Breve Estudo Espaço-Temporal e de Impacto do Feriado de Carnaval … · 2016-03-04 ·...
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MARIA LUIZA SCHMITZ FONTES
Breve Estudo Espaço-Temporal e de Impacto do Feriado de Carnaval e de Corpus Christi sobre Variáveis Ambientais nas Águas da Lagoa da Conceição -
Florianópolis
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Ambiental. Orientadora: Prof ª Dr ª Ariane Laurenti Co-orientadora: Prof ª Dr ª Eunice da Costa Machado
FLORIANÓPOLIS 2004
Dedico este trabalho ao meu pai, Carlos Eurico Fontes; ao meu marido, Rafael da Fonseca Arantes e às minhas filhas, Luana e Jasmim.
AGRADECIMENTOS À orientadora Drª Ariane Laurenti pela sua orientação, críticas e auxílio na
elaboração do trabalho.
À professora e co-orientadora Drª Eunice C. Machado pelo seu acolhimento,
incentivo, dedicação, amizade e críticas.
Ao Programa de Pós Graduação em Engenharia Ambiental (UFSC).
Ao Departamento de Patologia (CCS) pelo auxílio financeiro na compra de
alguns reagentes.
À Polícia Ambiental e ao Corpo de Bombeiros de Florianópolis pelo auxílio
logístico nas saídas de campo e pela disposição nas manhãs.
Ao professor Dr. Maurício Camargo pela sua dedicação, auxílio na parte
estatística, instrumento para o enriquecimento da dissertação.
À Dr ª Clarice Panitz pelo empréstimo de materiais para coleta.
À Nilva Brandini pela sua amizade e ajuda nas análises laboratoriais e
estatísticas e à Liciane pela ajuda nas análises no laboratório (UFPR).
À Alessandra Fonseca pela amizade e apoio desde o início do trabalho.
Á amiga Renata Cavellucci pela ajuda nas saídas de campo, mesmo em dias
de frio e intenso vento Sul e pelo auxílio no laboratório.
À amiga Denise Vaz pelo incentivo.
Ao Dr. Bruno Spoganicz em fornecer um espaço em seu laboratório de química
analítica para a realização de análises químicas.
Ao meu marido e amigo Rafael pelo seu apoio, sugestões e incentivo.
Á minha família por acreditar nos meus sonhos. À minha sogra e à minha tia
por dedicar seu tempo em cuidar da minha filha sempre que preciso.
Ao meu sogro, por apoiar financeiramente e acreditar que vale a pena investir
no estudo.
Aos amigos e colegas que estiveram e se encontram em situações
semelhantes.
Em especial, a Deus por estar presente em todos os momentos.
ii
“Seja criativo. Faça o bem. Nós somos artistas aqui na Terra. Só o que temos que fazer é pintar as nuvens mais para o lado e fazer brilhar o Sol.”
Anônimo
iii
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS vii RESUMO xi ABSTRACT xii 1 INTRODUÇÃO 1 2 OBJETIVOS 7 2.1 OBJETIVO GERAL 7 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 7 3 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 8 3.1 CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS, HIDRODINÂMICAS E METEOCLIMÁTICAS
8
3.2 CARACTERÍSTICAS DA BIODIVERSIDADE 11 3.3 CARACTERSÍTICAS SOCIO-ECONÔMICAS 12 4 MÉTODOLOGIA DO TRABALHO 14 4.1 DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DA AMOSTRAGEM 14 4.2 DEFINIÇÃO DA MATRIZ AMBIENTAL E PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM
22
4.3 VARIÁVEIS AMBIENTAIS 23 4.3.1 Tempetarura 24 4.3.2 pH 24 4.3.3 Transparência 25 4.3.4 Oxigênio Dissolvido 25 4.3.5 Salinidade 25 4.3.6 Nitrato e Nitrito 25 4.3.7 Amônio 26 4.3.8 o-fosfato ou Fósforo Orgânico Dissolvido 26 4.3.9 Nitrogênio e Fósforo total dissolvido determinado simultaneamente 27 4.3.10 Polifosfatos 27 4.2.11 Sulfetos 28 4.2.12 Clorofila-a e Feofitina-a 28 4.4 TRATAMENTO ESTATÍSTICO 28 4.5 CONDIÇÕES METEOCLIMÁTICAS DE AMOSTRAGEM 30 5 RESULTADOS 33 5.1 DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL 33 5.1.1 Variáveis físicas 33 5.1.1.1 Temperatura 33 5.1.2 Variáveis físico-químicas 35 5.1.2.1 Salinidade 35 5.1.2.2 pH 37 5.1.2.3 Oxigênio Dissolvido 37 5.1.3 Nutrientes nitrogenados 39 5.1.3.1 Nitrato (NO3
-) 40 5.1.3.2 Nitrito (NO2
-) 41 5.1.3.3 Amônio (NH4
+) 43 5.1.3.4 Nitrogênio inorgânico dissolvido (NID) 45 5.1.3.5 Nitrogênio orgânico dissolvido (NOD) 47
iv
5.1.3.6 Nitrogênio total dissolvido (NTD) 48 5.1.4 Nutrientes fosforados 50 5.1.4.1 Fósforo inorgânico dissolvido (PID) 50 5.1.4.2 Fósforo orgânico dissolvido (POD) 52 5.1.4.3 Fósforo total dissolvido (PTD) 53 5.1.4.4 Polifosfatos (Poli-PO4
3-) 55 5.1.5 Variáveis biológicas (Clorofila-a e feofitina-a), razão N:P e sulfetos totais
56
5.1.5.1 Clorofila-a (Cloro-a) 56 5.1.5.2 Feofitina-a (Feo-a) 58 5.1.5.3 Razão N:P 59 5.1.5.4 Sulfetos totais (H2S) 61 5.2 ANÁLISES ESTATÍSTICAS PARA O ESTUDO DA DINÂMICA
ESPAÇO-TEMPORAL 63
5.3 AVALIAÇÃO DE IMPACTO ANTRÓPICO 72 5.3.1 Variáveis físicas 72 5.3.1.1 Temperatura da água 72 5.3.2 Variáveis físico-químicas 73 5.3.2.1 Salinidade 73 5.3.2.2 pH 74 5.3.2.3 Oxigênio Dissolvido 74 5.3.3 Nutrientes nitrogenados 76 5.3.3.1 Nitrato (NO3
-) 76 5.3.3.2 Nitrito (NO2
-) 77 5.3.3.3 Amônio (NH4
+) 78 5.3.3.4 Nitrogênio Inorgânico Dissolvido (NID) 79 5.3.3.5 Nitrogênio Orgânico Dissolvido (NOD) 80 5.3.3.6 Nitrogênio Total Dissolvido (NTD) 81 5.3.4 Nutrientes fosforados e razão N:P 82 5.3.4.1 Fósforo Inorgânico Dissolvido (PID) 83 5.3.4.2 Polifosfatos (Poli-PO4
3-) 84 5.3.4.3 Fósforo Orgânico Dissolvido (POD) 84 5.3.4.4 Fósforo Total Dissolvido (PTD) 85 5.3.4.5 Razão N:P 86 5.3.5 Variáveis biológicas (clorofila-a e feofitina-a) e sulfetos totais 87 5.3.5.1 Clorofila-a (Cloro-a) 88 5.3.5.2 Feofitina-a (Feo-a) 89 5.3.5.3 Sulfetos Totais (H2S) 90 5.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS PARA AVALIAÇÃO DO IMPACTO
ANTRÓPICO 91
6. DISCUSSÃO 96 6.1 DINÂMICA ESPAÇO-TEMPORAL 96 6.2 AVALIAÇÃO DE IMPACTO ANTRÓPICO 110 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 114 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 119 ANEXOS 134
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Setor Norte.
15
Figura 02 Setor Centro-Norte. Presença de restaurantes e residências na Costa da Lagoa.
16
Figura 03 Setor Centro-Sul, margeando a Avenida das Rendeiras.
16
Figura 04 Macroalgas oportunistas no setor Sul, na margem da Avenida Osni Ortiga. (A) visão à distância (B) visão aproximada.
17
Figura 05 Localização geográfica da Lagoa da Conceição e distribuição dos pontos amostrais nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS), Centro-Norte (CN) e Norte (N), durante a campanha de verão (antes e depois do feriado de Carnaval).
19
Figura 06 Localização geográfica da Lagoa da Conceição e distribuição dos pontos amostrais nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS), Centro-Norte (CN) e Norte (N), durante a campanha de inverno (antes e depois do feriado de Corpus Christi).
21
Figura 07 Variação da Temperatura da água (ºC) de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
34
Figura 08 Variação da salinidade na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
36
Figura 09 Variação de Oxigênio Dissolvido (mg/L) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
39
Figura 10 Variação de nitrato, NO3-(�M) na água de superfície (A) e de
fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
42
Figura 11 Variação de nitrito, NO2- (�M) na água de superfície (A) e de
fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
43
Figura 12 Variação de íons Amônio (NH4+) na água de superfície (A) e de
fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
45
Figura 13 Variação de Nitrogênio Inorgânico Dissolvido (NID) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
47
vi
Figura 14 Variação de Nitrogênio Orgânico Dissolvido (NOD) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
49
Figura 15 Variação de Nitrogênio Total Dissolvido (NTD) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
51
Figura 16 Variação de Fosfato ou Fósforo Inorgânico Dissolvido (PID) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
53
Figura 17 Variação de Fósforo Orgânico Dissolvido (POD) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
55
Figura 18 Variação de Fósforo Total Dissolvido (PTD) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
57
Figura 19 Variação de poli-fosfatos (Poli-PO43-) nos setores Sul, CS, CN e
Norte, durante a campanha de verão.
58
Figura 20 Variação de Clorofila-a (Cloro-a) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
60
Figura 21 Variação de Feofitina-a (Feo-a) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
62
Figura 22 Variação da razão N:P na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
64
Figura 23 Variação de sulfetos (H2S) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
65
Figura 24 Regressão linear entre as variáveis correlacionadas significativamente (p<0,05 e r≥±0,60) na água superficial da Lagoa durante a campanha de verão.
67
Figura 25 Regressão linear entre as variáveis correlacionadas significativamente (p<0,05 e r≥±0,60) na água profunda da Lagoa durante a campanha de verão.
69
Figura 26 Regressão linear entre as variáveis correlacionadas significativamente (p<0,05 e r≥±0,60) na água superficial da Lagoa durante a campanha de inverno.
71
Figura 27 Regressão linear entre as variáveis correlacionadas significativamente (p<0,05 e r≥±0,60) na água profunda da Lagoa durante a campanha de inverno.
72
vii
Figura 28 Análise dos componentes principais das médias das 10 variáveis
ambientais. (A) nas campanhas de verão e de inverno; (B) na água de superfície e de fundo; (C) nos setores S, CS, CN e N.
75
Figura 29 Variação de salinidade nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
77
Figura 30 Variação de OD nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
79
Figura 31 Variação de nitrato (NO3-) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e
Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
81
Figura 32 Variação de nitrito nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
82
Figura 33 Variação de amônio (NH4+) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS)
e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
83
Figura 34 Variação de Nitrogênio Inorgânico Dissolvido (NID) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
84
Figura 35 Variação de Nitrogênio Orgânico Dissolvido (NOD) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
85
Figura 36 Variação de Nitrogênio Total Dissolvido (NTD) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
Figura 37 Variação de o-fosfato (PO43-) nos setores Sul (S), Centro-Sul
(CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
87
Figura 38 Variação de polifosfatos nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois do feriado de Carnaval.
88
Figura 39 Variação de fósforo orgânico dissolvido (POD) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
89
Figura 40 Variação de fósforo total dissolvido (PTD) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
viii
Figura 41 Variação da razão N:P nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
91
Figura 42 Variação de Clorofila-a (Cloro-a) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
92
Figura 43 Variação de feofitina-a (Feo-a) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
93
Figura 44 Variação de sulfetos (H2S) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
94
Figura 45 Análise dos Componentes Principais das médias nos setores Sul, CS e CN. (1) Comparação entre os períodos Antes (A) e Depois (D) dos feriados; (2) Comparação entre os feriados de Carnaval (C) e Corpus Christi (CC).
96
Figura 46 Análise de Componentes Principais das médias das variáveis nos setores Sul, CS e CN, antes e depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
98
ix
RESUMO
A Lagoa da Conceição localizada em Florianópolis, ilha de Santa Catarina (27º34'S - 48º27'W), vem sofrendo um intenso processo de eutrofização em virtude do aumento da urbanização desordenada na região. Inicialmente, a Lagoa foi dividida em quatro setores (Sul, Centro-Sul, Centro-Norte e Norte) de acordo com a sua geomorfologia, densidade demográfica e influência da maré. Amostras de água de sub-superfície e de fundo foram coletadas aleatoriamente em todo o corpo lagunar durante dois períodos de tempo: antes e depois do feriado de Carnaval e de Corpus Christi de 2003, sendo três dias antes e três depois e mais dois tomados ao acaso, sorteados em um intervalo de tempo total de 30 dias (15 antes e 15 depois). As amostras receberem tratamentos diferentes, de acordo com o objetivo do estudo: uma para a dinâmica espaço-temporal das variáveis físico-químicas e biológicas (verão e inverno) e outra para a avaliação do impacto (feriados de Carnaval e Corpus Christi). As variáveis determinadas foram: oxigênio dissolvido, pH, temperatura, salinidade, transparência, nutrientes inorgânicos dissolvidos (nitrato, nitrito, amônio e o-fosfato), fósforo e nitrogênio total dissolvido, fósforo e nitrogênio orgânico dissolvido, sulfeto, poli-fosfatos, clorofila-a e feofitina-a. As maiores concentrações de amônio e de NID foram encontradas no setor Norte (no verão). No setor Sul, foram verificados: a menor salinidade (setor mais abrigado), o maior valor de PTD (no inverno), de clorofila-a (no inverno) e de poli-fosfatos (no verão). Durante a campanha de verão, foi observada uma estratificação vertical nas águas profundas do setor Centro-Sul em função dos maiores valores de clorofila-a, salinidade, feofitina-a e sulfeto no fundo quando comparados à água superficial. Este fato pode ser explicado pela baixa renovação de água nestes locais profundos e pela elevada concentração de organismos fotossintetizantes no fundo. Já durante a campanha de inverno, a coluna de água se apresentou mais homogênea verticalmente, devido às menores temperaturas e a maior ação dos ventos. A variação temporal de nitrato e de nitrito (maiores no inverno), clorofila-a e feofitina-a (menores no inverno) sugere uma menor assimilação dos nutrientes pelos produtores primários no inverno do que no verão. As concentrações de amônio, clorofila-a e feofitina-a foram maiores no verão, em função do maior aporte de material orgânico autóctone e alóctone, maior degradação biológica e à maior intensidade da luz. Em geral, as razões N:P (razão molar) foram maiores do que 16:1 (REDFIELD, 1958), indicando o fósforo como o elemento controlador da produção pelágica na Lagoa. A avaliação do impacto antrópico promovido pelos feriados de Carnaval e de Corpus Christi indicou que somente o Carnaval promoveu alterações efetivas na água superficial da Lagoa, as quais podem ser evidenciadas pelo aumento na concentração de amônio, na razão N:P e no sulfeto após o feriado e pela diminuição de clorofila-a, feoftina-a e de oxigênio dissolvido.
x
ABSTRACT The Conceição Lagoon, located in Florianópolis, Santa Catarina island (27º34'S - 48º27'W), has shown an increase in the eutrophication process in function of the increasing desordered urbanization in the area. Conceição Lagoon has been inicially divided into four sectors (South, Central-South, Central-North, and North), according to its geomorphology, demographic density, and tide influence. Sub-surface and deep water samples were taken randomly from the entire lagoon water body during two periods of time: before and after Carnival holiday and Corpus Christi holiday of 2003, with three days before, and three after the impact, and two more casually, all taken in a total time interval of 30 days (15 before and 15 after). Samples received different treatments, according to the study objective: one for the spatial and temporal dynamics of the physical chemical and biological variables (summer and winter), and the other for the impact evaluation (Carnival and Corpus Christi holidays). Variables which have been determined were: dissolved oxygen, pH, temperature, salinity, transpanecy, dissolved inorganic nutrients (nitrate, nitrite, ammonium, and o-phosphate), total dissolved phosphorus and nitrogen, organic dissolved phosphorus and nitrogen, sulphide, poli-phosphate, chlorophyll-a, and phaeofytin-a. The highest ammonium and DIN concentrations were found in the North sector (in summer). In the South sector, it has been verified the lowest salinity (enclosed sector), the highest TDP (in winter), chlorophyll-a (in winter), and poli-phosphates values (in summer). It has been observed a vertical stratification in the deep waters of the Central-South sector, during summer campaign, in function of the highest chlorophyll-a, salinity, phaeofityn-a, and sulphide values in deep water compared to the sub-surface water. This fact can be explained by the low water renovation at these deep sites, and by the elevated concentration of photosynthetic organisms in near bottom. During winter campaign, the water column has shown to be stable vertically due to lower temperatures, and to higher wind action. The temporal variation on nitrate, nitrite (increased in winter), chlorophyll-a and phaeofitin-a (decreased in winter) showed lower assimilation of nutrients by primary producers during winter, compared to summer. Ammonium, chlorophyll-a, and phaeophytin-a concentrations were higher in summer, due to the increasing input of autochthonous and alochthonous organic matter, to higher biological degradation, and to the light intensity raise. In general, the N:P ratios (molar ratio) were higher than 16:1 (REDFIELD, 1958), indicating phosphorus as the controlling element to the pelagic production in the Lagoon. The assessment of impact caused by Carnival and Corpus Christi holidays indicated that only Carnival has caused effective variations in the sub-surface water, which can be attributed to the enhencement of ammonium, N:P ratio, and sulphide concentration after holiday, and to the decrease of chlorophyll-a, phaeophytin-a, and dissolved oxygen.
xi
1 INTRODUÇÃO
As zonas oceânicas, nas regiões tropicais e subtropicais, são consideradas
pobres em disponibilidade de nutrientes para organismos autótrofos e heterótrofos
em relação às regiões de altas latitudes (KJERFVE, 1994). Sendo assim, nas
regiões de baixas latitudes, lagoas costeiras e mangues representam fontes
importantes da produtividade secundária por fornecerem os alimentos necessários
para o sustento das cadeias tróficas na biodiversidade local (CAUMETTE et al,
1996).
