

    um risco grave e iminente para sua segurana

    ou sua sade, e devero informar imediatamen-

    te seu supervisor.

    Os trabalhadores que se recusarem a se ex -

    por a um perigo, de conformidade com as dispo -

    sies do pargrafo anterior, ou que exercitem

    qualquer outro direito em conformidade com es -

    ta Conveno, devero estar protegidos contra

    as conseqncias injustificadas deste ato.Pela Conveno 174 da OIT :

    Em particular, os trabalhadores e seus re-

    presentantes devero:

    e) dentro de suas atribuies, e sem que de

    modo algum isso possa prejudic-los, adotar

    medidas corretivas e se necessrio, interromper

    a atividade quando fundamentado em seu trei -

    namento e experincia, tenha justificativa razo -

    vel para acreditar que existe risco iminente de

    acidente maior, e, informar seu supervisor ou

    acionar o alarme, quando apropriado, antes ou

    assim que possvel depois de tomar tal ao;

    f) discutir com o empregador qualquer perigo

    potencial que eles considerem que pode causar

    um acidente maior e Ter direito de informar a au -

    toridade competente sobre esses perigos.

    O DIREI TO DE RECUSA porm pouco

    respeitado e mesmo reivindicado pelos traba-

    lhadores por medo de demisso, desconheci-

    mento do direito ou ainda medo de outros tipos

    de represlia. Mas, por se tratar de direito mui-to importante para garantir a integridade fsica

    dos trabalhadores, deve ser melhor divulgado.

    A aplicao do DIREITO DE RECUSA ao

    trabalho est sempre relacionada com a presen-

    a de condio de risco grave e iminente. Vrias

    normas regulamentadoras da Portaria 3214/78,

    definem a caracterizao desta condio:

    Segundo a NR3, que dispes sobre Embar-

    go ou interdio, item 3.1.1. Considera-se gra-

    ve e iminente risco toda condio ambiental de

    trabalho que possa causar acidente do trabalhoou doena profissional com leso grave inte-

    gridade fsica do trabalhador.

    A NR-5 que dispe sobre a criao da CO-

    MISSO INTERNADE PREVENO DE ACI-

    DENTES CIPA, determina que Reunies ex-

    traordinrias devero ser realizadas quando:

    a) houver denncia de situao de risco

    grave e iminente que determine aplicao de

    medidas corretivas de emergncia;

    A NR-12 estabelece vrias condies para

    o uso seguro de MQUINAS E EQUIPA M EN-TOS, e o desrespeito a praticamente qualquer

    um deles poderia ser caracterizado como risco

    grave e eminente. Entre os itens desta norma

    destacamos:

    12.2. Normas de segurana para dispositi-

    vos de acionamento, partida e parada de m-

    quinas e equipamentos.

    12.2.1. As mquinas e os equipamentos de-

    vem ter dispositivos de acionamento e parada

    localizados de modo que:

    a) seja acionado ou desligado pelo opera-

    dor na sua posio de trabalho;b) no se localize na zona perigosa de m-

    quina ou do equipamento;

    c) possa ser acionado ou desligado em ca-

    so de emergncia, por outra pessoa que no

    seja o operador;

    -36-

    Fatores de risco no ramo qumico

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    35/41

    d) no possa ser acionado ou desligado, in-

    voluntariamente, pelo operador, ou de qualquer

    outra forma acidental;

    e) no acarrete riscos adicionais.12.2.2. As mquinas e os equipamentos

    com acionamento repetitivo, que no tenham

    proteo adequada, oferecendo risco ao opera-

    d o r, devem ter dispositivos apropriados de se-

    gurana para o seu acionamento.

    12.2.3. As mquinas e os equipamentos

    que utilizarem energia eltrica, fornecida por

    fonte externa, devem possuir chave geral, em

    local de fcil acesso e acondicionada em caixa

    que evite o seu acionamento acidental e prote-

    ja as suas partes energizadas.12.2.4. O acionamento e o desligamento si-

    multneo, por um nico comando, de um con-

    junto de mquinas ou de mquina de grande di-

    menso, devem ser procedidos de sinal de

    alarme.

    12.3. Normas sobre proteo de mquinas

    e equipamentos.

