Buzz # 17 Maio

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Matérias com os bares de Jacareí, o bolo preferido do príncipe e uma entrevista com a artista plastica Lourdes Scavone

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A revista Buzz é uma publicação mensal da Voz Ativa Comunicações - Diretora Geral: Silvia Regina Evaristo Teixeira - Conselho Editorial: Silvia Regina Evaristo Teixeira, Jefferson Teixeira - Diretora Comercial: Silvia Regina Evaristo Teixeira - Editor-chefe: Mauro San Martín - DRT 24.180/SP - Repórteres: Mauro San Martín e Sandro Possidonio. Foto da capa: Kiko Sanches - Editor de texto: Pedro Rodrigues Junior - Tiragem: 5 mil exemplares - Impressão: Jac Gráfica e Editora - Email: [email protected] - Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam necessariamente a opinião da revista ou da editora.

Carta ao Leitor

BUZZ PÁGINA 2

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Até que ponto...

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08 I Lourdes ScavoneA artista plástica Terezinha de Lourdes Bagatin Scavone é nossa entrevistada des-ta edição. Falamos com ela para saber um pouco mais sobre a imigração italiana em Jacareí a partir dos Scavone e dos Bagatin.

14 I Bolo do príncipeO casal real, o príncipe William e Kate Mi-ddleton, causou frisson em todo mundo. Uma das coisas que chamou a atenção foi o bolo de chocolate. Buzz conseguiu a recei-ta e traz para você.

12 I Bar doce barQuer coisa mais gostosa que bater um papo com um amigo num bar. Buzz foi atrás dos bares tradicionais de Jacareí para saber suas histórias e por que estão há tanto tem-po na praça.

06 I Hospital rejeitadoO ex-prefeito e atual vereador Osvaldo da Silva Arouca diz que conseguiu um hos-pital para Jacareí, quando estava no paço municipal. Ele reclama que o sucessor não deu sequência por ‘rixa política’.

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10 I Turismo de invernoSe você está cansado da badalação e do grande movimento da alta temporada de Campos do Jordão, a seção de viagem da Revista Buzz sugere uma alternativa - San-to Antonio do Pinhal. O clima da montanha com muito verde tem artesanato e atrações típicas da estação.

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A política nos surpreende sempre por-que não sabemos o que ocorre nos basti-dores, sem a presença da imprensa. Uma de nossas matérias traz à tona novamente a questão do hospital municipal em Jaca-reí. Causa indignação saber que a cidade perdeu um hospital por causa de ‘rixa política’ entre dois ex-prefeitos. Após 20

anos, trazemos essa história de volta para uma reflexão.

A presente edição conversou com a ar-tista plástica Lourdes Scavone, que fala a respeito da imigração italiana em Jacareí a partir das famílias Scavone e Bagatin. Um outro assunto é uma reportagem sobre os bares tradicionais da cidade. Quem nun-ca encostou-se em um balcão, para tomar uma cerveja e beliscar um petisco? Fomos atrás dos bares tradicionais e seus proprie-tários falaram sobre suas histórias e o que os torna tão especiais. Boa leitura!

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JaCareí Que pensa

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Jacareí discute o aumento do número de vereadores para a próxima legislatura (2013-2016), passando dos atuais treze para até 21 parlamentares. Hoje, a Câmara Municipal gasta R$ 267 mil com cada vereador por ano. A proposta de emenda à Constituição (PEC), que permite aumentar o número de vereadores, foi aprovada pelo Congresso em 2008. E você, o que acha do aumento do número de vereadores em Jacareí?

“Eu sou contrário ao aumento de verea-dores na Câmara. Isso, porque a cidade não tem tantos problemas a ponto de que seja necessário o aumento de vere-adores. E também aumentaria o gasto. Isso deveria ser pensado com mais cui-dado e não seria para este momento.”

Jacob Raimundo da Silva Filho, proprietário da Spettabille Escola de Música e Eventos

“Sou contra. Se treze vereadores não fazem o suficiente pela cida-

de, por que 21? Façam pelo menos um terço do que a cidade precisa, depois a gente conversa sobre au-mento do número de vereadores.”

Rosangela Auxiliadora Barbosa,

gerente financeira

“Eu sou contra o aumento do nú-mero de vereadores até porque acho que Jacareí comporta os que já tem. Seria um aumento de despesa. Diria que não vejo nada significativo com o aumento do número de vereado-res na Câmara Municipal. Apenas aumento de despesa, nada mais.”

Milton Antonio Gomes, comerciário Bu

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Desocupação do Bananal

As 90 famílias da Comunidade Bananal, localizada na Rua Padre Eugênio, foram retiradas do local após os proprietários do terreno conseguir a reintegração de posse num processo que durou mais de seis anos. A Prefeitura de Jacareí colocou um cami-nhão para levar os móveis dos invasores e ainda informou que boa parte das famílias está inscrita em programas habitacionais e recebe a bolsa família ou renda cidadã.

Zona Azul foi reajustada

A Prefeitura de Jacareí derrubou a liminar que impedia o reajuste do valor da Zona Azul da cidade. A partir de 2 de maio o va-lor da hora do estacionamento rotativo pas-sou para R$1,60. O aumento na tarifa foi de 33,3%. Antes, a hora custava R$1,20. A Estapar/Hora, responsável pela operação do estacionamento rotativo, e a prefeitura alegam que o reajuste é necessário e equi-vale à inflação do período. A tarifa não era reajustada desde 2007.

