Cadeia Produtiva de Frutas Série Agronegócios MAPA

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  • SRIE AGRONEGCIOS

    Cadeia Produtiva de FrutasVolume 7

  • SRIE AGRONEGCIOS

    Cadeia Produtiva de FrutasVolume 7

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento - MAPASecretaria de Poltica Agrcola - SPA

    Instituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura - IICA

    Coordenadores: Antnio Mrcio Buainain eMrio Otvio Batalha

    Janeiro 2007

  • Brasil. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento.Cadeia produtiva de frutas / Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, Secretaria

    de Poltica Agrcola, Instituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura ; Antnio MrcioBuainain e Mrio Otvio Batalha (coordenadores). Braslia : IICA : MAPA/SPA, 2007.

    102 p. ; 17,5 x 24 cm (Agronegcios ; v. 7)

    ISBN 978-85-99851-19-7

    1. Agronegcio Brasil. 2. Poltica Agrcola Brasil. 3. Frutas. I. Secretaria de PolticaAgrcola. II. Instituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura. III. Buainain, AntnioMrcio. IV. Batalha, Mrio Otvio. V. Ttulo.

    AGRIS 0120CDU 633.15

    Ministrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoMinistrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoMinistrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoMinistrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoMinistrio da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoSecretaria de Poltica Agrcola

    Instituto Interamericano de Cooperao para a AgriculturaInstituto Interamericano de Cooperao para a AgriculturaInstituto Interamericano de Cooperao para a AgriculturaInstituto Interamericano de Cooperao para a AgriculturaInstituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura

    Esta publicao foi desenvolvida no mbito da cooperao tcnica promovida entre o InstitutoInteramericano de Cooperao para a Agricultura no Brasil (IICA), o Ministrio da Agricultura,Pecuria e Abastecimento (MAPA) e a Agncia Brasileira de Cooperao do Ministrio das RelaesExteriores (ABC/MRE), por meio do Projeto de Cooperao Tcnica BRA/IICA/04/005 Fortalecimentodo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento para o Planejamento Estratgico doAgronegcio.

    A Srie Agronegcios foi elaborada na gesto do Ministro Roberto Rodrigues e do Secretrio dePoltica Agrcola Ivan Wedekin. Em razo da Lei Eleitoral, sua divulgao foi postergada para janeirode 2007.

    Distribuio:Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA)Secretaria de Poltica AgrcolaEsplanada dos Ministrios Bloco D Ed. Sede 5 AndarFone: (61) 3218-2505 Fax: (61) 3224-8414 CEP: 70043-900 Braslia DFwww.agricultura.gov.br

    Instituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura (IICA)SHIS QI 3, Lote A, Bloco F Centro Empresarial Terracota Lago Sul Braslia DFCEP: 71065-450 Tel.: (61) 2106-5477 Fax: (61) 2106-5459www.iica.org.br

    Coordenadores: Antnio Mrcio Buainain e Mrio Otvio BatalhaEquipe Tcnica: Carolina Nascimento Pereira, Felipe Fernandes Barbosa, Jos Flvio Diniz Nantes,Rafael Gonalves dos Reis, Adriano do Reis Lucente e Ademar Romero.

    Impresso: Grfica e Editora QualidadeProjeto Grfico: Helkton GomesFoto da Capa: Editora Gazeta Santa Cruz Ltda.Reviso: Valdinea Pereira da Silva

    permitida a reproduo desde que citada a fonte.

    Catalogao na FonteBiblioteca Nacional de Agricultura BINAGRI

  • 3Apresentao MAPA

    A informao sempre foi um insumo importante para o agronegcio, tanto na produoquanto na comercializao. Com o crescimento do porte, da competitividade e, porconseqncia, da complexidade da agricultura brasileira nos ltimos anos, o conhecimentovirou uma ferramenta ainda mais essencial.

    Foi nessa linha que surgiu a Srie Agronegcios, editada pela Secretaria de Poltica Agrcola(SPA) do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) em parceria com oInstituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura (IICA). A idia reunir, em umgrupo de publicaes, uma sntese das informaes mais recentes sobre as principais cadeiasprodutivas do Brasil.

    A srie composta por nove livros, com anlises sobre os seguintes setores: milho, soja,carne bovina, agroenergia, algodo e txteis, flores e mel, florestas plantadas e madeira,frutas, produtos orgnicos. Os organizadores da coleo propem-se a apresentar umaanlise de pontos positivos, bem como de fatores crticos de competitividade, de cada umadas cadeias. E, com isso, oferecem subsdios elaborao de polticas pblicas na rea doagronegcio.

    No caso das cadeias produtivas que cresceram em importncia mais recentemente, comoorgnicos e mel, sabe-se que a dificuldade de levantamento bibliogrfico e estatstico muito grande. Nesses casos, o resultado da parceria MAPA/IICA traduz-se em um documentopioneiro, que pode ser de grande valia para estudantes e tcnicos interessados nessasreas. Em cadeias mais tradicionais, a exemplo de soja e milho, os livros tm o diferencialde reunirem dados que, normalmente, esto fragmentados em diversas publicaes.

    Dessa forma, o foco dos estudos amplo: dirigido a acadmicos, sejam eles professores,pesquisadores ou estudantes; executivos de empresas de agronegcio e das diversas esferasgovernamentais, consultores e interessados em geral em economia do agronegcio, almde profissionais da imprensa e outros formadores de opinio.

    No h a preocupao de esgotar os assuntos. A idia que os documentos cumpram opapel de ser um grande e largo farol, abrindo e indicando o caminho para estudos maisdetalhados.

  • 5Apresentao IICA

    Realizar os estudos das cadeias produtivas do agronegcio brasileiro constituiu para o InstitutoInteramericano de Cooperao para a Agricultura (IICA) importante oportunidade naconsolidao e aperfeioamento da cooperao tcnica com o Ministrio da Agricultura,Pecuria e Abastecimento (MAPA). O projeto materializou duas oportunidades: desencadearum processo de melhoria contnua e implantar na cultura institucional o planejamentoestratgico do agronegcio.

    Construir juntos uma sistemtica e inovadora compreenso do agronegcio brasileiro foiuma experincia que, acreditamos, abrir novas portas para os interessados nos setoresinstitucional e acadmico que procuram um conhecimento mais detalhado, objetivo eoportuno da agricultura e do mundo rural do Pas.

    Conhecer os principais entraves e desafios do agronegcio de maneira sria, oportuna esistmica permitir elevar a qualidade de insumos essenciais para a tomada de decises ea formulao de polticas pblicas mais eficientes.

    O estudo das cadeias produtivas possibilitou o acompanhamento de cada produto desdedentro da porteira, durante todo seu trnsito por meio da cadeia, at se converter emcommodity de exportao ou produto de consumo final no mercado interno. O registro e aavaliao desse processo marcam um precedente muito importante no estudo e anlise daagricultura brasileira.

    Estamos convencidos do valor e dos frutos que essa iniciativa produzir a curto prazo.O desenvolvimento do trabalho caracterizou-se pela seriedade e competncia com quetodos os profissionais envolvidos no processo levantaram as informaes, realizaram anlisese formularam importantes concluses que seguramente nortearo decises relevantes noagronegcio brasileiro e nas instncias encarregadas de potencializar o seu desempenho.

    Esperamos que esses primeiros estudos sejam um sinal de alerta, no sentido da importnciade aprofundar os conhecimentos e estabelecer metodologias-padro para o levantamentoesquemtico das cadeias e para o monitoramento e a avaliao da performance do sistemabrasileiro de agronegcio.

  • 7Nota dos Coordenadores

    Esse trabalho foi realizado no mbito do Projeto de Cooperao Tcnica Fortalecimentodo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento para o Planejamento Estratgico doAgronegcio (PCT BRA/IICA/04/005), mantido entre o Ministrio da Agricultura, Pecuriae Abastecimento (MAPA) e o Instituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura(IICA), com a chancela da Agncia Brasileira de Cooperao do Ministrio das RelaesExteriores (ABC/MRE). resultado do contrato celebrado entre o IICA e a Fundao deApoio Institucional ao Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (FAI), vinculada Universidade Federal de So Carlos (UFSCar).

    Aps seleo feita por meio de edital pblico, coube FAI realizar o estudo da CadeiaProdutiva de Frutas, mantendo ampla liberdade para selecionar os pesquisadores e mobilizarrecursos adicionais de outras instituies.

    Desde o incio do projeto, a FAI e a Fundao Economia de Campinas (Fecamp), vinculadaao Instituto de Economia da Unicamp, decidiram juntar esforos, compartir responsabilidadese intercambiar experincias acumuladas na realizao de outros estudos semelhantes. Essaparceria refletiu-se na coordenao conjunta do atual estudo, por um pesquisador da UFSCare um da Unicamp. Outros profissionais das duas instituies tambm envolveram-se durantetodo o desenrolar do trabalho. O documento atual , portanto, resultado de um esforoconjunto entre o Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais (GEPAI), do Departamentode Engenharia de Produo (DEP) da UFSCar, e do Ncleo de Economia Agrcola (NEA), doInstituto de Economia (IE) da Unicamp. Assim, os coordenadores e os pesquisadores dasduas instituies assumem e dividem a responsabilidade acadmica por essa publicao.

    Coordenadores e equipe de pesquisadores das duas instituies so devedores de enormecontribuio dos tcnicos do MAPA e do IICA, que acompanharam o desenrolar do trabalho,o que permitiu aprimorar o texto e a qualidade das informaes disponibilizadas.

