CA Tamara

download CA Tamara

of 60

Transcript of CA Tamara

  • 7/31/2019 CA Tamara

    1/60

    Implantao do PBQP- H na construo de um EdifcioResidencial na cidade de Maring

    Pedro Lupo Curi

    TCC-EP-80-2011

    Maring - ParanBrasil

  • 7/31/2019 CA Tamara

    2/60

    ii

    Universidade Estadual de MaringCentro de Tecnologia

    Departamento de Engenharia de Produo

    Implantao do PBQP-H na construo de um EdifcioResidencial na cidade de Maring

    Pedro Lupo Curi

    TCC-EP-80-2011

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado comorequisito de avaliao no curso de graduao emEngenharia de Produo na Universidade Estadual de

    Maring UEM.Orientador(a): Prof.(): Mrcia Mercondes Altimari Samed

    Maring - Paran2011

  • 7/31/2019 CA Tamara

    3/60

    iii

    Dedico este trabalho ao meu Av, Fuad JosCuri (in memorian ), pela bondade e amorincondicional.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    4/60

    iv

    AGRADECIMENTO

    Agradeo primeiramente a Deus pela graa da vida e pela sade e fora concedida paraconcluir este trabalho, significando o trmino de mais uma etapa da minha vida.

    A minha me, Maria Cristina Lupo Curi, minha namorada Luana do Amaral Luvizetto e emespecial meu pai, Marcelo de Karan Tio Curi que me concedeu todo apoio necessrio,tornando possvel as minhas conquistas e a realizao deste trabalho, e a todos meus demaisfamiliares, que sempre acreditaram em mim e no meu potencial.

    A empresa Catamar Engenharia que abriu as portas para que eu pudesse realizar o trabalho eestgio na empresa, aonde aprendi muitas coisas na prtica do dia a dia, e em especial os meuschefes e supervisores de estgio Cristiane Koga e Jefferson Alarco, na qual sempre forammuito atenciosos, compreensivos e muito pacientes a me conceder as informaes e aoensinarem tudo que aprendi.

    A minha orientadora Mrcia Marcondes Altimari Samed, que de forma brilhante me instruiupara a concluso deste trabalho, sempre disposta a tirar dvidas e aumentar meu nvel deconhecimento me instruindo com seu vasto conhecimento e pacincia.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    5/60

    v

    RESUMO

    A qualidade nos processos da construo civil nos dias de hoje alvo de grande interesse paraconstrutoras no Brasil, por isso criou-se uma certificao constituda em quatro nveis paraque possam ser avaliados os processos produtivos, gesto da qualidade, meio ambiente esegurana do trabalho nas construes. Dessa forma a certificao do Programa Brasileiro daQualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), tem-se destacado nas melhores construesdo Pais. Assim a competio pelo nvel de certificao e conseqentemente de maiorqualidade nas construes civis aumentou. Este trabalho investiga o custo-benefcio doprograma PBQP-H, a maneira como foi implantado, quais foram as dificuldades, os riscos emelhorias, se houve aumento comercial com a aquisio da certificao e quais foram osmtodos para se chegar ao alto nvel de qualificao que o programa oferece.

    Palavras-chave:PBQP-H, Sistema de Gesto da Qualidade, Controles.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    6/60

    vi

    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS.............................................................................................................................................LISTA DE TABELAS............................................................................................................................................xLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS.........................................................................................................xiii

    1 INTRODUO......................................................................................................................................... 1.1 JUSTIFICATIVA......................................................................................................................................... 2 1.2 DEFINIO E DELIMITAO DO PROBLEMA.............................................................................................. 2 1.3 OBJETIVOS............................................................................................................................................... 3

    1.3.1 Objetivo geral ................................................................ ................................................................ ........ 3 1.4 ESTRUTURA DOTRABALHO...................................................................................................................... 3

    2 . REVISO DA LITERATURA ....................................................................................................................... 5 2.1 A QUALIDADE............................................................................................................................................... 5

    2.1.1 Gesto da Qualidade ................................................................ .............................................................. 6 2.1.2 Controle de Qualidade ........................................................................................................................... 6

    2.2 NORMALIZAO ECERTIFICAO................................................................................................................. 7 2.3 CONSTRUOCIVIL...................................................................................................................................... 8

    2.3.1 A Qualidade na Construo Civil................................................................. ........................................ 8 2.4 O PROGRAMABRASILEIRO DEQUALIDADE EPRODUTIVIDADE DOHABITAT................................................ 9 2.5 FERRAMENTAS PARA APLICAO DOPBQP-H ............................................................................................ 14

    2.5.1 Ciclo PDCA ........................................................ ................................................................. ................ 14 2.5.2 5S (Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke) ............................................................ ........................... 16 2.5.3 Controle de Qualidade de Matria-Prima........................................................................ ................... 18

    2.5.4 Controle de Concreto .............................................................. ........................................................... 18 3. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................................................. 2

    3.1 METODOLOGIA........................................................................................................................................... 22 3.2 A EMPRESA................................................................................................................................................. 22

    3.2.1 Objeto de Estudo Edifcio Cenarium Residence ................................................................ ................ 25 3.2.2 A importncia do PBQP-H para o Edifcio ............................................................... ........................... 28

    3.3 A IMPLANTAO DOPBQP-H ..................................................................................................................... 31 3.3.1 A sensibilizao e adeso da Empresa ........................................................... ...................................... 31 3.3.2 Organizao dos programas setoriais ........................................................... ...................................... 31 3.3.3 A Qualidade ....................................................... ................................................................. ................ 32 3.3.4 Materiais Controlados ............................................................. ........................................................... 33 3.3.5 Limpeza no Canteiro de Obras ........................................................... ................................................. 35

    3.3.6 Controle de projetos e documentos .............................................................. ...................................... 36 3.3.7 Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos (PGRS) ................................................................ ...... 36 3.3.8 Incentivo e motivao dos colaboradores ............................................................... ........................... 37 3.3.9 Segurana no trabalho ............................................................ ........................................................... 38 3.3.10 A auditoria interna da empresa ......................................................... ................................................. 41 3.3.11 Auditoria do PBQP-H ........................................................................................................................ 41

    3.4 RESULTADOS.............................................................................................................................................. 42 3.4.1 Custo Beneficio da implantao do PBQP-H .......................................................... ........................... 43

    4 CONCLUSO ................................................................................................................................................ 4

    REFERNCIAS .................................................................................................................................................. 4

  • 7/31/2019 CA Tamara

    7/60

    vii

    LISTA DE ILUSTRAES

    FIGURA1A: C HECK - LIST QUALIDADE PARA IMPLANTAO DOPROGRAMA 12

    FIGURA1B: C HECK - LIST MEIOAMBIENTE, PARA IMPLANTAO DOPROGRAMA 13

    FIGURA1C: C HECK - LIST SEGURANA, PARA IMPLANTAO DOPROGRAMA 13

    FIGURA2: CICLOPDCA 15

    FIGURA3 : ESTRUTURA DOCICLOPDCA 15

    FIGURA4: S LUMP T EST 19 FIGURA5: GRUA 24

    FIGURA6: PLANTA BAIXAEDIFCIOCENARIUMRESIDENCE 26

    FIGURA7: CENTRAL DEPR-MOLDADOS 27

    FIGURA8: ESCORASMETLICAS 30

    FIGURA9: FLUXOGRAMA DA PREPARAO DA AUDITORIA 32

    FIGURA10: CONTROLE DECIMENTO 35

    FIGURA11: BANDEJAPRIMRIA DEPROTEO 39

    FIGURA12: EQUIPAMENTOS DEPROTEOCOLETIVA 40

  • 7/31/2019 CA Tamara

    8/60

    viii

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Custo da Certificao do PBQP-H 44

  • 7/31/2019 CA Tamara

    9/60

    ix

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    ISO Internacional Organization for Standardization

    NBR Normas Brasileiras

    PBQP-H Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat

    SGQ Sistema da Gesto da Qualidade

    SiAC Sistema de Avaliao de Conformidade de Empresa e Servios e Obras daConstruo Civil

    PGRS Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos

    DIR Depsito Intermedirio de Resduos

    SINTRACON Sindicato dos Trabalhadores da Construo Civil

    PPRA Programa de Preveno contra Riscos Ambientais

    EPI Equipamento de Proteo Individual

    EPC Equipamento de Proteo Coletivo

  • 7/31/2019 CA Tamara

    10/60

    1

    1. INTRODUO

    De acordo com Cotrim (2009), o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade doHabitat um instrumento do Governo Federal para cumprimento dos compromissos firmadospelo Brasil construdo na Conferncia do Habitat II/1996. Seu contedo mostra como organizar todo o setor da construo civil de acordo com os dois principais requisitos: amelhoria da qualidade no habitat e a modernizao.

    Quando uma construtora decide aderir ao Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade

    do Habitat (PBQP-H) ela se mostra competente a determinar algumas conformidades, taiscomo: a melhoria da qualidade de materiais, formao e requalificao da mo-de-obra,normalizao tcnica, avaliao de tecnologias inovadoras, informao ao consumidor,promoo da comunicao entre os setores envolvidos e a avaliao de conformidades deempresa de servios e obras. A construtora que se enquadra nessas conformidades torna-seapta a incluso no programa. A partir desta incluso, alcana-se a melhoria na qualidade daproduo, no seu produto final, nas tcnicas civis, na qualificao da sua mo-de-obra, e uma

    conseqente otimizao visvel no processo de produo.

    Segundo Alves (apud GOMESet al , 2003) devido a alta concorrncia no mercado asconstrutoras esto procurando mtodos e processos mais eficientes para melhor qualificaode seus insumos e sua mo-de-obra com isso o aumento na produtividade e a melhoria emsuas edificaes (produtos finais) ser o diferencial no mercado competitivo.

    Seus benefcios relacionados ao setor pblico so extremos pelo fato de que, a utilizao doseu grande poder de compra ter uma seleo maior dos fornecedores que possurem asmelhores qualificaes. Por isso, a otimizao que vise o melhor uso dos recursos pblicosser prevista podendo assim solicitar o certificado de qualificao no processo licitatrio.

    Junto ao Sistema de Avaliao de Conformidade de Empresa de Servio e Obra daConstruo Civil (SiAC) o PBQP-H nico e aplicvel em qualquer subsetor em que aempresa atue levando em conta a especificidade que fora definido no documento deRequisitos complementares no desejvel setor. Algumas ferramentas acompanham esse

  • 7/31/2019 CA Tamara

    11/60

    2

    programa, como por exemplo o ciclo PDCA que tem como principal foco o canteiro de obra,para que a execuo das tarefas seja feita da melhor forma possvel.