Sany oficializa fábrica

O presidente da Sany do Brasil, Victor Yuan, e o prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota, assinaram protocolo de in-tenções para implantação de uma fábrica na cidade. O protocolo prevê investimento de US$ 200 milhões e a geração de 1000 empregos diretos. Sany deverá se instalar numa área de 560 mil m2 no Parque Meia-Lua.

Terceira ponte é inviavel

Com relação à terceira ponte sobre o rio Paraíba em Jacareí, a Prefeitura esclareceu que várias intervenções estão sendo feitas na cidade com o objetivo de desafogar o trânsito na região central, como, por exem-plo, a continuação da Avenida Davi Lino. “A terceira ponte, por si só, não é a solu-ção para o trânsito da cidade, que registra um grande crescimento da frota local, com mais de 210 mil veículos (sic)”. Além dis-so, o alto custo de um projeto, como o da terceira ponte, exige uma maior participa-ção por parte do governo do Estado, prin-cipalmente com recursos financeiros – sem isso, o projeto é, no momento, “inviável para a prefeitura”.

Exposição de arte barroca

A arte cusquenha de Wilbert Flores é tema de expoxição no EducaMais, centro, de 1º a 30 maio. Entrada gratuita.

Exportação cresceu 19,44%

As exportações nas indústrias instaladas em Jacareí aumentaram 19,44% nos pri-meiros três meses de 2011 em comparação com igual período do ano passado, segun-do o Ministério Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio Exterior. Os dados foram divulgados pela assessoria da Prefeitura de Jacareí. De acordo ainda com a assessoria, os produtos de Jacareí foram à Europa, América do Sul e Ásia e a prefeitura acre-dita que a tendência é de crescimento ainda maior com a chegada das novas fábricas.

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HOSPITALdos sonhos

O ex-prefeito de Jacareí Thelmo de Almeida Cruz informou que não deu con-tinuidade ao hospital iniciado pelo seu antecessor, porque não tinha recursos. Ele falou ainda que pagou uma pequena parte da área desapropriada, pois era considera-da muito grande.

Segundo Thelmo, não houve verba do governo federal como informou o ex-prefeito Osvaldo da Silva Arouca. Ele afir-

mou que “não cancelou porque não tinha nada para ser cancelado. Havia apenas ta-pumes no local. Somente isso”.

O vereador Marino Faria (PT), que na época participava do Movimento Popular de Saúde, disse que era “um projeto real e o ex-prefeito Thelmo optou por não dar sequência”.

Faria acrescentou também que Arouca tentou fazer “uso político” da obra para

eleger seu sucessor Nicolau Khole a pre-feito, pois naquela época ainda não havia reeleição. De acordo com o vereador petis-ta, não há informações se a cidade poderia aproveitar o projeto da Zanettini Arquite-tura e em que local poder-se-ia construir um hospital com 10 mil metros quadrados, uma vez que a área comprada em Santa Cruz dos Lázaros é de apenas 5 mil metros quadrados.

Thelmo diz que não teve recursos para continuar o hospital

Um dos assuntos em pauta na cidade há algum tempo é a construção de um hospital municipal. O que poucos sabem é que en-tre o ex-prefeito, Thelmo de Almeida Cruz (mandatos de 1983-1989 e 1993-1996), e seu sucessor no paço municipal, Osvaldo da Silva Arouca (mandato 1989-1992), a

cidade quase teve um hospital regional, com 120 leitos, desses, 12 para UTI, insta-lado na região da Santa Cruz dos Lázaros, no início dos anos 90.

Em 1991, após negativa do governo estadual, o ex-prefeito Osvaldo da Silva Arouca conseguiu que o ministro da Saúde, Alceni Guerra, firmasse um convênio para a construção de um hospital regional em Jacareí. Apenas oito cidades do Estado, en-tre elas: Poá, São Miguel Paulista, Bauru, Sorocaba e Jacareí conseguiram tal feito junto ao governo federal da época.

Arouca conta que “a prefeitura entrou com 40% da obra e o Ministério da Saúde com outros 60%”. Segundo ele, “o mais in-teressante disso foi que a Prefeitura de Ja-careí pôde colocar o valor do terreno como parte da contrapartida do convênio. “As proprietárias do terreno de Santa Cruz dos Lázaros, as irmãs do ex-senador Severo Gomes, aceitaram parcelar o valor do lo-cal em 25 vezes sem juros e sem correção monetária, por tratar-se de obra social”. A Revista Buzz apurou que a área tinha 68 mil metros quadrados. O hospital ocuparia apenas 10 mil metros quadrados. A Justiça fez a emissão de posse para que a prefeitura pudesse celebrar o convênio.

O projeto arquitetônico foi conseguido junto ao arquiteto Siegbert Zanettini gra-tuitamente. Zanettini é professor titular da FAU/USP e possui mais de 1200 projetos realizados. Ele é famoso pelo uso do aço e ainda por projetar vários hospitais. A Buzz teve acesso ao projeto arquitetônico desen-

volvido e assinado pela Zanettini Arquite-tura Planejamento e Consultoria S/C Ltda.

