CADERNO DE EXERCÍCIOS - Jackson De Toni · Curso de Planejamento Estratégico (enfoque PES) Prof....

Curso de Planejamento Estratégico

(enfoque PES)

Prof. Jackson De Toni ([email protected])

CADERNO DE EXERCÍCIOSAlgumas questões foram adaptadas a partir do “Guia Geral de Exercícios” (Fundação Altadir, CENDEC/IPEA), s.d.

1. Roteiro para Simulação de Atores Sociais2. Atividades em Grupo3. Exercícios individuais e coletivos

Curso de Planejamento Estratégico – Jackson De Toni – [email protected]

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mailto:[email protected]

SIMULAÇÕES PARA TRABALHO EM GRUPO O “ jogo da Reforma Agrária” (sugestão)Casos

simulados ATOR SOCIAL Missão Diretrizes Estratégicas

SITUAÇÃO 1

(baixa governabilidade e pouca capacidade de

governo)

Ministério da Reforma Agrária

A Reforma Agrária é prioridade por tratar-se de um importante mecanismo de inclusão social, desenvolvimento e construção de uma sociedade mais

justa e igualitária. O compromisso com a reforma agrária também faz parte da

construção de um novo modelo econômico que está sendo proposto

centrado na busca de soluções para a concentração da terra, da riqueza e da

renda.

1. Construir um Novo modelo de agricultura: adoção de agroecologia como forma de garantir sustentabilidade ambiental, social e econômica aos assentamentos, utilizando técnicas modernas como a adubação verde e orgânica, a rotação de culturas e a produção própria de sementes.

2. Implantar as Áreas reformadas prioritárias, os assentamentos são estabelecidos em áreas próximas, possibilitando que os investimentos, o sistema viário, de comunicação, educação, rede de serviços, comércio e industrialização sejam melhor aproveitados.

3. Implantar Pólos regionais de desenvolvimento: envolve os assentados e a população da região com investimentos discutidos e planejados. Integra uma política de desenvolvimento regional integrado.

4. Incentivar a Produção de subsistência e para o mercado: integração de plantio de culturas de subsistência e para o mercado, O objetivo é agregar valor através de beneficiamento.

SITUAÇÃO 2

(simulação e estratégia)União Democrática Ruralista

A União Democrática Ruralista (UDR) é uma entidade de classe que se

destina a reunir ruralistas e tem como princípio fundamental à preservação

do direito de propriedade e a manutenção da ordem e respeito às

leis do País.

1. A UDR não é contra a reforma agrária, desde que ela seja feita dentro da lei e que se assente somente produtores rurais

2. Recadastramento dos reais produtores, que perderam suas terras por falta de política agrícola e, de acordo com a lei, colocá-los de volta a terra.

3. Lutar pelo setor agropecuário de escala, aquele que gera excedentes para exportação e alimenta o povo brasileiro.


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SITUAÇÃO 3

(simulação e estratégia)

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem

Terra

Modificar a estrutura da propriedade da terra subordinando a propriedade

da terra à justiça social, às necessidades do povo e aos objetivos

da sociedade

1. Construir uma sociedade sem exploradores e onde o trabalho tem supremacia sobre o capital.

2. A terra é um bem de todos. E deve estar a serviço de toda a sociedade.

3. Garantir trabalho a todos, com justa distribuição da terra, da renda e das riquezas.

4. buscar permanentemente a justiça social e igualdade de direitos econômicos, políticos, sociais e culturais.

5. Difundir os valores humanista e socialistas nas relações sociais.

TRABALHO EM GRUPO 1: Identificação, Seleção e Explicação de um problema do Ator Social definido.

TRABALHO DE GRUPO 2: Formular operações com análise de recursos, produto e resultados ( análise de eficiência e eficácia) para as causas fundamentais do problema explicado.

TRABALHO EM GRUPO 3: definir atores sociais relevantes e elaborar uma matriz de estratégias “Atores X Operações”.

ESCOLHA DOS PARTICIPANTES PARA SIMULAÇÃO POR SORTEIO!

Sugestões para a reflexão do grupo:

Estas sugestões podem ser revistas pelo grupo, escolhendo outros atores, missão, novas diretrizes, etc...