    1.1 Justificativa

    A implantao do Programa deve-se basicamente por dois motivos: o primeiro abrange o setorde aprovao da Caixa Econmica Federal para o financiamento dos apartamentosproduzidos. Quando o edifcio engloba um alto padro e superior classe mdia de consumo,

    a Caixa exige pelo menos um nvel do programa PBQP-H. Outro motivo a necessidade deobteno de qualidade da obra para o bem estar de seus funcionrios, e melhor qualidade noambiente de trabalho. Aplicando o programa a empresa investe muito na qualificao de seusfuncionrios, onde a prioridade para a empresa sempre obter uma equipe de mo-de-obraqualificada e treinada. Dessa forma a empresa est investindo muito em Equipamentos deProteo Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteo Geral (EPGs), fornecendotreinamento para todos os membros da empresa, adquirindo um excelente controle de

    qualidade no seus insumos de produo, organizao interna como por exemplo aplicao doprograma 5S em todos os setores tanto na obra como no escritrio da construtora.

    1.2 Definio e delimitao do problema

    Esse projeto de Trabalho de Concluso de Curso (TCC) pretende mostrar a importncia doSistema da Gesto da Qualidade (SQG) na construo civil.

    A obra civil que ser o foco deste trabalho constituda por uma rea de aproximadamente4.524,10 m;, a rea total construda ser de 21.466,13 m; ter 29 andares sendo trreo,mezanino e mais 27 pavimentos. Cada andar possuir 4 apartamentos e o edifcio ter 4elevadores. A rea de lazer comportar: 5 piscinas, SPA, academia, sala de cinema, sala dereunio, playground, dentre outros. A construtora possui aproximadamente 60 funcionrios,sendo 15 trabalhando nos escritrios de engenharia, 30 funcionrios da empresa trabalhando

    no canteiro de obras e o restante terceirizados (empreiteira). A construtora tem conhecimento

  • 7/31/2019 CA Tamara

    12/60

    3

    do programa pois j implementou em outras obras que foram designadas, possue um manualda qualidade, o qual esto o seguindo.

    1.3 Objetivos

    1.3.1 Objetivo geral

    Acompanhar e analisar do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat eanalisar sob a perspectiva do engenheiro de produo.

    1.3.2 Objetivos especficosComo objetivos especficos tm-se:

    Estudar as normas implantadas; Analisar novas tecnologias no SGQ na construo civil; Analisar custo-benefcio do Programa PBQP-H.

    1.4 Estrutura do Trabalho

    Este trabalho encontra-se organizado em quatro captulos, alm deste introdutrio em que foiapresentada a justificativa da realizao do mesmo, a definio e delimitao do problema e oobjetivo geral e especfico.

    O Captulo 2 apresenta uma reviso de literatura sobre os conceitos: Qualidade; Gesto daQualidade; Controle da Qualidade; Normalizao e Certificao; Qualidade na ConstruoCivil e o PBQP-H.

    O Captulo 3 trata do estudo de caso, onde foram descritas as etapas e o cronograma paracertificao do programa, falando sobre a: Empresa; o Edifcio; a importncia da implantaodo Programa; as etapas da implantao.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    13/60

    4

    O Captulo 4 mostra as concluses tiradas sobre todo processo de certificao, quais foram asmelhorias que a empresa teve, e se o custo-benefcio foi positivo ou no com a implantao

    do Programa.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    14/60

    5

    2 . REVISO DA LITERATURA

    Neste captulo sero apresentados os conceitos referentes Gesto da Qualidade,normalizao, a construo civil, o PBQP-H, as ferramentas da qualidade utilizadas noprograma e os controles de qualidade, controles de materiais e controles estocsticos.

    2.1 A Qualidade

    Definindo qualidade de acordo com a Norma Brasileira (NBR ISO 9000/2000), refere-sequalidade como grau no qual um conjunto de caracterstica (propriedades diferenciadoras)inertes satisfaz a requisitos necessidades ou expectativas que so expressas, geralmente deforma implcita ou obrigatria.

    Para Thomaz (1999) a qualidade um conjunto de propriedades de um bem ou servio queredunde na satisfao das necessidades dos seus usurios, com a mxima economia de

    insumos e energia, com a mxima proteo sade e integridade fsica dos trabalhadores nalinha de produo, com a mxima preservao da natureza.

    Obter uma definio clara e objetiva de qualidade no possvel, pois a qualidade abrangediversas formas com uma variedade de significados consideravelmente grande. Moller (1997)enfatiza essas formas:

    Um produto com a mesma qualidade no mesmo pas ou namesma cultura, pode ser julgado de forma diversa porpessoa com experincia educao e idade e formaodiferente;O mesmo produto ou servio pode satisfazer necessidadesbastante diversas. Assim as pessoas iro julgar a qualidadede um produto ou servio de acordo com suas necessidadesem uma data situao;Um produto ou servio com a mesma qualidade pode serpercebido de formas diversas pela mesma pessoa em pocasdiferentes, dependendo da situao e do humor dasatividade da pessoa;As pessoas tem diferentes padres de qualidade;

    A qualidade que as pessoas esperam de outras pessoasdependem de quem so essas pessoas;A qualidade que as pessoas esperam de outras pessoas nemsempre a qualidade que elas esperam de si prpria.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    15/60

    6

    A qualidade, mais do que qualquer outro objetivo de desempenho, tem uma vantagem que lhed grande poder motivacional ningum discorda dela. Qualidade significa fazer certo as

    coisas, mas as coisas que a produo precisa fazer certo variaro de acordo com o tipo deoperao (SLACKet al 2002).

    2.1.1 Gesto da Qualidade

    Conforme a introduo da International Organization for Standardization (ISO 9000), a

    gesto da qualidade so as atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organizao,no que diz respeito qualidade.

    Segundo Picchi (1993), o enfoque da gesto da qualidade tem evoludo, passando de umaviso corretiva, baseada na inspeo (identificao e segregao dos itens no conformes),chegando at vises mais modernas, baseadas em medidas preventivas e um enfoquesistmico, levando em conta todas as etapas do processo.

    Para introduzir a metodologia dos conceitos da qualidade total e dos modelos de gesto daqualidade contidos nas normas NBR ISO 9000 (1994), aplicados a realidade das empresasconstrutoras. Um outro aspecto considerado dentre as pequenas e mdias construtoras,destacando-se a reduo de diretores e gerentes que desenvolvem funes mltiplas nasempresa, envolvendo os aspectos estratgicos, tticos e operacionais e tambm pequenasfamiliaridades dos proprietrios e colaboradores das empresas com os conceitos decompetitividade e gesto empresarial, qualidade, produtividade, tecnologia e gesto depessoas (ABIKO, 2007).

    2.1.2 Controle de Qualidade

    De acordo com Garvin (2003), o controle da qualidade foi implementado para que produtosconsiderados defeituosos no fossem colocados disposio do consumidor. Primeiramente,esse controle era realizado na conferncia do produto final e as unidades consideradas no-conformes eram descartadas, porm percebeu-se que a utilizao dessa metodologia gerava

  • 7/31/2019 CA Tamara

    16/60

    7

    muito desperdcio e as causas dos defeitos no eram tratadas. A partir desta constatao, ocontrole da qualidade passou a ser aplicado no processo tambm.

    Em 1992 Garvin afirma que o Controle de Processo foi abordado pela primeira vez porShewhar t, na obra Economic Control of Quality , em 1931. Nesta publicao,Shewhart definede forma precisa e mensurvel o controle de fabricao, admite a existncia da variao noproduto e desenvolve tcnicas de como distinguir as variaes aceitveis das flutuaes queindicassem problemas. Este foi o primeiro passo para o controle estatstico da qualidade.

    Segundo Picchi (1993), os mtodos estatsticos possibilitam uma inspeo mais eficiente,eliminando a necessidade de checar 100% das peas, mas mantendo ainda o enfoque corretivoe no influindo no enorme nmero de produtos defeituosos sucateados.

    2.2 Normalizao e Certificao

    Com as grandes frentes abertas pela qualidade e pelo sistema de gesto da qualidade um

    padro comeou a ser seguido, por isso entrou em vigor as normas e os certificados a serempropostos as empresas e com essa certificao a empresa seria muito mais reconhecida porseus consumidores e clientes diretos e indiretos. Partindo da Associao Brasileira de NormasTcnicas (ABNT) adaptando se a IS0 9000 e 9002, iniciou-se pelo SiAC Sistema deAvaliao da Conformidade da Empresa de Servio de Obras da Construo Civil oPrograma Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habit. Que visa avaliar e analisar todoos setores da construtora.

    As atividades de certificao podem envolver: anlise de documentao, auditorias/inspeesna organizao, coleta e ensaios de produtos, no mercado e/ou na fbrica, com o objetivo deavaliar a conformidade e sua manuteno. No se pode pensar na certificao como uma aoisolada e pontual, mas sim como um processo que se inicia com a conscientizao danecessidade da qualidade para a manuteno da competitividade e conseqente permannciano mercado, passando pela utilizao de normas tcnicas e pela difuso do conceito dequalidade por todos os setores da organizao, abrangendo seus aspectos operacionaisinternos e o relacionamento com a sociedade e o ambiente (VIEIRA, 2008).

  • 7/31/2019 CA Tamara

    17/60

    8

    Marcas e Certificados de Conformidade da ABNTso indispensveis na elevao do nvel dequalidade dos produtos, servios e sistemas degesto. A certificao melhora a imagem daorganizao e facilita a deciso de compra paraclientes e consumidores.

    (VIEIRA, 2008)

    2.3 Construo Civil

    2.3.1 A Qualidade na Construo Civil

    Segundo Santos e Melhado (2003), mesmo aps vrios anos de implantao, verifica-se que aadaptao dos princpios da ISO 9000 na construo civil ainda no conseguiu tanto nomercado nacional quanto em outros pases, garantir um resultado adequado para a qualidadedo empreendimento de construo. O principal problema est na proposio para a qual anorma foi concebida, pois originalmente ela foi estruturada para atender tipologia daindstria de produo seriada onde a relao entre cliente-fornecedor biunvoca e estvel, osprocessos e as atividades de produo so repetitivos, a demanda pode ser analisada maisdetalhadamente e os custos diretos e indiretos so pulverizados ao longo do processo (pois halta quantidade produzida em relao ao custo incidente).

    Para enfatizar mais as caractersticas que colaboram na diferenciao da indstria deconstruo civil em relao s outras indstrias que se expe, de maneira detalhada, osseguintes itens :Produo por operao nica resultam dois nveis para o sistema da qualidade: um

    vinculado organizao e sua estrutura, que de carter permanente; e outro vinculado acada atividade de produo de um empreendimento, que de carter efmero.