O governo federal realizou a licitação para a obra e a empresa Schain Cury foi a vencedora. A Prefeitura de Jacareí recebeu a primeira parcela do convênio, no valor de R$ 100 mil, para limpeza, medições e can-teiro de obra, ainda em 1992. Por tratar-se de ano eleitoral, a segunda parcela saiu so-mente em 1993, já no governo de Thelmo. Porém, na gestão do ex-prefeito Thelmo, que também é médico, não foi dada sequ-ência à obra. O dinheiro retornou a Brasília e grande parte terreno foi devolvida às ir-mãs do ex-senador Severo Gomes.

Arouca pensa “que ainda é possível

retomar esse projeto, mas necessita de al-guém com força em Brasília”. Parte do ter-reno, em que seria construído o hospital, já foi loteada.

Ex-prefeito e atual vereador Aroucae o projeto da Zanettini

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Bom humor, simpatia, simplicidade e habilidade. Estes são alguns atributos da dona de casa Valdete Barbosa de Oliveira, 52 anos, que há sete anos perdeu a visão dos dois olhos com uma doença chamada glaucoma. Apesar da deficiência visual, ela faz crochê, tricô, bordado e patchwork no Clube de Mães do Bairro Jardim União, em São Paulo.

“Foi realmente um baque muito grande quando eu perdi a visão. A gente per-de o chão. Mas com o apoio da minha família e dos meus amigos, nem cheguei a entrar em depressão”, relata Valdete. Ela, que foi uma das fundadoras do grupo de mães do bairro, há 25 anos, nunca deixou de fazer os trabalhos artesanais.

“Mesmo depois de ter ficado cega, nunca deixei de fazer nada. Vou às viagens do grupo, danço, trabalho e cuido dos meus netos”, conta sorrindo a dona de casa. Conforme a professora do grupo, Albertina Laurindo, Valdete tem uma sensibilidade incrível na produção dos objetos. “Nós que temos a visão erramos bastante e ela consegue fazer perfeitinho”, avalia.

Amigas se espelham em ValdeteValdete virou exemplo para as amigas do grupo pela força de vontade, supera-

ção e pelo trabalho desenvolvido com as mãos. “É um incentivo vê-la tricotando. Mesmo sem visão ela faz tudo e também ensina a gente”, diz a colega do grupo e xará Valdete Machado.

A dona de casa diz que gosta de produzir blusas e tapetes. “Senti que melho-rei os trabalhos depois de perder a visão. Consigo definir os tecidos só sentindo com as mãos. Procuro sempre me superar no que faço”, fala.

A maior falta que Valdete sente é da leitura. Entretanto, ela pensa em fazer um curso de braille nos próximos meses. “Nunca falaram que eu não podia fazer. Sempre fui lá e fiz. E se não der certo, vou lá e tento novamente”, afirma, dando mais uma prova de sua superação.

Um exemplo de vida e de humor

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LOURDESSCAVONE

ENTREVISTA

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ENTREVISTA / Lourdes Scavone, artista plástica

Buzz – Fale-nos a respeito da família Scavone.

Terezinha de Lourdes Bagatin Sca-vone - Fui casada com Osvaldo Scavone, filho de Batista Scavone. A família Sca-vone, a qual pertenço, possui ligação com os Scavone de Itatiba. Os que dão nome à Rodovia Geraldo Scavone possuem fami-liares na região de Mogi das Cruzes. Há muitos Scavone espalhados pelo estado de São Paulo.

Buzz – A Loja Scavone que tinha em Jacareí pertencia a sua família?

Lourdes – Era do meu marido e do meu cunhado. Meu marido era formado em en-genharia química. Ele não gostou de ser empregado e resolveu abrir uma loja junto com o irmão – a Irmãos Scavone Ltda. A loja ficava na Rua Alfredo Schurig, primei-ro ao lado do Trianon, e depois transferiu-se para o Largo do Rosário. Vendia eletro-domésticos como fogão, geladeira, entre outros. Ele trabalhou ainda com materiais de construção.

Buzz – Como era formada a família Scavone?

Lourdes – Batista Scavone (1873-1927) foi casado com Leonídia Cundari Scavone e tiveram oito filhos. A primeira foi Angé-lica que se casou com Vicente Scherma. O segundo foi Arlindo que casou com Jovita Scavone. O terceiro foi Álvaro casado com Julia Guery. Valdemar casou com uma des-cendente de libanês. Zilda foi casada com um italiano em São Paulo. Ivair foi casado com Cecília Maia. Eu casei com Osvaldo. Teve ainda Orestes que ficou em São Paulo. Batista Scavone veio para cá na época em que havia o Colégio Nogueira da Gama. Trouxe a irmã Rosa e um sobrinho, Laurin-do. Teve uma barbearia muito chique onde era o Bidu. Havia um kit de barbearia para cada freguês. Trabalhou ainda com torrefa-ção de café e depois montou uma fábrica de macarrão. Meu pai, que morava em Tauba-

A artista plástica Terezinha de Lourdes Bagatin Scavone, ou simplesmente Lourdes Scavone, é filha de Giovanni Guido Bagatin e Targina Mariotto. Seu marido, Osvaldo, era filho de Batista Scavone e Leonídia Cundari Sca-

vone. Lourdes teve três filhos, dedicou-se à família e à pintura. Ela recorda que seu pai era uma pessoa alegre e sua mãe foi conhecida como a “mãe dos pobres”. Tudo que cultivava em sua chácara era passado aos mais carentes. Lourdes recebeu a Re-vista Buzz para falar um pouco sobre a imigração italiana em Jacareí, a partir dessas duas importantes famílias. Segundo ela, o primórdio da imigração está ligado ao cultivo do arroz e o comércio.

té, vinha comprar macarrão com ele aqui. Batista deve ter emigrado para cá aos 16 anos. Os Scavone sempre trabalharam com comércio. Meu cunhado, Arlindo, teve a primeira casa bancária de Jacareí.

