Burocracia weber

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Anderson Leonardo de Castro SeabraResenha: Max Weber - “Burocracia” em “Ensaios de Sociologia. ”

Apresentação

Árido, seco como poeira, ainda brilhante, no entanto. Após a leitura de Weber,

constata-se que muitas de suas ideias e conceitos, elaborados há tanto tempo, continuam

mais relevantes que muitos contemporaneos podem admitir.

Compreender e transmitir o que foi capturado da obra de Max Weber é um

trabalho árduo, praticamente martirizante. Mesmo assim, empreende-se aqui uma

tentativa resumir as ideias contidas no livro Ensaios de Sociologia, parte VIII que trata

sobre a Burocracia, que ainda são fundamentais para entender a sociedade hoje.

Weber recorre a analise histórica para explicar o desenvolvimento da

Burocracia. Argumentava que a civilização humana evoluiu de primitiva e mística para

os estágios e as relações racionais e complexas. Nesse contexto, Weber salienta que a

burocracia incentivava um "modo racionalista da vida.". A sociedade então se moveu de

um estágio primitivo para um teórico-técnico. Essa evolução teria sido facilitada por

três tipos de autoridade: tradicional, carismática e racional-legal. E é esse último tipo

que constitui a base do conceito de burocracia e a fundação da civilização moderna, de

acordo com o autor, uma vez que tem como premissa a crença na legitimidade do

padrão de regras normativas, proveniente de uma ordem jurídica e das leis promulgadas

no seu interio e nos direitos daqueles de exercer autoridade e emitir comandos baseados

nas leis. Isto contrasta com as formas tradicionais de autoridade, que surgiram a partir

de fenômenos como parentesco vigentes anteriormente. Portanto, a coordenação

burocrática de atividades, segundo ele, é a marca distintiva da era moderna. Para ele, a

burocratização e racionalização parecia um destino quase inevitável. O patrimonialismo,

o idealismo, a confusão entre o público e o privado, a irracionalidade não tinha mais

lugar na sociedade moderna. O profissionalismo e o isolamento emocional suplantaria a

liderança com base na simpatia, na graça, no favor.

Antecipando algumas impressões durante o exercício da leitura, ao contrário da

interpretação de muitos, não foi percebido que Weber agiu como defensor da

burocracia. Na verdade, de forma ambivalente apresenta pontos positivos e negativos, o

processo que conduziu seu desenvolvimento e faz um exercício de explicação dos

supostos estágios da burocracia até o que seria o seu futuro. O autor defende que a

burocracia existia em toda parte em uma sociedade capitalista. Considerava ele que

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capitalismo e a burocracia eram estrtuturas de apoio, que compartilham o mesmo tipo de

comportamento: impessoal, legal e ético para obter êxito. Weber argumentava que a

racionalidade formal era dominante na sociedade ocidental, sublinhando o crescimento

do capitalismo e ligando as estruturas sociais modernas através das formas burocráticas

de organização.

A seguir, é apresentado um resumo crítico contendo ideias chaves extraídas do

trecho que vai da página 229 a 277 do referido livro.

“A burocracia Weberiana”, um ensaio.

A burocracia é um termo frequentemente criticado pelo senso comum. A ela

atribui-se por exemplo o carater de ineficiência e atraso, o apego ao controle e emprego

de procedimentos repetitivos e desnecessários.

Neste ensaio, Weber ao tecer o conceito de burocracia, vilipendiada por muitos

até hoje, ele a reveste com a neutralidade necessária para a sua compreensão. Assim,

independente das suas virtudes e disfunções, como o próprio autor expõe, ela é

apresentada como um elemento necessário ao funcionamento das instituições modernas.

Assevera que a organização burocrática é condição sine qua non para o

desenvolvimento de uma nação, por ser indispensável ao funcionamento do Estado,

gestor dos serviços públicos, e de todas as atividades econômicas particulares a partir

daquele contexto.

