Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

160
Web Design Ronnie Edson de Souza Santos Curso Técnico em Informática Educação a Distância 2015

description

caderno

Transcript of Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

Page 1: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

Web Design

Ronnie Edson de Souza Santos

Curso Técnico em Informática Educação a Distância

2015

Page 2: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)
Page 3: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

EXPEDIENTE

Professor Autor Ronie Edson de Souza Santos

Design Instrucional

Deyvid Souza Nascimento Maria de Fátima Duarte Angeiras

Renata Marques de Otero Terezinha Mônica Sinício Beltrão

Revisão de Língua Portuguesa

Letícia Garcia

Diagramação Izabela Cavalcanti

Coordenação João Ferreira

Coordenação Executiva George Bento Catunda

Coordenação Geral

Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra

Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação (Rede e-Tec Brasil).

Agosto, 2015

Page 4: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

S237w Santos, Ronnie Edson de Souza.

Web Design: Curso Técnico em Informática: Educação a distância / Ronnie Edson de Souza Santos. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, 2015.

159 p.: il. Inclui referências bibliográficas.

1. Educação a distância. 2. Home page (Computação). 3.

Sites da Web - Projetos. 4. Internet (Redes de computação). I. Santos, Ronnie Edson de Souza. II. Título. III. Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco. IV. Ministério da Educação. V. Rede e-Tec Brasil.

CDU – 004.738.5

Page 5: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

5

Sumário

Introdução ...................................................................................................................................... 10

1.Competência 01 | Elaborar um Escopo de Projeto para Programação Visual para Web ................ 13

1.1 O Surgimento da internet ............................................................................................................ 13

1.1.2 World wide web ....................................................................................................................... 15

1.1.3 Padrões web ............................................................................................................................. 16

1.1.4 Design ...................................................................................................................................... 17

1.1.5 Front-End e Back-End ............................................................................................................... 18

1.2 Elaborar um escopo de projeto para programação visual para web ............................................. 20

1.2.1 Objetivos .................................................................................................................................. 22

1.2.2 Questionário ............................................................................................................................. 24

1.2.3 Análise ...................................................................................................................................... 26

1.2.4 Público alvo .............................................................................................................................. 26

1.2.5 Personas ................................................................................................................................... 28

1.2.6 Pesquisa de campo ................................................................................................................... 29

2.Competência 02 | Planejar um Website ....................................................................................... 32

2.1 Card sorting ................................................................................................................................. 34

2.1.1 Análise de dados ....................................................................................................................... 36

2.2 Sistema de navegação ................................................................................................................. 37

2.2.1 Logotipo ................................................................................................................................... 38

2.2.2 Barra de navegação .................................................................................................................. 39

2.2.3 Menu Drop-Down ..................................................................................................................... 40

2.2.4. Bread crumb ............................................................................................................................ 40

2.2.5 Conteúdo cruzado .................................................................................................................... 41

2.2.6 Erro 404 .................................................................................................................................... 41

2.2.7. Passos ...................................................................................................................................... 42

Page 6: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

6

2.2.8 Paginação ................................................................................................................................. 43

2.2.9 Abas ......................................................................................................................................... 44

2.2.10 Camadas ................................................................................................................................. 44

2.2.11. Nuvem de Tags ...................................................................................................................... 45

2.3 Sistema de busca ......................................................................................................................... 45

3.Competência 03 | Conhecer os Modelos de Representação e Organização de Website ............... 47

3.1 Mapa do site................................................................................................................................ 47

3.2 Fluxo de navegação ..................................................................................................................... 50

3.2.1 Páginas, arquivos e conjuntos ................................................................................................... 51

3.2.2. Conectores e setas ................................................................................................................... 52

3.2.3. Conjunto corrente ................................................................................................................... 54

3.2.4 Separações ............................................................................................................................... 54

3.2.5 Áreas e áreas iterativas ............................................................................................................. 55

3.2.6 Sistemas programados .............................................................................................................. 56

3.2.7 Exemplo de diagrama ............................................................................................................... 56

4.Competência 04 | Elaborar Layouts para Web Sites ..................................................................... 58

4.1 Wireframe ................................................................................................................................... 59

4.1.1 Gestalt para websites ............................................................................................................... 62

4.1.1.1 O Princípio da Gestalt ............................................................................................................ 62

4.1.1.2 Aplicando a Gestalt ................................................................................................................ 65

4.2 Layout ......................................................................................................................................... 67

4.2.1 Fontes complicadas .................................................................................................................. 69

4.2.2 Escolhas simples ....................................................................................................................... 70

4.2.3 Pouco texto .............................................................................................................................. 70

4.2.4 Poucas fontes ........................................................................................................................... 70

4.2.5 Escala Tipográfica Modular ....................................................................................................... 71

Page 7: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

7

4.2.6 Nunca justifique o texto ............................................................................................................ 72

4.2.7 Utilize menos ornamentação .................................................................................................... 72

4.2.8 Defina a cor .............................................................................................................................. 73

4.2.9 Enxergue o invisível .................................................................................................................. 74

4.2.10 Considerações ........................................................................................................................ 74

4.3 Prototipação ................................................................................................................................ 75

5.Competência 05 | Conhecer os Padrões Definidos pela W3C para Representação e Criação de

Websites ......................................................................................................................................... 77

5.1 A estrutura da internet ................................................................................................................ 77

5.2 URL .............................................................................................................................................. 79

5.3 URL absoluta e relativa ................................................................................................................ 81

5.4 Registrando um DNS .................................................................................................................... 82

5.5 IDEs ............................................................................................................................................. 83

5.6 W3C e os padrões Web ................................................................................................................ 85

5.7 HTML ........................................................................................................................................... 86

5.8 CSS .............................................................................................................................................. 89

6.Competência 06 | Formatar um Website Usando os mais Modernos Padrões de Marcação de

Hipertexto ....................................................................................................................................... 92

6.1 TAGs ............................................................................................................................................ 93

6.1.1 Atributos .................................................................................................................................. 94

6.2 Doctype ....................................................................................................................................... 94

6.3 Estrutura básica do documento HTML ......................................................................................... 95

6.4 Visualizando as Páginas ............................................................................................................... 98

6.5 Nomenclatura dos arquivos HTML ............................................................................................... 99

6.6 Layout HTML ............................................................................................................................... 99

6.7 Atributos Id e Class .................................................................................................................... 101

Page 8: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

8

6.8 Novas Tags HTML 5 .................................................................................................................... 102

6.9 Iframe........................................................................................................................................ 103

6.10 Tags Textuais ........................................................................................................................... 104

6.11 Meta Tags ................................................................................................................................ 105

6.12 Lista ordenadas e não ordenadas ............................................................................................. 106

6.13 Tabelas .................................................................................................................................... 107

6.14 Imagens ................................................................................................................................... 108

6.15 Formulário ............................................................................................................................... 109

6.16 Links ........................................................................................................................................ 110

6.17 Finalizando .............................................................................................................................. 112

7.Competência 07 | Planejar a Identidade Visual de Web Sites Usando Folhas de Estilo ............... 113

7.1 Regras CSS ................................................................................................................................. 114

7.2 Seletores ................................................................................................................................... 115

7.3 Cores ......................................................................................................................................... 117

7.4 Background ............................................................................................................................... 118

7.5 Text ........................................................................................................................................... 119

7.6 Font ........................................................................................................................................... 120

7.7 Links .......................................................................................................................................... 121

7.8 List............................................................................................................................................. 122

7.9 Border ....................................................................................................................................... 123

7.10 Modelo de caixa ...................................................................................................................... 125

7.11 Width e Height ........................................................................................................................ 126

7.12 Position ................................................................................................................................... 127

7.13 Magin e Padding ...................................................................................................................... 129

7.14 Display ..................................................................................................................................... 132

7.15 Novas tags HTML 5 .................................................................................................................. 133

Page 9: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

9

8.Competência 08 | Construir um Website.................................................................................... 137

8.1 Inserindo Javascript em uma página .......................................................................................... 137

8.2 Manipulando elementos HTML .................................................................................................. 138

8.3 Funções ..................................................................................................................................... 139

8.4 Eventos ..................................................................................................................................... 140

8.5 JQuery ....................................................................................................................................... 141

8.5.1 Instalação da Biblioteca JQuery ............................................................................................... 142

8.5.2 Selecionando Elementos ......................................................................................................... 143

8.5.3 Adicionando Efeitos ................................................................................................................ 144

8.5.4 Utilizando Eventos .................................................................................................................. 146

8.6 Bootstrap .................................................................................................................................. 151

Conclusão ...................................................................................................................................... 157

Referências ................................................................................................................................... 158

Minicurrículo do Professor ............................................................................................................ 159

Page 10: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

10

Introdução

Caro (a) aluno (a), esta é a disciplina de Web Design, através da qual vamos conhecer, entender

e discutir o trabalho do design, além de aprender todo o processo de concepção, elaboração e

construção de um website. Muitas pessoas acreditam que design é uma denominação para

desenho, ou seja, que o trabalho do designer está unicamente relacionado com a estética,

formas, cores, texturas e disposições de elementos em uma página. Nesta disciplina, você vai

descobrir que o trabalho do designer, em específico do web design, vai muito além de saber

desenhar ou saber utilizar as ferramentas para a construção de sites.

Pode-se definir “Design” como a concepção de um produto no que se refere à sua forma física e

funcionalidade, ou seja ao ato de PROJETAR. Assim, esta disciplina possui um número maior de

competências, pois o processo a ser tratado não estará ligado apenas ao processo de

construção, mas principalmente ao processo de planejamento e elaboração. Por isso, dividimos

o caderno de estudo em duas partes, para ficar mais tranquilo para você trabalhar todo o

conteúdo desta disciplina.

As três primeiras competências são responsáveis pelas informações relativas ao planejamento

do futuro website que deverá estar completamente construído ao final da disciplina.

Começaremos a primeira competência entendendo um pouco sobre a internet e o mundo do

desenvolvimento de websites, iniciando pela profissão de web designer, e finalizaremos com a

elaboração um de Projeto para programação visual para web. Assim, vamos mergulhar no

domínio do problema e compreender as necessidades do cliente, do usuário e dos demais

envolvidos no projeto. Isso assegura que o designer compreenda completamente o website que

será desenvolvido.

Uma vez que conhecermos bem o assunto, iremos, na segunda competência, planejar um

website. Utilizaremos técnicas profissionais e conheceremos os principais sistemas de

navegação. Para finalizar, na terceira competência conheceremos os Modelos de

Page 11: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

11

Representação e Organização de websites e entenderemos a complexidade do projeto através

de técnicas de mapeamento visual, o que ajuda a saber quantas páginas nosso site terá e a que

se destinam cada uma delas.

Ao fim de três semanas, iniciaremos a segunda parte desta disciplina. Este segunda parte

conterá o material necessário para a produção estética e a codificação necessária para tornar

real o website que iremos planejar na primeira etapa. Dando continuidade às competências

anteriores, iniciaremos a quarta competência com a elaboração de layouts para websites, que

mostra um pouquinho de metodologias profissionais para a criação estética da identidade

visual do site, ou seja, formas, cores, entre outros elementos que formam a aparência do

website.

Posteriormente, na quinta competência, vamos conhecer os padrões definidos pela W3C para

representação e criação de websites e as tecnologias que usaremos para produzir o site. Daí em

diante, teremos uma competência para cada tecnologia. Assim, a sexta competência será para

o HTML, responsável por formatar um Website usando os mais modernos padrões de marcação

de Hipertexto. Na sétima, focaremos no CSS, usado para planejar a identidade visual de

websites usando folhas de estilo. E na última competência, teremos uma aula introdutória

sobre programação com Java Script para usarmos efeitos interessantes em nossa página.

Tenha atenção para não se confundir, certo? Esta disciplina possui duas partes de estudos e a

leitura de todo o caderno é extremamente necessária para se entender todo conhecimento

proposto. Mas não se limite apenas ao conteúdo do caderno. Dedique-se, busque mais

conhecimento para ser um profissional melhor e colher as recompensas que virão através do

seu esforço.

Ao fazer esse curso, você estará se tornando um produtor de conteúdos para a internet e não

apenas um simples consumidor da web. Esta disciplina foi construída de modo a lhe dar

conhecimento para idealizar um site, organizá-lo e desenvolve-lo. É uma jornada que lhe exigirá

dedicação não só na leitura deste caderno, mas também em fazer pesquisas para

Page 12: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

12

complementar seu aprendizado. Deste modo, traremos até você, caro (a) estudante, as

ferramentas iniciais para você progredir por si mesmo. Você encontrará muita informação na

web, em texto e também em vídeo.

Aproveite bastante, pois esta informação é gratuita e está lá, lhe esperando. E não esqueça,

que os tutores da disciplina estarão sempre disponíveis para ajudar a sanar qualquer dúvida

sobre todo o conteúdo. Não deixe também de realizar os exercícios propostos, são eles que te

ajudam na compreensão da disciplina. Além disso, aproveite e, quando possível, refaça todos

os exemplos mostrados no caderno. Lembre-se, seu aprendizado depende de sua dedicação

nas competências desta disciplina.

Contamos com você!

Bons estudos.

Page 13: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

13

1.Competência 01 | Elaborar um Escopo de Projeto para Programação

Visual para Web

A nossa disciplina começa de maneira a entender o domínio do problema que iremos abordar,

ou seja, quem tem o problema a ser resolvido com a construção de um website, o que a pessoa

acha que seja o problema, o que os usuários que irão utilizar o site acham e ainda o que acham

os funcionários da empresa que irá utilizar o site nas suas atividades diárias. Devemos buscar a

informação de todos que irão ter algum tipo de contato com o que será construído, para

obtermos a solução que será transformada em website.

Antes disso, vamos conhecer um pouco do universo do web designer. Vamos iniciar esta

disciplina falando sobre a internet, o surgimento dessa rede, e algumas questões curiosas sobre

esse universo no qual iremos trabalhar.

1.1 O Surgimento da internet

A internet vem se tornando uma ferramenta cada vez mais indispensável e importante para o

desenvolvimento e o crescimento da sociedade. Foi a internet que forneceu um suporte

necessário para que mudanças importantes acontecessem no mundo. Essa tecnologia é

considerada uma revolução de várias formas, e seu impacto é bem mais profundo do que

percebemos.

A internet é sinônimo de eficiência e praticidade na vida moderna, e desde o seu surgimento foi

se tornando cada vez mais essencial no dia a dia das pessoas, e em diversos contextos: nas

escolas, nas universidades, nas empresas, nos negócios, em casa, na rua e em todos os lugares,

permitindo que as pessoas tenham aceso a coisas que antes seria praticamente impossível, pela

distância, pelo custo ou pela falta de suporte.

Os mais novos podem até se perguntar: como era possível viver sem internet? É um novo

Competência 01

Page 14: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

14

mundo. Um mundo de bits, a menor unidade de informação do computador, que circula de

computador para computador na chamada rede mundial de computadores. Para entrarmos

nesse mundo, vamos precisar conhecer um pouquinho de sua história. Vamos lá!

Figura 1 - A internet conectando o mundo Fonte: http://situado.net/a-importancia-da-internet-para-a-atualidade/

A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu na década de 1960, durante o período da

história conhecida como Guerra Fria. A internet foi criada com objetivos militares, para ser

usada como uma das formas das forças armadas norte-americanas manterem as comunicações

e o contato em caso de ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de

telecomunicações, como rádio e telefone.

Descubra mais sobre a internet. Acesse http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet

A internet é um sistema de comunicação entre computadores ao redor do planeta. Ela dá o

suporte para a troca de dados entre os computadores que estão conectados a ela. E entenda

que hoje temos computadores em casa, nos carros e constantemente conosco, através de

smartphones.

Após o seu surgimento, nas décadas de 1970 e 1980, além de ser utilizada para fins militares, a

Internet também foi um importante meio de comunicação acadêmico. Estudantes e

Competência 01

Page 15: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

15

professores universitários, principalmente dos EUA, trocavam ideias, mensagens e descobertas

pelas linhas da rede mundial.

Entretanto, foi somente a partir do ano de 1990 que a Internet começou a alcançar a população

mundial de maneira geral. A partir desta década, o engenheiro inglês Tim Bernes-Lee

desenvolveu a World Wide Web, possibilitando a utilização de uma interface gráfica e a criação

de sites mais dinâmicos e visualmente interessantes. A partir deste momento, a Internet

cresceu em ritmo acelerado. Muitos dizem que foi a maior criação tecnológica, depois da

televisão na década de 1950.

1.1.2 World wide web

A World Wide Web ou teia mundial, também é conhecida por web ou “www” e não é a mesma

coisa de internet. A web foi criada em 1990, por um engenheiro do CERN chamado Tim

Berners-Lee. Ele trabalhava em um lugar que possuía uma rede de computadores ligados à

internet com vários cientistas trocando documentos diferentes entre si. O problema é que

esses cientistas usavam sistemas operacionais diferentes e, na maioria das vezes, um

documento de uma máquina não abria corretamente em outra máquina. Ou seja, não existia

uma forma comum, padronizada, para acessar os diferentes documentos na internet.

Para resolver esse problema, Tim Berners-Lee começou a desenvolver um projeto no qual

qualquer tipo de arquivo poderia ser utilizado por diferentes pessoas, que tinham um ponto

comum como base, a internet. Neste caso, podemos definir World Wide Web, o famoso WWW,

como um sistema de documentos dispostos na Internet que permitem o acesso às informações

apresentadas no formato de hipertexto. Para ter acesso a tais informações pode-se usar um

programa de computador chamado navegador.

Assista à excelente palestra de Tim no TED. A palestra está em inglês, mas possui legendas em português. Vale muito a pena.www.ted.com/talks/tim_berners_lee_on_the_next_web

Competência 01

Page 16: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

16

Então, concluímos que internet e web não são as mesmas coisas. A web é um formato de

documento HTML, com uma forma de endereçamento URL, e uma forma de entrega desse

documento, através de protocolos. Ex.: HTTP, HTTPS, entre outros. A internet é por onde isso

tudo é utilizado.

Figura 2 - Mapa da World Wide Web desenhada através de dados do Facebook Fonte: https://termid.wordpress.com/2010/12/14/new-world-wide-web-map-based-on-facebook/

1.1.3 Padrões web

No tópico anterior, percebemos que o maior problema existente no início da utilização da

internet eram os diversos documentos de formatos diferentes vindos de computadores

diferentes. O surgimento da web padronizou a forma como tudo isso pode ser acessado.

Entretanto, a medida que a web popularizou no mundo, as pessoas começaram a modificá-la

para adaptá-la às diferentes necessidades.

Descubra mais sobre a web.Acesse http://pt.wikipedia.org/wiki/WWW;./

Todas essas modificações poderiam se tornar uma bagunça, se não fosse uma instituição que

cuida da uniformidade na web, garantindo, assim, que o documento que foi produzido na

China, por exemplo, possa ser exibido da mesma forma em qualquer parte do mundo. O W3C

Competência 01

Page 17: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

17

(World Wide Web Consortium) é a principal organização de padronização da web. Ela não é

uma empresa, é um consórcio internacional com quase 400 membros, que agrega empresas,

órgãos governamentais e organizações independentes com o objetivo de estabelecer padrões

para a criação e a interpretação de conteúdos para a Web. Hoje, a W3C cuida da reformulação

do HTML em um projeto divulgado como HTML 5.

Figura 3 – Site da W3C. Fonte: www.w3c.br/Home/WebHome

Neste sentido, podemos concluir que os Padrões Web são recomendações do W3C (World

Wide Web Consortium), as quais são destinadas a orientar os designers e os desenvolvedores

de websites para o uso de boas práticas que tornam a web acessível para todos.

1.1.4 Design

A maioria das pessoas entende de maneira errada a profissão de designer. O termo “Design”

não se traduz como desenho, e sim como projeto. A palavra para desenho é draw. O designer

projeta não só a parte visual, mas, principalmente, a organização e sua estrutura para a melhor

experiência dos usuários com o sistema. No caso, o web designer é especialista no

planejamento e na produção de sites web.

O trabalho maior do web designer está antes de escrever o código do site ou de desenhar a

Competência 01

Page 18: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

18

identidade visual do site, que são tarefas do final do processo. Fazer um site sem planejar antes

é como construir uma casa sem uma planta, sem planejar o encanamento, esgoto, parte

elétrica, etc. Dá para perceber que, sem esse planejamento, o resultado final do site criado

pode ser bastante frustrante.

Neste caso, para essa disciplina, precisamos ter paciência e desenvolver todo o planejamento

da parte inicial bem elaborada. Assim, aumentaremos as chances do site desenvolvido ser um

grande sucesso!

Veja uma animação divertida que explica o papel do design gráfico. www.youtube.com/watch?v=EjMYdfdny3M

1.1.5 Front-End e Back-End

A internet possui dois lados: o início e a chegada. Quando abrimos um navegador, aquele

programa que visualiza páginas de internet, e solicitamos ver uma página, como a do Google,

por exemplo, fazemos um pedido para outro computador, que guarda a página e nos envia. A

página que estamos visualizando na nossa tela, é a chamada camada Front-End, enquanto isso,

o computador remoto que vai nos enviar os dados da página que queremos ver quando

digitamos um endereço web é o que chamamos de Back-End.

Em resumo:

FRONT-END – É a interface de interação com o usuário.

BACK- END – É o sistema responsável pela regra de negócios, webservices e APIs de uma

aplicação.

Os computadores na internet que são especializados em servir as páginas que queremos ler são

Competência 01

Page 19: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

19

chamados de servidores. Na verdade, o servidor é um programa que funciona no computador,

mas vamos simplificar.

Na web podemos encontrar, ou construir, dois tipos de páginas:

Páginas Estáticas: São aquelas que se apresentam sem movimento e sem muitas

funcionalidades, além dos links de direcionamento. São páginas geralmente com conteúdo de

leitura. Essas páginas são construídas com a linguagem HTML, que não permite grandes

manobras para criar efeitos nem mais funcionalidades, além dos links.

Páginas Dinâmicas: As páginas que têm efeitos especiais e nas quais podemos interagir.

Uma página é dinâmica quando se inclui qualquer efeito especial ou funcionalidade e, para isso,

é necessário utilizar outras linguagens de programação, à parte do simples HTML.

Um exemplo de página web estática é a primeira página web criada no mundo há mais de 18

anos. Veja abaixo:

Figura 4 – Primeira Página Web do Mundo. Fonte: www.tecnoartenews.com/noticias/visite-a-primeira-pagina-web-do-mundo-criada-ha-mais-de-20-anos/

Hoje em dia a maioria das páginas web são dinâmicas, pois não possuem esta característica de

Competência 01

Page 20: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

20

“somente leitura”. Nessas páginas você é capaz de interagir, enviar e receber dados e modificar

a página com esses dados. A exemplo disso, temos a página de login de redes sociais como o

Facebook ou a página de um carrinho de compras de uma loja de compras online.

A diferença é que nas páginas estáticas fazemos uma vez seu conteúdo e ele será copiado toda

vez que for requisitado. Nas páginas dinâmicas o conteúdo vai ser determinado por um

software que produz a página a cada requisição. O carrinho de compra em um site de vendas

online é uma página em que o conteúdo dela modifica, dependendo de nossa interação no site

de comércio online. São chamadas de páginas dinâmicas.

Figura 5 – Exemplo de página dinâmica, um carrinho de compras. Fonte: http://dicadeouro.com/conteudos/arquivos_posts/carrinho_002.gif

Esta disciplina é focada na criação de páginas de conteúdo estático, e a isso classificamos como

desenvolvimento front-end. Quando temos que desenvolver uma aplicação que irá construir as

páginas de forma dinâmica, temos então o desenvolvimento back-end. Este tipo de

desenvolvimento é mais difícil e para fazê-lo é muito recomendável que você conheça bem o

desenvolvimento front-end primeiro.