Buzz – Como era o relacionamento en-tre os italianos no início da imigração?

Lourdes – Posso falar de meu pai, Gio-vanni Guido Bagatin, que mudou de Tau-baté para Jacareí. Ele se dava muito bem com o Chieffi (tio do Biaggino), Pedro Scalisse, Vicente Mazzeo. Eles conversa-vam muito.

Buzz – De que região italiana eram os Scavone que vieram para Jacareí?

Lourdes – Basilicata. Cidade de Tito. Sul da Itália, próximo à Calábria.

Buzz – Por que vocês vieram para Ja-careí?

Lourdes – Meu pai veio para São Pau-lo. O governo brasileiro deu um lote para ele em Quiririm começar a vida. Ele foi lavrador e também foi construtor. Ele veio para Jacareí por causa da Revolução de 1932. Falavam que em Taubaté, naquela época, ia chegar os mineiros. Minha mãe estava para dar à luz, meu pai ficou com medo e resolveu mudar. Ele comprou uma chácara aqui, que era do Doutor Pompílio Mercadante, e mudou-se para cá. Era na Rua Barão de Jacareí. Meu pai tinha salvo-conduto. Era italiano e não era naturaliza-do. Quatro famílias Bagatin se estabelece-ram em Jacareí: Giovanni Guido Bagatin, Arrigo Bagatin, Giuseppe e Ester Bagatin. O irmão do meu marido conseguiu se apo-sentar porque escrevia para a irmã em São Paulo. Por causa dessas cartas, ele conse-guiu se aposentar como ex-combatente.

Buzz – Como a senhora definiria “ita-lianidade”?

Lourdes – Quando estava numa viagem pela Europa, notei uma coisa interessante. Entramos em Portugal e foi tudo maravi-lhoso. Depois, a Espanha. Mas quando nós

entramos na Itália, os alemães, que esta-vam conosco no ônibus, choravam. Nós, descendentes, tudo bem, mas os alemães se emocionaram. Eu achei interessante eles chorarem de emoção ao entrar na Itália. Não aconteceu em outros países, somente lá.

Buzz – Do que a senhora se recorda das famílias italianas do início da imigração?

Lourdes – Todos (Lippi, Bruni, Duanet-to, Miotto) eram lavradores. Meu pai era lavrador.. Eu me lembro do dia em que a

Imigração italiana em Jacareí,segundo os Scavone e Bagatin

“Quando estive na Itália, o chofer de táxi que nos atendeu morria de saudade de Mussolini. Eu achei isso interessante. Tem o lado bom e o lado ruim”.

“O Brasil não era procurado pela imigração italiana. Meu pai acabou aceitando ficar no Brasil. A vontade dele era imigrar para a Argentina.”

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Porta-retrato: Targina Mariotto Bagatin e Giovanni Guido Bagatin

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“Quando estive na Itália, o chofer de táxi que nos atendeu morria de saudade de Mussolini. Eu achei isso interessante. Tem o lado bom e o lado ruim”.

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Itália se rendeu. Eu, com aproximadamen-te 10 anos, ia de bicicleta com meu pai para o sítio no Rio Abaixo. Estava no quadro da bicicleta e nos encontramos com o Pedro Miotto, que sabia que a Itália havia se ren-dido. Descemos da bicicleta e os dois cho-raram porque achavam um absurdo a Itália se render. Meu pai falava que era o rei da Itália o culpado pela rendição. Quando es-tive na Itália, o chofer de táxi que nos aten-deu morria de saudade de Mussolini. Eu achei isso interessante. Tem o lado bom e o lado ruim. Os italianos iam a minha casa para ouvir rádio para saber as notícias da guerra. Eles eram a favor da Itália, embo-ra não falassem abertamente. Meu irmão, Oscar, tinha sido convocado para lutar pela Força Expedicionária Brasileira e minha mãe rezava para que ele fosse capturado pelos alemães. Ela achava os alemães bon-zinhos. Não se sabia nada do que se pas-sava no front e havia apenas o rádio para informar-se das notícias. Eu achava mara-vilhoso que a Itália ganhasse a guerra. No entanto, quando ela se rendeu, foi duro. Meu irmão voltou, foi uma festa. Havia muitas orações para ele voltar a salvo.

Buzz – Os italianos logo se adaptaram à língua e aos costumes do Brasil?