Embora tendo essa importância, estes ecossistemas têm sido alvo de
constantes impactos antrópicos caracterizados principalmente por:
1) deteriorização da qualidade de suas águas através do lançamento direto
de efluentes domésticos e industrias;
2) decomposição da harmonia paisagística através da ocupação imobiliária e
desmatamentos desordenados;
3) comprometimento da biodiversidade através da poluição, da pesca
predatória e da introdução de espécies exóticas no ambiente, através de fazendas
marinhas;
4) modificação da biocenose através dos aterros, abertura e retificação de
canais para contenção de enchentes, construção de portos e marinas e outras
obras de infraestrutura.
No mundo inteiro, estudos ambientais têm sido realizados nestes sistemas
costeiros a fim de identificar a natureza do impacto antrópico e apresentar
soluções compatíveis e adequadas à recuperação e salvaguardia de tais
ambientes (POMEROY, et al, 1965; RYTHER, 1971; UNESCO, 1976; UNESCO,
1981; KELLY et al., 1984; LAURENTI et al, 1992; CASTEL et al., 1996; ZHANG, et
al., 1999; HEIJS et al., 2000).
No Brasil, os estudos começaram a ser realizados na década de 80
(BRANDINI, et al., 1988; BAUMGARTEN & NIENCHESKI, 1990; ALMEIDA et al.,
2
1993; OLIVEIRA & KJERFVE, 1993; LAURENTI & FRANCO, 1995; ABREU et al.,
1995; BAUMGARTEN et al., 1995; PERSICH et al., 1996; SANTOS et al., 1997;
MACHADO et al., 1997; ATTAYDE & BOZELLI, 1999; BRANCO et al., 2000;
SOUZA et al., 2003).
Na costa brasileira, mais de 60 lagoas costeiras estão localizadas entre os
estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Dentre as mais importantes
estão lagoas de pequeno porte como a Lagoa da Conceição, de Santo Antônio-
Mirim, de Tramandaí-Imé e a Lagoa do Peixe, bem como a maior lagoa costeira
estrangulada do mundo, a Lagoa dos Patos (KNOPPERS & KJERFVE, 1999).
A Lagoa da Conceição, local do estudo, situada no litoral catarinense, mais
especificamente na ilha de Santa Catarina, possui uma área superficial
aproximada de 20 km2. Este ecossistema também tem sido estudado
intensamente ao longo dos últimos anos (ASSUMPÇÃO et al., 1981;
ODEBRECHT & CARUSO GOMES, 1987; KNOPPERS et al., 1984;
ODEBRECHT, 1988; MANARA, 1990; PERSICH, 1990; RODRIGUES, 1990;
PORTO-FILHO, 1993; SIERRA DE LEDO et al., 1993; PANITZ et al., 1998;
SOUZA-SIERRA et al., 1999; SORIANO-SIERRA, 1999; SIERRA DE LEDO &
SORIANO-SIERRA, 1999; KOCH, 1999; GARCIA, 1999; PASSOS, 2001;
FONSECA et al., 2002; ZWIRTES, 2003). Trata-se de uma lagoa marinha costeira que recebe a contribuição de águas
doces provenientes de precipitações pluviométricas regulares diretas ou por
escoamento superficial, de pequenos córregos e dos rios João Gualberto e
Vermelho (SORIANO-SIERRA, et al., 1999). Sua ligação com o mar se dá
através de um estreito canal denominado Canal da Barra da Lagoa, o qual
permite a troca de água salgada entre esta e o mar. Esta condição lhe confere a
característica de um sistema estuarino, berçário e criadouro de muitas espécies
aquáticas de importância econômica, como o camarão e a tainha.
A beleza da Lagoa da Conceição, a sua produtividade secundária e as
atividades náuticas recreativas nela realizadas têm sido cada vez mais afetadas,
em função da diminuição na qualidade de suas águas. Parece contraditório, mas
3
à medida que melhora a qualidade e a quantidade da infraestrutura turística,
diminui a qualidade dos recursos hídricos naturais. O aumento do
desenvolvimento urbano desordenado tem resultado em eventos observados no
início das primaveras dos anos de 1999 e 2000: um "bloom" de algas sem
precedentes, principalmente no setor Sul da Lagoa. Tais fenômenos foram
amenizados pela Prefeitura Municipal de Florianópolis ao retirar toneladas de
material algal em decomposição, as quais desprendiam um intenso odor
desagradável. A presença de uma grande densidade de macroalgas verdes
oportunistas como a Ulva sp. e Enteromorpha sp. já ocorre na laguna durante o
ano todo (HORTA, com. pess.), constituindo um indicativo de que a Lagoa se
encontra em processo de eutrofização.
Em junho de 2001, outro fenômeno importante foi observado, a mortandade
de peixes e um forte odor desagradável. BARBOSA, (com. pess.) identificou a
presença de sulfobactérias púrpuras, anaeróbias e fotossintetizantes do grupo
das Chromatium (formas móveis flageladas), na água superficial da Lagoa no
setor Sul, imediatamente após o evento. Fatos semelhantes foram observados em
outros estuários e lagoas costeiras (JORGENSEN, 1982; CASTEL et al., 1996;
HEIJS et al., 2000).
O problema ecológico gerado parece ter sua origem na descarga de
efluentes domésticos e de serviços ligados ao turismo, principalmente hóteis e
restaurantes e ao fato do setor Sul da Lagoa ser mais abrigado e possuir uma
menor renovação de suas águas. O monitoramento dos últimos anos realizado
pelo órgão responsável pela balneabilidade em Santa Catarina (FATMA, 2001 e
2002), consubstancia essa possibilidade ao detectar, nas áreas de maior
ocupação urbana ao redor da Lagoa, os maiores índices de coliformes totais e
fecais.
A população total estimada na região para o ano 2000 foi de 33.000
habitantes - entre residente e flutuante. A densidade demográfica no perímetro da
Lagoa e, conseqüentemente, as estruturas de serviços cresceram muitas nos
4
últimos anos, porém, o sistema de saneamento básico permaneceu praticamente
inalterado.
A estação de tratamento de esgotos (ETE) existente para a Bacia
Hidrográfica da Lagoa da Conceição atende aproximadamente 17 % dos
residentes. Sendo assim, 83% da população total lança seus esgotos domésticos
de forma não adequada na Lagoa da Conceição ou utiliza fossas sépticas.
Estima-se que a Lagoa da Conceição receba uma contribuição de esgotos da
ordem de 157.338 m3/mês, correspondendo a um lançamento de 300
kg/DBO5/dia nas suas águas (ABES, 2000). Considera-se que a contribuição
média de nitrogênio e fósforo por pessoa seja de 10,8 g e 2,18 g per capita/dia,
respectivamente, (MACHADO, 1989) os quais são os maiores nutrientes
promotores da produção primária. A matéria orgânica e detergente proveniente
dos esgotos lançados nas águas da Lagoa, sem prévio tratamento, é decomposta
por organismos aeróbios e anaeróbios, resultando na mineralização dos
compostos nitrogenados e fosfoforados, que quando em excesso promovem o
aumento da produção primária, levando a hipoxia e, finalmente, a anoxia do meio
aquático.
Estes dois eventos que ocorrem na Lagoa da Conceição: aumento
exagerado da biomassa fitoplantônica e a superação do metabolismo autótrofo
pelo heterótrofo (crise distrófica) são conseqüências do processo de eutrofização.
Os eventos acima relatados parecem indicar que a atividade humana
sobre o sistema tem acelerado consideravelmente o processo de eutrofização.
A falta de infra-estrutura sanitária transforma a Lagoa da Conceição em
uma receptora de resíduos que além de comprometerem a qualidade físico-
química e biológica de suas águas, podem ser um foco gerador de patologias de
origem microbiológica assim como toxicológicas através do consumo de
alimentos originados de suas águas.
Portanto, além de um problema ecológico, a Lagoa da Conceição esta se
transformando em um problema de saúde publica.
5
Diante disso, é necessário monitorar permanentemente o estado e a
evolução trófica da Lagoa da Conceição, bem como as condições bacteriológicas
de suas águas.
O estudo de estados tróficos em ambientes lagunares pode ser realizado
através da observação e medida de parâmetros tais como: transparência, odor,
fósforo total, fósforo reativo, desenvolvimento de cianobactérias, quantidade de
clorofila-a entre outros (SFRISO et al., 1988; JUSTIC et al., 1995; TAYLOR et al.,
1995; BARTOLI et al., 1996; STAL et al., 1996; RIMMELIN et al., 1998;
YAMAMURO & KOIKE, 1998; LINGBY et al., 1999; BRANCO et al., 2000;
DUDLEY et al., 2001; SILVA et al., 2002; MUSLIM & JONES, 2003). Os ciclos biológicos dos ecossistemas aquáticos marinhos estão
relacionados às concentrações de nutrientes principalmente de compostos
nitrogenados, fosforados e silicatos. Normalmente o fósforo é o elemento
limitante do crescimento de algas em lagoas de água doce (ESTEVES, 1998) e
os compostos nitrogenados são limitantes nas zonas marinhas.
Em lagoas eutróficas, o íon amônio é o principal componente nitrogenado
observado nas camadas anóxicas (CASTEL et al., 1996; FRASCARI, et al.,
2002). Para que os processos de eutrofização sejam controlados em zonas
estuarinas, a razão entre nitrogenados e fosfatados inorgânicos (N:P) não deve
ser diferente da razão considerada ideal para o crescimento fitoplanctônico em
torno de 16:1 e 20:1 (REDFIELD, 1958).
A maior parte das lagoas brasileiras apresenta uma concentração de
nitrogênio inorgânico dissolvido variando entre 2 – 10 uM N-(NH4+ + NO2
- + NO3-)
e de fosfato variando entre 0,3 e 1,5 uM (KNOPPERS & KJERFVE, 1999), o que
corresponde a valores encontrados em lagoas costeiras tropicais e subtropicais
com baixa eutrofização cultural (NIXON, 1982). No entanto, nas últimas décadas
(1980-2000), a concentração das formas inorgânicas de nitrogênio (nitrato, nitrito e
amônio) e de fósforo inorgânico vem aumentando significativamente nas águas da
Lagoa da Conceição e superando os valores considerados não críticos
(KNOPPERS et al., 1984; ODEBRECHT & CARUSO GOMES, 1987; SOUZA-
6
SIERRA et al., 1999; PERSICH, 1990; PANITZ et al., 1998; FONSECA et al.,
2002).
Neste estudo, buscamos investigar o atual estado trófico da Lagoa da
Conceição e identificar o elemento nutriente de maior importância no processo de
crescimento fitoplanctônico excessivo. Por outro lado, tal estudo deverá propiciar
elementos para a avaliação futura do grau de influência que a ampliação da atual
estação de tratamento de esgotos da Lagoa da Conceição terá sobre a qualidade
trófica do ecossistema inteiro.
7
2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral
Traçar um perfil preliminar do estado trófico da águas da Lagoa da
Conceição a partir da variação espaço-temporal e da correlação entre variáveis
físicas, físico-químicas e biológicas.
2.2 Objetivos Específicos 1. Verificar o nutriente limitante para o crescimento fitoplanctônico.
2. Identificar os setores mais comprometidos na Lagoa da Conceição.
3. Investigar a influência do aumento da densidade populacional na dinâmica
espaço-temporal das variáveis físicas, físico-químicas e biológicas, considerando
o impacto dos feriados de Carnaval e de Corpus Christi.
4. Obter dados para posterior comparação do estado trófico antes e após a
provável ampliação do atual sistema de coleta e tratamento de esgotos na Bacia
Hidrográfica da Lagoa da Conceição.
5. Fornecer informações para o estabelecimento de uma estratégia de
monitoramento, visando o controle ambiental e a preservação da Lagoa.
8
3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 3.1 Características Geomorfológicas, Hidrodinâmicas e Meteoclimáticas
A Bacia Hidrográfica da Lagoa da Conceição está situada entre os paralelos
27030’17’’ e 27O37’36’’ de latitude Sul e entre os meridianos 48O25’30’’ e
48O29’54’’ de longitude Oeste, no Estado de Santa Catarina, mais especificamente
na Ilha de Santa Catarina. Possui uma área total de 80,23 km2, onde a mata
Atlântica ocupa 20,59 km2, pastos e cultivos 25,00 km2, reflorestamentos 6,23 km2,
área urbanizada 4,25 km2, queimadas 0,56 km2, dunas móveis 1,59 km2,
vegetação de dunas e restingas 1,93 km2 e um corpo lagunar com 20,09 km2
incluindo o Canal da Barra da Lagoa, ligação da Lagoa da Conceição com o
oceano Atlântico (HAUFF, 1996).
A Lagoa da Conceição possui larguras variáveis entre 2,5 e 0,15 km que
acompanham o desenho da costa. O seu comprimento total é de 13,5 km e o seu
volume de aproximadamente 49.87 x 106 m3. A Lagoa da Conceição pode ser
definida como uma lagoa de águas rasas, com profundidade máxima de 8,7 m e
mínimas variando entre 0,5 e 2 m (MUEHE & CARUSO GOMES, 1989; PORTO-
FILHO 1993). A amplitude de maré dentro da Lagoa varia cerca de 20 cm,
podendo atingir 40 cm em períodos de chuvas fortes ou prolongadas, os ventos
predominantes são os do quadrante Norte, embora os mais intensos sejam do
quadrante Sul (MUEHE & CARUSO GOMES JR., 1989; PORTO FILHO,1993;
SIERRA DE LEDO & SORIANO-SIERRA, 1999). CRUZ (1998) mostra ainda que
os ventos de maior intensidade em Santa Catarina são os ventos do quadrante S-
SE (6,0 m/s) que caracterizam a entrada de frentes frias.
Os ventos intensos sobre a Laguna da Conceição em um período de dois
dias são suficientes para homogeneizar verticalmente o sistema (KNOPPERS et
al. 1984).
9
As oscilações de maré na bacia hidrográfica da Lagoa são semidiurnas e a
onda de maré dissipa mais de 90% de sua energia no canal da Barra.
O Canal da Barra, aberto permanentemente desde 1982, é também chamado
de “rio” pelos pescadores da região, penetra no corpo lagunar em sua porção
central. A profundidade média do canal é de 2 m, o comprimento é de 2 km e a
largura de 0,15 km (ODEBREHT & CARUSO GOMES, 1987; GARCIA, 1999),. O
volume de água do mar que entra através das marés pelo Canal da Barra contribui
em 4% na taxa de renovação da água da Lagoa (SIERRA DE LEDO et. al., 1993).
O tempo de renovação de 50% das águas da Lagoa foi calculado em 11 dias
(KNOPPERS & KJERVE, 1999). Segundo PANITZ et al. (1998), a Lagoa da
Conceição está em processo de salinização desde a abertura do canal da Barra.
Segundo KOCH (1999), a Lagoa da Conceição possui circulação
holomítica polimítica, ou seja, ocorre uma circulação em toda a coluna de água
diariamente, devido ao fato de se tratar de um corpo hidrico raso e que durante a
noite ocorre uma diminuição da temperatura da superfície da água, gerando um
gradiente vertical térmico que promove a mistura total.
Os aportes de água doce procedem da precipitação pluvial, de cursos fluviais
pouco significativos, como o rio João Gualberto (na área Norte), o qual drena uma
microbacia de 4 km2 de superfície e alguns córregos na borda oeste, os quais
nascem no embasamento cristalino adjacente; e de infiltração de água
subterrânea na porção Sul. As saídas de água se dão pelo canal e por
evaporação (KNOPPERS et al., 1984; MUEHE & CARUSO GOMES, 1989).
As análises de PORTO-FILHO (1993) demonstraram que 48,28 % da área
superficial total da Lagoa da Conceição apresenta profundidade entre 0 e 2 m e
extensas plataformas marginais; que 38,99% se caracteriza como uma grande
superfície de acumulação de material localizado em profundidades inferiores a 4
m; e que a zona talude (os 12, 73% restantes da área) se situa entre 2 e 4 m de
profundidade. Segundo o mesmo autor, em 56,51% a 61% de seu fundo ocorrem
processos de acumulação e somente em 39% a 43,80% sucedem processos de
erosão e transporte.
10
As elevações cristalinas ao redor da Lagoa da Conceição influenciam a
composição do fundo, o qual apresenta um perfil assimétrico. A oeste, as rochas
graníticas formam elevações de até 400 m, com encostas altas e praias pouco
desenvolvidas, compostas por material imaturo, mal selecionado, o qual é
transportado por pequenos rios que descem das encostas (PORTO-FILHO, 1993).
Os sedimentos superficiais do fundo lagunar foram classificados dentro de
cinco texturas: silte arenoso (ocupa 45% do fundo das porções mais fundas do
Sul, Centro e a oeste do setor Norte), arenoso (ocupa 40% do fundo com
profundidade inferior a 1,5 m no setor Centro-Leste, marginal à planície costeira),
areno-siltoso (ocupa 10% do fundo da porção central com profundidade entre 1,5
e 4,0 m), silte-argiloso (3% do fundo da porção noroeste com profundidades
maiores que 6 m) e siltoso (2% do fundo na margem Sul isolada). Em regiões de
alta energia, como na região do canal, a deposição de sedimentos finos fica
inibida. Já, em locais onde o nível energético é baixo, no Norte e Sul, ocorre
deposição de sedimentos finos. Em profundidades intermediárias, ocorre uma
mistura de lama e areia (PORTO-FILHO, 1993; GRÉ & HORN FILHO, 1999).
ZWIRTES (2003) avaliou a idade cronológica do sedimento (profundidade
até 40 cm) da Costa da Lagoa em aproximadamente 119 anos (desde o ano de
1885), assim a taxa de sedimentação neste local pode ser estimada em
aproximadamente 0,33 cm / ano.
A Lagoa da Conceição está incluída na isoterma de 20 º C, sendo fevereiro o
mês mais quente (temperatura média máxima de 28,5 ºC) e julho o mês mais frio
(temperatura média entre 15 e 18 ºC). O índice pluviométrico mensal varia, em
média, entre 72 e 172 mm, sendo que as precipitações mais intensas ocorrem
quando as temperaturas do ar são maiores (GARCIA, 1999; FONSECA et al.,
2002).