    Na construo civil, em particular, h uma sucesso de fases, grande disperso deresponsabilidades e baixo grau de integrao entre os agentes. Essas caractersticas sosemelhantes na maioria dos empreendimentos de construo de edifcios em todo o mundo,variando o ambiente legal, social e cultural de cada pas.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    18/60

    9

    Uma complexa relao entre os agentes que no possuem uma caracterstica homogneaquanto capacidade tcnica e econmica, nem relaes contratuais que explicitem a

    responsabilidade tcnica de forma mais rigorosa (muitas vezes, tm-se contratos informais),acarretando pouca convergncia entre os interesses dos agentes, quanto s suas obrigaes edireitos, e os resultados desejados (SOUZA, 1997).

    Ainda, segundo Souza (1997), alm destas caractersticas, importante ressaltar que a cadeiaprodutiva que forma o setor da construo civil bastante heterognea e complexa, contandocom grande nmero de agentes intervenientes e de produtos parciais gerados ao longo do

    processo de produo, produtos estes que incorporam diferentes nveis de qualidade e que iroafetar a qualidade do produto final.

    Existem outras particularidades da construo como Silva (2000) exps: a identificao dosproblemas feita durante a produo; o cliente conhecido e interfere de forma ativa naconcepo e execuo do empreendimento; os projetos e as obras so feitos separadamente; otrabalho artesanal (baixo nvel de automatizao); h alta rotatividade e baixa escolaridadeda mo-de-obra (dificultando o treinamento); o planejamento est sujeito a elevados graus deincertezas e pouco feedback das avaliaes ps-ocupao.

    2.4 O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat

    Os primeiros movimentos pela qualidade na Construo Civil no Brasil surgiram no incio dadcada de 90 decorrentes de um perodo de mudanas em um setor caracterizado por grande

    competitividade. Embalado por esta atmosfera de grandes mudanas, o governo federal lanao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP) envolvendo todos os setoresindustriais.

    No setor da construo civil, merecem destaques nesta poca, os trabalhos de Picchi (1993) ede Melhado (1994), responsveis pelas primeiras aplicaes de conceitos gerais da qualidadefocando a construo civil, apresentando um sistema da qualidade baseado nas normas ISO

    9000.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    19/60

    10

    Melhado (1994) aponta para a parceria criada em 1993 entre o Centro de Tecnologia emEdificaes (CTE) e o Sindicato das Indstrias da Construo Civil do estado de So Paulo

    (Sinduscon-SP) como o marco para o grande impulso que o setor da Construo Civil recebeuem direo aos Programas Setoriais da Qualidade (PSQ). Esses PSQs so acordos firmadospelos governos estaduais ou municipais, de entidades de classe, associaes nacionais e osagentes financiadores com a finalidade de regulamentar os requisitos de qualificao no setor.Como resultado de todo este movimento no setor da construo civil, o Ministrio doPlanejamento e Oramento, atravs da Portaria n 134 de 18 de dezembro de 1998, institui oPrograma Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) como um

    desdobramento do PBQP.

    De acordo com a referida Portaria, o PBQP-H tem por objetivo bsico apoiar o esforobrasileiro de modernidade e promover a qualidade e produtividade do setor da construohabitacional, com vistas a aumentar a competitividade de bens e servios por ele produzidos.Com este intuito, o PBQP-H se prope oficialmente em organizar o setor da Construo Civil;melhorar a qualidade do habitat e a modernizao produtiva; estruturar um novo ambientetecnolgico; estimular o uso eficiente das diferentes fontes de financiamento, tais como:FGTS e Poupana. (MCIDADES, 2009).

    Sendo um programa de auditoria ele deve conterplanejamento, levando em consideraes a situao e aimportncia do processo e reas a serem auditadas, bemcomo os resultados de auditorias anteriores os critrios paraauditoria, escopo, freqncia e mtodos devem serdefinidos. Pelo menos uma vez por ano os processos doSistema de Gesto da Qualidade devem ser auditados, issoassegura a objetividade e imparcialidade do processo deauditoria ou seja os auditores no podem auditar seusprprios trabalhos

    (MINISTRIO DAS CIDADES, 2009)

    Segundo o Manual de verificao de auditoria do nvel A do PBQP-H (apud SENAI, 2009) osrequisitos necessrios que constam no manual aplicvel ao programa para implantao so os:gerais, da documentao, controle de documentos, comprometimentos da direo da empresa,poltica de qualidade, planejamento do Sistema da Gesto da Qualidade (SGQ), anlise crticada direo, gesto de recursos, recursos humanos, proviso de recursos, competnciaconscientizao e treinamento, infra-estrutura, ambiente de trabalho, planejamento da obra,

  • 7/31/2019 CA Tamara

    20/60

    11

    planejamento total da obra, relacionamento com o cliente, planejamento e elaborao doprojeto, aquisio, operaes de produo, identificao e rastreabilidade, medio anlise e

    melhoria, satisfao do cliente, auditoria interna, controle de servio e materiais de execuoda obra e no conformes, anlise de dados, melhoria e servios controlados.

    importante ressaltar que, apesar de se tratar de um programa de adeso voluntria desde asua concepo, os agentes financiadores e o setor pblico utilizam o seu poder de compra efomento como fator de presso para o desenvolvimento do programa.

    A estrutura do programa baseada na srie de normas da Associao Brasileira de NormasTcnicas: ISO 9000 e, desde a sua criao, o PBQP-H passou por atualizaes peridicas queacompanham as revises das normas ISO de modo a manter a compatibilidade com estanorma, sendo o seu formato atual baseado nelas. Dentro deste formato o Programa adota aabordagem de processo para o desenvolvimento, implementao e melhoria da eficcia doSGQ da empresa construtora.

    Uma das caractersticas que difere o PBQP-H da ISO 9001 o carter evolutivo, ou seja,existem quatro nveis de qualificao progressivos (D, C, B e A) nos quais a empresaconstrutora pode ser certificada. Segundo Silveiraet al (2000), um sistema evolutivo possuium efeito pedaggico no progresso do estabelecimento do sistema, que induz melhoriacontnua. De acordo com o PBQP-H Ministrio das Cidades (2009), o nvel A da norma doSistema de Avaliao de Conformidade de Empresa e Servios e Obras da Construo Civil(SiAC) atende integralmente s exigncias da Norma Brasileira ISO 9001:2000, podendo aempresa construtora solicitar certificao simultnea certificao do PBQP-H segundo estereferencial normativo.

    A operacionalizao do PBQP-H se d pela estruturao de uma srie de projetos objetivandosolucionar problemas especficos na rea de qualidade. Entre eles vale ressaltar o Sistema deAvaliao da Conformidade de Servios e Obras, considerado o principal projeto do programapor ser responsvel pelas suas diretrizes. Aprovado atravs da Portaria no 118, de 15 de maro

    de 2005, o SiAC baseado na Associao de Normas Tcnicas Brasileira (ISO 9000),substituindo o Sistema de Qualificao de Empresas de Servios e Obras (SiQ-Construtoras)

  • 7/31/2019 CA Tamara

    21/60

    12

    baseado nas normas ISO 9001. O principal acordo do PBQP-H com a Caixa EconmicaFederal - CEF o principal agente e parceiro ao que se refere utilizao do poder de

    compra. A CEF oferece financiamentos especficos para as empresas de Construo Civil queaderiram ao PBQP-H e, desta forma, atua como indutora do processo. Alm disso, como agrande operadora dos recursos do Ministrio das Cidades, tem grande responsabilidade naaplicao eficaz dos recursos. J foram realizados acordos setoriais em quase todos os Estadose territrios brasileiros, estabelecendo metas regionais com o objetivo de estimular a evoluodos nveis e a adeso.

    Dentre os diversos programas brasileiros de qualidade e produtividade, o do setor dehabitao tomou rumos prprios, que foi institudo, a partir da Portaria n 134 de 18.12.1998,do ento Ministrio do Planejamento e Oramento, chamado de Programa Brasileiro daQualidade e Produtividade no Habitat (MINISTRIO DAS CIDADES, 2009).

    O objetivo geral do programa organizaro setor da construo civil melhorando a qualidadedo habitat e a modernizao dos processosconstrutivos, elevando os patamares da qualidade e

    produtividade da construo civil, por meio dacriao e implantao de mecanismos demodernizao tecnolgica e gerencial.

    (MELHADO, 1994).

    Os auditores necessitam de umcheck-list para verificao dos itens do programa para melhorauxili-los na certificao:

    Figura 1a:Check-list Qualidade para implantao do ProgramaFonte: SindusCon, 2011

  • 7/31/2019 CA Tamara

    22/60

    13

    Figura 1b:Check-list Meio Ambiente, para implantao do ProgramaFonte: SindusCon, 2011

    Figura 1c:Check-list Segurana, para implantao do ProgramaFonte: SindusCon, 2011

    As Figuras acima mostram a lista de itens que ocheck-list usado na auditoria de implantaodo programa tem como objetivo. Dessa forma o auditor analisando cada rea possa dar notasaos requisitos e ao final da avaliao possa obter uma nota final, fazendo com que resulte na

    aprovao ou na no aprovao do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade doHabitat.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    23/60

    14

    2.5 Ferramentas para aplicao do PBQP-H

    Como o programa visa a melhoria nos processos produtivos em diversas reas, o ciclo PDCA, a principal ferramenta que o sistema utiliza para sua implantao. por ele que todo oplanejamento das tarefas so feitas, depois sua execuo, a aplicao dos treinamentosespecficos, a verificao dos servios executados e mant-lo sempre atualizado e rodandocorretamente um grande foco do programa.

    2.5.1 Ciclo PDCA

    O SiAC, execuo de obras possui carterevolutivo, estabelecendo nveis de avaliao daconformidade progressivos, segundo os quais os sistemasde gesto da qualidade das empresas construtoras soavaliados e classificados. Uma ferramenta da Qualidadeutilizada para a implantao do Programa o ciclo de

    Deming ou mais conhecido como ciclo PDCA. (MINISTRIO DAS CIDADES, 2009)

    Esta parte dedicada contextualizao terica do problema e a seu relacionamento com oque tem sido investigado a seu respeito. Deve esclarecer, portanto, os pressupostos tericosque do fundamentao pesquisa e as contribuies proporcionadas por investigaesanteriores (MINISTRIO DAS CIDADES, 2009).

    O PBQP-H tem inmeras ferramentas para que sua implantao seja feita da forma maisorganizada e adequada ao carter da obra possvel. Ento a etapa de planejamento do CicloPlan Do Check Act (PDCA) que usada no processo inteiro da construo do edifcioconsiste no estabelecimento de metas sobre os fins e na definio das aes que devero serexecutadas sobre os meios para que a meta possa ser atingida, seria a etapa mais difcil doCiclo. Por isso quanto maior for o volume de informaes utilizada, maior ser a necessidadedo emprego de ferramentas apropriadas para coletar, processar e dispor estas informaes(WERKEMA, 1996).