1.2 Elaborar um escopo de projeto para programação visual para web

Como mencionamos, diferentemente do que muita gente pensa, o trabalho do web design é

Competência 01

Page 21: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

21

maior antes dele colocar a mão na massa e produzir o site. O planejamento é essencial para um

produto de sucesso e, para se planejar bem, você deve conhecer bem a situação. Dificilmente

você vai dominar toda a informação sobre a empresa e o contexto de seu cliente tão bem

quanto ele. É necessário utilizar algumas técnicas consagradas na área para conseguir entender

da melhor forma possível e resolver no menor tempo. Isto significa que você deve utilizar uma

metodologia para alcançar os objetivos.

Clement Mok é um designer gráfico canadense, fundador do Studio Archetype, ex-diretor de

criação da Apple. Ele foi o desenvolvedor da metodologia DADI para projetos de websites. DADI

é o acrônimo para Definição, Arquitetura, Design e Implantação.

Na etapa de Definição, o web design mergulha no universo do problema que será solucionado

pelo site. Ele deve investigar o máximo de aspectos ligados ao domínio do problema e coletar o

máximo de informações relevantes que o ajudem a desenvolver o site que será a solução do

problema do cliente.

A etapa de Arquitetura é uma fase complementar à Definição. Nessa fase, o web design

procura organizar todos os dados coletados e também distribuir por completo o conteúdo do

site, para que o usuário não receba toda a informação de uma vez, e ainda hierarquizá-la, para

que o usuário receba primeiro uma informação e daí, se desejar aprofundar-se mais, terá essa

opção.

Na etapa de Design o profissional deixa a informação mais atrativa e confortável de ser

visualizada. É quando planejamos quais cores são melhores para o público alvo definido na fase

de Definição, além das fontes, formas, imagens, vídeos, etc. Ainda não codificamos nada,

apenas teremos alguma coisa para mostrar ao cliente, como uma imagem do site.

Na última etapa, a Implantação, o web design terá o produto pronto. Mas o trabalho não acaba

por aí. A solução criada deve ser testada para se averiguar que realmente ela resolve o

problema que levou o cliente a desejar um site.

Competência 01

Page 22: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

22

Nesta competência, abordaremos a etapa de Definição e iremos evoluindo pelas etapas

posteriores a partir daqui. O que você, como profissional, deve fazer é um documento que

possua as informações adquiridas através de entrevistas e questionários, além de uma pesquisa

na frente do computador. Mas vamos com calma, fazendo uma coisa de cada vez. Alertamos

para que você tenha zelo ao produzir o documento. Faça algo bem profissional, com uma

qualidade que mostre a seriedade com que você está trabalhando.

1.2.1 Objetivos

Pode parecer óbvia esta parte. “Basta perguntar ao cliente”, você pode imaginar, mas nem

sempre o cliente sabe os verdadeiros motivos que o levaram a procurar um web design. Muitas

vezes, ele só deseja fazer parte da moda que é ter uma página na web. Neste ponto, o único

usuário relevante do site é ele próprio, e se ele quer dessa forma, que assim seja.

Mas se o cliente desejar algo mais relacionado ao seu negócio, aí você terá mais trabalho. O

melhor jeito de conseguir essas valiosas informações é através de entrevista e muita atenção

nas respostas. Converse bem com seu cliente ou seu representante. Mas o que perguntar?

Realmente, é um bom questionamento.

Não existe uma receita fixa. Depende muito da experiência do profissional e do tipo do cliente.

Não há uma quantidade certa nem quais são as melhores perguntas a serem feitas. De nada

adianta se você não entender a resposta, por exemplo. Consiga o máximo de informações que

você julgar que irá ajudar na produção do site que você irá desenvolver. Peça os textos e

imagens, caso não seja você quem também irá produzir. Descubra se é o cliente quem dará a

palavra final ou vai passar para um representante. Anote tudo e deixe bem definido para depois

ele não pedir algo que não foi acordado antes. Com o tempo, você vai ganhando experiência e

vai descobrindo o que precisa perguntar.

Abaixo, temos algumas sugestões para a fase de definição dos objetivos.

Competência 01

Page 23: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

23

1. Por que deseja um site?

2. Quais sites que lhe chamaram mais atenção?

3. Qual o público alvo de seu negócio?

4. O que lhe chama mais atenção nos sites que lhe agradam?

5. O que você gostaria que o site tivesse?

6. O conteúdo (texto de apresentação, imagens e fotos do local, etc.) já está pronto?

Com essas poucas perguntas, você já vai ter uma ideia do que ele quer, quanto tempo vai durar

a produção e quem será seu usuário, se ele ou os clientes dele.

Outro ponto é a multiplicidade de objetivos. Na verdade, o site possui um objetivo geral, mas

pode ter vários específicos. Os objetivos específicos são metas menores que somadas alcançam

o objetivo geral. Vejamos um exemplo.

Nosso cliente é um empresário de um músico que está lançando seu primeiro álbum. O

empresário respondeu as perguntas acima da seguinte forma.

1. Quero que o site seja um local para que os fãs de meu cantor possam conhecer um

pouco mais sobre ele, seu trabalho e sua agenda. Quero alimentar a simpatia que os fãs nutrem

por ele.

2. Os sites dos Luan Santana, Gustavo Lima e Daniel têm o mesmo estilo de música do meu

artista.

3. Na maioria são garotas de mais ou menos 18 anos.

4. Uma bela foto do artista e, geralmente, tem um vídeo clipe dele.

5. Não sei muito bem, mas poderia ter além de fotos, uma biografia e a agenda do cantor.

6. Não. Enviaremos assim que tivermos. Mas você pode começar a fazer logo.

Analisando as respostas percebemos que o cliente sabe bem o que quer: promover o cantor. Os

exemplos de site que ele deu mostram que, mesmo que o artista não seja bem conhecido, ele

deseja a grandiosidade que outros já conseguiram. Isso seria para atrair seu público-alvo que,

Competência 01

Page 24: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

24

segundo o empresário, são adolescentes e jovens entre 13 e 23 anos.

Nesse caso, como teremos um público menor de idade, devemos ter cuidado com o conteúdo e

a forma como é mostrado. Também teremos que planejar o site para receber um conteúdo de

vídeo em alguma parte. No entanto, o empresário não transmite muita segurança na entrega

do conteúdo do site. Devemos, então, ter uma alternativa na manga para caso o vídeo nunca

chegue. Outro detalhe que chama atenção é a agenda do cantor. Como não estamos fazendo

um sistema de gerenciamento de conteúdo, back-end ou site dinâmico, devemos imaginar em

fazer um contrato com ele para atualizar mensalmente ou quinzenalmente o site.

Agora é a sua vez. Procure algum conhecido que tenha um negócio e que você acredite que gostaria de ter um site estático. Esta pessoa não pode ser você, nem você deve inventar.

Procure uma pessoa real para fazer a entrevista. Diga-lhe que ela está lhe ajudando em uma atividade de seu curso. Você não precisa fazer o serviço realmente. Ele só vai estar lhe

ajudando, mas deixe isso bem claro. Você pode utilizar as perguntas usadas acima e acrescentar outras que achar pertinente.

1.2.2 Questionário

Diversas vezes, o cliente não sabe responder as perguntas da entrevista. Os motivos podem ser

vários. Ele pode não ser um dos usuários do futuro site, nem ter intimidade com a internet.

Nesse caso, as informações podem vir de pessoas que seriam os empregados ou clientes do

negócio. Fazer uma entrevista com cada um seria demorado e, para o seu cliente, tempo é

dinheiro.

Resolvemos essa situação com um questionário. Pense bem nas perguntas e, se possível,

coloque alternativas, mas deixe um espaço para uma resposta que não esteja entre as

alternativas. Não faça muitas perguntas e não as complique. Seja claro e simples. Ao final, você

pode oferecer um brinde barato pela ajuda que as pessoas deram. Faça o questionário e peça a

alguém para ler e dar uma opinião. Ao final reproduza uma quantidade e distribua. Recolha

dando o brinde para quem respondeu. Depois, analise as respostas e mantenha o foco, você

Competência 01

Page 25: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

25

está procurando os objetivos do site. As perguntas possuem as mesmas regras da entrevista.

Na verdade, o questionário pode ser uma opção quando o cliente não sabe responder. Temos

um exemplo ligado à área de saúde. Veja o questionário:

1. Você acessa a internet?

2. Quantas vezes por semana?

3. Se a empresa tivesse um site, qual a primeira coisa que você procuraria?

4. Procuraria por mais alguma coisa?

5. Se você tivesse que entrar em contato, utilizaria o e-mail ou o formulário de contato do

site?

Agora, vamos supor que a maioria das respostas dos usuários foi:

1. Sim.

2. De 3 a 5 vezes na semana.

3. A listagem de médicos credenciados e o telefone para marcar consultas.

4. O endereço dos locais onde posso autorizar o atendimento, de preferência que tivesse

um mapa explicativo. Também se eles oferecem outros serviços que eu possa ter direito pelo

meu plano.

5. O e-mail, mas se estivesse no site usaria o formulário de contato.

Observamos que os clientes desse negócio acessam a internet com regularidade, então

conhecem bem o meio. Notamos ainda que existe uma demanda para consultar uma

determinada informação que pode aparecer a qualquer momento na vida do cliente e mais de

uma vez. O cliente também gostaria de ter informações específicas sobre o serviço que

comprou. O site pode oferecer um formulário, que exige programação back-end, mas podemos

apenas oferecer um endereço de e-mail para contato.

Vamos ver se você conseguiu entender tudo. Faça o seu questionário, com as perguntas que você achar pertinente e distribua os papéis para algumas pessoas. Você pode até enviar por e-mail. O mais ideal é que elas sejam as clientes do negócio do amigo que lhe ajudou antes.

Depois de recebê-los preenchidos, compare os objetivos que o cliente deu na entrevista com as respostas do questionário.

Competência 01

Page 26: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

26

1.2.3 Análise

Junte todas as informações que conseguiu adquirir, seja pelo cliente, funcionários e/ou clientes

de seu cliente. Leia com calma e tente entender as relações entre elas. Compare. Será que o

cliente entende mesmo os clientes dele?

Desse material extraia o objetivo geral e os específicos. Faça um parágrafo simples e escreva

um documento bem estruturado com títulos e subtítulos. Seja zeloso em seu trabalho. Um bom

profissional sempre é organizado com suas responsabilidades. Neste exemplo, o tamanho da

fonte foi aumentado para facilitar a leitura, mas não há necessidade do texto ser tão grande.

Figura 6 – Página de capa e página um do projeto de exemplo. O seu não precisa ser igual. Este é apenas um exemplo de cuidado com o projeto. Fonte: Próprio autor.

1.2.4 Público alvo

O público alvo reúne as características comuns dos clientes. Normalmente, quando

perguntamos: quem são seus clientes? A resposta é “todo mundo”, ou algo parecido. Isto

Competência 01

Page 27: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

27

significa que ele não sabe quem é seu cliente, ou ele deseja que realmente todo mundo seja

seu cliente. Mas não é.

O público alvo define as características comuns à maioria dos clientes. Tudo bem que seu

cliente pode vender para qualquer um, mas como é a maioria das pessoas? Alta, baixa, gorda,

magra, homem, mulher, não vive sem internet, ou não gosta de tecnologia? Uma vez que você

conhece as características comuns pode fazer um site que agrade mais a maioria das pessoas e

dessa forma aumentar a possibilidade de sucesso.

Lembre-se de que se você atirar para todo lado pode não atingir ninguém, e vai “precisar de

muitas balas”, o que é caro. Mas se você escolher um alvo, neste caso o mais fácil, aumenta as

chances de acertar em cheio. A forma de descobrir o público-alvo de seu cliente pode vir por

ele mesmo, durante a entrevista, ou conversando com os funcionários que convivem com os

clientes, ou observando o fluxo no negócio. Talvez até você já conheça por experiência própria.

O mais importante é que tenha a certeza dele.

Caso você erre em determinar as características principais pode levar por água abaixo todo o

projeto, e fazer algo que nem de longe as pessoas gostem. Vamos analisar os clientes de

chupetas. Isto mesmo. As chupetas possuem um usuário que é o bebê, mas outro cliente, o pai

ou a mãe. Para complicar podemos ter alguém que indica, como uma tia ou a avó. Além disso,

se o pai compra, ele vai procurar algo mais prático, se for a mãe irá dedicar um tempo maior

para observar as vantagens extras, independente do preço. Viu como pode complicar?

Vejamos um exemplo:

No caso de nosso empresário do cantor sertanejo, ele conhece bem quem é o público-alvo e

nos diz isso na entrevista: garotas com mais ou mesmo 18 anos. Entendemos que este público

busca novidade e é altamente conectado. Já na pesquisa com os clientes de uma empresa,

podemos deduzir que são pessoas que passam dos 50 anos por precisar, à medida que

envelhecem, de médicos e exames. Outra característica que podemos perceber é a de que

Competência 01

Page 28: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

28

provavelmente a pessoa que necessite do serviço deve se encontrar fragilizada pelo problema

que está passando. É claro que estamos adivinhando, o que poderia ser ruim em caso de erro.

Quanto mais você pesquisa, mais diminui o risco.

Sua vez! Quais são as características comuns do público-alvo do negócio que você está analisando? Defina as características mais marcantes e as que você pode deduzir sobre elas. Não se esqueça de buscar alguém com estas características para comprovar se você deduziu

certo. Lembre-se do perigo que é deduzir errado. Acrescente ao seu projeto com o título PÚBLICO-ALVO.

1.2.5 Personas

Apesar de você fazer todo esse trabalho para conhecer o público-alvo de seu site, podemos

chegar a situações que as características são tão abrangentes que é difícil imaginar uma pessoa

alta e magra ao mesmo tempo, que ama e odeia a internet, que é jovem e velha, tudo ao

mesmo tempo.

Quando ocorre algo assim, por conta da abrangência, temos que enxergar melhor os

estereótipos, até caso você tenha uma equipe que faça essa pesquisa e você não tenha o

contato com as pessoas reais que geraram os dados. Assim, selecione as características mais

próximas e invente uma personagem com uma história fictícia que passe a ideia do público-

alvo. Você pode colocar uma foto fictícia para ilustrar, ou utilizar um desenho para dar um

pouco mais de intimidade com aquele estereótipo.

Vamos ver um exemplo? Baseado nos dados que o empresário nos passou e em deduções

pessoais temos a persona abaixo. Lembre-se de que é uma história inventada com as

características observadas e deduzidas.

Competência 01

Page 29: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

29

Fonte da imagem: www.reeima ges.com/photo/1270130

Maria tem 16 anos é estudante e não larga do celular com

internet. Ela e as amigas adoram música e principalmente os

cantores tal e tal. Também fazem parte de um fã clube

organizado em uma rede social virtual que compartilha

informações sobre um determinado cantor.

Agora, proponho um desafio. Não sei o público-alvo que você descobriu, mas faça no mínimo duas personas bem distintas, ou seja, com características bem diferentes. Siga o exemplo e escreva um parágrafo para cada uma com quatro linhas no mínimo. Escreva o

título PERSONAS logo abaixo no documento.

1.2.6 Pesquisa de campo

Os concorrentes são uma importante fonte de conhecimento, mas não a única. Provavelmente

eles já fizeram todo o trabalho duro e apresentam os resultados no produto. Mas copiar nunca

é o bastante. Afinal, seu site não pode ser apenas mais um. Ele deve atrair pelo diferencial. Ou

seja, o que seu site tem que os outros não têm?

Visite os sites dos concorrentes de seu cliente. Descubra o que eles têm de igual e diferente.

Procure pensar em como o site que você produzirá irá se destacar quando estiver lado a lado

com os outros.

Para isso, utilizamos uma tabela com características dos sites e marcamos nossas impressões

sobre eles. Sensibilidade é o fator mais importante aqui. Você tem que perceber os fatores

positivos e negativos, fazendo um julgamento imparcial.

A tabela abaixo é o do diferencial semântico. Para preenchê-lo você deve visitar um site do

concorrente e, após usá-lo por algum tempo, responder a tabela com um “X” para cada

intensidade de impressão. Exemplo: ao utilizar o site, senti que o entendimento dele foi “um

Competência 01

Page 30: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

30

tanto ruim” e sua visibilidade era “muito clara”.

O entendimento do site foi...

Muito Um tanto Nenhum Um tanto Muito

Boa Ruim

Clara Escura

As imagens que foram exibidas pareciam...

Muito Um tanto Nenhum Um tanto Muito

Granuladas Nítidas

Realistas Irreais

Inacreditáveis Críveis

Distorcidas Precisas

Você sentiu que o ambiente era...

Muito Um tanto Nenhum Um tanto Muito

Pequeno Grande

Vazio Cheio

Claro Escuro

Permanente Temporário

Monocromático Colorido

Faça esta tabela com alguns sites concorrentes. Capture a tela inicial do site que você verificou

e anexe acima da tabela preenchida. Ao final, verifique as impressões para a maioria dos sites e

cada característica.

Sabendo por exemplo que a maioria dos sites dos concorrentes transmite sensações, como

grande, cheio e escuro; podemos ou seguir a tendência por ser uma característica que agrada

ao público-alvo, ou inovar fazendo o contrário. Passando uma ideia de pequeno, vazio e claro.

Use o bom senso.

Competência 01

Page 31: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

31

Visite o site de ao menos três concorrentes. Capture a tela com a página inicial com printscreen e cole em seu documento, abaixo do título CONCORRENTES. Preencha a tabela

para cada um deles. Depois, escreva um resumo mencionando cada característica observada no site dos concorrentes.

Com isso, possuiremos uma boa quantidade de informação sobre o domínio do problema e podemos buscar uma solução para ele. Lembre-se de que nesta etapa de Definição, quanto

mais informação melhor. Na próxima competência, veremos a segunda etapa de nosso projeto, a fase Arquitetural.

Competência 01

Page 32: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

32

2.Competência 02 | Planejar um Website

Anteriormente, vimos que a fase Arquitetural do DADI complementa a fase anterior, a

Definição. Antes de darmos continuidade a nossa disciplina, lembre-se de que não basta ler ou

assistir às vídeo-aulas. Nosso aprendizado é mais eficiente quando fazemos exercícios para

praticar. Aproveite as oportunidades que aparecerem e dê o seu melhor. Vamos lá!

A fase Arquitetural do processo de web design tem o objetivo de organizar os dados coletados,

selecionar os de maior importância e distribuir o conteúdo entregue pelo cliente nas várias

páginas que vão compor o site. Imagine como seria pouco agradável visitar um site onde o

conteúdo está todo misturado e em páginas gigantes que cansam só de olhar. Não queremos

que os usuários de nosso site fujam. Por isso, dedicamos um bom tempo nesta parte.

No início desta nova fase você vai precisar do conteúdo do site, que certamente construiu na

fase anterior, durante o planejamento. Assim, você poderá projetar um site eficiente para o

conteúdo obtido. A fase Arquitetural permite, então, que o web design utilize todos os dados

coletados, analise todo o conteúdo que o cliente entregou e comece a separar todo o conteúdo

em grupos que vão compor as diversas páginas do site.

Neste processo, você deve agrupar cada pedaço de informação formando grupos que têm mais

afinidade. Não se preocupe com os assuntos diferentes coletados, eles vão aparecendo à

medida que você for agrupando. Se um grupo estiver com muito conteúdo, subdivida. A ideia é

fugir da entropia, da confusão.

Existe um conceito que diz que todo sistema que não é submetido a uma força que a organiza, tende a ser uma desordem, ou seja, uma entropia.

Vejamos um exemplo do processo de criação de grupos, baseado na história do empresário

sertanejo e o seu site, que vimos na competência anterior. Nosso empresário tem pressa em

Competência 02

Page 33: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

33

ver algo pronto e não entende que não podemos fazer um layout sem saber qual o conteúdo

que terá. Com muita conversa e jeitinho, ele aceita e solicita para sua assistente passar toda a

informação pública do artista para você. Descobrimos que o site possui pouco conteúdo, mas

existem muitas fotos e a agenda de shows. Agrupe todo o conteúdo em agregados menores.

Neste caso, temos informações pessoais sobre o artista, sua discografia, muitas fotos e uma

agenda relativamente grande, sem esquecer de que ainda teremos que colocar um vídeo e um

meio de contato. Veja abaixo.

Biografia Fotos Show Agenda

Discografia Fotos Backstage Locais de Show

Fotos Artista Promoção Contato

Videoclipe Twitter Facebook

Instagram Concurso Recados dos Fãs

Fotos dos Fãs Cartas dos Fãs Contratar Show

Usando essas informações obtidas, podemos, por exemplo, criar os seguintes grupos.

SOBRE O ARTISTA FOTOGRAFIA INFORMAÇÕES

Biografia Fotos Show Agenda

Discografia Fotos Backstage Locais de Show

Videoclipe Fotos Artista Contato

Instagram Fotos dos Fãs Recados dos Fãs

Facebook Concurso

Twitter Contratar Show

Cartas dos Fãs

Competência 02

Page 34: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

34

Ok! Agora vamos exercitar usando as informações que você coletou na Competência anterior. Para melhorar o entendimento sobre classificação de dados coletados e grupos, junte todo o material que você pesquisou e procure algum conteúdo do negócio que você escolheu anteriormente. Se seu amigo puder lhe fornecer o conteúdo, melhor. Mas, caso

contrário, procure algum conteúdo similar pelos sites na internet. Junte uma boa quantidade de informação sobre o assunto. Pode ser em vários sites. Quando terminar,

comece a agrupar a informação. Fragmente o máximo possível. Depois, verifique em cada grupo a palavra-chave que sintetiza aquelas informações.

2.1 Card sorting

Existem várias metodologias para classificação de informação. Uma das mais conhecidas é o

Card Sorting. Utilizaremos essa técnica para classificar as palavras-chaves. Seria o mesmo que

reunir grupos. Você pode se perguntar: mas não já fizemos isso? Pois é. Fizemos do nosso

ponto de vista, mas precisamos criar algo do ponto de vista do empresário que nos contratou.

Assim, o que achamos melhor para nós pode não ser para nossos usuários. Nosso público-alvo

pode não ter tanta intimidade com a palavra “e-mail” e simplesmente ignorar uma parte vital

de nosso projeto. Para eles, algo como “Mande-nos uma mensagem” seria muito mais

compreensível. Além disso, podemos descobrir pelo card sorting que o que achamos

conveniente separar seja um empecilho para o usuário.

O card sorting pode ser aberto ou fechado. Card sorting aberto é quando a nossa amostra tem

que achar o tema de relacionamento dos cartões. Amostra é um grupo de pessoas que

representa nosso público-alvo, e por isso deve pertencer a esse público. O número de pessoas

da amostra varia: quanto mais, melhor. O card sorting fechado é quando já temos uma boa

ideia dos temas e apresentamos a amostra. Nesse caso, ela classifica de acordo com nossos

critérios. E qual usar?

Quando não entendemos o domínio do problema, ou não temos certeza, podemos buscar os

temas através da amostra utilizando card sorting aberto. Isso nos dará uma pista de como o

público-alvo entende aquele conteúdo. Mas se conhecemos bem o domínio, até somos parte

Competência 02

Page 35: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

35

desse público-alvo, podemos nos arriscar em definir os temas. O card sorting pode confirmar

ou negar o que imaginamos. E como se faz isso?