Trabalhos realizados anteriormente na Lagoa da Conceição por
ASSUMPÇÃO et al. (1981), KNOPPERS et al. (1984), ODEBRECHT & CARUSO
GOMES (1987), MUEHE & CARUSO GOMES (1989) propuseram uma subdivisão
da Lagoa em três partes distintas (Sul, Central e Norte), considerando
11
características físico-químicas, variação da matéria particulada, nutrientes,
morfologia e estrutura. Já PORTO-FILHO (1993), baseado em aspectos
geomorfológicos e geoquímicos, propõe a divisão da Lagoa da Conceição em cinco
setores: extremo norte, norte, centro-norte, centro-sul e sul.
3.2. Características da Biodiversidade
A vegetação que rodeia a Lagoa é dissimétrica e a Mata Atlântica cobre os
maciços graníticos no setor oeste. Plantações de pinos (Pinus Eliottii) se estendem
sobre as dunas do cordão litoral, na área ocupada pelo Parque Estadual do Rio
Vermelho, unidade de conservação implantada em 1992 (HERMANN et al., 1987 in
GARCIA, 1999). Ao longo do Canal da Barra encontram-se algumas espécies de
mangues como Avicennia schaueriana (mangue cortume) e Laguncularia
racemosa (mangue branco), com Acrostichum aureum (samambaia de folhas
largas) que também aparece nos subsistemas norte e central (SORIANO-SIERRA
1999).
As marismas da Lagoa ocupam uma superfície de 12,4 ha. No contorno
lagunar a Scirpus americanus é a espécie dominante em 80% das marismas e
Spartina densiflora e S. loisoeur são encontradas nas margens do Canal e no
restante da Lagoa (SORIANO-SIERRA, 1999). As marismas além de serem
habitat de peixes, crustáceos e moluscos, de grande interesse econômico,
também desempenham papel crítico na manutenção do equilíbrio entre as forças
de agressão e erosão das margens do corpo lagunar e se constituem em
reservatórios de elementos nutrientes para os organismos vivos, além de
permitirem a imobilização e retenção de poluentes.
Considerando os aportes de biomassa da Spartina densiflora e Scirpus
americanus, de Pinus Eliottii e a Mata Atlântica nativa, temos um total de 13,80 ton
ha/ano de biomassa entrando no corpo lagunar.
12
A produção primária na Lagoa da Conceição é dominada por fitoplâncton
(KNOPPERS & KJERVE, 1999), constituído principalmente por diatomáceas,
dinoflagelados, microflagelados, cianobactérias, e bactérias autotróficas que
dominam as regiões abaixo da haloclina nas seções central da Lagoa da
Conceição, principalmente durante períodos de baixa intrusão de maré e
estagnação da água de fundo (KNOPPERS et al., 1984, ODEBRECHT &
CARUSO Jr., 1987; ODEBRECHT, 1988). A produção primária líquida da Lagoa
da Conceição foi calculada em 1,59 ± 0,80 g C m-2d-1 no verão de 1984
(KNOPPERS & KJERVE, 1999).
ODEBRECHT (1988) detectou a ocorrência de quatro gêneros de
cianobactéria na Lagoa da Conceição, dentre elas Trichodesmus sp.. BRAGA
(2000) afirma que algumas espécies de Trichodesmus são tóxicas, podendo afetar
a cadeia alimentar do ecossistema lagunar.
Entre as espécies de macroalgas encontradas na Lagoa estão as algas
verdes (Entheromorpha sp. e Ulva sp.), principalmente no setor Sul; e as algas
parda (Padina sp.) (GARCIA, 1999) e vermelha (Acanthophora sp.) (HORTA, em
prep.), encontradas em todo o corpo de água lagunar.
3.3. Características Sócio-Econômicas e Demográficas
Na bacia hidrográfica da Lagoa da Conceição se localizam alguns povoados e
centros urbanos, como: Costa da Lagoa, a qual subdivide-se em vários povoados
como o Canto dos Araçás, a Praia Seca, a Vila Verde, o Paraíso e o Brasiliano;
Canto da Lagoa; São João do Rio Vermelho; Centrinho da Lagoa; e a Barra da
Lagoa (maior núcleo pesqueiro da ilha de Santa Catarina) (GARCIA, 1999).
No ano 2000, havia cerca de 6.858 imóveis na região da Lagoa, desde a
Costa da Lagoa até o Canto da Lagoa. Dentre os mais habitados estão: o Centrinho
da Lagoa, com 2.221 imóveis; a Barra da Lagoa, com 2.225 imóveis e o Canto da
Lagoa, com 1.572 imóveis (VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2000). A área de menor
13
densidade populacional identificada por DIAS (2001) foi a Costa da Lagoa, com um
total de 1.027 habitantes.
As atividades econômicas principais na região são o comércio em geral, em
particular o de alimentos: restaurantes, bares e supermercados; a pesca; a
maricultura; o comercio imobiliário e a hotelaria .
A taxa de crescimento anual médio na área da Lagoa é de 4,77%,
passando de 3.613 hab. em 1960, para 19.316 hab. em 1996 (IBGE, 1996 in
ABES, 2000). No ano 2000, a população fixa e flutuante atingiu 23.929 e 9.408
habitantes, respectivamente (ABES, 2000).
O atual tratamento de esgoto na Bacia Hidrográfica da Lagoa da Conceição,
que atende aproximadamente 1.200 residências, consiste apenas em um
tratamento secundário, sendo o esgoto tratado percolado posteriormente no solo
das dunas e o excedente versado na porção Central-Sul da Lagoa. Nas demais
residências, o esgotamento é realizado com fossas e sumidouros sem o devido
acompanhamento técnico, muitas vezes, desrespeitando a NBR 7223/9 (Norma
Técnica Brasileira) ou lançados diretamente nas galerias pluviais e córregos que
desembocam na Lagoa. O sistema de fossas negras e sépticas domiciliares na
região é problemático, pois a profundidade do lençol freático está entre 0,75 e 1,0 m,
ocasionando contaminação da água subterrânea.
A CASAN, órgão governamental responsável pelo saneamento, está
ampliando a rede de esgoto atual, a qual futuramente passará a atender mais de
36.000 habitantes, entre a Barra e a Costa da Lagoa.
14
4. METODOLOGIA DE TRABALHO
As determinações analíticas foram realizadas em três laboratórios, nos
estados de Santa Catarina e do Paraná:
1. Laboratório de Toxicologia (Departamento de Patologia, Centro de
Ciências da Saúde/Universidade Federal de Santa Catarina – PTL/CCS/UFSC)
leituras de pH, oxigênio dissolvido, filtração e extração de clorofila-a.
2. Laboratório de Química Analítica, no Departamento de Química (CFM) da
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC análises de amônio,
salinidade, sulfeto, clorofila-a e feofitina-a.
3. Laboratório de Biogeoquímica no Centro de Estudos do Mar (CEM) da
Universidade Federal do Paraná – UFPR análises de nitrato, nitrito, o-fosfato, P
e N total, e poli-fosfato.
As variáveis climatológicas: temperatura do ar, precipitação, evaporação,
umidade relativa do ar, direção e intensidade dos ventos foram obtidas pela
EPAGRI/CLIMERH – SC e as variações de maré referentes aos períodos de
estudo foram obtidas junto a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha do
Brasil (DHN).
4.1. Distribuição espacial e temporal da amostragem A escolha da distribuição espacial de amostragem se referenciou em
trabalhos realizados anteriormente na Lagoa da Conceição que propuseram uma
subdivisão da mesma em partes distintas considerando propriedades tais como:
aspectos físico-químicos, variação da matéria particulada e nutrientes ou
morfologia e estrutura.
Baseado nestas subdivisões realizamos uma terceira divisão, considerando
a influência de águas continentais e salgadas e a densidade populacional, em
15
quatro setores, assim identificados; N = Norte, CN = Centro-norte, CS = Centro-
Sul e S = Sul (Figuras 05 e 06).
Setor Norte (N): sofre influência fluvial, proveniente do maior tributário da
Lagoa (rio João Gualberto ou das Capivaras), possui baixa densidade populacional e
intensa vegetação no seu entorno (Figura 01).
Figura 01. Setor Norte.
Região Centro-Norte (CN): sofre influência indireta do Canal da Barra e de
pequenos córregos a oeste. Apresenta baixa densidade populacional durante o
inverno e mais elevada no verão. Comunica-se com a região Norte por um canal
intra-lagunar paralelo à margem oeste da Lagoa (Figura 02).
16
Figura 02. Setor Centro-Norte. Presença de restaurantes e residências na Costa
da Lagoa. Região Centro-Sul (CS): sofre influência direta do Canal da Barra. Apresenta
elevada densidade populacional durante o inverno que se eleva durante o verão.
Comunica-se com o setor Centro-Norte (Figura 03).
Figura 03. Setor Centro-Sul, margeando a Avenida das Rendeiras.
Região Sul: comunica-se com a região Centro-Sul por um canal de três metros
de profundidade e recebe o aporte de água das bacias de quatro riachos. Apresenta
elevada densidade populacional durante todo o ano, além de eventos significativos
de florações algais (Figura 04).
17
(B)
Figura 04. Macroalgas oportunistas no setor Sul, na margem da Avenida Osni Ortiga. (A) visão à distância (B) visão aproximada.
O desenho amostral utilizado foi completamente aleatório para cada estrato
(CRD – Completely Randomized Design). As amostras coletadas para o estudo da
dinâmica espaço-temporal das variáveis ambientais na coluna d’água e para o
estudo de impacto antropogênico foram as mesmas. Águas de sub-superfície e
em profundidade foram amostradas aleatoriamente dentro de um intervalo de
tempo total de aproximadamente 30 dias no período de verão (21/02/2003 –
14/03/2003) e no período de inverno (06/06/2003 – 03/07/2003). Foram sorteadas
para as campanhas de verão e de inverno 8 datas para as saídas de campo
18
(dentro do intervalo de tempo mencionado, 30 dias). O procedimento foi realizado
estabelecendo uma grade com células de tamanhos iguais (área aproximada de
0,25 km2) em toda a Lagoa da Conceição. Cada célula representou um local ou
ponto de amostragem no setor determinado. Assim, foram coletadas amostras de
água em seis locais aleatórios por dia.
A Figura 05 representa a distribuição espacial dos pontos amostrais em
cada um dos quatro setores pré-determinados (Sul, Centro-Sul, Centro-Norte e
Norte) para a campanha de verão e impacto do feriado de Carnaval. As amostras
de água de superfície foram distribuídas da seguinte maneira: 9 amostras
(réplicas) na região Norte, 11 na Centro-Norte, 18 na Centro-Sul e 7 na região Sul
(Tabela 01) e de água de fundo foram considerados apenas os locais com
profundidade superior a 2,5 m. A Figura 06 representa a distribuição espacial dos
pontos amostrais na Lagoa da Conceição durante a campanha de inverno e de
impacto do feriado de Corpus Christi, onde foram tomadas 9 amostras na região
Norte, 10 na região Centro-Norte, 17 na região Centro-Sul e 9 na região Sul, tanto
de água superficial quanto de fundo.
Para avaliação do impacto dos feriados de Carnaval (verão) e Corpus
Christi (inverno) foram consideradas as amostragens antes e depois dos feriados.
Para esta avaliação foram amostrados apenas os setores Sul, Centro-Sul e
Centro-Norte. O setor Norte não foi considerado por não haver réplicas antes do
feriado, por apresentar características peculiares, como a influência do rio João
Gualberto, a baixa hidrodinâmica e a densidade populacional.
Dentro de cada período (antes e depois dos feriados) foi considerado o
intervalo de tempo de 15 dias. Em cada período foram realizadas três saídas de
campo para amostragem, perfazendo um total de seis saídas. Este procedimento
ocorreu da seguinte forma:
→ feriado de Carnaval - início no dia 28 de fevereiro (sexta-feira) e término
no dia 05 de março (quarta-feira) de 2003. Antes do feriado as saídas de campo
ocorreram nos dias 21,24 e 26 de fevereiro; e depois do feriado nos dias 07, 11 e
14 de março (Tabela 01).
19
Legenda:
ILHA DE SANTA CATARINA
N
O
S
1 a 3 = dias de amostragem A = antes do feriado de Carnaval D = depois do feriado de Carnaval N = setor Norte 1 a 6 = número da amostra/dia de amostragem Figura 05. Localização geográfica da Lagoa da Conceição e disamostrais nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS), Centro-Norte (CN) ecampanha de verão (antes e depois do feriado de Carnaval).
N
C
S
CBAÍA SUL
LAGOA DA CONCEIÇÃBAÍA NORTE
tribuição dos pontos Norte (N), durante a
20
Tabela 01. Pontos amostrais na água da Lagoa da Conceição para a campanha de verão e para o estudo de impacto do feriado de Carnaval.
SETORES
PERÍODO / DATA SUL
(S) CENTRO-SUL (CS)
CENTRO-NORTE (CN)
NORTE (N)
VERÃO A (antes do Carnaval) 21/02/03 24/02/02 25/02/03 26/02/03
1A4 2A6 / 2A5 3A4
1A5 / 1A6 / 1A1 2A4 / 2A1 3A5 / 3A6
1A3 / 1A2 2A2 / 2A3 3A1/ 3A2 / 3A3
1N1 / 1N2 / 1N3
VERÃO D (depois do Carnaval) 06/03/03 10/03/03 11/03/03 14/03/03
1D6 2D6 3D6
1D4 / 1D5 / 1D3 2D3 / 2D5 / 2D4/ 2D1 3D2 / 3D5 / 3D3 / 3D4
1D1 / 1D2 2D2 3D1
2N1 / 2N2 2N3 3N1 / 3N2 / 3N3
→ feriado de Corpus Christi - início no dia 19 de junho (quinta-feira) e
término no dia 22 de junho (domingo) de 2003. As amostras foram tomadas três
vezes antes do feriado, nos dias 09, 12 e 16 de junho; e três vezes após o feriado,
nos dias 24 e 30 de junho e 3 de julho (Tabela 02).
O intervalo de tempo utilizado para avaliar o impacto (15 dias após o
feriado) é baseado no tempo de renovação de 50% das águas de 11 dias
estimado para a Lagoa da Conceição (KNOPPERS & KJERVE, 1999). Estudos de
variação de espaço-temporal de nutrientes e clorofila-a levando em consideração
o tempo de renovação das águas também foram realizados em outras lagoas
costeiras no sul do Brasil, como a Lagoa dos Patos (RS) (ALMEIDA et al., 1993;
BAUMGARTEN et al., 1995; BAUMGARTEN & NIENCHESKI, 1990;
BAUMGARTEN et al., 2001).
21
LISO
Fac
BAÍA NORTE
Legenda:
1 a 3 = dias de amostragem A = antes do feriado de Corpus D = depois do feriado de Corpu N = setor Norte 1 a 6 = número da amostra/dia igura 06. Localização geomostrais nos setores Sul (Sampanha de inverno (antes
ILHA DE FLORIANÓP
ILHA DE SANTA CATARINA
N
O
Christi s Christi
de amost
gráfica ), Cent
e depo
LAGOA DA CONCEIÇÃ
BAÍA SUL
2D4
S
S
ragem
da Lagoa da Conceição e distribuiro-Sul (CS), Centro-Norte (CN) e Nortis do feriado de Corpus Christi).
N
C
C
ção dos pontos e (N), durante a
22
Tabela 02. Pontos amostrais na água da Lagoa da Conceição para a campanha de inverno e para o estudo de impacto do feriado de Corpus Christi.
SETORES
PERÍODO / DATA SUL
(S) CENTRO-SUL (CS)
CENTRO-NORTE (CN)
NORTE (N)
INVERNO A (antes de Corpus Christi) 06/06/03 09/06/03 12/06/03 16/06/03
1A4 2A4 / 2A5 3A4
1A6 / 1A5 2A1 / 2A6 3A1 / 3A3 / 3A6 / 3A5
1A2/ 1A3 / 1A1 2A2 / 2A3 3A2
1N1 / 1N2 / 1N3
INVERNO D (depois de Corpus Christi 24/06/03 25/06/03 30/06/03 03/07/03
1D5 / 1D4 2D4 / 2D5 3D4
1D1 / 1D6 2D1 / 2D2 / 2D3 / 2D6 3D1 / 3D5 / 3D6
1D2 / 1D3 3D3 / 3D2
2N1/ 2N2 2N3 3N1 / 3N2 / 3N3
4.2 Definição da matriz ambiental e procedimento de amostragem A matriz ambiental escolhida foi a água, levando em consideração o que
segue:
a) adequação às condições laboratoriais disponíveis
b) representação da biodisponibilidade imediata dos nutrientes para a
produção primária
c) representação da biomassa fitoplantônica, através da clorofila-a
Todas as campanhas de amostragem na Lagoa da Conceição foram
conduzidas de forma padronizada, iniciando no setor Sul sempre às 9:00 e
terminando por volta das 11:30 da manhã. Foram coletadas amostras de sub-
23
superfície e em profundidade (a 50 cm do fundo) nos quatro setores previamente
estabelecidos, com o auxílio de uma garrafa de “van Dorn”, de 2,5 L volume.
As amostras foram transferidas da garrafa de “van Dorn” para os
recipientes previamente limpos com HCl a 10% através da mangueira acoplada à
garrafa a fim de evitar borbulhamento, o qual poderia interferir nas análises de
oxigênio dissolvido e de sulfetos. As amostras para as determinações de oxigênio dissolvido, amônio e
sulfeto foram fixadas ainda em campo segundo os seus respectivos métodos
analíticos e posteriormente mantidas em banho de gelo a temperatura de 4 ºC.
Após o término de cada campanha amostral, as amostras foram
transportadas para o laboratório de Toxicologia do Centro de Ciências da Saúde
da UFSC, para manipulação e acondicionamento.
Para a campanha de verão, ou feriado de Carnaval, foi estabelecida a
profundidade de 2,5 m como determinante na coleta de água em uma ou duas
profundidades (só superfície ou superfície e fundo). Já para a campanha de
inverno, esta profundidade não foi levada em consideração, sendo todas as
amostras coletadas em duas profundidades, a 30 cm da superfície e a 50 cm do
fundo (superfície e fundo, respectivamente).
A embarcação e o apoio logístico utilizado durante as saídas de campo foi
fornecido pelo Corpo de Bombeiros de Florianópolis.
4.3 Variáveis Ambientais
As variáveis ambientais escolhidas como descritores espaciais (setores
Norte, Centro-Norte, Centro-Sul e Sul) e temporais (verão e inverno) do
ecossistema da Lagoa da Conceição foram: temperatura, pH, salinidade, oxigênio
dissolvido (OD), nitrogênio inorgânico dissolvido (NID), nitrogênio orgânico
dissolvido (NOD), nitrogênio total dissolvido (NTD), fósforo inorgânico dissolvido
24
(PID), fósforo orgânico dissolvido (POD), fósforo total dissolvido (PTD), poli-
fosfato, sulfeto, clorofila-a (cloro-a) e feofitina-a (feo-a).