São examinadas pelo autor também duas áreas chaves que são de importância

central para entender a Burocracia. Em primeiro lugar enquanto meio para estabelecer

igualdade social. O autor percebia como uma de suas funções primárias um meio de

estabelecer a equidade social através do processo de tratamento justo e equitativo. Em

segundo lugar, considera o desenvolvimento da burocracia um meio para criar uma

organização que servirá aos seus próprios fins e não ao interesse privativo de um líder.

No texto, a burocracia é então apresentada não somente como um modelo

científico e genérico que pode ser aplicado no setor público e privado, mas como uma

forma de organização da sociedade. Weber argumentava que a burocracia era o

princípio de organização da vida moderna

Esse carater de transição histórica é explorado ao longo do ensaio. Não se pode

omitir o fato de que aquele era um momento de transformações intensas na sociedade,

na cultura, na política e na economia., influencada pelo processo de “desencatamento do

mundo” observado pelo próprio. No advento dos tempos modernos, o homem passa a

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ter explicações racionais para explicar o mundo. Esse desencantamento é atribuído a

ciência mediante a tomada de conhecimento através da construção de conhecimentos

específicos e especializados. Essa visão racionalista da vida é uma ruptura com o

idealismo que permeava a sociedade Alemã na época. E a burocracia de acordo com o

sociólogo alemão, agia como como facilitadora da institucionalização da racionalidade.

Foi essa tendência racionalizadora a sua qualidade mais atraente para os que

buscavam alternativas às formas anteriores de dominação despótica e aristocrática.

Aliás, ele enxerga a burocracia como um aperfeiçoamento do sistema anterior dos

Estados Absolutistas, porém previa que sua evolução poderia transformar o Estado e as

organizações em uma jaula de ferro.

Dito isso a Burocracia pode ser considerada como um caso particular de

racionalização ou racionalização aplicada a organização humana. Para estudar estas

organizações, tanto historicamente quanto na sociedade contemporânea, Weber

desenvolveu as características de um tipo ideal burocracia. Para isso, o autor tenta

“disseca-la” a partir de suas características começando com os elementos que a compõe

e em seguida passando para uma reflexão de cada ponto, incluindo entre outros: As

pessoas dentro da burocracia, as vantagens da organização burocrática, o carater da

“máquina burocrática”, as suas implicações económicas e sociais, e como o poder é

gerenciado em uma instituição burocrática.

De acordo com Weber, burocracias são organizações orientadas para os

objetivos concebidos de acordo com princípios racionais para atingi-los eficazmente.

Ela funciona independentemente de uma pessoa em particular.

O trabalho dentro da burocracia tem de ser dividido de forma racional em

unidades que podem ser realizadas por indivíduos ou grupos de indivíduos de forma

diligente. Órgãos, departamentos e gabinetes, que são altamente especializados, são

classificados em uma ordem hierárquica.

As organizações operam através de regras impessoais que declaram

expressamente deveres, responsabilidades, procedimentos padronizados e condutas. As

ordem e a comunicação delas flui pela cadeia de comando obdecendo a sequência

hierarquica.

Os incumbidos por cada responsabilidade são regidos pela alocação metódica de

áreas de jurisdição e esferas delimitados de dever. A posição é definida pelo fluxo de

trabalho e as regras que orientam o comportamento dos ocupantes naquela posição. As

nomeações para os cargos são feitas de acordo com qualificações especializadas. Isto

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evidencia uma outra característica marcante da burocracia, a suposta valorização da

meritocracia e critérios racionais. Excluindo laços familiares, afetivos, políticos, etc.

Uma das matizes que Weber destaca na burocracia é que ela funciona como um

sistema de poder onde os líderes exercem controle sobre os outros - um sistema baseado

na disciplina e na hierarquia. Ao condicionar a atuação dos indivíduos a aspectos

normativos (regras, leis, estatutos, etc) contribui para o nivelamento social. A

burocracia rejeita privilégios e agir “caso a caso” em nome da igualdade perante as

normas. Isto faz com que a autoridade não possa ser exercida fora dos limites

permitidos, constrangendo atitudes desiguais (teoricamente).