Vamos utilizar o card sorting fechado por ser mais simples para os usuários. Começamos

fazendo cartões, e em cada um deles escrevemos uma palavra da nossa lista e os temas. Afinal,

as pessoas podem associar um tema a outro. Também devemos ter folhas de papel, cada folha

escrita com o nome de um tema. Procuramos, então, as pessoas que farão parte de nossa

amostra e preferencialmente, que terão algum tipo de contato com o site que está sendo

construído. Em separado, a cada uma entregamos os cartões e pedimos para colocar em um

tema que ache adequado. Diga-lhe que pode sugerir novos temas ou criticar a existência de

uma palavra ou tema. Qualquer coisa que a amostra diga pode ser importante para o sucesso

do site. Registre o resultado de cada pessoa. Assim você terá a impressão de diversas pessoas

sobre como cada item pode ser agrupado e categorizado dentro do site.

A figura abaixo mostra como ficaria o resultado final de um card sorting feito por uma pessoa.

Em azul nós temos as categorias ou grupos e em amarelo os itens dentro de cada um.

Figura 7 - Exemplo de Card Sorting Fonte: https://m2.behance.net/rendition/pm/20367713/disp/5e32958693b9049ca0e896afc20 4aaa2.JPG.

Competência 02

Page 36: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

36

Agora é sua vez! Faça os cartões baseados em sua lista de itens coletados para o seu site e os papeis com os temas ou grupos que você imagina criar. Procure dez ou mais pessoas. Peça-lhes para classificar e dar sugestões de como cada item pode ser agrupado. Anote e

registre a classificação dos usuários.

2.1.1 Análise de dados

Finalizado o nosso Card Sorting, vamos terminar esta parte verificando como a amostra

percebe o conteúdo. Contabilize a quantidade de cada palavra em cada tema. As que tiverem

maior quantidade serão as subpáginas de nosso site. Os temas serão as páginas principais que

dão acesso ao grupo de informação.

Vamos usar nosso exemplo e ilustrar um pouco mais a situação. Imagine que a nossa amostra

de fãs de música sertaneja não foi difícil de encontrar. Poderíamos fazer com muitas pessoas e

diminuir o risco de erro ou confusão, mas nos limitamos ao tempo que tivemos para isso.

Conseguimos alguns brindes de divulgação com o empresário e distribuímos para quem

participou do card sorting. As pessoas classificaram a informação que já tínhamos coletado e

ainda dividiram alguns itens formando mais informação para o site. O resultado está

apresentado na tabela abaixo.

ARTISTA FOTOGRAFIA FÃS MÍDIA SOCIAL

Biografia Fotos Show Recados dos Fãs Discografia Instagram

Contato Fotos Backstage Cartas dos Fãs Videoclipes Facebook

Agenda Fotos Artista Concurso Twitter

Contratar Show Fotos dos Fãs Youtube

Tabela 1 – Resultado da análise do card sorting. Fonte: Próprio autor.

A análise mostra que uma página sobre o cantor seria a página inicial. Durante o card sorting

algumas pessoas perceberam a falta de um canal no YouTube e sugeriram o acréscimo. Outra

Competência 02

Page 37: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

37

ideia foi relativa ao conteúdo dos fãs. Eles procuraram um tema Fã que não havíamos

percebido antes e, por isso, os rótulos sobre ele não aparecem.

Agora, é hora de experimentar a metodologia. Faça a análise em cima do card sorting que você fez anteriormente. Escreva uma descrição com todas as observações relevantes que a

amostra forneceu. Tanto do que você percebeu na classificação que fizeram, quanto nas ideias sugeridas de novos temas, cartões e críticas.

2.2 Sistema de navegação

Até aqui percebemos que um site pode conter um grande número de conteúdo para ser

organizado e apresentado aos seus usuários. Você pode ter notado que muitas vezes, mesmo

com o uso de técnicas eficientes de organização de conteúdos, a distribuição de elementos

pode não ser eficiente o suficiente para que todas as pessoas possam entender a organização

do site. É por isso que precisamos de Sistemas de Navegação.

Existe uma coleção de elementos de navegação que já são conhecidos dos usuários da web.

Podemos utilizá-los em nosso site para tornar a navegação mais eficiente. Como eles existem

em diversos sites, o usuário só tem que aprendê-los uma vez e se concentrar na informação e

não na navegação. Dentre os elementos conhecidos estão:

Marca;

Barra de navegação;

Menu drop-down;

Bread crumb;

Conteúdo cruzado;

Erro 404;

Passos;

Paginação;

Abas;

Competência 02

Page 38: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

38

Camadas;

Nuvens de tags.

Mas não vamos apenas copiar algo que já existe. Você deve usar o bom senso para saber o que

usar e quando usar. Com a experiência, a tarefa ficará cada vez mais fácil. Abaixo, temos uma

lista de princípios que podem lhe ajudar a construir o seu site:

Apreensível: fácil de aprender;

Consistente: não apresentar erros ou falhas;

Reagente: responder apropriadamente aos comandos do usuário;

Propositivo: indicar alternativas claras de navegação;

Econômico: chegar ao que quer com menos cliques;

Claro: ser de fácil entendimento;

Adequado: o usuário deve sentir que aquele site foi feito para ele.

Agora, vamos ver detalhes sobre cada um dos elementos de navegação que conhecemos neste

capítulo.

2.2.1 Logotipo

Você também pode encontrar como marca e logomarca. O uso mais comum do logotipo é

como uma imagem no canto superior esquerdo. Ajuda a identificar o site e serve de link para

retornar à primeira página do site. Chamamos esta página de “Home”.

Competência 02

Page 39: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

39

Figura 8 – Observe o retângulo vermelho no canto superior esquerdo destacando a marca do Walmart. Fonte: www.walmart.com.br/

2.2.2 Barra de navegação

A barra de navegação pode ser global ou local. Na barra global temos os temas mais

abrangentes, mais superiores na hierarquia. A partir dele temos a barra local que classifica os

subtemas daquele tema. As duas barras normalmente funcionam em conjunto quando temos

uma subclassificação.

Figura 9 – O retângulo vermelho horizontal é a barra de navegação global. Ao entrar na sessão ‘Eletrônicos’ vemos no lado esquerdo a barra de navegação local. Fonte: www.walmart.com.br/departamento/eletronicos/317

Competência 02

Page 40: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

40

2.2.3 Menu Drop-Down

Ao posicionarmos o ponteiro do mouse em cima de uma sessão, é apresentado um menu perto

do ponteiro com opções contextualizadas.

Figura 10 – Neste caso, vemos que além de um menu, a caixa oferece um produto de maior aceitação. Fonte: www.walmart.com.br/

2.2.4. Bread crumb

A tradução literal é ‘migalhas de pão’, mas não significa que vamos comer em cima do teclado.

Este termo foi utilizado porque na história de João e Maria, coletada pelos irmãos Grimm, uma

trilha de migalhas de pão foi deixada para que eles pudessem achar o caminho de volta. A ideia

é mostrar ao usuário onde ele está e quais caminhos seguiu através de links.

Figura 11 – Observe que o bread crumb começa com um ícone de uma casa, que leva a home, temos então a sessão ‘Eletrônicos’ e estamos na sessão “TV 3D”. Fonte: www.walmart.com.br/categoria/eletronicos/tv-3d/?fq=C:317/1722/&PS=20

Competência 02

Page 41: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

41

2.2.5 Conteúdo cruzado

Quando o usuário está em uma página, uma série de links é oferecida como opções para

continuar a leitura. Normalmente, um sistema programado verifica o comportamento do

usuário para realizar uma sugestão. Mas nada impede da sugestão ser feita com links estáticos.

Figura 12 – Observe que estamos vendo um produto e na mesma página, logo abaixo, são sugeridos os links para outros produtos relacionados. Fonte: www.walmart.com.br/produto/Eletronicos/TV-3D-LG/LG/380832-TV-LED-32LA613B---Preta---LG

2.2.6 Erro 404

Quando um servidor não encontra a página solicitada pelo usuário é gerado um erro de código

404. Os servidores permitem configurar uma página para dar essa informação ao usuário.

Tratando a página com a identidade visual do site mostramos seriedade ao serviço.

Competência 02

Page 42: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

42

Figura 13 – Esta página de Erro 404 transmite a mensagem de uma forma mais simpática. Fonte: www.walmart.com.br/produto/Eletronicos/TV-3D-LG/LG/380832

A página com o erro deve ser nomeada de uma forma aceita pelo servidor. Normalmente a página é a 404.html. Faça esta página e a deixe na raiz de seu site. Caso ela não exista, a

página padrão do servidor para este erro é mostrada.

2.2.7. Passos

Quando a informação que o usuário quer deve ser obtida seguindo uma sequência de páginas,

devemos informar a ele quais são os passos, em que passo está e quanto falta para conseguir

finalizar. Isto é o que acontece quando vamos encerrar uma compra em um site de comércio

eletrônico.

Competência 02

Page 43: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

43

Figura 14 – Para finalizarmos uma compra é necessário primeiro nos identificarmos, informarmos o endereço de entrega e a forma de pagamento. Fonte: www2.walmart.com.br/checkout/content/#chooseAddress

2.2.8 Paginação

Quando a informação solicitada pelo usuário é muito grande, podemos dividir em páginas e

oferecer controles para avançar, retroceder e selecionar uma determinada página.

Figura 15 – O retângulo de contorno preto destaca os controles de paginação. Fonte: http://busca.americanas.com.br/busca.php?q=tablet

Competência 02

Page 44: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

44

2.2.9 Abas

As abas oferecem um acesso rápido a uma sessão, além de informar quais existem e onde o

usuário está. É uma solução de navegação bem elegante quando não temos muitas sessões.

Figura 16 – Na exibição do produto as abas são exibidas para mostrar detalhes informacionais sobre ele. Fonte: www.walmart.com.br/produto/Tablets/Tablets-KIDS/Oregon/403042-Tablet-Meep-Oregon

2.2.10 Camadas

Em alguns momentos uma determinada informação é necessária, ou se destaca perante as

outras. Quando queremos sobrepor uma informação às outras, podemos utilizar a navegação

em camadas. Dessa forma, temos duas camadas uma em cima da outra. Na camada superior a

informação é mais visível que na camada inferior. Observe o efeito na Figura 17.

Figura 17 – Neste exemplo, para prosseguir com o processo de compra é exigida a identificação do usuário. Fonte: www2.walmart.com.br/checkout/content/#chooseAddress

Competência 02

Page 45: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

45

2.2.11. Nuvem de Tags

Normalmente utilizado em blogs que categorizam o conteúdo através de palavras-chaves, a

nuvem de tags exibe um conjunto de palavras mais acessadas, variando seu tamanho pela

quantidade de acesso. Para sua produção é necessário que ela seja programada.

Figura 18 – Nuvem de tags. Cada palavra é um link para uma pesquisa sobre aquela palavra no blog. Fonte: http://markun.com.br/memoriacoletiva/wp-content/uploads/2011/02/tags2702.png

2.3 Sistema de busca

A busca é uma alternativa ao sistema de navegação que vimos anteriormente. O usuário digita

uma palavra-chave, é feita uma busca em um banco de dados e retornado os links relacionados

a ela. Este tipo de sistema deve ser programado e não está no escopo deste curso. Mas existem

empresas que oferecem o serviço, tanto gratuito quanto pago. Cada empresa tem sua forma de

instalação do sistema em seu site e não seria possível descrevê-las aqui. A escolha de um

serviço também não é conveniente pela velocidade com que serviços nascem e morrem na

Competência 02

Page 46: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

46

internet. Mas se for tão importante para seu cliente, faça uma pesquisa e estude na página do

desenvolvedor o modo como deve ser instalado o serviço.

Figura 19 – Campo para busca no site. O resultado é uma listagem de links relacionados. Fonte: www.walmart.com.br/

Com isto finalizamos esta competência. Estude as formas de navegação e decida

adequadamente qual delas utilizará. Não é necessário usar todas e, quanto menos conteúdo,

menos necessárias elas serão. Lembre-se de que em design menos é mais. Mas não deixe seu

site carente de formas de navegação.

Competência 02

Page 47: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

47

3.Competência 03 | Conhecer os Modelos de Representação e

Organização de Website

Nesta terceira competência, vamos definir a estrutura do site utilizando conceitos de

arquitetura. Mas não é a arquitetura de construções e sim a arquitetura da informação.

Arquitetura da informação é a ciência que estuda a disposição dos elementos na página, a

estrutura de navegação e o conteúdo delas. Existem vários livros com técnicas e metodologias

sobre o assunto. Mas como nosso tempo para esta competência é limitado, iremos focar em

duas das mais importantes: Mapa do site e Fluxo de Navegação.

3.1 Mapa do site

O mapa do site ajuda a reconhecer a estrutura geral do site webs e aplicações. Quanto mais

conteúdo tem um site, mais complicado navegar por ele pode ser. Por isso, o mapa do site

ajuda o usuário na identificação de toda estrutura do site e das conexões entre as páginas.

Podemos utilizar o mapa do site para explicar à equipe que irá desenvolver o site como está

organizada a sua estrutura, além disso, também podemos mostrar o esquema para o cliente,

para que ele possa compreender a complexidade do projeto. Ainda podemos usar o mapa do

site no próprio site para ajudar o usuário na busca da localização de um determinado conteúdo.

O mapa do site é uma maneira visual e simples de exibir as partes de um website como um

todo, fornecendo um panorama completo de navegação e, em alguns casos, mostrando todas

as conexões de cada página.

Quer aprender mais e ser um profissional melhor? Acesse o link abaixo para ler mais sobre Arquitetura de Informação.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_de_informa%C3%A7%C3%A3o

Competência 03

Page 48: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

48

Veja abaixo um exemplo de mapa de site, mostrado dois tipos de visualização: hierárquico e em

tópicos.

Figura 20 – Mapa do site de um estúdio de design no formato hierárquico. Fonte: Próprio autor.

Competência 03

Page 49: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

49

Figura 21 – Mesmo mapa do site da Figura 21, em formato tópicos. Fonte: Próprio autor.

Observe pelos exemplos que através de uma representação gráfica entendemos rapidamente a

estrutura do site. Os elementos ou as páginas podem ser dispostos de maneira hierárquica ou

ainda mostrados em uma estrutura de tópicos.

Existem alguns aplicativos online gratuitos que você pode utilizar para fazer seu mapa de site. O Write Maps é um deles. Acesse o link abaixo para experimentá-lo. As imagens

ilustrativas desta sessão foram produzidas nele. http://writemaps.com/

Vejamos um exemplo prático de criação do mapa do site baseado na tabela resultante de nossa

análise no card sorting. No nosso cenário, fizemos um mapa do site e apresentamos para nosso

cliente empresário. Assim, ele reconheceu as novas ideias e até se surpreendeu, pois achava

que era mais simples, e ajudou no reconhecimento do valor.

Competência 03

Page 50: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

50

Figura 22 – Exemplo de mapa do site. Fonte: Próprio autor.

Que tal exercitarmos o conteúdo com mais um exemplo? Use as informações coletadas no seu card sorting e crie um mapa do site, mostrando como a sua página inicial se liga às

páginas secundárias e como estas se ligam às demais páginas.

Uma vez que sabemos a quantidade de páginas e como elas estão dispostas temos que

entender o fluxo de navegação.

3.2 Fluxo de navegação

Também conhecido como Fluxo de Tarefa é uma técnica que identifica caminhos ou processos

que o usuário fará enquanto avança na utilização do website ou sistema.

Competência 03

Page 51: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

51

Figura 23 – Exemplo de Fluxo de Tarefa Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig07.gif

Em 2000, Jesse James Garrett, iniciou o desenvolvimento de uma biblioteca de vocábulos

visuais. Seu objetivo era ter uma formalização de diagramação para fluxos de navegação.

Esta biblioteca de vocábulos visuais é simplesmente um conjunto de símbolos que compõem

um diagrama, baseado em um modelo conceitual para prover:

Caminhos para o usuário do website;

A movimentação do usuário ao longo desses caminhos através de ações;

Ações que geram resultados na navegação.

Agora, vamos ver cada um destes símbolos para gerarmos nossos diagramas.

3.2.1 Páginas, arquivos e conjuntos

A página é a unidade básica de experiência do usuário na Web. No diagrama é representada

como um retângulo simples. Ela corresponde ao que o usuário recebe em seu navegador e

pode ser feita das seguintes maneiras:

Através de vários arquivos HTML (como no caso de uma página que contém um iframe -

veremos em outra competência o que são iframes).

Ou quando temos um sistema programado (tomando como exemplo o PHP, vários

Competência 03

Page 52: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

52

arquivos PHP podem produzir apenas uma página). Então, este retângulo seria a representação

da página que o usuário vê.

Mas, às vezes, o usuário pode solicitar o download de um arquivo que será visto fora do

navegador. Os anexos de e-mail são um bom exemplo desse tipo de documento. Chamamos

esse tipo de documento de 'Arquivo' e para representá-los é utilizado o ícone de documento

com uma orelha dobrada.

Para representar um grupo de páginas com a mesma funcionalidade, utilizamos o símbolo de

pilha de páginas. Da mesma forma com vários arquivos.

Para distinguir as páginas e os arquivos no diagrama, utilizamos rótulos com uma identificação

para cada um. Apenas escreva o nome do identificador no meio.

Observe os exemplos na Figura 24 e um exemplo com rótulos na Figura 23.

Figura 24– Da esquerda para direita: página, arquivo, conjunto de páginas e conjunto de arquivos. Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig01.gif

3.2.2. Conectores e setas

Os hiperlinks que levam de uma página a outra são simbolizados no diagrama por linhas que

conectam os elementos. A forma hierárquica é mais organizada e pode demonstrar que o

usuário pode ir da página de cima para as opções abaixo.

Competência 03

Page 53: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

53

Figura 25 – Da esquerda para a direita: a forma hierárquica, também chamada de árvore; e a forma aleatória. Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig02.gif

Quando temos uma relação direcionada, como no exemplo da competência anterior, no item

3.3.7 PASSOS, onde o usuário segue em uma direção, utilizamos uma seta para demonstrar

isso.

Quando o direcionamento é forçado, ou seja, é obrigatório seguir em um sentido apenas,

utiliza-se uma barra cortando a seta no ponto sem retorno.

Se o conector termina em outro conector, colocamos a seta no meio inicial do conector.

Observe o exemplo na Figura 26.

Figura 26– À esquerda, acima: conector com seta indicando o provável caminho do usuário. À esquerda, abaixo: caminho com impossibilidade de retorno. À direita: conector com seta que termina em outro conector. Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig03.gif

Podemos também rotular os conectores para tornar mais clara a relação. No entanto, deve-se

utilizar de forma moderada.

Competência 03

Page 54: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

54

Figura 27 – Exemplos de rótulos em conectores. Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig04.gif

3.2.3. Conjunto corrente

Você já clicou em um link em que apareceu não só a página, mas também um pop-up, ou até

mesmo outra página? Acredito que para a maioria dos usuários da web isso aconteceu. Quando

temos a situação descrita, a representação se dá através de um semicírculo em cima do

conector. Veja o exemplo na Figura 28.

Figura 28 - Diagrama que mostra uma página com instruções sendo abertas e um arquivo sendo baixado. Tudo isso aconteceu com apenas um clique em um link na página acima. Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig05.gif

3.2.4 Separações

Às vezes, o diagrama pode ficar gigante e não caber no papel. Podemos interromper um

diagrama por falta de espaço e seguir em outra folha através de pontos de continuação. Os

Competência 03

Page 55: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

55

pontos são representados por colchetes com um rótulo que identifica a continuidade. Temos

um exemplo simples na Figura 29.

Figura 29 – À esquerda, temos um diagrama com um ponto de continuação indicando a sequência na página D, em outro diagrama. À direita, temos a continuação do diagrama e outro ponto de continuação indicando a volta. Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig06.gif

3.2.5 Áreas e áreas iterativas

Para representar um grupo de páginas que possui um ou mais atributos comuns, como um

determinado tratamento estético ou o aparecimento de uma mensagem, contornamos as

páginas com um retângulo de cantos arredondados e um rótulo.

Figura 30 – Exemplo de uma área com uma janela pop-up em comum. Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig07.gif

Você pode ter um catálogo de produtos em que cada produto tem várias páginas associadas a

ele. Você pode desenhar uma estrutura para cada produto, mas por que perder tempo? Em vez

disso, use o elemento de área iterativa, que é um conjunto de retângulos de bordas

arredondadas.

Competência 03

Page 56: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

56

Figura 31- Um exemplo de uso de área iterativa para representar uma estrutura que se repete num catálogo de produtos. Fonte: http://iainstitute.org/pt/translations/garrett_visvocab-fig08.gif

3.2.6 Sistemas programados

Este curso se limita ao projeto de páginas estáticas, como vimos na introdução. No entanto, o

web design pode participar de um projeto onde programadores desenvolvem um sistema que

gera as páginas para o usuário. Nesse caso, conhecer conceitos de programação, como

estruturas condicionais, torna-se necessário. Como não faz parte do escopo desta disciplina,

não abordamos os vocábulos referentes ao assunto.

Você pode ampliar seus conhecimentos, lendo o artigo original em português e descobrindo os vocábulos para sistemas web neste link:

http://iainstitute.org/pt/translations/000332.html

3.2.7 Exemplo de diagrama

Dando continuidade a nossa sequência de exemplos, abaixo temos o diagrama feito para o site

de nosso cantor. Talvez você tenha até percebido que não colocamos um vocábulo referente ao

arquivo de vídeo do cantor, que o nosso empresário quer tanto mostrar. Isto acontece porque

não vamos dispor o arquivo para download por conta dos diretos autorais. Planejamos mostrá-

lo na página inicial e, por isso, tanto a página principal quanto o vídeo estão representados

como o conteúdo recebido no vocábulo ‘principal’.

Competência 03

Page 57: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

57

Figura 32 – Diagrama de nosso site de exemplo. Fonte: Próprio autor.

Existem diversas ferramentas que podem ser utilizadas para gerar um diagrama como o que está acima. Uma boa ferramenta online e gratuita, a qual foi utilizada para gerar este

exemplo, pode ser acessada em www.gliffy.com

Agora é com você. Dê continuidade ao que você já fez anteriormente, crie o mapa do seu site e os fluxos de navegação. Caso não tenha feito as atividades anteriores, terá que

realizá-las antes que possa continuar. Lembre-se de que fazendo os exercícios é que se aprende de verdade.

Competência 03

Page 58: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

58

4.Competência 04 | Elaborar Layouts para Web Sites

Você se lembra da metodologia DADI? Essa metodologia é dividida em algumas fases, como

vimos na primeira parte da disciplina. Vamos recordar?

Na fase de Definição entendemos o domínio do problema. Mergulhamos no universo ao qual

pertence o site que estamos construindo. É quando entendemos o usuário do nosso site, o que

ele gosta ou não, como ele se comunica e quais comportamentos que tem. Também

entendemos nosso cliente, seus objetivos e desejos com relação ao site e os concorrentes, o

que todos têm e o que os diferenciam.

Na fase de Arquitetura pensamos na estrutura do site através de design participativo, onde o

usuário participa da criação. Podemos utilizar nesta etapa o card sorting. Também aprendemos

os tipos de estrutura de navegação mais populares. Fizemos nosso mapa do site e nosso

diagrama de fluxo de navegação, para ajudar a equipe de criação, nosso cliente e até nós

mesmos a entender a complexidade do site.

Agora, passamos para a fase de Design e vamos nos preocupar em como construir todo o

conteúdo do site da forma mais atrativa para o usuário. Iremos ver um pouco sobre

conhecimento estético aqui. Mas este conteúdo é extenso demais para ser abordado nestas

simples páginas, então é necessário que você sempre pesquise na web, buscando por sites que

acrescentem conhecimento nesta área. Com o tempo, você vai adquirir experiência e

desenvolver sensibilidade suficiente para criar mais e copiar menos soluções estéticas que

funcionem.

