CADERNO DO PROFESSOR Preservando as águas da Mata … fileNascente do rio Jequitinhonha, Serro (MG)...

INICIATIVA

Preservando as águasda Mata Atlântica

CADERNO DO PROFESSOR

Caderno diogo.indd 1 06/03/2015 16:20:54

2 Caderno do Professor

Esta publicação foi realizada especialmente para contribuir com suas aulas, oferecendo conteúdo e atividades sobre o tema preservação das águas e florestas na Mata Atlântica.

É uma missão gratificante servir de elo entre essa questão e educadores. Assim, foi com grande dedicação que mobilizamos uma equipe de profissionais experientes – jornalistas, pedagogos, professores e consultores – para dar a este material a qualidade e a profundidade necessárias para atender a seus objetivos educacionais, e contribuir com aulas atrativas e o engajamento dos alunos na preservação e cuidado com o meio ambiente.

O material educacional que você está recebendo traz informações e propostas de atividades práticas. Bom proveito!

Divisão educacionalEditora Horizonte

Diretor Geral Peter Milko

Diretora EditorialNeuza Árbocz

Coordenadora EducacionalRosi Barretto

Assistente EducacionalAllan de Amorim

Consultoria PedagógicaSueli Ângelo Furlan

Diretor de ArteDiogo Franco do Nascimento

Assistente de ArteRoberto Morgan Lopes

Produção Gráfica Mauro de Melo Jucá

Ilustração do PôsterLígia Duque

CapaValdemir Cunha/Horizonte

Agradecimentos

Felipe Faria de OliveiraPromotor de JustiçaMinistério Público de Minas Gerais

Inês Tourino TeixeiraGerente de Projeto de Educação AmbientalSecretaria de Estado de Educação de Minas Gerais

Av. Arruda Botelho, 684/5 05466-000 – São Paulo - SPTel. (11) 3022-5599

[email protected]

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Jequitinhonha e Mucuri4Apresentação

Sumário3

De onde vêm as águas?6Função da floresta8Ameaças às águas10

Atividade 1: O que é uma bacia hidrográfica?15Soluções e legislação12

Atividade 2: Construindo o gráfico das chuvas anuais16Atividade 3: Observar as margens e plantar Atividade 4: Como utilizar o pôster

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Prezado educador


3Águas da Mata Atlântica

“O meio ambiente equilibrado, bem de uso comum do povo, é direito de todos, cabendo ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

As palavras acima, advindas da Constituição Federal brasileira, evidenciam a importância que o ordenamento jurídico atribui à preservação ambiental.

O meio ambiente é vital, o que implica dizer que a relação que mantemos com a natureza acarreta consequências diretas em nossas vidas. Uma relação sustentável e equilibrada propicia abundância de recursos hídricos, diversidade genética na flora e fauna, fontes de alimentos, dentre outros atributos. Uma convivência degradadora, porém, redunda em escassez hídrica, espécies extintas, desequilíbrio climático, além de outras mazelas que já se apresentam em nosso cotidiano.

É premente, portanto, que a sociedade acorde de sua inércia e da reprodução inconsciente de comportamentos ultrapassados e que pressupõem a inesgotabilidade dos recursos ecológicos. Para tanto, apresentar às sementes da nova geração os desafios e soluções ambientais é medida imprescindível para a renovação de nossa relação com o ambiente natural que nos circunda.

O presente material é decorrente de medida compensatória obtida por meio da atuação do Ministério Público do Estado de Minas Gerais na defesa do meio ambiente, e seu escopo se volta à realização de um trabalho perene de conscientização ambiental.

Nascente do rio Jequitinhonha, Serro (MG)

Apresentação

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Jequitinhonha e Mucuririos levam e espalham vida por onde passam. São es-

senciais para o ciclo de vida de animais e plantas, ame-nizam o clima e fertilizam os solos com as suas cheias. A área sob a influência de um curso d’água é chamada de bacia hidrográfica e reúne um rio principal e seus afluentes, além de lagos, açudes ou represas.

Minas Gerais é regada por 15 bacias, entre elas a do imponente rio Jequitinhonha, com 1.082 km, e a do rio Mucuri, com 446 km. Os dois nascem em solo mineiro e deságuam no mar, já no estado da Bahia. Sua presença inspira poetas e artistas e influencia o modo de vida nas cidades do entorno.

