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__________________________________________________________________________________ ETU-123 VERSÃO 0.0 JANEIRO / 2020 1 Cabo de Cobre Nu ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº001/2020 Especificação Técnica Unificada ETU - 123 Versão 0.0 – Janeiro / 2020

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Cabo de Cobre Nu

ENERGISA/C-GTCD-NRM/Nº001/2020

Especificação Técnica Unificada

ETU - 123

Versão 0.0 – Janeiro / 2020

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Apresentação

Esta Especificação Técnica apresenta os requisitos e as diretrizes mínimas

necessárias para estabelecer a padronização das características e requisitos mínimos

elétricos e mecânicos exigidos para fornecimento de Cabo de Cobre Nu, nas

concessionárias do Grupo Energisa S.A.

Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em

referência, definidos nas Normas Brasileiras Registradas - NBR da Associação

Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou outras normas internacionais reconhecidas,

acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes

materiais nas empresas do grupo Energisa.

As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são

controladas.

A presente versão desta Especificação Técnica é a versão 0.0, datada de janeiro de

2020.

Cataguases - MG, janeiro de 2020.

GTD – Gerência Técnica de Distribuição

Esta Especificação Técnica, bem como as alterações,

poderá ser acessada através do código abaixo:

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Equipe técnica de redação de ETU-123

Augustin Gonzalo Abreu Lopez Orcino Batista de Melo Junior

Grupo Energisa Grupo Energisa

Danilo Maranhão de Farias Santana Paulo Victo Nascimento de Souza

Grupo Energisa Grupo Energisa

Hitalo Sarmento de Sousa Lemos Ricardo Campos Rios

Grupo Energisa Grupo Energisa

Natanael Rodrigues Pereira Ricardo Machado de Moraes

Grupo Energisa Grupo Energisa

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Aprovação Técnica

Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula

Grupo Energisa Energisa Sergipe

Alessandro Brum Marcelo Cordeiro Ferraz

Energisa Tocantins Dir. Suprimentos Logística

Amaury Antônio Damiance Paulo Roberto dos Santos

Energisa Mato Grosso Energisa Mato Grosso do Sul

Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes

Energisa Rondônia Energisa Acre

Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha

Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Sul-Sudeste

Jairo Kennedy Soares Perez

Energisa Borborema / Energisa Paraíba

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Sumário

1 OBJETIVO ................................................................................... 8

2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................... 8

3 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES .......................................... 8

3.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO FEDERAL ................................................ 8

3.2 NORMAS TÉCNICAS NACIONAIS............................................................. 9

4 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................... 10

4.1 CABO ................................................................................... 11

4.2 CABO NU................................................................................ 11

4.3 COBRE ELETROLÍTICO .................................................................... 11

4.4 ENCORDOAMENTO SIMPLES ............................................................... 11

4.5 ESPULA ................................................................................. 11

4.6 LANCE .................................................................................. 11

4.7 LANCE IRREGULAR (QUANTO À QUANTIDADE) ............................................. 11

4.8 QUANTIDADE EFETIVA ................................................................... 12

4.9 QUANTIDADE NOMINAL .................................................................. 12

4.10 RELAÇÃO DO ENCORDOAMENTO .......................................................... 12

4.11 SENTIDO DE ENCORDOAMENTO ........................................................... 12

4.12 UNIDADE DE EXPEDIÇÃO ................................................................. 12

5 CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................... 12

5.1 CONDIÇÕES NORMAIS DE SERVIÇO ........................................................ 12

5.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA ..................................................... 13

5.3 ACABAMENTO ........................................................................... 13

5.4 EMENDAS ............................................................................... 14

5.5 ENCORDOAMENTO ....................................................................... 14

5.6 COMPRIMENTO DOS LANCES .............................................................. 14

5.7 ACONDICIONAMENTO .................................................................... 14

5.8 IDENTIFICAÇÃO .......................................................................... 15

5.9 MEIO AMBIENTE ......................................................................... 16

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5.10 VIDA ÚTIL ............................................................................... 17

5.11 GARANTIA .............................................................................. 17

5.12 ACEITAÇÃO PARA INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO ........................................ 18

6 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ................................................................ 18

6.1 MATERIAL ............................................................................... 18

6.1.1 Fios componentes ................................................................ 18

6.1.2 Designação dos cabos ............................................................ 19

6.2 RESISTÊNCIA ELÉTRICA MÁXIMA EM CORRENTE CONTÍNUA .................................. 19

6.3 RESISTÊNCIA MECÂNICA CALCULADA (RMC) .............................................. 19

6.4 MASSA NOMINAL ......................................................................... 19

7 INSPEÇÃO E ENSAIOS ..................................................................... 20

7.1 GENERALIDADES ......................................................................... 20

7.2 RELAÇÃO DE ENSAIOS .................................................................... 23

7.2.1 Ensaios de tipo .................................................................... 23

7.2.2 Ensaios de recebimento (rotina) ............................................... 24

7.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS ................................................................. 25