Lourdes – Eu me lembro dos meus pais falando italiano quando não era para a gente entender o que estava ocorrendo. Foi uma pena porque nós poderiamos ter aprendido o idioma. Agora, estou estudan-do a língua pátria. Eu já fiz um curso em

São Paulo, pelo Instituto Italiano de Cultu-ra, e daí fomos para a Itália. Lá, me faziam falar. Isso faz uns 30 anos, mas esqueci-me de tudo. Tenho que aprender novamente. Eu assisto muito à RAI (tv italiana) e dá para entender muita coisa. Eu estranho por-que eles falam muito dos italianos do Ca-nadá, dos Estados Unidos, da Argentina e esquecem-se do Brasil, quando aqui temos um número grande de descendentes de ita-lianos. Nós temos mais ou menos umas 200 famílias de descendentes em Jacareí.

Eu me lembro dos meus pais falando italiano quando não era para a gente entender o que estava ocorrendo.

Porta-retrato: Targina Mariotto Bagatin e Giovanni Guido Bagatin

Buzz – De que região da Itália veio os Bagatin?

Lourdes – Modena, norte da Itália. Meu pai veio num navio chamado Rainha Mar-garida, aos sete anos de idade. Meu pai fa-lava que desejava ir para a Argentina, onde ocorria o maior número de imigrações. Mas, acredito que o capitão do navio rece-beu alguma coisa para deixá-lo no Brasil. O Brasil não era procurado pela imigração italiana. Meu pai acabou aceitando perma-necer aqui. A vontade dele era imigrar para Argentina. Foi primeiro para São Paulo. Meu pai ganhou um lote para começar a vida em Quiririm. Já em Jacareí, teve uma fazenda próxima ao lado de Olívio Gomes. Plantou arroz, feijão, tentou trigo e não deu certo, por causa do clima. Eu acredito que as margens do rio chamaram a atenção dos italianos para a agricultura.

Buzz – A senhora já visitou essa região?Lourdes – Não ainda. Pretendo ir. Meus

sobrinhos estiveram lá, para buscar docu-mentos para fazer passaporte com dupla ci-dadania e descobriram parentes. Não temos contato. Meu filho, João Batista Scavone, possui dupla cidadania. Eu ainda não.

Buzz – O tema imigração italiana faz parte de sua obra como artista plástica?

Lourdes – Não. Eu gosto de pintar flo-res e paisagens. Eu estou tentando pintar a chácara onde morei ao chegar em Jacareí aos três anos de idade. Eu me lembro de detalhes do local que era muito bonito. Es-tou tentando. Eu mais pinto que desenho, embora tenha feito curso de desenho.

Buzz – Como os italianos conseguiam recursos para investir?

Lourdes – Meu pai se dava muito bem com os Duanettos, de Caçapava. Aécio Du-anetto, se não me engano. Ele ajudava mui-to os imigrantes, fazendo empréstimo aos que se encontravam em dificuldade. Mas chegou um ponto em que ele precisou de dinheiro. Daí os italianos o ajudaram, in-clusive, meu pai. Ele faliu e muitos italia-nos tiveram prejuízo. Tiveram que vender suas propriedades para livrar o nome. Meu pai sofreu com isso. Todos eram unidos.

Meu pai arrendou a Fazenda Nossa Senho-ra da Conceição, na via Dutra, para con-tinuar o cultivo de arroz. Meu pai vendia todo arroz que produzia para uma benefi-ciadora na Rua do Mercado.

Buzz – E os demais italianos de Jaca-reí?

Lourdes – O Raffaelle Schiamarella era nosso jornaleiro. Eu era muito amiga do Otavio Schiamarella, que tinha uma banca de revista. Eu e minhas amigas não tínha-mos dinheiro para comprar os exemplares e ele deixava a gente ler. Naquele tempo, os exemplares não vinham dentro de saco plástico. Era ótimo. Eu conheci também o Edson Capucci. O Vicente Mazzeo passea-

va com meu pai todo dia de manhã. A so-gra da minha filha lembra-se do pai dela, Vicente Mazzeo, e de meu pai, de terno branco, com as mãos para trás, passeando pela cidade.

Buzz – Como era Jacareí nessa época?Lourdes – Eu vinha da Rua Barão fa-

zer ginástica no campo do Ponte Preta, que ficava entre o Piazza e o Caldinho da Joana. Na Praça dos Três poderes, era um

banhado e a gente fazia ginástica ali tam-bém. Tinha somente uma trilha fazendo a ligação com o centro. Tinha pouca gente na cidade.

Buzz – A família Scavone e a Bagatin participaram da política?

Lourdes – O único eleito foi meu irmão, Oscar Bagatin, que foi vereador e presidiu a Câmara Municipal. Ele havia ido para Itália como soldado da FEB.

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BUZZ VIAGENS. Conheça alguns destinos aqui! Anuncie (12) 9146-9591

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SANTO ANTONIO DO PINHALfugindo da badalação de Campos do Jordão

Santo Antonio do Pinhal é uma boa op-ção de turismo para os meses de inverno para quem deseja fugir da alta temporada de Campos de Jordão. A cidade tem diver-sas atrações: o seu festival de inverno, festa da orquídea, festival de jazz, entre outros, para o visitante que procura o aconchego e o charme da montanha.

