CABO DACIOLO

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SELEÇÃO DE NOTÍCIAS NA MÍDIA DO CABO DACIOLO

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A DEFESA DE UMA LUTA. DEPUTADO FEDERAL

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SELEÇÃO DE NOTÍCIAS NA MÍDIA

DO CABO DACIOLO

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Cabo que liderou greve volta ao palanque para eleger bombeiros

Expulso da corporação, Benevenuto Daciolo fará campanha para militares escolhidos pelos colegas no estado. Objetivo é usar eleições municipais para fortalecer movimento 'adormecido'.

18/07/2012 - 10:51

Cecília Ritto, do Rio de Janeiro

Cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento grevista da corporação em 2011 (Eurico Dantas/Agência O Globo/VEJA)

Cada município terá apenas um candidato do movimento dos bombeiros, para não haver divisão de votos. No total, serão cerca de 20 postulantes ao cargo de vereador espalhados pelo estado

O líder da greve dos bombeiros no Rio de Janeiro, Benevenuto Daciolo, está de volta aos palanques. Expulso da corporação, o ex-cabo entrará de cabeça nas eleições para vereador deste ano com a missão de arregimentar votos para os candidatos do movimento SOS Bombeiros, que fez uma série de protestos no estado, entre eles a invasão ao Quartel General. Daciolo foi o bombeiro flagrado em escutas telefônicas combinando a nacionalização do movimento da categoria, no começo deste ano, com Marco Prisco, líder da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia. Ele chegou a pedir a continuação do movimento grevista baiano para fortalecer a paralisação no Rio. Agora, o pedido é outro: votos.

Para a prefeitura, Daciolo apoia o candidato do PSTU, Cyro Garcia. Ele aparece em um vídeo ao lado de Garcia, no qual afirma que o movimento dos bombeiros não acabou. “Essa luta que tivemos não terminou. Ela permanece. Nós, bombeiros, não desistimos e nem recuamos. Estamos apenas curando as

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feridas”, afirmou Daciolo, referindo-se aos 13 bombeiros expulsos da corporação durante as reivindicações- inclusive ele. “Nós queríamos e lutamos para que o nosso candidato representante dos bombeiros viesse pelo PSTU”, disse.

Os militares candidatos à vereança estão espalhados por partidos que apoiaram o movimento durante a greve, como o PSOL, o PR e o PSTU. Os candidatos dos bombeiros em Niterói e São Gonçalo, por exemplo, tentarão uma vaga pelo PSOL. Para agradar a todas as siglas, na cidade do Rio, o militar que concorrerá se filiou ao PR.

Cada município terá apenas um candidato do movimento dos bombeiros, para não haver divisão de votos. No total, serão cerca de 20 postulantes ao cargo de vereador espalhados pelo estado. A escolha do nome do major Márcio Garcia para o Rio foi definida depois de uma prévia com um trâmite particular. Os militares do movimento interessados no pleito se manifestaram. A partir daí, uma lista foi feita com os pretendentes e levada a cada quartel. Unidade por unidade decidiu o bombeiro que deveria concorrer para representá-los na Câmara Municipal. O vencedor foi Garcia.

A ideia é fortalecer a corporação e suas reivindicações, mirando nas eleições de 2014, quando abrirão vagas para os legislativos estaduais e federal. “É uma plataforma para lançarmos um candidato a deputado estadual e outro a federal”, explica Garcia. A candidatura de bombeiros não é uma novidade. Mas, antes, cada um defendia projetos individuais. Desde a greve da corporação, quando Daciolo chegou a ir para a Bahia durante as manifestações no nordeste, os militares fluminenses entraram em contato com bombeiros de outros estados e disseram ter aprendido algumas lições para o fortalecimento da categoria.