Você pode até estar pensando que finalmente irá para a parte divertida, a de fazer o site. Mas a

coisa não funciona bem assim. Também existe uma metodologia utilizada pelos profissionais

para melhorar o processo de criação. Passaremos pela produção dos wireframes, layouts e

protótipo das páginas, antes de fazer o site. Vamos entender esses novos termos?

Competência 04

Page 59: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

59

Na metodologia DADI, a parte do projeto estético, a criação da aparência do site, é categorizada com Design, mas vimos durante nossa jornada que o ato de design vai bem

além da aparência.

O wireframe é uma ilustração que define a estrutura de cada página: onde ficará cada

pedaço do conteúdo e elementos de navegação.

O layout está focado nos elementos visuais, a aparência propriamente dita. O layout

permite que criemos uma ou mais imagens das páginas, como um quadro estático, para

submeter à aprovação do "gosto" do cliente. Definimos todos os elementos visuais e

tipográficos que caracterizam a identidade visual e que serão colocadas no site: imagens,

ilustrações, grafismos, cores, formas, etc.

O protótipo normalmente é utilizado em sites dinâmicos, onde existe um sistema por

trás. Neste caso, a parte do designer web pode ser feita com relativa independência antes de

ser anexada ao sistema. O protótipo tem a intenção de ser o mais próximo possível do

resultado final, simulando uma função ou outra, para sentir o resultado e descobrir brechas que

passaram despercebidas quando se planejava a solução.

Então, vamos começar o trabalho?

4.1 Wireframe

Na competência anterior fizemos o esqueleto hierárquico do site inteiro. Nesta sessão vamos

fazer o esqueleto da página. Vamos utilizar uma técnica chamada Wireframe. Na Wikipedia

temos a definição de que o wireframe de site web é um guia visual básico usado em design de

interface para sugerir a estrutura de um website e relacionamentos entre suas páginas. Um

wireframe web é uma ilustração semelhante à do layout de elementos fundamentais na

interface. Normalmente, wireframes são concluídos antes que qualquer trabalho artístico seja

desenvolvido.

Competência 04

Page 60: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

60

Saiba mais sobre wireframe em http://pt.wikipedia.org/wiki/Website_wireframe

A Figura 33 mostra um exemplo de wireframe web.

Figura 33– Exemplo de wireframe. Observe as áreas de conteúdo e onde ficam os elementos de navegação. Fonte: http://f2.washington.edu/sm/sites/default/files/wire-frame.png

O wireframe pode ser feito utilizando lápis e papel ou algum programa gráfico. Existem vários

programas online destinados a esta finalidade, pagos e gratuitos. Alguns deles permitem

inclusive características interativas aos wireframes. Como você fará vai depender do estilo do

web designer. Observe na Figura 34 e 35 mais exemplos.

Competência 04

Page 61: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

61

Figura 34 – Wireframe a mão. Fonte: http://images.sixrevisions.com/2010/10/28-36_sketchedwireframe.jpg

Figura 35 – Wireframe utilizando uma aplicação. Fonte: http://images.sixrevisions.com/2010/10/28-37_polishedwireframe.png

Existem diversos softwares, muitos online e gratuitos, para o desenho do wireframe com uma ou mais funcionalidade. Alguns até simulam o desenho a mão. Para os exemplos deste

caderno, foi utilizado o Creately em https://creately.com

Competência 04

Page 62: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

62

Apesar dos exemplos apresentarem uma página, vamos construir a quantidade de páginas que

forem necessárias para expor todo o conteúdo do site que estamos desenvolvendo. Quando o

wireframe para determinado conteúdo mudar, teremos que fazer outro, mesmo que possua

uma alteração pequena. Às vezes, um site pode ser um hotsite, um site muito pequeno. Neste

caso podemos ter apenas um wireframe para todo conteúdo apresentado. Mas não se engane.

Pode parecer menos trabalhoso, mas não é.

Com a experiência, o processo de wireframe ficará mais fácil e intuitivo. Mas quando se é

iniciante, a tendência é reutilizar exemplos que funcionam e deixar para ser original mais tarde.

Visitar sites semelhantes e analisar sua estrutura é a melhor maneira para acelerar esse

processo. Mas é bom ter em mente o que procurar quando se visita outros sites. Para ajudar na

análise dos sites que você pesquisar, vamos abordar um pouco de gestalt.

4.1.1 Gestalt para websites

A maioria das pessoas vê e entende as formas da mesma maneira. Os Princípios da Gestalt

analisam esse fenômeno. Gestalt também é conhecida como psicologia da forma. Assim, é

fundamental que o web design considere esses princípios na produção do website. A gestalt é a

lógica científica por trás de tudo que orienta os designers a chegar a um grande projeto.

Para saber mais sobre gestalt leia em http://pt.wikipedia.org/wiki/Gestalt

4.1.1.1 O Princípio da Gestalt

Gestalt é uma palavra alemã que significa "a essência ou forma de uma entidade configurada".

Esta definição pode ser a regra mais importante do design.

Se eu lhe pedisse para começar a fazer um site, provavelmente, você começaria com um

Competência 04

Page 63: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

63

detalhe ou outro, como curvas, bordas, sombras, fontes, etc. Não que esteja errado, mas se o

cliente não gostar, todo seu esforço foi jogado no lixo. Para levar vantagem na avaliação você

precisa entender como o cérebro processa a informação visual.

Quando os olhos percebem algo pela primeira vez, ele tenta entender a forma geral e depois se

preocupa com os detalhes. Vamos tentar entender essa ideia. Observe a Figura 36. Qual a

primeira coisa que você percebe? Seria um senhor e uma senhora de frente um para o outro,

ou outra coisa?

Figura 36 – O cérebro tenta compreender o todo, percebendo a forma de um ho-mem e uma mulher, posteriormente nota os detalhes e percebe dois homens de sombreiros, um deles tocando violão. Fonte: https://cdn.tutsplus.com/webdesign/uploads/legacy/069_Gestalt/ges talt _1.jpg

Os detalhes da pintura mostram outra imagem. Dois homens de sombreiro, um deles com um

vaso e outro com um violão, tocando em uma fonte com uma mulher escutando em frente a

uma casa.

Agora, vamos mostrar como os detalhes têm bem menos importância que o todo. Observe as

duas imagens da Figura 37.

Competência 04

Page 64: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

64

Figura 37 – Outra imagem onde o todo é uma representação e as partes formam outra. Fonte: https://cdn.tutsplus.com/webdesign/uploads/legacy/069_Gestalt/gestalt_2.jpg

À primeira vista, as duas imagens podem parecer idênticas, no entanto, existem cinco

diferenças entre elas. As diferenças são tão sutis que quase não têm impacto sobre o todo.

1. O pássaro preto no canto superior esquerdo está olhando na direção contrária.

2. O sombreiro do homem da esquerda é diferente.

3. A bengala do homem está invertida e é um pouco mais escura.

4. Os tijolos da calçada na parte inferior são maiores na imagem da direita.

5. A mulher está olhando na outra direção.

Isto acontece porque é muito mais rápido perceber o todo do que entender todos os detalhes

para se extrair um significado. Agora, veja o monte de manchas em um papel branco da Figura

38. Consegue perceber algo?

Competência 04

Page 65: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

65

Figura 38 – Imagem em preto e branco de manchas. O cérebro busca compreen-der e entende como um dálmata farejando uma calçada. Fonte: https://cdn.tutsplus.com/webdesign/uploads/legacy/069_Gestalt /gest alt_4.jpg

Acredito que, se você ficar analisando a imagem como um todo e não os detalhes, irá perceber

um dálmata farejando uma calçada à sombra de uma árvore. O todo é mais forte que as partes,

ao menos inicialmente. É a primeira impressão.

Com um website funciona da mesma forma. O projeto nunca é identificado inicialmente pelas

suas partes, como o cabeçalho, a navegação, conteúdo, botões. O projeto é visto como um

todo.

4.1.1.2 Aplicando a Gestalt

Treine sua visão para reconhecer a silhueta do website. Para lhe ajudar temos na Figura 39

alguns sites e suas respectivas silhuetas. A silhueta do site é a primeira identificação que o

cérebro fará como forma do site. Alterações tentando mudar qualquer coisa que não seja a

forma principal resultarão, mais ou menos, no mesmo design. O sentimento do cliente a este

respeito foi de que nada, ou quase nada foi feito. Agora treine seu reconhecimento da gestalt

estrutural.

Competência 04

Page 66: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

66

Figura 39 – Silhueta de diversos sites. Fonte: http://webdesign.tutsplus.com/articles/the-gestalt-principle-design-theory-for-web-designers--webdesign-1756

É claro que nada impede você de utilizar o mais seguro atualmente, que é a forma quadrada, no

canto inferior direito da Figura 40. Mas modificando a silhueta do seu site, você pode conseguir

um site criativo e singular. Comece com um recipiente onde os detalhes serão adicionados.

Uma casca estrutural que retrata seu projeto de forma global. Quando você fizer isto e o cliente

estiver satisfeito com a estrutura, utilize o wireframe e trabalhe nos detalhes.

Agora que recebemos todo esse conhecimento, vamos utilizar o exemplo que já estamos

trabalhando há algum tempo, o do nosso cliente empresário sertanejo, e fazer o wireframe do

site do cantor. Para isso, investigamos as silhuetas dos sites que ele nos deu de referência e

inovamos fazendo algo bem diferente. Aproveitando o requisito de exibir um vídeo de

divulgação do cantor, colocaremos o vídeo como fundo da página e o texto acima dele no lado

direito. Ficará bem diferente dos concorrentes. Tenho certeza de que nosso cliente irá adorar.

A Figura 40 contém o wireframe para este tipo de site.

Competência 04

Page 67: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

67

Agora é a sua vez. Faça os wireframes das páginas que possuem conteúdo diferente, como texto, vídeo, imagens, informações tabulares. Lembre-se de que, se o seu site possui apenas um wireframe, você só poderá utilizar aquela diagramação. Caso precise de outras, significa

que você errou na sua análise de quantos wireframes seriam necessários. Pense bem.

Figura 40 – Wireframe do projeto de exemplo. Na página inicial será exibido um vídeo com fundo da página e nas outras páginas o vídeo será substituído por uma imagem grandiosa do cantor. Fonte: Próprio autor.

4.2 Layout

O layout é uma representação visual da página. Ele contém os elementos estéticos, formas,

cores, fontes, grafismos, entre outros que correspondem à aparência do site, mais ainda sem se

apresentar como um site funcional com hiperlinks e animações. O layout normalmente é feito

por cima da estrutura de wireframe.

Mas, antes de colocarmos a mão na massa, ou melhor, no lápis, e sair desenhando, vamos

compreender um pouco sobre aparência e como as pessoas apreciam ou não a estética de algo.

Estética tem seu significado, mas no nosso contexto, quer dizer como a página é percebida pelo

usuário.

Competência 04

Page 68: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

68

Estética [...] estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos [...]

Saiba mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9tica

À medida que o designer vai ganhando experiência, e adquirindo mais conhecimento, vai

aumentando sua compreensão nesta área e ampliando sua biblioteca visual. Esta experiência

vai facilitando o trabalho de criação com o tempo. Então, no começo é normal copiarmos uma

coisa ou outra que julgamos bonito, mas não podemos viver sempre atrás das criações de

outros. Temos obrigação de sempre melhorar e sermos originais.

Vamos, então, começar pelo básico? Um site deve ter uma identidade visual. Isto quer dizer

que o conjunto de páginas do site deve conter uma série de elementos que o caracterizem

como pertencentes a um contexto. Assim, o usuário sabe que ainda está naquele site e não em

outro ou, então, que saiu do site e está em outro contexto. Uma identidade visual deve ser

uniforme. Ela muda o mínimo possível para se adaptar ao conteúdo que estiliza.

Identidade visual é o conjunto de elementos formais que representa visualmente, e de forma sistematizada, um nome, ideia, produto, empresa, instituição ou serviço.

Saiba mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Identidade_visual

Competência 04

Page 69: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

69

Figura 41 – O site CSS Zen Garden é como um museu. Ele expõe várias identidades visuais com qualidade profissional para a mesma página. Seria como se a página trocasse de roupa se adequando ao tema escolhido pelo autor. Fonte: www.csszengarden.com/

Onde tem criatividade não existe receita. Assim, não temos uma fórmula que resume o que

funciona ou não esteticamente em um site. No entanto, a experiência foi mostrando que

algumas coisas funcionam e outras não. Não são regras, a originalidade de seu trabalho pode

estar justamente em se contrapor às dicas mostradas a seguir. Mas, para dar certo, você tem

realmente que saber o que está fazendo. Então, ao menos no início da carreira profissional, não

custa seguir os conselhos que vamos citar a seguir.

4.2.1 Fontes complicadas

Não utilize fontes que os usuários terão dificuldade para ler. Existe uma grande quantidade de

fontes diferentes e ornamentadas à disposição. Caso você utilize uma dessas fontes que

prejudique a leitura do conteúdo, estará sabotando o projeto do site. Como iniciante, não

arrisque. Principalmente agora em que as páginas web podem ser lidas em celulares que

possuem uma tela menor. Concentre-se em aprender quais fontes são melhores ou piores de

serem lidas. Simplicidade pode ser um elemento importante neste ponto.

Competência 04

Page 70: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

70

Figura 42– Na imagem estamos utilizando a fonte Old English Text MT toda em maiúscula para mostrar a dificuldade de leitura em fontes ornamentais. Fonte: Próprio autor.

4.2.2 Escolhas simples

Como o mercado oferece várias fontes complicadas, utilize fontes simples. Encontre algumas

fontes que são fáceis de serem lidas e aprenda a reconhecer quais funcionam melhor em telas

pequenas e que “humor” a fonte transmite. Algumas fontes são mais sérias, outras mais

simpáticas. A Arial é uma excelente fonte para web. Experimente outras comparando com ela.

4.2.3 Pouco texto

Grande parte das pessoas tem horror a ler uma grande quantidade de texto. Principalmente

quando não precisam. E agora com a utilização de dispositivos móveis como tablets e celulares

para acessar a web, isto se tornou uma preocupação.

4.2.4 Poucas fontes

Costumamos seguir uma regra básica em design: “Menos é mais”. Isto quer dizer que quanto

menos colocarmos, melhor fica. Um bom conselho é utilizar apenas uma fonte.

Você pode até fazer um grande projeto gráfico com mais de um tipo de letra, mas, se você está

começando a aprender sobre design, não se iluda. Você vai absorver muito mais se você se

esforçar para encontrar a fonte adequada para transmitir a mensagem do site e utilizar outros

aspectos como tamanho, alinhamento e até espaços em branco para enriquecer a aparência.

Competência 04

Page 71: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

71

Figura 43 – A utilização de várias fontes descaracteriza e complica o reconhecimento. Fonte: Próprio autor.

4.2.5 Escala Tipográfica Modular

Com a produção se utilizando de ferramentas digitais, o designer ganhou um grande poder de

fazer um design “ruim”. Eu explico. Para a maioria das pessoas, todo esse poder só complica as

coisas. Oferece opções demais e a pessoa fica perdida em qual escolher, aumentando as

chances de fazer uma bobagem. Isto acontece com o tamanho das fontes. Para não errar, siga

uma escala harmônica. Como assim? Em uma identidade visual, utilize as fontes seguindo esta

escala de pixels: 5, 7, 9, 12, 16, 21, 28, 37, 50, 67 e 83. Esta escala possui uma razão de ser e vai

ajudar a harmonizar as relações de tamanho entre os blocos de texto de sua página.

Caso tenha interesse em saber como esta série foi produzida, acesse o link http://webdesign.tutsplus.com/articles/how-to-establish-a-modular-typographic-scale--

webdesign-14927 O texto está em inglês.

Figura 44 – Escala tipográfica modular. Fonte: http://webdesign.tutsplus.com/articles/how-to-establish-a-modular-typographic-scale--webdesign-14927

Competência 04

Page 72: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

72

4.2.6 Nunca justifique o texto

Quando você justifica um texto em ambos os lados, direito e esquerdo, o espaço disponível

entre as palavras é estendido. A imprensa padronizou esta formatação para caracterizar os

blocos. Só que, antigamente, o texto era pensado e projetado para ficar justificado e palavras

eram substituídas para alcançar este efeito. No entanto, para a web, a justificação causa

lacunas desagradáveis que interrompem o fluxo de leitura. A aparência da página existe para

melhorar a leitura do conteúdo disponibilizado.

Figura 45 – O texto justificado interrompe o fluxo de leitura com lacunas desagra-dáveis. Fonte: https://s3.amazonaws.com/cms-assets.tutsplus.com/uploads/users/30/po sts /194 44 image/ 9-win s-rivers.png

4.2.7 Utilize menos ornamentação

Lembra da nossa regra básica “menos é mais”? Então, os elementos estéticos da página estão

ali para tornar o conteúdo mais interessante. Todos os elementos competem por atenção em

uma página, mas o principal é o conteúdo. Evite utilizar excesso de ornamentação. Basta ter um

bom motivo para colocar algo. Se você não encontra esse motivo, talvez ele não seja

necessário.

Competência 04

Page 73: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

73

Figura 46 – Muitos detalhes podem atrapalhar ao invés de ajudar. Fonte: Padrão Science de Fabricio Marques, http://thepatternlibrary.com/

4.2.8 Defina a cor

Você já percebeu que as marcas mais poderosas lembram uma cor? Por exemplo, o Twitter

(azul), o Youtube (vermelho), o Microsoft Excel (Verde). Uma cor domina estas marcas,

facilitando o reconhecimento. Escolha uma cor que retrate bem o seu projeto e deixe bem

marcante. Você pode utilizar vários tons e matizes dessa cor em conjunto.

Figura 47 – O azul da marca do Twitter é a cor dominante de suas páginas. Fonte: https://twitter.com/

Competência 04

Page 74: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

74

4.2.9 Enxergue o invisível

Todas as dicas anteriores têm a intenção de ajudá-lo a simplificar suas decisões para que você

possa enxergar as coisas "invisíveis" no design. Ou seja, as partes vazias de nosso layout são tão

importantes quanto as que contêm elementos. Assim, o vazio direciona a visão para os pontos

com elementos, simplificando o entendimento do conteúdo.

Afinal, somos avarentos cognitivos e nos distraímos facilmente por coisas brilhantes, como

fontes e cores. Com isso, ignoramos os elementos realmente importantes, que fazem um

design limpo e coeso: o dimensionamento dos elementos, o relacionamento entre eles e a

quantidade de espaços em branco. Você não faz ideia do quão poderoso é um espaço em

branco.

Para entender melhor a utilização do espaço em branco, leia este artigo http://designechimarrao.com.br/a-importancia-da-area-de-respiro/

Estas regras foram originalmente escritas por David Kadavy e usadas como base para este texto. Você pode encontrar o original em inglês no link

http://webdesign.tutsplus.com/articles/9-quick-wins-for-halfway-decent-design--cms-19444

4.2.10 Considerações

É claro que todos os itens anteriores são dicas para ajudar o design iniciante. Quando você

ganhar experiência poderá ir experimentando com mais segurança, indo de encontro ao

conhecimento que foi exposto. Mas, por enquanto, seguir as dicas é a melhor maneira de

aumentar suas chances de sucesso.

Vejamos um exemplo:

Competência 04

Page 75: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

75

Nosso cliente empresário está muito ansioso para ver o site. Mas não podemos colocar o carro

na frente dos bois. Mostraremos para ele o layout para uma análise. Se ele estiver incerto,

podemos montar um protótipo que vai ter alguns links funcionais e ele poderá sentir melhor

nossa proposta. Caso ele aceite, podemos seguir adiante e fazer o site propriamente dito. A

Figura 48 mostra nossa proposta.

Figura 48 – Layout do site. Compare com o wireframe do exemplo anterior e verifique a correspon-dência entre elementos de navegação e conteúdo com a imagem. Fonte: Próprio autor.

4.3 Prototipação

Durante a carreira de um web designer nem todos os trabalhos serão simples. Pode acontecer

de uma empresa de desenvolvimento web contratar os serviços de um web designer para que

ele dê uma interface adequada a um sistema que está sendo desenvolvido por programadores.

Estes sistemas podem ter diversas telas e características inovadoras onde interfaces comuns e

consagradas não funcionam. Mas como saber? Como descobrir que aquilo que funcionou tão

bem até agora, não serve para o sistema? Para isso, temos a prototipação.

A técnica simula o sistema antes de ele funcionar. Colocamos em papel as estruturas de

navegação e utilizamos uma pequena amostra para testar a aplicação. O teste consiste em

Competência 04

Page 76: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

76

colocar o wireframe em papel na frente da pessoa e solicitar que ela faça determinada tarefa

como se fosse um sistema de verdade. Você não deve ajudar, mas deve anotar qualquer

dificuldade que a pessoa tenha. O teste repete-se com várias pessoas. Quantas puderem ou

forem necessárias. Se o problema se repetir em mais de uma, aquele wireframe deve ser

modificado. Uma dica, antes de iniciar o teste, informe à pessoa que o que você está testando é

o sistema e não ela, para que ela não se constranja por não conseguir realizar a tarefa.

O YouTube possui diversas demonstrações de experiências de prototipação. Você pode

encontrar facilmente, procurando vídeos com as palavras-chaves ‘prototype paper’.

Assista a uma demonstração de prototipação de um sistema e de um jogo nos links abaixo. www.youtube.com/watch?v=4WbxisFDYk4 www.youtube.com/watch?v=k-nfWQLmlMk

O protótipo não é necessário quando temos sistemas pequenos e comuns, mas se você ficou na

dúvida de que sua ideia original, bem inovadora, será entendida pelas pessoas, vale a pena

realizar a prototipação para evitar decepções futuras. Sairá bem mais barato do que ter que

refazer tudo depois de pronto.

Este é o final da nossa competência 4, na próxima competência iremos conhecer os padrões

web. Os padrões são tecnologias que transformarão em realidade suas ideias. Daqui em diante

seu empenho será mais cobrado do que nunca. Por isto, leia, releia se não entendeu, faça todos

os exercícios propostos, procure novas informações na web, e tire suas dúvidas no fórum.

Chegou a hora de você mostrar seu talento. Em cada competência passada mostramos, de pouquinho em pouquinho, um rico conhecimento sobre a metodologia do web design. Tudo

isto culminou aqui. Se você não fez os exercícios anteriores, ainda é tempo de fazer. Com eles prontos, você pode criar a solução para aquele seu amigo que lhe ajudou na primeira

competência. Faça o layout para submeter ao gosto do cliente. Utilize o wireframe do exercício anterior como base para construção da aparência. Faça um layout que engaje as pessoas a

querer acessá-lo.

Competência 04

Page 77: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

77

5.Competência 05 | Conhecer os Padrões Definidos pela W3C para

Representação e Criação de Websites

Na competência anterior finalizamos a fase de Design da metodologia DADI. Devemos ter,

agora, a aparência de todos os elementos de nosso site. Já mostramos para o cliente como ia

ficar, refinamos o layout e, se necessário, fizemos um protótipo. É recomendado sempre testar

as coisas antes de colocar no mercado, não é? Agora, vamos transformar nosso produto em um

site real. Entramos na fase mais ligada à construção agora.

Para iniciarmos, existe uma série de siglas que são referentes às tecnologias que vamos usar e

que devemos conhecer, entre elas, W3C, HTML, CSS, JavaScript, DNS, DOCTYPE, entre outras.

Mas não se assuste. Iremos com calma e você vai terminar conhecendo melhor todas essas

tecnologias.

