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Anexo

O Risco de Incêndio no Parque Florestal de Monsanto

Abordagem Teórica

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Índice

1. Metodologia ........................................ ............................................................... 3

2. Carta de probabilidade............................. ......................................................... 6

3. Carta de susceptibilidade .......................... ....................................................... 7

3.1. Vegetação .......................................... ......................................................... 7

3.2. Topografia......................................... .......................................................... 9

3.3. Proximidade a rodovias e aglomerados populacionais. ....................... 11

4. Carta de perigosidade.............................. ....................................................... 12

5. Carta de vulnerabilidade........................... ...................................................... 13

6. Carta de valor económico........................... .................................................... 14

7. Dano potencial..................................... ............................................................ 16

8. Carta de risco ..................................... ............................................................. 17

9. Conclusão .......................................... .............................................................. 17

10. Bibliografia ....................................... ............................................................ 19

11. Cartografia........................................ ............................................................ 20

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1. Metodologia

A génese e propagação de um incêndio dependem da conjugação de variáveis

dinâmicas (como seja o caso da humidade relativa, da temperatura, da precipitação

e do vento), com factores estruturais (coberto vegetal, relevo etc.). Pretende-se

neste ponto individualizar a metodologia seguida neste estudo, para modelar e

avaliar o risco de incêndio no Parque Florestal de Monsanto (PFM).

Dada a diversidade de metodologias propostas para abordar esta temática, o passo

inicial consistiu na selecção do método que melhor se adapta ao caso em estudo, à

informação existente e que obedeça ao disposto no Guia Técnico para a elaboração

do Plano Operacional Municipal, publicado em 2008 pela Direcção-Geral dos

Recursos Florestais1. De entre os diversos índices utilizados para monitorizar o risco

de incêndio, individualizam-se os estruturais ou de longo prazo, os dinâmicos ou de

curto prazo e um terceiro grupo de índices, integrados ou avançados.

O primeiro grupo desenvolve estudos baseados em variáveis estáveis no tempo,

como seja o caso do coberto vegetal, o relevo, a ocupação urbana, os solos, o

historial de incêndios, entre outros factores.

O segundo tipo de índices, baseia-se em parâmetros que variam de forma quase

contínua no tempo e que têm como principal objectivo, o registo de mudanças nas

condições de inflamabilidade dos combustíveis, como seja o caso das variáveis

meteorológicas. Este método combina cartografia de combustíveis vegetais com

informação referente ao estado actual da vegetação e com os dados

meteorológicos, permitindo a produção diária de cartas de risco potencial de

incêndio. Quanto ao método Integrado ou Avançado, este inclui tanto as variáveis

definidas como estruturais como as classificadas como dinâmicas.

Face à publicação deste último Guia Técnico, a metodologia utilizada na elaboração

da cartografia de Risco de Incêndio Florestal definida neste estudo apoia-se nos

requisitos definidos no seu Apêndice 3, embora com algumas adaptações

específicas. Esta cartografia será integrada na planta de condicionantes da revisão

do Plano Director Municipal (Riscos Naturais / Vulnerabilidade a Inundações, Efeitos

1 - Actualmente Autoridade Florestal Nacional.

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de Maré Susceptibilidade a Movimentos de Vertente), presentemente em fase de

elaboração.

O modelo de risco de incêndio florestal produzido baseia-se em dois mapas

diferentes, o de perigosidade e o de dano potencial, conforme é ilustrado na Figura

1.

Figura 1 – Componentes do Modelo de Risco

A construção da carta de perigosidade resulta do produto entre a carta de

probabilidade e a de susceptibilidade, tendo esta última recorrido ao Índice Estrutural

de Incêndio (SFI2). Os factores considerados no cálculo deste índice foram: o

coberto vegetal, os aglomerados edificados, as infra-estruturas de alta tensão, as

rodovias, as ferrovias e a topografia.

A topografia apresenta-se como um dos principais elementos a incluir na cartografia

de risco, pelo impacto que exerce sobre o coberto florestal e a pluviosidade, na

velocidade de propagação do fogo, na insolação e secura dos combustíveis, que

neste caso corresponde ao coberto vegetal. Como componentes topográficas, foram

consideradas a altimetria, o declive e a exposição solar.