    Prof. Dr. Antnio Mrcio Buainain(NEA/IE/Unicamp)

    Prof. Dr. Mrio Otvio Batalha(GEPAI/DEP/UFSCar)

  • 9ndice

    Apresentao MAPA ....................................................................................................................... 3

    Apresentao IICA .......................................................................................................................... 5

    Nota dos Coordenadores ................................................................................................................ 7

    1 Apresentao .......................................................................................................................... 13

    2 Sumrio Executivo ................................................................................................................... 17

    3 Panorama do Mercado Internacional e Insero do Brasil do Mercado Mundial .................. 213.1 Mamo ........................................................................................................................... 22

    3.1.1 Tarifas, taxas e preferncias .................................................................................. 253.2 Melo ............................................................................................................................. 25

    3.2.1 Tarifas, taxas e preferncias .................................................................................. 283.3 Manga ............................................................................................................................ 29

    3.3.1 Tarifas, taxas e preferncias .................................................................................. 313.4 Ma .............................................................................................................................. 32

    3.4.1 Tarifas, taxas e preferncias .................................................................................. 343.5 Banana ........................................................................................................................... 34

    3.5.1 Tarifas, taxas e preferncias .................................................................................. 37

    4 Panorama do Mercado Nacional ............................................................................................. 394.1 Mamo ........................................................................................................................... 404.2 Melo ............................................................................................................................. 424.3 Manga ............................................................................................................................ 45

    4.3.1 O Vale do Rio So Francisco ................................................................................. 494.4 Ma .............................................................................................................................. 504.5 Banana ........................................................................................................................... 53

    5 Anlise da Posio Competitiva Brasileira .............................................................................. 575.1 Ambiente institucional .................................................................................................. 57

    5.1.1 Barreiras ao comrcio internacional ..................................................................... 575.1.2 Produo Integrada de Frutas (PIF) ....................................................................... 625.1.3 Tributao ............................................................................................................. 635.1.4 Acesso e disponibilidade ao crdito .................................................................... 63

    5.2 Gerao e adoo de tecnologia ................................................................................... 655.2.1 Ma ..................................................................................................................... 675.2.2 Mamo ................................................................................................................. 675.2.3 Manga .................................................................................................................. 685.2.4 Banana .................................................................................................................. 695.2.5 Melo ................................................................................................................... 69

    5.3 Custos de produo ...................................................................................................... 70

  • 10

    6 Cenrios e Metas no horizonte at 2015 ............................................................................... 736.1 Mercado interno ............................................................................................................ 736.2 Mercado externo ............................................................................................................ 74

    6.2.1 Banana .................................................................................................................. 766.2.2 Ma ..................................................................................................................... 786.2.3 Mamo ................................................................................................................. 806.2.4 Manga .................................................................................................................. 826.2.5 Melo ................................................................................................................... 85

    7 Fatores Crticos de Sucesso ..................................................................................................... 877.1 Capacitao gerencial .................................................................................................... 877.2 Tecnologia ...................................................................................................................... 887.3 Controle fitossanitrio ................................................................................................... 897.4 Qualidade e segurana .................................................................................................. 91

    8 Recomendaes de polticas ................................................................................................... 938.1 Recursos humanos e capacidade de gesto .................................................................. 938.2 Demanda e oferta .......................................................................................................... 938.3 Tecnologia ...................................................................................................................... 958.4 Controle fitossanitrio ................................................................................................... 968.5 Qualidade e segurana .................................................................................................. 978.6 Prioridades para a formulao de polticas pblicas e privadas levantadas pela

    cmara setorial ............................................................................................................... 98

    9 Referncias Bibliogrficas ....................................................................................................... 99

  • 11

    Indice de Figuras

    Figura 1. Brasil: estrutura da cadeia de produtiva de frutas .................................................... 14Tabela 1. Brasil: exportaes de frutas, principais produtos (mil US$ e toneladas) ................. 15Tabela 2. Mundo: exportaes de mamo papaia, principais origens (mil US$, FOB) ............. 23Tabela 3. Brasil: exportaes de mamo papaia, principais destinos (mil US$, FOB) ............... 23Tabela 4. Mundo: importaes de mamo papaia, principais destinos (mil US$, FOB) ........... 24Tabela 5. Estados Unidos: importaes de mamo papaia, principais origens (mil US$, FOB) ..... 24Tabela 6. Hong Kong: importaes de mamo papaia, principais origens (mil US$, FOB) ...... 25Tabela 7. Mundo: exportaes de melo, principais origens (mil US$, FOB) ........................... 26Tabela 8. Mundo: importaes de melo, principais destinos (mil US$, FOB) ......................... 27Tabela 9. Brasil: exportaes de melo, principais destinos (mil US$, FOB) ............................. 27Tabela 10. Alemanha: importaes de melo, principais origens (mil US$, FOB) ...................... 28Tabela 11. Canad: importaes de melo, principais origens (mil US$, FOB) .......................... 28Tabela 12. Mundo: exportaes de manga, principais origens (mil US$, FOB) .......................... 29Tabela 13. Brasil e Regio do Vale do So Francisco: produo de manga (toneladas) ............. 30Tabela 14. Mundo: importaes de manga, principais destinos (mil US$, FOB) ........................ 30Tabela 15. Brasil: exportaes de manga, principais destinos (mil US$, FOB) ............................ 31Tabela 16. Mundo: exportaes de ma, principais origens (mil US$, FOB) ............................ 32Tabela 17. Mundo: importaes de ma, principais destinos (mil US$, FOB) .......................... 33Tabela 18. Brasil: exportaes de ma, principais destinos (mil US$, FOB) .............................. 33Tabela 19. Reino Unido: importaes de ma, principais origens (mil US$, FOB) .................... 34Tabela 20. Mundo: exportaes de banana, principais origens (mil US$, FOB) ......................... 35Tabela 21. Mundo: importaes de banana, principais destinos (mil US$, FOB) ....................... 35Tabela 22. Brasil: exportaes de banana, principais destinos (mil US$, FOB) ........................... 36Tabela 23. Canad: importaes de banana, principais origens (mil US$, FOB) ........................ 36Tabela 24. Estados Unidos: importaes de banana, principais origens (mil US$, FOB) ........... 37Tabela 25. Brasil: importaes e exportaes de banana ........................................................... 37Tabela 26. Brasil: exportaes de frutas, produtos selecionados (mil US$, FOB) ....................... 39Tabela 27. Brasil: mamo produo, rea plantada e valor da produo ................................ 40Tabela 28. Brasil: produo de mamo, principais estados (mil toneladas) ............................... 42Grfico 1. Brasil: demanda por mamo papaia (milhes de toneladas) .................................... 42Tabela 29. Brasil: melo produo, rea plantada e valor da produo .................................. 43Tabela 30. Brasil: produo de melo, principais estados (mil toneladas) ................................. 43Grfico 2. Brasil: demanda por meles frescos (mil toneladas) ................................................. 44Quadro 1. Brasil: produo irrigada de melo ........................................................................... 45Tabela 31. Brasil: manga produo, rea plantada e valor da produo ................................ 46Tabela 32. Brasil: produo de manga, principais estados (mil toneladas) ................................ 46Tabela 33. Brasil: manga produo, rea colhida e rendimento mdio; principais estados

    produtores ................................................................................................................ 47Quadro 2. Brasil: sazonalidade da produo, principais regies ............................................... 48Quadro 3. Brasil: induo floral e mercado externo .................................................................. 48Mapa 1. Vale do So Francisco ................................................................................................ 49Grfico 3. Brasil: produo de ma em 2005, principais estados (percentagem) .................... 50Tabela 34. Brasil: ma produo, rea plantada e valor da produo ................................... 51Tabela 35. Brasil: produo de ma, principais estados (mil toneladas) .................................. 51Grfico 4. Brasil: ma demanda (mil toneladas) .................................................................... 52Tabela 36. Brasil: ma importaes e exportaes ................................................................. 52

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    Grfico 5. Brasil: ma produo, exportaes e importaes (mil toneladas) ....................... 53Quadro 4. Brasil: de importador a exportador de ma ............................................................. 53Grfico 6. Brasil: produo de banana em 2005, principais estados (percentagem) ................ 54Tabela 37. Brasil: produo de banana, principais estados (mil toneladas) ............................... 54Grfico 7. Brasil: demanda por banana (milhes de toneladas) ............................................... 55Quadro 5. Barreiras tarifrias e no-tarifrias ............................................................................ 58Tabela 38. Brasil: indicadores de reduo de agroqumicos em frutas produzidas no sistema

    PIF, em 2004 (percentagem) ...................................................................................... 62Tabela 39. Brasil: carga tributria sobre ma, manga e melo, em 2001

    (percentagem sobre o faturamento) ......................................................................... 63Quadro 6. Brasil: vantagens de convnios entre produtores, agroindstrias e bancos, para

    financiamento da produo de frutas ...................................................................... 64Tabela 40. Brasil: custos de produo de ma, mamo, manga e banana, em 2003

    (R$ por kg) ................................................................................................................. 70Tabela 41. Cear: custos de produo de melo, em 2003 (R$ por hectare) ............................ 71Tabela 42. Brasil: avaliao de risco de frutas para 2010 e 2015, frente cenrios econmicos

    distintos .................................................................................................................... 75Tabela 43. Mundo: dados observados e projetados das exportaes de banana, principais

    pases e regies (mil toneladas) ................................................................................ 77Grfico 8. Brasil: projees para a produo de banana at 2015 ........................................... 78Tabela 44. Mundo: dados observados e projetados das exportaes e importaes de ma

    (mil toneladas) ........................................................................................................... 79Grfico 9. Brasil: projees para a produo de ma at 2015 ............................................... 79Tabela 45. Mundo: dados observados e projetados da produo de mamo papaia,

    principais pases e regies (mil toneladas) ................................................................ 80Tabela 46. Mundo: dados observados e projetados das importaes de mamo papaia,

    principais pases e regies (mil toneladas) ................................................................ 81Grfico 10. Brasil: projees para a produo de mamo at 2015 ........................................... 82Tabela 47. Mundo: dados observados e projetados da produo de manga, principais

    pases e regies (mil toneladas) ................................................................................ 83Tabela 48. Mundo: dados observados e projetados das importaes de manga, principais

    pases e regies (mil toneladas) ................................................................................ 84Grfico 11. Brasil: projees para a produo de manga at 2015 ............................................ 84Grfico 12. Brasil: projees para a produo de melo at 2015 ............................................. 85

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    1 Apresentao

    A fruticultura brasileira vem, ao longo dos anos, se preparando para competir mais ativamenteno mercado internacional e para aumentar sua participao na economia do Pas. Segundoo Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf), em 2005 a fruticultura nacional movimentou US$ 5,8milhes somente com produtos frescos e US$ 12,2 bilhes quando se consideram todos osderivados das frutas. De acordo com dados de 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia eEstatstica (IBGE), a fruticultura brasileira representa algo em torno de 11,5% do ProdutoInterno Bruto (PIB) agrcola e 0,625% do nacional.