Se coloque “ na pele” das direções dos respectivos Atores, reflita sobre a dificuldade em simular outros Atores Sociais. Nosso contexto é a realidade gaúcha e brasileira contemporânea, perceba que cada Ator está submetido a um triângulo de

governo diferenciado e muitas vezes mutuamente dependente. Isto é um caso hipotético, não sacrifique o sentido didático do exercício em troca do aprofundamento de detalhes relacionados à

sensibilidade sobre a situação real vivenciada pelo grupo.


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Outras sugestões para simulação de Atores Sociais e Trabalho em Grupo:

Jogo Social (exemplos) Atores prováveis ObservaçõesDefinição do Salário Mínimo Governo Federal, Partidos de Oposição,

FIESP e CUTUma variação: considerar atores no âmbito interno do governo federal: Ministério da Fazenda, Ministério do Trabalho e Casa Civil, por exemplo.

Construção de um Presídio Federal Ministério da Justiça, Governo do Estado “x”, Prefeitura da Cidade “y”.

Considere o atual quadro constitucional de competências legais neste setor.

Implantação de um Programa de Renda Mínima

Ministério da área social, Ministério da Fazenda, um Partido de Oposição.

Urbanização de uma área favelada na área central

Prefeito Municipal, Sindicado da Construção Civil, Associação de Moradores da Favela

Considere que o projeto deverá remover a população local para uma área preparada na periferia da cidade.

Construção de um Viaduto de grande porte em área residencial

Secretaria de Transportes, Associação de moradores do bairro e Sindicato das Empresas de ônibus.

Considere que o viaduto é a única alternativa à tendência crescente de congestionamentos na região.

Construção de uma Usina Hidroelétrica Órgão Ambiental (Ministério ou Secretaria), Associação das Indústrias, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Ministério de Minas e Energia (ou Secretaria estadual)

Imagine que a energia produzida é única alternativa para evitar problemas de abastecimento para os próximos 10 anos na região e que o lago da usina atingirá parte significativa de reserva ambiental.

Eleição Presidencial Partidos representativos da diversidade ideológica existente (sugere-se três, por exemplo)

Recomenda-se desenhar a simulação com base num único tema (polêmico) e focar o debate na estratégia eleitoral.

Pesquisa Genética com células tronco Associação dos Laboratórios Farmacêuticos, Governo Federal, CNBB (ou outra organização religiosa)

Observe as diferentes estratégias decorrentes do posicionamento situacional de cada um diante da possibilidade de aprovação de material legal sobre o tema.


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TRABALHO EM GRUPO 1: Identificação, Seleção e Explicação de um problema do Ator Social definido.

Recomendações:

O objetivo desta etapa é exercitar a habilidade coletiva na identificação, seleção e explicação de um problema, a base inicial do método proposto. Você deve observar atentamente a Missão e as Diretrizes Estratégicas da organização para a qual você foi sorteado. Não se esqueça: no exercício simulado VOCÊ ASSUME A IDENTIDADE DA ORGANIZAÇÃO INDICADA! Pense nas seguintes perguntas orientadoras:

(a) Quais são os principais problemas que nós temos (ator social) para atingirmos nossa missão e conquistarmos nossas diretrizes estratégicas ?

(b) Identifique no máximo cinco problemas e selecione um deles (valor, custo de postergação, vontade política para enfrentá-lo), quais as causas deste problema – no máximo dez? Como ele pode ser descrito (sintomas) ? Quais as conseqüências ? (atenção para não confundir causas com efeitos!)

(c) As causas identificadas tem a mesma natureza e valor ? Algumas manifestam “regras” do jogo, outras capacidades acumuladas e influencias de outros jogadores, outras ainda são causas mais imediatas, conjunturais, com maior governabilidade...(regras, acumulações e fluxos).

Respondidas estas questões você terá condições de montar a árvore explicativa do problema escolhido. Esta “árvore”, na verdade é uma explicação situacional focada para o problema escolhido, cada enunciado (tarjeta) é de fato o nó de uma outra rede de explicações...tudo depende do ponto de referencia inicial no problema focado.

Quando o grupo tiver terminado você deve colar as tarjetas de forma ordenada e legível em papel-pardo para apresentação no grande grupo

Há ambigüidade sobre o problema ? Nosso entendimento do problema é o mesmo...ou mudou ?


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TRABALHO DE GRUPO 2: Formular operações com análise de recursos, produto e resultados (análise de eficiência e eficácia) para as causas fundamentais do problema explicado.