“A aproximação com os bombeiros da Bahia, Brasília e Sergipe nos fez perceber que a solução encontrada por eles para resistir à pressão do estado foi elegendo representante político. Há 10 anos, bombeiros de Brasília tinham salários iguais ao nosso. Hoje, o valor de lá é quatro vezes maior”, afirma Garcia. O principal eleitorado do candidato será a corporação. “O ponto de partida será os sete mil bombeiros da capital. Queremos atingir os parentes deles também e fazer uma campanha para que cada militar consiga mais três votos. Aí haverá voto suficiente para nos elegermos. Vamos buscar amigos e vizinhos. Também irei a bairros da zona oeste, principalmente Campo Grande, onde moram muitos bombeiros”, afirma.

A imagem de Daciolo, figura principal durante todo o processo de reivindicações da categoria, estará disponível para aparecer com qualquer bombeiro do movimento. Integrantes do SOS Bombeiros acreditam que, se Daciolo conseguir anular a exclusão da corporação, provavelmente será candidato a deputado em 2014. O grupo deu entrada na Justiça para tentar a reintegração.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/cabo-que-liderou-greve-sobe-no-palanque-para-eleger-bombeiros

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08/10/2014 23:30:12 - Atualizada às 09/10/2014 13:16:31

Cabo Daciolo, o 'Psol de Cristo', quer ser governador do Rio

Bombeiro preso em 2011, ganha eleição com R$ 35 mil e supreende o próprio partido

FRANCISCO EDSON ALVES,

08/10/2014 23:30:12 - Atualizada às 09/10/2014 13:16:31

Rio - Dizendo ser “cristão convicto” — ele fala os nomes de Deus e de Jesus em tom pastoral a cada frase — o cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, eleito deputado federal pelo Psol com 49.831 votos, profetiza: “vou me tornar governador do estado num futuro bem próximo”. De acordo com o bombeiro, que ganhou projeção ao liderar o movimento da categoria na greve por melhores salários e condições de trabalho em 2011, quando chegou a ser preso e ficar no presídio de Bangu 1 por nove dias, seu sonho agora “é mais real do que

nunca”.

“Só não chegarei ao Palácio Guanabara se não for obediente a Deus, que já traçou meus caminhos. Tenho que ser fiel a Ele e tudo vou conquistar”, acredita. Surpreendendo o próprio partido com a quantidade de votos obtidos nas urnas, Daciolo disse que sua eleição “foi um milagre”, mas que já esperava

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o sucesso. “É fruto do meu trabalho, da minha luta em prol dos trabalhadores humilhados pelo atual governo”, justifica, comentando que a maioria dos eleitores que depositou confiança nele integra a segurança pública, que tem 127 mil homens —22 mil deles, bombeiros.

Mas os evangélicos também tiveram peso na “operação do milagre”, como ele mesmo reconhece. Apesar de ter admiração pelas igrejas Assembleia de Deus e Bola de Neve Church, frequentada basicamente por jovens, o novo deputado federal eleito disse que não tem preferência por nenhuma instituição. “Vou a todas elas, seja de qual dominação for, pois Deus é um só. Defino-me como um subidor de montanhas e leitor compulsivo da Santa Escritura”, diz.

Aliás, foi com uma Bíblia nas mãos que ele agradeceu, em frente à Assembleia Legislativa, aos que o apoiaram, conforme mensagem divulgada em vídeo no Youtube, no dia 3, antes mesmo da eleição. “Já somos vitoriosos. Jesus está na nossa batalha. Homem nenhum pode parar esse movimento”, prega, de olhos fechados em determinados momentos, no vídeo que tem um minuto e meio de duração.

Para viajar por todo o estado à caça de votos, Daciolo disse que contou com ajuda de parentes e amigos. “Gastamos exatamente R$ 35 mil no final das contas. Viajamos de ônibus, em carros de colegas e andamos muito a pé”, lembra o bombeiro. Em Brasília, para onde ainda não sabe se levará a mulher e os três filhos, Daciolo disse que vai se dedicar com afinco para melhorar a educação no país. “Se houver educação de qualidade, certamente a saúde e a segurança pública também serão beneficiadas”, afirma.

