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8/16/2019 c16055 a Competitividade Da Indústria Metal-mecânica o Caso Da Instalação Da Refinaria Abreu e Lima Em Perna… http://slidepdf.com/reader/full/c16055-a-competitividade-da-industria-metal-mecanica-o-caso-da-instalacao 1/20 A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA: O CASO DA INSTALAÇÃO DA REFINARIA ABREU E LIMA EM PERNAMBUCO Larissa da Costa Melo 1 Emanuel Leite 2 A atividade de refino de petróleo, pertencente a Indústria de Petróleo e Gás atural ! IPG, rece"e desta#ue no cenário "rasileiro com a descentrali$a%&o dos investimentos da Petro"ras, resultando na amplia%&o do par#ue de refino do pa's com a constru%&o de novas refinarias, como ( o caso da )efinaria A"reu e Lima, instalada no Estado de Pernam"uco, *rasil+ A indústria metalmec-nica pernam"ucana ( um dos setores mais demandados para suprir as necessidades da )efinaria, entretanto, n&o possui know-how, necessitando de rápida reestrutura%&o para atuar .unto a IGP+ / o".etivo desta pes#uisa ( analisar a competitividade da indústria metalmec-nica de Pernam"uco de acordo com as demandas da )efinaria A"reu e Lima na fase de implanta%&o do empreendimento+ Para tanto, foram identificados os  principais conceitos e indicadores de competitividade+ /s dados a#ui analisados resultam de uma pes#uisa emp'rica reali$ada .unto a 20 empresas da localidade #ue atuam no semento em #uest&o atrav(s de entrevistas adotando a t(cnica de amostra "ola de neve !  snowball + o tocante aos resultados, verificouse #ue, apesar das taas de crescimento econ3mico do estado e do aumento da representatividade do setor metalmec-nico, a "aia competitividade das empresas ( impeditiva para #ue atuem como potenciais su"fornecedoras da )efinaria A"reu e Lima+ Palavras-chav:  competitividade, indústria de petróleo e ás natural, indústria metal mec-nica, )efinaria A"reu e Lima+ !" INTRODUÇÃO A indústria metalmec-nica pernam"ucana esteve estanada desde meados da d(cada de 45 at( os anos recentes+ Esse per'odo erou conse#u6ncias em toda a referida indústria, comprometendo o vior ad#uirido em anos de tradi%&o 7istórica de atua%&o no mercado+ As empresas do setor metalmec-nico eistentes atuavam diretamente liadas 8 indústria sucroalcooleira, o #ue erou anos de depend6ncia desse setor com esta+ 1 Mestra em Administra%&o e 9esenvolvimento )ural :ustentável pela ;niversidade <ederal )ural de Pernam"uco =;<)PE>+ Graduada em Administra%&o pela ;niversidade <ederal de Pernam"uco =;<PE>+ Professora na área de Gest&o e Lo'stica do Instituto <ederal de Educa%&o, Ci6ncia e ?ecnoloia de Pernam"uco =I<PE>+ 2 Professor Ad.unto da ;niversidade de Pernam"uco =;PE>

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A COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA: O CASO DAINSTALAÇÃO DA REFINARIA ABREU E LIMA EM PERNAMBUCO

Larissa da Costa Melo1

Emanuel Leite2

A atividade de refino de petróleo, pertencente a Indústria de Petróleo e Gás atural ! IPG,rece"e desta#ue no cenário "rasileiro com a descentrali$a%&o dos investimentos da Petro"ras,resultando na amplia%&o do par#ue de refino do pa's com a constru%&o de novas refinarias,como ( o caso da )efinaria A"reu e Lima, instalada no Estado de Pernam"uco, *rasil+ Aindústria metalmec-nica pernam"ucana ( um dos setores mais demandados para suprir asnecessidades da )efinaria, entretanto, n&o possui know-how, necessitando de rápidareestrutura%&o para atuar .unto a IGP+ / o".etivo desta pes#uisa ( analisar a competitividade

da indústria metalmec-nica de Pernam"uco de acordo com as demandas da )efinaria A"reu eLima na fase de implanta%&o do empreendimento+ Para tanto, foram identificados os

 principais conceitos e indicadores de competitividade+ /s dados a#ui analisados resultam deuma pes#uisa emp'rica reali$ada .unto a 20 empresas da localidade #ue atuam no sementoem #uest&o atrav(s de entrevistas adotando a t(cnica de amostra "ola de neve !  snowball + otocante aos resultados, verificouse #ue, apesar das taas de crescimento econ3mico do estadoe do aumento da representatividade do setor metalmec-nico, a "aia competitividade dasempresas ( impeditiva para #ue atuem como potenciais su"fornecedoras da )efinaria A"reu eLima+

Palavras-chav: competitividade, indústria de petróleo e ás natural, indústria metalmec-nica, )efinaria A"reu e Lima+

!" INTRODUÇÃO

A indústria metalmec-nica pernam"ucana esteve estanada desde meados da d(cada

de 45 at( os anos recentes+ Esse per'odo erou conse#u6ncias em toda a referida indústria,

comprometendo o vior ad#uirido em anos de tradi%&o 7istórica de atua%&o no mercado+ As

empresas do setor metalmec-nico eistentes atuavam diretamente liadas 8 indústria

sucroalcooleira, o #ue erou anos de depend6ncia desse setor com esta+

1 Mestra em Administra%&o e 9esenvolvimento )ural :ustentável pela ;niversidade <ederal )ural de Pernam"uco

=;<)PE>+ Graduada em Administra%&o pela ;niversidade <ederal de Pernam"uco =;<PE>+ Professora na área de Gest&o eLo'stica do Instituto <ederal de Educa%&o, Ci6ncia e ?ecnoloia de Pernam"uco =I<PE>+

2 Professor Ad.unto da ;niversidade de Pernam"uco =;PE>

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9esde a a"ertura comercial nacional, ocorrida na d(cada de @5, ampliouse o acesso a

a#uisi%es de "ens e servi%os advindos de outras localidades, impactando diretamente no

consumo do mercado interno+ :omente após os anos 2555, a indústria metalmec-nica voltou

a se reeruer na economia de Pernam"uco, conse#u6ncia dos pro.etos estruturadores, como a

)efinaria A"reu e Lima, em implanta%&o no estado+

A princ'pio, as atividades do setor metalmec-nico no estado estavam relacionadas

com desenvolvimento da indústria sucroalcooleira, atrav(s da manuten%&o dos e#uipamentos+

Posteriormente, associada ao setor t6til e, em menor propor%&o, 8 produ%&o de em"alaens

metálicas de derivados de tomate e doces artesanais+

 o passado, entre os anos B5 e 45, o Estado de Pernam"uco disponi"ili$ou, atrav(s da