    12.3.1. As mquinas e os equipamentos de-

    vem ter suas transmisses de fora enclausura-

    das dentro de sua estrutura ou devidamente

    isoladas por anteparos adequados.12.3.2. As transmisses de fora, quando

    estiverem a uma altura superior a 2,50m (dois

    metros e cinqenta centmetros), podem ficar

    expostas, exceto nos casos em que haja plata-

    forma de trabalho ou reas de circulao em di-

    versos nveis.

    12.3.3. As mquinas e os equipamentos

    que ofeream risco de ruptura de suas partes,

    projeo de peas ou partes destas, devem ter

    os seus movimentos, alternados ou rotativos,

    protegidos.

    12.3.4. As mquinas e os equipamentosque, no seu processo de trabalho, lancem par-

    tculas de material, devem ter proteo, para

    que essas partculas no ofeream riscos.

    12.3.5. As mquinas e os equipamentos

    que utilizarem ou gerarem energia eltrica de-

    vem ser aterrados eletricamente, conforme pre-

    visto na NR 10.

    12.3.6. Os materiais a serem empregados

    nos protetores devem ser suficientemente re-sistentes, de forma a oferecer proteo efetiva.

    12.3.7. Os protetores devem permanecer fi-

    xados, firmemente, mquina, ao equipamen-

    to, piso ou a qualquer outra parte fixa, por meio

    de dispositivos que, em caso de necessidade,

    permitam sua retirada e recolocao imediatas.

    12.3.8. Os protetores removveis s podem

    ser retirados para execuo de limpeza, lubrifi-

    cao, reparo e ajuste, ao fim das quais devem

    ser, obrigatoriamente, recolocados.

    12.3.9. Os fabricantes, importadores eusurios de motosserras devem atender ao dis-

    posto no Anexo I desta NR.

    12.3.10. Os fabricantes, importadores e

    usurios de cilindros de massa devem atender

    ao disposto no Anexo II desta NR.

    12.5. Fabricao, importao, venda e loca-

    o de mquinas e equipamentos.

    12.5.1. proibida a fabricao, a importa-

    o, a venda, a locao e o uso de mquinas e

    equipamentos que no atendam s disposies

    contidas nos itens 12.2 e 12.3 e seus subitens,sem prejuzo de observncia dos demais dispo-

    sitivos legais e regulamentares sobre seguran-

    a e medicina do trabalho.

    12.6. Manuteno e operao.

    12.6.1. Os reparos, a limpeza, os ajustes e

    a inspeo somente podem ser executados

    com as mquinas paradas, salvo se o movi-

    mento for indispensvel sua realizao.

    12.6.7. proibida a instalao de motores

    estacionrios de combusto interna em lugares

    fechados ou insuficientemente ventilados.

    A NR-13 CALDEIRAS E VASOS DEPRESSO, j bem explcita:

    13.1.4 Constitui risco grave e iminente a fal-

    ta de qualquer um dos seguintes tens:

    a) vlvula de segurana;

    b) instrumento indicador da presso de vapor;

    - 3 7 -

  • 8/2/2019 caderno16 ramo quimico

    36/41

    c) injetor de gua;

    d) sistema de drenagem rpida de gua em

    caldeiras de recuperao de lcalis;

    e) sistema de indicao para controle do n-vel de gua.

    13.2.5 Constitui risco grave e iminente o

    no atendimento aos seguintes requisitos:

    a) para todas as caldeiras instaladas em

    ambientes abertos, as alneas

    b-dispor de pelo menos 2 (duas) sadas am-

    plas, permanentemente desobstrudas e dis-

    postas em direes distintas

    d-ter sistema de captao e lanamento dos

    gases e material particulado, provenientes da

    combusto, para fora da rea de operaoatendendo s normas ambientais vigentes) e

    f- ter sistema de iluminao de emergncia

    caso operar noite

    do subitem 13.2.3 desta NR.

    b) para todas as caldeiras da categoria A

    instaladas em ambientes confinados, as alneas:

    a-constituir prdio separado, construdo de

    material resistente ao fogo, podendo ter apenas

    uma parede adjacente a outras instalaes do

    estabelecimento, porm com as outras paredes

    afastadas de no mnimo 3,00m (trs metros) deoutras instalaes, do limite de propriedade de

    terceiros, do limite com as vias pblicas e de

    de