As águas da chuva caem com maior frequência nas partes altas do relevo. Escoam pelos morros formando canais de vários tamanhos que se juntam em um leito maior, no fundo dos vales. O conjunto

desses cursos d’água, desde as nascentes, córregos e o rio principal, forma a bacia hidrográfica.

Córrego do Ouro

Milagre

Barra doLuís Pereira

Betânia

Santanade Minas

Vila de SantoAntônio

Conceiçãodas Alagoas

Caconde

Itirapuã

MonteVerde

Natividade

Carinhanha

Ibitirama

VargemBonita

São Roquede Minas

São Tomásde Aquino

Claraval

Perdizes

Iraí deMinas

Guarda-Mor

CampoFlorido

Iturama

São Franciscode Sales

Frutal

Fronteira

Itapagipe

ÁguaComprida

Pirajuba

Planura

Delta

Sacramento

Conquista

União de Minas

Limeirado Oeste

Carneirinho

Tupaciguara

MonteAlegre

de Minas

Campina Verde

Cachoeira Dourada

Gurinhatã

Ipiaçu

SantaVitória

Prata

ComendadorGomes

Capinópolis

Canápolis

Centralina

Araporã

Ituiutaba

Veríssimo

Araguari

NovaPonte

Estrelado Sul

Romaria

Grupiara

Cascalho Rico

Indianópolis

Pedrinópolis

SantaJuliana

Monte Carmelo

Abadia dosDourados

Douradoquara

Águas Formosas

Pavão

Jequitinhonha

Divisópolis

Pratinha Nova Era

Piedade doRio Grande

Barroso

Prados

LagoaDourada

CasaGrande

BeloVale

Brumadinho

São Joaquimde Bicas

MárioCampos

Tiradentes

Jeceaba

Coronel XavierChaves

Gonçalves

Carvalhópolis

Paraguaçu

Santanada Vargem

MonsenhorPaulo

Lagoada Prata

Luz

Itamogi Conceição daAparecida

Muzambinho

São Pedroda União

CaboVerde

Jacutinga

Arceburgo

Monte Santode Minas

Juruaia

GuaxupéGuaranésia

Turvolândia

Cordislândia

PousoAlegre

Congonhal

Caldas

Bandeirado Sul

Botelhos

Campestre

Serrania

MonteBelo

Areado

Alterosa

NovaResende

Machado

Fama

DivisaNova

Alfenas

CamposGerais

Campodo Meio

PoçoFundo

Carmo do Rio Claro

Alpinópolis

São João Batistado Glória

Bom Jesusda Penha

Pratápolis

Cássia

Jacuí

Fortalezade Minas

São Sebastião do Paraíso

Itaú deMinas

Capetinga

Ibiraci

Passos

Del�nópolis

Tapira

Bambuí

Iguatama

Doresópolis

Pains

Ilicínea

Guapé

Capitólio

Piumhi Pimenta

São Joséda Barra

Medeiros

Tapiraí

CórregoDanta

Luminárias

São BentoAbade

São Tomédas Letras

Baependi

Ingaí

Ibituruna

ElóiMendes

Varginha

Carmo daCachoeira

TrêsPontas

NepomucenoCoqueiral

Boa EsperançaCanaVerde

Perdões

TrêsCorações

CambuquiraSão Gonçalodo Sapucaí

Itumirim

Ijaci

Lavras

Campanha

RibeirãoVermelho

Andrelândia

Cruzília

Seritinga

Serranos

Carrancas

Minduri

São Vicentede Minas

Madre de Deusde Minas

Santana doGarambéu

Itutinga

Nazareno

São João Del Rei

Santa Cruz de Minas

Conceição daBarra de Minas

BomSucesso

SantoAntônio

do Amparo

São Gonçalodo Pará

Aguanil

Santana doJacaré

São Franciscode Paula

São Sebastiãodo Oeste

Itapecerica

Pedra doIndaiá

Santo Antôniodo Monte

Japaraíba

Arcos

Formiga

Camacho

CristaisCampoBelo

Moema

Araújos Perdigão

NovaSerrana

Carmoda Mata

Itatiaiuçu

Cláudio

Itaguara

Pará deMinas

Crucilândia

Ritápolis

Piedadedos Gerais

ResendeCosta

Entre Riosde Minas

SãoTiago

Desterro deEntre Rios

Oliveira

PassaTempo

Carmópolisde Minas Piracema

Bon�m

RioManso

Itaúna

Sarzedo

Mateus Leme

Esmeraldas

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JuatubaFlorestal

Igarapé

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Laranjal

Santana deCataguases

Muriaé

São Sebastiãoda Vargem

Miradouro

Sericita

Santo Antôniodo Grama

São Pedrodos Ferros

Raul Soares

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Estrela Dalva

Araponga

CórregoNovo

Ressaquinha

Silverânia

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Matias Barbosa

Rio Novo

TabuleiroAracitaba

Santa Bárbarado Tugúrio