2 - Strutural Fire Index

Dano Potencial

Risco

Perigosidade

Probabilidade Susceptibilidade X

Valor Económico Vulnerabilidade X X

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Em termos de altitude, é do conhecimento geral que, com o aumento desta variável,

se assiste normalmente a um decréscimo do valor da temperatura e a um

incremento da precipitação.

Quanto ao declive, verifica-se que as vertentes com maior inclinação podem

propiciar a aceleração da propagação do fogo. As encostas viradas a Sul e

Sudoeste são de uma forma geral as mais soalheiras e as que atingem maiores

temperaturas e, como tal, podem revelar-se mais propensas à ocorrência de

incêndios.

Em termos de áreas construídas, estas tanto funcionam como barreiras à

propagação do incêndio (como no caso das rodovias), como contribuem para um

aumento do mesmo, pela actividade que geram bem como pelo facto de

constituírem focos privilegiados ao aparecimento de situações de fogo posto.

Quanto à vegetação, esta variável apresenta-se crucial ao cálculo deste índice, por

constituir o combustível que alimenta o fogo.

A combinação das variáveis atrás descritas para avaliação do Risco Estrutural de

Incêndio (SFI) é designada pela seguinte expressão:

SFI=100v+30s+10a+5u+2e

Sendo:

v =vegetação

s =declive

a =exposição

u =distância a rodovias e a aglomerados e infra-estruturas de alta tensão

e =altitude

Após a construção da carta de perigosidade procedeu-se à definição da carta de

dano potencial, a qual integra informação referente à vulnerabilidade e ao valor

económico das diferentes parcelas que cobrem a área em estudo.

Como resultado final, é produzida uma carta de risco de incêndio florestal, onde são

individualizadas as cinco classes de risco presentes na área em estudo.

Na construção da cartografia atrás descrita, utilizou-se o software de Sistemas de

Informação Geográfica (SIG), ArcGIS 9.1 e respectivas extensões, Spatial Analyst e

3D Analyst 9.1, para o cálculo do respectivo Modelo Digital do Terreno e cartas

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derivadas. Como informação de base, foram utilizados dados altimétricos (curvas de

nível e pontos cotados) e orográficos (escombros e taludes), validados em 2002 pelo

SMPC. Toda esta informação geográfica encontra-se no sistema de projecção

Hayford-Gauss IPCC e no sistema de coordenadas Datum 73, referente ao ponto

central.

Na prática, ao longo deste estudo foram sendo produzidas diversas cartas em

formato vectorial e outras, em formato raster, com células de dimensão 2x2m.

2. Carta de probabilidade

Uma das cartas que este método necessita calcular é a de probabilidade, um mapa

produzido com base na informação histórica referente aos pontos de ignição

registados no PFM, no período compreendido entre 1998 e 2009. De acordo com a

classificação utilizada pela DM, estes registos encontram-se classificados em

fogachinho, fogacho e incêndio e aos quais está associado um valor estimado de

área ardida. Enquanto um fogachinho apresenta áreas ardidas compreendidas entre

os 0 e os 700m2, com um valor médio de 107m2, o fogacho varia entre 20 e

33.833m2, com uma média de 4.419m2 e o incêndio, apresenta áreas superiores a

20.000m2. De acordo com os dados fornecidos, é conhecido o ponto de ignição,

desconhecendo-se a delimitação exacta da área ardida.

De modo a estimar qual a área ardida, associada a cada um dos pontos de ignição,

foi ponderada uma área de vizinhança específica (buffer), considerando estes

pontos como o centro do foco de incêndio. Recorrendo aos valores médios da área

ardida para o fogachinho e o fogacho, respectivamente de 107m2 e de 4.419m2, foi

extrapolado um raio para os respectivos buffers, de 10m para o primeiro caso e de

66m para o segundo. Quanto ao incêndio, o valor utilizado na construção do

respectivo buffer, baseou-se no mínimo de área ardida (20.000m2) que se traduziu

num raio de 447m (Figura 2).