    O setor de fruticultura est entre os principais geradores de renda, emprego e dedesenvolvimento rural do agronegcio nacional. Os ndices de produtividade e os resultadoscomerciais obtidos nas ltimas safras so fatores que demonstram no apenas a vitalidadecomo tambm o potencial desse segmento produtivo. Atualmente, existem pelo menos 30grandes plos de produo de frutas espalhados por todo o Pas.

    A fruticultura uma atividade com elevado efeito multiplicador de renda e, portanto, comfora suficiente para dinamizar economias locais estagnadas e com poucas alternativas dedesenvolvimento. O exemplo do Plo de Frutas de Petrolina Juazeiro emblemtico dacapacidade desenvolvimentista da fruticultura em geral.

    O cenrio, desde o ponto de vida do mercado, favorvel e revela uma perspectiva animadorade crescimento de demanda por frutas nos mercados interno e externo. As estimativas daOrganizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao (FAO, 2005) indicam quetanto o consumo mundial per capita de frutas como o consumo brasileiro continuarocrescendo, nos prximos anos, a taxas superiores da economia mundial e domstica.

    Contudo, a plena realizao do potencial produtivo e social da fruticultura brasileira dependede uma melhor organizao do setor, da modernizao da comercializao e de incentivospara a inovao tecnolgica e agregao de valor. A identificao e melhor compreensodos obstculos que limitam o desenvolvimento da fruticultura no Brasil um passo relevantede grande importncia tanto para a definio e afinamento de polticas pblicas de fomentocomo para a conscientizao e tomada de deciso dos fruticultores e empresas que atuamno setor.

    Em praticamente todos os pases desenvolvidos produtores de frutas, observam-se polticaspblicas dirigidas especificamente para as vrias cadeias produtivas de frutas. Tais polticasadotam abordagem sistmica e integrada e tm como foco central estimular a interaoentre os agentes econmicos e sociais que compem a cadeia e atuam em particular juntoaos agentes e elos que determinam a dinmica do segmento.

    A fruticultura apresenta algumas caractersticas peculiares que a diferem de outras cadeiasprodutivas e que afetam sua competitividade. Podem ser tratadas como obstculos oudificuldades, mas devidamente trabalhadas podem gerar sinergias e aumento decompetitividade para todo o setor. As principais especificidades so:

  • 14

    Forte presena de agricultores familiares e elevada relao trabalho/capital; Nmero elevado de cooperativas e associaes de produtores; Flutuaes acentuadas de preos associadas sazonalidade e calendrios de produo

    diferenciados entre os hemisfrios Norte e Sul e at mesmo no interior do Pas;

    Comrcio com grande nmero de pases produtores, envolvendo muitas empresasimportadoras e exportadoras; e

    A fidelidade do consumidor est concentrada mais no servio prestado pela empresadistribuidora/varejista que na marca do produto, normalmente pouco conhecida,permitindo que essas empresas mudem de fornecedor de frutas com maior facilidade.

    A Figura 1 apresenta um fluxograma com os macrossegmentos da cadeia produtiva, osprincipais agentes e os fluxos de comercializao e consumo comuns nas cadeias de produode frutas brasileiras.

    Figura 1. Brasil: estrutura da cadeia de produtiva de frutasFigura 1. Brasil: estrutura da cadeia de produtiva de frutasFigura 1. Brasil: estrutura da cadeia de produtiva de frutasFigura 1. Brasil: estrutura da cadeia de produtiva de frutasFigura 1. Brasil: estrutura da cadeia de produtiva de frutas

    Fonte: Adaptado de Marino e Mendes (2001).

    Embora o foco principal desse trabalho tenha sido o setor de fruticultura, considerou-se queum olhar mais especfico sobre algumas cadeias produtivas de determinadas frutas contribuiriapara a compreenso da dinmica geral da fruticultura brasileira, dos problemas,potencialidades e desafios. As recomendaes feitas a partir da anlise das cadeias defrutas estudadas nesse documento podero, em quase todos os casos, ser extrapoladaspara as demais. Os critrios utilizados para a escolha das frutas foram a importncia econmicae social para o Pas e as perspectivas de crescimento, tanto no mercado interno como noexterno.

    As principais frutas em termos de valor da produo no Brasil, nessa ordem, so: laranja,banana, abacaxi, uva, mamo, coco, ma e manga. Uvas, meles, mangas, mas, bananase mames papaia foram as principais frutas in natura exportadas pelo Brasil em 2005(Tabela 1). Como duas dessas frutas, laranja e uva, j so assuntos especficos de duascmaras setoriais (citricultura e vitivinicultura) criadas pelo Ministrio da Agricultura, Pecuriae Abastecimento (MAPA), cinco frutas foram selecionadas para uma anlise mais aprofundadade suas cadeias: melo, manga, ma, banana e mamo papaia.

  • 15

    O melo foi escolhido pelo seu excepcional desempenho exportador. Em 2005, foi a segundafruta fresca mais exportada pelo Brasil, em valor de exportao, superado apenas pelasuvas. As frutas selecionadas representam bem a fruticultura nos diversos estados brasileiros,e uma de clima temperado e quatro, de clima tropical. Representam, tambm, trajetriasdiferentes de crescimento da produo e de insero no consumo domstico e externo eciclos produtivos e requisitos tecnolgicos diferenciados. Essa diversidade permite montarum bom panorama do setor e tambm revelar os pontos de convergncia entre as vriascadeias, bem como as especificidades de cada uma.

    TTTTTabela 1. Brasil: exporabela 1. Brasil: exporabela 1. Brasil: exporabela 1. Brasil: exporabela 1. Brasil: exportaes de frtaes de frtaes de frtaes de frtaes de frutas, principais prutas, principais prutas, principais prutas, principais prutas, principais produtos (mil US$ e toneladas)odutos (mil US$ e toneladas)odutos (mil US$ e toneladas)odutos (mil US$ e toneladas)odutos (mil US$ e toneladas)

    FrutaFrutaFrutaFrutaFruta20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    ValorValorValorValorValor Quant.Quant.Quant.Quant.Quant. ValorValorValorValorValor Quant.Quant.Quant.Quant.Quant. ValorValorValorValorValor Quant.Quant.Quant.Quant.Quant. ValorValorValorValorValor Quant.Quant.Quant.Quant.Quant. ValorValorValorValorValor Quant.Quant.Quant.Quant.Quant.

    Uva1 21.588 20.677 33.843 26.457 59.939 37.601 52.803 28.851 107.277 51.213

    Melo2 39.297 99.434 37.778 98.690 58.316 149.758 63.251 142.587 91.479 179.831

    Manga3 50.814 94.291 50.849 103.598 75.713 138.153 64.187 111.037 72.508 113.688

    Ma4 18.161 35.794 31.424 65.935 37.839 76.468 72.556 153.045 45.814 99.342

    Banana5 16.036 105.112 33.574 241.038 30.013 220.771 26.983 188.087 33.027 212.176

    Mamo papaia6 18.503 22.804 21.624 28.541 29.214 39.492 26.563 35.930 30.638 38.757

    Limo7 7.635 14.811 9.891 21.826 16.949 34.012 18.299 37.326 26.300 44.258

    Fontes: FAO (2005), Ibraf (2006) e Secretaria de Comrcio Exterior (Secex) (2006).Notas: 1 Cdigos 08.06.1000 e 08.06.2000 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM); 2 Cdigo 08.07.1900 da NCM; 3

    Cdigos 08.04.5000 e 08.04.5020 da NCM; no perodo 2001 a 2004, as informaes incluem goiabas e mangostes; 4 Cdigos08.08.1000 e 08.13.3000 da NCM; 5 Cdigo 08.03.0000 da NCM; 6 Cdigo 08.07.2000 da NCM; e 7 Cdigos 08.05.3000 e08.05.5000 da NCM.

    Algumas frutas, apesar de se destacarem em volume de exportaes, apresentam baixosvalores unitrios de venda, tanto no mercado interno como externo. o caso da banana.O contrrio ocorre com a manga, ma, mamo e melo, que, embora apresentem volumesde venda menores, so comercializadas por preos mais elevados. De todo modo, as frutasindicadas apresentam relevncia expressiva para a economia do Pas.

