Caderno tecnico
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Objeto Interativo
Flávia do Nascimento Silva
Ateliê Integrado de ArquiteturaEscola de Arquitetura - UFMG2016/1
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Processo
C
r i a t i v o
Proposta
Um objeto que não fosse pura e simplesmente contemplati-vo. Que não fosse sentável, deitável, pegável. Um objeto que não fosse apenas um objeto: a interação era necessária. Pen-sar na interação interpessoal e inter-objeto-pessoal era o passo inicial para que este surgisse. A forma seria a conse-quência, não a causa. De forma programática, o objeto de-veria possibilitar diversas maneiras de pessoas interagirem e, mais que isso, que despertasse o desejo de tal interação.
Interação
A primeira ideia de interação surgiu do efeito que este cau-saria: uma mudança visual no ambiente, de forma que esta só seria possível a partir da interação entre duas pessoas. A interação foi pensada de forma que o obje-to funcionasse com uma pessoa só mas que fosse inten-samente diferente com a presença e interação de outra.
Forma
Idealizando a forma do objeto para que atendesse a proposta da inte-ração, o ambiente seria modificado com diferentes luzes (LEDs), que seriam acesos pela interação de uma pessoa com este. Os pontos lumi-nosos estariam em uma placa translúcida, de forma que as duas pesso-as pudessem se ver durante a interação e que a luz fosse difundida de forma mais eficiente. O acendimento aconteceria com ímãs, que ativa-riam diferentes circuitos, dependendo de onde fossem aproximados.
Esboço da placa translúcida com LEDs
Execução
Refinamento
No momento da execução, ocorreu uma mudança para que houvesse maior interação. De uma placa, o objeto passou para a ser uma caixa (ainda translúcida) preenchida com gel e di-versos pedaços de espelho. Dessa forma, a luz seria refletida e refratada em diversos ângulos e de diferentes maneiras. Have-ria ainda a possibilidade de movimentar os espelhos devido aos ímãs que teriam grudados neles. Estes se movimentariam de acordo com o ímã utilizado para ativar o circuito na interação.
Esboço da caixa com espelhos e gel
Falhas
As mudanças pensadas para o objeto foram testadas na prá-tica e não funcionaram como o imaginado. A força eletro-magnética não foi suficiente para arrastar os espelhos devido à distância e os materiais (gel e vidro) entre os ímãs. Foi tes-tado também a interação entre a mistura de gel com limalha de ferro para que este se movimentasse com o movimento ímã e levasse consigo os espelhos e também foi falha. A so-lução foi retirar a tentativa de movimentar os espelhos. Ain-da assim, eles poderiam ser movimentados manualmente.
Circuito
Foram criados dois circuitos elétricos, um para cada usuário do objeto. Em cada circuito, foram usados 2 reed switch de modo que o conjunto de LEDs pudesse ser aceso em mais de um lo-cal pela mesma pessoa ao percorrer o ímã pelas faces da caixa.
Projeto Final
Em uma caixa de vidro, sem movimentar os espelhos e com a inte-ração inicial funcionando, o projeto final do objeto foi concetiza-do. Para maior luminosidade, foi adicionado ao gel certa quanti-dade de glitter. Ficou decidido também, para certa padronização estética, que os LEDs seriam todos de cores frias e de alto brilho. O circuito foi acoplado nas superfícies maiores e externas da caixa.
Melhorias
Após uso, observação e crítica do objeto pronto, algumas possíveis melhorias foram apontadas como mudanças na es-tética do objeto. O ímã, por exemplo, poderia ter sido en-capsulado em formas tridimensionais para torná-lo mais convidativo e esteticamente agradável. Além disso, os LEDs poderiam cobrir toda a superfície da caixa e ter um circui-to pra cada cor, de forma que a interação seja programática.