:;9EE :uperintend6ncia do 9esenvolvimento do ordeste, diversos incentivos

financeiros e fiscais, o #ue permitiu a instala%&o de randes empresas da indústria metal

mec-nica, como a instala%&o da Gerdau e amplia%&o da empresa Acumuladores Moura+

Por(m, o final da d(cada de 5, in'cio da d(cada de 45, a indústria metalmec-nica n&o

conseuiu manterse em apoeu, principalmente pela sua defasaem tecnolóica em

compara%&o com outros mercados, como o da rei&o :udeste+

Pro.etos como o da )efinaria A"reu e Lima, Estaleiro Atl-ntico :ul e Petro#u'mica

:uape fi$eram o setor passa por um novo surto de desenvolvimento reestruturante com

visi"ilidade local e lo"al erando efeitos multiplicadores na economia do estado, atrav(s de

iniciativas dos atores pú"licos e privados #ue t6m como o".etivo, al(m da atra%&o dos

referidos empreendimentos, aproveitarem a oportunidade para ampliar a capacidade produtiva

do estado, erando retornos crescentes na economia com vistas a mel7orar condi%es

socioecon3micas pernam"ucanas+

/ setor metalmec-nico ( um dos setores #ue a )efinaria A"reu e Lima mais demanda

 "ens e servi%os, tanto para o momento da constru%&o deste empreendimento, #uanto na fase

de operacionali$a%&o+ 9e acordo com o :ervi%o *rasileiro de Apoio 8s Micro e Pe#uenas

Empresas :E*)AE =255B, p+ 2B>, na fase de implanta%&o a )efinaria demanda todas Das

oportunidades de neócios ="ens e servi%os> elencadas na fase de implanta%&o do Pólo

Petro#u'mico+ E na sua operacionali$a%&o, demandará servi%os #ue v&o de contratos de

 pe#ueno a rande porte, incluindo loca%&o e montaem de andaimes, montaens de pro.etosde mel7orias nas áreas de caldeiraria, tu"ula%&o, manuten%&o industrial e de motores+

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9esta forma, para #ue as empresas fornecedoras locais aproveitem as oportunidades

#ue o novo cenário econ3mico apresenta fa$se necessário o aumento da competitividade+

Capacidade produtiva, produtos e servi%os ofertados com #ualidade, cumprimento dos pra$os,

flei"ili$a%&o nos processos produtivos e verticali$a%&o da empresa, s&o aluns dos re#uisitos

#ue as empresas necessitam para serem competitivas e terem acesso as oportunidades #ue os

randes pro.etos estruturadores atuais tra$em consio+

A epans&o do semento petrol'fero no *rasil tem despertado preocupa%es nos

estados em construir eFou consolidar, de acordo com as potencialidades eistentes no local e

das oportunidades proporcionadas, um polo industrial #ue possam suprir suas necessidades+

/ estudo do am"iente competitivo, portanto, tornase necessário 8 medida #ue os

desafios das empresas pernam"ucanas da indústria metalmec-nica em atender a IPG, volta

se para a capacidade de adapta%&o em atuar num novo mercado, com ei6ncias de novas

tecnoloias, em um curto pra$o de tempo+

/s fatores presentes nos am"ientes interno e eterno das empresas locais s&o alvos de

eplora%&o como forma de so"reviv6ncia no mercado competitivo #ue passaram a pertencer 

atrav(s das demandas da IPG+ Assim, a matri$ :/? ( uma composi%&o, advinda do

 plane.amento estrat(ico, #ue auilia na identifica%&o das variáveis eistentes, podendo ser 

controláveis ou n&o+

9ividida em #uatro #uadrantes compostos por oportunidades, amea%as, for%as e

fra#ue$as, a matri$ :/? ( uma ferramenta #ue resulta numa eplana%&o dos aspectos

estrat(icos atuais das empresas analisadas, #ue refletem conse#uentemente, na

competitividade destas+ Por(m, o n&o aperfei%oamento do #ue se apresenta como fra#ue$as

em potencialidades eram a perda de competitividade futura+

Este estudo, portanto, prope analisar a competitividade das empresas da Indústria

MetalMec-nica do Estado de Pernam"uco de acordo com as necessidades da )efinaria A"reu

e Lima+ Para isso, foram necessários identificar os principais conceitos e indicadores de

competitividade, identificar as demandas da )efinaria A"reu e Lima para com a Indústria

MetalMec-nica e analisar as oportunidades, amea%as, for%as e fra#ue$as das empresas da

indústria em #uest&o+

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A estrutura do presente tra"al7o ( composta por #uatro se%es, na #ual inclui está

 primeira se%&o introdutória, apresentando um panorama inicial do #ue foi descrito no decorrer 

da pes#uisa+ A se%&o 2 enlo"a as considera%es teóricas, a respeito de conceitos da

competitividade, e metodolóicas, #ue a"rane os procedimentos metodolóicos #ue deram

suporte ao estudo+ a se%&o H encontrase a a"ordaem emp'rica do estudo, apresentando o

cenário do setor metalmec-nico pernam"ucano e análise empresarial atrav(s da matri$

:/? das empresas entrevistadas+ A se%&o , finalmente, terce alumas concluses a respeito

da pes#uisa+

#" CONSIDERAÇ$ES TE%RICAS E METODOL%&ICAS

#"!" C'()*+*+v+,a,

A competitividade tem sido tema amplamente recorrente nos últimos tempos, se.a

 pela sua notória ade#ua%&o ao se tratar de análise dos am"ientes empresariais, industriais,

nacionais e internacionais, se.a pela sua a"ran6ncia de conceitos de relev-ncia

mercadolóica e teórica+ Ao se tratar do estudo do funcionamento de uma indústria, a

Indústria MetalMec-nica, sua representatividade na economia local, nacional e forma de

atua%&o lo"al, .ustificase a utili$a%&o do aporte teórico da competitividade+

/ conceito de competitividade, assim como tantos outros conceitos de estrat(ias,

envolve uma ama de sinificados e defini%es #ue pode levar em conta aspectos diferentes+

Em"ora sua denomina%&o se.a cada ve$ mais usual, ao se tratar da competitividade associada

aos estudos emp'ricos em economias espec'ficas, as lacunas ainda s&o aparentes,

 principalmente no #ue di$ respeito aos Ddesafios metodolóicos para tra"al7os #ue t6m por 

o".etivo dianosticar a situa%&o competitiva de setores industriais ou cadeias produtivas

espec'ficas =?eeira J Guerra, 255H>+

;m dos conceitos utili$ados para a análise de competitividade relacionaa com a

competi%&o, capacidade de conseuir um resultado num am"iente de rivalidade, por(m, esse

am"iente deve ser "em definido, ou se.a, se ( uma empresa, um setor ou um pa's, levando em

considera%&o, tam"(m, o papel do overno atrav(s de suas pol'ticas pú"licas  =*ar"osa, 1@@@>+

A competitividade tam"(m pode ser considerada como resultante da economia

lo"ali$ada+ Adrioli apud  *enites e Kal(rio =255> entende como os principais percussores dacompetitividade os teóricos Adam :mit7, com a ideia de #ue os atores #ue est&o na

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competi%&o contri"uem, pelo ato de competir, para o avan%o da sociedade, e 9avid )icardo,

a"ordando a rela%es esta"elecidas nas transa%es #ue eram "enef'cios aos envolvidos