LimaDuarte

Olaria

BiasFortes

CoronelPacheco

Piau

Paiva

Mercês

PedroTeixeira

Santa Ritado Ibitipoca

Ibertioga

Barbacena

AlfredoVasconcelos

Senhora dosRemédios

OliveiraFortes

Ewbankda Câmara

Dores deCampos Desterro

do Melo

AntônioCarlos

GuararáMaripá

de Minas

Cataguases

Ubá

Chácara

Goianá

Além ParaíbaSenadorCortes

Santo Antôniodo Aventureiro

LeopoldinaSão JoãoNepomuceno

Itamaratide Minas

Miraí

Guiricema

Piraúba

AstolfoDutra

Descoberto

Guidoval

Bicas

Rochedode Minas

Guarani

RioPomba

Tocantins

Rodeiro

DonaEusébia

Mar deEspanha

BrásPires

SantaBárbara

Cipotânea

Diogo deVasconcelos

PirangaPorto Firme

Senhorade Oliveira

SenadorFirmino

DoresdoTurvo

São Gonçalodo Rio Abaixo

Alto RioDoce

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Ouro Preto

OuroBranco

CapelaNovaCarandaí

CristianoOtoni

Queluzito

Itaverava

Catas Altasda Noruega

Lamim RioEsperaCaranaíba

ConselheiroLafaiete

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Santanados Montes

Rosárioda Limeira

Ervália

Urucânia

Visconde doRio Branco

Coimbra

Canaã

São Migueldo Anta

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Teixeiras

Amparodo Serra

Jequeri

Santa Cruzdo Escalvado

Rio Doce

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Barra LongaAcaiaca

Piedade dePonte Nova Rio

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Sem-Peixe

Oratórios

PonteNova

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PresidenteBernardes

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São Domingosdo Prata São José

do Goiabal

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Patrocíniodo Muriaé

Barão doMonte Alto

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São José doMantimento

Conceiçãode Ipanema

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São Franciscodo Glória

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Prudentede Morais

PedroLeopoldo

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Presidente Juscelino

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Cedro doAbaeté

Serra daSaudade

Paineiras

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Coromandel

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São Sebastiãodo Rio Verde

Conceiçãodas Pedras

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Rio Verde

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SenadorJosé Bento

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Santa Ritado Sapucaí

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Senador Amaral

BomRepouso

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Brazópolis

Piranguinho

São Josédo Alegre Virgínia

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Santa Ritade Jacutinga

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JequitinhonhaMucuri

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AS BACIAS HIDROGRÁFICAS

Até 100.000 habitantesAcima de 100.000 habitantes

Estadual

Nascente

Bacias hidrográ�cas

Símbolos de cidades

Limites

Cursos de águaPermanente

Fonte: IEF e DER/MG - 2012

Convenções

MG



Estende-se por 73 municípios mineiros e 7 baianos. Beneficia cerca de 980 mil pessoas e ocupa 70.315 km²; 66.319 km² deles em Minas Gerais e 3.996 km² na Bahia. Essas áreas representam, respectivamente, 11,3% da área do estado mineiro e 0,8% do baiano. A principal nascente está a 1.260 m de altitude, na cidade de Serro (MG), localizada na Serra do Espinhaço.

O rio Jequitinhonha já recebeu vários nomes até ficar com o atual, de origem tupi: armadilha para apanhar peixes (jequi) no rio largo (tinhonha). Ele abriga três usinas hidrelétricas: irapé, em Berilo (MG); Santa Marta em Grão Mogol (MG) e itapebi (BA).