    Umas das grandes contribuies de Juran (1999) para o movimento da qualidade foi a

    formulao do ciclo PDCA que foi objeto de varias reinterpretaes por parte de outrosautores. Nesse sentido aps a fase de elaborao dos padres e da documentao dos sistema

  • 7/31/2019 CA Tamara

    24/60

    15

    da qualidade, a sua implantao deve ser feita de acordo com o ciclo PDCA, instrumentovalioso de controle e melhoria de processo que deve ser de domnio de todos os funcionrios

    da empresa.

    Figura 2: Ciclo PDCAFonte: Werkema,1996

    Figura 3 - Estrutura do ciclo PDCA.Fonte: Werkema, 1996

    Segundo Werkema (1996) as Figuras 2 e 3 mostram que o Ciclo contm: comeo, meio e fime recomea novamente. Dessa forma as atividades executada com ele no param, dando

  • 7/31/2019 CA Tamara

    25/60

    16

    continuidade ao processo fazendo as verificaes necessrias para que ele no desande. Dessaforma ento podendo sempre estar atuando no processo para que ele no perca a linha e seu

    rendimento no decresa.

    2.5.2 5S (Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke)

    Outra ferramenta muito utilizada no processo organizacional a ferramenta 5S. Implantadaem todos os setores da empresa, tanto no escritrio, como almoxarifado, canteiro de obra, salade mquinas, sala de ferramentas, escritrio da engenharia dentro do canteiro. Ento para

    Thomaz (apud SURIANet al , 2008) o programa 5S considerado uma filosofia de trabalho,assim determinando a organizao, limpeza e a disciplina em qualquer setor de uma empresa.Pela conscincia e responsabilidade de todos possvel tornar o ambiente de trabalho seguro,agradvel e produtivo. O programa pratica constantemente os hbitos saudveis que podem semanifestar no agir, no sentir a integrao do pensar. A empresa faz treinamentos quinzenais eum dele foi o 5S para todos os funcionrios da empresa, e os funcionrios terceirizados(empreiteiros), dessa forma todos colaboram e o ambiente fica organizado, agradvel para se

    trabalhar e limpo.

    De acordo com Vanti (2006) os objetivos centrais do processo 5S consistem em melhorar oambiente de trabalho, promovendo o bem-estar dos funcionrios e aumentando sua autoestima; racionalizar o uso de documentos, materiais e equipamentos; reduzir custos e agilizaros processos de trabalho; facilitar a participao de todos e o inter-relacionamento pessoal,estimulando a execuo de tarefas em equipe, e contribuir para a melhoria da imagem dainstituio

    Segundo Silva (1996), analisando o 5S e o discriminando:

    O senso de utilizao, segundo Silva (1996), favorece a eliminao do desperdcio deinteligncia, tempo e matria-prima. Significa usar os recursos disponveis, com bom senso eequilbrio, evitando desatualizaes e carncias. Todos os funcionrios devem identificar emanter no seu lugar os itens verdadeiramente teis ao seu servio. Este primeiro senso, sensode organizao, enfatizando o objetivo de separar as coisas necessrias das desnecessrias apartir de critrios de estratificao, classificando os objetos segundo a ordem de importncia.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    26/60

    17

    O senso de ordenao, para Silva (1996) facilita o desenvolvimento do primeiro senso, ao

    diminuir o tempo de busca dos objetos. Implica dispor os recursos de forma sistemtica eestabelecer um excelente sistema de comunicao visual para o rpido acessoa eles. Paraele, este senso consiste em dar lugar a cada item e colocar cada item em seu lugar,padronizando as nomenclaturas e evitando, assim, mais de uma interpretao para o mesmoobjeto. Segundo suas anlises, este senso, denominado por ele princpio de arrumao,significa colocar as coisas nos lugares certos ou dispostas de forma correta para que possamser usadas prontamente. uma forma de acabar com a procurade objetos. Enfatiza o

    gerenciamento funcional e permite que se encontre o que se precisa quando se quer. Buscaformular regras claras que governem a estratificao, permitindo um leiaute flexvel que possaser alterado, de maneira a impedir a formao de labirintos e aumentar a eficincia.

    O senso de limpeza, de acordo com todos os autores mencionados, pode ser definido como aeliminao da sujeira sob todos os aspectos, incluindo a boa preservao dos equipamentos,ambiente de trabalho limpo, com agradvel sensao de bem-estar e eliminao de estoquesdesnecessrios. Pode ser feita pelos prprios funcionrios, cada um tornando-se responsvel

    pela manuteno de seu espao. A limpeza considerada uma oportunidade paramonitoramento, inspeo ou reconhecimento do local de trabalho, permitindo descobrir eatacar as causas da sujeira e facilitando, desta forma, a criao de um ambiente impecvel.

    O quarto senso denominado de formas diferentes segundo os diversos autores citados:senso da sade, higiene ou padronizao. Silva considera que este refere-se ao estgioalcanado com a prtica dos trs sensos anteriores, acrescido de hbitos rotineiros de higiene,segurana no trabalho e sade mental. Segundo ele, excesso de materiais, m ordenao esujeira so, reconhecidamente, causas de acidentes de trabalho e estresse. Combater essascausas j significa grande iniciativa para conservar a vida da empresa e dos empregados emboas condies. Para Silva (1996), o seiketsu traduzido como asseio, o que implicaconservar a higiene, sem descuidar.

    O quinto e ltimo senso, o senso de disciplina, procura a manuteno da nova ordem

    estabelecida. Implica cumprir rigorosamente as normas e tudo aquilo que for decidido pelogrupo. Considera-se a disciplina como um sinal de respeito aos outros. medida que as

  • 7/31/2019 CA Tamara

    27/60

    18

    pessoas se mantm comprometidas com o fiel cumprimento dos padres tcnicos e ticos, produzida uma evidente melhoria individual e organizacional. Este ltimo senso apregoa a

    luta permanente para manter e melhorar os quatro sensos anteriores e a capacidade de fazer ascoisas como devem ser feitas, demonstrando como, em definitivo, os cinco sensos estointerligados afirma Silva (1996).

    2.5.3 Controle de Qualidade de Matria-Prima

    Pelo fato do processo da construo civil ser baseado na mistura simples de produtos e

    instalao dos insumos de produo, a necessidade da qualidade da matria-prima totalmente essencial, desta forma o programa inspeciona rigorosamente essa parte. O concretonecessita de teste quando chega a obra para verificao de sua homogeneidade, a areianecessita ser verificada para obter o grau de umidade correto e suas propriedades fsicas, abrita necessita ser observada pois tem uma quantidade de poeira mnima a ser usada, amadeira no pode estar verde, esfarelada ou com pedaos deteriorados, os blocos cermicospassam por um processo de analise amostral com 24 unidades colhidos aleatoriamente. Esse

    so alguns requisitos colhidos no controle de matria-prima (Catamar Engenharia, 2011).

    Outro requisito o controle da quantidade, os caminhes de areia e brita chegam, oresponsvel sobe no caminho com o auxilio de uma rgua graduada de aproximadamente2,00 m colhe 9 pontos aleatrios da mercadoria, faz-se ento a mdia da superfcie desses 9pontos,aps isso multiplica-se pelas dimenses do caminho chegando a metragem cbicacorrespondente, assim podendo conferir se a quantidade confere com a da nota fiscal. Pois

    poder haver um desvio quantitativo na mercadoria ocasionando um erro no planejamento daobra (Catamar Engenharia, 2011).

    2.5.4 Controle de Concreto

    A principal propriedade do concreto antes do seu endurecimento a sua trabalhabilidade.Entende-se por trabalhabilidade o esforo necessrio para transportar, lanar o conceito queidentifica a menor ou maior aptido do concreto ser empregado sem perda de homogeneidade.

    O Slump teste o ensaio de abatimento do tronco de cone, para que de acordo com a NormaMercosul o concreto seja avaliado antes de ser utilizado. Esse teste indica se h necessidade

  • 7/31/2019 CA Tamara

    28/60

    19

    de adicionar gua ao concreto que permanece no caminho, dependendo da sua medidaadiciona-se gua ou no para de acordo com a necessidade de utilizao possa ser melhor

    aproveitado (FREITAS, 2004).

    Com podemos acompanhar as fases do testeSlump abaixo:

    Figura 4 Slump testeFonte: Catamar Engenharia, 2011.

    Ao chegar o concreto na obra, colhida uma amostra de aproximadamente 20 L, com oauxlio de uma pequena p preenche-se o tronco de cone que esta sendo lateralmente presocom os ps, golpeando-a com um basto de ferro com 25 golpes, depois ela totalmentepreenchida voltando a ser golpeada por mais 25 vezes, tirado o excesso e logo em seguida otronco e cuidadosamente retirado por cima em um perodo de tempo de at 12 segundos otronco de cone de metal postoao lado do molde criado de concreto. medida ento essadiferena de altura entre eles o padro 8,00 cm, caso essa medida for inferior a 8,00 cm oconcreto esta seco, necessita de gua que contem em um reservatrio separado no caminho,

    ento o motorista dosa o concreto para poder ser utilizado. Caso o teste seja superior a 8,00cm necessrio que o motorista agite por mais tempo o caminho para que o concreto possa

  • 7/31/2019 CA Tamara

    29/60

    20

    se homogeneizar. Se o valor obtido passar de 11 cm o concreto no esta conforme, ento omaterial volta para a fabrica para ser re-dosado (Catamar Engenharia, 2011).

    A resistncia a compresso a propriedade do concreto adotada por ocasio dodimensionamento da estrutura. Portando, est diretamente ligada com a segurana estrutural.A obra deve ser construda com um concreto de resistncia a compresso igual ou superioraquele valor adotado no projeto. No h dvida que a propriedade do concreto que melhor oqualifica a resistncia a compresso. Desde que na sua dosagem e preparao tenham sidolevados em conta tambm os aspectos de trabalhabilidade e durabilidade, optando-se por

    determinada curva granulomtrica, tipo e classe de cimento, relao gua/cimento e etc..Conseqentemente resultando uma certa resistncia a compressa, qualquer modificao nauniformidade natureza e proporcionalmente dos materiais poder ser indicada por umavariao na resistncia. A resistncia a compresso uma propriedade muito sensvel, capazde indicar com presteza qualquer variao da suposta qualidade de um concreto (HELENE,1997).

    A partir de 1960 com a introduo no texto da NB 1/60 do conceito de resistnciacaracterstica, as Foras por unidade de rea (Fck) foram incorporados construo civil astcnicas da estatstica para o controle de qualidade de um produto. De 1960 a 1978experincias internacionais e o desenvolvimento da estatstica para a estimativa de um quantil,foraram a atualizao do texto anterior da NB-1/60, dando origem ao texto atual da NBR6118 (HELENE, 1997).