=vantaens comparativas>+ Esses e aluns de outros contempor-neos fa$em parte da #ue se

 pode considerar como a vis&o Dclássica da concorr6ncia =Possas, 2552>+

/utra vis&o da concorr6ncia na teoria econ3mica seria a de Mar, tam"(m

considerando a concorr6ncia um processo auiliar na economia capitalista, um processo

intermediário de Deecutar as leis de movimento =+++> dessa economia, determinadas em

n'vel mais fundamental =das rela%es de leis do capital> #ue o n'vel superficial da

concorr6ncia, incapa$ de criar ou afetar essas determina%es =Possas, 2552>+ Entretanto, n&o

deia de considerar a concorr6ncia um estimulo ao proresso t(cnico, ou se.a, o

desenvolvimento das for%as produtivas+

A vis&o neoclássica de concorr6ncia, #ue tem Mars7all como um dos teóricos,

contri"ui para o entendimento do #ue seria a concorr6ncia perfeita, em #ue se considerando

#ue as empresas individuais s&o incapa$es de influenciar o pre%o de mercado, este

determinado pelo e#uil'"rio entre a oferta e demanda, implica no enfo#ue estático de

efici6ncia alocativa+

Ainda a respeito das teorias econ3micas de concorr6ncia, a ?eoria :c7umpeteriana da

Concorr6ncia consiste numa das mais valiosas contri"ui%es para o entendimento da

concorr6ncia, da inova%&o e, conse#uentemente, da competitividade+ ?al teoria tem como

 principal caracter'stica, como trata Possas =2552, p+ 14>N

O+++ vis&o din-mica e evolucionária do funcionamento da econ3mica capitalista+ Por ela, aevolu%&o desta economia ( vista ao lono do tempo =e por isso ( din-mica e evolucionária>como "aseada num processo ininterrupto de introdu%&o e difus&o de inova%es em sentidoamplo, isto (, de #uais#uer mudan%as no Despa%o econ3mico no #ual operam as empresas,se.am elas mudan%as nos produtos, nos processos produtivos, nas fontes de mat(riasprimas,

nas formas de orani$a%&o produtiva, ou nos próprios mercados, inclusive em termoseoráficos+

Com "ase na concorr6ncia sc7umpeteriana, o foco nos lucros etraordinários fa$ com

#ue se c7eue 8 inova%&o, atrav(s da "usca pela diferencia%&o, ou ainda, a o"ten%&o de

vantaens competitivas, se.a nas operacionali$a%es =atua%&o no mercado> ou nos processos

tecnolóicos+

A concorr6ncia, nesta concep%&o, n&o ( vista nem como um processo ativo, nem

 passivo =forma perce"ida nas teorias clássicas e neoclássicas>, e sim um processo evolutivo,

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onde eiste uma imprevisi"ilidade, pois depende de intera%es e modifica%es ao lono do

 processo, sendo este processo um espa%o de oportunidades econ3micas+

*aseada na teoria da concorr6ncia sc7umpeteriana, a unidade de análise daconcorr6ncia ( a empresa, pois ( lá onde ocorrem as tomadas de decises e o"ten%&o dos

an7os+ / mercado, por sua ve$, ( o locus, am"iente competitivo, onde as intera%es entre os

atores acontecem caracteri$ando a rivalidade e moldando as estrat(ias+ o entanto, mesmo a

empresa sendo a unidade de análise e o mercado o locus, as demais condi%es am"ientais

mais erais s&o cruciais para análise da concorr6ncia, por ocorrer, neste espa%o, as defini%es

de pol'ticas e eternalidades+

9esta forma, ( válido considerar a afirmativa de Possas =2552, p+ 14> #uanto adin-mica industrialN

A intera%&o, ao lono do tempo, entre as estrat(icas das empresas ! n&o apenas de inova%&o,mas tam"(m de investimento, pre%os etc+ ! ou se.a, estrat(ias competitivas, de um modoeral ! e as estruturas de mercado preeistentes era uma din-mica industrial, pela #ual aconfiura%&o de uma indústria, em termos de produtos e processos =tecnoloias> utili$ados, de participa%es no mercado das empresas, de renta"ilidade, de crescimento etc+, vai setransformando ao lono do tempo+

A intera%&o entre as estrat(ias competitivas das empresas e as estruturas de mercado

#ue resulta na din-mica industrial n&o deve ser considerada como imutáveis ou alo raro,visto #ue tanto as estruturas de mercados influenciam as estrat(ias competitivas

empresariais, #uanto a atua%&o das empresas no mercado influenciam e modificam umas as

outras+ a verdade, a concorr6ncia adv(m dessa intera%&o entre empresas #ue "uscam a

apropria%&o de lucros, num processo de constantes modifica%es no esfor%o de o"ter 

diferencia%&o e vantaens competitivas, mesmo #ue temporárias, atrav(s de an7os

monopolistas+

Em indústrias nas #uais ainda 7á concorr6ncia e rande número de pessoas independentes,vemos antes de tudo o aparecimento sinular de uma inova%&o ! em rande parte dos casosem firmas criadas ad hoc ! e depois vemos como as firmas eistentes a aarram com rapide$e perfei%&o variáveis, primeiro alumas firmas depois muitas outras =:c7umpeter, 1@@>+

 a concep%&o de :c7umpeter, as vantaens advindas das diferencia%es e,

conse#uentemente, inova%es acontecem em am"ientes eFou pessoas com certas #ualidades,

mas #ue, por conta do sucesso o"tido, várias empresas ir&o "uscar os mesmo resultados, na

tentativa dessa apropria%&o do lucro e modifica%es nas estruturas de mercado+ Essa ( a

din-mica industrial, estimulando, atrav(s da concorr6ncia, a apropria%&o de lucros, #ue

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inicialmente será da#uela empresa cu.o empen7o para inova%&o foi foco, mas #ue com o

tempo será acess'vel as demais empresas e n&o mais será um diferencial+

Kale ressaltar #ue o conceito de inova%&o, na vis&o de :c7umpeter, n&o se restrine8#uelas modifica%es de cun7o tecnolóico, mas ainda, complementase ao processo de "usca

constante por vantaens #ue resultem em an7os competitivos+ Al(m disso, a concorr6ncia

n&o se resume 8 concorr6ncia dos pre%os, a concorr6ncia se esta"elece tam"(m atrav(s da

cria%&o de diferencia%&o de outros tiposN tecnolóica, comercial, produtiva, orani$acional, de

mercado, estrat(ica etc++

A inova%&o cria diferencia%&o moment-nea #ue, ao serem imitadasFcopiadas, devem

servir de est'mulo para #ue a empresa "us#ue novas formas de diferencia%&o, ou se.a, um processo cont'nuo, uma "usca incessante+ essa perspectiva,

Evitar #ue esses an7os monopol'sticos se.am rapidamente eauridos por imita%&o fácil edifus&o precoce ( condi%&o indispensável para asseurar retorno econ3mico aos investimentos=de PJ9, principalmente> voltados 8s inova%es "em sucedidas, via"ili$ando um fluora$oável das mesmas e os efeitos din-micos de "emestar decorrentes =Possas, 2552, p+ 2B>+