No início de nossa disciplina, lá pela competência 1, introduzimos você um pouco no universo

do profissional web designer. Nesta competência, iremos terminar este serviço. Então, vamos

lá!

5.1 A estrutura da internet

Vimos na primeira competência uma breve história da internet. Agora, precisamos saber, por

alto, como ela funciona. Precisamos entender como é que escrevemos um endereço de um site

e como posteriormente a página correta aparece em nosso navegador. O que será que

acontece no meio disso tudo?

Sabemos que a internet é uma rede de redes, e que cada rede que forma a internet pode

possuir computadores, celulares, impressoras, ou até outras redes, como em uma lan house. É

um emaranhado de conexões que se assemelham a rodovias que ligam cidades e levam

produtos e serviços de um lugar a outro.

Competência 05

Page 78: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

78

Para mais informações sobre a internet, acesse http://pt.wikipedia.org/wiki/Internet

Figura 49 – Mapa parcial da Internet em 15 de janeiro de 2005, baseado em dados da opte.org. Fonte: www.opte.org/maps/

A estrutura da internet é classificada como cliente/servidor. É assim chamada porque

aplicações, que são clientes, solicitam algo a aplicações servidoras. Tanto uma como outra

funcionam em computadores, que estão em locais diferentes, mas conectados pela internet.

Para que eles possam se comunicar precisam de duas informações: um endereço único e uma

forma de comunicação. Assim, cada máquina possui um IP, Internet Protocol, como um CEP; e o

TCP, Transmission Control Protocolo, as regras de como os dados circulam na rede.

Assista no vídeo uma explicação sobre a estrutura da internet www.youtube.com/watch?v=HNQD0qJ0TC4

Competência 05

Page 79: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

79

Dessa forma, vários serviços podem utilizar a internet para funcionar. O e-mail é um deles. O e-

mail é a troca de mensagens de forma assíncrona. Isto quer dizer que a pessoa que recebe um

e-mail não precisa estar de prontidão, esperando em frente ao computador, para receber a

mensagem, como acontece no telefone, que é síncrono. O serviço de e-mail tem aplicações

clientes e aplicações servidoras que gerenciam a troca de mensagens.

5.2 URL

Vimos também, na competência 1, que a WWW não é igual à internet. A WWW utiliza a

internet como meio de tráfego para serviços que servem às páginas dos sites. Assim, nós

solicitamos uma página através de um endereço, acionamos um protocolo de comunicação

com o aplicativo que fornece a página e nosso navegador lê o documento recebido e monta

seus elementos para que possamos ver. Observe na Figura 50 o passo a passo.

Figura 50 - Ilustração que mostra os passos simplificados da solicitação de uma página web para uma aplicação. Fonte: próprio autor.

As páginas ficam hospedadas em um servidor web. O mais popular é o Apache. Devemos

Competência 05

Page 80: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

80

contratar um servidor web para que possamos disponibilizar nosso site para o mundo. Além

disso, precisamos de um endereço único para ele. Este endereço chama-se URL, Uniform

Resource Locators.

Você percebeu que apesar do IP ser um número, não digitamos números no navegador para

solicitar uma página a um servidor web, e sim nomes. Bem mais fácil, né? Esse nome é a URL,

um endereço para um determinado serviço.

Figura 51 – Navegador exibindo a página de busca da Google. A URL está na barra de navegação. Fonte: Próprio autor.

Observe na Figura 51 a URL do serviço de busca do Google para o Brasil. O endereço que está lá

é o https://www.google.com.br e é composto de várias partes. Estas partes podem ser vistas

como o nome de países, estados, cidades, bairros e ruas que o serviço dos Correios utiliza para

entregar cartas e pacotes.

Vamos conhecer melhor estas partes?

https:// é o protocolo para tráfego de páginas web de forma segura. Quando não

precisa de segurança é utilizado o http:// ;

www. é o nome do host relacionado com o site. Existe uma discussão sobre a futura

Competência 05

Page 81: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

81

remoção desta parte. Você pode encontrar alguns URLs que não possuem esta parte;

google. é o nome do domínio. Domínio é um conjunto de recursos relacionados;

com. é a classificação do propósito do serviço. Podemos ter edu. para serviços de

educação, org. para organizações não governamentais, entre muitos outros;

br/ refere-se à localização do serviço. No caso br. é Brasil e quando não possui

localização refere-se aos Estados Unidos.

Estas partes são separadas por ponto e ao final temos uma barra. Após a barra temos o

recurso. O recurso é algum arquivo do site, podendo ser uma página html, imagem, arquivo de

vídeo, entre muitos outros, ou uma pasta onde está localizado o recurso.

É muito importante que você entenda muito bem estas partes. Observe alguns endereços web

e identifique as partes. Você terá que escrever muitos desses endereços nas páginas que fará.

5.3 URL absoluta e relativa

Ao escrevemos as páginas HTML utilizamos as URLs nos hiperlinks. Mas não precisamos

escrever a URL completa do recurso, que chamamos de absoluta. Podemos utilizar o ponto-

ponto no início da URL para copiar o que falta do endereço atual. Chamamos este endereço de

relativo.

Vamos ver alguns exemplos:

www.meusite.com.br/index.html

Endereço absoluto do recurso index.html que é uma página HTML.

www.meusite.com.br/fotos/foto001.jpg

Competência 05

Page 82: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

82

Endereço absoluto do recurso foto001.jpg que está na pasta fotos.

O endereço relativo sempre é relativo a outro recurso, geralmente uma página HTML. Vamos

adotar, neste nosso site de exemplo, que o ponto de partida é a index.html do endereço acima.

O endereço relativo do recurso foto001.jpg será:

../fotos/foto001.jpg

No caso os dois pontos consecutivos substituem http://www.meusite.com.br como um

coringa.

Este conhecimento é de extrema importância. Você deve entendê-lo perfeitamente para

prosseguir nas próximas competências, porque é através dessas URL que ligamos uma página a

outra com os hiperlinks. Se colocar o endereço errado, a página não será encontrada e o

usuário receberá uma mensagem de erro.

5.4 Registrando um DNS

O DNS significa Domain Name System. Cada site possui o seu domínio na internet como o

Google e o Facebook. Para um site ser publicado na internet precisa ser registrado. Cada país é

responsável por este serviço. Você pode registrar seu domínio em http://registro.br/, como no

exemplo da Figura 52. Nele você pode pesquisar se o domínio está disponível e alugar este

domínio por um determinado tempo. O valor depende do tempo, sendo que tempos maiores

de um ano possuem desconto.

Competência 05

Page 83: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

83

Figura 52 – Serviço de registro de DNS no Brasil. Fonte: Próprio autor.

5.5 IDEs

Agora que você já conhece um pouco sobre a web, vamos colocar a mão na massa. Você pode

estar se perguntando, que programa podemos utilizar para construir páginas web?

Você pode fazer um site web completo utilizando apenas o Bloco de Notas, Notepad, do

Windows, ou qualquer editor de texto, como no exemplo da Figura 53. Não utilize o Word.

Neste caso é melhor utilizar o Bloco de Notas por ser um editor mais simples.

Um arquivo HTML é um texto que o navegador interpreta e monta para você visualizar. Como

uma receita, são as instruções para preparar um bolo, por exemplo.

Competência 05

Page 84: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

84

Figura 53 – Página HTML escrita no Bloco de Notas do Windows e sua exibição no navegador. Fonte: Próprio autor.

Escrever todas as páginas no Bloco de Notas funciona, mas outras aplicações são especializadas

para este serviço. Chamamos de IDE (Integrated Development Environment), um ambiente

integrado para desenvolvimento. Temos várias IDEs gratuitas e pagas disponíveis para

donwload. Veja uma lista com algumas gratuitas.

www.sublimetext.com/

Sublime Text 2 é uma das mais conhecidas e populares do Mercado;

http://aptana.com/

Aptana é uma IDE baseada em um ambiente de programação completo, que possui mais

recursos e consequentemente é mais complicada.

Existem muitas outras, mas o mais importante é saber que elas funcionam como um editor de

texto. Você pode escolher aquele que mais lhe agrada. Só atente que, no caso no Bloco de

Notas, você deve salvar o seu arquivo com a extensão .html, para o navegador saber do que se

trata.

Até aqui falamos muito sobre arquivos HTML. Mas você sabe o que são estes arquivos? Antes

de explicarmos como eles são escritos, vamos expô-los de modo abrangente. Nas próximas

competências eles serão abordados de forma mais específica.

Competência 05

Page 85: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

85

5.6 W3C e os padrões Web

A web só cresceu ao ponto que vemos hoje por conta dos padrões e do fato de que eles são

abertos, ou seja, não possuem uma empresa como dona. No entanto, um corpo sem cabeça

não sabe para onde ir. Isto quer dizer que alguma organização precisa cuidar dos padrões para

que eles possam cumprir seu propósito e evoluir cada vez mais.

Quem define e cuida dos padrões web é uma organização chamada W3C, WWW Consortium.

Quem mantém esta organização são grandes empresas que têm interesse que a web cresça e

evolua, como a IMB, Microsoft, Google, entre outras. Assim, a W3C define as regras dos

padrões, e as empresas que desejam os seguem. O que isto quer dizer?

Vamos ver no caso do padrão HTML. A W3C estuda e define como o HTML funciona para

construir documentos HTML. Então, distribui um documento, como um PDF, contendo as

regras do padrão. As empresas que desejam construir um navegador web utilizam o

documento para compor um navegador que sabe ler documentos HTML. Assim, todo

navegador web irá mostrar o HTML da mesma forma, pois todos seguem o mesmo padrão.

Figura 54 – Site da W3C em sua versão em português. Fonte: www.w3c.br/

O HTML 5 é um conjunto de novos padrões compostos pelas versões mais atuais do HTML, CSS

Competência 05

Page 86: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

86

e JavaScript. Foi utilizado o nome HTML 5 para este conjunto por ser mais popular e facilitar a

publicidade. Existem muitos outros padrões relacionados à web, mas vamos focar nesta tríade.

Ainda nesta competência gostaria que você tivesse um primeiro contato com as tecnologias.

Nada muito complicado. Apenas o início de qualquer site. Assim, poderemos iniciar o

aprendizado de cada um dos padrões já com um conhecimento prévio. Será um exemplo bem

simples.

5.7 HTML

O HTML é um acrônimo para Hipertext Makup Language, que significa linguagem de marcação

para hipertexto. Hipertexto nada mais é que do que um texto fragmentado em páginas

conectadas por hiperlinks, e pode ser lido de forma não linear. Ou seja, você começa a ler em

um lugar e se quiser pode parar de ler e seguir para outra página, fazendo seu próprio fluxo de

leitura.

O HTML serve para estruturar, hierarquizar e agora, com o HTML 5, contextualizar o conteúdo

daquela página. Neste caso, você terá um conteúdo que será exibido na página. Formataremos

uma estrutura com uma cabeça e um corpo, depois vamos hierarquizá-la marcando os níveis

externos dos internos e, depois, poderemos contextualizá-lo para, por exemplo, o navegador

saber que aquele pedaço de texto é um menu e não um título.

Observe que não falei nada sobre cores, imagens ilustrativas, brilhos e truques. Isso se deve

porque “estilizar” não é o trabalho do HTML. Estilos é um trabalho que pertence a outro

padrão, o CSS. Mas, vamos com calma. Iremos fazer nossa primeira página, a página inicial.

Aquela que vemos pela primeira vez quando entramos em um domínio.

Esta primeira página comumente é chamada index.html, mas pode ser default.html, ou até

possuir outra extensão, index.htm e default.htm. Mas o comum, e a que vamos utilizar aqui, é

index.html. Tenha cuidado com a extensão. Se você utilizar o Bloco de Notas do Windows, ele

irá salvar com a extensão .txt, mesmo que você coloque .html. Então, verifique se no seu

Competência 05

Page 87: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

87

arquivo não está escrito index.html.txt. Se tiver, você terá que renomear para index.html. Para

evitar que isto aconteça, ao renomear como index.html selecione a opção Todos os arquivos

no Tipo de Documento.

Comece criando uma pasta com o nome de seu projeto em um lugar fácil, pode ser na área de

trabalho. Depois abra seu editor de texto escolhido e salve o arquivo dentro desta pasta com o

nome index.html. Quando colocamos uma URL no navegador e não colocamos o nome da

página, o servidor nos envia a index.html. É bem prático.

Observe na Figura 55 a pasta e o arquivo no Bloco de Notas.

Figura 55 – Pasta do projeto ‘cantor’ e página index.html na pasta. Observe que ainda não escrevemos nada no documento. Fonte: Próprio autor.

Agora, copie o código da Figura 56 no arquivo index.html. Explicaremos mais tarde cada uma

delas. Tenha cuidado de copiar exatamente igual. Caso erre alguma letra, a apresentação pode

não aparecer do mesmo jeito. Salve o arquivo.

Competência 05

Page 88: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

88

Figura 56 – Código inicial do arquivo index.html. Fonte: Próprio autor.

Vamos ver o resultado. Arraste o arquivo index.html para seu navegador. Isto irá abrir esta

página nele. Observe a Figura 57, se houver algo diferente pode ser algum problema de

digitação. Na maioria das vezes, quando estamos aprendendo, os erros são de digitação. Então,

quando algo não sair como planejado, procure o erro letra por letra.

Figura 57 – Apresentação no navegador do arquivo html de exemplo. Fonte: Próprio autor.

Observe que o documento foi apresentado com uma estilização. A fonte de título está em

negrito e em um tamanho maior, com alinhamento à esquerda. O fundo da página é branco e o

texto do parágrafo é menor. O título do texto também apresenta uma distância do começo da

página até a linha, e uma distância à esquerda e abaixo. Todas as características estéticas foram

Competência 05

Page 89: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

89

definidas pelo navegador. Quando ele não encontra um “estilo” configurado para a página, ele

utiliza esse padrão.

Para mudarmos o estilo, podemos fazer no próprio HTML, mas isto não seria profissional.

Vamos utilizar outro padrão criado especialmente para este objetivo, o CSS.

5.8 CSS

CSS é o acrônimo de Cascading Style Sheets, que em uma tradução livre seria folhas de estilo

em cascata. O motivo de ser em cascata é porque uma folha se sobrepõe a outra apenas nos

pontos que utilizamos, e sempre podemos acrescentar mais folhas por cima.

Vamos demonstrar isso. Faça um arquivo, estilo.css. Mais uma vez, tenha cuidado com a

extensão. Salve esse arquivo na pasta de nosso projeto. Observe a Figura 58 do meu exemplo.

Figura 58 – O arquivo estilo.css na pasta do projeto. Fonte: Próprio autor.

Vamos configura a cor, o tamanho, a forma, a posição dos elementos do arquivo HTML. Copie o

texto da Figura 59 exatamente igual. Se algo sair errado, procure por erros de digitação. O CSS é

Competência 05

Page 90: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

90

bem mais rigoroso do que HTML com relação a erros. Fique atento também às letras

maiúsculas e minúsculas no CSS.

Figura 59 – Conteúdo dos arquivos estilo.css e index.html. Fonte: Próprio autor.

Observe que também alteramos o arquivo index.html. Colocamos três linhas que estão

destacadas em azul na Figura 60. Elas servem para “amarrar” aquela página àquele estilo.

Assim, várias páginas podem receber o mesmo estilo. Se mudarmos ele, todas recebem as

mudanças.

Compare o resultado com a imagem da Figura 57. Explicaremos como isso aconteceu em outra

competência.

Figura 60 – Página estilizada pelo CSS. Fonte: Próprio autor.

Competência 05

Page 91: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

91

Por enquanto o que vimos hoje é suficiente. Se você ainda não está seguro no que

aprendemos, faça este mesmo exemplo mais uma vez, para sentir o processo de

desenvolvimento. Não iremos demonstrar o JavaScript, por enquanto, mas ele irá funcionar

bem parecido com o CSS. Por ele ser uma linguagem de programação, vai exigir uma atenção

maior. Até a próxima competência!

Lembre-se de que seres humanos aprendem repetindo. Então, para exercitar, comece com o site de seu amigo. Aquele que nos ajudou desde a primeira competência. Faça a primeira página e o primeiro estilo para a página dele. Utilize os exemplos desta competência, mas

descubra como modificar o texto do título e o texto do parágrafo.

Competência 05

Page 92: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

92

6.Competência 06 | Formatar um Website Usando os mais Modernos

Padrões de Marcação de Hipertexto

Agora que já sabemos o que são os padrões, de onde vieram e até já experimentamos o

gostinho de fazer o primeiro site, vamos mergulhar para valer no primeiro padrão, o HTML.

Iremos utilizar a versão mais atual do HTML na construção do site que trabalhamos até aqui,

competência por competência. Se por acaso você pulou uma, terá que voltar e ler atentamente

para entendê-la e depois continuar. Isso é necessário porque todo o caminho que percorremos

até aqui depende do anterior.

HTML 5 é o conjunto de tecnologias: HTML, CSS e JavaScript em suas versões mais recentes. A

utilização do termo HTML 5 não significa que tudo está apenas em um padrão. Trata-se de um

truque publicitário para melhorar sua adoção.

HTML 5 é o conjunto de tecnologias: HTML, CSS e JavaScript em suas versões mais recentes. A utilização do termo HTML 5 não significa que tudo está apenas em um padrão. Trata-se de

um truque publicitário para melhorar sua adoção.

Nos próximos passos irei explicar como construir as páginas através de marcações. Cada

marcação pode parecer simples, mas seu entendimento depende que você exercite. Então,

copie o exemplo, faça os exercícios que propusermos e experimente outras formas. A internet

está abarrotada de tutoriais e vídeos que podem lhe ajudar a ter o domínio do padrão. Muita

gente até desenvolveu truques interessantes com os padrões. Então, tenha dedicação e

curiosidade que o resultado será muito bom.

Vamos começar explicando que o HTML não deve ser utilizado para estilizar uma página. Por

estilizar quero dizer colocar cores, imagens, definir fontes e posições, ou seja, dar uma

aparência agradável ao conteúdo. Ela é uma linguagem responsável por estruturar, hierarquizar

Competência 06

Page 93: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

93

e, agora em sua nova versão, contextualizar a informação da página.

Estruturar significa que o documento terá um começo, um meio e um fim. Hierarquizar quer

dizer que teremos um conteúdo organizado, como se fossem caixas dentro de caixas, dentro de

outras caixas e assim por diante... E por contextualizar temos que uma informação é um título e

não um parágrafo, nem um endereço. Assim, nosso documento ficará bem construído para ser

utilizado pelo mundo.

6.1 TAGs

Conseguimos estas qualidades (estruturação, hierarquização e contextualização) através de

marcações. Uma marcação também é conhecida por “tag”. As tags marcam o início e o fim de

um conteúdo. Veja o exemplo da Figura 61. Nela é mostrada a estrutura da tag <p>. Esta tag

define um parágrafo. Observe que ela começa com uma tag de início <p> e uma tag de

fechamento </p>. Todas as tags de fechamento possuem uma barra comum à frente do nome

da tag. Porém, nem toda tag tem tag de início e tag de fim, Por exemplo: <br />, <img />, entre

outras.

Figura 61 – Estrutura da tag. Fonte: Próprio autor.

Vimos uma tag que possui um início e um fim, classificadas como tags de bloco. Mas também

existem tags que não precisam de um fim. Elas podem marcar um local do documento. Por

exemplo, a tag <img />. Ela marca o local onde será exibida uma imagem. Classificamos estas

tags como tags de linha. Tags em linha começam e terminam em cada linha, colocando a barra

ao final da tag.

Competência 06

Page 94: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

94

Tenha muito cuidado com a escrita das tags. Um erro de digitação pode comprometer completamente a estrutura. Então, preste atenção nos símbolos < , > e na barra /. Muita

gente, quando está aprendendo, troca ou esquece. Quando algo der errado, verifique caractere por caractere, até achar o erro.

6.1.1 Atributos

As tags precisam de outras informações para ser complementadas, como por exemplo, a URL

com o endereço de onde está a imagem que deve ser apresentada. Temos, então, os atributos

da tag. Os atributos possuem uma palavra-chave, o símbolo de igual e seu valor entre aspas

duplas. Observe na Figura 62, o atributo src que possui a URL de onde está a imagem. A tag

<img> tem outros atributos, que veremos mais adiante. Cada novo atributo é colocado logo a

seguir, sejam quantos forem. Observe também na Figura 62 que a tag <img> é em linha, ela

começa e termina na mesma tag, não possuindo uma tag de fechamento.

Figura 62 – Tag <img> com dois atributos, src que diz o endereço da imagem no servidor, e o alt com um texto, que é exibido se a imagem não puder ser mostrada. Fonte: Próprio autor.

Assim, um documento HTML nada mais é que um texto misturado com as tags.

6.2 Doctype

Como dissemos anteriormente, estamos aprendendo a última versão do padrão HTML,

chamada de HTML 5, mas existiram outras versões que eram diferentes em alguns aspectos. Na

internet existem todas estas versões. Para não ficar confuso enquanto lê o documento, temos

uma declaração que diz exatamente isso.

Competência 06

Page 95: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

95

Figura 63 – Tabela com as versões do HTML e o ano de lançamento. Fonte: www.w3schools.com/html/html_intro.asp

O DOCTYPE é uma declaração que informa à aplicação que lê o documento HTML qual seu tipo

para, assim, poder ser lido corretamente. A declaração deve ser escrita em uma das três formas

da Figura 64, e deve ser exatamente a primeira linha do documento.

Figura 64 – Três opções de declaração. A mais comum é a primeira. Não deve haver de forma alguma qualquer outra linha acima desta. Fonte: Próprio autor.

DOCTYPE não é uma marcação nem faz parte do HTML. Ela é uma declaração de que tipo e versão de documento ele é.

6.3 Estrutura básica do documento HTML

Todo documento HTML se divide em duas partes. A primeira parte informa alguma coisa sobre

o documento, como o seu título. A segunda parte é o conteúdo do documento. Existem tags

específicas para cada uma destas partes, mas caso você erre e coloque tags erradas nos lugares

errados o navegador, quando ler, vai ignorar. Mas não faça isso. Alguns softwares podem ler

páginas para deficientes visuais e, em alguns casos, os erros podem impedir a leitura correta.

Competência 06

Page 96: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

96

Figura 65 – Site da W3C que verifica seus arquivos HTML em busca de erros. Você pode utilizá-lo para conferir seu trabalho antes de publicar. Fonte: http://validator.w3.org/#validate_by_upload

A estrutura básica de um documento HTML começa pela tag <HTML>. Ela irá englobar duas

tags: a <head> (cabeçalho) e a <body> (corpo).

A tag <head> guarda tags que dizem alguma coisa sobre o documento, como a tag

<title> que dá um título para o documento.

A tag <body> engloba o conteúdo e as tags que estruturam este conteúdo. Isto fica

melhor de ser entendido na Figura 66.

Figura 66 – Estrutura básica de um documento HTML. Fonte: Próprio autor.

Competência 06

Page 97: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

97

Para entender melhor esta história de hierarquização e caixas dentro de caixas e dentro de

caixas, você tem que enxergar o documento de acordo com a Figura 67. Observe que a tag

<title> pertence à tag <head>, que pertence à tag <html>. Já as tags <h1> e <p> pertencem à

tag <body>, que pertence à tag <html>.

Figura 67 – A hierarquia de uma página HTML se assemelha a caixas dentro de caixas. Fonte: Próprio autor.

Você deve prestar bastante atenção a esta hierarquia para não errar misturando as tags. A

Figura 68 mostra uma forma errada de tags. Quando algo de estranho acontecer na página

pode ser um erro nesta hierarquia.

Figura 68 - Forma errada. As tags de abertura e fechamento se misturam. Fonte: Próprio autor.