  • 7/31/2019 CA Tamara

    30/60

    21

    3. Desenvolvimento

    O PBQP-H exige alguns requisitos que para isso so necessrios utilizar algumas ferramentasdo Sistema de Gesto da Qualidade como: 5S, Ciclo PDCA, Kanban, entre outros. Oprograma 5S (Seiri, Seiton, Seisso, Seiketsu, Shitsuke ), traduzidos significam,respectivamente, Descarte, Arrumao, Limpeza, Sade e Disciplina. Esse programa seraplicado na empresa toda: no canteiro da obra, na sala da engenharia, nos vestirios, norefeitrio, no almoxarifado, nas onde se alocam as ferramentas. Sero relatadas as etapas detreinamento do 5S para todos os funcionrios e seus resultados sero verificados e analisados.

    O Ciclo PDCA uma ferramenta de tomada de decises para garantir o alcance das metasnecessrias sobrevivncia de uma organizao e utiliza ferramenta da qualidade para buscarmetas. Assim, pretende-se acompanhar o Ciclo PDCA, nas fases de elaborao dos planos deao, execuo dos mesmos, checagem dos resultados dessa execuo e posteriormentecorreo dos planos ou padronizao dos procedimentos.

    Ser implantado um sistema de gerenciamento de estoques no almoxarifado, de tal forma queno falte insumos. Para tal, ser utilizado o sistema Kanban para o controle. Neste contexto,ser elaborado um carto referente a cada material disponvel no estoque, os cartes terocores diferentes, assim conforme ocorra o giro do fluxo de cartes correspondentes aosmateriais o pedido de compra possa ser efetivado para os materiais e alguns insumos possamser repostos.

    O controle de qualidade dos insumos da empresa ser realizado diariamente. O concreto temuma alta importncia em uma construo por isso ele constantemente analisado,o slumptest feito para cada caminho de concreto que chega a obra, um teste que mostra como estaa mistura, a homogeneidade, a viscosidade e a textura do concreto. Conforme o caminho deconcreto for descarregado, sero retirados quatro corpos de prova do caminho que comportaat 8 m. Esses corpos de prova sero recolhidos no final do dia pela empresa responsvel

    pelo controle de qualidade do concreto, e em at 15 dia ela enviar o resultado dasconformidades do concreto para a obra, esse o controle mais detalhados dos insumos. Para

  • 7/31/2019 CA Tamara

    31/60

    22

    areia, cimento, brita 1 e brita 2 sero colhidas amostras de aproximadamente 3 kg de cada.Sero realizadas trs verificaes, buscando identificar cor, textura e homogeneidade.

    O PBQP-H exige esses controles de insumos para no nvel A e B, assim sendo, os materiaisusados na construo do edifcio seguiro sempre uma linha de referncia para que sempre asfases da obra sejam fiscalizadas.

    3.1 Metodologia

    Este Trabalho consiste de em um acompanhamento da implantao do Programa PBQP-H emuma obra de construo de um edifcio residncia. De acordo com a metodologia, estetrabalho se classifica como de natureza exploratria, anlise descritiva e qualitativa.

    3.2 A Empresa

    A empresa situada na cidade de Maring, que atua no ramo de atividade da indstria daconstruo civil, terraplenagem, pavimentao, saneamento, incorporao, compra e venda deimveis, administrao de imveis prprios e de terceiros, projetos e planejamento na rea deengenharia civil. Desde a sua fundao, os objetivos da empresa estiveram voltados conquista de um mercado permanente, registrando a marca de qualidade, criatividade,inovao, credibilidade e responsabilidade.

    Todos esses requisitos tornaram uma tradio da empresa e contriburam para o seudesenvolvimento. Hoje a Catamar Engenharia est construindo duas torres de vinte e nove

    pavimentos por sua prpria incorporao que fora aprovada pela prefeitura, Os recursosdestinados obra so apenas de seu capital de giro, proporcionando totalidade posse de todosos apartamentos a serem construdos pela Empresa.

    A empresa visa a segurana de seus colaboradores, qualidade acima de tudo, organizao,limpeza no canteiro de obras e no escritrio; fazer bem feito uma vez s para que no sejanecessrio repeties de servios que s geram perdas. A Poltica de Qualidade da empresa :Gesto participativa voltada para melhoria nos processos de execuo de obras, visando

    superar expectativas prprias e de seus clientes. Dessa forma fica claro a todos da empresa

  • 7/31/2019 CA Tamara

    32/60

    23

    que uma sugesto em algum processo ou idias de melhorias so sempre bem vindas e solevadas em considerao.

    Atualmente, a Catamar possui aproximadamente 40 funcionrios pela empresa, mais 25contratados por empreita trabalhando s na obra do Edifcio Cenarium Residence. A empresa muito atenciosa no Sistema de Gesto da Qualidade, por isso foi implantado o programaPBQP-H, que oferece uma srie de benefcios para empresa fisicamente, financeiramente,visivelmente e na forma organizacional.

    As ferramentas manuais e eltricas so todas da empresa; possui cerca de 30 ferramentas

    eltricas como: Rompedores, makitas, mquina sapo, vibradores de concreto, furadeiras,lixadeiras, pistola pinadoura de telas, parafusadeiras, medidor de nvel a laser, bomba dgua,

    bomba de aplicao de desmoldante, bomba wap, dentre outros

    .A empresa possui tambm um caminho para transporte de grandes materiais, uma pick-up para transporte materiais menores, um carro para demais servios rotineiros como bancos,oramento, pagamentos, contratos, e de uso da imobiliria na parte de vistorias, registro de

    imveis, etc.

    A comunicao interna e externa da obra via rdio, com uma central no escritrio da obra eoutra central no escritrio da construtora: dessa forma a obra tem mais cinco aparelhos derdio para comunicao entre: engenheiro, mestre de obras, operador de grua, sinalizador degrua, estagirio e escritrio do canteiro de obras. Caso algum destes mencionados necessitemfalar com o escritrio da construtora que fica a aproximadamente uns 500 metros da obra, sintonizado outro canal no prprio aparelho de rdio.

    A maior dificuldade de uma obra de construo civil, principalmente a de um edifcio otransporte de materiais. Para tanto, foram adquiridos alguns equipamentos para minimizar otempo gasto no transporte interno da obra. Foi comprado uma grua, que consiste em umamquina que empregada para elevao de cargas por meio de um gancho suspenso por umcabo, foram comprados tambm dois elevadores cremalheiras para esse usa-se o sistema depinho e cremalheira para subir verticalmente materiais e pessoas, podendo subir de 8 a 52pessoas e carregar 750 4.000 Kg. Os elevadores cremalheira que a Catamar Engenhariaadquiriu levam at 26 pessoas e carregam at 2.000 Kg. Dessa forma o tempo do processo

  • 7/31/2019 CA Tamara

    33/60

    24

    produtivo de execuo de alvenarias, concretagem de lajes vigas e pilares, engastamento dearmaduras positivas e negativas, execuo de formas reduzido em aproximadamente em

    25% dependendo do processo.

    O operador da grua da empresa j tinha experincia como guincheiro; aps a chegada da gruaum operador contratado o treinou diariamente por um ms, aps isso tambm participou deum curso especfico para operador de gruas. Hoje o operador possui diploma, est bemtreinado, o sinalizador de grua tambm fez o curso que o ajudou muito com tcnicas e formascorretas de sinalizao, diminuindo ainda mais o tempo de produo de todos os processos da

    obra.

    Figura 5: GruaFonte: Catamar Engenharia, 2011

  • 7/31/2019 CA Tamara

    34/60

    25

    3.2.1 Objeto de Estudo Edifcio Cenarium Residence

    Os dois Edifcios idnticos que sero construdos esto sendo executados por incorporao daempresa. O terreno total possui 9.048,20 m, a rea total de construo chega a 42.932,26 m,as reas individuais para cada torre chega a 4.524,10 m. O Edifcio possuir 29 pavimentos,sendo trreo, mezanino, e mais 27 pavimentos tipo. a construtora mesmo que toma contadas vendas e negociaes durante a construo do edifcio e aps a construo. Antes decomear a erguer o prdio fez-se um apartamento decorado no canteiro de obras em tamanhoreal no trreo do terreno, idntico ao que ir ser construdo. Dessa forma o cliente pode

    conhecer e comprar o seu produto antes de ele estar pronto, este apartamento inteiramentedecorado e mobilhado.

    Ento os apartamentos comeam a ser vendidos antes mesmo da primeira etapa da obra seriniciada. Maring denomina-se cidade planejada pelas vastas reas distribudas para bairrosresidenciais e reas industriais. A localizao do edifcio uma das mais nobres da cidade, azona 2. Hoje a obra considerada a maior de Maring em construo.

    Os clientes alvos, so classe de mdia alta, at classe alta. O edifcio apresenta diferenciais,tais como: Plantas flexveis de acordo com a necessidade do cliente, entrada social e servio,integrao de ambientes: Living/Home Theater com o TerraoGourmet , paredes internar em

    Dry Wall, dormitrios com Esquadrias com persianas integrada de alumnio, piso emporcelanato, amplo terrao panormico com churrasqueira a gs, laje para Equipamento de Arcondicionado (LEAC), 2 ou 3 vagas de garagens. As portarias, acessos, reas de lazer, reasesportivas e de convivncia so exclusivas para cada torre; salo de festas integrado comdeck, espao zen e redrio integrado ao parque das guas, academia com varanda e miranteintegrados, 2 home Office para utilizao dos moradores, gerador para elevadores,estacionamento exclusivos para motos, rea de vivncia para funcionrios, bicicletrio, entreoutros. A Figura 6 apresenta os espaos destinados a cada rea.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    35/60

  • 7/31/2019 CA Tamara

    36/60

  • 7/31/2019 CA Tamara

    37/60

    28

    3.2.2 A importncia do PBQP-H para o Edifcio

    Com a implantao da certificao do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade doHabitat na obra, as formas de financiamento para adquirir o apartamento aumentam,facilitando e tornando possvel a compra do imvel por seus clientes. Isso ocorre, pois comopor exemplo, a Caixa Econmica Federal aprova financiamentos mais facilmente, ou seja,pode ocorrer maior parcelamento na compra, parcelas menores, juros diferenciados. Issoporque a financiadora sabe dos requisitos que so necessrios para conquistar essacertificao e por isso, a qualidade que a obra ter, no representar problemasorganizacionais com a empresa.

    Como o Programa se trata de um instrumento do Governo Federal a empresa que possuir acertificao, tambm possuir melhores condies de negociaes com a Caixa EconmicaFederal, tanto com a empresa, como com seus clientes. O Programa liga tambm as empresascertificadas com outros bancos e financiadoras podendo ter um crdito maior ou vantagenssuperiores a empresas que no esto ligadas ao PBQP-H.