Entretanto, ( necessário esta"elecer a diferen%a entre os casos #ue se apresentem como

an7o monopol'stico por a#uelas empresas #ue atiniram o desta#ue no mercado, dos casos

em #ue eiste a"uso por parte delas por deter posi%&o dominante no mercado+ Para isso, osistema capitalista e as pol'ticas de concorr6ncia possuem ferramentas para perce"er essas

distor%es, atrav(s da analise econ3mica antitruste+

Assim, na perspectiva sc7umpeteriana, a eist6ncia de posi%es monopolistas ou

oliopolista ( alo natural, e muitas ve$es moment-nea, no processo competitivo capitalista, e

#ue representa o poder de mercado resultante da diferencia%&o+ Mas, o a"uso desse poder 

deve ser impedido, atrav(s de uma pol'tica de defesa da concorr6ncia+ Esta deve "uscar, por 

instrumentos leais e ór&os responsáveis, a prote%&o e est'mulo da concorr6ncia em

am"ientes =mercados> em #ue isto n&o este.a acontecendo+

A constitui%&o "rasileira .á fa$ refer6ncia da defesa de am"ientes competitivos ao

mencionar em seu artio 1H Q R #ue n&o pode 7aver condutas de domina%&o de mercado #ue

impe%am a concorr6ncia e a"usem do poder econ3mico+ Ainda assim, eistem leisla%es

espec'ficas, a eemplo da Lei 4+44F@ e a Lei 12+02@F2511, #ue a"ranem ainda mais as

diretri$es para prote%&o 8 /rdem Econ3mica e 8 defesa da concorr6ncia+

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Em análise mais restrita da competitividade, como ( o caso da competitividade

empresarial, a 6nfase se encontra na capacidade da empresa competir atrav(s dos seus "ens e

servi%os nos mercados dom(sticos e internacionais+ A empresa, por sua ve$, tornase

competitiva ao produ$ir seus "ens e servi%os com efici6ncia e eficácia, ou se.a, produ$indo

com maior #ualidade, menor custo e pra$o em compara%&o com seus concorrentes, se.am eles

nacionais ou internacionais+

Al(m disso, como enfati$a Porter =255@>, o am"iente de press&o estimula as empresas

na "usca de uma posi%&o de vantaem+ A rivalidade interna fa$ com #ue eistam fornecedores

nacionais mais atuantes e clientes mais eientes+ Esses clientes s&o estimuladores da "usca

 pela ecel6ncia do mercado interno por eiirem determinados padres a serem cumpridos+

A competitividade pode ser vista como a conformidade entre a concorr6ncia dos

mercados =locais ou internacionais> e as estrat(ias adotadas pelas empresas =*enites J

Kal(rio, 255>, de acordo com a demanda e 7a"ilidade de adapta%&o das empresas em atender 

essas demandas+ S mais competitiva a#uela #ue area mais valor ao seu produto ou servi%o,

conseuindo desta#ue em compara%&o com os demais concorrentes+

Centrando o conceito no -m"ito empresarial, a competitividade, como afirma Tupfer 

=1@@B>, di$ respeito 8 capacidade em manter ou aumentar uma posi%&o no mercado atrav(s da

estrat(ia concorrencial+ 9esta forma, considerase #ue o am"iente empresarial ( o local onde

se plane.a e estrutura decises #uanto as suas a%es, sendo elas mutáveis no decorrer do

tempo, devido ao padr&o de concorr6ncia viente, refletindo nas escol7as das estrat(ias

competitivas tomadas na#uele momento+

Assim, a perman6ncia da empresa no mercado e sua competitividade dependem,

essencialmente, do con7ecimento do mercado e de sua estrutura+ Mas, al(m do am"ienteeterno, variáveis internas, como os valores, capacidade de produ%&o, #ualifica%&o dos

tra"al7adores, entre outras, contri"uem para alcance da competitividade+

Para se conseuir amplia%&o na capacidade produtiva, comercial e de inova%&o (

necessário o disp6ndio de investimentos para financiar tais custos+ A competitividade depende

de investimentos iniciais para se ter retorno positivo, por(m, nem sempre ( poss'vel #ue as

empresas ten7am o capital para investir, por isso, aluns mercados s&o mais competitivos #ue

os outros e eistem empresas #ue se destacam mais do #ue outras, ainda #ue inseridas no

mesmo mercado+

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/ overno possui um importante papel para a competitividade, pois ( atrav(s de dele

#ue se cria um am"iente favorável ao desenvolvimento dos neócios da empresa e das

estruturas industriais, tornandoas capa$es de competir lo"almente, principalmente na

ela"ora%&o de ferramentas de reula%&o e de pol'ticas pú"licas+

Eistem duas vises comuns dos pa'ses no #ue di$ respeito ao papel do overno na

competitividadeN como um aente indispensável na promo%&o de determinados setores

estrat(icos, atrav(s de um con.unto de pol'ticasU como um estado menor, deiando a

economia funcionar em fun%&o da Dm&o invis'vel =Porter, 255@>+

 o entanto, eistem distor%es nessas duas a"ordaens+ /s pa'ses #ue consideram o

overno aente indispensável aca"ariam por erar uma depend6ncia estendida+ E os #ue

adotam o livre mercado desconsideram a caracter'stica natural do overno em criar estruturas

am"ientes viáveis para ad#uirir vantaem competitiva+

/ papel ideal, n&o de eclusividade nem de aus6ncia, mas sim indireto, de incentivar e

desafiar em "usca de resultados promissores+ Como afirma Porter =255@> Do overno n&o cria

setores competitivos, essa tarefa compete apenas 8s empresas+ Al(m disso, o tempo

competitivo das empresas ( completamente diferente do tempo pol'tico dos overnos+ /s

setores demandam muito mais tempo para aprimorar sua m&o de o"ra, inovar, criar e

aperfei%oar os seus arran.os produtivos locais APLs e eportar+ Vá no tempo pol'tico, para se

ter a percep%&o de efeito mais rápida, as medidas s&o eralmente de curto pra$o e #ue

envolvem t(cnicas de prote%&o+

9esta forma, de acordo com o autor anteriormente citado, para estimular e con#uistar 

a vantaem competitiva, os overnos devem ter aten%&o em aluns fatoresN i> focar na cria%&o

de fatores especiali$adosU ii> evitar a interven%&o nos mercados dos fatores e nos mercadosmonetáriosU iii> aplicar normas riorosas so"re produtos, seuran%a e meio am"ienteU iv>

restrinir ao máimo a coopera%&o entre setores rivaisU v> promover o".etivos #ue condu$am a

investimentos sustentadosU vi> desreulamentar a concorr6nciaU vii> aplicar pol'ticas internas

viorosas de defesa da concorr6nciaU viii> evitar a iner6ncia na comerciali$a%&o+

A produtividade tam"(m está intrinsecamente liada a competitividade+ / aumento do

n'vel de produtividade resulta no crescimento econ3mico de um pa's e na #ualidade de vida

deste, tornando a na%&o mais competitiva+ Está relacionada ao #uanto ( produ$ido, visando ter 

o m'nimo de disp6ndio+

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9e acordo com Wenderson =1@@4> apud   *enites J Kal(rio =255>, as vantaens

competitivas eclusivas s&o diretamente proporcionais 8 intensidade competitiva do am"iente,