Todas as variáveis selecionadas podem ser correlacionadas com a produção
de biomassa algal.
As amostras para análise de nitrito, nitrato, fosfato, NTD e PTD, clorofila-a e
feofitina-a foram coletadas em frascos de 1500 mL e filtradas em filtros Whatman
GF/C com porosidade de 0,45 µm e as sub-amostras foram acondicionadas em
frascos de polietileno de 250 mL, utilizadas para a determinação dos nutrientes
(nitrogenados e fosforados). O material particulado retido nos filtros, após a
filtração, foi congelado para posterior determinação de clorofila-a e de feofitina-a.
Após este tratamento prévio (filtração), as amostras foram armazenadas sob
refrigeração ou congelamento de forma a garantir a idoneidade na análise da
variável considerada.
As demais variáveis foram analisadas nos dias seguintes às saídas de
campo.
4.3.1. Temperatura
A medida foi realizada em campo utilizando termômetro a mercúrio, com
precisão de ± 0,1ºC. O termômetro foi mergulhado a 30 cm abaixo do espelho
d’água para as medidas de superfície e em béquer contendo uma sub-amostra de
água de fundo nas amostras de águas profundas.
4.3.2. pH
A leitura do pH foi realizada em laboratório, utilizando pHmetro modelo WTW
330 i. com compensação de temperatura, precisão de ± 0,1.
25
4.3.3. Transparência
A medida foi realizada em campo utilizando Disco de Secchi de 30 cm de
diâmetro.
4.3.4. Oxigênio dissolvido
A determinação seguiu a metodologia de Winkler, (GRASSHOFF, et al.,
1983), que consiste na fixação em campo do oxigênio dissolvido contido na
amostra, pela adição de um sal de Mn2+ e de solução alcalina contendo KI. Em
laboratório, a amostra foi acidificada e o iodo liberado, proporcional à quantidade
de oxigênio dissolvido na amostra, sendo titulado com uma solução padrão de
tiossulfato de sódio em presença de amido como indicador. O procedimento foi
realizado sobre 60 mL de amostra.
4.3.5. Salinidade
O procedimento analítico empregado para o cálculo da salinidade foi
descrito em GRASSHOFF et al. (1983) e segue a técnica de volumetria de
precipitação com solução titulante de nitrato de prata, desenvolvida por Mohr-
Knudsen a qual obtém a salinidade da amostra a partir da determinação da
clorinidade. Precisão do método: 0,01 x 10-3.
4.3.6 Nitrato e Nitrito
Os métodos empregados para a determinação das variáveis foi o descrito
por GRASSHOFF et al. (1983). O nitrito contido nas amostras de água foi feito
26
reagir com sulfanilamida e posteriormente com naftil etilenodiamina para a
formação de um íon diazônio. A concentração de nitrito foi determinada
espectrofotometricamente a 540 nm em cubeta de 5 cm. O nitrato por sua vez foi
convertido a nitrito por meio de uma coluna de cádmio recoberta com CuSO4 e
posterior reação para a formação do diazo composto. Após a leitura
espectrofotométrica a 540 nm em cubeta de 5 cm, a concentração de nitrato foi
obtida pela subtração da concentração de nitrito após o processo de redução e a
determinação descrita acima, com precisão de ± 0,02 µmol/L para nitrito e de ± 0,1
umol/L para baixas concentrações de nitrato (0-5 µmol/L) e de ± 0,2 µmol/L para
concentrações entre 5 – 10 µmol/L. A leitura espectrofotométrica foi realizada em
aparelho Micronal I B 380.
4.3.7 Amônio
As amostras fixadas em campo com a adição de solução fenol-alcoólica
foram armazenadas em geladeira até a análise que se procedeu dentro de duas
semanas.
A concentração de N amoniacal foi determinada usando o método azul de
indofenol modificado por Koroleff (1969), descrito em GRASSHOFF et al. (1983).
A absorbância do composto formado foi medida espectrofotometricamente em
aparelho Micronal I B 380, a 630 nm em cubeta de 1 cm. Precisão de ± 2,7 %.
4.3.8. Orto-fosfato ou Fósforo Inorgânico Dissolvido
As determinações quantitativas de fosfato reativo solúvel ou fósforo
inorgânico dissolvido (PID) foram realizadas conforme o método proposto por
Murphy and Riley (1962) e descrito em GRASSHOFF et al. (1983), com precisão
de ± 15% para níveis baixos de fosfato (0,2 µmol/L) e de ± 5% para níveis
27
intermediários (0,9 µmol/L) e de ± 2% para altos níveis (2,8µmol/L). As amostras
previamente filtradas foram feitas reagir com uma solução contendo ácido
molibdínico, ácido ascórbico e antimônio trivalente para a formação de um
complexo de fosfomibdato. As absorbâncias foram medidas em espectrofotômetro
Micronal I B 380, em cubetas de 5 cm a 880 nm.
4.3.9 Nitrogênio e Fósforo Total Dissolvidos (NTD e PTD)
O método utilizado foi descrito em GRASSHOFF et al. (1983) e constitui na
determinação de cada um dos nutrientes após filtração e posterior oxidação da
amostra total com perssulfato de potássio em autoclave. A oxidação é utilizada
para a conversão de toda a porção orgânica em inorgânica. Após a oxidação,
parte da sub amostra foi tomada (5 mL) para a determinação do N total como
nitrito, já descrito no ponto 4.3.6. A sub amostra restante foi utilizada para a
determinação do P total, como fosfato, conforme mencionado no ponto 4.3.8.
Precisão do método: ± 5% para fósforo e de ± 0,2 umol/L para nitrogênio total.
4.3.10 Polifosfatos
Os polifosfatos presentes nas amostras foram determinados segundo o
método descrito em GRASSHOFF et al. (1999), onde o poli-fosfato é
integralmente convertido a fosfato por hidrólise ácida. A análise foi feita nas
amostras filtradas e, portanto, a concentração de polifosfatos encontrada
corresponde à quantidade de polifosfatos mais a de o-fosfato. As absorbâncias
foram medidas em espectrofotômetro Micronal I B 380 a 880 nm em cubeta de 5
cm. Precisão do método: ± 5%.
28
4.3.11 Sulfetos
As amostras foram preservadas pela adição em campo de solução de
acetato de zinco a 0,2 N. O procedimento analítico seguiu o proposto por
FONSELIUS (1969) in GRASSHOFF et al. (1999), com modificação no
comprimento de onda. O método empregado consiste na adição de uma solução
mista de sulfato de N,N-dimetil-p-fenilenodiamina e cloreto férrico em meio ácido,
para a formação do complexo azul de metileno. A quantidade do complexo azul de
metileno, proporcional ao conteúdo de sulfetos presentes na amostra foi medida
em espectrofotômetro HITACHI U-V, modelo U-3000 a 600 nm, em cubeta de
1cm.
4.3.12 Clorofila-a e Feofitina-a
A determinação da concentração de pigmentos fotossintetizantes seguiu a
metodologia descrita por STRICKLAND & PARSONS (1972). Após filtragem de
1500 mL de amostra, os pigmentos retidos na fibra de vidro foram extraídos com
acetona a 90%. Após centrifugação da amostra, foi tomada uma sub amostra do
sobrenadante para a medida espectrofotométrica de clorofila-a, em aparelho
HITACHI U-V modelo U-3000, a 663 nm em cubeta de 1 cm. A feofitina-a foi
obtida pela acidificação com HCl a 10% do extrato cetônico, contido na cubeta
após análise da clorofila-a e medida espectrofotometricamente a 663 nm.
4.4 Tratamento Estatístico
Os valores médios, desvio padrão, mínimo e máximo das variáveis físicas,
físico-químicas e biológicas avaliadas na coluna de água da Lagoa da Conceição
29
(sub-superfície e fundo) tanto no estudo espaço-temporal quanto no de impacto,
foram obtidos através do programa EXCELL (OFFICE, 2000).
A análise de variância aplicada tanto para o estudo espaço-temporal quanto
para o de impacto foi a ANOVA. ANOVA bifatorial testou as diferenças entre as
médias das variáveis ambientais nos quatro setores (Sul, Centro-Sul, Centro-
Norte, versus Norte) e nos dois períodos (campanha de verão e de inverno). A
comparação entre os valores médios de cada fator isoladamente ou cruzados foi
feita através do teste post-hoc de “Newman-Keuls-Student” (UNDERWOOD,
1993). As diferenças significativas entre as médias foram definidas ao nível de
significância p < 0,05. Para análise do impacto, a ANOVA bifatorial considerou
como possíveis geradores de diferenciação: período (Antes X Depois) do
experimento (1 = Carnaval X 2 = Corpus Christi) e os setores (Sul X Centro-Sul X
Centro-Norte). O Teste-t de Student também foi utilizado para comparar apenas os
dois períodos: Antes e Depois, verificando a existência de diferenças significativas
(p<0,05).
Para verificar a existência de correlações entre as variáveis medidas na
água superficial e de fundo durante a campanha de verão e de inverno
separadamente, foram realizadas matrizes de correlação linear (quatro matrizes
quadradas), onde as associações entre duas variáveis puderam ser medidas pelo
coeficiente de correlação (r). Para testar a hipótese da existência de uma coluna
de água homogênea para profundidades menores de 2,5 m em pontos específicos
da Lagoa (Sierra de Ledo & Soriano-Sierra, 1999), foi realizado um teste-t de
Student utilizando amostras independentes coletadas em sub-superfície e
próximas ao fundo, nos locais apontados como apresentando a característica de
homogeneidade. A análise estatística utilizada comparou dois grupos: aqueles de
sub-superfície com os de fundo utilizando todas as variáveis analisadas
individualmente (Tabela 37, em anexo).
Para o estudo espaço-temporal foi utilizada ainda a análise de regressão
aplicada somente entre as variáveis com correlações lineares significativas (r ≥ ±
0,60) e grau de significância p < 0,05.
30
As análises estatísticas univariadas foram realizadas com o auxílio do
programa STATISTICA 5.5 (Stat Soft, Inc., 1999).
Além da análise univariada, foi aplicada uma multivariada bidimensional
(Análise de Componentes Principais - PCA) na avaliação da dinâmica espaço-
temporal e no estudo do impacto ambiental dos feriados, com a finalidade de
ordenar em um espaço vetorial os setores e amostras que foram agrupadas
linearmente de acordo com as variáveis escolhidas para a utilização da técnica. As
variáveis descritoras consideradas para a PCA do estudo espaço-temporal foram
as concentrações de amônio, nitrato, fósforo inorgânico dissolvido, oxigênio
dissolvido, sulfeto, clorofila-a, feofitina –a e salinidade, temperatura e razão N:P. A
PCA envolveu os valores médios normalizados das variáveis para as duas
profundidades de cada um dos quatro setores, durante as campanhas de inverno
e de verão.
Atendendo ao objetivo de identificar os agrupamentos entre as amostras de
antes e depois de cada feriado (Carnaval e Corpus Christi) a partir das mesmas
variáveis ambientais citadas acima, a Análise dos Componentes Principais (PCA)
para o estudo de impacto foi feita utilizando uma matriz mais simplificada,
agrupando as médias de cada setor anterior e posterior aos dois feriados. Cada
ponto mostrado no gráfico PCA representa a média dos resultados obtidos nos
três setores, Antes e Depois do Carnaval e de Corpus Christi, perfazendo,
portanto, seis pontos para a análise de Impacto do Carnaval e seis pontos para a
de Corpus Christi.
4.5 Condições meteoclimáticas de amostragem
As condições meteoclimáticas foram fornecidas pelo CHIMERH-SC e são
relativos à Estação Meteorológica de São José. Os valores de variação de maré
astronômica foram obtidos na DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação), Porto
31
de Florianópolis. As variáveis climatológicas registradas durante as campanhas de
verão e de inverno são apresentadas na Tabela 03.
Tabela 03. Valores médios das principais variáveis climatológicas medidas nos dias de amostragem durante as campanhas de verão e de inverno.
DIAS
T do ar (ºC)
Precipita-ção
(mm)
Ventos (m/s)
Direção dos
Ventos
Umidade Relativa
do ar
Amplitude de Maré
(m)
VERÃO 21/ 02 24,35 0 7,03 S 78,00 0,0→ 0,3
24/ 02 27,50 0 4,70 NE 74,00 0,5→ 0,3
25/ 02 28,55 0,7 3,47 N 79,33 0,3 → 0,0
26/ 02 24,45 0 2,03 SE 70,33 0,1→ 0,6
07/ 03 25,95 6,8 1,70 NE 83,33 0,0→ 0,9
10/ 03 25,95 24,9 1,83 SE 89,00 0,6→ 0,2
11/ 03 28,2 6,4 3,90 N 80,00 0,5→ 0,3
14/ 03 25,9 0 1,63 SW 70,66 0,2→ 0,7
INVERNO
06/ 06 22,00 1,9 2,60 N 0,4→ 0,1
09/ 06 15,90 19,2 0,63 W 0,2→ 0,0
12/ 06 17,20 0 2,20 SE 0,0→ 0,6
16/ 06 21,20 0 2,03 N -0,2→ 0,6
24/ 06 20,95 0 3,50 SW -0,2→ 0,5
25/ 06 20,40 0 2,13 SW -0,2→ 0,4
30/ 06 18,95 0 2,00 W 0,1→ 0,6
03/ 07 21,05 0 0 S/ vento 0,5→ -0,2
O valor acumulado de chuvas para o mês de fevereiro foi de 75,1 mm,
enquanto que nos 15 primeiros dias do mês de março foi de 95,6 mm.
32
A precipitação acumulada no período de inverno considerado para este
trabalho (06 de junho a 05 de julho) foi de 84,2 mm. O valor máximo de
precipitação acumulada ocorreu nos seis dias anteriores à saída de campo do dia
09/06/03 (antes do feriado de Corpus Christi), 50,7 mm.
As temperaturas do ar registradas durante a campanha de verão (fevereiro-
março) variaram de 19,7 a 36,0 ºC, e no inverno, de 14,2 a 27 ºC. A temperatura
média registrada na campanha de verão foi de 27,32 ºC e na de inverno de 19,45
ºC. Os ventos oscilaram de norte a sul, sendo os mais intensos os do quadrante
Sul, durante o verão e de sudoeste no inverno.
33
5. RESULTADOS 5.1 Dinâmica Espaço-Temporal
Os valores médios, desvio padrão, mínimo e máximo de temperatura,
salinidade, pH e oxigênio dissolvido medidos no verão (V) e inverno (I), nas águas
de superfície (S) e fundo (F) da Lagoa da Conceição estão apresentados nas
Tabelas 09 e 10 (em anexo).
5.1.1 Variáveis físicas
5.1.1.1 Temperatura
Nas Figuras 07 (A) e (B) estão representadas as variações da temperatura
nas águas de superfície e de fundo, nos quatro setores, durante as campanhas de
verão e de inverno.
Na campanha de verão, os valores mínimo e máximo registrados nas águas
superficiais da Lagoa foram 22,0 e 30,0ºC, respectivamente. A temperatura
mínima foi medida no setor CN e a máxima no Norte. Já em profundidade, a
temperatura mais elevada ficou por conta dos setores S e CS (29,0ºC) e a mínima
no setor CN (24,5ºC). Foi observado um gradiente vertical de cerca 1oC somente
em algumas amostras dos setores CN e Sul (3A3, 3A4, 3D1 e 3D4 – Tabela 09,
em anexo). A maior média da temperatura, tanto em superfície quanto em
profundidade, foi de 28,1ºC, nos setores Sul e Centro-Sul. A maior variação
vertical entre as médias de temperatura entre os quatro setores foi no CN que
apresentou uma média superficial de 26,3oC e em profundidade de 27,2oC. A
menor variação vertical entre as médias foi verificada nos setores S (28,0 –
28,1oC) e N (28,0 – 27,8 oC). A variação vertical térmica entre as médias foi
34
bastante baixa, mostrando uma coluna d’água homogênea, entretanto na
componente espacial, o espelho d’água se comportou de forma heterogênea.
Na campanha de inverno, as temperaturas mínimas e máximas, tanto em
superfície quanto em profundidade, foram de 17,0ºC e de 21,0 ºC,
respectivamente (Tabela 10, em anexo). A variação vertical máxima mais
significativa da temperatura foi menor do que 1ºC nos setores CN e Norte. Nesta
campanha amostral não foi verificada variação vertical significativa entre os
setores.
ESTAÇÃO DO ANO
TEM
PE
RA
TUR
A (o C
)
0
5
10
15
20
25
30
35
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
TEM
PE
RA
TUR
A (o C
)
0
5
10
15
20
25
30
35
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 07: Variação da temperatura (ºC) da água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
(A)
(B)
35
A análise de variância entre as médias de temperatura (Tabelas 17 e 18,
em anexo) mostra que houve de fato diferença significativa (p<0,05) entre os
experimentos de verão e de inverno (V>I) para as amostras de superfície e de
fundo. Entre os setores só houve diferença nas amostras superficiais, na seguinte
relação CN<(CS=S=N).
5.1.2 Variáveis Físico-químicas
5.1.2.1 Salinidade
Nas Figuras 08 (A) e (B) estão representadas as variações da salinidade
nas águas de superfície e de fundo, nos quatro setores, durante as campanhas de
verão e de inverno.
Na amostragem de verão, a salinidade mínima medida nas águas
superficiais da Lagoa foi de 22,32‰ e a máxima foi de 30,41‰ (ambas no setor
CS). Em profundidade, as salinidades mais elevadas também foram medidas no
setor CS, sendo o valor máximo de 34,32‰ e a mínima 23,45‰, no setor Sul. A
maior salinidade média, tanto superficial quanto em profundidade, foi verificada no
setor Centro-Sul (CS), 27,64 e 31,66‰, respectivamente. As menores médias, no
entanto, foram verificadas no setor Sul, tanto em superfície (24,05‰) quanto em
profundidade (27,04‰). A maior variação vertical das médias de salinidade, entre
os quatro setores, foi no CS, com média superficial de 27,64‰ e em profundidade
de 31,66‰. A menor variação vertical das médias de salinidade foi verificada nos
setores CN (26,80‰ na superfície e 27,73‰ no fundo) e N (26,76‰ na superfície
e 27,65 no fundo). A variação entre as médias da salinidade não apresentou
significância nos setores propriamente ditos, com exceção do setor CS, mas no
geral foi significativa.