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Quadro 1 – Caracterização dos Pontos de Ignição no período compreendido

entre 1998 e 2009

Classe Área (m 2) Raio do

Buffer (m)

Valor

Raster

Nível de

Probabilidade

Sem Dados

(Áreas que nunca

arderam)

- - 1 1

Fogachinho 107 (valor médio) 10 10 2

Fogacho 4.419 (valor médio) 66 66 2

Incêndio 20.000

(valor mínimo) 447 447 3

Fogachinho+Fogacho - - 76 3

Fogachinho+Incêndio - - 457 4

Fogacho+Incêndio - - 513 4

3. Carta de susceptibilidade

A construção da carta de susceptibilidade (Figura 3) define as condições que o

território apresenta para a ocorrência e potencial, de um fenómeno danoso. A sua

construção baseia-se no cruzamento de variáveis associadas à topografia, com as

da ocupação do solo. Face à omissão por parte do Guia Técnico, da operação que

associa as variáveis atrás descritas, optou-se por recorrer ao Índice Estrutural de

Incêndio (SFI), para se proceder ao cruzamento destas variáveis, conforme é

referenciado seguidamente.

3.1. Vegetação

Os incêndios florestais enquanto manifestação estritamente natural são raros3, ou

seja, na esmagadora maioria das situações intervém a acção humana negligente ou

criminosa. É essa a razão pela qual não é principal preocupação apurar os factores

de ignição, mas antes a rapidez com que os povoamentos florestais são consumidos

3 - Em trabalhos laboratoriais recentes Dimitrakopoulos (1994) estabeleceu, em amostras totalmente secas de Pinus halepensis e Quercus coccifera, como temperaturas de ponto de ignição, respectivamente, 235 +/- 2º C e 257,5 +/- 3º C …

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pelas chamas4. Este aspecto, aliado ao vento e declive, é determinante para a "taxa

de progressão da frente do incêndio".

Tendo por base a informação geográfica referente ao tema coberto vegetal,

fornecido pela DM da CML, com dados referentes a 2008, foi possível individualizar

os principais povoamentos presentes no PFM. De acordo com informação constante

no Quadro II, destacam-se como principais espécies, o Pinus Pinea e os Eucalyptus

sp, embora exista um grande número de parcelas com espécies indefinidas e de

clareiras.

Quadro 2 – Coberto vegetal presente no PFM, em 2009

Espécie Arbórea

Nº Espaços

Área mínima

(ha)

Área máxima

(ha)

Área Total (ha) Susceptibilidade Nível

Clareira 16 9293.8 139917.6 768800.9 Média 3

Cupressus lusitanica 11 2568.8 227210.2 398913.2 Elevada 4

Cupressus sempervirens 1 5240.7 5240.7 5240.7 Elevada 4

Cupressus sp. 3 4853.8 20563.2 38643.2 Elevada 4

Cupressus sp.+ Diversos 2 16132.6 33368.9 49501.5 Elevada 4

Eucalyptus sp. 16 12208.2 239565.7 1527006.6 Elevada 4

Eucalyptus sp.+ Cupressus sp. 2 36484.5 44473.3 80957.8 Elevada 4

Eucalyptus sp.+ Pinus halepens 1 85108.1 85108.1 85108.1 Elevada 4

Eucalyptus sp. + Pinus sp. 2 12089.9 48238.6 60328.5 Elevada 4

Indefinido 21 5949.9 121221.3 673738.9 Elevada 4

Olea europaea + Diversos 2 27114.1 120691.7 147805.7 Média 3

Olea europaea var. sylvestris 8 10229.8 52821.3 230588.0 Média 3

Pinus canariensis 2 3274.4 23252.3 26526.7 Elevada 4

Pinus halepensis 5 5269.5 150321.9 431541.3 Elevada 4

Pinus halepensis + Pinus pinea 5 14527.9 72701.1 228181.7 Elevada 4

Pinus halepensis+Eucalyptus sp. 1 40786.8 40786.8 40786.8 Elevada 4

Pinus pinea 27 4416.3 647988.1 2210264.1 Elevada 4

Pinus pinea + Quercus sp. 4 25061.7 96442.5 225456.3 Elevada 4

Pomar 1 8759.9 8759.9 8759.9 Baixa 2

Quercus faginea + Diversos 1 12558.4 12558.4 12558.4 Elevada 3

Quercus ilex + Quercus suber 6 9787.8 250622.0 646457.8 Elevada 3

Quercus suber 1 16406.5 16406.5 16406.5 Elevada 3

A integração desta informação no cálculo do SFI levou à atribuição de um

coeficiente de susceptibilidade (nível de risco de fogo) para cada um dos tipos de

espécie vegetal, de acordo com a metodologia apresentada no Guia Técnico (Corine

Land Cover 2000).

