Caderno Vida & Saúde - 28 de Setembro de 2012

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DOAÇÃO: DOAÇÃO: seus benefícios seus benefícios Página 03 & & CADERNO ESPECIAL DO JORNAL OPINIÃO SETEMBRO DE 2012

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Encartado no Jornal Opinião, veículo do Grupo Encantado de Comunicação, da cidade de Encantado/RS.

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2 CADERNO ESPECIAL n 28 de Setembro de 2012

Alergias aumentam na primavera por causa do pólen. Saiba como se protegerMédicos sugerem fechar as janelas e usar ar condicionado para filtrar o ar

Com a chegada da primavera, que começou oficialmente na quinta-feira (23), aumentam os casos de alergias causadas pelo pólen das plantas. Nesta época do ano, fica mais comum as pessoas sofrerem crises de asma, rinite alérgica, conjuntivite, en-tre outros problemas. A saúde pode ser ainda mais afetada por causa do tempo seco e da variação de temperatura.

A primavera é um período de intensa florescência das árvores e polinização das plantas. Durante esse processo, os grãos de pólen, que são estruturas masculinas de reprodução, são levados até as partes femininas das flores por diversos meios. Alguns deles são o vento e os insetos.

Com isso, aumenta a quantidade desses grãos no ar. O pólen, assim, se torna um incômodo a mais para aqueles que já sofrem de alergias a outros elementos, como ácaros e fungos. Essas alergias são conhecidas como sazonais ou primaveris e costu-mam atingir mais os adolescentes e jovens adultos do que as crianças.

O pólen causa problemas respiratórios quando penetra nas vias nasais, provo-cando crises de asma e rinite alérgica, espirros em sucessão, coriza e congestão nasal. Algumas pessoas podem ter falta de ar e chiado no peito. Outro problema bastante comum provocado por esses grãos é a conjuntivite alérgica, que provoca coceira e vermelhidão nos olhos.

Sul do Brasil é a região mais afetada

No entanto, a alergia ao pólen é mais comum em regiões com as estações do ano bem definidas. Esse é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, além de alguns da Europa. No Brasil, os maiores índices dessas aler-gias estão nos Estados da região Sul.

Outro grupo de risco são os que já sofrem de rinite alérgica. De acordo com a Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), 25% da po-pulação brasileira enfrenta esse proble-ma. O médico Nélson Augusto Rosário Filho, diretor científico da associação, diz que o pólen se encontra disperso no ar, especialmente nos dias ensolarados e com vento.

- Nessas ocasiões, o que pode ajudar é fechar as janelas e uso de ar

condicionado para filtrar o ar. Automó-veis que têm ar condicionado devem ter o filtro trocado anualmente.

Os especialistas recomendam também uma boa limpeza da casa, em especial do quarto, onde as pes-soas passam a maior parte do tempo. Além disso, é preciso fazer os testes para identificar o tipo de alergia que a pessoa sofre. O método mais usado é o teste cutâneo, no qual os extratos dos alérgenos suspeitos são colocados na pele do paciente para que o médi-co observe a reação desenvolvida no local. O segundo método são os exames laboratoriais realizados com o soro do paciente.

Por ter origem genética, não há como evitar o surgimento da alergia.

Apesar, pode-se também diminuir o contato com os fatores desencadeantes de crises, como o pólen.

Além disso, a alergia da pri-mavera não é um proble-ma exclusivo de regiões com intensa vegeta-ção. Segundo o médico Ricardo Zollner, espe-cialista em Alergia e Imunologia da Unicamp (Univer-sidade Estadual de Campinas), os ventos fortes fazem com que as regiões urba-nas também fiquem expostas ao pólen.

O médico Zollner conta ainda que jardins e plantas ornamentais cria-

das em casa, além de árvores com flo-radas exuberantes, chamaram a atenção de especialistas brasileiros por também

serem uma fonte dessas alergias, principal-mente para os “pa-cientes com doença

alérgica hereditária definida”.

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Vida & Saúde Caderno do Jornal Opinião

Coordenação Geral Milton Fernando

Diretor Editor José RaimundoTramontini

Diretor de Jornalismo Diogo Fedrizzi (MTB 9398)

3CADERNO ESPECIAL n 28 de Setembro de 2012

A primavera chegou e cuidar do corpoe do organismo é fundamental

Ontem foi comemorado o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, entidades, hospitais e setores ligados a saúde em todo o pais, promoveram ou estão iniciando uma série de eventos para conscientizar a popula-ção sobre a importância da doação. Em mui-tos locais está sendo promovida a entrega de panfletos para tirar dúvidas sobre o assunto.

Segundo os profissionais da saúde ligados a esta área, a ideia é conscientizar os familiares sobre a doação, já que mesmo que o paciente que morreu tenha em seus documentos a opção sobre a doação, quem em último caso, autoriza o procedimento é a família.

Muitos hospitais de todo o estado adotam os procedimentos de captação dos órgãos do-ados e os enviam diretamente aos hospitais habilitados para efetuar os transplantes. Lá, o órgão será encaminhado à primeira pessoa que estiver na fila de transplantes.

Um único doador pode salvar diversas vidas, uma vez que podem ser doados coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins,

A Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, vincu-lada à Secretaria Estadual da Saúde (SES), completou no final de semana passado 25 anos de atuação, e comemora a efeti-

vação de 25 doadores de órgãos só no mês de agosto, com 10 transplantes em crianças e adolescentes (fígado e rim). “Mantida a tendência, 2012 deverá ser um ano recorde em número de doadores, com projeção de crescimento estimada de 25% em relação a 2011”, afirmou a diretora da Central de Transplantes, Rosana Nothen.