    Quando o ramo da empresa de construo civil est ligado na parte de licitaes,concorrncias pblicas a certificao com certeza um item que est muitos passos a frentedos demais. Quando a obra a ser licitada recebe os documentos necessrios para participar daconcorrncia ou tomada de preo (as mais comuns) se a empresa possuir a certificao doPBQP-H esta ser apresentada nesses documentos. Quando o engenheiro da prefeituraresponsvel pelo departamento de obras for analisar as documentaes ele saber que aconstrutora participante que possui a certificao no os decepcionar, tendo assim umaconfiana a mais.

    O Programa implantado na empresa tem um grande poder demarketing sobre seu pblicoalvo, pelo fato que se a empresa possuir a certificao PBQP-H nvel A com certezaexecutam: avaliao de conformidade da empresa servios e obras, melhoria na qualidade demateriais, requalificao treinamento formao da mo-de-obra, normalizao tcnica,

    capacitao de avaliao em laboratrios, avaliao tecnologias inovadoras, grandeinformao ao consumidor e promoo da comunicao entre os setores envolvidos. Assim o

  • 7/31/2019 CA Tamara

    38/60

    29

    cliente sabe que o processo construtivo para execuo de seu apartamento est sendoplanejado, construdo da melhor forma possvel para ele e para o meio ambiente de acordo

    com as normas brasileiras, seno a obra no passaria pela certificao.

    Para a construo como um todo, o Programa enriquecidas as reas de sustentabilidade,melhoria constante na qualidade, distribuio organizacional, capacitao e treinamento deseus funcionrios, ndices de produtividades de diversos processos como: assentamento delajota cermica, chapisco, emboco e recobo, concretagem, pintura, assentamento de piso,assentamento de revestimento dentre outros processos. Dessa forma os servios executados na

    construo do Edifcio s melhoram na qualidade, produtividade, segurana e relativamenteno tempo gasto para cada processo.

    A sustentabilidade hoje um alvo preciso do Programa. Um dos itens requisitados do PBQP-H inserir no canteiro de obra as escoras metlicas. Essas que substituem as escoras demadeiras (eucalipto) que so usadas para escorar as lajes ao piso. Uma estimativa pode dizerque em uma obra no porte deste edifcio, precisaria de aproximadamente 2760 escoras demadeira de eucalipto para sua execuo. Por isso a empresa adquiriu as escoras metlicas, queso muito mais prticas, seu manuseio muito mais fcil do que a escora de madeira, pois noenvolve pregos, amarraes e cortes ela totalmente regulvel e sua vida til 15 vezes maisduradoura do que as escoras de madeira. A escora metlica possui uma pea acopladaenvolvendo o cilindro principal, essa pea tem uma rosca interna que ao girar o cilindro acimase move com um mbolo para baixo ou para cima dependendo da necessidade, dessa forma aregulagem se torna rpido e prtica.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    39/60

    30

    A Figura 8 mostra a escora metlica com suas regulagens prticas:

    Figura 8: Escoras metlicasFonte: Catamar Engenharia, 2011.

    Quando o cliente informado que a obra possui a certificao do PBQP-H h uma confianamaior depositava na empresa, pois o cliente sabe que a obra ser executada com todosprocedimentos corretos, para que os processos sejam feitos com qualidade da melhor formapossvel.

    O Edifcio usa para sua construo o Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos (PGRS),que consiste em gerenciar e organizar todos os resduos formados na obra. A obra temseparao de lixo e de materiais. Foram feitas baias de armazenamento especficas para cadamaterial: madeira; baias de vigas, caibros, tbuas, ripas e um caixote para armazenamento dop formado na serra circular. Dessa forma os carpinteiros antes de adquirirem as madeirasnovas, observam primeiro essas baias de madeiras que j foram usadas para que ela possa serreaproveitada. Quando a madeira vira um pedao consideravelmente pequeno, ou est

    danificada, ela descartada em uma outra baia de descarte, que mensalmente recolhida edoada para uma creche que possui padaria prpria em sua cozinha usada como lenha.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    40/60

  • 7/31/2019 CA Tamara

    41/60

    32

    escritrio, sustentabilidade, treinamentos, planejamento semanal, planejamento e controle daproduo, limpeza, reuso da gua, motivao dos funcionrios, dentre outros.

    Figura 9: Fluxograma da preparao da auditoriaFonte: Catamar Engenharia, 2011.

    3.3.3 A Qualidade

    A qualidade abrange inmeras anlises do auditor, por isso em todos setores da obra ela levada muito a srio. Os treinamentos dos funcionrios necessitam estar em dia, uma mdiaquinzenal de treinamentos considerada uma mdia boa, por isso os novos membros passampor um treinamento de integrao. Nesse treinamento explica-se o funcionamento da empresa,os controles de materiais, entrada e sada, horrio de expediente, o uso correto de todos osEPIs. Dependendo do cargo do colaborador ele possui treinamentos especficos como, porexemplo, os pedreiros: assentamento de lajota, execuo de prumo, nvel e rguas. Oscarpinteiros tm seu treinamento especfico para os servios de execuo de formas, uso deserra circular dentre outros. Os armadores por sua vez possuem tambm seu treinamentoespecfico para amarrao de ferragem, como transport-las, as tcnicas e outras novidades e

  • 7/31/2019 CA Tamara

    42/60

    33

    tecnologias. Partindo disso, fez-se a verificao de todos os treinamentos, colocando-os emdia com o cronograma da obra.

    Dentro da qualidade tambm podemos considerar os ndices e anlises de produtividades dosservios. Elaborou-se ento uma planilha eletrnica de produtividade dos servios executados.Pelo fato de apenas marcar a produtividade individual de cada funcionrio oficial da empresa,pedreiros e carpinteiros, notou-se que o rendimento do pessoal j aumentou, pois eles sabiamque estavam sendo analisados e observados. Ento toda semana entregue ao Engenheiro daobra essa planilha com os dados coletados em campo, contendo a mdia calculada por m e

    pelo tempo de execuo. Apenas como essa ao de colher dados em campo e fazer essaanlise individual de cada colaborador, pode-se motivar verbalmente os colaboradores comelogios ou apenas mostrando quanto ele produziu por dia. Assim observou-se uma metaprpria adquirida por alguns deles. Estudou-se implantar algo semelhante ao Prmio deProduo tal que o colaborador recebesse algum incentivo financeiro pelo ganho extra deprodutividade, e este projeto est em anlise pela diretoria da empresa.

    3.3.4 Materiais Controlados

    Os materiais que chegam obra so inspecionados conforme manda o Manual da Qualidadefeito pela empresa. Quando caminhes de brita ou areia chegam a obra, so colhidos nocaminho nove pontos distintos do volume da carga, depois faz-se a mdia ponderada dessespontos multiplicando pelas dimenses da carreta no caminho. Se o volume conferir aopresente na nota o conferente assina e entrega ao motorista, caso o volume calculado sejadiferente ao da nota fiscal, carimba-se atrs da nota com o carimbo de conferncia demateriais colocando o valor calculado do volume com as nove medidas colhidas, o conferenteassina e o motorista tambm, e o valor da nota recalculada. Materiais simples como: tinta,fita adesiva, madeiras, ao, conexes, materiais eltricos, arame, ferramentas, so conferidos aquantidade da nota fiscal com a quantidade entregue o conferente assina e devolve aoentregador. Quando chega a argamassa usinada, o procedimento semelhante ao da areia ebrita, mas primeiramente o caminho descarrega a carga em uma baia feita para armazenageme depois os dados so coletados. Todos esses dados colhidos na conferncia de material soarquivados numa pasta de Materiais Controlados, onde todas as inspees dos materiais quechegam obra ficam em seqncia.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    43/60

    34

    Cada material tem um lugar no canteiro para sua armazenagem. Organizou-se o estoquelevando em consideraes as funes e tipo de cada material e o senso de utilizao diria. No

    estoque ficam armazenados materiais menores, como conexes, materiais eltricos,impermeabilizantes, espaadores de plstico, pregos, parafusos, tintas, telas de proteo,peneiras, baldes, dentre outros. Areia, brita e argamassa ficam armazenadas em baias prpriasindividualmente no canteiro de obras.

    Para o cimento fez-se uma baia fechada e coberta, foi implantado um controle de estoque euso para que o cimento no vena o prazo de validade, assim indicado facilmente o lugar de

    descarregamento, uso, solicitao de mais material e estoque de segurana. A baia possuiidentificao das pilhas de cimento. feito o rastreamento de todo o cimento usado na obra,por exemplo a pilha 13 foi descarregada no dia 13/05/2011 foi usada para o reboque da paredeP03 do pavimento trreo. Dessa forma se houver alguma no conformidade no cimento h apossibilidade de rastre-lo. O empilhamento mximo do cimento de dez sacos. Ento paraque no ocorra o feito de exceder essa quantia foi feito uma linha vermelha indicando oempilhamento mximo. Com as placas de sinalizao o operador da betoneira que tem acessomais freqente baia do cimento sabe quando h necessidade de solicitar mais cimento e oestoque de segurana, dessa forma quando chega a hora de solicitar ele avisa a pessoaresponsvel pelas solicitaes de material, para que d o tempo certo para chegada da novacarga, sem deixar faltar material.A figura 10 apresenta o controle de cimento criado para monitorar o material para que nofalte na obra e esteja com seu prazo de validade em dia:

  • 7/31/2019 CA Tamara

    44/60

    35

    Figura 10: Controle de CimentoFonte: Catamar Engenharia, 2011.

    Quando h necessidade de solicitao de material, enviado do escritrio do canteiro de obraspara o escritrio central da empresa, uma planilha descritiva, descriminando todos os itensque a obra est necessitando. Em seguida o escritrio central faz a cotao e o oramento dosdeterminados produtos e envia-os at a obra.

    3.3.5 Limpeza no Canteiro de Obras

    Um requisito muito observado pelo auditor do Programa, e que a empresa tambmpotencializa muito, a limpeza do canteiro de obras. Foram feito lixos especficos para asbitucas de cigarros, para os colaboradores que fumam na obra, dessa forma espalhou-se vriasdestas sobre o canteiro, diminuindo quase reduzindo o lixo formado pelas bitucas de cigarro.Instalou-se tambm o dobro de lixeiras de reciclveis e de rejeitos e foram colocados emlugares estratgicos assim separando o lixo para coleta e facilitando o servio do responsvel

    pela limpeza. A empresa possui dois colaboradores que ficam o expediente inteiro scuidando da limpeza do canteiro de obras, banheiro, escritrio e demais setores.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    45/60

    36

    3.3.6 Controle de projetos e documentos

    No escritrio da obra, antes da auditoria j era aplicado o Programa 5S, mas com aimplantao do PBQP-H foi potencializado o seu uso e fiscalizado melhor. Os projetos edocumentos foram melhor identificados e armazenados separadamente, todos os alvars deexecuo, licenas e outros foram enquadrados e colocados nas paredes sempre visveis atodos. Os planejamentos semanais foram atualizados e colocados em ordem e o dirio deobras conferido. Odatabook um documento com ilustraes feito diariamente, com relatosque aconteceram no canteiro de obra. Esse documento foi atualizado e melhorado para aauditoria. Com ele, pode-se ter um acompanhamento bem detalhado desde o comeo da obraat o final de todos os procedimentos, servios, acontecimentos.