7.3.1 Inspeção visual .................................................................... 25

7.3.2 Ensaios nos fios de cobre ........................................................ 25

7.3.2.1 Verificação do diâmetro do fio ............................................ 25

7.3.2.2 Ensaio de resistência à tração e alongamento na ruptura ............. 26

7.3.2.3 Resistividade elétrica ....................................................... 26

7.3.3 Ensaio nos cabos .................................................................. 26

7.3.3.1 Encordoamento .............................................................. 26

7.3.3.2 Seção transversal ............................................................ 26

7.3.3.3 Ruptura do cabo completo ................................................. 26

7.4 RELATÓRIOS DOS ENSAIOS ............................................................... 27

8 PLANOS DE AMOSTRAGEM ............................................................... 27

9 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ................................................................. 28

10 NOTAS COMPLEMENTARES .............................................................. 28

11 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ......................................... 28

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12 VIGÊNCIA .................................................................................. 28

13 TABELAS ................................................................................... 29

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1 OBJETIVO

Esta norma estabelece os requisitos técnicos mínimos exigíveis para fabricação e

recebimento de cabos de cobre nus, meio duro, para utilização em instalações do

sistema elétrico das empresas do Grupo Energisa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Os materiais previstos nesta padronização se aplicam às montagens das estruturas

para linha e redes de distribuição em alta e média tensão e sistemas de aterramento

de subestações, previstas nas normas técnicas, vigentes nas empresas do grupo

Energisa.

3 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Esta norma foi baseada no seguinte documento:

ABNT NBR 5111 - Fios de cobre nus, de seção circular, para fins elétricos -

Especificação.

ABNT NBR 6524 - Fios e cabos de cobre duro e meio duro com ou sem cobertura

protetora para instalações aéreas - Especificação.

Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os cabos de

cobre nus devem satisfazer às exigências desta norma, bem como, de todas as

normas técnicas mencionadas abaixo.

3.1 Legislação e regulamentação federal

Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -

Capítulo VI: Do Meio Ambiente

Lei n° 7.347, de 24.07.85 - Disciplina a ação civil pública de responsabilidade

por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de

valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico

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Lei n° 9.605, de 12.02.98 - Dispõe sobre as sanções penais e administrativas

derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras

providências

Resolução do CONAMA1 n° 1, de 23.01.86 - Dispõe sobre o Estudo e o Relatório

de Impacto Ambiental - EIA e RIMA

Resolução do CONAMA n° 237, de 19.12.97 - Dispõe sobre os procedimentos e

critérios utilizados no licenciamento ambiental

3.2 Normas técnicas nacionais

ABNT NBR 5349 - Cabos nus de cobre mole para fins elétricos - Especificação

ABNT NBR 5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por

atributos

ABNT NBR 5456 - Eletricidade geral - Terminologia

ABNT NBR 5471 - Condutores elétricos – Terminologia

ABNT NBR 6236 - Madeira para carretéis para fios, cordoalhas e cabos –

Especificação

ABNT NBR 6524 Fios e cabos de cobre duro e meio duro com ou sem cobertura

protetora para instalações aéreas

ABNT NBR 6810 - Fios e cabos elétricos - Tração à ruptura em componentes

metálicos

ABNT NBR 6814 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de resistência elétrica

ABNT NBR 6815 - Fios e cabos elétricos - Ensaio de determinação da

resistividade em componentes metálicos

ABNT NBR 7310 - Armazenamento, transporte e utilização de bobinas com fios,

cabos ou cordoalhas de aço

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ABNT NBR 7312 - Rolos de fios e cabos elétricos - Características dimensionais

ABNT NBR 8121 - Cabos de fios de aço revestidos de cobre, nus, para fins

elétricos - Especificação

ABNT NBR 11137 - Carretel de madeira para acondicionamento de fios e cabos

elétricos - Dimensões e estruturas

ABNT NBR 15443 - Fios, cabos e condutores elétricos - Verificação dimensional

e de massa

ABNT NBR NM IEC 60811-1-1 - Métodos de ensaios comuns para os materiais de

isolação e de cobertura de cabos elétricos parte 1: Métodos para aplicação

geral - Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas - ensaios para

a determinação das propriedades mecânicas

NOTA:

1. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do

inspetor da Energisa no local da inspeção.

2. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta norma,

mas que são usuais ou necessários para a operação eficiente do equipamento,

considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser fornecidos pelo fabricante

sem ônus adicional.

3. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas será

permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou melhor, que as

anteriormente mencionadas e não contradigam a presente norma.

4 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições das normas ABNT

NBR 5456 e ABNT NBR 5471, assim como os apresentados na sequência.

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4.1 Cabo

Conjunto de fios encordoados, isolados ou não entre si, podendo o conjunto ser

isolado ou não.

4.2 Cabo nu

Cabo sem isolação ou cobertura, constituído de fios nus.

4.3 Cobre eletrolítico

Obtido através de eletrólise, contém 99,3 % ou mais do elemento cobre em sua

composição. Suas principais características são a alta condutividade térmica e

elétrica, elevada resistência à corrosão e alta trabalhabilidade.

4.4 Encordoamento simples

Encordoamento formado por fios.

4.5 Espula

Carretel destinado a receber os fios componentes do cabo para o processo de

encordoamento.

4.6 Lance

Parte do material constituído por uma unidade de expedição de comprimento

contínuo.

4.7 Lance irregular (quanto à quantidade)

Lance com quantidade diferente, em mais de 3%, da quantidade nominal, com no

mínimo 50% da referida quantidade.

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4.8 Quantidade efetiva

Quantidade contida numa unidade de expedição, determinada por meio de

equipamento adequado que garanta a incerteza máxima especificada.

4.9 Quantidade nominal

Quantidade padrão de fabricação e/ou quantidade que conste na ordem de compra,

para cada unidade de expedição.

4.10 Relação do encordoamento

Relação entre o comprimento axial de uma volta completa da hélice, formada por

um fio individual do condutor encordoado e o diâmetro externo da hélice.

4.11 Sentido de encordoamento

Sentido, para a direita (horário) ou para a esquerda (anti-horário), segundo o qual os

fios, ao passarem pela parte superior da coroa externa do cabo, se afastam de um

observador que olhe na direção do eixo do condutor.

4.12 Unidade de expedição

Unidade constituída por um rolo, uma bobina ou outra forma de acondicionamento

acordada entre fabricante e comprador.

5 CONDIÇÕES GERAIS

5.1 Condições Normais de Serviço

O cabo de cobre fabricados em conformidade com esta norma devem ser adequados

para operação, sob as seguintes condições normais de serviço:

a) Altitude limitada a 1.000 metros;

b) Temperatura:

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Máxima do ar ambiente 40 ºC;

Média, em um período de 24 horas, 30 ºC;

Mínima do ar ambiente: 0 ºC;

c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²);

d) Umidade relativa do ar até 100%;

e) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;

f) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;

g) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.

5.2 Linguagens e unidades de medida

O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições

técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,

que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser

expresso no sistema métrico.

Todas as instruções, desenhos, legendas, manuais técnicos, relatórios de ensaios,

etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de identificação e de

cadastro, e o painel de controle devem ser escritos em português.

NOTA:

1. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em

inglês ou espanhol.

5.3 Acabamento

O cabo de cobre nu deve possuir encordoamento concêntrico não compactado, na

classe 2A e não deve apresentar fissuras, rebarbas, asperezas, estrias, inclusões,

falhas de encordoamento ou outros defeitos que comprometam o desempenho do

mesmo.

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5.4 Emendas

Não são permitidas emendas nos fios componentes dos cabos com 7 fios da classe 2A.

São permitidas emendas nos fios componentes dos cabos com 19 e 37 fios, desde que

a distância mínima entre as emendas não seja inferior a 15 e 8 metros,

respectivamente. As emendas nos fios não podem alterar o diâmetro, a configuração

e a flexibilidade do cabo.

5.5 Encordoamento

As sucessivas coroas devem ser encordoadas em sentidos alternados para a direita e

para a esquerda, sendo que a coroa externa deve ter encordoamento para a

esquerda.

O passo do encordoamento de cada coroa deve estar de acordo com a Tabela 4.

5.6 Comprimento dos lances

Admite-se em cada unidade de expedição a incerteza máxima de ± 1% no

comprimento indicado pelo fornecedor.

Quando não especificado na ordem de compra de material (OCM) admite-se que:

Em cada unidade de expedição o comprimento efetivo divirja do nominal em,

no máximo, ± 5%;

Até 5% do total do contrato, em massa, pode ser entregue em lances não

inferiores a 50% do lance nominal;

A quantidade total contratada pode sofrer uma variação de até 5% em massa.