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    2 Sumrio Executivo

    A evoluo da produo de frutas frescas no Brasil tem assegurado o abastecimento dacrescente demanda domstica e ao mesmo tempo logrado uma expressiva e crescenteparticipao na pauta de exportaes do agronegcio brasileiro. O Brasil o terceiro maiorprodutor mundial de frutas frescas, posio que tem como ponto de partida as condiesfavorveis de clima, solo e disponibilidade de rea do Pas e que vem sendo sustentadapelos investimentos pblicos e privados em infra-estrutura, capacitao, logstica e inovaotecnolgica.

    A fruticultura uma atividade com grande capacidade de gerao de emprego e renda, epor isso apresenta significativa importncia social, em particular em regies mais pobres,que no contam com muitas alternativas para dinamizar a economia local. A fruticultura uma atividade intensiva em mo-de-obra e gera oportunidades de trabalho na razo de2 a 5 trabalhadores para cada hectare cultivado nos diferentes elos da cadeia produtiva.O volume de investimentos necessrio para viabilizar a produo de frutas em geralconsideravelmente inferior ao de outros segmentos dinmicos do agronegcio, o que tornao setor atraente como objeto de poltica pblica voltada para a promoo do desenvolvimentolocal sustentvel e para o setor privado.

    O desempenho da fruticultura brasileira confirma que o Brasil tem potencial para produzir frutasde qualidade, atendendo aos requisitos mais exigentes dos mercados externos. Ressalte-seque nem o mercado nacional nem o internacional esto plenamente atendidos e ambosdevem continuar em crescimento. O mercado mundial de frutas cresce, atualmente, US$ 1bilho ao ano em mdia.

    A mudana observada nos hbitos e nas preferncias alimentares dos consumidores, oaumento da idade mdia da populao e a busca por uma melhor qualidade de vida sofatores que reforam a tendncia de valorizao dos benefcios proporcionados pelas frutas.Essas caractersticas e exigncias dos consumidores, ao mesmo tempo em que valorizam ereforam a expanso do mercado, indicam as tendncias a serem seguidas e revelam ascondies, implcitas e explcitas para participar do jogo com sucesso: de um lado, capacidadede produzir frutas de qualidade, saudveis, comercializadas de maneira apropriada a preoscompetitivos; de outro, insero em cadeias de suprimento de mbito internacional econstruo de reputao consistente com as exigncias do mercado.

    A despeito da sua capacidade produtiva, a exportao brasileira de frutas no alcana 2%do mercado mundial. O mercado interno absorve atualmente cerca de 21 milhes detoneladas anuais das 37 milhes produzidas, apresentando, de imediato, um excedenteconsidervel que poderia ser destinado exportao.

    No entanto, o ingresso no mercado internacional pode ser demorado, caro e exige decisese aes tanto do setor pblico como do setor privado. Implica arcar com custos de adaptaorelacionados s exigncias fitossanitrias e de segurana dos alimentos hoje vigentes na

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    maior parte dos pases desenvolvidos; superar os encargos tarifrios o que exige tantocompetitividade como capacidade de negociao poltico-diplomtico; conquistar escalade produo e comercializao e, no menos importante, conquistar a credibilidade dosclientes. Os instrumentos de regulao de importao de frutas reconhecidos pelaOrganizao Mundial do Comrcio (OMC) consistem basicamente de tarifas aduaneiras(barreiras tarifrias) e de exigncias fitossanitrias (barreiras no-tarifrias).

    Na Unio Europia (EU), as frutas tropicais no esto sujeitas aos mecanismos de preo deentrada ou licena de importao, como acontece para outros alimentos perecveis. Com aconsolidao das medidas tarifrias comuns, algumas frutas tiveram seus encargos reduzidosa zero. Mesmo antes de 2001, as tarifas para a maioria das frutas de origem externa UEeram, em geral, relativamente baixas. Nos Estados Unidos, a entrada preferencial estalicerada por acordos comerciais formais. Outros pases, no participantes desses acordos,so sujeitos a tarifas diversas. Alguns pases tm acesso livre a esse mercado. Esse o casode pases caribenhos e andinos.

    Os novos desafios de crescimento do comrcio internacional esto relacionados qualidade intrnseca e percebida dos produtos, como peso, sabor e aparncia e aos aspectos desegurana, incluindo enfermidades e a origem do produto, sujeitos cada vez mais asofisticados testes de laboratrio. Com base nesses critrios, foi proposta uma padronizaointernacional de normas e medidas sanitrias e fitossanitrias, no somente para frutas,mas para todos os produtos frescos e perecveis.

    A Rodada Uruguai de Negociaes Comerciais teve um papel importante para odesenvolvimento do comrcio mundial de frutas, em particular as frescas, pois definiu padresde acesso, regulamentou as medidas sanitrias e fitossanitrias aplicveis no mbitointernacional e reduziu o nvel de discricionariedade dos grandes importadores e a utilizaode medidas sanitrias e fitossanitrias, como barreiras comerciais disfaradas. Os padresestabelecidos tm base principalmente na minimizao dos riscos sade humana, mastambm na necessidade da padronizao para a certificao dos produtos pelos pases queparticipam da OMC. Eles procuram respeitar princpios de equivalncia e evitar excesso demedidas de cunho impeditivo por parte dos importadores.

    Segundo a FAO (2005), as medidas sanitrias so os elementos mais relevantes na regulaodo comrcio de frutas; subsdios, dificuldades de acesso aos mercados, tarifas e as cotastm cada vez menor importncia com contexto internacional.

    Apesar dessas dificuldades, nos ltimos anos, o Brasil vem conseguindo se inserir no mercadointernacional e em 2005 j ocupa posies de destaque no ranking de exportao de algumasdas frutas mais comercializadas no mundo: mamo (2 lugar entre os maiores exportadores),manga (2 lugar), melo (3 lugar). Cabe tambm mencionar o crescimento das exportaesde ma, embora o Pas ainda ocupe um lugar modesto no ranking mundial dos exportadores(13 lugar).

    O desempenho positivo da produo de frutas no Brasil deve-se em grande medida aoavano no mercado internacional. As produes destinadas basicamente ao mercadodomstico tiveram um desempenho modesto quando comparadas quelas voltadas para aexportao. Esse o caso da banana, cuja produo menos de 1% exportada acompanhou a dinmica da demanda domstica. Naturalmente que a restrio estlocalizada no baixo dinamismo da economia como um todo, com reflexos na evoluo dademanda domstica, insuficiente para absorver a expanso da produo. O baixo dinamismodo mercado interno tem provocado fortes flutuaes de preos, com prejuzos considerveispara os produtores, em alguns casos a ponto de desestimular novos investimentos. Essasflutuaes so particularmente danosas no caso de frutas que no so exportadas.

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    A diversificao do conjunto de frutas exportadas um fator de vantagem competitivamuito importante, uma vez que permite ao Brasil competir nos mercados internacionais viao abastecimento do mix completo de produtos requeridos pelos exportadores.

    A manuteno da posio competitiva atual da fruticultura nacional no mercado internacionaldepender da capacidade do Pas de enfrentar desafios ligados ao ambiente institucional e introduo de inovaes tecnolgicas, tanto na organizao, produo como nos segmentosps-colheita. preciso considerar que a produo e a comercializao das frutas frescasocorrem sob um conjunto de normas, regulamentos, mecanismos e polticas, cujascaractersticas afetam significativamente a competitividade das diferentes cadeias produtivas.De particular importncia so as barreiras tarifrias e no-tarifrias impostas pelos pasesimportadores das frutas nacionais e a tributao a que esto sujeitos os produtos in naturae processados. Para se adaptarem aos novos critrios de limitao de subsdios e acesso amercados, os pases desenvolvidos modificaram os suportes das polticas internas, de formaa se adequarem s novas regras da OMC.

    Apesar das limitaes ao uso de tarifas protecionistas advindas de acordo da Rodada Uruguai,essas so ainda empregadas como medidas protecionistas pelos pases importadores.Entretanto, com os resultados alcanados nesse acordo, como reduo de tarifas,aperfeioamento dos instrumentos de defesa comercial e medidas antidumping, entre outras,as barreiras no-tarifrias ganharam maior importncia em relao s tarifrias.

    Atualmente, observam-se limitaes na aplicao de medidas no-tarifrias tradicionais,como quotas e licenciamento, em benefcio de medidas financeiras de apoio interno produo (subsdios diretos e indiretos aos produtores) e, em especial, de medidas e exignciasde carter fitossanitrio. Essas ltimas constituem para as exportaes brasileiras de frutasfrescas um dos mais importantes desafios no tocante ao seu acesso a mercados externos.

    Tal importncia decorre, entre outros aspectos, do fato dos defensivos utilizados na fruticulturaafetarem diretamente a percepo da qualidade e da sanidade das frutas dirigidas aosmercados internacionais. Alm disso, o respeito ao meio ambiente durante o processoprodutivo tambm um fator importante para os importadores.

    Para superar as dificuldades relacionadas ao controle fitossanitrio, necessria a adoode medidas para evitar a difuso de pragas e doenas e para regular a utilizao dedefensivos agrcolas. Nesse sentido, ganha relevncia o fortalecimento do sistema de defesafitossanitria do Pas, o que exige tanto recursos financeiros como recursos humanosqualificados e em quantidade suficiente para cobrir um pas com a dimenso do Brasil. Emrelao estratgia de manejo e utilizao de agroqumicos, preciso realizar umlevantamento dos produtos em uso e do grau de resistncia das pragas e doenas aosprincipais defensivos utilizados atualmente, passos indispensveis para a definio daestratgia de manejo mais adequada a cada fruta.