    Quando ocorre uma no-conformidade em um processo ou em um material especficoregistra-se por fotos o ocorrido e analisado pelo engenheiro, pelos os diretores e pela chefedo Planejamento e Controle da Produo. Se o ocorrido for considerado no-conformidade,abre-se um relatrio de no conformidade de acordo com o Manual da Qualidade de empresa.Nesse relatrio constam todas as informaes, causas e diagnsticos e ele enviado para os

    possveis causadores ou fornecedores do acontecido. Em seguida abre-se tambm um relatriode ao corretiva e preventiva, para que possa ser registrado o que se fez para corrigir o queno estava conforme, e depois abre-se uma preveno para o feito. Os funcionrios soinformados quando a falha foi interna e depois o relatrio arquivado junto com os outrosrelatrios.

    3.3.7 Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos (PGRS)

    O PGRS necessitou ser reformulado e melhor alocado no canteiro de obras, por isso fez-se umespao fsico maior para armazenagem dos resduos, mais adequado e de fcil acesso para queo recolhimento seja mais rpido. Dessa forma potencializou-se o descarte correto dosresduos. A Empresa doa toda a madeira que foi usada na obra e que no tem mais utilizaopara uma creche que possui padaria prpria, a qual usa madeira como lenha para poder assaros alimentos na instituio. Toda a quantia de resduos, tanto para doao como para

    reciclagem registrada em uma planilha eletrnica comprovando todo material que saiu obra.A empresa proibiu qualquer queima de lixo ou algum tipo de resduo na obra, pois os gases

  • 7/31/2019 CA Tamara

    46/60

    37

    formados na reao de determinadas queimas so muito poluentes. Deste modo, este PGRSest funcionando adequadamente e est sendo monitorado dentro da obra. Foi um ponto muito

    positivo na auditoria.

    Esse aperfeioamento no PGRS comeou a entrar em vigor graas a uma palestra dada a todosos membros da empresa na obra. Todos foram mobilizados e aprenderam a importncia deseparar, reutilizar e armazenar corretamente os resduos. Desde esse dia a Empresa comeou avisar o aperfeioamento dos processos relativos ao meio ambiente, se preparando paraauditoria. O Depsito Intermedirio de Resduos (DIR) da obra o local onde ficam

    armazenados os resduos, que necessita ter: piso cimentado, coberto, aberto lateralmente eseco seguro de intempries. Partindo destas caractersticas fez-se o DIR para auditoria, que corretamente utilizado at hoje.

    3.3.8 Incentivo e motivao dos colaboradores

    A Empresa visa a boa relao com os colaboradores. Todos os funcionrios contratados da

    empresa possuem assistncia mdica gratuita, recebem o vale mercado de acordo com oSindicato dos Trabalhadores da Construo Civil (SINTRACON). Os colaboradores tmtambm seguro de vida em grupo, frias e dcimo terceiro. Todos esses itens so fiscalizadospelo auditor do Programa, ento foram organizados e arquivados os documentos quecomprovavam esses benefcios e direitos dos colaboradores da obra.

    As documentaes dos colaborados contratados por empreita, os terceirizados da obratambm so verificados, deste modo os empreiteiros apresentam para a empresa os programasde sade que eles tm, ento fez-se o recolhimento dessa documentao com os empreiteiros earmazenou-se no escritrio da obra para serem avaliadas pelo auditor.

    A Empresa realiza, de acordo com o caixinha formado pela arrecadao da venda do ao

    que no tem mais utilizao para a obra, as confraternizaes com todos os colaboradores daobra. Assim possvel motivar o pessoal, integrar os funcionrios contratados da empresa eos terceirizados e possibilitar a integrao com todas as reas da empresa.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    47/60

    38

    Foi verificado tambm o canteiro de obras geral, refeitrio, BWC 1 para cada 20 funcionrios,mictrio, lavatrio, piso antiderrapante, chuveiros 1 para cada 10 funcionrios, armrios e

    bancos. Foram acrescentados alguns itens que estavam faltando como saboneteiras e fazer amanuteno de alguns armrios.

    3.3.9 Segurana no trabalho

    O Programa de Segurana do Trabalho que a empresa utilizada o Programa de Prevenocontra Riscos Ambientais (PPRA). Este conferido e no precisou de nenhuma atualizao,

    pois est correto e adequado obra. Foi um item muito observado na auditoria, em que solistados os Equipamentos de Proteo Individual (EPI) e Equipamento de Proteo Coletiva(EPC) utilizados na obra, onde foram utilizados, quais prevenes foram tomadas nosacidentes que acontecerem na obra, ao preventiva e ao corretiva, a forma correta deexecutar cada processo em termos de segurana, todos esses itens esto presentes do PPRA.

    Todas as instalaes eltricas do canteiros foram revisadas nas partes de aterro, identificaes

    de tomadas e alta-voltagem, os extintores de incndio foram verificados quanto ao prazo devalidade, nos locais corretos (foram acrescentados trs a mais do que a obra tinha, de acordocom o Manual da Qualidade da empresa) , as protees coletivas como telas colocadas emvos, escavaes e periferias foram analisadas e melhoradas. As protees de cadaequipamento como a serra circular, a serra poli-corte a betoneira, que usam abafador auriculare protetor visual foram todos revisados e alguns trocados, pois estavam com sua vida til jcondenada. Os andaimes e escadas de mo foram revisados e melhorados, nas escadasmanuais de madeira fez-se corrimos e aos andaimes soldou-se um cabo de ao passando portoda sua volta para facilitao de engate do cinto de segurana usado pelos colaboradores,facilitando assim o trabalho dos mesmos.

    Confeccionou-se a bandeja primria de proteo, que executa a tarefa de impedir queferramentas e materiais caiam sobre os colaboradores que transitam no trreo do obra.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    48/60

    39

    Figura 11: Bandeira Primaria de Proteo

    Fonte: Catamar Engenharia, 2011.

    Os EPIs foram renovados para todos os colaboradores. Houve um treinamento explicando anecessidade e as ocasies certas para o uso de cada um. O Engenheiro e o Mestre de Obraimplantaram um sistema para chamar a ateno do colaborador quando este no esta usando oequipamento, e funcionou. Para cada colaborador existe uma ficha de controle de EPIs, quefica no escritrio da obra, e so registrados todos equipamentos que so distribudosgratuitamente para todos os colaboradores. Quando h necessidade de troca, o colaboradortraz o EPI danificado, e a empresa troca e registra na ficha de acompanhamento.

    Os EPIs bsicos que so requisitados na construo de um Edifcio so: Capacete, botina,protetor auricular, cinto de proteo e culos. Na parte da pintura usa-se luva de ltex eprotetor respiratrio. O operador de grua que tem o servio de amarrar e engatar os materiaisno cabo de ao da grua usa luva de raspa ou luva de borracha sinttica. Os serventes usam,quando necessrio, luva de raspa para trabalharem com ferramentas manuais e carregamentode materiais, os oficiais (pedreiros ou carpinteiros) usam luva de ltex para trabalharem comargamassa usinada, cimento dentre outros. Os armadores usam blusa de manga cumprida paraevitarem arranhes com ferragens e luvas de borracha sinttica. Os colaboradores queexecutam servios nas betoneiras, serras, martelete e sapo usam abafador auricular. Aauditoria fiscalizou durante trs semanas do uso de todos esses equipamentos. Em vriossetores diferentes do canteiro foram colocadas placas comunicativas de obrigao de uso deEPI, placas da poltica de qualidade da empresa, placas de incentivo a organizao e limpeza,

    placas de sinalizao dos setores da obra, foram colocadas tambm placas definindo qualidadeem vrias frases motivacionais com linguagem bem simples para todos compreenderem,

  • 7/31/2019 CA Tamara

    49/60

    40

    como por exemplo: Qualidade fazer correto uma nica vez, ou Qualidade: ela comea

    com voc.

    A Empresa fornece uniforme sem nenhum custo aos colaboradores ao entrar na empresa. Sofornecidas trs camisetas, duas calas e uma capa de chuva para todos. A empresa semprecobra a limpeza de cada um, seja na roupa ou no capacete, necessrio que eles estejamlimpos. A auditoria pede tambm a padronizao dos uniformes e acessrios dos empreiteiros,a cor do capacete, a blusa, para ficar fcil na hora de identificar cada um deles em suasdeterminadas funes dentro da obra.

    Os Equipamentos de Proteo Coletiva foram revisados em toda a obra para a auditoria. Astelas de proteo foram melhor fixadas; os protetores de vergalhes foram colocados em todasas extremidades das ferragens; foi feito um guarda corpo metlico de proteo para proteode risco de queda e a bandeja primaria de proteo foi terminada. Dessa forma osequipamentos foram colocados em seus devidos lugares contribuindo com a segurana doscolaboradores e se preparando para auditoria mostrados na figura 12.

    Figura 12: Equipamentos de Proteo ColetivaFonte: Catamar Engenharia, 2011.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    50/60

    41

    3.3.10 A auditoria interna da empresa

    Aproximadamente uma semana antes da auditoria do PBQP-H, realizou-se na obra umaauditoria interna com os dois engenheiros da empresa que atuam em outros setores daempresa e no freqentam a obra. Essa auditoria funciona basicamente como um teste paraver se realmente a obra est pronta para receber o auditor. Ento os Engenheiros passam o diana obra revendo item por item do comeo ao fim docheck-list utilizado no Programa. Quandoessa auditoria foi feita, foram identificadas algumas no-conformidades, como por exemplo ouso irregular de um EPI por um colaborador. Outra no-conformidade foi a desatualizao doPlanejamento Semanal e outras coisas a melhorar que no foram consideradas no-conformidades.

    Aps a auditoria interna, houve uma reunio com diretores, engenheiros, chefe do PCP,mestre de obras e estagirios da empresa para que todos tivessem a conscientizao de mantertodos os setores da obra organizado e limpos para a auditoria.

    3.3.11 Auditoria do PBQP-HNo dia da auditoria o Engenheiro da obra, diretores, mestre de obra, chefe do PCP, estagirioschegaram uma hora antes do expediente normal para fazerem a ltima verificao de todos ossetores.