Militar viveu de ‘vaquinha’

Sem abandonar a entonação evangélica, Daciolo recorda os momentos difíceis que ele diz ter passado, principalmente nos 12 meses que ficou afastado do Corpo de Bombeiros, do qual foi expulso com outros 13 colegas de farda por causa do movimento de 2011, até ser reintegrado novamente por força judicial.

“Meu salário (em torno de R$ 1,5 mil) foi suspenso nesse período. Eu e minha família só não passamos fome porque militares amigos faziam vaquinha para nos ajudar”, revela o cabo, que está há 16 anos no Corpo de Bombeiros e agora passará a receber em torno de R$ 26,5 mil, sem contar com verbas extras, que podem dobrar o valor. Apesar dos “maus momentos”, Daciolo garante não ter mágoa daqueles que, segundo ele, “o perseguiram”. “Eu os perdoo. Jesus ensina a não ter ódio de ninguém”, comenta.

Sobre apoio aos candidatos que disputarão a Presidência da República e o governo do estado, o bombeiro apaga o fogo da especulação ao preferir não manifestar suas preferências. “Vamos ver o que o partido vai decidir em breve”, pondera o único dos cinco militares presos em 2011 eleito este ano no Rio. Os cinco fazem parte de um grupo de 22 bombeiros.

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Com tom religioso e sem apoio do PSOL-RJ, Daciolo comemora eleição e promete ir a pé até Brasília

Mesmo sem ter aparecido na propaganda eleitoral gratuita do partido, político recebeu quase 50 mil votos

POR MATEUS CAMPOS*

21/10/2014 8:00 / ATUALIZADO 21/10/2014 8:33

Com a deputada estadual Janira Rocha ao fundo, Daciolo discursa durante a plenária - Márcio Alves / Agência O Globo

RIO - As primeiras palavras ditas por Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos no palco do auditório da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, foram “Glória a Deus. Toda honra e toda glória ao Senhor”. A audiência, que lotava o local, explodiu em palmas e gritos de incentivo. Na última sexta-feira, bombeiros, policiais militares, guardas municipais, garis e outros representantes de classe participaram da plenária que comemorou a eleição de Cabo Daciolo para deputado federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Mesmo sem ter aparecido nos programas eleitorais de TV do PSOL-RJ, nem participar ativamente da campanha dos candidatos do partido à Presidência e

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ao governo do estado, ele recebeu 49.831 votos. O bombeiro, um dos líderes das manifestações da classe em 2011, irá se juntar aos “conterrâneos políticos” Chico Alencar e Jean Wyllys, além de Ivan Valente (SP) e Edmilson Rodrigues (PA), na bancada do partido em Brasília.

A cúpula fluminense da legenda justifica sua ausência com um argumento simples: o PSOL-RJ deu prioridade, na televisão, àqueles que já tinham mandato e poderiam ter votações expressivas. Portanto, Alencar, Wyllys e Marcelo Freixo, candidato a deputado estadual, tiveram grande destaque. Mas especula-se que seu fervor religioso, somado à notória ligação com a deputada estadual Janira Rocha, que não mantém a melhor das relações com a direção fluminense do partido, tenham pesado contra ele.

Prefiro não falar nada além de que estarei atento à atuação política e legislativa dele, de modo que esta esteja de acordo com o programa e os princípios do partido. Aliás, estaremos. Há entre nós quatro uma afinidade e, se ele desafinar em relação a esses princípios, sofrerá as consequências esperadas e previstas — declarou Jean Wyllys, que não quis dar entrevista, mas enviou uma posição oficial. — Chico e eu temos responsabilidade maior, já que o arrastamos, mas os outros também têm. É importante ressaltar que essa fiscalização nada tem a ver com a sua religiosidade. Ela será respeitada e temos certeza de que ele a deixará na esfera privada.

O novo deputado contemporizou as declarações do colega, mas disse que ficou chateado com a decisão da legenda.

— Eu sou o novo. As pessoas não me conhecem e, por isso, acham que eu sou uma ameaça. Tenho certeza que nossa relação vai se estreitar — diz. — Fiquei triste por não ter oportunidade de tempo de TV. Estudos mostram que poderíamos ter feito mais cadeiras se eu tivesse aparecido nas propagandas eleitorais — finaliza, garantindo que gastou R$ 35 mil na campanha.