Na amostragem de inverno, a salinidade mínima registrada nas águas
superficiais da Lagoa foi de 24,54‰ (setor S) e a máxima, 30,92‰ (setor CS). Em
36
profundidade, a salinidade máxima foi de 30,37‰, no setor CS, e a mínima de
25,50‰, no Sul. A maior média da salinidade, tanto superficial quanto em
profundidade, foi verificada no setor CS (29,29%o na superfície e 29,38 %o no
fundo) e a menor, no setor Sul (25,62%o na superfície e 26,04%o no fundo). A
variação vertical das médias de salinidade dentre os quatro setores foi verificada
no setor Sul e nos demais a diferença foi insignificante.
A análise de variância (Tabelas 17 e 18, em anexo) mostra que houve de
fato diferença significativa (p<0,05) entre os experimentos de verão e de inverno
(I>V) para as amostras de superfície e entre os setores, na seguinte relação
CS>(CN=N)>S, para a água superficial e de fundo.
ESTAÇÃO DO ANO
SA
LIN
IDA
DE
(%o)
0
5
10
15
20
25
30
35
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
SA
LIN
IDA
DE
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 08. Variação da salinidade na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
(A)
(B)
37
5.1.2.2 pH
Durante a campanha de verão, o pH mínimo encontrado nas águas
superficiais da Lagoa foi de 7,45 e o máximo, de 8,38, ambos no setor Centro-Sul.
Em profundidade, o pH mais elevado foi 8,30, medido no setor Centro-Norte e o
mínimo, 6,07, no setor Centro-Sul.
As maiores médias de pH, na superfície, foram verificadas nos setores
Centro-Sul e Centro-Norte, respectivamente 8,14 e 8,13 e as menores nos setores
Sul e Norte, 8,04 e 8,09, respectivamente. Já, em profundidade, as maiores
médias foram verificadas nos setores: Sul (7,86), Centro-Norte (7,80) e Norte
(7,76) e a menor, no Centro-Sul (7,49). De modo geral, os setores não
apresentaram, entre si, variação significativa de pH na coluna d’água. No entanto,
a variação foi significativa em cada setor entre as águas superficiais e fundas.
Durante a campanha de inverno, o valor mínimo valor de pH encontrado foi
de 7,8 e o máximo de 8,0. A média de todos os setores girou em torno de 7,9,
tanto na superfície quanto no fundo. Portanto, mostrando uma variação espacial
insignificante, tanto na componente vertical quanto na horizontal.
De modo geral, a variação das médias do pH nas águas da Lagoa foi
insignificante mas se verificou diferenças entre verão e inverno e na coluna
d’água durante o verão.
A análise de variância mostra que houve de fato diferença significativa
(p<0,05) entre os experimentos de verão e de inverno (I>V) para as amostras de
água superficial e profunda (Tabelas 17 e 18, em anexo), mas não entre os
setores.
5.1.2.3 Oxigênio dissolvido (OD)
Nas Figuras 09 (A) e (B) estão representadas as variações da concentração
de oxigênio dissolvido nas águas de superfície e de fundo, nos quatro setores,
durante as campanhas de verão e de inverno.
38
Na campanha de verão, os valores máximos e mínimos de OD verificados
nas águas superficiais da Lagoa foram: 10,79 mg/L e 3,55 mg/L respectivamente,
ambos no setor Norte. Em profundidade, o valor mais elevado de OD foi medido
no setor Centro-Sul (13,26 mg/L) e o mínimo no setor Norte (1,16 mg/L). Portanto,
apresentando uma oscilação vertical significativa no conjunto da Lagoa. As
maiores médias na superfície foram encontradas nos setores Centro-Sul (7,22
mg/L) e S (6,94 mg/L); e as menores, nos setores Centro-Norte e Norte (6,21 mg/L
e 6,10 mg/L, respectivamente). Já a maior média, em profundidade, foi verificada
no setor Centro-Norte (8,08 mg/L) e as menores no Centro-Sul (4,34 mg/L), S
(4,59 mg/L) e Norte (4,49 mg/L). De modo geral, as médias de OD para todos os
setores da Lagoa, durante a campanha de verão, foram baixas, tanto para a
superfície quanto para o fundo.
Na superfície, a saturação de oxigênio no verão oscilou entre um mínimo de
19% (setor Centro-Norte) e 50% (setores Centro-Sul e Norte) a um máximo de
148% e 145% (setores Norte e Centro-Sul), e 110% a 116 % (setores Sul e
Centro-Norte, respectivamente). Assim, os mínimos de saturação estão no limite
da exaustão e os máximos refletem não somente a atividade fotossintética, mas
também o contato com o ar atmosférico. No fundo, a saturação de OD variou entre
mínimos de 16% (Norte) e 61% (Sul) a máximos de 185 % (Centro-Sul) e 161%
(Centro-Norte).
Durante a campanha de inverno, os valores de OD medidos na superfície
variaram de mínimos de 3,31 mg/L e 3,00 mg/L, até máximos de 8,89 mg/L e 7,97
mg/L, nos setores Sul e Norte. No fundo, os valores medidos variaram de um
mínimo de 2,50 mg/L, no setor Norte, a um máximo de 8,91 mg/L, no setor Sul.
As maiores médias de OD, na superfície, foram verificadas nos setores Norte
(6,61‰ mg/L) e Sul (6,45 mg/L); e a menor, no Centro-Sul (6,31 mg/L). No fundo,
a maior média foi verificada no setor Sul (6,89 mg/L), e a menor no setor Norte
(6,03 mg/L).
O maior nível de saturação de oxigênio na superfície durante a campanha
de inverno ocorreu no setor Sul (124%) e o menor no Centro-Sul (88%). No fundo,
39
a maior média de saturação está no setor Sul, 96% e a menor no Norte, 84%. Em
geral, todos os valores de saturação de OD no inverno, tanto de superfície quanto
de fundo, foram baixos em todos os setores.
ESTAÇÃO DO ANO
OX
IGÊ
NIO
DIS
SO
LVID
O (m
g/L)
0
2
4
6
8
10
Verão Inverno
SCSCNN
(A)
ESTAÇÃO DO ANO
OX
IGÊ
NIO
DIS
SO
LVID
O (m
g/L)
0
2
4
6
8
10
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 09: Variação de Oxigênio Dissolvido (mg/L) n(B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as camp
5.1.3. Nutrientes nitrogenados
As Tabelas 11 e 12 (em anexo) aprese
padrão, mínimo e máximo das variáveis ambien
amônio, nitrogênio inorgânico dissolvido, nitrogên
(B)
a água de superfície (A) e de fundo anhas de verão e de inverno.
ntam os valores médios, desvio
tais nitrogenadas [nitrato, nitrito,
io orgânico dissolvido, nitrogênio
40
total dissolvido] medidos nas águas de superfície (S) e fundo (F) respectivamente,
nos setores N, CN, CS e S na campanha de verão (V) e de inverno (I).
5.1.3.1 Nitrato (NO3-)
Nas Figuras 10 (A) e (B) estão representadas as variações de nitrato nas
águas de superfície e de fundo, durante as campanhas de verão e de inverno.
Na campanha de verão, o valor máximo de nitrato encontrado nas águas
superficiais da Lagoa foi de 0,76 µΜ e o mínimo, não detectável pelo método, no
setor Norte. Em profundidade, o máximo foi de 1,07µΜ, no setor Norte e mínimo
abaixo do limite de detecção, no setor Centro-Norte. O maior valor médio para o
nitrato em águas superficiais foi 0,26 µΜ, no setor Centro-Norte e a menor foi
0,21 µΜ, no setor Norte. Já em profundidade, a menor concentração média foi
verificada no setor Sul (0,10 µΜ) e a maior no setor Norte (0,32 µΜ). A variação
vertical das médias de nitrato foi relativamente significativa para todos os setores,
com exceção do setor CS, onde a distribuição de nitratos foi semelhante em toda
coluna de água. Já na componente horizontal os valores de nitrato foram bastante
homogêneos neste período de amostragem.
Na campanha de inverno, nas águas superficiais da Lagoa, os valores de
nitrato se elevaram significativamente em relação aos do verão (Tabela 17, em
anexo), sendo que o máximo (5,01µΜ) foi medido no setor Sul e o mínimo, no
Centro-Norte (0,22µΜ). Em profundidade, o máximo e o mínimo ficaram por conta
do setor Centro-Sul, 3,12µΜ e 0,17 µΜ, respectivamente. As maiores médias de
nitrato nas águas superficiais, durante o inverno foram nos setores Sul (1,45 µΜ)
e Norte (1,12 µΜ) e as menores no Centro-Sul (0,82 µΜ) e Centro-Norte (0,93
µΜ). As maiores médias, em profundidade, foram verificadas no setor Centro-Sul
(0,89 µΜ) e Norte (1,04 µΜ) e as menores no setor Centro-Norte (0,83 µΜ) e Sul
(0,86 µΜ). As maiores variações verticais para o nitrato foram verificadas nos
41
setores Sul e Centro-Sul, enquanto nos setores Centro-Norte e Norte as variações
foram baixas.
ESTAÇÃO DO ANO
NIT
RA
TO (u
M)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
Verão Inverno
SCSCNN
(A)
ESTAÇÃO DO ANO
NIT
RA
TO (u
M)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 10: Variação de nitrato, NO3-(µM) na água
setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas
A análise de variância entre as médias
anexo) confirma que houve de fato diferenç
experimentos de verão e de inverno nas água
amostrados (I>V).
5.1.3.2 Nitrito (NO2-)
Nas Figuras 11 (A) e (B) estão represe
águas de superfície e de fundo, nos quatro seto
inverno.
(B)
de superfície (A) e de fundo (B) nos de verão e de inverno.
de nitrato (Tabelas 17 e 18, em
a significativa (p<0,05) entre os
s da Lagoa em ambos os estratos
ntadas as variações de nitrito nas
res, nas campanhas de verão e de
42
Durante a campanha de verão, as concentrações de nitrito foram bem
baixas, próximas do limite de detecção do método. O valor máximo nas águas
superficiais da Lagoa foi de 0,12 µΜ, no setor Centro-Sul e o mínimo de 0,03µΜ,
no Sul e Centro-Sul. Em profundidade, o máximo e o mínimo foram verificados nos
setores Sul (0,11µΜ) e CN (0,02µΜ), respectivamente. As médias de nitrito para
todos os setores, em superfície ficou em torno de 0,05 µΜ e em profundidade,
variou de 0,05 a 0,08 µΜ, sendo o valor mais elevado no setor Sul. Portanto,
durante o verão, a oscilação vertical e horizontal foi, em média, baixa.
Na campanha de inverno, os valores de nitrito se elevaram
significativamente em relação aos valores de verão, nas águas superficiais da
Lagoa, sendo que o valor máximo (0,31µΜ) foi verificado no setor Norte e o
mínimo, no Sul (0,05 µΜ). Em profundidade, o máximo e o mínimo ficaram por
conta do setor Sul, 0,42µΜ e 0,05µΜ, respectivamente. Na superfície, os valores
médios variaram em torno de 0,13 µΜ, nos setores Sul, Centro-Sul e Centro-
Norte, sendo que o maior valor foi verificado no setor Norte (0,16 µΜ). Já em
profundidade, o maior valor médio foi verificado nos setores Sul e Centro-Sul, em
torno de 0,17 µΜ, e o menor nos setores Centro-Norte e Norte (0,14 µΜ).
Este quadro mostrou que a Lagoa apresentou comportamentos distintos em
relação ao nitrito, durante o inverno e o verão, e que as maiores concentrações e
variações verticais ocorreram durante a campanha de inverno.
A análise de variância (Tabelas 17 e 18 em anexo) confirma que houve, de
fato, diferença significativa (p<0,05) entre os experimentos de verão e de inverno
(I>V), no conjunto das águas da Lagoa em ambos os estratos amostrados,
apresentando a mesma tendência temporal que a do nitrato.
43
ESTAÇÃO DO ANO
NIT
RIT
O (u
M)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
NIT
RIT
O (u
M)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 11: Variação de nitrito, NO2- (µM) na águ
setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanh
5.1.3.3 Amônio (NH4+)
Nas Figuras 12 (A) e (B) estão represe
águas de superfície e de fundo, nos quatro se
inverno.
Durante a campanha de verão, os valo
superficiais da Lagoa variaram de 5,80 µΜ (
Norte), e os mínimos, de valores abaixo do
setores Sul e Centro-Norte, respectivament
medido no setor Norte (11,85 µΜ) e o mínimo
maior valor médio na água superficial foi 4
(A)
a as
n
to
r
se
l
e.
, n
,0
(B)
de superfície (A) e de fundo (B) nos de verão e de inverno.tadas as variações de amônio nas
res, nas campanhas de verão e de
es máximos de amônio nas águas
tor Sul) a 6,15 µΜ (setor Centro-
imite de detecção a 2,37 µΜ, nos
Em profundidade, o máximo foi
o setor Centro-Norte (2,17 µΜ). O
3 µΜ, observado no setor Centro-
44
Norte; e o menor, 3,07 µΜ, no setor Sul. Em profundidade, o setor Norte
apresentou a maior média (6,53 µM) e o Sul a menor (3,13 µM). A maior variação
vertical de amônio foi verificada no setor Norte.
ESTAÇÃO DO ANO
AM
ÔN
IO (u
M)
0
2
4
6
8
10
12
Verão Inverno
SCSCNN
(A)
ESTAÇÃO DO ANO
AM
ÔN
IO (u
M)
0
2
4
6
8
10
12
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 12. Variação de íons Amônio (NH4+) na água
setores Sul, CS, CN e Norte, durante a campanha d
Na campanha de inverno, o valor máxi
superficiais da Lagoa foi de 7,57 µΜ (setor Sul)
no setor Centro-Sul. Já em profundidade, o
Centro-Norte e o mínimo, de 1,14µΜ, no setor N
em superfície, foi verificada no setor Centro-No
(3,16 µΜ). Em profundidade, a maior concentra
(B)
de superfície (A) e de fundo (B) nos e verão e de inverno.
mo de amônio medido nas águas
e o mínimo, de 1,24µΜ, verificado
máximo foi de 5,37µΜ, no setor
orte. A maior concentração média,
rte (3,83 µΜ) e a menor, no Norte
ção média foi verificada novamente
45
no setor Centro-Norte (4,26 µM) e a menor, no Sul (2,45 µM). As concentrações
médias de inverno mostraram uma menor variação espacial em relação à
campanha de verão.
A análise de variância mostra que não houve diferença significativa entre as
médias dos setores e entre as estações do ano em água de superfície (Tabela 17,
em anexo). Já em água de fundo, foi evidenciada uma diferença significativa
(p<0,05) entre o verão e o inverno (V>I), entre os setores na seguinte relação
(S=CN=CS)<(CN=CS=N) e na interação entre os fatores, setor e estação do ano,
o setor Norte, no verão, foi o mais significativamente afetado em sua concentração
de amônio em relação a media (Tabela 18, em anexo).
5.1.3.4 Nitrogênio inorgânico dissolvido (NID)
Nas Figuras 13 (A) e (B) estão representadas as variações de NID nas
águas de superfície e de fundo, nos quatro setores, durante as campanhas de
verão e de inverno.
O NID representa o somatório das concentrações de nitrato, nitrito e amônio
(NO3-, NO2
- e NH4+) na coluna de água. Portanto, a sua concentração estará
diretamente vinculada à forma nitrogenada preponderante em cada setor e em
cada estação do ano.
Durante a campanha de verão, os valores máximos de NID nas águas
superficiais da Lagoa foram de 6,61µΜ e 6,28 µΜ, nos setores CN e Sul,
respectivamente. Nos mesmos setores, também foram medidos os valores
mínimos, 0,21 µΜ (Sul) e 2,52 µΜ ( Centro-Norte). Em profundidade, o máximo foi
medido no setor Norte (12,07µΜ) e o mínimo no setor CN (2,38µΜ). Na superfície,
o maior valor médio foi encontrado no setor CN (4,22 µΜ) e o menor, no Sul (3,26
µΜ). Em profundidade, o maior valor médio foi observado no setor Norte (6,91uM)
e o menor, novamente no Sul (3,32 µΜ).
46
Na campanha de inverno, nas águas superficiais da Lagoa, o valor máximo
de NID foi de 8,21µΜ, medido no setor Sul e o mínimo, no CS (1,60µΜ). Em
profundidade, o máximo ficou por conta do setor CN (6,57µΜ) e o mínimo no Sul
(1,60µΜ). Nas águas de superfície, as maiores médias foram detectadas na
porção Sul (4,98 µM) e na Centro-Norte (4,88 µM). Em profundidade, as maiores
médias ocorreram nos setores Centro-Norte e Norte (5,24 e 4,61 µΜ,
respectivamente) e a menor, no Sul (3,49 µM).
ESTAÇÃO DO ANO
NID
(uM
)
0
2
4
6
8
10
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
NID
(uM
)
0
2
4
6
8
10
12
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 13. Variação de Nitrogênio Inorgânico Dissolde fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, dinverno.
A análise de variância (Tabelas 17 e 18
fato diferença significativa (p<0,05) apenas ent
(A)
(B)
vido (NID) na água de superfície (A) e urante as campanhas de verão e de
, em anexo) mostra que houve de
re os experimentos de verão e de
47
inverno (V>I) nas águas de superfície. Em profundidade, houve diferença
significativa (p<0,05) entre os setores: N>(CS=CN=S) e na interação entre os
fatores (setor e estação do ano), sendo que o setor N no verão, teve a sua
concentração média mais afetada dentre os setores.
5.1.3.5 Nitrogênio orgânico dissolvido (NOD)
Nas Figuras 14 (A) e (B) estão representadas as variações de NOD nas
águas de superfície e de fundo, nos quatro setores, durante as campanhas de
verão e de inverno.
Para o NOD, os valores máximos medidos durante a campanha de verão,
nas águas de superfície, foram nos setores Centro-Sul e Norte (12,37 µΜ e 8,82
µΜ, respectivamente). Os valores mínimos foram observados nos setores CS
(0,58 uM) e CN (n.d.). Em profundidade, o valor máximo foi verificado no setor Sul
(7,29 µΜ) e o mínimo, no setor Norte (0,41 µΜ). As maiores médias nas águas de
superfície foram observadas no setor Sul e Norte (5,80 e 5,30
µΜ, respectivamente), enquanto as menores, nos setores Centro-Norte e Centro-
Sul (4,53 e 5,00 µΜ). Em profundidade, a maior concentração média foi verificada
no setor Sul (6,26 µΜ) e a menor, no setor Norte (3,18 µΜ) (Tabela 11, em
anexo).