Toda página deve ter as tags <html>, <head> e <body> da forma como foram mostradas.

Tags HTML não diferenciam marcações em maiúsculas ou minúsculas, ou seja, <P> significa o mesmo que <p>. Nós utilizamos tags minúsculas porque o World Wide Web Consortium (W3C)

recomenda minúsculas em HTML 4, e exige etiquetas minúsculas em XHTML.

Competência 06

Page 98: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

98

6.4 Visualizando as Páginas

O propósito de um navegador (como o Google Chrome, Internet Explorer, Firefox, Safari) é ler

documentos HTML e exibi-los como páginas da web. O navegador não exibe as tags HTML, mas

usa as tags para determinar como o conteúdo da página HTML deve ser apresentado para o

usuário.

Para testar as páginas que você construir, basta arrastar o arquivo em um navegador aberto, ou

digitar, na barra de endereço, o endereço do arquivo. Como se fosse uma URL. Veja na Figura

69 a nossa página de exemplo sendo exibida.

Figura 69 – Exibição da página de exemplo da Figura 36. Fonte: Próprio autor.

Observe que a aba da janela, destacada em vermelho na Figura 69, mostra o texto escrito

dentro da tag <title>, “Título da página”. Já no espaço de exibição da página, está nosso título e

parágrafo. Mas observe que eles estão formatados. Mesmo que não tenhamos definido um

estilo, os navegadores possuem um estilo CSS padrão que dá margens, define cores (letras

pretas em fundo branco), fontes, tamanhos, etc. Como o navegador se preocupa com a

apresentação, então, caso o desenvolvedor não tenha se preocupado em definir um estilo, ele

usa o estilo padrão presente em todos os navegadores.

A construção da aparência de uma página seguindo o HTML e o CSS chama-se renderização da

página.

Competência 06

Page 99: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

99

Documentos HTML ignoram o pulo de linha e quando há mais de um espaçamento na renderização. utilizamos tags e códigos para isto.

6.5 Nomenclatura dos arquivos HTML

Os arquivos HTML são armazenados nos servidores aguardando que alguém os solicite. O

servidor é uma aplicação, como seu navegador, e possui algumas regras para os nomes dos

arquivos que estão hospedados nele.

NUNCA utilize caracteres especiais como letras acentuadas e símbolos (!, @, #, $, %, ¨,

&, *, (, ), entre outros.). Mesmo que eles possam ser visualizados em seu navegador, o servidor

pode não aceitar. Então, apenas utilize nomes simples;

NUNCA utilize espaço para nomes compostos. As URLs não podem ter espaçamento em

seus nomes. Coloque tudo junto se utilizar nomes compostos;

Não aconselhamos a utilização de letras maiúsculas. Alguns servidores mais antigos não

as aceitam. Utilize apenas letras minúsculas e/ou números para se garantir.

6.6 Layout HTML

O layout HTML pode ser produzido através de tags <div>. Elas isolam áreas e podem ser

configuradas pelo CSS para terem a aparência que você quiser. Lembra-se do início da

competência 5, neste mesmo caderno, onde aprendemos sobre wireframes? Dê uma olhadinha

para relembrar.

O wireframe irá nos ajudar a organizar o layout HTML. A Figura 70 mostra o wireframe de

exemplo do site do cantor sertanejo e aproveitamos para “encaixotar” todos os grupos em tags

<div>. Observe que colocamos todo o conteúdo em uma coluna que sempre fica à direita,

“encaixotamos” o título e o menu e embaixo deixamos uma área para as mídias sociais e mais

Competência 06

Page 100: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

100

alguma informação.

Figura 70 – Planejamento do layout HTML baseado no wireframe de exemplo. Fonte: Próprio autor.

Vamos agora estruturar todo o conteúdo do site com as tags no documento HTML.

Nossa primeira página é a index.html. A Figura 71 mostra o código básico de qualquer página

HTML, com todas as <div> que estruturam nosso exemplo de acordo com o wireframe. Observe

e tente entender. Cada <div> corresponde a uma área do wireframe. Quando você for construir

o seu projeto, estude a silhueta dele e estruture o documento. Quanto mais exercício fizer,

melhor vai entender. Comece sempre pelos mais simples, depois você pode buscar layouts mais

complexos.

Competência 06

Page 101: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

101

Figura 71 – Construção da estrutura através de tags <div>. Fonte: Próprio autor.

6.7 Atributos Id e Class

Na Figura 70 as tags <div> estão com um atributo, chamado id. Este atributo identifica aquela

tag com um nome único. Não devemos utilizar, no mesmo documento HTML, o mesmo id em

tags diferentes. Lembre-se de que o id é como um número de identidade, só deve haver um no

mesmo documento.

Outra forma de identificar é utilizando o atributo class. No entanto, este atributo identifica um

grupo de tags. O class classifica aquele grupo com uma identidade. Assim, o class faz mais

sentido quando temos mais de uma tag com aquele identificador.

Coloque sempre nomes simples em minúsculas e sem acentos ou caracteres especiais. Não utilize nomes compostos.

Tanto o id quanto o class não servem para nosso HTML. Mas vão servir muito para a estilização

com CSS, por isso faz sentido entendermos isso agora, por causa de nosso próximo tópico.

Competência 06

Page 102: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

102

6.8 Novas Tags HTML 5

O HTML 5 foi lançado para atender vários objetivos. Entre eles está a semântica das

informações do documento. Por exemplo, boa parte dos sites da internet tem uma informação

chamada endereço. Utilizando id e class podemos identificar e classificar, mas como cada um

pode colocar o identificador que quiser para elas, ficamos na mesma situação. Assim, o HTML 5

provê novas tags para dar significado à informação de forma padronizada.

A Figura 71 mostra uma tabela com as tags mais usuais e sua finalidade.

TAG DESCRIÇÃO

<header> É o início de alguma sessão. Pode ser do próprio documento onde fica a marca do site.

<footer> É a finalização daquela sessão. Em uma página de produto em uma loja virtual, o footer pode englobar dicas de produtos que outras pessoas compraram junto daquele produto.

<nav> Engloba tags referentes a algum sistema de navegação. Como aqueles que vimos em uma competência anterior.

<section> Define uma sessão do documento.

<article> É mais compreensível com a comparação de um blog que possui vários artigos. Esta tag informa qual parte do documento é um artigo. Este artigo ainda pode ter um <header> e um <footer> referente ao artigo.

Figura 71 – Tabela com as tags HTML 5 para contextualizações mais utilizadas. Fonte: Próprio autor.

O HTML 5 prevê muitas outras tags e como um web design profissional é sua obrigação conhecer todas elas. Acesse o link abaixo para aprender mais.

https://developer.mozilla.org/pt-BR/docs/HTML/HTML5/HTML5_element_list

Podemos utilizar <div> sem problema, mas era assim que se fazia antes do HTML 5. Então,

vamos atualizar nosso documento com as novas tags. A Figura 72 mostra como ela ficou.

Competência 06

Page 103: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

103

Figura 72 – Página formatada com as novas tags HTML 5. Fonte: Próprio autor.

Se você renderizar o documento em um navegador, não irá ver nada, porque não há conteúdo.

Apenas definimos a estrutura e a área de cada informação.

Observe que uma div continua no documento, mas vamos modificá-la no próximo tópico.

6.9 Iframe

A tag <iframe> cria uma área em nosso documento onde podemos renderizar outra página e

depois ficar trocando o conteúdo. Você não precisa utilizar <iframe> em seu site. Estou

mostrando esta técnica porque ela se encaixa perfeitamente no projeto de exemplo, onde um

vídeo irá ficar passando no fundo da página principal, enquanto o usuário pode navegar por

outras páginas sendo exibidas no <iframe>. Então, vamos construi-lo.

A Figura 73 mostra o <iframe>. Ele possui um atributo name, para podermos apontá-lo

posteriormente, e um src com uma url relativa para outra página web, que é a primeira página

exibida no iframe. Note que troquei a <div> pelo <iframe>.

Competência 06

Page 104: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

104

Figura 73 – Utilização da tag <iframe>. Fonte: Próprio autor.

6.10 Tags Textuais

Vamos criar outro documento HTML da mesma forma como fizemos antes. É melhor você

digitar tudo de novo para decorar. Será um bom exercício. Esta página contem informações

sobre o cantor e vamos nomeá-la de cantor.html. Ela possui muito texto e será um bom

exemplo de como estruturamos um texto.

O HTML ignora pulos de linhas e mais de um espaçamento entre as palavras. Para pularmos

linhas devemos marcar cada linha com a tag <p> que significa um parágrafo. Caso queiramos

apenas quebrar a linha, ou seja, seguir com o texto na próxima linha, podemos interromper o

fluxo utilizando a tag <br />. Procure no exemplo da Figura 74 estas tags.

Os títulos são marcados com as tags <h1>, <h2>, <h3>, <h4>, <h5> e <h6>. A numeração

mostra os níveis de título, subtítulo e assim por diante. Em nosso exemplo, como vamos utilizar

o <h1> para o título principal do site, utilizaremos o seguinte, <h2>, para as sessões do site.

Competência 06

Page 105: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

105

Utilizamos ainda a tag <span> nos títulos. Esta tag não faz nada além de marcar. Podemos

utilizar ela para um truque de CSS.

Figura 74 – Documento HTML da página cantor.html. Fonte: Próprio autor.

Agora podemos visualizar a página index.html que irá mostrar o conteúdo de cantor.html. A

Figura 75 mostra o resultado.

Figura 75 – Exibição da página index.html mostrando no <iframe> o conteúdo da página cantor . html. Fonte: Próprio autor.

6.11 Meta Tags

Pode acontecer de você, em seu conteúdo, utilizar caracteres acentuados e quando for ver a

Competência 06

Page 106: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

106

página eles se mostrarem com caracteres estranhos. Para resolver isso temos que modificar a

codificação dos caracteres de nossa página. Mas, não se preocupe, é muito fácil.

Dentro da tag <head> colocamos informações sobre a página, como a codificação de caracteres

a ser utilizada. Então, vamos utilizar uma tag chamada <meta> para definir isto. A tag <meta>

pode ser utilizada para muitas informações. Veja na Figura 74 que as utilizamos para definir um

nome de autor e uma descrição, além de definir a configuração de caracteres. O autor e a

descrição servem para motores de busca, assim como o Google, que permitem adquirir

informações de quem construiu a página e a finalidade dela. Bem útil.

Copie as tags <meta> e coloque em todas as páginas do site.

6.12 Lista ordenadas e não ordenadas

Vamos agora criar outra página chamada discografia.html. Nela teremos uma listagem dos

álbuns musicais lançados pelo cantor. Para estruturarmos uma lista, utilizamos uma tag para

agrupar os itens, que podem ser <ol> para listas ordenadas e <ul> para listas não ordenadas.

A diferença é que as listas ordenadas são numeradas e as listas não ordenadas possuem um

símbolo, normalmente um ponto. Tanto a forma de numeração quanto o símbolo utilizados

podem ser estilizados através de CSS.

Independente da lista que você escolha, os itens são marcados pela tag <il>.

A Figura 76 mostra o HTML da página discografia.html e o resultado no navegador. Como as

páginas são independentes, resolvi mostrar no navegador apenas a página discografia.html.

Competência 06

Page 107: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

107

Figura 76 – Código HTML de listas ordenadas e não ordenadas e exibição no navegador da página discografia.html. Fonte: Próprio autor.

6.13 Tabelas

Antigamente se utilizavam tabelas para juntar as imagens que estilizavam o site. Isto era um

problema sério, porque o conteúdo, a estrutura e o estilismo ficavam misturados. O CSS

resolveu isto e a utilização de tabelas se resumiu à finalidade de descrever dados tabulares.

Em nosso exemplo, na página agenda.html, temos uma tabela que apresenta de forma

organizada os dias, meses e locais de show do cantor. A estrutura de uma tabela começa com

uma tag <tabela> que engloba toda a tabela. Depois temos que criar as linhas com a tag <tr>

que irão englobar as tags <td>, que são as células. Ainda podemos fazer com que as células

superiores da tabela sejam o cabeçalho das colunas com a tag <th>. Veja o exemplo na Figura

77.

Competência 06

Page 108: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

108

Figura 77 – Marcação para formatação de dados tabulares. Fonte: Próprio autor.

6.14 Imagens

Imagens inseridas no HTML servem para ilustrar o assunto de que se está falando. Não devem

ser utilizadas para estilizar, para isso temos o CSS. No caso de nosso exemplo, o assunto são

fotos dos shows do cantor, então, as fotos podem ser utilizadas no conteúdo do site.

Não podemos inserir uma foto no código HTML porque o documento é apenas de texto, mas

podemos marcar um local onde será exibida uma imagem quando o documento for

renderizado no navegador. Por conta disso, quando levamos uma página que contenha imagem

em um pendrive, por exemplo, devemos nos lembrar de levar todas as imagens juntas.

Marcamos o local onde as imagens serão inseridas utilizando a tag <img>, Figura 78. Entre os

atributos dela temos o src que indica a URL da imagem. No exemplo, na pasta do site, criamos

uma pasta imagens para guardar todas as imagens e dentro dela outra pasta chamada álbum,

para separar de outras imagens. As imagens foram preparadas antecipadamente para serem

apresentadas no tamanho correto. Para isto foi utilizado um programa de edição fotográfica

Competência 06

Page 109: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

109

como o Gimp.

Figura 78 – Código HTML da página fotos.html e renderização no navegador. Fonte: Próprio autor.

6.15 Formulário

Um formulário é uma forma de comunicação com o usuário. Ele fornece campos para coletar

informação. Estas informações vão para o servidor para serem processadas. Mas ele não é

responsável por este trabalho, o servidor apenas serve páginas, já o formulário passa os dados

para alguma outra aplicação. Normalmente um serviço de hospedagem também oferece uma

aplicação que possa processar os dados, no caso, enviar um e-mail com os dados do formulário.

Existem várias aplicações que fazem isso e todas de formas diferentes. Você precisa se informar

com seu serviço de hospedagem para saber como proceder.

Independente do serviço que você utilizará, todos vão ter um formulário HTML para coletar do

usuário e enviar a informação. O formulário é construído iniciando com a tag <form> que

precisa de dois atributos. O atributo action aponta para a URL onde os dados vão ser

processados, e o atributo method especifica a forma de envio, normalmente utilizamos o

método post.

Competência 06

Page 110: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

110

Figura 79 – Código do formulário HTML e exibição no navegador. Fonte: Próprio autor.

6.16 Links

Já temos todas as páginas de nosso site de exemplo. O conteúdo foi distribuído nas páginas e

temos a página principal, index.html. Através dela é que vamos ter acesso a todas as outras

páginas.

Como este layout utiliza o <iframe> não temos necessidade de ter navegação nas outras

páginas, mas provavelmente seu layout deve ser diferente e neste caso você terá que ter um

sistema de navegação em cada página. Lembre-se disso.

Voltamos para a index.html e vamos construir um sistema de navegação para os usuários

poderem ter acesso ao restante do conteúdo. Para isso, vamos utilizar a tag <a>, e vamos

colocar na tag <nav> que é destinada a englobar tags de navegação. Entre os atributos da tag

<a> temos o href que deve ter uma URL como valor, apontando para a página que o link leva; e

o atributo target, que diz onde será exibida a página. Os valores mais utilizados para target

estão abaixo:

Competência 06

Page 111: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

111

blank : abre o documento apontado em uma nova janela ou aba;

self: abre o documento apontado na própria janela ou aba. Esta opção é a padrão, se

não colocarmos o atributo target;

framename: podemos colocar o valor de um atributo name de um <iframe>, para que o

documento seja exibido naquela área.

Não queremos substituir a página index.html porque ela está exibindo o vídeo do cantor. Então,

vamos colocar o nome do iframe como valor do target. Assim, quando alguém clicar no link, a

página da URL de src será exibida no <iframe>. Observe na Figura 80 destacadas em vermelho

as tags <a> do menu que engloba o texto do link. O nome do <iframe> é “pagina”. Lembre-se

de sempre evitar acentos e caracteres especiais, assim como palavras separadas por espaço,

quando nomear algo em HTML. Por isso, “pagina” ficou sem acento.

Figura 80 – Tags que formam o sistema de navegação do site em index.html. Fonte: Próprio autor.

Podemos também colocar os hiperlinks em meio ao texto. Na Figura 80 existe um tag <a> que

marca uma palavra do texto como demonstração. Não existe um limite para a quantidade de

palavras marcadas. Você pode marcar um texto completo se precisar.

Competência 06

Page 112: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

112

6.17 Finalizando

O site em HTML está quase pronto. Para finalizar colocamos um título com <h1> em <header> e

em <footer> colocamos mais alguns links para mídias sociais, só que ao invés de colocarmos

texto como hiperlink, colocamos no lugar imagens com a tag <img>. Também em <footer>

acrescentamos mais uma tag <address> sobre direitos autorais. Tudo isso você pode encontrar

no código da Figura 80 e visualizar na Figura 81.

Figura 81– Exibição do site em HTML. Fonte: Próprio autor.

Agora, só falta estilizar, ou seja, tornar a aparência mais agradável para o usuário se sentir

estimulado a ler nosso conteúdo. Mas isso é assunto para a nossa próxima competência!

Como exercício você pode fazer o passo a passo e repetir a construção do site apresentado. Depois, você pode mudar para testar como se comportam os elementos. Quando estiver

seguro, pode fazer o site que estamos trabalhando nos exercícios desde a primeira competência. Caso você tenha pulado algum exercício, perceba que cada competência

depende das anteriores. Então, você terá que fazer o que deixou para prosseguir. Lembre-se de que a maioria dos erros, quando estamos aprendendo, é de digitação. Então, verifique

letra por letra com bastante atenção para saber o que fez de errado.

Competência 06

Page 113: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

113

7.Competência 07 | Planejar a Identidade Visual de Web Sites Usando

Folhas de Estilo

Na competência 5 definimos como será a aparência do site de exemplo. Você pode visualizar a

sugestão de solução para o problema do empresário do cantor sertanejo na competência

anterior deste caderno.

Agora que estruturamos todo o conteúdo do site em páginas HTML e temos até um sistema de

navegação funcional, vamos estilizá-lo utilizando outro padrão da W3C, o CSS.

Alertamos, mais uma vez, que esta competência é a continuação das anteriores. Caso você

tenha pulado competências anteriores dificilmente compreenderá esta. Você deve, então,

voltar e ler o conteúdo, fazer o exercício proposto para poder seguir adiante.

CSS é um acrônimo para Cascading Style Sheets, traduzindo significa Folhas de Estilo em

Cascata. Este padrão serve para descrever como os elementos HTML são exibidos.

No começo da WWW o HTML também era responsável pela aparência do documento. Com o

crescimento, os estilos das páginas ficaram mais complexos e se misturaram à estrutura e ao

conteúdo, o que fazia com que os documentos HTML ficassem gigantes e confusos. Mas não

era só este problema que existia. Se você tivesse um site com 200 páginas precisava copiar o

estilo, ou parte dele, em todas as páginas. Se uma alteração tivesse que ser feita, deveria ser

feita em cada uma das páginas.

Com o CSS temos um arquivo com a extensão .css onde ficam as configurações dos elementos.

Como o estilo está fora do arquivo HTML, podemos utilizar o mesmo CSS para todas as páginas.

Se alterarmos o CSS, todas as páginas seguirão as modificações. Isso poupa muito tempo e

trabalho.

Competência 07

Page 114: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

114

Outra vantagem do CSS é que podemos ter várias folhas aplicadas no mesmo arquivo HTML. A

primeira é sempre a do navegador. Aquele estilo padrão que vimos durante a construção do

site de exemplo, quando aplicamos uma folha em uma página. As configurações desta folha se

sobrepõem a do navegador. Os elementos que não foram definidos na folha continuam com a

configuração da folha do navegador. Se houver mais uma configuração, ela se sobrepõe à

primeira e à folha do navegador. E assim por diante. Por isso que é nomeada “em Cascata”.

Vamos começar então. No documento index.html vamos “linkar”, ou seja, criar uma ligação

entre esta página e um arquivo CSS que criaremos posteriormente. Para isso, no <head> vamos

acrescentar uma tag chamada <link>. Ela possui alguns atributos padrão, então você pode

copiar, e o atributo href que contém a identificação com a localização do arquivo CSS. Observe

na Figura 82.

Figura 82 – Tag <link> relacionando uma folha de estilo à página index.html. Fonte: Próprio autor.

Crie também um arquivo de texto na pasta do projeto com o nome estilo.css. O mesmo nome

referenciado na tag <link>. Você pode utilizar o Bloco de Notas do Windows, ou seu editor

HTML preferido.

7.1 Regras CSS

Como o arquivo estilo.css está vazio, não iremos observar, por agora, qualquer modificação na

renderização da página index.html. Antes disso, vamos entender como funciona a sintaxe CSS.

Para definir um estilo para algum elemento HTML precisamos dizer qual é esse elemento e suas

Competência 07

Page 115: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

115

regras. Assim, o estilo é definido por um seletor e um bloco feito de chaves { }, com as regras

que definem a aparência daquele elemento. Uma regra é composta por uma propriedade e um

valor. Observe a Figura 83 que mostra a estrutura de um estilo, temos como seletor o elemento

<body> e duas regras.

Figura 83 – O que está em preto é a estilização no arquivo CSS. Em azul, está a explica-ção dos elementos. Fonte: Próprio autor.

7.2 Seletores

O exemplo da Figura 83 mostra como seletor uma tag HTML. O seletor serve para achar o

elemento HTML que será modificado. No caso do nosso exemplo são todas as tags <p> daquela

página. Note que relacionamos apenas uma página ao CSS, então apenas ela será alterada.

Ainda podemos utilizar o atributo id como seletor. A vantagem do atributo id é que seu valor

deve ser único naquela página onde se encontra. Para utilizarmos um id como seletor

colocamos um símbolo de tralha (#) na frente do valor do identificador, Figura 84.

Figura 84 – Utilização do atributo id como seletor. Fonte: Próprio autor.

Competência 07

Page 116: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

116

Quando temos vários elementos com a mesma estilização, podemos utilizar o atributo class

para formar um grupo. O atributo class pode repetir o mesmo valor agrupando elementos

HTML. A forma de selecionar um class é colocar um ponto a frente do valor do class, Figura 85.

Figura 85 – Utilização do atributo class como seletor. Fonte: Próprio autor.

Quando vários seletores possuem as mesmas regras, não precisamos repetir as regras.

Separamos os diversos seletores com vírgula, Figura 86.

Figura 86 – Neste exemplo a tag <p>, o elemento com id igual a centro e o elemento com class igual a nomedaclass recebem as mesmas regras. Fonte: Próprio autor.

Por último, podemos especificar um elemento. Para isso, fazemos uma lista sem separação. No

exemplo da Figura 87, todas as tags <p> englobadas pelo elemento com o id igual a centro são

modificadas.

Competência 07

Page 117: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

117

Figura 87 – Especificação de elementos. Fonte: Próprio autor.

No CSS você pode colocar quantas regras precisar e até, se for o caso, dividir as regras entre

dois seletores iguais. O navegador vai ler o primeiro, fazer as alterações e depois ler o segundo,

também aplicando as alterações.

Normalmente quando uma regra não apresenta modificações é porque o nome do seletor está

errado.

7.3 Cores

Alguns valores de atributos são definições de cores. Em CSS as cores podem ser descritas de

várias formas. As mais usadas são através de código hexadecimal e palavras-chaves referentes

a uma cor. A Figura 88 mostra as duas definições de cores, referentes ao vermelho. O código

hexadecimal começa sempre por tralha (#).

Figura 88 – Representação de cores em CSS. Fonte: Próprio autor.