#uanto mais competitivo o am"iente, maior o número de variáveis #ue podem resultar em

vantaens, a #uest&o ( a empresa sa"er air na concorr6ncia+

A locali$a%&o da empresa tam"(m ( um fator #ue contri"ui para a vantaem

competitiva+ / am"iente no #ual a empresa esta inserido influencia o funcionamento da

empresa, sendo internali$adas as culturas, os valores e as estruturas econ3micas eistentes+

Assim, pa'ses #ue possuem, tradicionalmente, 7istóricos de incentivos 8 inova%&o e aceitam

com mais facilidade as mudan%as t6m maior competitividade, da mesma forma as empresas+

Assim, esse am"iente ( onde as empresas aprendem a ser competitivas, sendo os

indutores da vantaem competitiva classificada em #uartoN

a> condi%es dos fatores ! como est&o dispon'veis os fatores de produ%&o do pa'sU "> condi%esda demanda ! demanda de "ens e servi%os eistentes no mercado localU c> setores correlatos ede apoio ! setores #ue este.am relacionados e competitivosU d> estrat(ia, estrutura e rivalidadedas empresas caracter'sticas locais, como cultura, valores e funcionamento das empresas paraentender a rivalidade eistente+ Esses indutores apresentamse num es#uema denominadoD9iamante onde todos os indutores est&o liados entre si+ =Porter, 255@, pá 141>

?ais fatores s&o a"ordados na se%&o H, levando em considera%&o aluns indicadores de

competitividade para a análise empresarial de acordo com a percep%&o dos empresários

#uanto ao am"iente interno e eterno a empresa, considerando a rivalidade, competi%&o,

 parcerias e apoio overnamental+

#"# C's+,ra./s (*','l01+cas

Com o intuito de ampliar o entendimento a respeito da realidade vivida com a

implanta%&o de um pro.eto estruturador, como ( o da )efinaria do ordeste A"reu e Lima

=)E:?> no estado de Pernam"uco, esta pes#uisa analisa a competitividade das empresas

 pernam"ucanas do setor metalmec-nico, de acordo com as necessidades de "ens e servi%os

apresentadas pela )efinaria na sua fase de constru%&o+

Esta pes#uisa centrali$ou sua a"ran6ncia no setor metalmec-nico, por ser esse um

dos setores #ue a )efinaria A"reu e Lima mais demanda "ens e servi%os+ A escol7a do setor 

metalmec-nico tam"(m levou em considera%&o sua import-ncia econ3mica para o estado,

#ue .á apresentava uma voca%&o 7istórica para o setor, por conta da indústria sucroalcooleira eatualmente está em ressurimento, com novos direcionamentos e infraestrutura+

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9e acordo com a nomenclatura adotada pela C/CLA ! Comiss&o acional de

Classifica%es do I*GE ! Instituto *rasileiro de Georafia e Estat'stica, os sementos #ue

 podem ser considerados como pertencentes ao compleo metalmec-nico s&o B e suas

su"divisesN metaluriaU fa"rica%&o de produtos de metal, eceto má#uinas e e#uipamentosU

fa"rica%&o de má#uinas, aparel7os e materiais el(tricosU fa"rica%&o de má#uinas e

e#uipamentosU fa"rica%&o de ve'culos automotores, re"o#ues e carroceriasU fa"rica%&o de

outros e#uipamentos de transporte, eceto ve'culos automotores+ 9entro desse compleo

setorial, "uscouse as empresas participantes da pes#uisa+

 esta pes#uisa foram reali$ados estudos a respeito dos conceitos relevantes para a

forma%&o de um referencial teórico #ue sirva como "ase para fundamentar a pes#uisa eanalisar os seus resultados+ <oram a"ordados conceitos da competitividade e suas vertentes+

?am"(m foram levantadas informa%es com "ase nos conceitos relativos 8 Matri$ :/?,

suas caracter'sticas e import-ncia para o referencial metodolóico+

Para complementar a análise da competitividade, 7ouve a análise empresarial atrav(s

de uma pes#uisa de campo com 20 empresas pernam"ucanas #ue atuam no setor destacado

atrav(s da ado%&o da t(cnica de amostraem D"ola de neve ! snowball + S uma t(cnica de

amostra n&opro"a"il'stica #ue utili$a uma rede de ami$ades dos indiv'duos #ue compe aamostra, sendo o in'cio com uma pessoa ou pú"licoalvo em #ue vai se indicando outra

 pessoa #ue possa ou ten7a interesse em fa$er parte da amostra da pes#uisa at( #ue se c7ea o

momento em #ue todos .á indicaram a#ueles #ue .á fa$em parte da amostra, tendo assim

delimitado seu taman7o+ Essa t(cnica apresentase ade#uada para pes#uisas em redes sociais,

inclusive as em forma%&o, por ainda n&o se ter a no%&o do taman7o da popula%&o, impedindo

assim cálculos estat'sticos de mensura%&o do taman7o da amostra+

 este caso, a utili$a%&o da t(cnica de amostraem D"ola de neve se torna ca"'vel,

 primeiramente, pela n&o possi"ilidade de mensurar o taman7o da popula%&o,

conse#uentemente, o da amostra, apesar de ser con7ecido o universo da pes#uisa, #ue seria o

#uantitativo das empresas #ue compe o setor em estudo advindo dos "ancos de dados

consultados para a análise setorial+

 o entanto, e como seunda .ustificativa para fa$er uso da amostraem "ola de neve,

 por ser um momento de mudan%as estruturais na din-mica do setor, nem todas as empresas#ue atuam nos sementos em #uest&o possuem interesse em se relacionar com a Petro"ras ou

ainda n&o se tem uma rede empresarial esta"elecida, tais redes ainda se encontravam, no

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momento da pes#uisa, em forma%&o+ A Petro"rasF)efinaria reali$ou alumas rodadas de

neócios com o intuito de formar um cadastro de fornecedores, mas tam"(m ainda n&o estava

consolidado+ / sindicato do setor, o :IMMEPE :indicato das Indústrias Metalúricas,

Mec-nicas e de Material El(trico do Estado de Pernam"uco, .untamente com a <IEPE ! 