No estado do Rio Grande do Sul, no ano que passou, ocorreram 476 notificações de morte encefálica com 158 doadores efetivos de órgãos. Atualmente, o tempo médio de espera por uma córnea é de pouco mais de dois meses, e somente no ano passado, foram realizados 918 transplan-tes deste tipo. Com a primeira sede no Hospital de Clínicas (HCPA), a Central de Transplantes realizou a primeira busca de órgãos fora do Estado em 1990. Os pioneiros foram os mé-dicos Valter Garcia e Nilo Hoelfmann (ainda hoje da Central de Transplantes), com apoio do coordenador do Laboratório de Imunologia do HCPA, Luiz Fernando Jobim e participação de Ivo Nesralla, além do secretário de Estado da Saúde da época, o médico Fernando Ferrari.

As Coordenações Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Transplantes, presentes em vários hospitais, são fundamentais no processo, com destaque histórico para as implantadas no Grupo Hospitalar Conceição, Pompéia de Caxias do Sul, Pronto Sopcorro de POA, e as dos Hospitais São Francisco de Paula, de Pelotas, e São Vicente de Paulo, de Passo Fundo.

As Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), cria-das para suprir eventuais dificuldades no processo de doa-ção, têm como atribuição principal organizar a logística da procura de doadores de órgãos e tecidos nos hospitais loca-lizados na sua área de atuação que são definidos por crité-rios geográficos e populacionais sob a gerência da Central de Transplantes, e do Sistema Nacional de Transplantes. Além disso, têm a função de criar rotinas para oferecer aos fami-liares de pacientes falecidos, com morte encefálica, nos hos-pitais de sua área de abrangência, a possibilidade de doação de órgãos e tecidos.

Central de Transplantes completa 25 anos com número recorde de doadores efetivoscórneas, vasos, pele, ossos e tendões. A retirada dos órgãos acontece no centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.

No Brasil, 60 mil pessoas aguardam por um transplante. De janeiro a junho de 2012, foram identificados 4073 poten-ciais doadores de órgãos e tecidos no Brasil. Deste total, somente 1217 se tor-naram doadores efetivos, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). No Rio Grande do Sul, foram 220 notificações e apenas 87 doadores, no mesmo período. A recusa da família ainda é a principal barreira para a doação: neste ano, 63% dos familiares entrevistados em todo o Brasil negaram a doação, especialmen-te por desconhecer a vontade de seu parente.

Conscientização e informações sobre doação de órgãos

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4 CADERNO ESPECIAL n 28 de setembro de 2012

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Um assunto pouco conhecido na população leiga, mas que preocupa pais e mães, sobretudo os de primeira viagem é a icterícia, popularmente conhecida como “amarelão”. A icterícia acomete, principalmente, recém-nascidos, sendo mais frequente nos bebês pre-maturos. Pediatras alertam sobre uma série de quadros infecciosos, principalmente virais, que, acometendo a mãe durante o período gestacional, podem causar a icterícia, mas não só em re-cém-nascidos prematuros. É de extrema importância frisar e alertar aos pais que uma criança já grandinha pode também desenvolver icterícia, indicando um sinal de que esteja com alguma doença do fígado, ou do sangue, sendo importante o acompanhamento do médi-co pediatra.

Profissionais ex-

plicam que é preciso ter conhecimento de que na metabolização da hemo-globina, sua molécula é quebrada, formando a bilirrubina. Esta, ao passar pelo fígado, sofre uma conjugação com outras moléculas, o que lhe permite ser excretada do organismo através das fezes e da urina. Se a produção de hemoglobina é muito alta, ou se o fígado apresenta problemas que o impeçam de conjugar a molécula, a bilirrubina se deposita nos tecidos, sendo que sua cor esverdeada permite que seja vista através da pele.

Autor do livro “Seu bebê em perguntas e respos-

tas - Do nascimento aos 12 meses”, o pediatra Sylvio Renan aponta que icterícia acomete mais o recém-nascido porque, durante sua formação, no estágio intrauterino, existe uma hemoglobina especial, conhe-cida como hemoglobina fetal. “Após o nascimento, com o início da respiração por via pulmonar, tais hemácias são destruídas em grande velocidade, iniciando-se a produção de hemoglobina adulta”. A grande quantidade de hemoglobina fetal se transforma rapidamente em bi-

lirrubina e, se o fígado da criança não estiver ainda em sua maturidade total, ele não consegue processar toda a quantidade que lhe chega, sendo ela então depositada nos tecidos. “Quanto mais prematuro for o parto, assim como tanto menor for o tamanho do recém-nascido,

maior será a probabilida-de de ele vir a apresen-tar icterícia. É também mais alta sua incidência em partos cesáreos”, diz. O médico reforça que a icterícia neonatal pode ser prevenida com um acompanhamento obstétrico mais de perto, com a chegada do final da gestação, no sentido de se conseguir que o parto seja o mais próximo possível das 40 semanas, quando o feto já tem uma boa maturidade. Deve-se também evitar os partos cesáreos, cuja opção deve

ser somente em casos de risco materno-infantil. O pediatra afirma ainda que existem outras

causas de icterícia, entre elas a incompatibilidade sanguínea entre mãe e bebê. Neste caso, a mãe desen-volve anticorpos contra o feto, gerando uma icterícia patológica.

Outra causa é a obstrução dos canais de dre-

nagem da bile, do fígado para o intestino, sendo esta icterícia provocada por bilirrubina conjugada, que não consegue ser eliminada, devido ao quadro obstruti-vo, causando o amarelão. “Neste caso, o tratamento é cirúrgico, visando à desobstrução do canal”, completa o pediatra que tem mais de 40 anos de atuação em pediatria infanto-juvenil.

Icterícia: o que é este amarelão?

Pediatras explicam sobre esta doença que acomete, principalmente, os recém-nascidos