Na campanha de inverno, a maior parte das concentrações de NOD
detectadas na água de superfície foram menores do que as encontradas no verão,
com exceção da amostra 3A4, localizada no setor Sul (12,89 µΜ), que também foi
o valor máximo registrado no estudo. As concentrações mínimas, em superfície,
para todos os setores estiveram abaixo do limite de detecção do método. Em
profundidade, o valor máximo foi medido no setor CN (7,75 µΜ) e novamente, as
concentrações mínimas estiveram abaixo do limite de detecção do método. As
maiores médias, em superfície, foram observadas nos setores Sul e Norte (3,78 e
3,99 µΜ, respectivamente). Os valores médios, no fundo, foram semelhantes aos
48
de superfície, sendo os maiores observados nos setores Centro-Sul e Norte
(ambos 3,84 µΜ) (Tabela 12, em anexo).
A análise de variância (Tabelas 17 e 18, em anexo) mostra que houve de
fato diferença significativa (p<0,05) entre os experimentos de verão e de inverno
(V>I) nas águas de superfície.
ESTAÇÃO DO ANO
NO
D (u
M)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
NO
D (u
M)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Verão Inverno
SCSCNN
(A)
(B)
Figura 14. Variação de Nitrogênio Orgânico Dissolvido (NOD) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno. 5.1.3.6 Nitrogênio total dissolvido (NTD)
Nas Figuras 15 (A) e (B) estão representadas as variações de NTD nas
águas de superfície e de fundo, nos quatro setores, durante as campanhas de
verão e de inverno. O NTD representa o somatório de NID + NOD.
49
Os valores máximo e mínimo registrados durante a campanha de verão,
nas águas de superfície, foram de 14,98 e 4,57 µΜ respectivamente, ambos
observados no setor Centro-Sul. Em profundidade, o máximo registrado foi de
16,39 µΜ, no setor Norte e o mínimo, de 5,30 µΜ no setor Centro-Sul. As maiores
médias verificadas na água superficial foram observadas nos setores Sul e Norte
(9,05 e 9,13 µΜ). Em profundidade, as maiores médias foram de 9,58 e 10,09 µΜ,
novamente nos setores Sul e Norte.
ESTAÇÃO DO ANO
NTD
(uM
)
0
2
4
6
8
10
12
14
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
NTD
(uM
)
0
2
4
6
8
10
12
14
Verão Inverno
SCSCNN
(A)
(B) Figura 15. Variação de Nitrogênio Total Dissolvido (NTD) na água de superfície (A) e de fundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
Na campanha de inverno, o valor máximo registrado nas águas de
superfície foi de 15,38 µΜ (Sul) e o mínimo, de 4,50 µΜ (CS). Em profundidade, a
50
máxima concentração foi registrada no setor CN (11,73 µΜ) e a menor no setor
Sul (3,33 µΜ). Na água de superfície, os maiores valores médios foram
encontrados nos setores Sul (8,76 µM) e Norte (8,53 µM), e o menor, nas porções
Centro-Sul e Centro-Norte (7,75 e 7,51 µM). Já nas águas de fundo, o maior valor
médio foi verificado no setor Norte (8,45 µM) e o menor, no setor Sul (6,62 µM).
Na campanha de verão, as concentrações de NTD na coluna de água foram
maiores que as encontradas no inverno.
5.1.4 Nutrientes fosforados
As Tabelas 13 e 14, em anexo apresentam os valores médios, máximos e
mínimos dos compostos fosforados (fósforo inorgânico dissolvido, fósforo orgânico
dissolvido, fósforo total dissolvido e polifosfatos) medidos nas águas de superfície
(S) e fundo (F) respectivamente, nos setores N, CN, CS e S, durante a campanha
de verão (V) e de inverno (I).
5.1.4.1 Fósforo inorgânico dissolvido (PID)
Nas Figuras 16 (A) e (B) estão representadas as variações das
concentrações de PID nas águas de superfície e de fundo, nos quatro setores,
durante as campanhas de verão de inverno.
Na campanha de verão, o fósforo inorgânico apresentou as suas máximas
concentrações em superfície, no setores CS e CN (0,47 e 0,44 µΜ,
respectivamente) e as mínimas nas porções CS (0,05 µΜ) e Norte (0,06 µΜ). Em
profundidade, as máximas foram medidas nos setores CS e CN (0,48 e 0,72 µΜ) e
mínimas no CS e N (0,12 e 0,07 µΜ). As maiores concentrações médias de PID,
em superfície, foram registradas nos setores S e CS=CN (0,21 e 0,18 µΜ). Na
água de fundo, as maiores médias foram nos setores CN (0,27 µM) e CS (0,25
µM) e a menor, no setor Norte (0,15 µM).
51
Na campanha de inverno, as concentrações máximas e mínimas se
elevaram em todos os setores e em toda a coluna d’água. A máxima foi observada
no setor Sul (6,51 µΜ) e as mínimas, em superfície, nos setores CS e CN, ambas
com 0,08 µΜ. Em profundidade, as concentrações máximas foram observadas
nos setores Sul (5,05 µΜ) e CS (4,59 µΜ) e as mínimas, nos mesmos setores (S e
CS), 0,07 µΜ. A maior concentração média, em superfície, foi registrada no setor
Sul (0,93 µM) e a menor, no Norte (0,23 µM). Em profundidade, a maior e a menor
média foram também registradas nos setores Sul (0,75 µM) e Norte (0,21 µM).
ESTAÇÃO DO ANO
PID
(uM
)
-0,4
0,0
0,4
0,8
1,2
1,6
2,0
2,4
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
PID
(uM
)
-0,4
0,0
0,4
0,8
1,2
1,6
2,0
2,4
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 16. Variação de Fósforo Inorgânico Dissolvidfundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante
(A)
(B)
o (PID) na água de superfície (A) e de as campanhas de verão e de inverno.
52
O valor máximo registrado na campanha de inverno (6,51 uM), na superfície
do setor Sul, foi cerca de 17 vezes maior do que o máximo registrado no mesmo
setor, durante o verão. Em adição, foi 9 vezes maior que o máximo registrado no
setor CN no verão (0,72 µM), em profundidade.
5.1.4.2 Fósforo orgânico dissolvido (POD)
Nas Figuras 17 (A) e (B) estão representadas as variações das
concentrações de POD nas águas de superfície e de fundo nos quatro setores,
durante as campanhas de verão de inverno.
Na campanha de verão, os valores máximos de POD foram encontrados
nos setores CN (0,65 µM), N (0,64 µM) e CS (0,63 µM), em águas de superfície.
Os mínimos foram valores não detectáveis, registrados nos setores CS e N,
ambos em água de superfície. Em profundidade, os valores máximos foram
medidos nos setores CS (0,57 µM) e N (0,64 µM) e os mínimos, nos setores CN e
Norte (0,11 e 0,07 µM, respectivamente). As concentrações médias mais
elevadas, em superfície, foram encontradas nos setores CN (0,27 µM) e N (0,30 ±
0,24 µM µM) e a menor, no setor S (0,15 µM). Em profundidade, as maiores
médias foram registradas nos setores CS e N (0,24 e 0,27 µM, respectivamente).
Na campanha de inverno, a concentração máxima de superfície foi medida
no setor S (12,87 µM) e a mínima, no setor N (0,24 µM). Já em profundidade, a
máxima concentração foi medida no setor CN (2,06 µM). A maior concentração
média, em superfície, foi registrada no setor S (1,58 µM) e a menor, no Norte (0,10
µM). Em profundidade, a maior concentração média ocorreu no setor CN (0,49
µM) e a menor, no S (0,15 µM).
Comparando as duas campanhas, as concentrações médias de POD foram
menores cerca de 1,5 vezes no setor Norte (tanto na superfície quanto no fundo)
na campanha de inverno e aumentaram 10,5 vezes na água de superfície do setor
Sul.
53
ESTAÇÃO DO ANO
PO
D (u
M)
-2
-1
0
1
2
3
4
5
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
PO
D (u
M)
-2
-1
0
1
2
3
4
5
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 17. Variação de Fósforo Orgânico Dissolvido fundo (B) nos Sul, CS, CN e Norte, durante as camp
5.1.4.3 Fósforo total dissolvido (PTD)
Nas Figuras 18 (A) e (B) estão r
concentrações de PTD nas águas de superfíc
durante as campanhas de verão de inverno
somatório de PID + POD.
Durante a campanha de verão, a m
superfície, foi registrada no setor CN (0,99 µM
profundidade, o valor máximo foi encontrado no
mínimos também (0,27 e 0,20 µM, respectivam
(A)
(B)
(POD) na água de superfície (A) e de anhas de verão e de inverno.
epresentadas as variações das
ie e de fundo, nos quatro setores,
. O fósforo total dissolvido é o
aior concentração de PTD, em
) e a menor no CS (0,07 µM). Em
s setores CS e CN (1,04 µM) e os
ente). As maiores concentrações
54
médias, em superfície, foram detectadas nos setores CN (0,44 µM) e N (0,46 µM)
e a menor, no setor S ( 0,36 µM). Em profundidade, a maior média ocorreu no
setor CS (0,49 µM) e a menor, no setor Sul (0,36 µM). A concentração de PID foi
menor do que a de POD nos setores CS e N e maior nos setores S e CN.
Na campanha de inverno, em superfície, a concentração máxima foi
registrada no setor S (13,05 µM) e a mínima, no N (0,47 µM). Em profundidade, a
máxima ocorreu no setor S (5,00 µM) e a mínima, no N (0,17 µM). Em geral, a
concentração de PID superou a de POD, com exceção do setor S (em superfície)
e CN (em profundidade). A maior média de superfície foi registrada no setor S
(2,51 µM) e a menor, no setor N (0,33 µM). Em profundidade, a maior média foi
ocorreu também no Sul (0,90 µM) e a menor, no Norte (0,38 uM).
ESTAÇÃO DO ANO
PTD
(uM
)
-1
0
1
2
3
4
5
6
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
PTD
(uM
)
-1
0
1
2
3
4
5
6
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 18. Variação de Fósforo Total Dissolvido (PTfundo (B) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante as
(A)
(B)
D) na água de superfície (A) e de campanhas de verão e de inverno.
55
As concentrações médias de PTD na superfície e no fundo, em
praticamente todos os setores da Lagoa, foram maiores na campanha de inverno
em relação à de verão. Entretanto, na porção Norte da Lagoa isso não se
verificou, pois o incremento na média de PTD no inverno foi insignificante (de 0,30
para 0,31 uM na água superficial e de 0,27 para 0,35 µM na água de fundo).
5.1.4.4 Polifosfatos (Poli-PO4
3-)
As concentrações de polifosfatos foram determinadas somente na
campanha de verão.
As concentrações máximas encontradas nas águas superficiais (1,33, 1,62
e 0,68 µM) foram nos setores Sul, Centro-Sul e Centro-Norte, respectivamente.
Em profundidade, a situação se inverteu, onde a menor concentração foi
medida no Sul (0,35 µM) e as maiores nos setores Centro-Sul, Centro-Norte e
Norte (0,54, 068 e 0,65 µM, respectivamente).
A maior média, na água superficial, foi registrada no setor Sul e a menor no
setor Norte. Em profundidade, a maior média foi registrada no setor CN e a menor
no setor Sul (Figura 19).
SETORES
Pol
i-fos
fato
(uM
)
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
SUL CS CN NORTE
SUPFUN
Figura 19. Variação de poli-fosfatos (Poli-PO4
3-) nos setores Sul, CS, CN e Norte, durante a campanha de verão.
56
5.1.5 Variáveis biológicas (Clorofila-a e feofitina-a), razão N:P e sulfetos totais
As Tabelas 15 e 16, em anexo apresentam os valores médios, máximos e
mínimos de clorofila-a, feotinina-a, razão N:P e sulfetos medidos nas águas de
superfície (S) e fundo (F) respectivamente, nos setores N, CN, CS e S, durante as
campanhas de verão e de inverno.
5.1.5.1 Clorofila-a (Cloro-a)
Nas Figuras 20 (A) e (B) estão representadas as variações de clorofila-a
nas águas de superfície e de fundo nos setores Sul, Centro-Sul, Centro-Norte e
Norte, durante as campanhas de verão e de inverno.
Durante a campanha de verão, nas águas superficiais da Lagoa, a
concentração máxima de cloro-a foi de 34,95 µg/L (N) e a mínima de 0,20 µg/L
(CS). Em profundidade, a concentração máxima foi de 32,42 µg/L (CS) e a mínima
de 2,78 µg/L (N). As maiores médias foram observadas nos setores Norte (8,85
µg/L), Sul (4,47 µg/L) e Centro-Norte (4,35 µg/L) e a menor no setor Centro-Sul
(3,47 µg/L). A maior variação na concentração de cloro-a nas águas superficiais,
ocorreu no setor Norte (entre 3,47 e 34,95 µg/L) e a menor no setor Sul (entre 1,88
e 9,79 µg/L). A maior média foi observada no setor CS (13,45 µg/L) e a menor, no
setor Sul (4,69 µg/L). O setor Sul apresentou uma pequena variação vertical na
concentração de cloro-a média.
Durante a campanha de inverno, a concentração máxima nas águas
superficiais da Lagoa foi de 9,92 µg/L (Sul) e a mínima de 1,12 µg/L (CN). Em
profundidade, a concentração máxima foi de 12,52 µg/L (Sul) e a mínima de 1,10
µg/L (CS). O setor Sul apresentou a maior concentração média (6,92 µg/L). Os
setores CS, CN e N exibiram no estrato superficial as menores médias de clorofila-
a (2,91µg /L, 1,95 µg/L e 2,22 µg/L, respectivamente).
57
Nas águas de fundo, o setor Sul apresentou novamente a maior média
(7,44 µg/L), enquanto os demais setores apresentaram valores em torno de 3,00
µg/L. As concentrações médias de clorofila-a observadas nos setores CS, CN e N
foram menores na campanha de inverno do que as observadas no verão. Já o
setor Sul apresentou uma concentração média mais elevada na amostragem de
inverno.
ESTAÇÃO DO ANO
CLO
RO
FILA
-A (m
g/L)
0
5
10
15
20
25
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
CLO
RO
FILA
-A (m
g/L)
0
5
10
15
20
25
Verão Inverno
Figura 20. Variação de Clorofila-a (Cloro-a) na ágsetores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanh
A análise de variância (Tabelas 17 e 1
fato diferença significativa (p<0,05) entre os
(V>I) e entre os setores na seguinte rela
(A)
SCSCNN
uaas
8
ex
çã
(B)
de superfície (A) e de fundo (B) nos de verão e de inverno.
, em anexo) mostra que houve de
perimentos de verão e de inverno
o S>(N=CS=CN), nas águas de
58
superfície. Nas águas profundas, foi verificada diferença entre os experimentos
(V>I), entre os setores (CN=N=S)<(N=S=CS) e na interação entre os fatores (setor
e estação do ano), sendo o setor CS verão > os demais.
5.1.5.2 Feofitina-a (Feo-a)
Nas Figuras 21 (A) e (B) estão representadas as variações de feofitina-
a nas águas de superfície e de fundo, nos quatro setores, durante as
campanhas de verão e de inverno. Na campanha de verão, a concentração máxima observada nas águas
superficiais da Lagoa foi de 13,27 µg/L (Centro-Sul) e a mínima de 2,37 µg/L
(Norte). Nos setores Centro-Norte e Sul, as concentrações máximas variaram em
torno de 7,13 e 7,41 µg/L. Em profundidade, a concentração máxima foi observada
no setor CS (69,97 µg/L) e a mínima, no Centro-Norte (0,10 µg/L) (Tabela 15, em
anexo). O setor Sul apresentou a maior concentração média em superfície (3,27
µg/L). Os setores CS e Sul apresentaram as maiores concentrações médias na
água de fundo (18,73 e 5,28 µg/L, respectivamente). As menores médias foram
encontradas no setor Norte (0,57 µg/L, na superfície e 0,58 µg/L, no fundo).
Durante a campanha de inverno, a concentração máxima de feo-a nas
águas superficiais da Lagoa foi de 1,04 µg/L (CS). Em profundidade, a
concentração máxima foi de 1,66 µg/L, medida novamente no setor CS. As
concentrações médias, em superfície, foram baixas e bastante homogêneas,
situando-se entre 0,10 e 0,21 µg/L. Os maiores valores médios foram 0,49 µg/L
(CS) e 0,47 µg/L (Sul), ambos na água de fundo. Os valores de feo-a observados
na campanha de inverno foram muitos menores do que os observados no verão.
A análise de variância (Tabelas 17 e 18, em anexo) mostra que houve de
fato diferença significativa (p<0,05) em ambos os estratos de água amostrados
somente entre os experimentos de verão e de inverno (V>I).
59
ESTAÇÃO DO ANO
FEO
FITI
NA
-A (u
g/L)
-10
0
10
20
30
40
50
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
FEO
FITI
NA
-A (u
g/L)
-10
0
10
20
30
40
50
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 21. Variação de Feofitina-a (Feo-a) na águasetores Sul, CS, CN e Norte, durante as campanhas
5.1.5.3 Razão N:P
A razão N:P foi obtida pela divisão da
inorgânico dissolvido (NID) pela concentraç
dissolvido (PID), no caso o-fosfato ou PID.
Nas Figuras 22 (A) e (B) estão represen
N:P nas águas de superfície e de fundo,
campanhas de verão e de inverno.
Na campanha de verão, a máxima razã
superfície, enquanto nos outros setores a razão
(B)
(A)
de superfície (A) e de fundo (B) nos de verão e de inverno.
concentração molar de nitrogênio
ão molar de fósforo inorgânico
tadas as variações da razão molar
nos quatro setores, durante as
o foi de 90,45, no setor CN, em
máxima ficou em torno de 74,70.
60
A mínima razão observada na Lagoa foi de 1,28, no setor Sul. Nos outros setores,
os mínimos valores obtidos foram: 7,10 (CS), 9,18 (CN) e 9,76 (N). Os setores CN
e N apresentaram, respectivamente, as maiores médias (31,85 e 30,39) (Figura
22-A). Em profundidade, a máxima razão N:P (74,57) foi observada no setor Norte
e a mínima (5,64), no Centro-Norte. O valor médio mais elevado foi encontrado na
região Norte (46,87).