Resulta disso a maior independência dos subordinados em relação aos superiores

e os protege de autoritarismos. A responsabilidade e autoridade de cada funcionário são

partes de uma hierarquia de autoridade vertical, com respectivos direitos de supervisão e

apelação. Os subordinados podiam desafiar as decisões dos lideres, tendo como base as

normas vigentes. Isso se deve ao fato de que na burocracia tudo é conduzido

estritamente de acordo com as regras que condicionam tudo, que inclui os deveres de

cada um, a autoridade para executar as tarefas e os meios de coerção.

O autor recorda que a autoridade permanente nos órgãos públicos baseada numa

sistema legal fixo históricamente não é a regra, mas sim a exceção. Essa declaração

parece destinar-se a mostrar a diferenciação entre a execução das funções do Estado

Moderno e no passado. O primeiro operando sob um sistema de leis e responsabilidades

claramente definida enquanto anteriormente se governava com base nas vontades e

caprichos de um líder. Através desse contraste, ele procura também parece demonstrar

como a modernidade política e a burocracia são amplamente simbióticas. A ascensão do

Estado Moderno se processou lado a lado ao aumento da burocracia

De forma muito feliz, Weber apresenta uma referência alegórica à burocracia

como uma máquina, contribuindo para entender o seu caracter racionalizador. Na

organização burocrática cada funcionário é uma parte individual da máquina e executa

uma função essencial para que ela opere normalmente. O sucesso da totalidade do

processo gera benefícios individuais. Consciente de que é parte do todo e que esse todo

resulta em ganhos individuais, o indivíduo mantem-se motivado. Logo, há um efeito de

geração de interesses em comum. Assim a burocracia experimenta uma continuidade de

operações que outras formas de organização desejariam reproduzir.

Todas estas características ideais têm um objetivo, promover a realização

eficiente dos objetivos da organização.

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Portanto, como visto, a essência da burocracia está em três palavras:

Impessoalidade, eficiência e racionalidade que se desdobram em diversos elementos:

Carreiras assalariadas, Rotinas e procedimentos, competência técnica e mérito,

profissionalização, carater formal das comunicações, divisão do trabalho e regras por

escrito, impessoalidade no relacionamento e previsibilidade do funcionamento.

Essas características tinham como consequências previstas a previsibilidade do

comportamento humano e a padronização do desempenho dos participantes, que

levariam a organização a máxima eficiência na consecução dos seus objetivos. Tudo é

estabelecido para prever antecipadamente todas as ocorrências e rotinizar sua execução

para que a máxima eficiência do sistema seja alcançada.

Esses seriam elementos básicos da característica estrutural dominante das

modernas formas de organização, que de acordo com Weber, somente através deste

dipositivo, o Estado Moderno e a Economia Moderna, tornaríam-se possíveis e os

chefes de Estado poderiam mobilizar e centralizar recursos de poder político, que nos

tempos feudais, por exemplo, tinham se despersado.

Para explicar o desenvolvimento da Burocracia o sociólogo realiza uma analise

histórica e aponta supostos fatores e condições prévias que o favoreceram.

O crescimento da população que está sendo administrada. O aumento da

população faz com que a burocracia cresça por causa da necessidades de oferta de

educação, saúde, serviços, arrecadação de impostos, e outros, e, portanto, o trabalho

tem de ser dividido e especializado para alcançar os desejados coisas pela sociedade.

O desenvolvimento da economia monetária é uma das bases para a burocracia,

posto que exigia um sistema administrativo mais eficiente.. Nela, a moeda assume o

lugar da remuneração em espécie para os funcionários, permitindo a centralização da

autoridade e o fortalecimento da administração burocrática Weber mostra como o

crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas das organizações

políticas coincidiram com o desenvolvimento de uma burocracia sofisticada.