Recomendações:

Escolha inicialmente entre as causas do problema já identificas (na “árvore do problema”) quais as que você identifica como essenciais, vitais para serem enfrentadas, sobre as quais o Ator Social que você representa tem capacidade de ação e influência. Escolha no máximo duas causas fundamentais.

Imagine agora quais operações (sentido preciso do “nós vamos fazer isto...”) são necessárias e suficientes para “desatar” este nó crítico, resolver esta causa e impactar positivamente na solução do problema. Imagine no máximo três operações para cada causa fundamental ou nó crítico escolhido.

Identifique os recursos mais necessários para executar esta operação entre os recursos Econômicos, Político-Institucionais, Cognitivos e Organizacionais necessários. Perceba a multiplicidade de recursos necessários, sua diferença de intensidade e natureza, a não limitação à esfera financeira.

Identifique qual é o Produto e o Resultado desta Operação (ou Projeto), perceba que há uma ambigüidade e dificuldade natural em separar produto e resultado, especialmente porque o último depende muito dos cenários efetivos das ações concretas no futuro.

Depois de analisar os Recursos, Produtos e Resultados para cada operação analise a eficácia e eficiência de cada uma delas, é baixa ou alta ? O que fazer para manter alta eficácia e eficiência ?

Esta é a parte “normativa” do planejamento estratégico participativo, é aqui que todo conhecimento científico, a criatividade, a sensibilidade e a arte de governar e dirigir devem ser empregadas de modo mais efetivo.


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TRABALHO EM GRUPO 3: definir atores sociais relevantes e elaborar uma matriz de estratégias “Atores X Operações”.

Recomendações:

(a) inicialmente você deve definir os cinco atores sociais (outras organizações, entidades, movimentos, instituições, etc...) que são relevantes para o a execução do plano, são os outros jogadores....

(b) você deve simular e imaginar três grandes estratégias: COOPERAÇÂO, PERSUASÂO e CONFRONTO. Produza um acordo mínimo no grupo em relação ao conceito geral destes três grandes blocos. Lembre-se que as possibilidades estratégicas na gestão efetiva do plano são praticamente infinitas, nosso limite é do exercício.

(c) Imagine agora PARA CADA ATOR SELECIONADO qual seria a melhor estratégia a ser adotada em cada uma das operações que você desenhou na etapa anterior.

(d) Você tem condições de montar uma matriz colocando na primeira coluna as três grandes estratégias, na primeira linha os atores sociais selecionados e as células preenchidas com cada operação desenhada.

(e) Note que uma mesma operação tem estratégias diferenciadas de acordo com cada ator social.(f) Note também que cada ator social pode configurar uma situação predominante de cooperação (nossos

prováveis aliados) ou de confronto (nossos prováveis adversários).

Discuta no grupo: Porque conceber e discutir estratégias políticas é importante no planejamento ? Como trabalhamos com o tema do poder nos nossos projetos e operações ? Qual a viabilidade de um plano com muitos opositores....

Perceba também a dificuldade de definir estratégias para cada ator social (seja ele adversário ou aliado) sem conhecer profundamente os recursos dominados, o leque de afinidades e rejeições, o procedimento e a conduta dos demais jogadores, seu padrão de comportamento, etc...

Monte o diagrama e se prepare para apresentar em plenário.


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Dinâmica do Júri Simulado

Momento: inicial de debate entre as diferentes visões de planejamentoObjetivos: sensibilização inicial sobre “o problema do planejamento”, síntese do conhecimento previamente acumulado do grupo sobre o tema, identificar as interações entre os dois tipos de planejamento.

A “cena” do crime:

Era uma vez uma cidade chamada Ortodoxolândia. Havia uma prefeita municipal, a gentil e prestativa Senhora Norma Ativa, que determinou ao seu secretário de educação, o Sr. João, que resolvesse todos os problemas de educação do município. Rapidamente foi contratada a Consultoria “Solução Definitiva S.A.” que propôs um método infalível: O Planejamento da política educacional... que foi rapidamente escrito, encadernado e apresentado ao povo em audiência pública, com muitos gráficos e slides coloridos. Nos primeiros quatro anos tudo deu certo, pais, alunos e professores viviam felizes e a Prefeita conseguiu um segundo mandato. Passaram-se mais três anos e no final da segunda gestão a ONG “D´olho neles” constatou que havia muitas crianças fora da escola, os professores estavam desmotivados e muitas vagas docentes não preenchidas, além disto à pedagogia era duvidosa e os pais dos alunos faziam franca oposição à política educacional adotada...O secretário foi demitido, a consultora não recebeu a última parcela de pagamento e a Prefeita Norma Ativa foi derrota nas eleições e se tornou consultora. De quem é a culpa ? Após várias semanas de investigação uma comissão de alto nível nomeada pelo novo prefeito, o Sr. Pep Legal, apontou um culpado: o Planejamento de estilo normativo!