4 - Segundo Anderson (1970) a velocidade de combustão - combustibilidade - seria apenas um dos 3 componentes da inflamabilidade. Aspectos como a facilidade ignição - ignitabilidade - e a manutenção do fogo - sustentabilidade - são igualmente decisivos.

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É de referir que o tipo de ocupação vegetal, pode funcionar tanto como atenuante

como pelo contrário, como factor de risco acrescido. A taxa de cobertura elevada é

favorável à existência de sombra e logo, de importantes teores de humidade junto do

solo. Por outro lado a maior massa de lenho a ser consumida e a diminuição da

ventilação no interior de povoamentos cerrados coloca dificuldades à combustão.

Em situações limite o fogo extingue-se por si mesmo como resultado da inexistência

de oxigénio.

Em contrapartida a densidade revela-se como variável de risco, dado tornar mais

eficazes as transferências de calor e, desse modo, reduzindo a temperatura de

ignição. Nestas circunstâncias o incêndio atinge elevadas temperaturas além de

que, por vezes, a acessibilidade limitada ou impossível por via terrestre coloca

enormes dificuldades logísticas no combate ao sinistro.

Seguidamente é apresentada a cartografia referente á ocupação vegetal (Figura 4) e

à correspondente reclassificação baseada no atributo susceptibilidade ao risco de

incêndio (Figura 5).

3.2. Topografia

A análise topográfica baseia-se em três variáveis distintas: declive (Figura 6),

hipsometria (Figura 7) e exposição solar das encostas (Figura 8). Todas estas

variáveis foram definidas a partir do Modelo Digital do Terreno (MDT) produzido pelo

SMPC, do qual resultaram uma rede de triangulação (TIN) e uma tabela matricial

(GRID) com uma resolução de 2m, para a área correspondente ao espaço em

estudo.

Em termos estatísticos constata-se que o PFM apresenta altitudes compreendidas

entre os 5,7m e os 216,5m, sendo o valor médio de 119,1m e o desvio padrão de

47,2m. O valor máximo localiza-se junto ao Estabelecimento Prisional de Monsanto

(entre a Avenida 24 de Janeiro e a Avenida Tenente Martins), sendo os mínimos

registados em torno da Avenida de Ceuta e a Sul do Forte do Alto do Duque.

Em termos de declive, estes oscilam entre os 0º e os 71,7º com um valor médio a

rondar os 8,7º. Como áreas mais críticas, salientam-se os locais de declive mais

acentuado, pelo facto de acelerarem a propagação do fogo, e que no PFM se situam

na vertente oriental, em torno da A5/IC15 - Avenida de Ceuta e na vertente norte

virada para a Radial de Benfica.

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Quanto às exposições solares, é possível individualizar no PFM uma zona norte,

com predomínio das exposições norte e nordeste, uma vertente ocidental exposta

predominantemente para os quadrantes oeste e noroeste e uma vertente oriental

com diferentes exposições predominantes, sendo de destacar os quadrantes este,

sudeste e sul. É de referir que se consideram soalheiros, todos os flancos expostos

de sul a sudoeste, por receberem maior insolação e atingirem temperaturas mais

elevadas, apresentando-se assim menos húmidos. Por oposição como vertentes

úmbrias, individualizam-se as viradas de nordeste a noroeste, por receberem uma

baixa radiação directa. As vertentes expostas a este estabelecem uma zona de

transição.

As três variáveis consideradas (altitude, declive e exposição) foram posteriormente

reclassificadas de acordo com as classes apresentadas no Quadro 3.

Quadro 3 – Reclassificação das variáveis topográfic as, para o cálculo do SFI

Variável Susceptibilidade Nível Declive (%):

0-5 Baixo 2 5-10 Médio 3 10-15 Médio 4 15-20 Médio 5 >20 Elevado 6 NO DATA NO DATA NO DATA

Exposição: Sul (157.5-202.5º) Elevado 4 Oeste (247.5-292.5º) Elevado 4 Sudoeste (202.5-247.5º) Elevado 4 Este (67.5-112.5º) Médio 3 Sudeste (112.5-157.5º) Médio 3 Nordeste (22.5-67.5º) Baixo 2 Noroeste (292.5-337.5º) Baixo 2 Norte (0-22.5º/337.5-360º) Baixo 2 Flat (-1) Baixo 2 NO DATA NO DATA NO DATA

Altitude: <375m Médio 3

Para ilustrar a informação resultante da reclassificação, são apresentadas as

Figuras 9, 10 e 11.