No mês de maio, entre os dias 14 a 29, está programada a Festa do Pinhão com Truta. Esse é uma das inúmeras opções ofe-recidas aos visitantes pela cidade de pouco mais de 8 mil moradores. Com tranquilida-de, é possível passear, encontrar artesanato

local e gastronomia de ótimo padrão.Segundo os guias, Santo Antonio pos-

sui águas fracamente radioativas, muito puras e de sabor agradável. Outras opções de visitas são: paróquia de Santo Antonio do Pinhal, as cachoeiras e a estrada de fer-ro Campos do Jordão - Santo Antonio do Pinhal.

A cidade oferece ainda ótimas opções para a prática de diversos esportes de aven-turas. Quem deseja voar, o pico agudo com seus 1600 metros de altitude é uma boa dica. O município possui excelentes trilhas para pedalar e sedia importantes competi-ções estaduais e nacionais desses esportes.

Como chegar – Via Dutra até a Rodo-via Floriano Rodrigues Pinheiro (SP 123), que segue até Campos do Jordão. No início da serra, há uma saída para Santo Antonio do Pinhal.

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ELEIÇÃO NO CIESPRicardo Esper, eleito novo diretor regional

Integração da mão de obra para forne-cer às indústrias, principalmente com esse boom de novas empresas chegando à cida-de, e o melhor uso dos recursos hídricos. Essas são as prioridades do novo diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), regional de Jacareí, o enge-nheiro Ricardo de Souza Esper, de 56 anos.

Esper também contou que deverá in-tensificar seu trabalho numa parceria junto com a prefeitura para implantar um posto de Bombeiros na região do São João. Se-gundo ele, o atendimento às vitimas de aci-dente, através da Unidade de Resgate dos Bombeiros, seria mais rápido e melhor se essa reivindicação fosse atendida. “É uma bandeira que tenho certeza que vamos im-plantar nesses quatro anos”. Ele explicou que já existe doação de terreno para esse fim.

Esper foi eleito por aclamação com 72,5% dos votos. Em todo Estado, ape-nas uma regional teve duas chapas, Ja-careí, como as demais, optou por chapa única. Para quadriênio (2011/2015), além de Ricardo de Souza Esper, como diretor titular, foram eleitos ainda: Claudia Pinto de Oliveira, primeira vice-diretora; e José Carlos Pelóia, segundo vice-diretor. Esper trabalhou na Prefeitura de Igaratá, possui empresas na área de usinagem e projetos e atua em várias entidades como o Sindi-cato dos Engenheiros e Arquiteto e o Sesi/Senai. A posse da nova diretoria do Ciesp/Jacareí será em setembro deste ano.

O diretor recém-eleito pretende ainda dinamizar o Ciesp tornando-o uma “casa de negócios”. Ele espera que a grande estrutura da entidade auxilie mais o asso-ciado. Para isso, quer retomar a Expojac (Feira de Produtos e Serviços), evento que reúne produtores e fornecedores no Ciesp.

A chegada das novas empresas é vis-ta com muito entusiasmo por Esper, que afirma torcer muito pela cidade: “Acredito que Jacareí é a ‘bola da vez’ em todos os ramos”.

Assuntos polêmicos como a transpo-sição do Rio Paraíba também preocupa o diretor eleito do Ciesp. Esper falou que, se ocorrer a transposição, que ela seja feita com consciência pelas partes envolvidas. Ele aproveita para lembrar o grande des-perdício de água em Jacareí, o que também pode comprometer o abastecimento. Sobre a região metropolitana do Vale do Paraíba,

ele pensa ser “espetacular” até por ser uma bandeira de campanha de Paulo Skaf, ex-

candidato a governador de São Paulo e pre-sidente reeleito do Ciesp.

Ricardo de Souza Esper: “Acredito que Jacareí é a “bola da vez” em todos os ramos”

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BARES TRADICIONAIS

de JacareíSempre que chegamos a um novo destino, uma opção para conhecermos uma cidade,

por exemplo, é encontrar um bom bar para fazer o primeiro contato com a cultura do lo-cal. O bar virou também uma tradição entre nós, após o trabalho ou aos finais de semana, seja para falarmos com os amigos ou mesmo para paquerar, bebericando uma cerveja gelada com algo para beliscar, ou para o tempo passar sem percebermos.

Jacareí possui excelentes bares para trocar ideias ou mesmo refletir a respeito da vida. Em todos, a simpatia de seus proprietários é o maior cartão de visita. Visitar Jacareí e não conhecer nenhum deles é a mesma coisa que nunca ter estado no município. São locais em que a cerveja gelada e o clima amigo são os elementos importantes. Publicamos nesta edição os melhores bares considerados de Jacareí, para se tomar uma cerveja na compa-nhia dos amigos.

Políticos como Diobel da Didol´s, Marco Au-rélio e Mauricio Haka costumam aparecer por lá de vez em quando. O cardápio do bar tem um delicioso torresmo quase todos os dias. De quarta a sexta-feira, churrasquinho é a pedida certa para acompanhar a cerveja. O Bar da Elza Santista existe há 20 anos. Ela gaba-se pela or-dem na rua que colocou ao assumir o bar. Antes, o local era muito tumultuoso, lembra. Quando você resolver ir, peça para Elza falar da vez que confundiu o cantor Zé Geraldo com seu ex-ma-rido que atende pelo mesmo nome. Garantia de boas gargalhadas.