    Em relao introduo de inovaes, cabe destacar os avanos no melhoramento genticode frutas. As instituies de pesquisa tm se esforado para introduzir variedades maisprodutivas, com maior resistncia s pragas, s doenas e ao frio, alm de atenderem sexigncias dos principais mercados. Por exemplo, a variedade de ma Castel Gala resistenteao frio no perodo de brotao e exige menor nmero de horas de frio para brotar emrelao variedade atual. Para o mamo papaia, os avanos foram dirigidos resistnciada planta ao vrus da mancha anelar, principal problema fitossanitrio dessa fruta. No casoda manga, merece destaque uma variedade que se apresenta mais rica nos atributos dequalidade de polpa, como sabor, teor de acar e ausncia de fibras, caractersticas muitoimportantes nos mercados dessa fruta.

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    No caso das inovaes na gesto da produo, relacionadas difuso de ferramentasmodernas de gerenciamento, cabe destaque para a Produo Integrada de Frutas (PIF),dada a importncia dos problemas fitossanitrios para a competitividade das frutas.A implantao da PIF permite a gesto ambiental das atividades agrrias de formasustentvel, estabelecendo normas que assegurem uma cuidadosa utilizao dos recursosnaturais, minimizando o uso de agrotxicos e insumos na explorao. Esse sistema tembase nas normas da srie ISO 14001. Ele possibilita ainda a aplicao da norma ISO 9001,no que se refere ao acompanhamento da cadeia produtiva e da ps-colheita orientados produo de produtos agrcolas de qualidade internacional que atendam as necessidades eexigncias do consumidor final. O sistema prope um conjunto de boas prticas agrcolas aserem estabelecidas em normas e procedimentos.

    Esse conjunto de inovaes pode ser considerado como o grande responsvel pelo bomdesempenho dos custos de produo e, portanto, da competitividade das frutas brasileiras,uma vez que outros fatores exerceram forte presso altista, em especial o custo dos insumos.

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    O mercado internacional de frutas um mercado em expanso. Em 2002, foram produzidoscerca de 65 milhes de toneladas de frutas, valor resultante de um aumento aproximado de3 milhes de toneladas desde o ltimo binio. Nesse perodo, a Amrica Latina e os PasesCaribenhos foram responsveis por 57% das exportaes mundiais das principais frutastropicais frescas, entre as quais se destacam: manga, abacaxi, mamo papaia e abacate.

    Em 2005, esse mercado gerou um volume de US$ 51,3 bilhes, um aumento deaproximadamente 53% em relao a 2002.

    Os principais mercados de destino das exportaes mundiais foram os Estados Unidos, aComunidade Europia, o Japo, o Canad e a China (incluindo Hong Kong). Tais pases soresponsveis por 86% de toda fruta tropical fresca importada.

    Em termos percentuais, as taxas de crescimento de importaes de frutas so freqentementemuito elevadas e uniformes para as frutas mais negociadas, tais como mangas e abacaxi.Essa elevao constante tem origem na diversificao gradual do gosto por produtos exticospor parte dos grandes mercados consumidores, embora algumas frutas tropicais ainda sejamdesconhecidas em vrios mercados potenciais importantes (FAO, 2005).

    A mensurao dos preos recebidos difcil e complexa. Os preos variam conforme asvariedades, padres de qualidade e origem. Em geral, para as principais frutas, os preostm sido crescentes nos ltimos anos, porm inferiores ao preo da ltima dcada paraalgumas frutas.

    Os instrumentos de regulao de importao de frutas reconhecidos pela OMC consistembasicamente de tarifas e exigncias fitossanitrias. Pases desenvolvidos tambm adotamcotas tarifrias (tariff quotes).

    Com relao aos deveres na Unio Europia para frutas tropicais, basicamente se aplicamdeveres ad valorem. Porm, as frutas tropicais no so sujeitas a mecanismos de preo deentrada ou licena de importao, como acontece para outros alimentos perecveis. At a

    3 Panorama do Mercado Internacional eInsero do Brasil no Mercado Mundial1

    1 Deve-se indicar que esse documento usa vrias fontes de informaes para anlise do mercado externo. A primeira a basede dados do Radar Comercial, publicado pelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio (MDIC), e que inclui astransaes entre o conjunto de 74 pases que disponibilizam os dados brutos de comrcio exterior para alimentar a base. Nototal, esses pases representaram 96% das importaes mundiais em 2004. A participao no uniforme por produto, e issoexplica certas divergncias entre os nmeros registrados pelo Radar e outras fontes. O Radar Comercial tambm afere asimportaes pelo registro das exportaes do pas de origem, e no pelo registro das importaes feitas pelo Brasil. Asinformaes sobre as exportaes do Brasil so os dados oficiais publicados pelo Aliceweb. A segunda fonte a base doAliceweb, tambm do MIDC, que disponibiliza as informaes de comrcio exterior brasileiro registradas na base da SistemaIntegrado de Comrcio Exterior (Siscomex). Finalmente, utiliza tambm as informaes sobre comrcio exterior publicadas pelaOrganizao das Naes Unidas para Agricultura e Alimentao (FAO). Notam-se, em certos casos, divergncias entre osnmeros das vrias fontes, mas as diferenas entre os nmeros, explicadas pelas diferenas de metodologia adotada, noimplicam qualquer inconsistncia analtica.

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    consolidao das medidas tarifrias comuns, algumas frutas haviam tido seus encargosreduzidos a zero. Antes de 2001, em geral, as tarifas para produtos de origem externa a UEeram relativamente baixas.

    Nos Estados Unidos, a entrada preferencial est alicerada por acordos comerciais formais.Outros pases, no participantes desses acordos, so sujeitos a tarifas diversas. Alguns pasestm acesso livre a tal mercado. Esse o caso, por exemplo, de pases caribenhos e andinos.

    Os novos desafios de crescimento do comrcio internacional passaram a estar relacionados qualidade dos produtos (peso, sabor e aparncia), segurana, doenas relacionadas eorigem. Com base nesses critrios, foi proposta uma padronizao de normas e medidassanitrias e fitossanitrias no somente para frutas, mas para todos os produtos frescos eperecveis.

    Segundo a FAO (2005), as medidas sanitrias so os elementos mais relevantes na regulaodo comrcio de frutas, enquanto os subsdios existentes, as dificuldades impostas de acessoaos mercados, as tarifas e cotas tm menor importncia, essa ltima, cada vez menosintensa.

    A Rodada de Negociaes do Uruguai foi importante, pois regulamentou medidas sanitriase fitossanitrias, aplicveis particularmente ao comrcio das frutas. Em razo dos padresinternacionais requeridos para acesso aos mercados, essa regulao tem impacto particularno comrcio internacional de frutas frescas. Os padres estabelecidos tm base principalmentena minimizao dos riscos sade humana, mas tambm na necessidade da padronizaopara a certificao dos produtos pelos pases que participam da OMC. Eles procuram respeitarprincpios de equivalncia e evitar excesso de medidas de cunho impeditivo por parte dosimportadores.

    As definies e aplicaes dessas medidas so bem mais complexas que as medidas sanitrias.Enquanto a segunda prev apenas padres de qualidade dos alimentos, questo que pode serconsiderada equivalente qualquer pessoa de qualquer pas, as questes fitossanitrias variamconforme a regio, no tendo como estabelecer uma condio padro aplicvel a todos.Tambm, h alguma diversidade nas medidas usadas para a gerncia de risco de pestes epragas. Nesse caso, os padres internacionais estabelecidos fornecem detalhes que permitamuma maior para a harmonizao da aplicao de medidas fitossanitria.

    Nos ltimos anos o Brasil vem apresentando uma boa penetrao neste mercado internacional,tendo passado a ocupar posies de destaque no ranking de exportao de algumas das maiscomercializadas frutas: mamo (segundo lugar entre os maiores exportadores), manga (segundolugar), melo (terceiro lugar). Cabe mencionar tambm o avano das exportaes de ma,fruta de clima temperado, embora ainda ocupe um lugar modesto no ranking (dcimo terceirolugar).

    3.1 Mamo3.1 Mamo3.1 Mamo3.1 Mamo3.1 Mamo

    Em 2004, o Brasil foi substitudo pelo Mxico no papel de maior fornecedor de mamo parao mundo, continuando nessa posio em 2005. Para esse ano, tal agronegcio gerou noBrasil US$ 55.361 milhes de faturamento. Alm desses dois pases, tambm compem ogrupo dos maiores fornecedores de mamo, Belize (US$ 18,7), a Malsia (US$ 14,7) osPases Baixos (US$ 14,6) e os Estados Unidos (US$ 11,0). Na Tabela 2, so apresentados osprincipais pases fornecedores de mamo para o comrcio mundial.

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    TTTTTabela 2. Mundo: exporabela 2. Mundo: exporabela 2. Mundo: exporabela 2. Mundo: exporabela 2. Mundo: exportaes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,11111 principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB)

    Pas de origemPas de origemPas de origemPas de origemPas de origem 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005Mxico 40.996 40.877 44.134 71.671 61.777Brasil 34.137 40.461 50.091 51.867 55.361Belize 5.406 8.587 9.303 15.712 18.707Malsia 22.457 22.867 22.990 18.800 14.752Holanda 5.457 8.138 15.526 15.475 14.666Estados Unidos 15.727 12.871 13.517 11.894 11.022Filipinas 5.766 6.203 2.389 5.805 5.422Tailndia 1.894 2.642 3.044 2.297 3.195Costa do Marfim 443 728 557 2.025 2.785Equador 601 152 1.888 3.788 2.767Demais pases 12.014 17.105 22.240 23.324 22.200TTTTTotalotalotalotalotal22222 144.898 144.898 144.898 144.898 144.898 160.631 160.631 160.631 160.631 160.631 185.679 185.679 185.679 185.679 185.679 222.658 222.658 222.658 222.658 222.658 212.654 212.654 212.654 212.654 212.654

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Notas: 1 Cdigo 08.07.20 da NCM. 2 Mercado formado pelos pases que fazem parte da base de dados do Radar Comercial.