ESTAÇÃO DO ANO
RA
ZÃO
NIT
RO
GÊ
NIO
E F
ÓS
FOR
O
0
10
20
30
40
50
60
Verão Inverno
SCNCNN
ESTAÇÃO DO ANO
RA
ZÃO
NIT
RO
GÊ
NIO
E F
ÓS
FOR
O
0
10
20
30
40
50
60
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 22. Variação da razão N:P na água de supSul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verã
Durante a campanha de inverno, a
superficiais da Lagoa foi de 61,90, no setor C
2,24, medidas nos setores Sul e Centro-Sul, r
as máximas razões N:P foram observadas nos
maiores médias, em superfície, foram verificada
(A)
(B)
erfície (A) e de fundo (B) nos setores o e de inverno.
razão N:P máxima nas águas
entro-Sul e as mínimas de 1,19 e
espectivamente. Em profundidade,
setores N (77,34) e CN (85,89). As
s nos setores CS (25,99) e no CN
61
(33,06). Nas águas profundas, as maiores médias foram observadas nos setores
CN (36,41) e N (34,79). Os valores médios encontrados nos setores Centro-Sul e
Norte, durante a campanha de inverno, foram menores do que os encontrados no
verão. Já nos setores S e CN as médias foram maiores na amostragem de
inverno. Embora os valores máximos e mínimos registrados na campanha de
inverno tenham sido menores do que os de verão, a variação foi superior.
A análise de variância (TABELAS 17 e 18, em anexo) mostra que houve de
fato diferença significativa (p<0,05) somente na água profunda entre os setores,
na seguinte relação (S=CS=CN)<(CN=N).
5.1.5.4 Sulfetos totais (H2S)
Nas Figuras 23 (A) e (B) estão representadas as variações de sulfetos nas
águas de superfície e de fundo da Lagoa, nos quatro setores, durante as
campanhas de verão e de inverno.
Na campanha de verão, a concentração máxima de H2S encontrada nas
águas superficiais da Lagoa foi de 1,87 µM (CS) e as mínimas foram de 1,06 µM e
1,11 µM (CS e CN, respectivamente). Em profundidade, a concentração máxima
foi maior do que 34,00 µM (setor CS), locais onde a água amostrada apresentou
coloração rosada. Nos demais setores, as máximas oscilaram em torno de 1,20
µM. A concentração média de sulfetos, em superfície, apresentou um
comportamento muito semelhante em todos os setores, variando de 1,33 a 1,44
µM. Nas águas profundas, somente o setor CS se destacou, apresentando a maior
média, de 9,61 µM.
Durante a campanha de inverno, as concentrações de H2S, tanto nas águas
superficiais quanto nas profundas, aumentaram em relação às de verão. Nas
águas superficiais, o valor máximo foi observado no setor Norte (3,40 µM) e o
mínimo, no Centro-Sul (2,12 µM). Em profundidade, os valores máximos foram
encontrados nos setores Centro-Norte (3,41 µM) e Norte (3,40 µM) e os mínimos,
nos setores Sul (2,37 µM) e Centro-Sul (2,38 µM). As concentrações médias nas
62
águas de superfície oscilaram entre 2,77 e 3,03 µM (CN e N, respectivamente). A
mesma situação se verificou em profundidade, onde as variações médias
oscilaram entre 2,81µM (Sul) e 2,99 µM (Norte).
No geral, a concentração média de H2S na água da Lagoa aumentou 1 µM
da campanha de verão para a de inverno.
A análise de variância (TABELAS 17 e 18, em anexo) mostra que houve de
fato diferença significativa (p<0,05) somente em água superficial, entre o verão e o
inverno (I>V).
ESTAÇÃO DO ANO
SU
LFE
TO (u
M)
-4
0
4
8
12
16
20
24
Verão Inverno
SCSCNN
ESTAÇÃO DO ANO
SU
LFE
TO (u
M)
-4
0
4
8
12
16
20
24
Verão Inverno
SCSCNN
Figura 23. Variação de sulfetos (H2S) na água de suSul, CS, CN e Norte, durante as campanhas de verã
(A)
(B)
perfície (A) e de fundo (B) nos setores o e de inverno.63
5.2 Análises estatísticas do estudo da dinâmica espaço-temporal
As Tabelas 19, 20, 21 e 22, em anexo, mostram os resultados obtidos para
a análise de correlação linear entre as variáveis investigadas nas águas
superficiais e profundas durante as campanhas de verão e de inverno.
Consideramos somente as correlações mais significativas (p < 0,05 e r ≥ ±0,60),
de modo a posteriormente aplicarmos as regressões lineares.
As correlações lineares mais significativas para as águas de superfície, na
campanha de verão, foram entre as variáveis: NH4+ e NID, (r =0,97), NID e N:P
(r=0,71), NTD e NOD (r= 0,91), POD e PTD (r= 0,82) e N:P e PID (r=-0,70). Para
as águas profundas, foram entre as variáveis: NH4+ e NID, (r =0,99), NH4
+ e NTD
(r=0,80), NTD e NID (r= 0,79), PID e PTD (r=0,75), POD e PTD (r= 0,76) e FEO-A
E CLORO-A (r=0,74) e N:P e PID (r=-0,62).
As correlações lineares mais significativas para as águas de superfície, na
campanha de inverno, foram entre as variáveis: NH4+ e NID (r =0,80), NH4
+ e N:P
(r=0,62), NTD e NOD (r= 0,86), NOD e NID (r=-0,61), POD e PTD (r= 0,87). Para
as águas de fundo, foram entre as variáveis: NO2- e NO3
- (r= 0,74), NH4+ e NID
(r=0,86), NTD e NOD (r= 0,82), cloro-a e salinidade (r= -0,61) e PID e PTD (r=
0,92).
As Figuras 24 A, B, C, D e E mostram as regressões lineares para as
variáveis que melhor se correlacionaram, nas águas de superfície na campanha
de verão.
O coeficiente de determinação (R2 = (0,97238)2 = 0,95) na equação de
regressão linear entre NID e NH4+ (Figura 24-A) é perfeita e isso permite realizar a
precisão de que na campanha de verão a concentração de NID cresceu de 1 vez
toda vez que NH4+ aumentou também 1 vez, na água superficial da Lagoa.
As Figuras 24-B e 24-D mostram que a quantidade de nitrogênio e fósforo
total dissolvido aumenta quando se eleva respectivamente a porção de nitrogênio
e fósforo orgânico dissolvido, mas NOD e POD não interferem na relação N:P de
forma significativa.
64
NID= ,19653 + 1,0150 * NH4 Correlação: r = ,97238
NH4+ (uM)
NID
(uM
)
-1012345678
-1 0 1 2 3 4 5 6 7
Regressão95% confid.
N:P = -16,12 + 11,858 * NIDCorrelação: r = ,69710
NID (uM)
N:P
-10
10
30
50
70
90
110
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Regression95% confid.
NTD = 4,6703 + ,81468 * NODCorrelação: r = ,90975
NOD (uM)
NTD
(uM
)
2
4
6
8
10
12
14
16
-2 0 2 4 6 8 10 12
Regressão95% confid.
N:P = 52,123 - 129,3 * PIDCorrelação: r = -,6972
PID (uM)
razã
o N
:P
-10
10
30
50
70
90
110
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Regressão95% confid.
Figura 24. Regressão linear entre as vare r≥±0,60) na água superficial da Lagoa d
Por outro lado, a razão N:P m
e correlação linear positiva (Figura 24
razão em relação ao PID, com pra
apresentou correlação linear negativa
coeficiente de determinação (R2) da e
(A)
14
PTD = ,21182 + ,87211 * PODCorrelação: r = ,82117
POD (uM)
PTD
(uM
)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
-0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Regressão95% confid.
0
)
iá
o
(B)
,6
veis correlacionadas significativamente (p<0,0urante a campanha de verão.
strou uma dependência de NID significativ
-C) enquanto que a dependência da mesm
ticamente o mesmo grau de significância
(Figura 24-E). Para ambas as variáveis,
quação de regressão está em torno de 0,48
(C)
(D
(E)
5
a
a
,
o
.
65
O coeficiente embora baixo, permite verificar que as variáveis NID e PID
influenciam o comportamento de N:P de modo muito semelhante, embora o PID
seja ligeiramente superior. Assim sendo, a previsão do comportamento da N:P a
partir de NID e PID, nas águas superficiais durante a campanha de verão
realizada, apresenta uma utilidade escassa.
As Figuras 25-A, B, C, D, E, F e G apresentam as equações de regressão
ara as variáveis que se correlacionaram mais significativamente nas águas
profundas da Lagoa, durante a campanha de verão.
Em águas profundas, a regressão linear entre as variáveis NH4+ e NID (FIG.
25-A) e PTD e POD (FIG. 25-E) mostra a reprodução do comportamento das
águas superficiais. Já o NTD apresentou coeficiente de correlação significativa
com amônio em profundidade (FIG. 25-B), diferentemente da superfície onde o
NOD apresentou a correlação mais importante.
Ainda, somente em profundidade a correlação entre cloro-a e feo-a foi
significativa e o coeficiente de determinação da regressão linear mostrou
dependência entre elas (FIG. 25-F). Isso parece indicar que a degradação da
clorofila-a aumenta com a profundidade.
No fundo, a relação N:P não apresentou correlação com o NID, mas
somente com PID (FIG. 25-G), o que pode ser uma indicação de que em
profundidade a razão N:P seja determinada pelo PID, enquanto na superfície
ambos os nutrientes influenciam.
66
NID = ,37046 + ,98583 * NH4Correlação: r = ,99135
NH4+ (uM)
NID
(uM
)
1
3
5
7
9
11
13
1 3 5 7 9 11 13
Regressão95% confid.
NTD = 5,4046 + ,73296 * NH4Correlação: r = ,74311
NH4+ (uM)
NTD
(uM
)
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 3 5 7 9 11 13
Regressão95% confid.
NTD = 5,2273 + ,72225 * NIDCorrelação: r = ,72818
NID (uM)
NTD
(uM
)
2
4
6
8
10
12
14
16
18
1 3 5 7 9 11 13
Regressão95% confid.
PTD = ,19171 + 1,0916 * PIDCorrelação: r = ,72338
PID (uM)
PTD
(uM
)0,1
0,3
0,5
0,7
0,9
1,1
1,3
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Regressão95% confid.
PTD = ,20984 + 1,0837 * PODCorrelação: r = ,75114
POD (uM)
PTD
(uM
)
0,1
0,3
0,5
0,7
0,9
1,1
1,3
-0,1 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Regressão95% confid.
FEO = -8,753 + 1,9275 * CLOROCorrelação: r = ,77865
CLORO-A (ug/L)
FEO
-A (u
g/L)
-100
1020304050607080
0 6 12 18 24 30 36
Regressão95% confid.
N:P = 43,601 - 75,66 * PIDCorrelação: r = -,6028
PID (uM)
N:P
(uM
)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Regression95% confid.
(B)(A)
(D) (C)
(F)(E)
(G)
Figura 25. Regressão linear entre as variáveis correlacionadas significativamente (p<0,05 e r≥±0,60) na água profunda da Lagoa durante a campanha de verão.
67
As Figuras 26-A, B, C, D e E mostram as equações de regressão linear
para as variáveis que melhor se correlacionaram, nas águas de superfície na
campanha de inverno.
Na campanha de inverno, as águas de superfície da Lagoa se
diferenciaram da campanha de verão pela correlação negativa entre NID e NOD
(FIG. 26-E), e positiva entre PID e NO3- (FIG. 26-F), além de que, no inverno, a
relação N:P se correlacionou com amônio (FIG. 26-D), e não com PID conforme
ocorreu no verão.
A correlação negativa entre NID e NOD parece evidenciar que durante o
inverno a mineralização é menos intensa. No entanto, o coeficiente de
determinação (R2=0,37) é baixo, portanto, a previsão de NID a partir de NOD
também tem grande margem de erro.
O coeficiente de determinação entre PID e NO3- (R2 = 0,52) pode ser um
indicativo, assim como a relação negativa entre NID e NOD, das diferenças
provocadas pela sazonalidade nas águas da Lagoa, no entanto, não
necessariamente representa relação causal entre eles.
68
NID = 1,6275 + ,86292 * NH4Correlação: r = ,79935
NH4+ (uM)
NID
(uM
)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Regressão95% confid.
NTD = 5,6614 + ,68157 * NODCorrelação: r = ,85586
NOD (uM)
NTD
(uM
)
2
4
6
8
10
12
14
16
18
-2 0 2 4 6 8 10 12 14
Regressão95% confid.
PTD = ,46555 + ,96743 * PODCorrelaçãon: r = ,87345
POD (uM)
PTD
(uM
)
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
-2 0 2 4 6 8 10 12 14
Regressão95% confid.
N:P = 3,1515 + 7,2788 * NH4Correlação: r = ,58835
NH4+ (uM)
N:P
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Regressão95% confid.
NID = 5,6614 - ,3184 * NODCorrelação: r = -,6116
NOD (uM)
NID
(uM
)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
-2 0 2 4 6 8 10 12 14
Regressão95% confid.
PID = -,9019 + 1,4084 * NO3Correlação: r = ,72434
NO3- (uM)
PID
(uM
)
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
-0,5 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5
Regressão95% confid.
(A) (B)
(D)(C)
(E) (F)
Figura 26. Regressão linear entre as variáveis correlacionadas significativamente (p<0,05 e r≥±0,60) na água superficial da Lagoa durante a campanha de inverno.
As Figuras 27-A, B, C, D e E mostram as equações de regressão linear
para as variáveis que melhor se correlacionaram, nas águas profundas, durante a
campanha de inverno.
Para o NTD existe correlação forte com o NOD (FIG. 27–A), durante a
campanha de inverno nas águas profundas, assim como na águas superficiais na
69
campanha de verão. O mesmo andamento é verificado para NID e NH4+ (FIG. 27–
B). A diferença para os nitrogenados está na correlação entre PID e NO3- na
superfície e NO3- e NO2
- em profundidade. Neste caso é possível prever uma
relação causal, onde a presença de NO3- pode depender da nitrificação de NH4
+ e,
portanto, o coeficiente de determinação calculado pode auxiliar na previsão da
concentração de NO3-, baseado na concentração de NO2
-.
NTD = 4,9745 + ,79547 * NODCorrelação: r = ,82141
NOD (uM)
NTD
(uM
)
2
4
6
8
10
12
14
-1 1 3 5 7 9
Regressão95% confid.
NID = 1,0239 + 1,0105 * NH4Correlação: r = ,85778
NH4+ (uM)
NID
(uM
)
1
2
3
4
5
6
7
0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5
Regressão95% confid.
CLORO = 33,712 - 1,042 * SALICorrelação: r = -,6096
SALINIDADE (%o)
CLO
RO
-A (u
g/L)
0
2
4
6
8
10
12
14
25 26 27 28 29 30 31
Regressão95% confid.
NO2 = ,06907 + ,09718 * NO3Correlação: r = ,73740
NO3- (uM)
NO
2- (u
M)
0,000,050,100,150,200,250,300,350,400,45
-0,2 0,4 1,0 1,6 2,2 2,8 3,4
Regressão95% confid.
PTD = ,27142 + ,94209 * PIDCorrelação: r = ,93431
PID (uM)
PTD
(uM
)
-0,5
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
5,5
-0,5 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5
Regressão95% confid.
(B)
Figura 27. Regressão linear entre as variávee r≥±0,60) na água profunda da Lagoa duran
)
(E is correlacionadas significativamente (p<0te a campanha de inverno.(D)
(C)(A)
,05
70
A correlação negativa entre salinidade e clorofila-a (FIG. 27–C) pode indicar
que as águas provenientes do mar influenciam negativamente a produção
primária. No entanto, o coeficiente de determinação baixo (R2 = 0,37) não permite
uma relação causal confiável. Finalmente, as águas profundas da Lagoa durante a
campanha de inverno apresentam uma correlação positiva entre PTD e PID
(FIG.27 –E) e não entre PTD e POD, e entre NO3- e NO2
- (FIG.27 –D) e não entre
NO3- e PID, como observado na superfície. Ainda em águas mais profundas no
período de inverno, o PTD se correlacionou apenas com PID e não com PID e
POD como ocorreu no verão. O coeficiente de determinação elevado (R2 = 0,87)
permite realizar a previsão de PTD baseado em PID.
A interpretação das análises estatísticas dos componentes principais (PCA)
foi realizada somente sobre dois componentes principais (PC 1 e PC 2).
As Figuras 28-A, B e C mostram graficamente a análise dos componentes
principais realizada a partir das médias de 10 variáveis ambientais (temperatura,
salinidade, oxigênio dissolvido, nitrato, amônio, fosfato, razão N:P, clorofila-a,
feofitina-a e sulfetos) avaliadas nas águas de superfície e de fundo dos setores
Sul, CS, CN e Norte, nas campanhas de verão e de inverno, perfazendo um total
de 16 casos.
Os descritores ambientais considerados nas águas da Lagoa da Conceição
indicam a formação de dois agrupamentos distintos, de acordo com a estação do
ano (superior à direita - campanha de inverno; inferior à esquerda - campanha de
verão). Durante o inverno, no entanto, os setores CS e N formaram dois
agrupamentos distintos entre si e entre os demais, para os descritores analisados
nas águas de fundo. Houve, ainda, a formação de três agrupamentos distintos:
Grupo 1 – Setores CN, CS e N águas fundas e CS águas superficiais; Grupo 2 –
Setores CS águas fundas e N águas superficiais; Grupo 3 – Setor S águas fundas
e superficiais. Na campanha de verão, houve a formação de cinco agrupamentos
distintos: Grupo 1 – Setor CS águas fundas; Grupo 2 – Setor N águas fundas;
Grupo 3 – Setores N águas superficiais e S águas fundas; Grupo 4 – Setores CN e
CS águas superficiais; Grupo 5–Setores CN águas fundas e S águas superficiais.
71
-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
PC1
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
PC
2
V
I
A
-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
PC1
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
PC
2
SUP
FUN
-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
PC1
-4
-3
-2
-1
0
1
2
3
PC
2
SUL
CS
CN
NORTE
Figura 28. Análise dos componentes principais. (A) nas campanhas de verão e de inverno; (B) na água de superfície e de fundo; (C) nos setores S, CS, CN e N.