Na mesa composta por diversas lideranças que apoiaram Daciolo, o PSOL-RJ não teve representação. Juliano Medeiros, secretário de comunicação do partido, esteve presente em nome da direção nacional da legenda. Em seu discurso, Janira saudou Juliano e disse que ele representava “um PSOL que não abandona seus filiados, um PSOL que não nega espaço a seus filiados”, em uma espécie de crítica velada aos psolistas do Rio de Janeiro.

— Eles agem com ameaça. Os próximos períodos do PSOL do Rio serão bastante conturbados. O que hoje são princípios para eles, amanhã podem não ser — alerta Janira. — Sempre fomos um grupo que tem representação nos setores mais populares. O partido e a direção estadual dele se fortalecem na “Zona Sul sociológica”. O meu grupo tem sensibilidade para as lutas sociais, para o enfrentamento por salários, para a ação direta. E pautas transversais, como é o caso da descriminalização do aborto, da legalização da maconha e do casamento civil igualitário, são importantes, mas não a prioridade. Elas também falam com a classe média que fortalecem eleitoralmente o partido.

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Janira, cuja campanha para reeleição também não teve destaque na televisão, acabou ficando de fora, com apenas 6.802 votos. Cabo Daciolo e a deputada são ligados a uma corrente interna do partido chamada “PSOL do povo”, enquanto Marcelo Freixo e o presidente do partido no Rio, Rogério Alimandro, fazem parte da “Insurgência”.

Tom religioso

Nos dias seguintes à eleição de 5 de outubro, muitos eleitores da “Zona Sul sociológica” que votaram no partido socialista se surpreenderam quando Daciolopublicou um vídeo em que, com a Bíblia na mão, agradecia os votos recebidos. O discurso religioso é muito presente na fala do novo deputado. “O poder não emana do povo, ele emana de Deus”, disse na plenária. Em outro momento, ajoelhou-se diante da plateia junto com o vereador de Mangaratiba Alan Bombeiro (PDT), enquanto Janira — com as mãos sobre suas cabeças — fazia uma oração.

Ao discursar, como um pastor que narra uma parábola para incendiar o ânimo dos fiéis, ele disse ter ouvido uma voz que dizia que ele ficaria frente a frente com o governador do estado. Em junho de 2011, ele realmente esteve. Cabo Daciolo deu dor de cabeça a Sérgio Cabral quando liderou a paralisação de bombeiros no Rio de Janeiro. Em busca de melhores condições de trabalho e aumento de salário, a categoria foi às ruas.

Depois de invadirem o quartel central da corporação, 400 deles foram presos e depois libertados. O governador, que chamara os rebelados de “vândalos e irresponsáveis”, cedeu e sancionou projetos que garantiam a antecipação do reajuste de 5,58% para a categoria e o uso de 30% do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros (Funesbom) para gratificações.

Em 2012, vieram as consequências. Em fevereiro, ele ficou 17 dias preso depois de ter sido detido no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio. Ele havia viajado para Salvador com outras autoridades, a fim de buscar uma solução para a greve dos policiais militares baianos. Sua prisão ocorreu poucas

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horas depois da divulgação de gravações telefônicas de uma conversa dele com Janira Rocha, que pedia que a greve da PM na Bahia continuasse para fortalecer o movimento no Rio de Janeiro.

— Fomos recebidos pelos parlamentares da Bahia. Fui conversar com os grevistas com a Bíblia na mão. Fizemos uma oração. Quando retorno ao Rio, eles me levam para Bangu 1. Foi um aprendizado. Por que fui parar em Bangu 1? Me imputaram coisas como crime de formação quadrilha armada, mas eu nunca dei um tiro na minha vida. Tanto é que fui anistiado — defende-se.