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3.3. Proximidade a rodovias e aglomerados populacio nais

Outra das variáveis consideradas fulcrais no cálculo do Índice Estrutural de Incêndio

corresponde às áreas atravessadas por rodovias ou por aglomerados populacionais,

tendo-se recorrido à seguinte informação geográfica:

• A rede viária florestal fornecida pela Divisão de Matas;

• Eixos ferroviários fornecidos pela CML;

• Infra-estruturas de alta tensão fornecidas pela CML;

• As áreas edificadas definidas pelo SMPC5. Estes espaços integram conjuntos de

10 ou mais fogos contíguos ou próximos (distanciados entre si no máximo de

50m) que estejam localizados no interior do PFM ou que apresentem

continuidade para o exterior do mesmo. Foram igualmente considerados espaços

edificados, espaços com menos do que 10 fogos, mas que disponham de um

equipamento ou serviço que gere uma população presente significativa. Para

definir as áreas em estudo, foi necessário proceder à delimitação do perímetro

ocupado pelo aglomerado populacional, o qual foi circunscrito pela linha poligonal

fechada que engloba todos os edifícios e que ocupa a menor área possível.

Espacialmente, os locais considerados encontram-se ilustrados na Figura 11.

Como principais aglomerados individualizam-se:

1. IC19/Radial de Benfica/Colégio Beiral

2. Bairro do Calhau

3. Bairro da Boavista

4. Estrada do Forte de Monsanto/Avenida 24 de Janeiro/Avenida Tenente

Martins

5. Bairro do Alto da Serafina/Bairro da Liberdade

6. Cruz das Oliveiras

7. ETAR de Alcântara/Rua dos Sete Moinhos

8. Bairro de Caselas

9. Bairro do Camarão da Ajuda

10. Bairro do Alvito

11. Avenida de Ceuta/Rua da Fábrica da Pólvora

5 - Este trabalho foi acompanhado de uma correspondente verificação da informação geográfica baseada na leitura de orto-imagens.

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Foi igualmente integrado nesta classificação, o Parque de Campismo de Lisboa.

Como principais acessos situados no interior do PFM ou nas suas imediações,

destacam-se:

• Norte – o IC19 com seguimento pela Avenida General Norton de Matos ou Radial

de Benfica

• Ocidente - a CRIL (IC17) e Avenida das Descobertas/Avenida Dom Vasco da

Gama

• Oriente – o Eixo Norte-Sul com prolongamento para a Avenida da Ponte, a

Avenida Calouste Gulbenkian e a Avenida de Ceuta

• A dividir o PFM, a A5/IC15, com prolongamento para a Avenida Engenheiro

Duarte Pacheco.

Para além dos eixos rodoviários individualizados esta classe integra igualmente

todos os restantes que apresentam ordem 1A.

Seleccionadas as áreas, o passo seguinte consistiu na identificação das áreas

adjacentes aos eixos (rodo e ferroviários), para um raio de 10m e para os

aglomerados populacionais, com um raio de 100m.

Desta forma, como aconteceu com o tema coberto vegetal, houve necessidade em

classificar os locais que não obedeciam aos critérios atrás inventariados, em

espaços não edificados. Para concluir, procedeu-se à sua conversão para o formato

raster e à correspondente reclassificação, atribuindo um valor 3 aos espaços

construídos e 2 aos restantes. O resultado é apresentado na Figura 12.

Quanto aos valores do coeficiente de risco que foram utilizados, estes encontram-se

apresentados no Quadro 4.

Quadro 4 – Reclassificação da variável Espaços Cons truídos, para o cálculo do

índice de Risco Estrutural de Incêndio (SFI)

Variável Susceptibilidade Nível Dentro da área construída Médio 3 Fora da área construída Baixo 2

4. Carta de perigosidade

Entende-se como perigosidade, a “probabilidade de ocorrência, num determinado

intervalo de tempo e dentro de uma determinada área, de um fenómeno

potencialmente danoso”.