5.7 Acondicionamento

Os cabos de cobre (CU), nus, devem ser acondicionados em carretéis de madeira,

não retornáveis, conforme ABNT NBR 11137, com massa bruta não superior a 2.000

kg, adequados ao:

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Transporte rodoviário, ferroviário e/ou marítimo;

Armazenamento ao tempo;

Às operações usuais de carga e descarga e ao manuseio, conforme a ABNT NBR

7310.

O acondicionamento deverá prever proteção plástica com espessura mínima 0,2

milímetros, apenas sobre o núcleo e os discos laterais do carretel, não devendo ser

utilizada entre qualquer camada ou sobre a última camada do cabo.

O cabo deve ser bobinado sob tensão mecânica e ter as pontas presas na parte interna

ou externa do carretel através de grampos de fixação instalados de forma a não

danificar o cabo.

5.8 Identificação

Cada carretel deve ser identificado, de forma legível e indelével, com placas de

alumínio marcadas em alto relevo ou em sulco, admitindo-se como opção etiquetas

de material polimérico, resistente às intempéries.

As placas ou etiquetas devem ser fixadas no lado externo, em ambos os discos

laterais, com pregos do tipo helicoidal e devem conter as seguintes informações:

a) Nome ou logotipo da Energisa;

b) Nome ou marca comercial do fabricante;

c) Mês e ano de fabricação;

d) Identificação completa do cabo (categoria, diâmetro, área da seção

transversal em mm², número de fios, etc.);

e) Número e comprimento de lances na bobina, em metros;

f) Massa total, em quilogramas;

g) Número de série da bobina;

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h) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra

de Material (OCM).

a) Seta para indicar o sentido de desenrolamento do cabo, marcada de forma

indelével nos discos laterais, podendo essa marcação ser feita em relevo, em

sulco ou à tinta;

NOTAS:

1. O fornecedor brasileiro deve numerar os diversos carretéis e anexar, à Nota

Fiscal, uma relação descritiva do conteúdo individual de cada um (romaneio).

2. O fornecedor estrangeiro deverá encaminhar simultaneamente ao

despachante indicado pela Energisa, e à Energisa, cópias da relação

mencionada na Nota 1.

5.9 Meio ambiente

Os fabricantes/fornecedores devem cumprir rigorosamente, em todas as etapas da

fabricação, do transporte e do recebimento dos cabos de cobre (CU), a legislação

ambiental brasileira e as demais legislações estaduais e municipais aplicáveis.

No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros

devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas

internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte dos cabos de

cobre (CU), até a entrega no local indicado pela Energisa. Ocorrendo transporte em

território brasileiro, os fabricantes/fornecedores estrangeiros devem cumprir a

legislação ambiental brasileira e as demais legislações estaduais e municipais

aplicáveis.

O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam

incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando

derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

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A Energisa poderá verificar, nos órgãos oficiais de controle ambiental, a validade das

licenças de operação da unidade industrial e de transporte dos fornecedores e

subfornecedores.

Para orientar as ações da Energisa quanto ao descarte apropriado dos carretéis

vazios, o proponente deve apresentar, juntamente com a sua proposta, quando

exigido pela Energisa, as seguintes informações:

Tipo de madeira utilizada nos carretéis e respectivo tratamento preservativo

empregado;

Orientação quanto à forma mais adequada de disposição final dos cabos e dos

carretéis vazios.

5.10 Vida útil

Os cabos de cobre (CU) devem ter vida média, mínima, de 45 anos a partir da data

de fabricação.

Admite-se um percentual de falhas de:

Não se admitem falhas de fabricação nos primeiros quinze anos;

0,5% a cada 15 (quinze) anos subsequentes, totalizando 1,0% no final do

período de 45 anos, tendo como parâmetro o lote adquirido.

5.11 Garantia

O período de garantia dos cabos de cobre (CU), deverá obedecer aos termos dispostos

na ordem de compra de materiais (OCM), contra qualquer defeito de fabricação,

material e acondicionamento.

NOTA:

1. Quando não houver disposição na ordem de compra de materiais (OCM), o

prazo de garantia deverá ser de 24 (vinte e quatro) meses.

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5.12 Aceitação para incorporação ao patrimônio

Somente serão aceitos cabos de cobre (CU), em obras particulares, com finalidade

de incorporação ao patrimônio da Energisa, que atendam as seguintes condições:

a) Somente serão aceitos cabos de cobre (CU) provenientes de fabricantes

cadastrados/homologados pela Energisa;

b) Os cabos de cobre (CU) deverão ser novos, com período máximo de 12 meses

da data de fabricação e não se admitindo em hipótese nenhuma, cabos usado

e/ou recuperado;

c) Deverá acompanhar os cabos de cobre (CU), a (s) nota (s) fiscal (is) de origem

do fabricante, bem como os relatórios de ensaios, em fábrica, comprovando

sua aprovação nos ensaios de rotina e/ou recebimentos, previstos nesta

Especificação Técnica.