Bar da Elza SantistaRua Cannes, 154 – Balneário Paraíba Jacareí. Fone (12) 3952-0295 - Aberto de

segunda a segunda, das 6h30 às 24 horasA Elza comanda a alegria dos frequenta-

dores, principalmente quando o assunto é sua grande paixão – o Santos Futebol Clube. Não é à toa que o estabelecimento chama-se Bar da Elza Santista. Ela afirma que tem quase tudo sobre o time da baixada. O bar é repleto de pôs-teres, fotos e homenagens ao clube. Outra coisa impecável é a cerveja geladinha. O bar serve ainda um bujãozinho ou meia-cerveja, como preferir, que traz pessoas de longe para beber.

Bar do Galdino Rua Irmãos Cachuté, 80 – Centro – Jacareí Aberto de segunda a quinta-feira, das 7 às

22 horas. Sexta-feira, sábado e domingo, das 7 às 24 horas. Fone (12) 3952-0307

Um dos raros bares a oferecer música ao vivo de sexta-feira a domingo, das 20h30 às 24 horas. Aberto há 10 anos, seu proprietário, Gal-dino Pereira, está no ramo há mais de 40. Ele costuma brincar que a casa é frequentada em 80% do total dos clientes por idosos, os chama-dos “cabeça branca”, completa o dono do bar. A cerveja, a menos 5 graus centígrados, é acompa-nhada de petiscos como moela de frango, torres-mo, pastel frito na hora, rissoles, linguiça e cos-tela cozida. Uma porção sai em média R$5,00.

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atenção dos frequentadores. Ele também revela que o segredo de uma cerveja gelada é o rodízio na geladeira. A deliciosa cerveja mantém uma clientela cativa de profissionais liberais, juízes e políticos conhecidos. Para beliscar, o cardá-pio do Peixoto possui: capa de filé, tulipa de frango e os bolinhos (bacalhau, carne seca, cro-quete cremoso de palmito). O preço médio é de R$16,00. Não há um carro chefe, diz o respon-sável pelo bar, mas tudo possui uma saída igual. Esse cardápio deverá sofrer mudanças nos pró-ximos dias, adianta Peixoto. Além da cerveja a 4 ou 5 graus negativos, o estabelecimento pos-sui a conhecida pinga Salinas e coquetéis como os de Sagatiba com kiwi .

Cerveja estupidamente gelada e petiscos fazem parte do bar. Assados que não estão no cardápio podem ser encomendados pelos fregueses. Os petiscos são os clássicos: ovo de codorna, peixe, calabresa, linguiça e salaminho. Uma porção de salaminho, por exemplo, custa R$3,50. Suzana costuma dizer que não cobra “caro” para vender muito mais. O local é pequeno, mas os frequen-tadores tomam sua cerveja junto ao balcão ou na calçada em frente ao estabelecimento. Uma mesa de sinuca se encontra no anexo ao lado. O Bar da Suzana é frequentado por professores, políticos e profissionais diversos, como o cabe-leireiro Idevar.

frequentadores. Tião fala que a receita de lon-gevidade nesse ramo é servir bem e aguentar “papo furado” de alguns. A cerveja geladinha é servida sempre acompanhada de um delicioso petisco. O estabelecimento capricha no cardá-pio que tem entre outros: carne cozida, espeto, carne assada e pizza. O preço médio dos petis-cos é de R$ 10,00. O carro chefe é o croquete e a coxinha. O grande movimento do bar acontece aos finais de tarde e aos sábado pela manhã.

Bar do Tião Rua Coronel Carlos Porto, 55 – centro – Jacareí Aberto de segunda a sábado, das 10h30 às20h30O bar é uma parada obrigatória para o pes-

soal que sobe a Carlos Porto em direção à Praça da Matriz. O estabelecimento existe há 22 anos no mesmo ponto, pois antes funcionou outros cinco anos na Galeria da Carlos Porto, que fica no início dessa importante rua de Jacareí. O proprietário, Sebastião Ezequiel de Oliveira, o Tião, diz que seu bar recebe todos os tipos de

Bar da SuzanaAvenida Teófilo Teodoro Resende, 2.173 – Cam-

po Grande – Jacareí. Aberto de segunda a sexta-feira, das 10 às 20 horas. Domingo e sábado, das 10 às 19 horas. Fone (12) 3951-2104

O local existe desde 1933. A atual proprie-tária, Suzana de Paula Bicudo, comanda o bar desde 1970. Ela conta que herdou o comércio do sogro e criou quatro filhos atrás do balcão. Alia-da a simpatia da proprietária, o bar oferece uma mistura curiosa de cerveja com o clima da roça.

Bar do PeixotoAvenida Orual Salvador, 777 – Jd. Santa

Maria – Jacareí. Aberto de terça-feira a sábado, das 17 às 23 horas. Fone (12) 3961-4661

O bar é comandado pelo Eurides Morais Peixoto, o popular Peixoto. Mas ele ressalta que a proprietária é sua companheira. Esclarece que apenas cuida da cozinha e do funcionamento geral da casa. Um dos bares mais charmosos de Jacareí, com ambientes interno e externo. O pioneirismo de Peixoto fez com que aque-la região ganhasse outros estabelecimentos do gênero nos últimos tempos. Peixoto revela que guarda a cerveja enfileirada no freezer e com os rótulos de frente para o balcão para chamar a

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BoLo de CHoCoLate CroCanteo favorito do Príncipe WilliamO bolo favorito da infância do príncipe William é o de chocolate crocante e foi um das escolhidos para o casamento real. A seguir publicamos com exclusividade essa simples e deliciosa receita.