<edera%&o das Indústrias de Pernam"uco, o :E*)AE e outros ór&os, tam"(m "uscam o

esta"elecimento de uma rede #ue possa suprir as necessidades dos randes pro.etos,

eecutando encontros e cursos para estimulo esse surimento+

Ainda como fator complementar para fa$er uso desta t(cnica, nesse meio empresarial,

a rande parte das empresas .á atua 7á um certo tempo no mercado e participam de alum tipo

de a%&o eecutada pelos ór&os acima mencionados, o #ue acarreta no con7ecimento entre os

empresários de #uais s&o os #ue participam, #ue est&o ena.ados ou possuem interesse emformar essa rede de fornecedores+ 9esta forma, um empresário entrevistado indica outro #ue

 possa participar da pes#uisa e assim por diante, formato esse utili$ado na t(cnica de D"ola de

neve+

Assim, a amostra desta pes#uisa possui as seuintes caracter'sticasN i> atuam no setor 

metal mec-nico pernam"ucanoU ii> est&o ena.adas em alum tipo de arupamento se.a

associa%&o, sindicatos, redes orani$acionais etc+U iii> ter no máimo m(dio porte em rela%&o a

#uantidade de funcionários =considerando a divis&o do :E*)AE, no #ual classifica empresasde m(dio porte com at( @@ funcionários>+

A delimita%&o do porte, de acordo com a classifica%&o do :E*)AE, foi escol7ida pela

dificuldade em o"ter informa%&o #uanto 8 defini%&o do faturamento das empresas, forma mais

utili$ada para tal divis&o+ o entanto, por ser um indicador de fundamental import-ncia para a

competitividade n&o podia ficar sem classificálo de aluma forma+

As entrevistas foram reali$adas com os estoresFresponsáveis das empresas escol7idase foram feitas peruntas a respeito dos am"ientes eterno e interno da empresa para #ue,

atrav(s dos resultados desses #uestionários, fosse montada a Matri$ :/?, #ue tem como

foco os indicadores da competitividade, tais como capacidade produtiva, comercial, #ualidade

e inova%&o das empresas+

A utili$a%&o dessa matri$, al(m de apresentar e pontuar as caracter'sticas na#uele

momento, serve para #ue a empresa mitiue suas amea%as e fra#ue$as e vise o mel7or 

aproveitamento das oportunidades, alin7ando seu funcionamento com o am"iente no #ual está

inserida e potenciali$e seus pontos fortes+

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2" AN3LISE DA COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA METAL-MECÂNICA DE

PERNAMBUCO

A presente se%&o tem como o".etivo analisar a competitividade da indústria metalmec-nica de Pernam"uco atrav(s da a"ordaem empresarial #ue concentra as percep%es dos

empresários do setor metalmec-nico pernam"ucano, #uanto ao am"iente competitivo em #ue

se inserem, considerando as for%as, fra#ue$as, oportunidades e amea%as presentes neste

am"iente, resultando na formula%&o da matri$ :/? =Xuadro1>, a #ual retrata o momento

vivido por estes diante das necessidades demandas pela )efinaria A"reu e Lima na fase de

implanta%&o+

45a,r' ! - Ma*r+6 S7OT ,as ()rsas )ra(85caas ,' s*'r (*al-(c9+c'"

STREN&TS ;FORÇAS< 7EA=NESSES ;FRA4UE>AS<• Empresas com con7ecimento do setor devido ao tempo

de atua%&o no mercado+• Interesse das empresas em fa$er parte dos fornecedores

de "ens e servi%os da )efinaria A"reu e Lima+• Locali$a%&o das empresas+• Empresas fa$em parte de alum tipo de entidade

representativa de classes empresarias =sindicatos,associa%es, redes etc+>+

• *usca por maior #ualifica%&o, empresarial e da m&ode

o"ra+• Inten%&o de possuir certifica%es espec'ficas+

• *aio investimento em inova%&o tecnolóica+• Alta rotatividade da m&odeo"ra+•  &o possuem as certifica%es necessárias+• Empresários com alto rau de conservadorismo+• *aia capacidade de atenderem individualmente aos

 pedidos com alto volume+•  &o eportam+• *aia "usca de informa%es+

OPPORTUNITIES ;OPORTUNIDADES< TREATS ;AMEAÇAS<• A%es privadas e overnamentais de apoio ao

crescimento das empresas do setor metalmec-nico+• Implanta%&o de diversos pro.etos estruturadores, como

a )efinaria A"reu e Lima+• Aumento no número de proramas de #ualifica%&o,

capacita%es e certifica%&o+• <orma%&o de redes orani$acionais+• Kisi"ilidade lo"al+

• 9emandas das randes empresas n&o t6m crit(rios de

compras locais+• <alta de eperi6ncia das empresas locais em atender as

demandas da Indústria de Petróleo e Gás atural=IPG>+

• Empresas n&o preparada para concorr6ncia lo"al+

<onteN Ela"ora%&o própria+

a< S*r1*hs - F'r.as

As for%as na matri$ :/? s&o consideradas como os pontos positivos da empresa, as

vantaens #ue esta possui perante os demais no mercado em #ue atuam, fa$endo parte do

am"iente interno da empresa+

9e acordo com as entrevistas reali$adas com as empresas, mais da metade, 1H

empresas, tin7am mais de 15 =de$> anos de atua%&o no mercado, sendo tal fator relevante parao con7ecimento do setor, de #uais s&o seus principais concorrentes e parceiros, "em como do

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funcionamento deste mercado+ 9esta#ue para a concentra%&o de empresas constitu'das no ano

de 2550, B empresas tiveram sua funda%&o datada neste ano, refleo da inser%&o de

empreendimentos, como a )efinaria A"reu e Lima, no estado de Pernam"uco+

As referidas empresas t6m interesses em participar da ama de fornecedores de "ens e

servi%os da indústria parapetrol'fera #ue atendem a )efinaria A"reu e Lima+ Alumas delas .á

atuam como su"fornecedoras do consórcio responsável pela constru%&o, por(m n&o como

fornecedora direta deste consórcio+ Entretanto, este interesse .á demonstra uma mudan%a nas

t&o enrai$adas formas de mercados vientes at( ent&o no estado+

A locali$a%&o da empresa foi um ponto positivo salientado por todas as empresas

entrevistadas, todas elas est&o situadas dentro da )ei&o Metropolitana de )ecife ! )M), o

#ue facilita a comerciali$a%&o com randes empreendimentos, como a )efinaria A"reu e

Lima+

/utro fator positivo para as empresas do setor metalmec-nico entrevistadas ( #ue

todas elas fa$em parte de alum tipo de entidade representativa de classe, se.am sindicatos,

associa%es, redes etc+, demonstrado #ue essas empresas alme.am um o".etivo comum,

fa$endo parte de uma cateoria, al(m da preocupa%&o em ter representa%&o e parcerias+ Isto

facilita as neocia%es, principalmente entre os empresários e seus operários com o overno e,

inclusive, aumenta a sua participa%&o em eventos como conressos, feiras, seminários, entre

outros+ Isto tam"(m facilita esses fornecedores a atenderem o alto rau de ei6ncia das

randes empresas demandantes+

?am"(m 7ouve, seundo as empresas, uma maior procura por certifica%es

espec'ficas, devido 8s ei6ncias das randes empresas demandantes, sendo estes certificados

um pr(re#uisito para #ue uma empresa se.a fornecedora de uma )efinaria A"reu e Lima, por eemplo+ Al(m disso, os empresários est&o procurando maior #ualifica%&o, principalmente em

rela%&o est&o financeira e de esto#ues, "em como por maior #ualifica%&o da m&odeo"ra+

 essa dire%&o, as empresas afirmaram #ualificar sua m&odeo"ra, a maioria atrav(s de

treinamentos internos+

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8< 7a?sss - Fra@56as

A análise do am"iente interno da empresa tam"(m a"rane suas fra#ue$as, seus pontos

neativos ou defici6ncias+ :&o apresentadas como desvantaens, necessitando de mel7oriasimediatas para #ue n&o afetem a so"reviv6ncia da empresa+

 as entrevistas reali$adas foi detectado o "aio investimento em inova%&o tecnolóica+

