C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

32
CIÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/Aula_2_ALESP.ppt

Transcript of C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Page 1: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

CIÊNCIA POLÍTICA

Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório

Outubro/ 2015

Fonte: www.al.sp.gov.br/StaticFile/ilp/Aula_2_ALESP.ppt

Page 2: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

O que são políticas públicas e como são

produzidas?

Page 3: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Política pública: origem

• Europa– Desdobramento das Teorias que buscam entender o papel do

Estado

• EUA– Estudo das Instituições para limitar a tirania e as paixões

(Madison)– Estudo das organizações locais como espaços capazes de

promover o bom governo (Tocqueville)– Estudo sobre os processos de tomadas de decisões

Page 4: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Política pública: definição

• É um conjunto articulado de decisões orientadas para a resolução de um problema ou para a realização de um objetivo considerado de interesse público.

• As decisões constituem um padrão de atividade governamental a respeito do assunto.

• Aquilo que é de fato realizado e não um conjunto de intenções.

Page 5: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Entende-se por Políticas Públicas:

1) “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa dar conta de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público” (Guareschi et al., 2004).

2) o campo de conhecimentos que analisa o governo à luz de grandes questões públicas (Mead, 1995, apud Souza 2006).

3) a soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação e que influenciam a vida dos cidadãos (Peters, 1986, apud Souza 2006).

4) o que o governo escolhe fazer ou não fazer (Dye, 1984, apud Souza 2006).

Em última instância, pode-se dizer que os temas relativos às políticas públicas dizem respeito a entender quem ganha o quê, por que e que diferença isso faz.

Page 6: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Características

• As PP são desenvolvidas por instituições governamentais e seus responsáveis por meio de processos políticos.

• Sua implementação pode ou não envolver organizações da sociedade, empresas etc.

• As PP envolvem não somente a decisão de elaboração legal, mas os atos subsequentes relacionados à implementação, interpretação e cumprimento da lei.

Page 7: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Um problema é considerado público quando um grupo considerável de pessoas

considera que deve receber atenção por parte do

governo.e o governo passa a prestar atenção no referido

problema

Page 8: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

O ciclo das Políticas Públicas

• Formação do problema• Inclusão na agenda• Formulação de política• Decisão da política• Implementação da política• Avaliação da política

Será que este ciclo é realmente linear?

Page 9: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

O contexto da política pública

• Cultura política• Opinião pública• Sistema social ( diferentes interesses)• Sistema econômico• Contexto institucional• Relações federativas• Separação de poderes• Sistema partidário

Page 10: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Quem faz parte do jogo?

• Formuladores• Implementadores• Interessados• Beneficiários• Políticos• Burocratas• Imprensa

Page 11: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

ONDE SE JOGA?

Movimentos SociaisConselhos e ConferênciasCâmaras e Assembléias

Poder JudiciárioMinistério Público

Secretarias de GovernoComunidades Epistêmicas

Outros

Page 12: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

PPs e direitos

• Direitos são construções sociais, fruto das disputas entre diversos setores da sociedade.

• As políticas públicas podem ser instrumento de afirmação e materialização de direitos:– Provendo o acesso direto aos direitos– Removendo barreiras ao acesso aos direitos:

• Políticas de ações afirmativas.• Construção de infra-estruturas físicas e institucionais.• Acesso à informação sobre acesso a direitos.

Page 13: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Cuidado!Nem sempre uma política amplia os

direitos• As políticas podem ser excludentes

quando:– Restringem o acesso aos serviços públicos. – Criam serviços de segunda categoria para setores com menos

poder. – São apropriadas por setores específicos em detrimento de

objetivos universalizantes.

Page 14: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Debate:

• Qual é a relação entre políticas públicas e direitos?

• Exemplos de políticas que ampliam e que restringem direitos.

Page 15: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Como são feitas as salsichas, as leis... e as políticas públicas?

Page 16: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

A formação da agenda

• Nem todos os problemas para os quais as pessoas buscam apoio governamental atraem atenção suficiente para entrar na agenda. Há uma disputa.

• Para isso é preciso que os grupos sejam numerosos, poderosos e/ou tenham status.

• Dirigentes políticos tem papel central na conversão de problemas em agenda.

Page 17: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Formulação e adoção de uma política

• Envolve a escolha de caminhos de ação/estratégias.

• A questão do conhecimento: A dificuldade na formulação do diagnóstico sobre o problema, complexidade dos problemas sociais.

• Atores que dão sustentação à política e mecanismos de concertação, dominação e negociação.

Page 18: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Implementação de políticas

• As organizações da administração pública são os atores implementadores mais importantes das PP.

• A própria burocracia também desempenha um papel importante e colabora para o sucesso ou fracasso da PP.