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A construção da carta de perigosidade resulta do produto entre a probabilidade e a

susceptibilidade ao risco de incêndio, a que cada parcela do PFM está sujeita,

subdividida em cinco classes. Espacialmente, as maiores áreas classificadas com

perigosidade Muito Alta localizam-se entre a CRIL/IC 17 e a Estrada do Alto do

Duque, junto ao Bairro da Boavista e nas imediações do Miradouro do Calhau,

conforme é ilustrado na Figura 13.

5. Carta de vulnerabilidade

A vulnerabilidade define o grau de perda a que um determinado elemento em risco

está sujeito.

A construção da carta de vulnerabilidade baseou-se na informação referente às

espécies vegetais, ao espaço edificado (onde se inclui o Parque de Campismo), às

infra-estruturas de Alta Tensão e à rede rodo e ferroviária, temas esses que foram

cruzados entre si.

Para cada uma das variáveis atrás descritas foi atribuído um valor de referência para

a vulnerabilidade (Quadro 5). Enquanto que os valores atribuídos às espécies

vegetais foram definidos pela DM, por melhor conhecimento dos povoamentos

florestais da área em estudo, os valores atribuídos aos espaços construídos

basearam-se na informação constante na Figura 2.1 do Guia em apreciação.

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Quadro 5 – Valores de Referência para a vulnerabili dade

Tipo de Ocupação Vulnerabilidade Espécie Arbórea

Clareira 1.00 Cupressus lusitanica 0.10 Cupressus sempervirens 0.10 Cupressus sp. 0.10 Cupressus sp. + Diversos 0.20 Eucalyptus sp. 0.50 Eucalyptus sp. + Cupressus sp. 0.40 Eucalyptus sp. + Pinus halepens 0.50 Eucalyptus sp. + Pinus sp. 0.60 Indefinido 0.50 Olea europaea + Diversos 0.00 Olea europaea var. sylvestris 0.00 Pinus canariensis 0.10 Pinus halepensis 0.70 Pinus halepensis + Pinus pinea 0.50 Pinus halepensis+Eucalyptus sp. 0.60 Pinus pinea 0.40 Pinus pinea + Quercus sp. 0.30 Pomar 0.00 Quercus faginea + Diversos 0.00 Quercus ilex + Quercus suber 0.10 Quercus suber 0.10

Espaço Construído Edificado Zona I 0.75 Estradas 0.25 Ferrovias 0.75 Rede Eléctrica 0.50

Após a atribuição de um valor de vulnerabilidade a cada um dos espaços em estudo,

procedeu-se à sua conversão para o formato raster, seguindo-se a sua

reclassificação em cinco classes pelo método do quantil, baseada nos valores de

referência da vulnerabilidade, atribuindo-se o valor 0 aos espaços menos

vulneráveis e 1 aos mais vulneráveis, sendo 0,547 o valor médio.

6. Carta de valor económico

Tendo como principal objectivo quantificar o investimento necessário à recuperação

de uma parcela, de acordo com a sua vulnerabilidade, após destruição ou perda de

performance por exposição ao fenómeno de incêndio, procedeu-se à construção da

carta referente ao valor económico da parcela.

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Considera-se a atribuição do valor de mercado (em euros) a cada um dos tipos de

ocupação constitui uma tarefa difícil de definir, devido aos diferentes factores que

podem ser considerados como valorativos do espaço em análise, ou pelos inúmeros

de pontos de vista com que se pode analisar este parâmetro. Assim, os valores

atribuídos a esta variável basearam-se na proposta apresentada na Figura 2.1 do

Guia Metodológico (Portaria n.º1240/2008, de 31 de Outubro), referenciando um

valor económico único, para todo o espaço construído (741,48€/m2). Quanto ao

espaço florestal, a DM procedeu-se a uma adaptação conforme valores

apresentados no Quadro 6, No entanto, pode considerar-se que adopção destes

valores poderá não ser a opção mais indicada para o concelho de Lisboa.