O réu: o Planejamento Normativo

O papel do “Júri” será assumido por todos os alunos. A turma será dividida em quatro grupos de 12 componentes, dois grupos farão o papel dos advogados de acusação e outros dois atuarão pela defesa do planejamento normativo, dito convencional e tradicional.

•Dois grupos de Advogados de Acusação: Preparar argumentos para acusar o réu. •Dois grupos Advogados de Defesa: Preparar argumentos para defender o réu.

Cada GRUPO terá:

• 10 minutos para desenvolver seus argumentos. • 5 minutos para a réplica (opcionais);• 5 minutos para a tréplica (opcionais).


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Os grupos trabalharão com tarjetas e deverá escolher no máximo três oradores diferentes para cada momento de defesa, acusação, réplica e tréplica...

Haverá três momentos:

1- De preparação da argumentação- incluindo leitura de textos e debate em grupo (total de 40 minutos).2- Representação e explanação de idéias da acusação e da defesa, em cena.3- Sumarização e conclusão das decisões pelo grupo no papel de júri (sistematizadas pelo Professor).4- Inicia o grupo de acusação e defesa, réplica e tréplica alternadamente entre os quatro grupos.

Subsídios para o debate em grupo:

A divisão entre pontos “fortes” e “fracos” é arbitrária e tem única função de estimular o debate do grupo e suas experiências/conhecimentos acumulados sobre o tema.

O Planejamento Normativo (na visão do planejador tradicional)

Pontos fortes:

• É mais conhecido, trabalha com conceitos já assimilados pelos funcionários e não requer muita capacitação prévia.• Possui mais simplicidade na aplicação, é facilmente generalizável, utiliza uma linguagem clara e objetiva.• Se ajusta com mais facilidade à hierarquia pré-existente, não proporciona um questionamento das chefias.• É adequado para projetos em situações de boa governabilidade.• Não “toma tempo” em demasia da alta direção porque não exige o envolvimento pessoal e direto. • Normalmente não é participativo, o que proporciona ganho de tempo e menos turbulência nas rotinas da organização.

Pontos fracos:

• Diante da conjuntura de mudança constante do mundo moderno pode ser vulnerável e pouco eficaz.• Depende do uso da força hierárquica por parte das chefias para sua execução e controle, o que provoca

descontentamento dos funcionários.• Valoriza pouco o debate sobre estratégia o que aumenta sua fragilidade diante de mudanças conjunturais.• Não trabalha com cenários, portanto tem uma concepção muito rígida sobre alternativas possíveis em situações distintas

da conjuntura.


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• O momento de diagnóstico da realidade geralmente não vai “a fundo” nos problemas identificados.

O Planejamento Estratégico e Participativo (na visão do planejador estratégico)

Pontos Fortes

• Trabalha desde o início com a explicação de problemas, identificando as cadeias causais principais.• Ao valorizar o momento estratégico acaba contribuindo para diminuir a vulnerabilidade do plano.• Trabalha com cenários e com diferentes hipóteses sobre o futuro e posicionamento do plano.• Mistura intencionalmente questões técnicas e políticas num mesmo processo de debate.• Trabalha muito o momento da gestão e execução do plano.• A participação gera compromisso dos funcionários.

Pontos Fracos

• Exige mais tempo para elaboração e assimilação porque representa uma síntese construída coletivamente.• Ao mobilizar a participação dos vários níveis hierárquicos pode questionar as relações de poder e hierarquia na

organização e “tumultuar organizações”...• Exige boa capacitação e habilidades dos monitores ou facilitadores.• Exige envolvimento direto e pessoal da alta direção durante toda a atividade de planejamento.