NOTA:

1. A critério da Energisa, os cabos de cobre (CU) poderão ser ensaiados em

laboratório próprio ou credenciado, para comprovação dos resultados dos

ensaios.

6 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

6.1 Material

6.1.1 Fios componentes

Os cabos devem ser fabricados com fios de cobre, meio duro, e possuir as

características elétricas da Tabela 1.

Os fios componentes dos cabos não devem apresentar fissuras, escamas, asperezas,

estrias e inclusões que comprometam o seu desempenho.

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6.1.2 Designação dos cabos

A seção nominal, a formação e demais características dos cabos de cobre devem

estar de acordo com a Tabela 2.

Os diâmetros dos fios devem obedecer a uma variação máxima de ±1%.

Os cabos devem possuir diâmetro uniforme e acabamento superficial livre de

fissuras, rebarbas, asperezas, estrias, inclusões, escamas, falhas de encordoamento

ou outros defeitos que comprometam o desempenho do produto.

6.2 Resistência elétrica máxima em corrente contínua

A resistividade elétrica, a 20°C, dos fios de cobre nu não deve exceder os seguintes

valores:

a) Fios de cobre meio duro, de acordo com a Tabela 2.

Para efeitos de cálculo, a massa específica do cobre deve ser considerada igual a 8

890 kg/m³, a 20°C.

6.3 Resistência mecânica calculada (RMC)

A resistência à tração e o alongamento na ruptura dos fios de cobre devem atender

ao especificado na Tabela 3.

Para efeito de cálculo, a resistência à tração do cabo formado de fios de cobre meio

duro deve ser maior ou igual a 90% do valor calculado com base na resistência à

tração mínima dos fios componentes e menor ou igual ao valor calculado com base

na resistência à tração máxima destes.

6.4 Massa nominal

A massa por unidade de comprimento calculada deve atender aos valores

especificados na Tabela 1.

É aceitável uma variação de ±3% no valor da massa nominal.

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7 INSPEÇÃO E ENSAIOS

7.1 Generalidades

a) Os cabos de cobre deverão ser submetidos à inspeção e ensaios na fábrica, de

acordo com esta norma e as da ABNT aplicáveis, na presença de inspetores

credenciados pela Energisa.

b) A Energisa reserva-se ao direito de inspecionar e testar os materiais utilizados

durante o período de sua fabricação, antes do embarque ou a qualquer tempo

em que julgar necessário. O fabricante deverá proporcionar livre acesso do

inspetor aos laboratórios e às instalações onde o material em questão estiver

sendo fabricado, fornecendo-lhe as informações desejadas e realizando os

ensaios necessários. O inspetor poderá exigir certificados de procedências de

matérias-primas e componentes, além de fichas e relatórios internos de

controle.

c) O fornecedor deve apresentar, para aprovação da Energisa, o seu Plano de

Inspeções e Testes, onde devem ser indicados os requisitos de controle de

qualidade para utilização de matérias-primas, fornecimento de terceiros,

assim como as normas técnicas empregadas na fabricação e inspeção dos

cabos de cobre. O fabricante deve apresentar ainda o Cronograma de Previsão

de Ensaios Dia a Dia.

d) Antes de serem fornecidos os cabos, um protótipo de cada tipo deve ser

aprovado, através da realização dos ensaios previstos nos itens 7.2 e 7.3.

e) Os ensaios para aprovação do protótipo podem ser dispensados parcial ou

totalmente, a critério da Energisa, caso já exista um protótipo idêntico

aprovado. Se os ensaios de tipo forem dispensados, o fabricante deve

submeter um relatório completo dos ensaios indicados no item 6.3, com todas

as informações necessárias, tais como métodos, instrumentos e constantes

usadas. A eventual dispensa destes ensaios pela Energisa somente terá

validade por escrito. A decisão final, quanto à aceitação dos dados de ensaios

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de tipos existentes, será tomada posteriormente pela Energisa, em função da

análise dos respectivos relatórios de ensaios. As cópias dos ensaios de tipo

devem ser autenticadas.

f) O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem, próprios ou contratados,

necessários à execução dos ensaios (em caso de contratação de laboratório de

terceiros, deverá haver a aprovação prévia da Energisa).