    Aps visitar todos os setores do canteiro, todos foram para o escritrio e comeou a avaliaointerna dos documentos, controles, planilhas eletrnicas, fichas e projetos. Os 4 Engenheiros,

    a chefe do PCP, o mestre de obras e o estagirio foram acompanhando ocheck list do auditorpara verificao de todos os setores. Ento foi finalizada a auditoria, e a empresa teve duasno-conformidades e foi considerada Nvel A (mxima) na certificao. O Nvel A doPrograma admite at trs no-conformidades, o nvel B admite at cinco, o nvel C admite atsete, e o nvel D admite nove no-conformidades no relatrio final. Em trs dias o resultadoda auditoria foi comunicado a empresa.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    51/60

    42

    3.4 Resultados

    Houve o acompanhamento da auditoria na obra, de toda a verificao do auditor, pode-seobservar que a norma NBR ISO 9001:2008 e o Sistema de avaliao de Conformidade PBQP-H/SiAC n 118 nvel A Edificaes, foram colocados em prtica e o auditor a avaliou. Asdificuldades encontras nos preparativos da auditoria foram a criao do DepsitoIntermedirio de Resduos, que foi necessrio executar um treinamento com todos oscolaboradores para mobilizar a todos a descartar os resduos corretamente. Outra dificuldadefoi organizar todos os projetos no escritrio da obra, pois so muitos projetos de diferentesreas, ento foi padronizados por reas em caixas etiquetadas minimizando os possveis errosde leitura de projeto, utilizao de projetos obsoletos ou perda de tempo para localizao deprojeto. A organizao e padronizao do estoque e sala de mquinas foi dificultoso pormmuito vantajoso, pois essa parte ficou muito pratica para uso no dia a dia, o estoque agora controlado ento muito dificilmente falta materiais na obra, e as maquinas so rastreadas econtroladas.

    A qualidade que se obteve nos processos construtivos depois da implantao do programa visvel e estatisticamente comprovada, a obra ficou mais organizada, o sistema 5 S estimplementado em quase toda obra, o descarte de resduos est funcionando corretamente,reusando e reciclando o necessrio. A produo de assentamento de lajotas cermicas,chapisco e rebocagem so medidas diariamente analisados por grficos e apresentadosquinzenalmente ao Engenheiro, e pode-se observar que a qualidade dos servios depois dostreinamentos dado aos pedreiros foi muito perceptvel. O manual da qualidade da empresa foi

    melhorado e reformulado, isso foi essencial, pois devido a grande rotatividade de mo-de-obra que gira na empresa os servios so sempre padronizados, ento j no treinamento deintegrao que o colaborador faz quando chega a empresa, o colaborador j instrudo decomo executar o servio de sua funo de acordo com o manual da empresa.

    Novas tecnologias foram adquiridas como a utilizao de escoramento metlico que minimizao uso de madeiras contribuindo com o meio ambiente, odatabook que consiste em um

    relatrio dirio com fotos e demonstrao de servios executados foi iniciado, esse relatrio bem interessante pois, tendo o relatrio fotogrfico dirio os engenheiros adquirem um maior

  • 7/31/2019 CA Tamara

    52/60

    43

    detalhamento da obra toda. O sistema de pr-vigas foi reformulado, as vigas e algumas lajesso concretadas no cho subidas e engastadas pela grua, diminuindo assim o nmero de

    colaboradores na laje, diminuindo ento o risco de acidentes e quedas.

    Foram adquiridas placas de sinalizao de PVC, para uso adequados de todos os EPIspodendo assim ter uma cobrana maior sobre os colaboradores quanto ao uso correto. Placasmotivacionais, limpeza, instruindo ao descarte correto de resduos tambm foram coladas emtodo o canteiro de obra, resultando em uma diminuio de lixo na obra, e aumento deorganizao.

    Foi implantado ento o PBQP-H junto com a ISO 9001, dessa forma as melhorias nosprocessos produtivos foram mostradas atravs dos relatrios mensais de produtividade deservios executados, todo os colaboradores receberam treinamentos de segurana de trabalho,segurana em altura, plano de gerenciamento de resduos slidos e treinamentos especficospor suas funes dessa forma padronizando os servios executados na obra. A qualidade dosservios foi visivelmente aprovada pelo mestre de obra que confere diariamente os servios,assim diminuindo o tempo gasto para o retrabalho dos processos quando o mesmo no seencontrava adequado. A limpeza e organizao da obra mudaram completamente, com cadacoisa no seu lugar fez-se as baias de armazenagens para todos os materiais controlados e paraos descartes tambm, tudo identificado corretamente.

    3.4.1 Custo Beneficio da implantao do PBQP-H

    Requisitado ento a certificao do programa, a auditoria consistir em duas fases. A auditoriasomente de documentaes, os documentos so todos enviados para o auditor ele avalia eencaminha para a empresa com os resultados e a segunda fase que consiste na visita doauditor a obra. A certificao valida at o termino da obra e anualmente ocorre outraauditoria de superviso com a visita do auditor para conferncia se o programa est sendoseguido corretamente.

    A empresa adquiriu novas tecnologias de processos, como por exemplo a execuo do setorde pr-vigas em que seu custo desconsiderado, pois apenas um servio executado no cho

  • 7/31/2019 CA Tamara

    53/60

    44

    ao invs de ser executadoin loco , diminuindo assim riscos de queda, facilidades no servios,diminuindo o tempo de execuo de formas e desformas das peas, praticidade na

    concretagem, diminuio do volume de concretoin loco.

    O escoramento metlico utilizado na obra troca o uso de escoras de madeira que contribuicom o meio ambiente e diminuindo o tempo de ajuste em alinhar pilares e vigas. Com o usode escoras metlicas o escoramento se comporta mais seguro e preciso.Com ele possvelaprumar e nivelar as peas estruturais mais rapidamente, diminuindo assim o tempo destesservios. O custo da aquisio das peas dos escoramentos proporcional ao de peas de

    madeira, porm sua vida til de quinze anos, podendo ser utilizado at cinco obras no portedeste Edifcio, se torna um investimento da empresa em adquirir as peas metlicas. Dessaforma o custo-benefcio do uso dos escoramentos se torna positivo.

    A Tabela 1 mostra a relao de custos com a auditoria.

    Fase inicial de Certificao

    Auditoria fase 1 R$ 1.303,20 Somente documentaoAuditoria fase 2 R$ 3.048,80 Visita a obra

    Atividades de Superviso

    Auditoria Superviso 1 R$ 2.544,00 Visita a obraAuditoria Superviso 2 R$ 2.544,00 Visita a obra

    Custos extras

    TransladoCuritiba/Maring R$ 119,00 Passagem de avio

    Maring/Curitiba R$ 119,00 Passagem de avioHospedagens 4 pernoites R$ 410,00 Fase 2, superviso 1 e 2.Alimentao R$ 180,00 4 dias

    TOTAL R$ 10.268,00Tabela 1: Custo Certificao PBQP-HFonte: Catamar Engenharia, 2011.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    54/60

    45

    4 Concluso

    Aps analisar a implantao do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat,ficou claro que o seu custo-benefcio muito favorvel. Os bancos s aprovam grandesfinanciamentos com a certificao deste programa, assim sendo uma grande necessidade daempresa para suas vendas. A padronizao dos sistemas produtivos fundamental para que oproduto final no tenha variaes negativas entre si, devido a rotatividade de mo-de-obra,com o nvel A de certificao a qualidade dos processos, com relao a organizao da obra,tem-se que a limpeza visivelmente percebida.

    O custo do programa relativamente baixo pelos benefcios que ele traz a empresa, omarketing da obra ser certificada em ISO 9001:2008 e PBQP-H muito positivo, pois ocliente sabe que a qualidade esta presente na construo do seu apartamento, satisfazendoassim a sua necessidade e o assegurando ao adquirir o imvel.

    A certificao exige muita dedicao de toda parte tcnica e administrativa da empresa, poish muitas dificuldades em mobilizar uma obra com aproximadamente 60 funcionrios comrelao segurana, descarte de lixo corretamente, organizao, padronizao de serviospois a rotatividade de mo-de-obra muito grande. A certificao foi vlida em funo depadronizao para futuras obras.

    As novas tecnologias minimizaram o custo da obra, pelo fato do tempo economizado naexecuo dos pr-moldados, o risco de acidentes em alturas diminudo 15%. Osescoramentos metlicos so executados com encaixes e travamentos, economizando o tempo

    gasto com o uso de pregos, parafusos e pinos diminuindo tambm o uso desses materiais queaps ser usado so descartados.

    Algumas das vises do Engenheiro de Produo consistem em minimizar o tempo nosprocessos produtivos e melhorias constantes na qualidade para satisfazer ainda mais asnecessidades e expectativas do cliente. Partindo disso, o processo de certificao do programavisou esses aspectos, pois foi comprovado que o tempo dos processos foram melhorados

    e houve um grande avano de diminuio do tempo de execuo da obra. A qualidade nosservios executados e no prprio canteiro foi perceptvel a olho nu, e tambm atravs dos

  • 7/31/2019 CA Tamara

    55/60

    46

    grficos de retrabalhos de servios que diminuram consideravelmente, qualidade tambm fazer correto apenas uma vez.

  • 7/31/2019 CA Tamara

    56/60

    47

    Referncias

    ABIKO, Alex Kenya , Escola Politcnica, Departamento de Engenharia de Construo Civil

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT), Sistema da Gesto daQualidade NBR ISO 9001:2000. Rio de Janeiro, 2000.

    ASSOCIAO DE NORMAS TCICAS BRASILEIRAS,ISO 9001 (2000, 1994)http://www.abnt.org.br/ . Acesso em 05/05/2011 18/05/2011.

    SOUZA, Roberto de.Metodologia para desenvolvimento e implantao de sistemas degesto da qualidade em empresas construtoras de pequeno e mdio porte. SoPaulo;EPUSP, 1997. 46p.Boletim Tcnico da Escola Politcnica da USP, Departamento deEngenharia de Construo Civil.

    CATAMAR ENGENHARIA,Manual da Qualidade,Maring PR, Departamento deEngenharia e Planejamento e Controle da Produo, 2011

    COTRIM Julio,Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat. ISO9002,: www.pbqp-h.com.br, 2011-03-25 2011-03-29.

    FREITAS Jos, artigo:Novas Tecnologias em Concreto, UFPR, 2004

    GARVIN David,Custo da Qualidade nas Indstrias de Transformao, Pernambuco,2003.

    GOMES, Alex,Metodologia para implantao do PBQP-H, XXIII Encontro Nac. de Eng.de Produo (Enegep 2003).

    GOMES , AlvesMetodologia para implantao do PBQP-H em empresas construtorasno Noroeste Fluminense: um estudo de caso.ENEGEP, Outro Preto 2003

    HELENE Paulo-Controle de Qualidade Concreto, POLI- USP.

    http://www.abnt.org.br/http://www.abnt.org.br/http://www.pbqp-h.com.br/http://www.pbqp-h.com.br/http://www.pbqp-h.com.br/http://www.pbqp-h.com.br/http://www.abnt.org.br/
  • 7/31/2019 CA Tamara

    57/60

    48

    ISO INTERNATIO