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Exercícios individuais e coletivos

Exercício (1)Objetivo: debater a diferenciação de problemas bem e mal estruturadosTempo 20 minutos

O problema:

João esta em Porto Alegre (Situação Inicial – Si) e quer visitar a linda cidade de Ortodoxolândia (Situação Objetivo - So). No trajeto, terá de passar obrigatoriamente pelo vilarejo “Vila Peixe” (A1) a 30 minutos de distância. Por seu lado, esta vila leva aos vilarejos “Casa da Banha” (A2) (15 minutos) e “Vila Flores” (A5) (20 minutos). O vilarejo “Casa da Banha” (A2) comunica-se facilmente com as cidades de Osório (A3) e Imbé (A4), ambas a 12 minutos de distância. De “Vila Flores” (A5) pode ir para Imbé (A4), (10 minutos) ou para “Praia da Baleia” (A6) (9 minutos). A cidade de Osório (A3) não tem nenhuma via de ligação para a cidade de Ortodoxolândia. Em compensação, Imbé (A4) fica a 5 minutos de seu objetivo final, quase à mesma distância que a vila “Praia da Baleia” (A6), que se liga a Ortodoxolândia em apenas 4 minutos.

Perguntas:

(1) Pode-se construir uma rede de trajetória de Porto Alegre (Si) para Ortodoxolândia (So) ?(2) Pode-se construir a árvore de possibilidades de João ?(3) Qual é a melhor trajetória , se quiser poupar tempo ?(4) Pode-se enumerar todas as possibilidades ?(5) Pode-se escolher um caminho, ou há alguma variável que João não controla ?(6) Qual é a situação de governabilidade de João ?(7) Pode-se formalizar o problema de João como um problema quantitativo bem-estruturado, ou seja, numa forma matemática

que poderia ser utilizada por Antônio, Luís ou qualquer outra pessoa com um problema similar ?

Temas para debate no grupo:

(1) A diferença entre uma rede e uma árvore de relações.(2) Quando é melhor trabalhar com redes ou árvores ?(3) Qual a definição da “melhor trajetória” ?


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Espaço para anotações:


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Exercício (2)

Objetivo: debater a diferenciação de problemas bem e mal estruturadosTempo 20 minutos

O problema:

Observe o seguinte diálogo entre a Prefeita Norma Ativa e João, Secretário de Transportes sobre o trânsito municipal.

Prefeita – “Sr. João, a cidade está caótica, cada vez mais nossos cidadãos levam mais tempo para chegar ao seu destino, não podemos mais tolerar os custos sociais deste problema, além disso nossa imagem pública está seriamente abalada...qual é a solução ?”

Secretário - “Companheira Prefeita, este problema é muito antigo, complexo e de difícil solução, não podemos resolvê-lo enquanto a Secretaria de Obras encher a cidade de buracos e desvios de trânsito!”

Prefeita – “O senhor quer dizer que não há nada para fazer ?”Secretário – “Não me interprete mal Prefeita ! Sempre podemos fazer alguma coisa, por exemplo, contratar mais fiscais de

trânsito...! Prefeita – “...”Secretário – “...”

Perguntas:

(1) Como você continuaria este diálogo ?(2) Pode-se construir uma árvore completa do universo de possibilidades desta continuação ?(3) Pode-se imaginar uma árvore parcial de possiblidades ?(4) A natureza do problema mudaria caso você conhecesse a Prefeita e o Secretário há muitos anos ?(5) Os objetivos da Prefeita e do Secretário estão claros ?(6) Em sua opinião, quais são, para João as diferenças entre planejar sua viagem e resolver os problemas de congestionamento

na cidade ?

Compare em profundidade os dois exercícios (a viagem de João e o diálogo com a Prefeita) e responda as perguntas:


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Perguntas “João quer visitar Ortodoxolândia!”

“A prefeita e João conversam sobre o trânsito municipal”

1) Quem é o sujeito e o objeto ?

2) Há uma única explicação objetiva ?

3) Quantas possibilidades pode-se enumerar ?

4) Podem-se precisar probabilidades ?

5) O sistema é de final aberto ou fechado ?

6) Pode-se predizer o resultado de sua ação?

7) Podem-se prever todas ou apenas algumas possibilidades ?


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8) É um sistema determinista ou criativo?

9) A árvore de possibilidades é nítida ou nebulosa?

10)Pode-se calcular uma solução boa para todos ou boa só para alguém ?

11)Leva em consideração a incerteza e as surpresas ?

12)Faz um cálculo preciso ou uma aposta?

13)Quantos recursos escassos o exercício implica?

14)Pode-se fazer um plano para executá-lo sem ter de se preocupara com mudanças na realidade a todo momento?

Tema para debate no grupo: problemas bem e mal estruturados, conceito de análise situacional, conceito de objeto e objetivo.