g) O fabricante deve assegurar ao inspetor da Energisa o direito de familiarizar-

se, em detalhes, com as instalações e os equipamentos a serem utilizados,

estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar

ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e

exigir a repetição de qualquer ensaio. Todas as normas, especificações e

desenhos citados como referência devem estar à disposição do inspetor da

Energisa no local da inspeção.

h) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios, etc.,

devem ter certificado de aferição emitido por instituições acreditadas pelo

INMETRO, válidos por um período máximo de um ano. Por ocasião da inspeção,

o fornecedor deve apresentar ao inspetor da Energisa, estes certificados que

devem estar ainda dentro deste período, podendo acarretar desqualificação

do laboratório o não cumprimento dessa exigência.

i) A aceitação do lote e/ou a dispensa de execução de qualquer ensaio:

o Não exime o fabricante da responsabilidade de fornecer o material de

acordo com os requisitos desta norma;

o Não invalida qualquer reclamação posterior da Energisa a respeito da

qualidade do material e/ou fabricação.

Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, o lote pode ser inspecionado e

submetido a ensaios, com prévia notificação ao fabricante e, eventualmente, em sua

presença. Em caso de qualquer discrepância em relação às exigências desta norma,

o lote pode ser rejeitado e sua reposição será por conta do fabricante.

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j) Após a inspeção nos cabos, o fabricante deverá encaminhar à Energisa, por

lote ensaiado, um relatório completo dos testes efetuados, em uma via,

devidamente assinada por ele e pelo inspetor credenciado pela Energisa. O

relatório deverá conter todas as informações necessárias para o seu completo

entendimento, tais como: métodos, instrumentos, constantes e valores

utilizados nos testes e os resultados obtidos.

k) Todas as unidades do produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito,

devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do

fabricante, sem ônus para a Energisa.

l) A rejeição do lote, em decorrência de falhas constatadas nos ensaios, não

dispensa o fornecedor de cumprir as datas de entrega contratadas. Se, na

opinião da Energisa, a rejeição tornar impraticável a entrega do material nas

datas previstas, ou tornar evidente a incapacidade do fornecedor de atender

as exigências técnicas estabelecidas nesta norma, a Energisa se reserva no

direito de rescindir todas as suas obrigações e de obter o material de outro

fornecedor de acordo com as condições contratuais.

m) A Energisa poderá, a seu critério, em qualquer ocasião, solicitar a execução

dos ensaios de tipo para verificar se os materiais estão mantendo as

características de projeto pré-estabelecidas por ocasião da aprovação dos

protótipos.

n) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante.

o) A Energisa reserva-se ao direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já

aprovados. Nesse caso as despesas serão de responsabilidade da Energisa, se

as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso contrário,

correrão por conta do fabricante.

p) Os custos da visita do inspetor da Energisa (locomoção, hospedagem,

alimentação, homem-hora e administrativos) correrão por conta do

fabricante, se:

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o Na data indicada na solicitação de inspeção o material não estiver

pronto;

o O laboratório de ensaio não atender às exigências dos itens 7.1.f até

7.1.h;

o O material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou

inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em

localidade diferente da sua sede;

o O material necessitar de reinspeção por motivo de recusa;

o Os ensaios de recebimento forem efetuados fora do território

brasileiro.

7.2 Relação de ensaios

Todos os ensaios relacionados estão contando na Tabela 6.

7.2.1 Ensaios de tipo

Ensaios realizados após o desenvolvimento de um novo projeto e destinam-se a

comprovar seu desempenho e conformidade técnica e devem ter seus resultados

devidamente comprovados, por meio de relatórios de ensaios emitidos por órgão

tecnicamente capacitado, devendo o relatório de ensaio atender ao item 8.3.

Os ensaios de tipo são os indicados a seguir, não necessariamente na ordem abaixo

indicada.

a) Ensaios nos fios de cobre, conforme item 7.3.2;

o Ensaio de resistência à tração e alongamento na ruptura;

o Verificação do diâmetro do fio;

o Resistividade elétrica;

b) Verificação da construção do cabo, conforme item 7.3.3

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o Encordoamento;

o Seção Transversal;

o Ruptura do cabo completo.

NOTA:

1. Ensaios de tipo realizados em laboratórios internacionais deverão ser

devidamente comprovados através dos certificados originais ou cópias

submetidas à veracidade do consulado do país de origem no Brasil. Os

respectivos relatórios contendo o processo de ensaio e os resultados obtidos

deverão ser comprovados através de cópias autenticadas por órgão

competente do país de origem.

2. Ensaios de tipo realizados em laboratórios nacionais deverão ser devidamente

comprovados através dos certificados originais e respectivos relatórios ou

cópias completas autenticadas por órgão competente no Brasil.