Durante as cheias, águas carregadas de argila avançam sobre as margens e formam um solo úmido, de textura fina e avermelhada, onde vive o guaiamu ou goiamum, espécie de caranguejo apreciado como iguaria na culi-nária local. Ele também é o hábitat para o surubim do jequi, piapara, curimatã, roncador e muitos outros peixes conhecidos na região.

Ocupa uma área de 15.400 km², em Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo, alcançan-do 437 mil habitantes, em 17 municípios. Sua maior porção está em terras mineiras: 14.640 km² (95%), passando por 13 cida-des, entre elas nanuque e teófilo Otoni.

O rio Mucuri, na língua dos maxacali “rio das raposas”, é formado pela junção dos rios Mucuri do Sul e Mucuri do norte, com nascentes nos municípios de Ma-lacacheta e Ladainha, em Minas Gerais. tem uma grande variedade de peixes, como curimba, lambari, tainha, pratibu, robalo, tucunaré, vermelha, piabanha, piaba, xaréu, traíra e tilápia, além de piau e cascudo.

Seu curso possui 158 km de trecho navegável, da cachoeira de Santa Cla-ra até a foz. Em seu leito, está a Usina Hidrelétrica de Santa Clara, com 60 Mw de potência ativa, capaz de atender 50 mil habitantes.

Rio Jequitinhonha, em Coronel Murta (MG)

O rio Mucuri possui 158 km de trecho navegável

A BACIA DO RIO MuCuRI

A BACIA DO RIO JEquItINHONHA

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Precipitações sobre a terra

Escoamento de superfície

Lençol freático

Camadas impermeáveis

Movimento das águas subterrâneas

infiltração

Evaporação do oceano

Correntes de ar

Precipitaçõessobre o oceano

Oceano

Fluxo superficial

interceptação e transpiração da vegetação e do solo

Umidade da atmosfera sobre a terra firme

Evaporação proveniente da terra

intrusão de água salgada

Correntes subterrâneas

A quantidade de água disponível em uma região de-pende de muitos fatores, tais como latitude, altitude, temperatura, relevo, chuvas e, ainda, dos usos resi-dencial, agrícola e industrial desse precioso líquido e das terras à sua volta.

toda água do planeta está em movimento constante, em um grande ciclo, como mostra a ilustração abaixo. As nascentes se formam graças às chuvas que se infiltram na terra e abastecem o chamado lençol d’água subter-

De onde vêm as águas?râneo, ou lençol freático. Os rios são formados por fontes e afluentes de todos os tamanhos pelo mesmo processo. Quando chove, o movimento das águas na superfície e seu escoamento para o subsolo alimentam as fases de cheias e vazantes.

Como tudo está interligado, proteger cada pequena veia do sistema é importante para manter as águas limpas. Perceber o ciclo de chuvas em cada área ajuda a planejar um melhor uso desse recurso natural.

Em Minas Gerais, há muita variação de chuvas. nas bacias do Jequi-tinhonha e do Mucuri, as precipitações se concentram de outubro a março. Aqui, o solo nem sempre é ideal para armazenar a água sob a terra, e o líquido pode escoar para longe.

ENtENDENDO O CICLO HIDROLÓGICO

Evaporação das águas de superfície

A REGIãO

Município de Ponto dos Volantes - Vale do Jequitinhonha (MG)

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A intensa evapotranspiração e condensação sobre a Amazônia produz a sucção dos alíseos, bombeando esses ventos para o interior do continente, gerando chuvas e fazendo mover os rios voadores.

Quando a umidade encontra a Cordilheira dos Andes, parte dela se precipitará novamente, formando as cabeceiras dos rios da Amazônia.

A umidade que atinge a região andina em parte retorna ao Brasil por meiodos rios voadores e pode precipitar em outras regiões.

na fase final, os rios voadores ainda podem alimentar os reservatórios de água do Sudeste e da região Sul, se dispersando pelos países fronteiriços, como Paraguai e Argentina.

Essa umidade avança em sentido oeste até atingir a Cordilheira dos Andes. Durante essa trajetória, o vapor d’água sofre uma recirculação ao passar sobre a floresta.

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na faixa equatorial do oceano Atlântico ocorre intensa evaporação. É lá que o vento carrega-se de umidade.