    A vantagem do mamo brasileiro no contexto do comrcio internacional liga-se a suadisponibilidade durante o ano inteiro, o que lhe garante a possibilidade do fornecimentoregular e contnuo.

    O destino da fruta est diretamente relacionado ao tipo e qualidade da mesma. O mamoHava o preferido para exportao. Ele uma fruta menor e de maior aceitao pelomercado consumidor externo. O mamo Formosa, vendido em grande medida pararestaurantes e lanchonetes, atende principalmente a demanda interna. Outra diferena dosdois tipos est relacionada com o poder aquisitivo do consumidor, uma vez que o tipoFormosa bem mais barato que o Hava, e assim de maior aceitao pelo consumidor demenor poder aquisitivo.

    Os principais mercados compradores de mamo do Brasil em 2005 foram os Pases Baixos,com US$ 12,2 milhes, Estados Unidos (US$ 4,4 milhes), Reino Unido (US$ 3,7 milhes) ePortugal (US$ 3,1 milhes). Tradicionalmente, os Estados Unidos eram os maiores compradoresde mamo do Brasil, mas a partir de 2003 as importaes dos Pases Baixos cresceramrapidamente. Registrou-se um salto de US$ 5,6 milhes em 2002 para US$ 12,3 milhesem 2005, enquanto os Estados Unidos permaneceram com a tendncia de crescimentolento das importaes. Os principais pases para os quais o Brasil exporta mamo e osprincipais compradores mundiais da fruta so mostrados nas Tabelas 3 e 4.

    TTTTTabela 3. Brasil: exporabela 3. Brasil: exporabela 3. Brasil: exporabela 3. Brasil: exporabela 3. Brasil: exportaes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,11111 principais desti principais desti principais desti principais desti principais destinos (mil US$, FOB)nos (mil US$, FOB)nos (mil US$, FOB)nos (mil US$, FOB)nos (mil US$, FOB)

    Pas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destino 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005Holanda 3.549 5.627 10.353 10.310 12.275Estados Unidos 5.293 6.204 6.255 4.085 4.430Reino Unido 2.291 2.558 3.889 3.474 3.754Portugal 2.015 2.260 2.511 2.641 3.109Espanha 501 585 1.529 2.271 2.480Alemanha 1.702 1.180 804 805 1.310Itlia 208 250 468 710 1.189Sua 667 772 789 728 821Frana 640 445 548 498 550Canad 1.399 1.696 1.901 916 455Demais pases 196 19 159 118 258TTTTTotalotalotalotalotal22222 18.461 18.461 18.461 18.461 18.461 21.596 21.596 21.596 21.596 21.596 29.206 29.206 29.206 29.206 29.206 26.556 26.556 26.556 26.556 26.556 30.631 30.631 30.631 30.631 30.631

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Notas: 1 Cdigo 08.07.20 da NCM. 2 Mercado formado pelos pases que fazem parte da base de dados do Radar Comercial.

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    TTTTTabela 4. Mundo: imporabela 4. Mundo: imporabela 4. Mundo: imporabela 4. Mundo: imporabela 4. Mundo: importaes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,11111 principais destinos principais destinos principais destinos principais destinos principais destinos(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)

    Pas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destino 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Estados Unidos 30.397 28.935 44.682 75.023 67.972

    Alemanha 7.183 7.179 18.296 16.838 14.903

    Canad 7.357 6.530 7.513 10.987 13.175

    Hong Kong 20.328 21.873 22.080 17.352 10.696

    Japo 12.623 11.477 8.273 10.257 7.957

    Cingapura 4.014 4.024 4.351 3.621 3.331

    China 2.659 3.857 1.490 1.912 1.969

    Holanda 462 1.680 541 1.789 1.949

    Emirados rabes 489 388 613 1.280 1.445

    Reino Unido 292 365 526 1.389 1.396

    Demais pases 7.231 5.325 8.316 14.699 11.632

    TTTTTotalotalotalotalotal22222 93.035 93.035 93.035 93.035 93.035 91.633 91.633 91.633 91.633 91.633 116.681 116.681 116.681 116.681 116.681 155.147 155.147 155.147 155.147 155.147 136.425 136.425 136.425 136.425 136.425

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Notas: 1 Cdigo 08.07.20 da NCM. 2 Mercado formado pelos pases que fazem parte da base de dados do Radar Comercial.

    Na Tabela 5, so apresentadas informaes relacionadas aos principais pases que fornecemmamo para o mercado norte-americano.

    TTTTTabela 5. Estados Unidos: imporabela 5. Estados Unidos: imporabela 5. Estados Unidos: imporabela 5. Estados Unidos: imporabela 5. Estados Unidos: importaes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,11111 principais origens principais origens principais origens principais origens principais origens(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)

    Pas de origem 2001 2002 2003 2004 2005Mxico 40.743 40.487 43.696 71.150 60.974Belize 4.777 7.822 7.722 11.180 12.907Brasil 4.727 5.240 5.698 3.737 4.022Jamaica 2.791 3.305 2.486 1.686 1.733Guatemala 138 148 185 279 1.109Repblica Dominicana 1.495 1.175 972 355 344Tailndia 13 36 22 91 159Honduras - - 9 - 24Panam - - 8 - 14Equador - - - 2 14Demais pases 9 59 2 43 12Total 54.693 58.272 60.800 88.523 81.312

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Nota: 1 Cdigo 08.07.20 da NCM.

    Apesar de os Estados Unidos serem um dos principais compradores do mamo nacional,seus principais fornecedores so Mxico e Belize, que exportam respectivamente US$ 60,9milhes e US$ 12,9 milhes para esse mercado. O Brasil apresenta-se como o terceiromaior fornecedor, com 4,95% do mercado.

    Hong Kong tambm um dos maiores compradores de mamo do mundo. De 2001 a2003, esse pas importou um volume maior que US$ 16 milhes por ano, decrescendo nosanos seguintes e chegando a 2005 importando um volume de US$ 8,9 milhes. O Brasil

  • 25

    sempre participou timidamente deste mercado. A Malsia atendeu 80% da importaode mamo de Hong Kong, somando cifra prxima de US$ 7,4 milhes para esse ltimoano. Na Tabela 6, so mostrados os principais fornecedores de mamo para o mercadode Hong Kong.

    TTTTTabela 6. Hong Kong: imporabela 6. Hong Kong: imporabela 6. Hong Kong: imporabela 6. Hong Kong: imporabela 6. Hong Kong: importaes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,taes de mamo papaia,11111 principais origens principais origens principais origens principais origens principais origens(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)(mil US$, FOB)

    Pas de origemPas de origemPas de origemPas de origemPas de origem 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Malsia 15.664 15.632 15.243 11.016 7.422

    China 105 89 100 493 838

    Tailndia 442 331 641 234 597

    Estados Unidos 60 19 12 54 225

    Filipinas - 3 82 85 152

    Taiwan 5 27 132 74 24

    Vietn - - 17 - 15

    Marrocos - 1 - - 4

    Cingapura 78 111 - 13 -

    Nambia - 12 43 - -

    Demais pases 21 5 11 - -

    TTTTTotalotalotalotalotal 16.375 16.375 16.375 16.375 16.375 16.230 16.230 16.230 16.230 16.230 16.281 16.281 16.281 16.281 16.281 11.969 11.969 11.969 11.969 11.969 9.277 9.277 9.277 9.277 9.277

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Nota: 1 Cdigo 08.07.20 da NCM.

    3.1.1 T3.1.1 T3.1.1 T3.1.1 T3.1.1 Tarifas, taxas e prarifas, taxas e prarifas, taxas e prarifas, taxas e prarifas, taxas e prefernciasefernciasefernciasefernciaseferncias

    O mercado americano de mames frescos dominado pelo Mxico. A tarifa ad valorem de5,4% aplicada ao Brasil enquanto o Mxico se beneficia tanto da vantagem competitivade localizao quanto de tarifa zero concedida por acordo de preferncia pelo produto deorigem mexicana.

    Segundo a Secretaria de Comrcio Exterior (Secex), do Ministrio do Desenvolvimento,Indstria e Comrcio (2001), outro impedimento ao acesso das exportaes brasileiras aomercado americano, tanto para o mamo quanto para as demais frutas e vegetais, so alentido e a burocracia da realizao de exames e provas para o controle de pragas edoenas aplicado pelo rgo oficial americano (USDA). No caso do mamo papaia brasileiro,o processo de aprovao foi iniciado em 1993 e concludo somente em 1998 (MDIC, 2005).

    No entanto, os Pases Baixos importam cerca de 88% de mames frescos de origem brasileirasem nenhum tipo de impedimento tarifrio ou no tarifrio, o que correspondeu a quase40% do total exportado pelo Brasil no ano de 2005 (Radar Comercial MDIC, 2006).

    3.2 Melo3.2 Melo3.2 Melo3.2 Melo3.2 Melo

    Em razo do crescimento do volume de meles exportados, 78,6% entre 2001 e 2003, oBrasil tornou-se o terceiro maior fornecedor dessa fruta para o mundo. Em 2003, o Pasvendeu US$ 85,9 milhes, ano no qual ultrapassou a Guatemala (US$ 74,5 milhes de

  • 26

    exportaes do produto). Para o ano de 2005, esses pases registraram respectivamenteUS$ 112,4 milhes e US$ 81,9 milhes. A Espanha aparece de forma consolidada comomaior exportador mundial, US$ 260,2 milhes em 2005, seguida da Costa Rica, US$ 121,2milhes (Tabela 7). importante notar que o Mxico era, em 2001, o segundo maiorfornecedor dessa fruta, porm vem perdendo espao continuamente, reduzindo suaexportao de US$ 104,4 milhes em 2001 para US$ 81,6 milhes em 2005.