Competência 07

Page 118: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

118

Você pode ter acesso às palavras-chaves neste link: www.w3schools.com/cssref/css_colorsfull.asp

7.4 Background

Através da propriedade background podemos modificar o fundo do elemento. Na Figura 89

temos as propriedades relativas ao background.

PROPRIEDADE DESCRIÇÃO

background-color Define a cor de fundo do elemento.

background-image Define uma imagem para o elemento.

background-repeat Define a repetição da imagem.

background-attachment

Define o comportamento da imagem quando rolamos a página no navegador.

background-position

Define a posição da imagem no fundo do elemento.

background Esta propriedade reúne os efeitos anteriores, desde que na ordem em que foram apresentados nesta tabela, de cima para baixo. Pode ter ausências.

Figura 89 – Tabela com as propriedades relativas ao background. Fonte: Próprio autor.

O código hexadecimal possui uma gama de cores bem maior que as palavras-chaves. Este link lhe dá acesso a uma página que pode lhe fornecer o código hexadecimal através de um

seletor de cores: www.w3schools.com/tags/ref_colorpicker.asp?colorhex=000000

No site de exemplo vamos colocar o fundo preto, com uma imagem grande o bastante para

cobrir todo o fundo. A imagem não irá se repetir, o “attachment” será fixo se o usuário rolar a

página, e a posição da imagem será centralizada em relação ao elemento. Observe o código e o

resultado na Figura 90.

Competência 07

Page 119: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

119

Figura 90 – CSS do background de <body> e seu resultado no navegador. Fonte: Próprio autor.

7.5 Text

As propriedades referentes ao texto mais usadas estão listadas na Figura 91. Algumas

propriedades são herdadas pelos seus elementos filhos. Caso isto aconteça e você não queira,

terá que redefinir os elementos que mudaram.

PROPRIEDADE DESCRIÇÃO

color Define a cor do texto no elemento.

text-align Define o alinhamento do texto no elemento.

text-decoration Serve para definir e remover a decoração do texto, como o sublinhado.

text-transform Modifica o texto para maiúsculas, minúsculas, capitulares, etc.

text-indent Define o recuo do texto no início do parágrafo. Figura 91 – Propriedades referentes à decoração de texto. Fonte: Próprio autor.

Observe em nosso exemplo a última linha. Ela está na tag <address>. Vamos deixar toda em

maiúscula e centralizada. Veja o código e o resultado no navegador na Figura 92.

Competência 07

Page 120: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

120

Figura 92 – Código da mudança das propriedades do texto e seu resultado. Fonte: Próprio autor.

7.6 Font

O navegador utiliza as fontes instaladas no computador para exibir o texto. Caso você defina

uma fonte que não exista naquele computador, o navegador tentará substituí-la. Quando a

fonte que você utilizar não for popular, melhor utilizar uma imagem no lugar. Você pode utilizar

um termo genérico como sefif, sans-serif e monospace. Neste caso você não diz a fonte e sim o

seu tipo. E o navegador tenta encontrar a melhor fonte daquele tipo no computador do

usuário. Podemos modificar as propriedades da fonte do texto através da propriedade font,

Figura 93.

PROPRIEDADE DESCRIÇÃO

font-family Define a família de fontes para aquele elemento. Podemos colocar várias opções separadas por vírgulas. Se houver nomes compostos na fonte, utilizamos aspas duplas. Exemplo: “Times New Roman”

font-style Define o estilo como normal, itálico ou oblíquo.

font-size Define o tamanho da fonte do texto daquele elemento. O tamanho pode ser definido de várias formas. A mais utilizada é px (pixel) ou pt (pontos).

font-weigth Define a largura da fonte. Seria o nível de negrito.

font Configura todas as propriedades acima em uma declaração. Pode haver ausências, mas a ordem acima deve ser respeitada.

Figura 93 – Efeitos relativos à propriedade font para textos. Fonte: Próprio autor.

Competência 07

Page 121: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

121

Vamos configura a font de vários de nossos elementos. Note na Figura 94 que colocamos todo

o texto de <body> com a cor branca e todos os seus elementos internos herdaram esta

propriedade. Para poder se notar, retiramos temporariamente a imagem de fundo. Também

modificamos os links <a> para serem brancos e retiramos a decoração (sublinhado).

Figura 94 – Exemplo de utilização das propriedades de font. Fonte: Próprio autor.

7.7 Links

Quando no exemplo eu tirei a decoração (sublinhado) dos links, o usuário perdeu o indicativo

de que ali se encontra um hiperlink, que no caso é o sublinhado. Vamos fazer com que, quando

o usuário esteja com o ponteiro por cima do link, apareça o sublinhado.

Para isso vamos modificar um dos quatro estados do link. Abaixo estão todos eles.

link: link normal, não visitado.

visited: link já visitado.

hover: estado quando o ponteiro do mouse está sobre ele.

active: estado no momento em que é clicado.

Estes estados do elemento <a> só existem para ele. Os estados não são propriedades, é outra

forma de seletor para a tag <a>. Para utilizarmos, colocamos o seletor “a” seguido de dois

Competência 07

Page 122: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

122

pontos e o estado que desejamos modificar. Veja no exemplo da Figura 95.

Figura 95 – Utilização de estados da tag <a> com CSS. Fonte: Próprio autor.

Note no destaque em vermelho a modificação do estado hover de <a> para exibir a decoração

sublinhada (underline). No navegador observe que “DISCOGRAFIA” possui um sublinhado

porque o ponteiro está repousado em cima dele.

7.8 List

A propriedade list estiliza as listas HTML. A Figura 96 mostra as propriedades referentes à list.

PROPRIEDADE DESCRIÇÃO

List-style-image Define uma imagem para o marcador.

List-style-position Define se o marcador fica dentro ou fora do fluxo.

List-style-type Define o tipo do marcador. Tipos: circle, square, upper-roman, lower-alpha, entre outros.

List Configura todas as propriedades acima em uma declaração. Pode haver ausências, mas a ordem acima deve ser respeitada.

Figura 96 – Propriedades relacionadas à formatação de listas. Fonte: Próprio autor.

Temos uma lista em nosso site e queremos modificar de círculo para quadrados. No entanto,

perceba que anteriormente as páginas exibidas no iframe não podem ser vistas porque seu

Competência 07

Page 123: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

123

texto pertence a outro HTML e não herda o CSS do index.html. Como queremos demonstrar da

melhor forma, vamos criar um novo estilo chamado estilopaginas.css e no <head> de cada

página, com exceção da index.html, vamos relacionar a este novo CSS. Assim, a index.html fica

relacionada ao estilo.css e o restante das páginas ao estilopagina.css.

Caso não lembre como relacionar uma página a um CSS, releia o tópico 8.

O código do novo CSS e o resultado da estilização da list está abaixo. Aproveitamos e definimos

as configurações para <p> e o título em <h2>. Compare com as configurações no outro estilo

para entender melhor.

Figura 97 – Arquivo estilopaginas.css, com as configurações da lista não ordenada <ul> estão des-tacadas em vermelho. Trocamos de “disc” para “square”, que é visível no navegador ao lado. Fonte: Próprio autor.

7.9 Border

Configurações de borda podem ser utilizadas em várias tags, vamos demonstrar no <iframe> e

nas bordas. Para isso, vamos editar o arquivo estilo.css que define o estilo para index.html, a

página que contém o <iframe>; e em estilopagina.css que define o estilo para as outras

Competência 07

Page 124: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

124

páginas, incluindo agenda.html, que contém a tabela.

A Figura 98 traz uma tabela com as propriedades referentes à border. Alertamos que a

propriedade de estilo é obrigatória para visualização.

PROPRIEDADE DESCRIÇÃO

border-botton Define todas as propriedades da borda inferior do elemento em uma única declaração.

border-botton-color Define a propriedade de cor da borda inferior.

border-botton-style Define a borda inferior com o estilo: solid, dotted, double ou dashed.

border-botton-width Define a largura da borda inferior.

border-left Define todas as propriedades da borda esquerda do elemento em uma única declaração.

border-left-color Define a propriedade de cor da borda esquerda.

border-left-style Define a borda esquerda com o estilo: solid, dotted, double ou dashed.

border-left-width Define a largura da borda esquerda.

border-right Define todas as propriedades da borda direita do elemento em uma única declaração.

border-right-color Define a propriedade de cor da borda direita.

border-right-style Define a borda direita com o estilo: solid, dotted, double ou dashed.

border-right-width Define a largura da borda direita.

border-top Define todas as propriedades da borda superior do elemento em uma única declaração.

border-top-color Define a propriedade de cor da borda superior.

border-top-style Define a borda superior com o estilo: solid, dotted, double ou dashed.

border-top-width Define a largura da borda superior.

border-color Define a propriedade de cor de todas as bordas.

border-style Define a propriedade do estilo de todas as bordas.

border-width Define a propriedade de largura de todas as bordas.

Border Define todas as propriedades da borda do elemento em uma única declaração.

Figura 98– Propriedades de border. Fonte: Próprio autor.

A Figura 99 mostra as configurações de <table> em estilopagina.css. Colocamos uma borda de 2

pixels de largura, na cor cinza e com traço sólido. Ainda definimos a cor de background de <td>

para o mesmo tom de cinza do traço. Não alteramos o cabeçalho <th>.

Note que a borda do <iframe> desapareceu. Para isso, definimos border: 0px em estilo.css, que

Competência 07

Page 125: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

125

governa a aparência de index.html.

Figura 99 – Configuração de <table> com uma borda de 2 pixels de largura, na cor cinza e o traço sólido. Ainda definimos a cor de background de <td>. Fonte: Próprio autor.

7.10 Modelo de caixa

Se você está prestando atenção no curso, deve ter percebido uma propriedade na Figura 99 em

<table> chamada width que não explicamos. Essa propriedade define a largura do elemento.

Mas para entender como determinamos a largura do elemento precisamos compreender

melhor como é construído o elemento.

Todo elemento HTML pode ser comparado com caixas, daí o nome Modelo de Caixa. O modelo

de caixa basicamente é um retângulo que envolve o elemento, seja ele qual elemento for. Ele é

composto de alguns elementos, veja a Figura 100, que são:

Margin: Uma área transparente ao redor da borda;

Border: Uma borda que circula o preenchimento do conteúdo;

Padding: Uma área transparente que envolve o conteúdo;

Competência 07

Page 126: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

126

Content: O conteúdo da caixa, onde o texto ou a imagem aparece.

Figura 100 – Modelo de Caixa. Fonte: www.w3schools.com/css/box-model.gif

Quando você define a altura ou a largura de um elemento, você está definindo a área

disponível para o conteúdo. Então, você deve somar os pixels de margem, da borda, do

espaçamento interno, multiplicado por dois, ao tamanho do conteúdo. Isto porque temos dois

lados horizontalmente ou dois lados verticalmente.

Por exemplo: Se o conteúdo tem 100 pixels de largura, a margem de 20 pixels, a borda de 5

pixels e o espaçamento interno de 10 pixels. Temos (20 + 5 + 10) * 2 + 100 = 170. Width deve

ser 170px.

7.11 Width e Height

A propriedade width define a largura, e a height define a altura. Elas podem receber valores em

pixel ou em porcentagem. A porcentagem é em relação aos elementos que estão dentro.

No caso de nosso exemplo: um width de 100% deixará o elemento com a largura total de onde

ele estiver. Como a <table> está dentro do <body>, ele irá ocupar todo o espaço disponível.

Ainda temos min-width e min-height que definem respectivamente a largura e a altura mínima.

Se você verificar nossa imagem de referência, a layout, veremos que o conteúdo do site é

Competência 07

Page 127: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

127

exibido em uma coluna pequena que ocupa toda a altura, 100%. Na Figura 101 você pode ver o

código de definição de altura e largura do resultado exibido no navegador. Voltamos com a

imagem de background em <body> para você ver melhor o efeito.

Figura 101 – Definição das propriedades de largura e altura da tag <section>. Fonte: Próprio autor.

No entanto, a altura mínima não foi respeitada. Saberemos o porquê no próximo tópico.

7.12 Position

As propriedades de posicionamento CSS permitem que você posicione um elemento. Elas

também podem colocar um elemento atrás do outro e especificar o que deve acontecer

quando o conteúdo de um elemento é muito grande.

Os elementos podem ser posicionados usando as propriedades top, botton, left e right. No

entanto, essas propriedades não funcionarão a menos que a propriedade position seja definida

em primeiro lugar. Os elementos também funcionam de forma diferente, dependendo do

método de posicionamento.

Competência 07

Page 128: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

128

Existem quatro métodos de posicionamento diferentes:

Static: É a padrão. Posiciona-se pelo fluxo normal da página.

Fixed: Será posicionado em relação à janela do navegador.

Relative: Será posicionado em relação à posição normal.

Absolute: Será posicionado em relação ao primeiro elemento estático que encontrar. Se

não houver, será em relação a <html>.

Podemos colocar elementos sobrepostos utilizando a propriedade z-index e especificando uma

posição. Normalmente, quando queremos definir que o elemento fique abaixo de todos,

colocamos o valor -1000.

Compare a Figura 101 com a 102 e veja como a <section> agora chega até embaixo. Colocamos

Figura 102 – A definição da propriedade position de fixed para <section> ativa a propriedade min-height. Fonte: Próprio autor.

O site de exemplo começa a ganhar forma, mas queremos posicioná-lo à direita. Para isso,

utilizamos a propriedade right em 0px. Posicionando <section> colado com a borda direita da

Competência 07

Page 129: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

129

janela.

7.13 Magin e Padding

Nosso exemplo ficou junto da borda direita da janela, mas não toca a parte de cima nem a de

baixo. Isto acontece por conta da configuração padrão de <html> que possui uma margem e um

espaçamento internos, definidos.

Como explicamos no tópico 8.10, todos os elementos seguem o modelo box e possuem uma

margem e um espaçamento. Podemos defini-los utilizando as propriedades na tabela da Figura

103.

PROPRIEDADE DESCRIÇÃO

margin-top Configura a margem superior.

margin-right Configura a margem à direita.

margin-botton Configura a margem inferior.

margin-left Configura a margem à esquerda.

margin Define todas as propriedades da margem do elemento em uma única declaração. A ordem deve ser a seguida acima, no sentido horário.

padding-top Configura o espaçamento interno superior.

padding-right Configura o espaçamento interno à direita.

padding-botton Configura o espaçamento interno inferior.

padding-left Configura o espaçamento interno à esquerda.

padding Define todas as propriedades de espaçamento interno do elemento em uma única declaração. A ordem deve ser a seguida acima, no sentido horário.

Figura 103 – Tabela com as propriedades de margem e espaçamento internos. Fonte: Próprio autor.

Em todas estas propriedades podemos definir valores em pixels e em porcentagem. A

propriedade margin ainda tem um valor chamado auto, que pega o espaçamento restante e

coloca metade em cada lado. Em layouts simples podemos utilizá-la para centralizar elementos.

Em nosso exemplo vamos definir a margem e o espaçamento de <body>. Estas propriedades

Competência 07

Page 130: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

130

são herdadas pelos elementos que estão dentro, todos para 0 pixel. Em <section> vamos definir

o espaçamento interno do lado esquerdo como 10 pixels. Veja o código e o resultado na Figura

104.

Figura 104 – Configuração da margem e espaçamento interno dos elementos. Fonte: Próprio autor.

Parece que ele está funcionando bem, mas se esticarmos a janela o <footer> não fica

encostado no fundo da página. Observe na Figura 105 o navegador do lado esquerdo com o

problema. Vamos definir a configuração de <footer> como no código da Figura 105. As

configurações nós já explicamos anteriormente. Escreva e teste uma a uma as propriedades

para ver o efeito de cada. O navegador da direita na Figura 105 mostra o efeito resultante.

Competência 07

Page 131: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

131

Figura 105 – Configuração do elemento <footer> para ficar a 0 pixel da borda inferior da janela. Aproveitamos e definimos um tamanho e centralizamos os elementos. Fonte: Próprio autor.

O <iframe> precisa ser configurado para esticar também. Será que você já consegue descobrir

quais propriedades precisa configurar e quais valores? Tente depois configurar a resposta na

Figura 106.

Figura 106 – Configurações de <iframe> para esticar o elemento. Fonte: Próprio autor.

Competência 07

Page 132: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

132

7.14 Display

Para finalizarmos, vamos ensinar um truque. Mas para isso temos que aprender sobre a

propriedade display. Ela define como o elemento será exibido, e se será exibido. Abaixo temos

os valores e explicação:

None: retira o elemento da página. Ele existe, mas não é renderizado.

Block: define o elemento como bloco.

Inline: define o elemento em linha.

Os elementos em bloco como <h1> não permitem elementos ao seu lado. O próximo elemento

após um elemento bloco será renderizado abaixo. Os elementos inline, como <a>, posicionam o

próximo elemento à direita, se houver espaço. Como palavras em um texto.

Em nosso index.html colocamos o texto do título de <h1> englobado em uma tag <span> que

serve apenas para marcar. Fizemos isso para esse truque.

Dissemos que imagens para “embelezar” não deveriam ser inseridas com a tag <img> e sim por

CSS. Mas como fazemos isso?

Temos uma imagem com a marca do cantor do tamanho já correto. Vamos configura a tag <h1>

que possui o título, para o tamanho da imagem, e definir o background para exibir a imagem

com a marca. O problema é que o texto ainda fica sendo exibido. Para fazer desaparecê-lo

vamos configurar a tag <span> com display none. Como podemos ter vários <span> em outros

lugares de nosso documento HTML iremos especificar apenas as tags <span> dentro de <h1>.

O código e o resultado podem ser vistos na Figura 107.

Competência 07

Page 133: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

133

Figura 107 – Configuração de imagens por CSS. Fonte: Próprio autor.

7.15 Novas tags HTML 5

Você pode estar se perguntando, o fundo é estático, e o vídeo? Esperamos por este momento,

onde você já possui um conhecimento maior, para explicar como colocar e configurar a exibição

por CSS.

O HTML 5 recebeu várias outras tags. Entre elas, as que tratam de mídias como áudio e vídeo. A

tag <video> coloca um tocador de vídeo na página HTML.

A seguir, temos suas opções mais utilizadas:

preload: só inicia o vídeo depois de baixá-lo completamente;

autoplay: se estiver com o valor false, só toca se o usuário iniciar;

controls: faz o navegador exibir controles. Quais controles e sua aparência são definidos

pelos navegadores, mas podem ser definidos por CSS e JavaScript.

Competência 07

Page 134: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

134

O elemento <video> engloba outras tags muito importantes. A tag <source> define onde está o

vídeo e seu tipo. Possui como atributos:

src: define a URL de onde está o vídeo a ser exibido.

type: define o tipo da mídia.

Caso não seja exibido o vídeo, podemos colocar um texto ou imagens que expliquem o motivo

dentro da tag <video>.

Observe o exemplo na Figura 108.

Figura 108 – Exibição do tocador de vídeo na página através da tag <video> na página index.html. Fonte: Próprio autor.

Note que esta é uma tag HTML e deve ser colocada no arquivo index.html e não no CSS.

O vídeo está sendo exibido, mas não está ocupando toda a tela. Vamos voltar para o arquivo

estilo.css e definir o estilo de exibição do vídeo. Veja na Figura 109 a configuração que

utilizamos e na Figura 110 o site em tela cheia. Utilizamos um id só para você ver a utilização de

um seletor id.

Competência 07

Page 135: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

135

Figura 109 – Configuração do estilo de exibição do vídeo em estilo.css. Fonte: Próprio autor.

Figura 110 – Site com o estilo configurado exibindo o vídeo como background. Fonte: Próprio autor.

Para dar um efeito de transparência em <section>, em estilo.css no seletor section vamos

acrescentar a regra opacity: 0.9; . A propriedade opacity deixa o elemento translúcido. Seus

valores vão de 0.0, completamente transparente, até 1.0, completamente opaco.

Paramos por aqui. Depois de ler e fazer o exemplo, você já deve poder fazer a configuração

Competência 07

Page 136: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

136

facilmente. Na última competência, iremos conhecer um pouco sobre Javascript. Até lá!

Como sempre digo, é através da repetição que aprendemos. Quanto mais fizer, mais fácil será. Faça o layout da competência anterior com os conhecimentos adquiridos. Caso o site que você imaginou tenha alguma parte muito complicada, a internet é cheia de tutoriais e

truques que irão lhe ajudar a realizar sua arte. O importante é você tentar.

Competência 07

Page 137: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

137

8.Competência 08 | Construir um Website

Chegamos à última competência. Nela vamos aprender um pouco sobre programação. Apenas

o necessário para podermos utilizar bibliotecas avançadas de comportamento como o JQuery.

Caso você aprecie e queira se especializar, recomendamos que faça um curso de programação

para desenvolver o pensamento lógico.

JavaScript é uma das mais populares linguagens de programação do mundo. Ela é utilizada em

navegadores para definir comportamentos em uma página web.

Mas o que o JavaScript é capaz de fazer em uma página?

Mudar elementos HTML;

Apagar elementos HTML;

Criar elementos HTML;

Modificar atributos dos elementos;

Mudar o estilo CSS dos elementos.

8.1 Inserindo Javascript em uma página

Podemos inserir código JavaScript no meio do documento HTML, mas isto iria misturar e

complicar o entendimento, então vamos mostrar para você como relacionar um arquivo

JavaScript com um documento HTML, parecido com o que fizemos com o CSS. Assim, além de

organizar cada padrão em um arquivo diferente, podemos reutilizar o mesmo código em várias

páginas.

Crie um arquivo de texto, como fizemos no HTML e no CSS. Salve com o nome meuestilo.js.

Agora, vamos relacionar este arquivo JavaScript com o documento HTML. Utilizaremos a tag

<script> dentro da tag <head>. Ela possui um atributo src com a URL do arquivo JavaScript.

Observe a Figura 111 com um exemplo. Nele o arquivo meuestilo.js está na pasta scripts para

Competência 08

Page 138: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

138

não misturar com arquivos CSS e HTML.

Figura 111 – Relacionando um arquivo JavaScript em um documento HTML. Fonte: Próprio autor.

Com isto, todo código que escrevermos no arquivo .js será processado na página, e podemos

reutilizar o mesmo código em várias páginas. Caso seja necessário mudar algo, não ficaremos

“catando” em vários lugares, iremos direto ao arquivo e modificaremos em apenas um lugar.

Muito mais prático.

8.2 Manipulando elementos HTML

O JavaScript é uma linguagem de programação com tudo que uma linguagem de programação

tem direito, mas que trabalha junto com o HTML.

Podemos modificar o conteúdo de qualquer elemento HTML. Para isso, temos que “pegar” o

elemento, o que podemos fazer chamando pela tag, pelo atributo id ou pelo atributo name.

Normalmente, utilizamos o atributo id por ser único. Utilizaremos os seguintes comandos para

obter os elementos:

document.getElementById("identificadordoelemento");

document.getElementsByName("nomedoelemento");

document.getElementsByTagName("tag").

Competência 08

Page 139: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

139

Uma vez com o elemento, podemos chamar atributos e métodos que modificam este

componente. No exemplo abaixo, pegamos o elemento que possui o id igual a “titulo” e

inserimos a frase “Conteúdo inserido por JavaScript” nele.

document.getElementById("titulo").innerHTML = "Conteúdo inserido por JavaScript ";

Um arquivo JavaScript é composto por linhas de comando que modificam os elementos no

documento HTML. Cada uma das linhas é chamada declaração e sempre termina com ponto e

vírgula.

8.3 Funções

As alterações do modo como vimos anteriormente são realizadas quando o script é lido, mas

podemos querer guardar um código para ser executado posteriormente ou mais vezes. Sendo

assim, utilizamos funções.