7.2.2 Ensaios de recebimento (rotina)

Ensaios realizados nas instalações do fabricante, na presença dos inspetores da

Energisa.

Os ensaios de recebimento são os seguintes e devem ser executados em todas as

unidades, exceto no caso do ensaio do óleo isolante e aderência e espessura da

pintura, não necessariamente na ordem abaixo indicada:

a) Inspeção visual, conforme item 7.3.1;

o Identificação;

o Existência e condições das emendas;

o Comprimento do lance parcial de cada carretel;

o Acondicionamento.

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b) Verificação da construção do cabo, conforme item 7.3.3.

o Encordoamento;

o Seção Transversal

o Ruptura do cabo completo;

7.3 Descrição dos ensaios

7.3.1 Inspeção visual

Antes da execução dos demais ensaios, o inspetor da Energisa deverá realizar uma

inspeção visual geral dos carretéis amostrados a fim de verificar:

a) Identificação, conforme item 5.8;

b) Existência e condições das emendas, conforme item 5.5;

c) Comprimento do lance parcial de cada carretel, conforme item 5.6;

d) Acondicionamento, conforme item 5.7.

NOTA:

1. A não conformidade do carretel e/ou dos cabos com qualquer um dos

requisitos de inspeção visual determinará sua rejeição.

7.3.2 Ensaios nos fios de cobre

7.3.2.1 Verificação do diâmetro do fio

A verificação do diâmetro dos fios deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 15443

considerando que:

O diâmetro deve ser a média dos valores medidos a uma distância de 100 mm

de uma extremidade do cabo no carretel e distanciados entre si de 500 mm;

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O diâmetro em cada ponto deve ser a média dos valores medidos em uma

mesma seção, segundo duas direções perpendiculares entre si;

Os resultados obtidos devem estar de acordo com a Tabela 2 obedecendo à

tolerância apresentada no item 6.2.

7.3.2.2 Ensaio de resistência à tração e alongamento na ruptura

Os ensaios de resistência à tração e alongamento na ruptura dos fios de cobre nu

devem ser realizados conforme a ABNT NBR 6810, devendo atender os valores

especificados na Tabela 3.

7.3.2.3 Resistividade elétrica

A resistividade elétrica deve ser determinada com o valor da resistência, referido a

20 ºC, conforme a ABNT NBR 6815, devendo atender ao especificado na Tabela 1.

7.3.3 Ensaio nos cabos

7.3.3.1 Encordoamento

As características do encordoamento devem ser verificadas conforme ABNT NBR

15443.

7.3.3.2 Seção transversal

A seção transversal efetiva do cabo deve ser calculada em função dos diâmetros

medidos dos fios componentes.

O diâmetro dos fios e o cálculo da seção transversal devem ser determinados

conforme ABNT NBR 15443.

7.3.3.3 Ruptura do cabo completo

A característica de resistência mecânica do cabo deve ser verificada por meio do

ensaio de ruptura do cabo completo, devendo atender ao especificado no item 6.3.

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7.4 Relatórios dos ensaios

Os relatórios de ensaios, a serem fornecidos pelo fabricante, devem conter no

mínimo, as seguintes informações:

a) Número e identificação das unidades (carretéis) amostradas e ensaiadas,

indicando os pontos falhos de cada uma delas;

b) Tamanho do lote (quantidade de carretéis);

c) Relação sucinta dos ensaios efetuados com a indicação das respectivas normas

adotadas, bem como, instrumentos, dispositivos, esquemas e circuitos de

medição utilizados;

d) Memória dos cálculos efetuados;

e) Todos os resultados obtidos;

f) Identificação do laboratório de ensaio;

g) Nome e ou marca comercial do fabricante;

h) Nome legível e assinatura do inspetor da Energisa e do responsável pelos

ensaios;

i) Número do Ordem de Compra de Material (OCM);

j) Data de emissão.

8 PLANOS DE AMOSTRAGEM

Os planos de amostragem e os critérios de aceitação e de rejeição para os ensaios

de rotina devem estar de acordo com a Tabela 5, para o regime de inspeção normal,

conforme ABNT NBR 5426.

O procedimento para a amostragem deve atender a condição de que em cada carretel

devem ser retirados corpos de prova do cabo completo, em quantidade e tamanho

adequados para a execução de todos os ensaios previstos.

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Se um corpo de prova for rejeitado em qualquer ensaio, este deve ser repetido em

dois outros corpos de prova do mesmo carretel. Ocorrendo nova falha, o carretel

deve ser considerado defeituoso.

