Caatinga

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DICIPLINA: BIOGEOGRAFA PROFESSORA: MICHELLIA ACADÊMICOS: RODOLFO CHARLLYS CRISTINA FARIA CAATINGA

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DICIPLINA: BIOGEOGRAFAPROFESSORA: MICHELLIA

ACADÊMICOS: RODOLFOCHARLLYS CRISTINA FARIA

CAATINGA

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A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O vôo negro dos urubus fazia

círculos altos em redor de bichos moribundos, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia

onde.tinham deixado os caminhos, cheios de

espinho e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que

escaldava os pés.

Vidas Secas, Gracil iano Ramos, 1938

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CAATINGANome de origem Tupi-Guarani e significa “floresta branca”bioma exclusivamente brasileiroÁrea de 925.043km2Situada entre o Equador e o Trópico de Capricórnio Altas Temperaturas (25°-30°)Cobre 9 estadosSavana - estépica

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CARACATERÍSTICASVegetação que cobre uma área grande e mais ou menos contínua,

no Nordeste do Brasil, submetida a um clima semi-árido, bordejada por áreas de clima mais úmido

Vegetação adaptada ação à deficiência

Vegetação com algumas espécies endêmicas, e também sp. comuns a outras áreas de seca.

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MitosÉ homogênea Biota é pobre em espécies e em endemismos Pouco alterada pela ação humana

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FATORES ESTRESSANTESSistema complexo de formação das chuvas

Serras e chapadas que interceptam frentes úmidas e criam zonas pouco chuvosas

Alto escoamento das águas, concentração nos vales

Alta variabilidade do solo

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PLUVIOSIDADEPrecipitação Baixa 300mm – 1000mmEvapotranspiração alta 1500mm – 2000mmIrregularesResultado do complexo sistema de massas de ar

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MASSAS DE AR

Massa de ar Polar já chega secaMassas de ar equatorial também já chega seca

Massa de ar equatorial

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RELEVO/GEOLOGIABaixas altitudes (200m – 800m)Recortado por chapadas

Chapada da Ibiapaba (PI-CE)Chapada Diamantina (BA)Chapada do Araripe (CE-PB-PE)Chapada das Mangabeiras e do Apodi (RN-CE)

Idade extremamente variada

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SOLOSMaior variabilidade do país. Pouco nitrogênio, Baixos teores de matéria orgânica Originam-se de duas formações geológicasSedimentar – Oeste Cristalina – Leste

Duas incrustações sedimentares, com solos de boa drenagem

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DIVISÕESConvencionalmente dividido em:

Zona litorâneaAgresteSertão

Interação entre vegetação e solo:Domínio da vegetação hiperxerófilaDomínio da vegetação hipoxerófilaIlhas úmidas

Dividido em 8 eco regiões (*UGs) *entidade espacializada cujo substrato, a vegetação natural, o relevo e a natureza e

distribuição dos solos na paisagem constituem um conjunto de variabilidade mínima

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CAMPO MAIORRelevo ondulado associado a áreas rebaixadasAltitude entre 300-500mClima Tropical chuvoso Precipitação 900-1500mm (concentrada)Alto potencial hídricoSujeito a inundações

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COMPLEXO IBIAPABA - ARARIPE800mSolos arenosos profundos de baixa fertilidadePrecipitação regularEntre 600mm – 1000mm60 – 70% degradada

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PLANALTO DABORBOREMAAltitude 600-1000mSolos rasos e férteis clima seco, muito quente e semi-áridoEnclaves de Mata Atlântica

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DEPRESSÃO SERTANEJA MERIDIONALFaixa descontínua Baixa altitudeRio Grande do Norte até Minas GeraisPresença de chapadasVale do São Francisco

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CHAPADA DIAMANTINAConjunto contínuo de extensos platôMinas Gerais (n) e Bahia (centro)Altitudes entre 200m - 1.800mRelevo acidentadoSolos profundosChuvas constantes

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DEPRESSÃO SERTANEJA SETENTRIONALContínuaRelevo suave onduladoClima quente - semi-áridoBaixa pluviosidade

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RASO DA CATARINARelevo onduladoAltitude entre 150-300mRegimes climáticos variadosAlto potencial hídrico

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DUNAS DO SÃO FRANCISCO“campos de dunas”Depósitos eólicosPodem atingir 100m

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FLORAO mais desvalorizado e mal conhecido botanicamenteCaracterísticas básicas não definidasEspécies que apresentam adaptações à deficiência hídrica

CaducifóliaHerbáceas anuais, SuculênciaAcúleos e espinhosPredominância de arbustosÁrvores de pequeno porteCobertura descontínua de copas

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FLORADifícil classificação

Andrade, 12 tipos Diversidade florística alta

1512 Sp380 Sp. Endêmicas Baixos Índices de Diversidade

Mosaico

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XEROMORFIAPresença de parênquima aqüíferoFolhas coriáceas ou durasTubérculosProteção de ceras sobre a cutículaPresença de esclereídeoCaducifólias Cactaceas

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HIPERXERÓFILA297 mil km2Caatinga ArbustivaBaixo a médio porteCaducifóliasPredominantemente os solos rasos

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HIPORXERÓFILA247 mil km2Arbustiva ArbóreaMais densaáreas de solos profundos de relevo em geral plano

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USO DAS PLANTASAlimentos

Umbu,mangaba, pitombaFibras

Buriti, caroá, tucum e piaçavaCeras, látex e produtos químicos

CarnaúbaLicuriMaçaranduba

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MAMÍFEROS148 espéciesInúmeros casos de endemismos

Puma concolorLeopardus tigrinaKerodon rupestres

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AVESMais de 510 espécies

30% das sp. brasileiras20 ameaçadas de extinção 15 endêmicas

Penelope jacucacaXiphocolaptes falcirostris Pyrrhura anacaCarduelis yarellii

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ANFIBIOS – 51 Sp.REPTEIS – 116 Sp.15% EndêmicosMais estudados

Phyllopezus periosus

Ceratophrys joazeirensis

Epicrates cenchria

Physalaemus albifrons

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ICTIOFAUNA240 espécies

50% endemismo

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Quanto ainda resta da Caatinga?Apenas 3,56% da Caatinga estão protegidos por unidades de

conservação federais (16) 0,87% em unidades de proteção integral (parques nacionais,

reservas biológicas e estações ecológicas)

Levantamento IBGE68% da área da Caatinga está antropizada em algum grau35,3% extremamente antropizadas

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SÓCIO ECONÔMICO - ANTROPIZAÇÃODensa rede de estradas

45% alterada (somente com a zona de estrada)PecuáriaDesertificaçãoComércio e extração vegetal

LenhaCarvão

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CONCLUSÕESCaatinga, um dos Biomas mais diversificados do Brasil, cujo

maior inimigo é a falta de informação e preconceito da população.

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