Depois, Daciolo foi expulso da corporação junto a outros 12. Eles foram considerados “culpados por articulação em manifestações de caráter político-partidário, nas quais incitaram ostensivamente a tropa à prática de ilícitos de natureza disciplinar e penal militar, além da adoção de conduta incompatível com a missão de bombeiro-militar”.

Filho de Manoel Fonseca dos Santos, coronel aviador da FAB, ele conviveu com a disciplina durante seus 38 anos de vida. Criado na Vila Militar da Ilha do Governador, ele decidiu ser bombeiro após voltar de uma viagem para a Califórnia, nos EUA. Queria ser guarda-vidas. Ingressou na corporação em 1998, aos 22 anos. Ao perceber que o tratamento dispensado aos praças não era o mesmo que via seu pai oficial receber, se deu conta das desigualdades que marcam a estrutura das instiuições militares. Decidiu, então, se engajar na luta por direitos da classe.

Em 2004, “aceitou Jesus” na Assembleia de Deus. Ele diz não ter nenhuma denominação religiosa, mas admite que tem bastante interlocução com assembleianos e fiéis da Bola de Neve.

— Sou um grande leitor da Bíblia. Não tenho denominação, isso acaba dividindo o povo. Se me convidarem, eu vou a qualquer igreja. Gosto mesmo é de fazer leitura bíblica.

Juliano Medeiros, do PSOL nacional, Ciro Garcia, do PSTU, e Daniel Mazola, conselheiro da ABI, acompanham a fala de Daciolo - Márcio Alves / Agência O Globo

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O tom religioso de seu discurso não incomoda muitos de seus aliados. Ciro Garcia, do trotskista PSTU, discursou na plenária com entusiasmo. Ele disse ter “disputado” Daciolo com o PSOL “até o último minuto”. Outro representante de um movimento de classe, que preferiu não se identificar, garante:

— Dia desses ele me mostrou os livros que levava dentro da mochila. Tinha a Bíblia, mas também tinha Marx — conta ele, também integrante da mesa.

Durante o discurso, Daciolo se mostrou alinhado com as concepções da esquerda. Põs seu mandato à disposição do funcionalismo público e garantiu que irá lutar pelos trabalhadores do Estado do Rio e contra a criminalização dos movimentos sociais. Contudo, ele parece ter ideias diferentes sobre as pautas que envolvem costumes. O PSOL defende abertamente a descriminalização do aborto, o casamento civil igualitário e a legalização da maconha. Perguntado se votaria a favor dessas propostas, caso elas chegassem ao plenário, tergiversou.

— Tenho minhas posições a respeito. Particularmente, vou respeitar o que eles pensam. Mas tenho uma referência, e ela é a Bíblia.

Conciliador, Chico Alencar garante que as convicções do novo colega não são exatamente um problema. E se saiu com um ditado popular para garantir que fará de tudo para se entender com ele.

— É claro que questões como a descriminalização do aborto envolvem suas concepções religiosas. Mas o partido garante, através do estatuto, que ele faça o que chamamos de “objeção de consciência”. Prefiro acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão. Tenho esperança. Afinal, temos uma fé comum — aposta o veterano deputado, cuja formação política foi fortemente influenciada pela Teologia da Libertação.

Com o apoio da bancada psolista ou não, Daciolo chegará a Brasília fazendo barulho. Ele anunciou que, 50 anos depois, vai repetir a marcha feita por bombeiros do Rio de Janeiro até a capital federal em 1965. Ele quer sair do Rio no início de janeiro junto a correligionários e caminhar até o Congresso, onde a posse dos parlamentares eleitos está prevista para o dia 2 de fevereiro.

*Esta matéria foi originalmente publicada na revista digital “O Globo a Mais”

Read more: http://oglobo.globo.com/brasil/com-tom-religioso-sem-apoio-do-psol-rj-daciolo-comemora-eleicao-promete-ir-pe-ate-brasilia-14305500#ixzz3GzokLohX

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RIO - Preso em fevereiro de 2012 como um dos líderes de um grande movimento de greve de

policiais e bombeiros, o cabo do Corpo de Bombeiros Benevenuto Daciolo será promovido a

terceiro sargento. Nesta quarta-feira, foi publicado um ato do comandante da corporação

oficializando o benefício, que é retroativo a janeiro de 2012. Cristiane Daciolo, mulher de

Benevenuto, explicou que a promoção é por tempo de carreira, e que ele será o último de seus

colegas de turma a ascender para terceiro sargento. Ela contou que o marido vinha servindo

no Piscinão de Ramos, mas está de licença há cerca de um mês.