Como resultado do desenvolvimento das tecnologias de comunicação e de

transporte, uma administração mais eficiente tornou-se não apenas possível, mas exigida

pelo público. Acompanhando esta mudança, houve uma crescente democratização e

racionalização da cultura. Isto resultou em demandas públicas por um novo sistema

administrativo que alterava também as formas de tratar os individuos.

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Não pode ser excluído a transição que se imprimria na sociedade através do

processo de racionalização, na qual motivadores tradicionais de comportamento, como

valores, crenças e emoções, são substituídos por cálculos racionais

A parte de tudo isso, Weber reforça que a burocracia era um destino inevitável,

com base na sua suposta superioridade técnica – em termos de eficiência – que serviu

como uma força autônoma para impor sua prevalência. De acordo com Weber a

burocracia é, de um ponto de vista puramente técnico, capaz de alcançar o mais alto

grau de eficiência e é nesse sentido formalmente que meios mais racionais conhecidos

de realizar o controle imperativo sobre os seres humanos.

Para Max Weber a razão decisiva para o avanço da burocracia deve-se ao fato da

sua superioridade puramente técnica. Para ele, este sistema oferecia acima de tudo, a

possibilidade ideal para levar a cabo o princípio da especialização de funções

administrativas de acordo com considerações puramente objetivas. Isto é, de acordo

com regras calculáveis sem levar em conta as pessoas. A racionalidade instrumental,

que tem um caracter economicista e preocupado com a eficiência sobrepõe a

racionalidade substantativa. Assim, a burocracia funciona "sem levar em conta as

pessoas”.

No processo de construção do que seria o tipo ideal de burocracia, Weber

apresentou suas vantagens técnicas no contexto de certas tendências sociológicas gerais.

No entanto, também observou suas limitações e efeitos colaterais, as ditas disfunções.

Segundo o próprio, as burocracias continham tendências inerentes de

despersonalização/desumanização, posto que o processo decisório era baseado em

regras, práticas e políticas impessoais.

Ele também alertava sobre a possibilidade de a burocracia aprisionar os

indivíduos e as organizações se submetidos a uma regulação rigorosa que poderia

constranger as ações. As linhas racionais as quais desenham a burocracia restrigiam o

abuso de poder dos lideres e visavam a eficiência das atividade. Porém, quando levadas

ao extremo, poderiam produzir o apego em demasia aos regulamentos, o excesso de

formalismo, resistências às mudanças, e a excessiva conformidade às rotinas e aos

procedimentos, que paradoxalmente tornariam a burocracia menos eficiente.

Sua maior vantagem, a previsibilidade dos resultados, também a torna mais

difícil de manejar e até mesmo morosa e ineficiente em lidar com casos individuais.

Dessa maneira, a racionalidade moderna e os sistemas burocráticos legais possuem uma

capacidade limitada (ou simplesmente não possuem) para lidar com casos individuais e

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suas particularidades. Para ilustrar a crítica as disfunções da burocracia, Weber toma o

exemplo do ordenamento jurídico da Europa Continental da época e compara o “juiz

moderno” a uma máquina de vendas automática, que emitia sentenças acompanhadas

pela razão mecanicamente extraída do código.

Reflexão final.

É possível que alguns tenham mal interpretado Weber ao afirmarem que ele se

referia a burocracia como a organização ideal. Outros o criticam porque creem que as

organizações são incapazes de sobreviver a lista de “características ideais”. Outros

afirmam que Weber “inventou” a organização burocrática. A burocracia também é

comumente considerada/relembrada pelas suas disfunções, por isso normalmente sendo

tida como um elemento indesejado nas organizações e na vida cotidiana. Mas Weber,

apenas descreveu a burocracia como um “tipo ideal”, afim de detalhar com precisão a

sua ascensão como forma de poder e sua disseminação no mundo moderno.

O termo "burocracia" nunca foi tão precisamente definido quanto nos escritos de

Max Weber. Tal precisão, resultou em um útil e duradoura conceitualização.