    TTTTTabela 7. Mundo: exporabela 7. Mundo: exporabela 7. Mundo: exporabela 7. Mundo: exporabela 7. Mundo: exportaes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,11111 principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB)

    Pas de origemPas de origemPas de origemPas de origemPas de origem 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Espanha 197.492 206.007 292.819 277.533 260.210

    Costa Rica 103.134 108.161 96.237 108.398 121.252

    Brasil 48.133 71.051 90.797 88.176 112.438

    Guatemala 52.894 73.975 74.555 70.280 81.930

    Mxico 104.425 68.481 57.758 76.398 81.594

    Marrocos 18.528 24.166 37.294 34.271 72.935

    Holanda 39.086 46.457 62.248 69.578 72.921

    Frana 44.145 43.020 63.747 49.611 64.657

    Estados Unidos 55.393 48.158 48.051 47.460 53.167

    Honduras 35.749 33.768 40.739 41.680 44.082

    Demais pases 94.091 103.631 133.203 160.415 201.256

    TTTTTotalotalotalotalotal22222 793.070 793.070 793.070 793.070 793.070 826.875 826.875 826.875 826.875 826.875 997.448 997.448 997.448 997.448 997.448 1.023.800 1.023.800 1.023.800 1.023.800 1.023.800 1.166.442 1.166.442 1.166.442 1.166.442 1.166.442

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Notas: 1 Cdigo 08.07.19 da NCM. 2 Mercado formado pelos pases que fazem parte da base de dados do Radar Comercial.

    De acordo com a Tabela 8, Estados Unidos, Alemanha, Frana, Canad, Paises Baixos eReino Unido so os principais destinos das exportaes mundiais de melo, comprando em2005, respectivamente, US$ 176,7 milhes, US$ 118,5 milhes, US$ 89,6 milhes, US$ 87,9milhes, US$ 73,4 milhes e US$ 72,6 milhes. Ao longo dos ltimos anos, os Estados Unidosvem se mantendo na liderana das importaes, podendo-se observar que de 2001 para 2002ele aumentou em mais de 100% a compra de melo no mercado externo. A Espanha vemaumentando expressivamente suas compras no mercado internacional. Nos ltimos anos, oPas aumentou em quase dez vezes o volume de compra de melo, passando de US$ 5,6milhes, dcimo sexto lugar, em 2001, para US$ 48,9 milhes, stimo lugar, em 2005.

    Os principais compradores do melo nacional so Pases Baixos e Reino Unido (Tabela 9),comprando respectivamente US$ 38,5 milhes e US$ 29,8 milhes em 2005. Esse valorrepresenta 75% do volume total de melo exportado pelo Brasil. Outros importantesimportadores de melo, como a Alemanha e a Frana, so abastecidos pela Espanha, queexporta respectivamente US$ 40,6 milhes (quase 50% do total de melo importado poresse pas) e US$ 77,6 milhes (quase 47% do total).

    Outro importante destino das importaes de melo, o Canad, atendido principalmentepelos Estados Unidos, seguidos pela Guatemala e Costa Rica. Os Estados Unidos eramresponsveis por mais de 50% do total de meles importados pelo Canad. No entanto,essa participao tem declinado ao longo dos anos. Em 2001, os Estados Unidos respondiampor mais de 61% desse volume, e em 2005, por menos de 25% desde total. Esse espaotem sido preenchido principalmente pela Guatemala, mas tambm pela Costa Rica. Paratodos esses pases, o Brasil tem uma participao inferior a 1% do total de melocomercializado.

  • 27

    TTTTTabela 8. Mundo: imporabela 8. Mundo: imporabela 8. Mundo: imporabela 8. Mundo: imporabela 8. Mundo: importaes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,11111 principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB)

    Pas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destino 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Estados Unidos 83.669 54.034 162.644 169.727 176.729

    Alemanha 55.367 70.841 108.499 108.370 118.528

    Frana 57.500 69.860 101.165 88.836 89.639

    Canad 71.055 64.716 71.104 72.042 87.890

    Holanda 29.756 39.792 60.894 70.553 73.375

    Reino Unido 58.774 61.797 73.921 76.217 72.564

    Espanha 5.657 9.552 16.274 29.181 48.919

    Blgica 21.407 24.561 30.104 31.546 35.954

    Itlia 13.979 15.274 30.226 22.805 34.621

    Japo 11.443 10.870 12.267 12.251 25.198

    Demais pases 87.686 106.166 139.185 152.322 156.995

    TTTTTotalotalotalotalotal22222 496.293 496.293 496.293 496.293 496.293 527.463 527.463 527.463 527.463 527.463 806.283 806.283 806.283 806.283 806.283 833.850 833.850 833.850 833.850 833.850 920.412 920.412 920.412 920.412 920.412

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Notas: 1 Cdigo 08.07.19 da NCM. 2 Mercado formado pelos pases que fazem parte da base de dados do Radar Comercial.

    TTTTTabela 9. Brasil: exporabela 9. Brasil: exporabela 9. Brasil: exporabela 9. Brasil: exporabela 9. Brasil: exportaes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,11111 principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB)

    Pas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destino 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Holanda 19.139 19.374 25.478 24.624 38.520

    Reino Unido 15.566 14.320 22.524 23.632 29.782

    Espanha 1.128 1.962 5.056 10.007 16.028

    Itlia 978 835 1.482 1.220 2.381

    Alemanha 20 69 1.545 2.551 1.426

    Sucia 6 207 632 308 739

    Irlanda - - - - 516

    Estados Unidos 11 - 7 59 493

    Portugal 306 453 510 310 343

    Blgica - - 134 49 339

    Demais pases 2.032 434 914 478 902

    TTTTTotalotalotalotalotal22222 39.186 39.186 39.186 39.186 39.186 37.654 37.654 37.654 37.654 37.654 58.282 58.282 58.282 58.282 58.282 63.238 63.238 63.238 63.238 63.238 91.469 91.469 91.469 91.469 91.469

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Notas: 1 Cdigo 08.07.19 da NCM. 2 Mercado formado pelos pases que fazem parte da base de dados do Radar Comercial.

    Nas Tabelas 10 e 11, so mostrados os principais fornecedores de melo para os mercadosda Alemanha e do Canad.

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    TTTTTabela 10. Alemanha: imporabela 10. Alemanha: imporabela 10. Alemanha: imporabela 10. Alemanha: imporabela 10. Alemanha: importaes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,11111 principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB)

    Pas de origem 2001 2002 2003 2004 2005Espanha 34.699 35.134 50.674 41.870 40.607Holanda 15.733 16.478 25.353 27.179 25.708Frana 4.655 5.551 5.566 4.908 6.498Blgica 1.629 1.648 3.433 5.437 5.136Itlia 2.396 3.031 3.582 3.102 3.850Costa Rica 179 196 626 650 581ustria 222 362 806 606 433Brasil - 35 239 110 387Ir 99 63 139 96 249Israel 219 186 231 344 208Demais pases 1.066 635 703 641 414Total 60.897 63.319 91.352 84.943 84.071

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Nota: 1 Cdigo 08.07.19 da NCM.

    TTTTTabela 11. Canad: imporabela 11. Canad: imporabela 11. Canad: imporabela 11. Canad: imporabela 11. Canad: importaes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,taes de melo,11111 principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB)

    Pas de origemPas de origemPas de origemPas de origemPas de origem 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Estados Unidos 42.012 33.980 33.776 32.401 37.466

    Guatemala 6.128 7.561 11.060 11.146 13.956

    Costa Rica 6.700 6.643 7.796 9.138 12.158

    Mxico 7.424 5.273 4.227 4.572 7.820

    Honduras 3.678 4.675 6.470 6.687 7.735

    Repblica Dominicana 1.470 3.006 2.510 2.013 860

    China 634 873 763 623 657

    Brasil - - 5 128 471

    Nicargua 22 143 12 33 319

    Panam 48 146 359 290 282

    Demais pases 367 426 258 242 267

    TTTTTotalotalotalotalotal 68.483 68.483 68.483 68.483 68.483 62.726 62.726 62.726 62.726 62.726 67.236 67.236 67.236 67.236 67.236 67.273 67.273 67.273 67.273 67.273 81.991 81.991 81.991 81.991 81.991

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Nota: 1 Cdigo 08.07.19 da NCM.

    3.2.1 T3.2.1 T3.2.1 T3.2.1 T3.2.1 Tarifas, taxas e prarifas, taxas e prarifas, taxas e prarifas, taxas e prarifas, taxas e prefernciasefernciasefernciasefernciaseferncias

    O melo mais um caso tpico da preferncia comercial intra Unio Europia, ondeprincipalmente a Espanha supre as necessidades regionais com tarifa nula em razo darea europia de livre comrcio. Existem barreiras externas comuns que sujeitam os pasesfora da rea livre de comrcio a medidas tarifrias que variam de 5,3% a 8,8%, conformecaractersticas do produto. Alm disso, vale dizer que a UE pratica medidas agressivas desuperviso sanitria (Market Access Map Braziltradenet).