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O CAMINHO DOS RIOS VOADORESQuando olhamos um rio ou uma nascente, nem imaginamos de onde suas águas vêm. Elas podem ter sua origem em reservas subterrâneas, bem debaixo de nossos pés. Ou virem de longe, após evaporarem no mar e formarem grandes nuvens, que são empurradas por ventos até choverem sobre um local.

Esse fenômeno é chamado de “rios voadores” e alcança Minas Gerais, em algumas épocas do ano. Ele colabora com parte da quantidade de água no estado.

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A Mata Atlântica, como toda floresta, tem papel fundamental no clima, pois executa uma série de funções, chamadas de “serviços ambientais”, que influem na quantidade de água e na qualidade do ambiente a sua volta.

Retém as águas das chuvasAs raízes facilitam o escoamento do líquido para o subsolo, onde flui em veios, até rebrotar como nascentes ou cair em bolsões subterrâneos, chamados de aquíferos, de onde pode ser recuperado para o uso humano.

Promove o equilíbrio térmico das águas e do soloAs copas das árvores produzem sombra, absorvem a radiação solar e contribuem para manter a temperatura amena adequada para a reprodução dos peixes.

Protege a biodiversidadeMatas nativas também são importantes para manter a biodiversidade de uma região. nelas, sobrevivem espécies silvestres que participam do equilíbrio do ambiente. Pássaros, abelhas e morcegos atuam como polinizadores e beneficiam cultivos que alimentam as pessoas. na natureza, tudo está interligado e os ambientes naturais são grandes refúgios onde a vida se mantém e se multiplica.

Protege as águasEvita que terra, restos de defensivos agrícolas e outros detritos caiam no leito de riachos, rios e nascentes.

Protege o soloA malha formada pelas raízes previne erosão e deslizamentos. As copas amortecem o bombardeamento das gotas e granizos sobre o chão. também enriquecem a terra com folhas, frutos, galhos e troncos que, ao se decomporem, são incorporados como nutrientes.

Gera umidadeQuando necessário, as raízes captam a água disponível embaixo da terra para hidratar a planta. A transpiração da floresta gera umidade para o ar. Uma árvore adulta com cerca de 10 metros de copa joga em torno de 300 litros de água na atmosfera com sua transpiração.

Função da floresta

Melhora a qualidade do arAo crescerem, as plantas absorvem gás carbônico e o transformam em folhas, troncos e galhos, ao mesmo tempo que liberam oxigênio no ar.

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Função da floresta

Esse bioma recobre a maior parte das bacias dos rios Jequitinho-nha e Mucuri; é um dos mais ricos em biodiversidade no mundo. Vivem nesse tipo de mata mais de 380 espécies de animais amea-çadas de extinção no Brasil. nela, também foram registradas mais de 20 mil espécies de plantas, 8 mil endêmicas - isto é, que só existem nesse ambiente. A Mata Atlântica ocupava 1.315.460 km2 na origem do Brasil, em 17 Estados, inclusive Minas Gerais. Hoje, considerando os trechos conservados com mais de 100 hectares, restam apenas 8,5% desse bioma.

A EVAPORAçãO NA FLOREStA E NO PAStOEm anos com chuvas normais, a evapotranspiração na Mata Atlântica pode variar, na média, entre 3,6 e 4,2 mm/dia, enquanto na pastagem fica entre 1 e 2 mm/dia. Durante as secas sazonais, a floresta exerce uma função vital para a manutenção das chuvas e dos rios voadores, pois transpira copiosas quan-tidades de água. Diferentemente das gramíneas, com suas raízes rasas que rapidamente esgotam a água do solo superficial, as árvores têm raízes que vão a dezenas de metros de profundidade buscar água no subterrâneo.

BIOMA MAtA AtLâNtICA

A vegetação funciona como barreira para poluentes e evita o assoreamento

MAtAS CILIARESComo cílios que protegem nos-sos olhos, as plantas das margens exer cem um papel especial para as águas, ao funcionar como barreira para poluentes e defensivos agríco-las. Elas formam assim as “ma tas ci-liares”. Essa vegetação gera todos os serviços ambientais de uma floresta e fortalece as margens com sua rede de raízes, o que evita o assoreamen-to do leito do rio. Ela também é fon-te de alimento e abrigo para fauna silvestre e funciona como corredores ecológicos, por onde os animais se deslocam de uma floresta a outra.

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Fonte: SOS Mata Atlântica,2012


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