— É uma consequência do tempo de serviço que está vindo de forma tardia, mas chegou. O

Daciolo está de licença, que deve durar mais cinco meses. Então, só depois que efetivamente

virará terceiro sargento — explicou Cristiane.

A mulher do bombeiro afirmou, ainda, que ele deve se candidatar nas próximas eleições a

deputado federal, mas que ainda está analisando por qual partido, sabendo somente que será

uma legenda de esquerda.

Junto com um grupo de outros 13 bombeiros e 11 PMs, Daciolo comandou a greve em 2012, o

que acabou resultando em sua expulsão da corporação. Durante o movimento, o cabo, agora

promovido a terceiro sargento, chegou a ficar 16 dias detido no Grupamento Especial Prisional

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(GEP), com outros nove integrantes do protesto, em Bangu 1. Em agosto de 2013, porém,

todos receberam uma anistia do então governador Sérgio Cabral e puderam voltar à ativa.

Read more: http://oglobo.globo.com/rio/bombeiro-preso-em-greve-de-2012-promovido-saira-candidato-deputado-12721281#ixzz3GzqQLcuK

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AÇÕES DO MOVIMENTOS S.O.S

Policiais Militares do Rio de Janeiro decidem entrar

em greve

O GLOBO 10/02/2012 00h34

.. serão inciadas após a soltura do cabo bombeiro

BenevenutoDaciolo, preso desde quarta-feira sob acusação de

incitar greve... e motim.As principais exigências feitas ao governo

do estado são, além da soltura de Daciolo: o piso unificado de R$

3.500, vale...

Bombeiros presos assinam alvará de soltura, mas

ainda insistem ...

O GLOBO 03/11/2011 20h32

... da Polícia Militar. O cabo Beneveluto Daciolo, um dos lideres

do movimento dos Bombeiros, afirmou, no inicio da

madrugada... e a Anistia criminal e administrativa dos militares

presos. Daciolo e outros nove líderes do movimento foram

libertados, na noite...

Defensor diz que tempo para montar a tese de defesa

dos bombeir...

O GLOBO 03/11/2011 20h20

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... líderes do movimento. Por volta das 14h, o porta-voz do

movimento, cabo Benevenuto Daciolo, chegou à auditoria da

Justiça... e salário líquido de R$ 2 mil. De acordo com Daciolo,

os bombeiros têm como negociar para chegar a esse valor desde

que consigam...

Procuradoria pede ao governo da Bahia gravações

com grevistas

O GLOBO 10/02/2012 16h32

... do movimento grevista da PM do Rio de Janeiro,

Benevenuto Daciolo, em meio à crise de segurança provocada

pela greve da PM da Bahia.... Em uma das gravações,Daciolo faz

questionamentos sobre a votação da PEC 300, em segundo turno,

na Câmara.O deputado Anthony Garotinho (PR...

Bombeiros decidem acampar em frente ao Palácio

Guanabara

O GLOBO 31/10/2011 13h08

... decidiram montar acampamento no canteiro central da Rua

Pinheiro Machado, na Zona Sul do Rio. Segundo o cabo

Benevenuto Daciolo... que o goveno receba uma comissão de

militares da corporação para negociar reivindicações salariais da

categoria. De acordo com Daciolo...

Bombeiros deixam a Alerj em ônibus rumo a Brasília

O GLOBO 03/11/2011 19h44

Page 15: CABO DACIOLO

... da corporação, no início de junho. No blog do movimento SOS

Bombeiros, o cabo Benevenuto Daciolo convocou os bombeiros a

comparecerem à...