Face a esta situação, a DM apresentou uma proposta de valoração do espaço

florestal de acordo com a Norma de Granada (Quadro 6), uma vez que a mesma

não consagra os espaços construídos, esta não pode ser utilizada, face à

discrepância de valores existentes entre as duas fontes de informação, pelo que se

alerta para a revisão destes valores.

De acordo com o Método de Valoração das Árvores e Arbustos na Norma de

Granada, o cálculo do valor económico baseia-se no valor estimado para as

indemnizações pagas por danos no arvoredo resultantes de causas diversas (como

no caso dos acidentes de viação em Monsanto). O valor económico por hectare

baseia-se na idade aproximada do arvoredo e no número de árvores por hectare no

PFM, utilizando os valores e a metodologia adoptada na Tabela de Taxas e Outras

Receitas Municipais.

O cálculo dos Danos das Árvores e Arbustos Substituíveis tem por base a fórmula

de Granada:

I = P / C x (h+50) em que:

I - percentagem do dano;

P - largura do dano;

h - altura;

C - perímetro do tronco;

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O valor da indemnização a pagar resulta do produto da percentagem do dano pelo

valor da árvore ou arbusto danificado6.

Espacialmente, a informação referente ao valor económico das parcelas que cobrem

o PFM encontra-se ilustrado na Figura 16.

Quadro 6 - Valores de Referência para o Valor Econó mico das parcelas

florestais definido pela DM

Valor Mínimo

€/ha Valor Máximo

€/ha Valor Guia

€/ha Clareira 52 185800 52

Cupressus lusitanica 7109578 10476459 84

Cupressus sempervirens 10476459 10476459 84

Cupressus sp. 10476459 10476459 84

Cupressus sp. + Diversos 10476459 10476459 68

Eucalyptus sp. 5767086 8539944 136

Eucalyptus sp. + Cupressus sp. 8084878 8084878 110

Eucalyptus sp. + Pinus halepens 8084878 8084878 110

Eucalyptus sp. + Pinus sp. 9067797 9067797 110

Indefinido 5459575 10476459 52

Olea europaea + Diversos 7116620 7116620 779.5

Olea europaea var. sylvestris 7116620 7116620 1507

Pinus canariensis 9595650 9595650 84

Pinus halepensis 9595650 9595650 84

Pinus halepensis + Pinus pinea 10057521 10057521 289

Pinus halepensis+Eucalyptus sp. 9067797 9067797 110

Pinus pinea 5459575 8766160 494

Pinus pinea + Quercus sp. 8381268 8381268 290.5

Pomar 0 0 52

Quercus faginea + Diversos 8766160 8766160 69.5

Quercus ilex + Quercus suber 7996375 7996375 365 Quercus suber 7996375 7996375 618

7. Dano potencial

Recorrendo ao produto entre os rasters da vulnerabilidade com o do valor

económico, foi possível estimar o dano potencial a que um espaço está sujeito.

Enquanto que a uma parcela de elevado valor económico e totalmente invulnerável

se associa a um dano potencial nulo, por quanto não será afectado pelo fenómeno,

a uma parcela em que a vulnerabilidade seja próxima de valores máximos e o seu

valor económico é elevado e o dano potencial também.

6 Os valores das árvores e arbustos substituíveis são calculados previamente pelos serviços e resultam do somatório dos preços de mercado com os custos operacionais anuais (remoção, transporte, plantação e manutenção), entre outros.

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A Figura 17 ilustra a distribuição do dano potencial na área do PFM.

8. Carta de risco

O cálculo do risco de incêndio resulta do produto entre a perigosidade e o dano

potencial, integrando informação referente à probabilidade, à susceptibilidade, à

vulnerabilidade e ao valor económico da área do PFM. Através desta operação foi

possível construir uma carta de risco de incêndio florestal para o PFM e

individualizar 5 classes pelo método de divisão em intervalos iguais, nomeadamente:

muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto, representada na Figura 18.

Tendo por base a metodologia proposta, constata-se que ao longo do tempo a única

variável que pode interferir no resultado final, corresponde à probabilidade, uma vez

que a mesma vai integrando anualmente informação referente aos incêndios

ocorridos no ano anterior. Deste modo, a carta de risco ao ser actualizada, será

sempre mais gravosa do que a do ano anterior, desde que ocorra pelo menos um

incêndio. Esta limitação do modelo poderia ser ultrapassada com a introdução de

ponderações nas variáveis de base, nomeadamente: probabilidade, susceptibilidade,

vulnerabilidade e valor económico. A alternativa poderá passar pela definição de um

período histórico de registo de incêndios mais reduzido, que se propõe que seja

definido em 10 anos.