?al fato epe uma rande vulnera"ilidade das empresas, pois o setor metalmec-nico está

sendo eiidas cada ve$ mais tecnoloias e novas formas de processos, n&o podendo

 permanecer em funcionamento em condi%es o"soletas+

/utra #uest&o preocupante detectada pelas empresas ( #uanto a alta rotatividade dam&odeo"ra+ /s empresários, neste ponto, afirmam #ue treinam internamente seus

funcionários e #ue, ao estarem com mais #ualificados rece"em propostas de empresas randes

e saem o #ue era um alto custoFperda para a empresa+ Por(m, tal ponto poderia ser resolvido,

entre outras formas, com um mel7or incremento nos "enef'cios disponi"ili$ados para os

funcionários, aumentando sua fidelidade para com a empresa+

 A falta de certifica%&o espec'fica ainda ( uma das randes desvantaens apresentadas

 pelas empresas+ A rande parte das empresas do setor n&o tem as certifica%es eiidas pela

Petro"ras #ue s&o sendo o"riatórias para #ue as empresas atuem como fornecedoras da

)efinaria A"reu e Lima+ :omente duas empresas, das entrevistadas, possu'am Certificado de

)eistro de Classifica%&o Cadastral C)CC e o )eistro Local ! )L, certificados eiidos

 pela Petro"ras+

Mesmo com todo o a#uecimento do setor, os empresários ainda possuem um alto rau

de conservadorismo, refletindo no medo a mudan%as internas e eternas 8 empresa+ /s

empresários t6m receio de investir num tipo de indústria #ue nunca atuou ou em assumir um

n'vel de risco maior+ ?al fato impede o aumento da competitividade da empresa e do setor 

como um todo+

As demandas de uma orani$a%&o como a )efinaria A"reu e Lima s&o randes e

espec'ficas, n&o podendo, ainda, ser atendidas pelas empresas locais+ ;m dos motivos desse

n&o atendimento ( a "aia capacidade em atender individualmente aos pedidos de rande

volume+ ;ma alternativa (, como .á vem ocorrendo, a forma%&o de redes empresariais, aeemplos da )edePE?)/ Pernam"uco, .á constitu'da, e a )ede Empresarial metalmec-nica

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e eletro, em forma%&o, podendo, desta forma, atender a demandas com volumes maiores

atrav(s de compras coletivas ou partil7adas+

A falta de "usca de informa%es por parte dos empresários tam"(m foi destacada comouma desvantaem preocupante+ Aluns tipos de servi%os #ue as empresas locais precisam,

como por eemplo, testes ou inspe%es, #ue podem ser supridos em Pernam"uco, est&o sendo

feitos em outros estados "rasileiros+ Esse ponto reflete duas #uestes, o comodismo do

empresariado Pernam"uco em fa$er sempre da mesma forma e a preocupa%&o unicamente em

se manter no mercado, es#uecendo #ue a "usca pelas informa%es redu$em custos e ampliam

a a"ran6ncia da empresa+

/utra fra#ue$a destacada em todas as empresas entrevistadas ( #ue nen7uma delas

eporta+ As empresas est&o atuando unicamente no mercado local, sendo apenas

importadoras, n&o levando em considera%&o as vantaens de posi%&o estrat(ica #ue o Estado

de Pernam"uco oferece+ A eporta%&o ( um indicador de competitividade e impacta

diretamente na imaem da empresa, al(m, evidentemente, de ampliar seu mercado

consumidor+

c< O))'r*5+*+s - O)'r*5+,a,s

A matri$ :/? tam"(m inclui a análise do am"iente eterno, sendo a cateoria

Doportunidades uma delas+ As oportunidades pontuadas na matri$ s&o consideradas como o

cenário prop'cio para neócios #ue as empresas podem e devem utili$ar+

9iversas a%es overnamentais e privadas de apoio ao crescimento das empresas,

 principalmente do setor metalmec-nico, est&o em curso no estado+ Investimentos em

infraestrutura, incentivos fiscais, entre outros, s&o a%es #ue est&o sendo promovidas e servem

 para "eneficiar todas+ As empresas recon7ecem estas a%es e acreditam #ue se.am

oportunidades de neócios+

A implanta%&o dos diversos pro.etos estruturadores, como a )efinaria A"reu e Lima,

apresentamse como oportunidades diretas de neócios para as empresas do setor metal

mec-nico, #ue visam ser fornecedoras de "ens e servi%os por lonos per'odos+

/utra oportunidade epressa pelas empresas da pes#uisa ( o aumento no número de

 proramas de #ualifica%&o, capacita%es e certifica%es+ :&o cursos disponi"ili$ados por 

diversas institui%es e com uma ama de op%es #uanto ao tipo aperfei%oamento #ue se

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necessita+ / :ervi%o *rasileiro de Apoio 8s Micro e Pe#uenas Empresas :E*)AE, :ervi%o

 acional de Aprendi$aem Industrial :EAI, Instituto de ?ecnoloia de Pernam"uco

I?EP e o Instituto Euvaldo Lodi IEL s&o importantes atores nessa oportunidade, al(m de

aluns casos espec'ficos do setor, como o Centro Kocacional ?ecnolóico CK? metal

mec-nica, centro #ue promove cursos direcionados, para atender a #ualifica%&o da m&ode

o"ra do setor metalmec-nico pernam"ucano+

A forma%&o de redes orani$acionais ( uma rande oportunidade para as empresas

locais, sendo um am"iente de intera%&o entre diversas institui%es, demonstrando uma

tend6ncia a seuir em "usca de atendimento de um o".etivo comumN desenvolvimento do

setor metalmec-nico pernam"ucano+ Essas redes s&o de fundamental import-ncia para ocon7ecimento das atua%es das orani$a%es #ue se relacionam com o setor+ 9iversas redes

envolvendo o setor metalmec-nico est&o sendo formadas em Pernam"uco, ca"endo ao

empresariado local se aproimar cada ve$ mais deste am"iente de troca de epertises+

Com todas essas oportunidades, o estado de Pernam"uco e o setor metalmec-nico

rece"em aten%&o, sendo foco de interesse de várias empresas, como a Petro"ras+ Como

conse#u6ncia, temse um setor com visi"ilidade lo"al, ra%as ao novo cenário esta"elecido+