• Redes de implementação: agentes governamentais e não-governamentais

• A implementação é um palco ativo de negociação e barganha entre agentes e beneficiários.

Page 19: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Políticas Públicas e conflito social

• Podemos ver as PPs como reflexo nas ações do Estado dos conflitos e disputas por recursos no interior da sociedade:– Quem será o beneficiário direto e indireto?– Que recursos irão para onde? – Quem deixará de receber esses recursos?

Page 20: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Um exemplo: Passe Livre no Transporte Coletivo para estudantes

• Quem lucra com ele? • Quem paga a conta? • Que argumentos são utilizados a favor e

contra?

Page 21: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Cuidado com a nova tecnocracia!• O discurso “técnico” das políticas públicas

pode mascarar as disputas sociais: – As escolhas de método, dados e critérios para formulação do

diagnóstico influenciam o rumo que a política tomará: o diagnóstico não é isento. Diagnósticos implicam escolhas.

– Por trás da frieza técnica dos números, estão preconceitos, ideologias, interesses etc. Não há neutralidade.

– Quem pode dizer que uma política é melhor que outra? Com que critérios? É melhor para quem?

– É possível falar de uma política tecnicamente perfeita?

Page 22: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Quais são os argumentos para que uma posição prevaleça no processo

das PPs?

• Promoção do bem comum.• Defesa de setores vulneráveis.• Defesa de interesses difusos.• Promoção da justiça e igualdade.• Aumento de eficiência do uso dos

recursos.

Page 23: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Os argumentos reacionários (Hirschmann)

• Ameaça: podemos fazer, mas há um sério risco de perdermos Direitos já conquistados por causa dessa tentativa de ampliá-los...

• Futilidade: podemos fazer, mas é desnecessária nossa ação. Quando a situação tiver que ser resolvida, ela será... Por enquanto, o problema continuará o mesmo...

• Perversidade: efeito adverso. Se fizermos isso, o problema que queremos resolver vai piorar. As conquistas sociais aumentam a indolência...

Além dos argumentos apresentados por Hirschmann• Impossibilidade: a idéia é boa, mas não vai ser possível implementá-la por

conta de dificuldades jurídicas, econômicas, políticas, culturais, técnicas, administrativas etc.

Page 24: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Trabalho em grupo

• Para uma política pública, analisar os principais argumentos favoráveis e contrários.

• O que está por trás deles?

Page 25: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Avaliação de PP

• O que se quer saber ao avaliar uma política: – Eficiência na aplicação dos recursos– Eficácia na realização dos objetivos prescritos– Efetividade em termos de transformação da realidade:

resultados e impactos.

• A avaliação não é neutra, também...• O fetiche dos indicadores.

Page 26: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

Controle social e participação

• Controle social:– Está diretamente associado à transparências dos atos dos

agentes públicos.– Deve estar presente ao longo de todo o ciclo das políticas

públicas.– Cria condições para o estabelecimento de relações de

confiança.– Exige a existência de mecanismos de prestação de contas.

Page 27: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE CONTROLE SOCIAL

Fiscalização de contratações.Acompanhamento da execução orçamentária.Estudos orçamentários sobre assuntos

específicos.Monitoramento de projetos.Acompanhamento permanente de políticas.Participação em conselhos gestores de políticas

públicas.

Page 28: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

O PAPEL DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA

• Fóruns de políticas públicas• Fóruns de acompanhamento do

orçamento público.• Redes de monitoramento de políticas.• Iniciativas de avaliação independente de

políticas públicas.• Participação em conselhos gestores de

políticas públicas e de unidades

Page 29: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

PARTICIPAÇÃO

• Participação individual ou por meio de organizações representativas de interesses.

• Muitas vezes, a participação é apenas superficial ou de fachada, para legitimar as ações dos agentes públicos.

• Efetividade da participação exige institucionalidades: ferramentas e instâncias.

Page 30: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO

• Conselhos gestores de políticas públicas.• Audiências públicas.

• Conferências de políticas públicas.

Page 31: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

DIFICULDADES

• Assimetria de informações governo-sociedade civil.

• Capacidade de processamento de informações pelas organizações da sociedade.

• Articulação de iniciativas de controle social de vários setores.

• Participação setorizada: cada um puxa a sardinha para sua brasa…

• Resistência governamental e burocrática à participação e controle social.

Page 32: C IÊNCIA POLÍTICA Prof.ª Dra. Teodolina Batista da Silva Cândido Vitório Outubro/ 2015 Fonte: .

DISCUSSÃO EM GRUPO

• Quais são as principais possibilidades de participação e controle social em políticas públicas de interesse da juventude?

• Quais são as maiores dificuldades enfrentadas?