Outra limitação apresentada por este modelo está associada à escala de análise. O

facto deste estudo estar a ser efectuado a um grau de pormenor de 2x2m, vai

igualmente agravar esta situação de risco para a cidade.

9. Conclusão

De acordo com os resultados obtidos neste estudo, conclui-se que a metodologia

utilizada, constitui um instrumento a rever para tornar a análise do risco de incêndio

mais adaptada ao caso de Lisboa. O facto de apenas integrar uma componente

variável ao longo do tempo, a probabilidade, dá uma ideia que a situação de risco se

vai agravando, o que não é uma conclusão correcta. Apesar de haver maior número

de registos de ocorrências de incêndio num mesmo espaço, os mais antigos, pela

sua dimensão já podem ter permitido a regeneração do local.

Pela análise da carta de risco de incêndio florestal, verifica-se que a classe de risco

mais representativa é a Muito Baixa, denotando-se algumas diferenças entre zonas.

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Espacialmente as áreas mais vulneráveis, classificadas como tendo risco Alto,

localizam-se zona Sudoeste do PFM, entre o IC17/CRIL e o Hospital de São

Francisco Xavier, na freguesia de São Francisco Xavier – espaço I. Estas manchas

apresentam pequenas dimensões.

Individualizam-se ainda duas outras áreas, onde o risco de incêndio florestal é

classificado como Médio:

• No PFM Sudoeste, entre a Estrada do Forte do Alto Duque e o acesso à IC

17/CRIL, até à Pista atrás do Aquaparque, na freguesia de São Francisco Xavier –

espaço II

• No PFM Noroeste, na envolvente ao troço norte da Pista Encosta da Luneta e a

Este do cruzamento entre a estrada de Monsanto e a Pista da Rua Fria, na

freguesia de Benfica – espaço III

É de destacar que não existem zonas classificadas como risco Muito Alto de incêndio

florestal.

Sugere-se que esta cartografia seja validada no campo numa fase subsequente,

para que os resultados sejam melhor ajustados à realidade.

A realização da carta de risco incêndio florestal baseada em factores físicos e

sociais, como a topografia (exposição, declive e altitudes), o combustível florestal

(coberto vegetal) e a proximidade de aglomerados populacionais e rodovias, confere

ao documento final um carácter “estático”, em que está ausente toda a variabilidade

introduzida em cada dia pelos parâmetros climáticos. Para colmatar esta situação há

necessidade de conhecer diariamente os índices dinâmicos ou de curto prazo. Estes

índices têm como principal objectivo, o registo de mudanças nas condições de

inflamabilidade dos combustíveis baseado nas variáveis meteorológicas, permitindo

a produção diária de cartas de risco potencial de incêndio. Esta informação é

disponibilizada diariamente pelo Instituto de Meteorologia (IM).

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10. Bibliografia

• Anderson, H.E. (1970) - Forest fuel flamibility in Fire Tech, pp. 312-319

• Comissão Regional de Reflorestação do Algarve; “Orientações Regionais

para a Recuperação das Áreas Ardidas em 2003 e 2004”, Ministério da

Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Secretaria de Estado do

Desenvolvimento Rural e das Florestas, Comissão Regional de Reflorestação

do Algarve, Portimão, Março de 2006

• Dimitrakopoulos, A.P. (1994) - Methodology for measuring ignition-point

temperatures of plant species in Procedures 2nd I.C.F.F.R., Vol I, B.26, pp.

435-443, Coimbra, Nov. 1994

• FREIRE, Sérgio; CARRÃO, Hugo; CAETANO, Mário R.; “Produção de

Cartografia de Risco de Incêndio Florestal com Recurso a Imagens de Satélite

e Dados Auxiliares”, Instituto Geográfico Português, Lisboa, 2002

• Ganho, N. (1994) - Risco de incêndio florestal em áreas urbanas e

periurbanas - O exemplo de Coimbra in Actas II EPRIF, pp. 97-116, Coimbra,

Fev. 1994

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11. Cartografia

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