,< Thra*s - A(a.as

A análise do am"iente eterno inclui, ainda, as pontua%es #uanto ao #ue se considera

como amea%as+ :&o as desvantaens apresentadas no am"iente, podendo impactar na empresa

sem #ue possa ser controlado diretamente+ esse caso, as empresas devem se antecipar e se

 preparar para conviver nos vários am"ientes+

;mas das amea%as, #ue as empresas locais mais enfati$aram, referese ao fato das

randes empresas contratantes n&o terem crit(rios de compras locais, podendo elas comprar 

no estado ou fora dele+ Por(m, esses crit(rios deveriam ser pr(re#uisito para #ue elas se.am

instaladas no estado, visando a internali$a%&o dos investimentos+ A falta de um

esta"elecimento m'nimo de compras a serem reali$adas no estado influencia na concorr6ncia

com empresas de porte muito maior e de todos os outros estados do *rasil e do mundo, al(m

de n&o internali$ar os "enef'cios no estado+

As empresas pernam"ucanas entrevistadas tam"(m n&o possu'am YnoZ7oZ, sa"er fa$er, perante a Indústria de Petróleo e Gás atural IPG+ :ó com a vinda da )efinaria

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A"reu e Lima e do Estaleiro Atl-ntico :ul, Pernam"uco passou a se adaptar no cenário da

cadeia de petróleo, ás natural, offs7ore e naval+

Por fim, as empresas pernam"ucanas, mesmo com todas as mudan%as ocorridas noam"iente eterno, ainda n&o est&o preparadas para a concorr6ncia em escala lo"al+ ;ma

empresa preparada para fornecer 8 Petro"ras tam"(m está preparada para fornecer com padr&o

lo"al+ :e as empresas locais n&o s&o competitivas, outras empresas tomam o seu luar, e,

isso, escapando importantes "enef'cios para o estado+

" CONSIDERAÇ$ES FINAIS

A descentrali$a%&o de investimentos das Petro"ras erou novas perspectivas deneócios para a toda a cadeia de fornecimento local+ A amplia%&o do par#ue de refino do pa's

e a implanta%&o da )efinaria A"reu e Lima no Estado de Pernam"uco resultam em demandas

de diversos setores econ3micos, como na indústria metalmec-nica+ Com isso, enormes

oportunidades e desafios competitivos surem neste cenário, eiindo dos supridores locais

ade#ua%&o rápida para o alcance dos resultados positivos+

A indústria metalmec-nica esteve, por um lono per'odo, intrinsecamente relacionada

com o setor sucroalcooleiro e, tam"(m, rece"ia, est'mulos de outras indústrias como a da

constru%&o civil+ Entretanto, possui um empresariado conservador, mesmo com um aumento

no n'vel de inova%&o do estado, e uma m&odeo"ra ainda com indicadores acan7ados #uanto

a #ualifica%&o+

 o atual cenário, essa indústria passou a ser eposta a concorr6ncia de empresas

competitivas de todos os estados, #ue .á possuem eperi6ncia, #ualifica%es, escala produtiva

e tecnoloia, al(m de capacidade financeira+ ?ais ind'cios evidenciam a falta de

competitividade local+

Apesar do estimulo 8 indústria local com a inser%&o de pro.etos estruturadores no

estado, eistem #uestes #ue v&o al(m do controle das empresas as oportunidades e amea%as

eistentes no am"iente eterno apresentadas no #uadro 1, mas #ue influenciam diretamente na

competitividade+ A falta de eperi6ncia das empresas locais em atender as demandas da

Indústria de Petróleo e Gás atural ! IPG e, conse#uentemente, n&o estarem preparadas

 para a concorr6ncia lo"al fa$ com #ue o suprimento dessas demandas se.a reali$ado por outros mercados+

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Para tanto, ( notória a necessidade de formula%&o de pol'ticas verdadeiramente

direcionadas e #ue apoiem e estimulem o setor, se.a na disponi"ilidade de capacita%es ou

transfer6ncia de tecnoloia, elevando, assim, a competitividade local+ Por(m, como .á se foi

tratado por Porter =255@>, o overno indu$, incentiva, a empresa ( #ue deve ser a criadora da

sua competitividade+

Eistem diversas a%es em andamento no estado, por(m o tempo de resposta das

empresas para essas a%es ( etenso e depende, inicialmente, da mudan%a de cultura do

empresariado local, #ue impede o acesso a novos mercados, se.a por n&o conseuirem se

antecipar, se.a por a"soluta falta de con7ecimento+

As diversas forma%es de redes orani$acionais envolvendo da Indústria de Petróleo e

Gás atural e a indústria MetalMec-nica merecem desta#ues devido a sua elevada validade

na maior articula%&o entre os entes ao lono da cadeia produtiva+ / #uantitativo de empresas

 participantes ainda se apresenta t'mido, por(m, a cria%&o destas redes e o crescimento

radativo de empresas associadas demonstram o entrosamento das entidades

Atrav(s da participa%&o nessas redes, as empresas t6m maior disponi"ilidade de

informa%&o, transfer6ncias tecnolóicas e erenciais entre si, al(m da aumentar a c7ance de

 participarem de vendas coletivas, caso n&o possuam escalas de produ%&o suficiente, o #ue

tam"(m estimula o cooperativismo e diversos outros efeitos desencadeados+

Eiste, por(m, uma rande lacuna a ser suprida entre os demandantes de produtos e

servi%os espec'ficos, a )efinaria A"reu e Lima, e os ofertantes locais, as empresas

 pernam"ucanas do setor metalmec-nico, visto #ue a maior dificuldade salientada pelas

empresas está na pouca especificidade das demandas da refinaria, necessitando de maior 

clare$a nas informa%es no #ue di$ respeito a #uantidades e pra$os+ o entanto, estimula, numcerto rau, a realidade das empresas locais, por ter #ue arantir o m'nimo eiido para ser 

fornecedor e permanecer no mercado+

Apesar de tantas iniciativas de apoio ao desenvolvimento socioecon3mico, o estado

ainda tem "aia representatividade nacional no número de empresas e empreos formais, o

#ue limita sua visi"ilidade como mercado estável, ainda se apresentando pe#ueno como um

 par#ue dom(stico de fornecedor para ser competitivo nos -m"itos nacional e internacional+

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Portanto, ca"e ao Estado de Pernam"uco, e seu empresariado, o dever de aproveitar as

oportunidades suridas com essa ama de investimentos e empreendimentos, dando

continuidade ao crescimento .á demonstrado para consolidar o setor metalmec-nico no polo

fornecedor de "ens e servi%os para IPG+

 esse sentido, tornase imprescind'vel a articula%&o dos entes pú"licos, privados e da

sociedade para promover a%es #ue consiam alavancar a economia do estado atrav(s da

 participa%&o interada+ :a"ese, conforme Porter =255@>, #ue o tempo competitivo entre

empresas e pol'ticas ( diferente, no entanto deve 7aver conees e est'mulos cont'nuos para

#ue o resultado futuro das empresas se.am os esperados #uando da defini%&o das pol'ticas de

apoio+

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