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Exercício (3)Objetivo: debater os diversos níveis de articulação das causas de um problema.Tempo 15 minutosMarque um “x” na resposta correta para cada enunciado.

Enunciado Regras Acumulações Fluxos

1) Produção agrícola

2) Capacidade de produção agrícola

3) Peso político da Farsul

4) Toda propriedade privada de caráter produtivo não pode ser desapropriada.

5) O país precisa de US$ 13 bilhões para rolar a dívida pública interna e externa.

6) O Estado do Rio Grande do Sul tem déficit primário de R$ 96 milhões

7) Não haverá pagamento da dívida sem prévia auditoria e renegociação.

8) A distribuição de renda piorou nos últimos oito anos.

9) A concentração de riqueza contribui para concentra o poder político.


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10)O sistema capitalista está baseado na propriedade privada e no mercado.

11)A população metropolitana cresce 1,2% ao ano.

12)Há 10 milhões de habitantes no Estado.

13)40 % da população encontra-se em situação crítica.

14)A inflação oficial foi de 6% em 2001.

Temas para debate no grupo: a dificuldade de distinguir fluxos e acumulações, o conceito de “regras do problema”, o espaço de governabilidade do ator.

Anotações:


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Em Grupo converse sobre a diferença entre causas, evidências e conseqüências:


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Exercício (4)Objetivo: debater a multiplicidade de recursos necessários para uma Operação e a dimensão dos recursos econômicos.Tempo 10 minutos

Assinale qual o recurso dominante em cada operação.

Tipo de Operação Político-Institucionais

Recursos Econômicos Cognitivos Capacidade

Organizacional Outros

1) Aprovação de uma nova matriz tributária na Assembléia

2) Remoção da Rodoviária do centro da cidade para a periferia.

3) Construção de dez mil habitações.

4) Combate à AIDS.


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5) Controle da corrupção pública e privada.

6) Desenvolvimento da biotecnologia.

7) Modernização da empresa de informática.

8) Planejamento da visita do presidente dos EUA ao Brasil.

9) Implantação de um sistema de Planejamento no Gabinete do Governador.

10)Alteração na taxa de juros básica.

11)Duplicação do salário mínimo nacional.


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12) Não agir.

Temas para debate no grupo: (1) qual o custo de “não agir” ? (2) como combinar recursos ? (3) porque pensamos quase sempre só nos recursos econômicos ?

Espaço para anotações:


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Exercício (5)Objetivo: debater a dificuldade e a importância em definir recursos, produtos e resultados das Operações. Tempo 20 minutos

O problema:

Os indicadores das operações a seguir relacionam-se ao Produto ou Resultado das Operações planejadas.

Operações planejadas IndicadorConstruir Moradias Populares Número de casas construídas.

Implantar mil Incubadoras empresariais Diminuição da mortalidade de PMEs.Executar Programa de Recuperação de Estradas Quilometragem asfaltada.

Implantar sistema de monitoramento de projetos no órgão “x” Relatórios Mensais de Desempenho.Viabilizar renda mínima para cinco mil famílias. Índice de mortalidade infantil.

Implantar a “Casa do Exportador”” Número de centros da apoio logístico implantados.

Reflita sobre as operações a seguir e defina seu produto e resultado:

Operação Produto Resultado

Assentar cinco mil famílias.

Implantar sistema de Planejamento Estratégico na Prefeitura.

Regionalizar a ação do governo.

Construir uma Escola de Governo para capacitação de gestores públicos


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Viabilizar a participação dos funcionários na gestão pública.

Temas para debate no grupo: diferença entre produto e resultado das operações, indicadores de resultado e indicadores de produto, dificuldades em quantificar indicadores, operações objetivas versus difusas.

Anotações:


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Exercício (6) Como funcionam os “Sistemas de Direção” em seu trabalho.

Faça uma reflexão individual e depois apresente no grupo de trabalho como funciona sua estrutura de direção (Coordenação, Diretoria, Supervisão, Departamento, etc...) conforme as regras de uma direção de “alta responsabilidade”.

1. Filtragem e definição de prioridades (critérios e procedimentos para separar “urgências” de “importâncias”)

2. Processamento de problemas (sistemas de planejamento, equipe de assessoria, processo decisório)3. Alimentação do foco de atenção (definição de metas, conformação da agenda)4. Operacional (monitoramento & avaliação, pedido e prestação de contas, aprendizado)


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