9 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

A aceitação ou rejeição do lote deve obedecer ao plano de amostragem dupla

normal, com NQA = 2,5% e NI = II, conforme a ABNT NBR 5426.

O fabricante pode recompor um novo lote submetendo-o a uma nova inspeção, após

ter eliminado as unidades de expedição defeituosas. Em caso de nova rejeição, são

aplicadas as cláusulas contratuais pertinentes.

10 NOTAS COMPLEMENTARES

Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Norma poderá sofrer

alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica e/ou devido às

modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados deverão,

periodicamente, consultar a Concessionária.

11 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO

Data Versão Descrição das Alterações Realizadas

01/12/2019 0.0 Esta 1ª edição cancela e substitui na Norma de Distribuição Unificada (NDU) 010, Classe 10, Desenho 001, a qual foi tecnicamente revisada.

12 VIGÊNCIA

Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 01/01/2020 e revoga as versões

anteriores.

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13 TABELAS

TABELA 1 – Características físicas e elétricas dos cabos de cobre nus

TABELA 2 - Características dos fios de cobre meio duro

TABELA 3 - Propriedades mecânicas dos fios de cobre

TABELA 4 – Passo do encordoamento

TABELA 5 - Plano de amostragem para ensaios de recebimento

TABELA 6 - Plano de amostragem para ensaios de recebimento

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TABELA 1 – Características físicas e elétricas dos cabos de cobre nus

Código Energisa

Seção Nominal Classe

Formação Diâmetro Nominal

Resistência Elétrica

Máxima a 20 ºC

Massa Aprox.

Número de Fios

Diâmetro dos Fios

(mm²) (mm) (mm) (Ω/km) (kg/km)

90945 70

2A

7 3,45 10,35 0,2830 594

90947 95 4,12 12,36 0,1990 847

90946 120

19

2,90 14,50 0,1480 1.138

90967 150 3,25 16,25 0,1180 1.430

90948 185 3,55 17,75 0,0990 1.706

90949 240 4,00 20,00 0,0777 2.165

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TABELA 2 - Características dos fios de cobre meio duro

Resistividade a 20 ºC Condutividade a 20 ºC Massa específica a 20°c

(Ω.mm²/m) (% IACS) (Kg/m³)

0,017837 96,66 8.890

TABELA 3 - Propriedades mecânicas dos fios de cobre

Diâmetros nominais Resistência à tração Alongamento na ruptura mínimo

(%) em 1.500 mm Superior ou igual a

Inferior a Mínima Máxima

(mm) (MPa) (%)

2,65 3,00 345 413 1,06

3,00 3,35 342 409 1,08

3,35 3,75 340 405 1,11

3,75 4,25 338 401 1,15

TABELA 4 – Passo do encordoamento

Classe do encordoamento

Número de fios

Relação entre o passo do encordoamento e o diâmetro nominal de cada coroa

Mínimo Nominal Máximo

2A 7

10,0 13,5 16,0 19

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TABELA 5 - Plano de amostragem para ensaios de recebimento

Tamanho do lote (carretéis)

Amostragem dupla Nível de inspeção II

NQA 2,5 %

Amostra Ac Re

Sequência Tam.

Até 50 - 5 0 1

51 a 150 1ª

13 0 2

2ª 1 2

151 a 280 1ª

20 0 3

2ª 3 4

281 a 500 1ª

32 1 4

2ª 4 5

501 a 1.200 1ª

50 2 5

2ª 6 7

NOTA:

1. Ac - Número máximo de carretéis defeituosos que ainda permite aceitar o

lote. Re - Número mínimo de carretéis defeituosos que implica na rejeição do

lote.

2. Se a amostra requerida for maior ou igual ao número de unidades de produto

constituintes do lote, efetuar inspeção em cem por cento.

3. Para amostragem dupla o procedimento é o seguinte: ensaiar um número

inicial de unidades igual ao da primeira amostra da tabela; se o número de

unidades defeituosas encontradas estiver compreendido entre Ac e Re

(excluindo esses valores) deve ser ensaiada a segunda amostra. O total de

unidades defeituosas, após ensaiadas as duas amostras, deve ser igual ou

inferior ao maior Ac especificado.

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TABELA 6 - Plano de amostragem para ensaios de recebimento

Descrição Ensaios

Tipo Recebimento

Inspeção Geral X

Fio de cobre nu * Verificação do diâmetro do fio * Resistência à tração e alongamento na ruptura * Resistividade elétrica

X X X

Cabo de cobre completo * Encordoamento * Seção Transversal * Ruptura do cabo completo

X X X

X X X

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