Líderes de movimento dos bombeiros esperam a

chegada de novos m...

O GLOBO 31/10/2011 13h04

...RIO- Segundo Cristiane Daciolo, mulher do cabo

Beneveluto Daciolo, o marido está no Hospital do Corpo de

Bombeiros, no Rio... dos bombeiros esperam para esta quinta-

feira a chegada de novos manifestantes da região dos lagos. O

cabo Daciolo e do capitão Alexandre...

Líderes das greves na Bahia e no Rio conversaram

por mais de 8 ...

O GLOBO 11/02/2012 06h45

..., da Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares

da Bahia, com Benevenuto Daciolo, da SOS Bombeiros do Rio,

ocorreu... militar, José Barroso Filho,Daciolo foi autorizado a

entrar pelo general Gonçalves Dias, então à frente da operação de

isolamento...

Deputado Anthony Garotinho admite conversa com

grevista

O GLOBO 10/02/2012 00h35

Page 16: CABO DACIOLO

... da greve dos policiais militares com Daciolo. Segundo ele, os

dois conversaram por telefone no final da tarde de quarta-feira e

no... sábado passado, quando houve uma passeata no Rio.

Garotinho disse que conheceu Daciolo durante o movimento

grevista dos policiais...

Guarda-vidas aderem à paralisação dos bombeiros

no Rio

O GLOBO 03/11/2011 22h16

...RIO - Um dos organizadores do protesto dos bombeiros na

frente da Alerj, Benevenuto Daciolo diz que não há nenhum

guarda-vidas... nos postos das praias em todo o estado do Rio. O

efetivo da categoria é de 1.900 homens. Ainda conformeDaciolo,

os bombeiros...

Bombeiros libertados seguem de barca para a Alerj

O GLOBO 03/11/2011 20h32

...O cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento que

reivindica melhores salários para o Corpo de Bombeiros,

informou... penal e administrativa. Fato queDaciolo prevê que

esteja encaminhado até segunda-feira. - Hoje, vamos para a Alerj

para agradecer...

Líderes das greves na Bahia e no Rio conversaram

por mais de 8 ...

O GLOBO 10/02/2012 23h44

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..., com Benevenuto Daciolo, da SOS Bombeiros do Rio, ocorreu

entre a noite de terça-feira e a madrugada de quarta, na

Assembleia... Legislativa baiana ocupada pelos grevistas. Na

companhia de um juiz militar, José Barroso Filho, Daciolo foi

autorizado a entrar...

Bombeiros entregam panfletos à população no Largo

do Machado

O GLOBO 03/11/2011 17h28

... a categoria fazem uma reuninão na manhã de hoje no Largo do

Machado, para definir os rumos do movimento. Segundo o cabo

Benevenuto Daciolo... por distribuir panfletos à população.

Segundo Daciolo os bombeiros estão tentando uma audiência

com o líder do PMDB para perguntar...

Bombeiros ocupam as escadarias do Palácio

Tiradentes

O GLOBO 03/11/2011 20h16

... que ocuparam o Quartel Central da corporação, no último dia 3.

De acordo com um dos líderes do movimento, o cabo

Benevenuto Daciolo..., os manifestantes querem ser recebidos

pelo secretario de Defesa Civil, coronel Sergio Simões, ou pelo

próprio governador. Daciolo...

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Áudios revelam articulação de grevistas e orientação

de deputad...

O GLOBO 09/02/2012 17h57

... do dia 4 de fevereiro, o líder Marco Prisco, ex-soldado, liga

para o cabo BenevenutoDaciolo. (áudio aqui)(Darciolo) -

Fala... todos os becos e ....(Prisco) - Desce tudo, meu irmão !Às

13h19 do dia 8 de fevereiro, o cabo Daciolo conversa com a

deputada estadual...

Familiares dos bombeiros chegam ao quartel São

Cristóvão para s...

O GLOBO 03/11/2011 20h36

... acompanhar a libertação do grupo. Entre os presos, está o cabo

BenevenutoDaciolo, um dos líderes do movimento. Uma médica