O tipo ideal de burocracia ideal de Weber continua a ser uma síntese avançada de um

número de características com consequências estruturais de longo alcance. Ele apontou

como processos históricos foram os percurssores essenciais do seu desenvolvimento.

Weber também não fez distinção entre definições e proposições em seu modelo. Sua

lista de características da burocracia são uma mescla de ambas. O que gera certa

ambiguide a respeito de se ele defende a burocracia ou apenas a descreve. A

conceitualização weberiana de burocracia traz um duplo aspecto que pode parecer um

tanto contraditório: Por um lado foi descrita como modo de legitiamação da dominação,

por outro, como um arranjo estrutural administrativo e social.

Em suma, a organização burocrática, segundo Weber, é revestida da

instrumentalidade privilegiada que molda a política moderna, a economia moderna e a

tecnologia moderna, e, seus tipos de organização são tecnicamente superiores a todas as

outras formas de administração, assim como as máquinas são superiores aos metodos

artesanais. Ele afirmava que as formas organizacionais mais racionais e eficientes na

coordenação complexa das atividades humanas era a burocracia com as suas tarefas

especializadas, hierarquia formal, canais de comunicação fixos, cadeia de comando e

regras bem definidas e por escrito.

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Esses atributos que regem o funcionamento da burocracia sintetizam as formas

de relações sociais das sociedades modernas. Uma vez enraizadas na sociedade,

consequentemente, para ele, a burocracia e a burocratização eram processos

inexoráveis, ou seja, inevitáveis e crescentes, presentes em qualquer tipo de

organização, seja ela de natureza pública ou privada.

Observou o autor que a burocracia burocracia resolve algumas das deficiências

do sistema tradicional. Talvez uma das mais evidente seja a separação do indivíduo do

cargo que ele ocupa e aquilo que é publico daquilo que é privado. Os funcionários não

são proprietários dos recursos os quais são necessários ao desempenho de sua função,

mas são responsáveis pelo seu uso. Os negócios privados e a renda derivada deles são

rigorosamente separados dos negócios públicos. Porém, a diferença mais drástica, é que

o cargo, orgão, repartição, não pode ser apropriada pelo seu encarregado, muito menos

herdado ou vendido.

O que é demasiadamente notável sobre a ideia de burocracia é a sua severa

racionalidade (A racionalidade da burocracia é uma ideia central dentro do tipo ideal de

Weber.). Weber acredita que as metas organizacionais podem ser alcançadas se houver

uma ciência da administração que separa fatos de valores. Para ele, quanto mais

eficiente se torna uma burocracia, mais ela exclui o incalculável e o pessoal, em favor

do distanciamento emocional e do profissionalismo.

A tomada de decisão racional é a raiz subjacente para o sucesso da burocracia. O

tipo ideal de burocracia fundamenta-se na racionalidade em cada ato administrativo.

Apesar de reconhecer os perigos de burocratização, o sociólogo acreditava ser a

única maneira significativa para subjugar os individuos, suas personalidades e desejos

as metas impessoais e procedimentos de uma organização, de um Estado.

A discussão sobre as consequências economicas e sociais da burocracia são,

talvez, a parte mais genérica de todo o ensaio, posto que compreendeu-se que

“depende” de como ela é usada.

Ao longo do texto Weber nunca realmente define "racionalização". Diante disso,

a compreensão obtida é que se trata de uma atividade ou empreendimento sistemático,

auto-cosciente e organizado. Ademais, percebe-se que o uso dos termos “racionais” e

“racionalização” não necessariamente são positivos. Ele é bastante ambivalente, diga-se

de passagem, posto que faz considerações sobre as virtudes e os perigosos da

racionalidade instaurado na sociedade naquele contexto.

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Referências

MAX WEBER. “Burocracia” em “Ensaios de Sociologia. ” Organização e Introdução: H.H. Gerth e C. Wright Mills. Quinta edição. Tradução: Waltensir Dutra. Revisão Técnica: Prof. Fernando Henrique Cardoso. LTC. 1982