    O grande volume das exportaes brasileiras de meles frescos concentra-se nos PasesBaixos e no Reino Unido, respectivamente quinto e sexto maiores mercados compradoresde 2005. Apesar de as mesmas tarifas comuns se aplicarem ao Brasil tambm para ambospases, o Reino Unido tm a MFN duties (Applied) e a Tarifa preferencial para pases do

  • 29

    Sistema Geral de Preferncias,2 em que os fornecedores europeus, como a Espanha, noesto includos.

    3.3 Manga3.3 Manga3.3 Manga3.3 Manga3.3 Manga

    O Mxico vem se mantendo na posio de maior exportador de manga do mundo, comexceo do ano de 2003, quando o Brasil ocupou essa posio, com US$ 148,1 milhesexportados e o Mxico com US$ 123,7. Em 2001, como maiores exportadores, os mexicanosvenderam US$ 132,2 milhes, e, em 2005, exportaram 7,6% a mais, ou seja, US$ 142,3milhes. O Brasil tambm aumentou seu volume exportado, passando de US$ 86,5 milhesem 2001 para US$ 117,4 milhes em 2005, com um pico de US$ 148,1 milhes em 2003.Filipinas e os Pases Baixos so outros grandes fornecedores de manga para o mercadomundial, vendendo em 2005, respectivamente, US$ 79,0 milhes e US$ 74,0 milhes (Tabela12).

    TTTTTabela 12. Mundo: exporabela 12. Mundo: exporabela 12. Mundo: exporabela 12. Mundo: exporabela 12. Mundo: exportaes de manga,taes de manga,taes de manga,taes de manga,taes de manga,11111 principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB) principais origens (mil US$, FOB)

    Pas de origemPas de origemPas de origemPas de origemPas de origem 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Mxico 132.229 108.557 123.886 121.501 142.265

    Brasil 86.535 102.016 147.821 93.619 117.411

    Tailndia 39.171 45.968 47.389 68.835 79.012

    Holanda 33.054 35.487 45.751 60.748 74.007

    Filipinas 49.691 54.941 59.692 67.130 65.494

    Peru 25.252 34.732 38.457 49.152 63.737

    Israel 12.670 4.307 14.042 16.700 35.209

    Frana 13.702 11.585 15.916 16.945 29.848

    Equador 18.373 15.334 22.571 22.748 23.428

    Paquisto 11.442 10.079 14.133 18.463 20.426

    Demais pases 105.807 111.271 147.478 142.584 158.977

    TTTTTotalotalotalotalotal22222 527.926 527.926 527.926 527.926 527.926 534.277 534.277 534.277 534.277 534.277 677.136 677.136 677.136 677.136 677.136 678.425 678.425 678.425 678.425 678.425 809.814 809.814 809.814 809.814 809.814

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Notas: 1 Cdigo 08.04.50 da NCM. 2 Mercado formado pelos pases que fazem parte da base de dados do Radar Comercial.

    O volume total brasileiro exportado foi de 104.475 toneladas de manga, e a regio do Valedo Rio So Francisco a maior responsvel pelas exportaes. Essa regio apresenta boascondies de tecnologia e de infra-estrutura, o que no se observa na regio produtorapaulista, conforme mostra a Tabela 13.

    A variedade da fruta que melhor atende s exigncias do mercado internacional a TommyAtkins, em razo de sua colorao avermelhada que a torna mais atraente para o consumidor

    2 Os pases desenvolvidos, membros da Organizao de Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE), por meio de acordoaprovado em outubro de 1970 pela Junta de Comrcio e Desenvolvimento da Conferncia das Naes Unidas para o Comrcioe o Desenvolvimento (Unctad), estabeleceram o Sistema Geral de Preferncias (SGP), mediante o qual concedem reduoparcial ou total do imposto de importao incidente sobre determinados produtos, quando originrios e procedentes de pasesem desenvolvimento. O benefcio do SGP consiste na reduo parcial ou total da tarifa de importao incidente sobredeterminado produto originrio e procedente de pases em desenvolvimento (MDIC, 2005).

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    e sua casca grossa que a torna mais resistente ao armazenamento e transporte. Cerca de80% da plantao brasileira de manga dedica-se a esse tipo da fruta, vindo em seguida otipo Haden, que ocupa cerca de 10% das culturas de manga.

    TTTTTabela 13. Brasil e Regio do Vabela 13. Brasil e Regio do Vabela 13. Brasil e Regio do Vabela 13. Brasil e Regio do Vabela 13. Brasil e Regio do Vale do So Francisco: prale do So Francisco: prale do So Francisco: prale do So Francisco: prale do So Francisco: produo de manga (toneladas)oduo de manga (toneladas)oduo de manga (toneladas)oduo de manga (toneladas)oduo de manga (toneladas)

    A n oA n oA n oA n oA n o Bras i lBras i lBras i lBras i lBras i l Regio do VRegio do VRegio do VRegio do VRegio do Vale do So Franciscoale do So Franciscoale do So Franciscoale do So Franciscoale do So Francisco Participao (%)Participao (%)Participao (%)Participao (%)Participao (%)

    1997 23.370 21.500 92

    1998 39.185 34.000 87

    1999 53.765 44.000 82

    2000 67.000 57.200 85

    2001 94.291 81.155 86

    2002 103.598 93.559 90

    2003 138.152 130.149 94

    2004 104.475 nd1 nd1

    Fonte: Secex/DTC Valexport in: Estudo da Cadeia Produtiva de Fruticultura do Estado da Bahia Sebrae.Nota: 1 nd=no disponvel

    Os Estados Unidos so os grandes compradores de manga no mercado internacional, e soresponsveis por 20% do total de manga transacionada internacionalmente em 2005. Deacordo com a Tabela 14, Alemanha, Japo, e Pases Baixos so tambm importantescompradores de manga no mercado mundial. Juntos esses pases respondem poraproximadamente um quinto das importaes da fruta. Ao longo dos ltimos anos, notvelo surgimento da Arbia Saudita como importador de manga. Em 2001, esse pas tinha umaparticipao no mercado mundial dessa fruta inferior a 0,5%, atualmente j responde porquase 5% do volume total de importaes.

    TTTTTabela 14. Mundo: imporabela 14. Mundo: imporabela 14. Mundo: imporabela 14. Mundo: imporabela 14. Mundo: importaes de manga,taes de manga,taes de manga,taes de manga,taes de manga,11111 principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB)

    Pas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destino 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Estados Unidos 130.409 108.748 146.191 169.691 108.464

    Alemanha 31.643 22.479 40.540 41.449 46.890

    Japo 19.286 17.405 25.177 37.737 39.413

    Holanda 12.484 13.369 28.905 35.131 38.067

    Reino Unido 11.152 14.957 21.850 23.507 32.420

    China 9.357 15.775 11.406 21.035 31.148

    Canad 28.619 20.793 24.827 34.549 27.019

    Arbia Saudita 2.659 2.160 18.369 23.628 26.332

    Emirados rabes 7.295 8.196 14.652 13.319 25.057

    Frana 9.495 14.129 20.783 20.833 22.846

    Demais pases 87.268 82.583 123.261 129.273 144.877

    TTTTTotalotalotalotalotal22222 349.667 349.667 349.667 349.667 349.667 320.594 320.594 320.594 320.594 320.594 475.961 475.961 475.961 475.961 475.961 550.152 550.152 550.152 550.152 550.152 542.533 542.533 542.533 542.533 542.533

    Fonte: Radar Comercial MDIC.Notas: 1 Cdigo 08.04.50 da NCM. 2 Mercado formado pelos pases que fazem parte da base de dados do Radar Comercial.

    Apesar de o Brasil vender um volume significativo de mangas para os Estados Unidos,principal mercado comprador, o maior fornecedor norte-americano continua sendo o Mxico.Enquanto esse pas responde por aproximadamente 55% da manga que os Estados Unidos

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    importa, o Brasil atende menos que 10% desse mercado. O principal destino das mangasnacionais so os Pases Baixos, que compraram US$ 33 milhes em 2005 (Tabela 15).Importante ressaltar que o fato dos Pases Baixos serem os principais compradores dessafruta deve-se ao Porto de Roterd, o mais importante da Europa, fazendo dos Pases Baixosum entreposto, uma vez que reexportam a fruta para os demais pases da Europa.

    O Brasil desfruta de vantagens no mercado internacional de manga em razo de aspectossazonais de produo. O Brasil produz com mais vigor nos meses de entressafra dos principaisprodutores, como a China e o Mxico, garantindo assim preos mais favorveis no mercadointernacional. Outra vantagem a iseno de taxas para a manga na Europa, estando oBrasil inserido no Sistema Geral de Preferncias (SGP), que garante iseno de direitosaduaneiros, uma vez que essa fruta no produzida pelo conjunto de pases pertencentesa SGP.

    TTTTTabela 15. Brasil: exporabela 15. Brasil: exporabela 15. Brasil: exporabela 15. Brasil: exporabela 15. Brasil: exportaes de manga,taes de manga,taes de manga,taes de manga,taes de manga,11111 principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB) principais destinos (mil US$, FOB)

    Pas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destinoPas de destino 20012001200120012001 20022002200220022002 20032003200320032003 20042004200420042004 20052005200520052005

    Holanda 22.034 17.484 30.395 31.003 32.989

    Estados Unidos 15.088 18.579 22.369 12.543 14.637

    Portugal 3.888 5.258 8.650 7.173 8.929

    Reino Unido 3.040 2.332 4.662 4.804 5.417

    Espanha 2.059 1.236 2.160 2.611 3.440

    Canad 1.563 2.349 2.791 2.603 2.175

    Frana 405 817 1.400 1.124 1.322

    Alemanha 848 800 1.519 991 976

    Argentina 1.047 171 453 453 5