Ingrediente

110 gramas de margarina300 g de chocolate (mais ou menos meia barra de choco-late)400 g de leite condensado (1 lata)Utilize um pacote de Rich Tea Biscuits ou digestivos ou metade de cada um (opcional)15 cerejas cristalizadas (picadas)56 g de passas Use nozes picadas

Modo de preparo

Em uma tigela grande, corte os biscoitos em retângu-los pequenos. Cubra as cerejas, as passas e as nozes os biscoitos cortados. Em uma panela, derreta o chocolate, a manteiga e o leite. Mexa o chocolate com frequência para não grudar e queimar. Despeje o conteúdo da mistura de chocolate sobre uma camada de biscoitos já cobertos com as cerejas, as passas e as nozes. Os biscoitos cortados devem ficar todos bem cobertos. Forre uma forma com papel vegetal. Despeje a mistura nele. Congele por pelo menos duas horas ou pelo tempo extra que for necessário até adquirir uma consistência firme. Quando vir que ficou bom, retire e deixe por duas horas reservado. Derreta o chocolate restante e espalhe por cima do bolo. Corte em pedaços e sirva.

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Maio de 2011 - Buzz 15

Fórum do desenvolvimento sustentável

A Diretoria Regional do Ciesp de Jaca-reí realizou no dia 7 de abril o 1º Fórum de Responsabilidade Social. O evento pro-pôs uma reflexão sobre o desenvolvimento sustentável na região e reuniu aproximada-mente 180 pessoas.

O Fórum contou com a presença do professor José Salvador, integrante do gru-po internacional que formulou a norma; do diretor-adjunto de Responsabilidade Social do Ciesp-Sede, Luiz Fernando de Araújo Bueno; e do diretor-titular do Ciesp de Ja-careí, José Carlos Pelóia.

O professor José Salvador explicou de-talhadamente os conceitos que compõem a norma ISO 26000. Além de Salvador, o di-retor-adjunto do Ciesp-Sede, Luiz Fernan-do de Araújo Bueno, falou da importância da união entre sociedade civil, empresa-riado e poder público para a construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida.

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de fondueÉPOCA

Aparelho elétrico para fondueAparelho para fondue elétrico Cuisinat

Panela de inox para fondue Cervinia

Panela em vidro refratário boro-silicato para fondue Glasnost

Panela inox com base giratória para fondue Carroussel

Aparelho para fondue esmaltado vermelho

No inverno é época de fondue. Com a queda na temperatura, estamos na estação certa do ano, para reunir os amigos e apreciar essa delícia que tem origem na Suíça. O fondue de queijo é o mais conhecido. Há também variações da receita: carne, camarão, peixe e até chocolate. Apresentamos alguns modelos de panelas ou recipientes para preparar o fondue, conhecidas como réchauds.

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Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, tal-vez por isso, esteja

cada vez mais rara : a ele-gância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dor-mir e que se manifesta nas si-tuações mais prosaicas, quan-do não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobri-gada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam. E quando fa-lam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades am-pliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom supe-rior de voz ao se dirigir a frentistas.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra in-teresse por assuntos que desconhe-ce, é quem presenteia fora das da-tas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que per-gunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegan-te.

É elegante não ficar espaçoso de-mais.

É elegante você fazer algo por

A ELEGÂNCIA NO COMPORTAMENTO

alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.

É muito elegante não falar de di-nheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e so-lidariedade.

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição....

Sobrenome, jóias e nariz empi-nado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arro-gante.

É elegante a gentileza; atitudes gentis falam mais que mil imagens...

Abrir a porta para alguém? É muito elegante.

Dar o lugar para alguém sentar? É muito elegante.

Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...

Oferecer ajuda? Muito elegante. Olhar nos olhos ao conversar?

Essencialmente elegante. Pode-se tentar capturar esta de-

licadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesma a arte de conviver, que inde-pende de status social: é só pedir li-cencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.

Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.

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TORTA CHEESECAKEde volta ao Macdonalds

Para celebrar o inverno, está de volta em todos os restaurantes McDonald’s do país a Torta Cheesecake, uma combinação perfei-ta de creamcheese com frutas vermelhas. A novidade estará de volta ao cardápio da rede a partir de 23 de maio.

Segundo Roberto Gnypek, Diretor de Pla-nejamento de Marketing, da Arcos Dourados, empresa que administra a marca McDonald’s no Brasil, a renovação periódica de produtos, como as sobremesas, garante um cardápio cheio de novidades e mantém uma forte co-nexão entre a marca e seus clientes. “Nosso objetivo é facilitar o acesso dos consumido-res a uma experiência completa do cardápio, permitindo que incluam mais itens à sua refeição”, conta.

A novidade é composta por ingredientes de alta qualidade, a exemplo do queijo cre-moso, uma ótima fonte de cálcio e proteína. Além da Torta Cheesecake, o McDonald’s oferece outras opções de sabores, como as tradicionais tortas de maçã e banana, exclusi-va para os consumidores da rede no Brasil.

A novidade estará de volta ao cardápio da rede a partir de 23 de maio

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