Uma função é declarada com a palavra-chave function e um nome para identificar, seguido de

parênteses. Podemos ter várias funções, desde que tenham identificações diferentes. O código

relacionado com a função deve ficar entre chaves. Veja o código abaixo, ele cria uma função

com o nome “minhaPrimeiraFuncao” com o código anterior. Assim, o código só será executado

se a função for chamada.

function minhaPrimeiraFuncao( ) {

document.getElementById("titulo").innerHTML = "Conteúdo inserido por JavaScript";

}

Funções podem receber parâmetros. Parâmetros são dados necessários para que as

declarações da função sejam completadas. No exemplo abaixo, a função recebe dois números

como parâmetros, eles serão somados e mostrados.

Competência 08

Page 140: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

140

function minhaPrimeiraFuncao(n1, n2 ) {

document.getElementById("titulo").innerHTML = "Resultado: " + (n1 + n2);

}

Nunca utilize caracteres especiais quando estiver programando, como cedilha, acentos, etc.

Você pode utilizar texto entre aspas duplas ou simples.

8.4 Eventos

Evento são “coisas” que acontecem ao HTML. O navegador monitora a página quando algo

acontece com ela, como o clique em um elemento, o navegador por reagir. Essa reação é

definida pelo JavaScript.

Através do JavaScript podemos definir que, quando um elemento <button> seja clicado, ele

mostre a data e a hora. Conseguimos isso acrescentando no HTML o atributo onclick e

colocando como seu valor o nome de uma função. Observe o exemplo abaixo que utiliza a tag

<button>.

<h1 id="titulo"></h1>

<button onclick="minhaPrimeiraFuncao">Qual é a hora?</button>

function minhaPrimeiraFuncao(n1, n2 ) {

getElementById('titulo').innerHTML=Date();

}

As letras maiúsculas e minúsculas devem ser respeitadas porque o JavaScript é sensível a mudanças, assim Script, script e scripT são diferentes.

Competência 08

Page 141: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

141

Lembre-se de que temos tags HTML colocadas em arquivos HTML e o código JavaScript fica em

arquivos JavaScript.

Dessa forma, podemos configurar um comportamento para acontecer em resposta a um

evento. Existem vários eventos. Você pode encontrar os mais utilizados na tabela da Figura 112.

EVENTO DESCRIÇÃO

onchange O evento acontece quando o elemento HTML é mudado.

onclick O evento acontece quando o elemento HTML é clicado.

onmouseover O usuário move o mouse sobre o elemento HTML.

onmouseout O usuário move o mouse para fora do elemento HTML.

onkeydown O usuário pressiona uma tecla.

onload O navegador termina de ler a página. Figura 112 – Tabela contendo os eventos e suas descrições. Fonte: Próprio autor.

Antigamente existia uma grande divergência entre como o Internet Explorer interpretava o

JavaScript e o restante dos navegadores. Era um problema porque tínhamos um determinado

código para um navegador e outro código para os outros navegadores. Hoje em dia,

principalmente com o HTML 5 temos um acerto entre os navegadores que seguem o padrão da

W3C, mas isto só é válido para os navegadores mais atuais.

8.5 JQuery

JQuery é uma biblioteca escrita em JavaScript que deixa a criação de comportamentos

JavaScript bem mais fácil. Ela tem a proposta de “escrever menos, fazendo mais”.

A jQuery foi criada por programadores experientes para fazer vários procedimentos com

poucos comandos. E você não precisa se preocupar em qual navegador está sendo lida sua

página, a jQuery já trata isso para você.

Além disso, outros programadores aproveitaram as facilidades da jQuery e escreveram plug-ins.

Competência 08

Page 142: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

142

Plug-ins são pequenas aplicações que complementam o jQuery com funcionalidades extras. A

web está cheia de plug-ins para a jQuery. Uma rápida procura e você achará aquela

funcionalidade que irá destacar seu site.

Mas como podemos utilizar esta poderosa ferramenta em nosso site?

8.5.1 Instalação da Biblioteca JQuery

Uma das formas de instalação da jQuery é baixando a biblioteca. Ela é muito pequena e

composta de um arquivo. Você pode baixá-la no site http://jquery.com/download/ exibido na

Figura 113.

Figura 113 – Página onde podemos baixar a biblioteca JQuery. Fonte: http://jquery.com/download/

Até o momento da escrita deste caderno, a versão mais atual é a 1.11.1, que é disponibilizada

de duas formas, comprimida e não comprimida. A versão comprimida é menor porque possui

apenas um espaço entre os comandos, dessa forma é mais rápida de ser lida pelo navegador. A

versão não comprimida é melhor de ler, caso você tenha curiosidade de saber como ela foi

construída. Você pode baixar qualquer uma das duas. Clique com o botão direito no link e

escolha “Salvar link como...” ou qualquer opção semelhante para salvar o arquivo em seu

Competência 08

Page 143: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

143

computador.

Coloque este arquivo na pasta de seu projeto. Abra o arquivo HTML que você deseja que

possua comportamentos jQuery. Acrescente na tag <head> a linha <script> destacada na Figura

114. A URL vai depender de onde você colocou o arquivo da jQuery. No caso do exemplo, o

arquivo está na pasta “scripts”. Note que temos dois arquivos JavaScript. O primeiro é a

biblioteca jQuery, o segundo é o arquivo onde iremos escrever o código JavaScript que usa a

jQuery, chamado meuscript.js. Perceba que tanto um quanto o outro estão em uma pasta que

escolhi colocar o nome “scripts”, para ficar organizado.

Figura 114 – Página index.html do projeto de exemplo com a instalação do jQuery e o arquivo .js que utiliza a biblioteca. Fonte: Próprio autor.

8.5.2 Selecionando Elementos

Um dos objetivos do jQuery é a simplificação. Assim, a forma de selecionar um elemento, seja

pela tag, id ou class é através de $(“seletor/id/class”). Observe os exemplos abaixo:

Selecionando a tag <body>: $(“body”)

Selecionando o id “marca”: $(“#marca”)

Selecionando a class “foto”: $(“.foto”)

Observe que utilizamos a tralha (#) para dizer que é um valor de id e um ponto (.) para um valor

de class, como no CSS. Temos agora apenas uma forma para selecionar elementos seja tag, id

Competência 08

Page 144: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

144

ou class. Definitivamente, bem mais prático.

A biblioteca ainda disponibiliza palavras-chaves que guardam elementos comuns. Por exemplo,

quando queremos nos referir a todo o conteúdo podemos utilizar document e quando

queremos nos referir ao próprio elemento que estamos usando utilizamos this. Nestes casos,

não utilizamos aspas.

Uma vez que temos um elemento selecionado, podemos fazer o que quiser com ele, como

modificá-lo, adicionar efeitos e eventos.

8.5.3 Adicionando Efeitos

Na biblioteca já temos diversos efeitos programados que podemos utilizar para adicionar mais

dinamismo às nossas páginas. Ainda podemos combiná-los ou personalizá-los.

Os efeitos normalmente modificam um ou mais atributos estéticos. Veja a tabela da Figura 115

para conhecer alguns deles. A aplicação do efeito é realizada através de ponto seguido do

nome do efeito, logo depois da seleção do elemento.

EFEITO DESCRIÇÃO

animate() Executa uma animação personalizada no elemento selecionado.

fadeOut() Faz desaparecer um elemento selecionado gradualmente.

fadeIn() Exibe um elemento selecionado gradualmente.

fadeToggle() Alterna entre os efeitos de fade in e out no elemento selecionado.

hide() Esconde o elemento selecionado.

show() Exibe o elemento selecionado.

slideDown() Desliza para baixo, mostrando o elemento selecionado.

slideUP() Desliza para cima, escondendo o elemento selecionado.

slideToggle() Alterna entre esconder e mostrar o elemento selecionado, deslizando. Figura 115 – Tabela com alguns efeitos disponibilizados na biblioteca jQuery. Fonte: Próprio autor.

Agora que sabemos como selecionar um elemento e como utilizar efeitos, vamos ver um

exemplo simples. A tag <section> engloba todo conteúdo de nosso site. Vamos selecionar este

elemento e fazê-lo quase desaparecer em uma animação de dois segundos, assim ele não irá

Competência 08

Page 145: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

145

atrapalhar a exibição do vídeo que passa no fundo da página. O efeito que utilizamos foi o

fadeTo( ), que possui dois argumentos, o primeiro define o tempo em milissegundos, assim

1000 é um segundo e 2000 dois segundos, o outro argumento é o grau de transparência que vai

de 1 até 0, sendo 1 totalmente visível e 0 totalmente transparente. Para este exemplo, quando

a página exibida é a tag <section>, tudo nela irá gradualmente desaparecer em cinco segundos

até ficar com 10% de visibilidade, que corresponde a 0.1. Para isso utilizamos o código abaixo

no arquivo meuscript.js.

$("section").fadeTo(5000, 0.1);

O resultado final do efeito pode ser visto no navegador na Figura 116, à esquerda está a página

quando aparece e à direita a página depois de cinco segundos.

Figura 116 – O resultado no navegador do uso do jQuery para fazer desaparecer a tag <section>. No lado esquerdo sem o efeito, no outro com o efeito. Fonte: Próprio autor.

Dependendo do navegador o código JavaScript pode ter sido lido e executado antes dos

elementos da página aparecerem na tela. Dessa forma nada é mostrado. Para resolver isto

teremos que utilizar um evento. Outra forma de garantir que todos os elementos HTML sejam

Competência 08

Page 146: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

146

lidos antes do JavaScript é colocar as duas tags <script> antes da tag </body> que fecha o

documento, mas a forma como iremos mostrar é a mais aconselhável.

8.5.4 Utilizando Eventos

O efeito ficou interessante, mas agora não podemos ver o conteúdo do site. Ficaria melhor se

quando o usuário colocasse o mouse em cima do conteúdo ele ficasse menos transparente e

quando retirasse o mouse de cima voltasse a ficar transparente. Para isso, teremos que utilizar

eventos da jQuery.

A jQuery também facilita a manipulação de eventos. Com ela não precisamos modificar o HTML

para tornar os elementos clicáveis ou sensíveis às ações dos usuários.

A forma de utilizar um evento é igual ao de um efeito. Utilizamos o ponto seguido do nome do

evento, isto depois de selecionarmos o elemento. Apenas nos eventos é que criamos uma

função para ser executada quando o evento ocorrer. Veremos um exemplo mais a frente, por

enquanto observe com atenção a Figura 117 que contém uma tabela com os eventos do

jQuery.

EVENTOS DE MOUSE

EVENTOS DE TECLADO

EVENTOS DE FORMULÁRIO

EVENTOS SOBRE O DOCUMENTO E JANELA

click keypress submit load

dblclick keydown change ready

mouseenter keyup focus scroll

mouseleave blur unload Figura 117 – Tabela com os eventos disponibilizados pelo jQuery classificados por tipo. Fonte: Próprio autor.

Vamos primeiro corrigir o problema da ordem de leitura mencionado no final da sessão 8.5.3.

Queremos que nossos efeitos só ocorram quando todo documento for lido. Na sessão 8.5.2

aprendemos que para selecionarmos todo o documento podemos utilizar a palavra chave

document. E na tabela da Figura 117 o evento que executa uma função após o carregamento

Competência 08

Page 147: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

147

da página é o ready. A Figura 118 mostra como fica o código. Gaste um pouco de tempo lendo

esta parte para entender bem, depois faça testes com outros efeitos para ver o que acontece.

Figura 118 – Código que configura uma função para ser executada depois que todo documento HTML tiver sido lido pelo navegador. Fonte: Próprio autor.

A utilização de $(document).ready( ) é uma boa prática. Então, sempre utilize esta técnica.

Devemos ter a certeza de que todo HTML foi carregado no navegador antes de executarmos o

JavaScript.

Agora, vamos fazer o efeito de desaparecimento e reaparecimento quando o usuário colocar o

ponteiro do mouse em cima do conteúdo do site e retirar. Para isso, vamos olhar novamente na

Tabela da Figura 117 em busca dos eventos correspondentes.

Os eventos são mouseenter e mouseleave. Podemos colocá-los na mesma função do evento

ready. Observe que primeiro selecionamos o elemento <section> e adicionamos a ele o

primeiro, depois selecionamos novamente e adicionamos o outro evento. Note, também, que

acrescentamos uma função para cada evento. Como temos três eventos, temos uma function

para cada.

A Figura 118 mostra o código. Atente que modificamos alguns detalhes. O primeiro foi a

diminuição de 5000 para 1000 milisegundo, assim o usuário irá esperar menos para aparecer e

desaparecer o conteúdo. O segundo foi que utilizamos a palavra chave this que diz a jQuery

que o elemento que irá desaparecer ou reaparecer é o próprio elemento do evento, ou seja, o

<section>. Poderíamos repetir o nome do elemento, mas utilizamos o this para exemplificar sua

utilização. O último detalhe é que para desaparecer configuramos a opacidade do elemento

Competência 08

Page 148: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

148

para 0.1 e para reaparecer para 0.9.

Figura 118 – Código que carrega dois eventos na tag <section>: um quando o ponteiro está acima do elemento, outro quando o ponteiro deixa o elemento. Fonte: Próprio autor.

Em uma imagem estática não podemos mostrar o efeito, mas se você foi um bom aluno e

repetiu todos os exemplos até aqui poderá ver com tranquilidade em seu navegador.

É normal não conseguir ver logo na primeira vez o efeito. Quando estamos aprendendo

deixamos passar muitos detalhes que ocasionam erros e o navegador simplesmente ignora

qualquer código errado. Então, tenha calma, verifique letra por letra de tudo o que digitar. Por

vezes, esquecemos uma vírgula, ou ponto e vírgula, por outras, trocamos uma chave por um

parêntese. Verifique tudo, bem atentamente.

Como esta parte é a mais complicada de todo o curso, vamos mostrar mais um exemplo. Que

tal se, quando o usuário clicar em uma foto do álbum, aumentássemos ela?

Para isso temos que inserir a biblioteca jQuery no arquivo HTML que define as imagens, o

arquivo chama-se fotos.html. Você se lembra de que o conteúdo desta página é mostrado

dentro da tag <iframe>? Se não, é melhor você dar uma revisada na competência sobre HTML.

Vamos modificar um pouco este HTML. Primeiro vamos inserir a tag <script> tanto para a

biblioteca jQuery como para nosso arquivo JavaScript, o meuscript.js. Depois, vamos

Competência 08

Page 149: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

149

acrescentar o tributo class com o valor “foto” para todas as tags <img>. Assim, classificamos

aquelas tags que contêm fotos como sendo do mesmo tipo. Dessa forma se houvesse outras

tags <img> elas não seriam afetadas. A Figura 119 mostra o código da página fotos.html.

Figura 119 – Código HTML da página fotos.html com o acréscimo das tags <script> na tag <head> e o atributo class=“foto” nas tags <img>. Fonte: Próprio autor.

Agora vamos para o arquivo meuscript.js e adicionar um evento para os elementos que

possuam a class com valor “foto”. Na Figura 120 explicamos linha a linha a programação

necessária para o efeito completo. Utilizando este código, quando clicamos em uma foto na

página fotos.html ela irá crescer até 270 pixels se seu tamanho for menor. Caso cliquemos

novamente na foto, como seu tamanho é maior que 200 pixels, solicitamos que a animação a

deixe com o tamanho de 135 pixels.

Competência 08

Page 150: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

150

Figura 120– Código JavaScript do arquivo meuscript.js com o efeito de ampliação de imagem pelo clique do usuário. Fonte: Próprio autor.

A Figura 121 mostra a primeira foto clicada. Para voltar ao normal, basta clicar novamente.

Figura 121 – Navegador exibido o site com a página de fotos.html, a primeira imagem foi clicada e o jQuery aumentou seu tamanho para 270 pixels. Fonte: Próprio autor.

Competência 08

Page 151: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

151

Dessa forma, utilizando a biblioteca jQuery através de seleção de elementos, configuração de

eventos e definição de efeitos, podemos fazer diversos comportamentos de forma mais fácil e

rápida em JavaScript.

8.6 Bootstrap

Para finalizar esta competência, vamos conhecer um framework chamado Bootstrap. Um

framework é uma ferramenta que ajuda no desenvolvimento rápido de uma camada da

aplicação. No caso do Bootstrap, é a cama de front-end.

O Bootstrap foi desenvolvido na empresa Twitter por Mark Otto e Jacob Thornton utilizando os

padrões abertos da W3C. Eles queriam padronizar os diversos componentes tanto em

comportamento como estilo nas aplicações da empresa. O projeto foi disponibilizado como

código aberto e pode ser copiado e utilizado até em projetos comerciais.

No Bootstrap já temos vários comportamentos bem definidos através da jQuery, então,

também precisamos da jQuery para o Bootstrap funcionar. Ele também tem um estilo

predefinido de bom gosto, mas que você pode modificar apenas acrescentando seu estilo CSS

depois de todos os arquivos.

Vamos fazer um exemplo do zero, mas caso você queira aprender mais sobre este framework

pode acessar a página do Bootstrap traduzida pela Globo.com, que utiliza muito em seus sites.

O endereço está abaixo, e a Figura 122 mostra o site em português do Brasil.

http://globocom.github.io/bootstrap/

Competência 08

Page 152: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

152

Figura 122– Site do Bootstrap da Globo.com onde você pode baixar gratuitamente o framework. Fonte: http://globocom.github.io/bootstrap/

Após baixarmos o framework temos a árvore de arquivos da Figura 123. Ela contém três pastas:

a pasta css tem os arquivos de estilo compactado e descompactado, como na jQuery; a pasta

img contém os ícones utilizados pelo framework; e a pasta js contém os arquivos JavaScript que

utilizam a jQuery. Observe que a biblioteca jQuery não está entre eles. Devemos fazer o

donwload e colocar. O melhor lugar é na pasta js. Assim, faça o download da jQuery, se não a

tiver, e coloque na pasta js.

Figura 123 – Árvore de arquivo do framework Bootstrap. Fonte: Próprio autor.

Competência 08

Page 153: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

153

Agora crie um arquivo HTML com a estrutura básica que mostramos na competência anterior.

Relacione esta página com a biblioteca jQuery, depois com o CSS e o JavaScript do BootStrap. O

código para isto está na Figura 124.

Figura 124 – Arquivo index.html com a inclusão do CSS e arquivos JavaScript do Bootstrap e da biblioteca jQuery. Fonte: Próprio autor.

O Bootstrap já possui diversos componentes com CSS e JavaScript prontos. Para utilizá-los

apenas devemos saber suas estruturas HTML e nomes de classes. Toda a documentação do

Bootstrap está em português e pode ser consultada no link abaixo. Nele você pode ver como o

componente funciona, sua aparência e o código para acrescentá-lo em sua página. Uma vez

que relacionamos corretamente o arquivo HTML com os arquivos necessários do framework,

podemos copiar e colar em nossa página qualquer componente. Tenha curiosidade e

experimente. A Figura 125 possui uma captura de tela da página explicativa dos componentes.

http://globocom.github.io/bootstrap/components.html

Competência 08

Page 154: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

154

Figura 125 – Página dos componentes do Bootstrap da Globo.com toda em português do Brasil, com explicação dos componentes, exemplos e código. Fonte: http://globocom.github.io/bootstrap/components.html

Vamos utilizar alguns destes componentes. Por exemplo, um formulário de login. A Figura 126

mostra o código HTML do formulário de login, com <imput> para digitar o e-mail e a senha, um

elemento checkbox e um botão para enviar os dados. Seguindo os códigos de exemplo da

página explicativa dos componentes, incluímos os atributos class com os valores apropriados.

São estes valores de class que adicionam o poder do frameword.

Competência 08

Page 155: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

155

Figura 126 – Código do formulário, com os atributos class com os valores que adicionam o poder do bootstrap. Fonte: Próprio autor.

Na Figura 127 temos a exibição da página no navegador. Observe como a página já aparece

estilizada corretamente.

Figura 127 – Resultado no navegador já formatado pelo Bootstrap. Fonte: Próprio autor.

Competência 08

Page 156: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

156

Nesta competência mostramos rapidamente um exemplo de como utilizar o Bootstrap para

acelerar a construção de um site. Mas para utilizá-lo adequadamente você deve conhecer bem

o framework, então, leia, pesquise e enriqueça os seus conhecimentos. Você será um

profissional melhor quanto maior for o tempo investido em aprendizado.

Competência 08

Page 157: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

157

Conclusão

Chegamos ao final de nosso caderno de estudos. Foi um excelente investimento de tempo que

você fez ao se dedicar a este curso, mas para se tornar um profissional é necessário mais

pesquisa e investimento, afinal esta área de criação para web é gigantesca.

O autor do livro Fora de Série – Outliers, Malcoln Gladwell, cita uma pesquisa sobre pessoas

que são consideradas profissionais em suas áreas. Na pesquisa ele explica que para chegar a um

nível profissional são necessárias 10.000 horas dedicadas de forma apaixonada naquilo que se

faz.

Gostando do que faz, você presta mais atenção e entende bem melhor do que pessoas que

estudam por obrigação. Dessa forma é fácil chegar às 10.000 horas. Pois é. Sei que são muitas

horas estudando, testando código, buscando e pesquisando sobre os assuntos vistos, mas se

você se apaixonar pelo tema, não será um martírio, será sim, bem divertido.

Espero que você tenha gostado, tanto quanto eu, de fazer este curso.

Boa sorte ao entrar nesta maravilhosa área da profissão de web designer.

Page 158: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

158

Referências

GLADWELL, Malcolm. Fora de série: outliers. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

KALBACH, James. Design de Navegação Web: Otimizando a experiência do usuário. Porto

Alegre: Bookman, 2009.

ROBBINS, Jeninifer Niederst. Aprendendo Web Design: guia para iniciantes. 3.ed. Porto

Alegre: Bookman, 2010.

SILVA, Mauricio Samy. HTML 5: a linguagem de marcação que revolucionou a WEB. São Paulo:

Novatec Editora, 2011.

SILVA, Mauricio Samy. CSS3: desenvolva aplicações web profissionais com o uso dos poderosos

recursos de estilização das CSS3. São Paulo: Novatec Editora, 2012.

SILVA, Mauricio Samy. Construindo sites com CSS e (X)HTML: sites controlados por folhas de

estilo em cascata. São Paulo: Novatec Editora, 2008.

SILVA, Mauricio Samy. Criando sites com HTML: sites de alta qualidade com HTML e CSS. São

Paulo: Novatec Editora, 2008.

SILVA, Mauricio Samy. JQuery: a biblioteca do programador Javascript. 2.ed. São Paulo:

Novatec Editora, 2010.

ZEMEL, Tácio. Web design responsivo: páginas adaptáveis para todos os dispositivos. São

Paulo: Casa do Código, 2012.

Page 159: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)

159

Minicurrículo do Professor

Ronnie E. S. Santos é aluno de Doutorado no programa de pós-graduação em Ciência da

Computação do Centro de Informática, Universidade Federal de Pernambuco (CIn - UFPE).

Possui título de Mestre em Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software,

pela mesma instituição e de Bacharel em Sistemas de Informação pela Universidade Federal

Rural de Pernambuco (2012). Tem experiência com pesquisas na área de Engenharia de

Software e Informática na Educação. Profissionalmente, tem experiência em docência, sendo

professor de disciplinas da área de Engenharia de Software, Teoria da Computação e

Linguagens Formais e Autômatos. Na indústria de software atuou como Engenheiro de Testes

do projeto CIn/Motorola e como Analista de Requisitos de Software do projeto GenNet

(UFRPE/AACD).

Page 160: Caderno de INFO (Web Design 2015.2)