B
C
72
5.3 Avaliação de Impacto Antrópico Como o objetivo do estudo foi verificar os efeitos promovidos pelo
incremento de descargas de esgotos domésticos sobre as variáveis ambientais
avaliadas na coluna da água da Lagoa durante os feriados, apenas amostras de
superfície e nos setores Sul, Centro-Sul e Centro-Norte, foram consideradas.
Os resultados das médias, desvio padrão, mínimo e máximo das variáveis
físicas e físico-químicas registradas nos setores Sul, Centro-Sul e Centro-Norte,
antes e depois dos feriados de Carnaval e de Corpus Christi estão apresentados
nas Tabelas 24 e 25 (em anexo).
5.3.1 Variáveis físicas
5.3.1.1 Temperatura da água
A temperatura foi levada em consideração na avaliação do impacto pelo
fato de que geralmente a água de doce de córregos ou de esgoto tem uma
temperatura maior do que a da Lagoa, indicando possível contribuição de água
doce.
CARNAVAL
A temperatura mínima observada na coluna d’água antes do feriado foi de
21,9 ºC e a máxima de 29,0 ºC. Depois do Carnaval, as temperaturas
apresentaram a mínima e a máxima temperatura de 27,0 e 28,8 ºC (Tabela 24, em
anexo). A temperatura média da água registrada no período anterior foi de 27,2 ºC
e no período posterior foi de 28 ºC. A temperatura média do ar após o Carnaval
aumentou 1,3 OC e a da água 0,8 ºC.
CORPUS CHRISTI
Verificou-se uma pequena variação na temperatura da água da Lagoa, com
mínima de 17,2 ºC e máxima de 20,5 ºC antes do feriado e após, mínima de 18,9
73
ºC e máxima de 20,5 ºC (Tabela 25, em anexo). A temperatura média da água no
período anterior foi de 18,5 ºC e no posterior, de 19 ºC. A temperatura média do ar
aumentou 2,2 ºC após o feriado e a da água apresentou uma elevação de 1 ºC.
5.3.2 Variáveis físico-químicas
5.3.2.1 Salinidade
A salinidade também é uma variável que pode auxiliar na identificação de
entrada de água doce no sistema.
CARNAVAL
A salinidade média variou de 24,69‰, no setor Sul, a 26,46‰, no Centro-
Sul, antes do Carnaval. Após o Carnaval, a variação média foi de 23,20‰, no
setor Sul, a 28,40‰, no Centro-Sul, ou seja, ocorreu uma maior variação espacial
após o feriado. Em geral, a salinidade aumentou após o feriado, com exceção do
setor Sul, o qual apresentou uma diminuição da salinidade, indicando uma maior
entrada de água doce neste sub-sistema (Figura 29-1). Não houve diferença
significativa entre os períodos (Tabela 32, em anexo), mas apenas entre os
setores (p<0,001).
CORPUS CHRISTI
A variação da salinidade média nos três setores foi de 25,22 a 28,97‰,
antes do feriado e de 25,94 a 29,57‰ depois. As menores salinidades foram,
novamente, registradas no setor Sul e as maiores, no Centro-Sul (Figura 29-2).
Não foi verificada diferença significativa entre os períodos (Tabela 33, em anexo),
mas apenas entre os setores (p<0,001).
74
SETOR
Salin
idad
e (%
o)
0
5
10
15
20
25
30
35
S CS CN
Sali A
Sali D
SETOR
SA
LIN
IDA
DE
(%o)
0
5
10
15
20
25
30
35
S CS CN
Sali ASali D
Figura 29. Variação de salinidade nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
(1) (2)
5.3.2.2 pH
CARNAVAL
O pH diminuiu significativamente (p<0,05) após o feriado de Carnaval (A>D)
(Tabela 32, em anexo). Os valores máximo e mínimo encontrados antes do feriado
foram: 8,38 e 7,63, nos setores Centro-Sul e Sul, respectivamente. Após o feriado
o máximo e o mínimo foram 8,37 e 7,45, ambos no setor Centro-Sul. O pH médio
antes do Carnaval foi de 8,16 e depois foi de 8,03.
CORPUS CHRISTI
Os valores de pH antes e depois do feriado de Corpus Christi foram
semelhantes (Tabela 25, em anexo). Os valores mínimo e máximo foram: 7,82 e
8,06, respectivamente, encontrados tanto antes quanto depois do feriado. Os
valores médios registrados no período anterior e posterior ao feriado foram 7,97 e
7,93, respectivamente.
5.3.2.3 Oxigênio Dissolvido (OD)
CARNAVAL
O valor máximo detectado antes do feriado foi observado no setor Centro-
Sul (9,08 mg L-1) e o mínimo, no Centro-Norte (5,34 mg L-1) (Figura 30-1). O maior
75
valor médio de OD verificado antes do feriado ocorreu no setor Centro-Sul,
(8,37mg L-1). Após o feriado, o maior valor médio foi de 6,60 mg L-1, no setor Sul.
Os três setores apresentaram uma diminuição de OD após o feriado, sendo o
setor CS o que apresentou a maior diminuição. A concentração média de OD
diminuiu significativamente (p<0,05) na Lagoa depois do feriado (A>D) (Tabela 32,
em anexo), passando de 7,49 para 5,92 mg L-1.
CORPUS CHRISTI
O valor mínimo registrado no período anterior ao feriado foi de 3,31 mg L-1,
no setor Sul, e o máximo foi de 7,86 mg L-1, no Centro-Norte. Depois do feriado, o
valor mínimo foi observado no setor Centro-Sul (5,98 mg L-1) e o máximo, no Sul
(8,89 mg L-1). O menor e o maior valor médio foram observados no setor Sul (4,57
e 7,94 mg L-1), antes e depois do feriado, respectivamente (Figura 30-2). Os três
setores tiveram as suas concentrações de OD aumentadas depois do feriado,
sendo que a média calculada antes de Corpus Christi foi de 5,33 mg L-1 e após o
feriado foi de 7,31 mg L-1, aumentando a média de OD significativamente
(p<0,001) após o feriado (D>A) (Tabela 33, em anexo). O setor Sul foi aquele que
apresentou o maior incremento.
As duas campanhas apresentaram tendências contrárias com relação à
concentração de OD. No geral, a concentração de oxigênio dissolvido na água da
Lagoa diminuiu após o feriado de Carnaval e aumentou após o feriado de Corpus
Christi.
SETOR
OD
(mg/
L)
0
2
4
6
8
10
S CS CN
OD AOD D
SETOR
OD
(mg/
L)
0
2
4
6
8
10
S CS CN
OD AOD D
Figura 30. Variação de OD nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
(2)
(1)(CN),
76
5.3.3 Nutrientes nitrogenados
Os resultados das médias, desvio padrão, mínimo e máximo dos nutrientes
nitrogenados avaliados nos setores Sul, Centro-Sul e Centro-Norte, antes e depois
dos feriados de Carnaval e de Corpus Christi são apresentados nas Tabelas 26 e
27 (em anexo).
5.3.3.1 Nitrato (NO3-)
CARNAVAL
O valor máximo foi, antes do feriado foi de 0,45 µM (setor CS) e o mínimo
de 0,07 µM (setor CN). Após o feriado, os valores máximo e mínimo foram: 0,47
µM e 0,08 µM, ambos registrados no setor Centro-Norte. Os valores médios
detectados no período anterior ao Carnaval oscilaram entre 0,19 e 0,27 µM e entre
0,19 e 0,32 µM, no período posterior (Figura 31–1). A concentração média de
nitrato sofreu um pequeno aumento após o feriado, de 0,23 para 0,27 µM. Os
setores Sul e Centro-Norte tiveram as concentrações de nitrato levemente
aumentadas, enquanto o Centro-Sul apresentou uma pequena diminuição.
CORPUS CHRISTI
O valor máximo registrado na campanha antes do feriado foi encontrado no
setor Sul (5,01 µM), enquanto que o mínimo foi observado no Centro-Norte (0,22
µM). Depois do feriado, o máximo e o mínimo foram 2,62 e 0,24 µM, observados
nos setores Sul e Centro-Sul. Os valores médios antes do feriado variaram de
1,09 a 1,80 µM e após o feriado oscilaram de 0,57 a 1,17 µM (Figura 31–2). Todos
os setores tiveram as concentrações médias de nitrato diminuídas após o feriado
de Corpus Christi.
77
SETOR
Nitr
ato
(uM
)
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
S CS CN
NO3- A
NO3- D
SETOR
Nitr
ato
(uM
)
-0,5
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
S CS CN
NO3- A
NO3- D
Figura 31. Variação de nitrato (NO3
-) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e CenNorte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
5.3.3.2 Nitrito (NO2-)
CARNAVAL
As concentrações mínima e máxima de nitrito, antes do feriado, foram
µM e 0,11 µM (S). Após a campanha de Carnaval os valores mínimo e m
foram semelhantes (0,03 e 0,12 µM), mas no setor CS. Os setores Sul apres
a maior concentração média antes do feriado (0,07 µM) (Figura 32-1). A
Carnaval, a maior média foi observada no setor Centro-Norte. O setor Sul foi
apresentou a maior diminuição na média após o feriado.
CORPUS CHRISTI
As concentrações mínima e máxima, antes do feriado de Corpus
foram: 0,07 µM (CN) e 0,22 µM (CS). Depois do feriado, a mínima e m
foram: 0,05 e 0,25 µM, ambos no setor Sul. O maior valor médio foi observa
setor Centro-Sul (0,17 µM), antes do feriado. Os setores Sul e Centro
apresentaram aumento na quantidade de nitrito na água, enquanto o Cen
mostrou uma diminuição após o feriado (Figura 32-2).
(2)
(1)tro-
: 0,03
áximo
entou
pós o
o que
Christi
áxima
do no
-Norte
tro-Sul
78
SETOR
Nitr
ito (u
M)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
S CS CN
NO2- AS
NO2- D
SETOR
Nitr
ito (u
M)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
S CS CN
NO2- A
NO2- D
Figura 32. Variação de nitrito nos Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), ADepois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
5.3.3.3 Amônio (NH4+)
CARNAVAL
A concentração máxima verificada antes do feriado foi medida n
Centro-Norte (4,54 µM). O valor máximo medido após o feriado (6,15 µM)
foi encontrado no setor Centro-Norte, no primeiro dia de amostragem
feriado, e o valor mínimo, não detectado pelo método, foi observado no se
A concentração média de íons amônio, antes do feriado, variou de 2,75
setor Centro-Sul, a 3,27 µM, no Centro-Norte (Figura 33-1). Os valores
encontrados após o feriado oscilaram entre 2,91 µM (Sul) e 5,35 µM
Norte). Pode-se observar que a concentração do íon amônio aumentou
feriado nos setores CS e CN, sendo o maior incremento no setor Centro-N
setor Sul teve uma pequena diminuição na média. A análise de variância
32, em anexo) mostrou que houve de fato diferença significativa (p<0,0
antes e depois (D>A).
CORPUS CHRISTI
A concentração máxima observada antes do feriado foi de 6,24
setor Centro-Sul e a mínima de 1,27 µM, no Sul. Após o feriado, a máx
mínima concentração foram: 7,57 µM (setor Sul) e 1,24 µM (setor Cen
(2)
(1) ntes eo setor
também
após o
tor Sul.
µM, no
médios
(Centro-
após o
orte. O
(Tabela
5) entre
µM, no
ima e a
tro-Sul),
79
respectivamente. Os valores médios medidos nos três setores antes do feriado
variaram de 3,36 µM (setor S) a 3,78 µM (setor CN) e de 3,10 µM (setor CS) a
3,91 µM (CN), após o feriado (Figura 33–2). Não foi observada diferença
significativa na concentração de amônio antes e depois do feriado de Corpus
Christi.
SETOR
Am
ônio
(uM
)
0
1
2
3
4
5
6
7
S CS CN
NH 4+ A
NH 4+ D
SETORA
môn
io (u
M)
0
1
2
3
4
5
6
7
S CS CN
NH 4+ A
NH 4+ D
Figura 33. Variação de amônio (NH4+) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e C
Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
5.3.3.4 Nitrogênio Inorgânico Dissolvido (NID)
CARNAVAL
As concentrações mínima e máxima encontradas antes do feriado
2,52 e 4,79 µM, ambas no setor CN. Depois do Carnaval, a mínima e a
foram: 0,21 µM, no setor Sul, e 6,61 µM, no setor Centro-Norte. As concen
médias de NID acompanharam as concentrações médias de amônio, por c
a forma nitrogenada inorgânica mais abundante na água neste expe
(Figura 34–1). As concentrações médias oscilaram entre 3,08 (CS) e 3
(CN), antes do feriado. A variação entre as concentrações médias após o
se elevaram de 3,25 (S) a 5,73 µM (CN). Os setores CS e CN tive
concentrações de NID aumentadas após o feriado, enquanto o Sul
concentração média diminuída, assim como observado para o amônio. A
(2)
(1) entro-foram:
máxima
trações
onstituir
rimento
,55 µM
feriado
ram as
teve a
análise
80
de variância mostrou diferença significativa (p<0,05) entre os períodos antes e
depois (D>A) (Tabela 32, em anexo).
CORPUS CHRISTI
Os valores mínimo e máximo registrados antes do feriado foram: 2,49 e
7,74 µM, respectivamente, ambos no setor Sul. Depois do feriado, o valor máximo
foi observado no setor Sul (8,21 µM) e o mínimo no Centro-Sul (1,60 µM). Os
maiores valores médios medidos antes do feriado foram 5,28 uM (setor Sul) e 4,99
uM (setor Centro-Norte) (Figura 34–2). Após o feriado, as maiores concentrações
médias foram novamente observadas nos setores Sul e Centro-Norte (4,74 µM e
4,72 µM, respectivamente). A concentração de NID mostrou uma diminuição após
o feriado nos três setores, ou seja, o inverso do observado no experimento de
Carnaval.
SETOR
N in
orgâ
nico
dis
solv
ido
(uM
)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
S CS CN
NID A
NID D
SETOR
N in
orgâ
nico
dis
solv
ido
(uM
)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
S CS CN
NID ANID D
Figura 34. Variação de Nitrogênio Inorgânico Dissolvido (NID) nos setores SuCentro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois dos feriados de Carnaval (1)Corpus Christi (2).
5.3.3.5 Nitrogênio Orgânico Dissolvido (NOD)
CARNAVAL
O mínimo e o máximo de NOD antes do feriado foram registrados no
Centro-Sul (1,82 e 12,37 µM, respectivamente). Após o Carnaval, o mínim
máximo foram: concentrações não detectadas pelo método e 8,45 µM, no
Sul. As concentrações médias aumentaram após o Carnaval somente no
(2)
(1) l (S), e desetor
o e o
setor
setor
81
Sul, mais urbanizado (de 5,04 para 6,55 µM). Os demais setores tiveram as
concentrações de NOD diminuídas, sendo que a menor diminuição foi observada
no setor CN (de 5,15 a 2,78 µM) (Figura 35-1).
CORPUS CHRSTI
O valor máximo, antes do feriado, foi observado no setor Sul (12,89 µM).
Após o Corpus Christi, a máxima concentração foi de 7,59 µM. As concentrações
médias de NOD na Lagoa, após o feriado, aumentaram no setor Centro-Sul (de
3,01 para 4,03 µM) e diminuíram nos setores Sul (de 4,87 para 2,92 µM) e Centro-
Norte (de 3,19 para 1,78 µM) (Figura 35-2).
SETOR
N o
rgân
ico
diss
lvid
o (u
M)
-2
0
2
4
6
8
10
12
S CS CN
NOD A
NOD D
Figura 35. Variação de Nitrogênio OrgâSul (CS) e Centro-Norte (CN), antes eChristi (2).
SETOR
N o
rgân
ico
diss
olvi
do (u
M)
-2
0
2
4
6
8
10
12
S CS CN
NOD_A
NOD_D
5.3.3.6 Nitrogênio Total Dissolvido (
CARNAVAL
O valor máximo registrado an
5,55 uM, ambos no setor CS. D
novamente observados no Centro-S
aumentou após o feriado somente
(1)
nico Dissolvido (NOD) nos setores Sul (S), Ce depois dos feriados de Carnaval (1) e de CoNTD)
tes do feriado foi de 14,98 µM e o mínim
epois, os valores máximo e mínimo fo
ul (12,58 e 4,57 µM, respectivamente). O
no setor Sul (de 8,49 para 9,80 µM), a
(2)
ntro-rpus
o de
ram
NTD
ssim
82
como o observado para o NOD. A variação entre antes e depois nos outros
setores foi pequena (Figura 36-A).
CORPUS CHRISTI
O valor máximo registrado antes do feriado foi de 15,38 µM, no setor Sul, e
o mínimo, de 4,50 µM, no Centro-Sul. Após o Corpus Christi, o máximo e o mínimo
foram, respectivamente, 10,89 e 4,62 µM, ambos no setor Sul. O estudo do
impacto causado pelo feriado de Corpus Christi mostrou que a concentração
média de NTD diminuiu nos setores Sul (de 10,15 para 7,65 µM) e Centro-Norte
(de 8,18 para 6,50 µM), assim como verificado para o NOD. Enquanto que o NTD
médio permaneceu praticamente constante no setor Centro-Sul (variação de 7,68
para 7,80 µM) (Figura 36-B).
SETOR
N to
tal d
isso
lvid
o (u
M)
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
S CS CN
NTD A
NTD D
SETOR
N to
tal d
isso
lvid
o (u
M)
-2
0
2
4
6
8
10
12
14
S CS CN
NTD A
NTD D
Figura 36. Variação de Nitrogênio Tota(CS) e Centro-Norte (CN), antes e depo(2).
5.3.4 Nutrientes fosforados e razã
Os resultados das médias, de
fosforados e razão N:P verificados
antes e depois dos feriados de Ca
nas Tabelas 28 e 29 (em anexo).
(1)
l Dissolvido (NTD) nos setores Sul (S), Centris dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Co N:P
svio padrão, mínimo e máximo dos nutrie
nos setores Sul, Centro-Sul e Centro-N
rnaval e de Corpus Christi são apresent
(2)
o-Sul hristintes
orte,
ados
83
5.3.4.1 Fósforo Inorgânico Dissolvido (PID)
CARNAVAL
Os valores mínimo e máximo (0,07 e 0,47 µM) foram detectados antes do
Carnaval, no setor Centro-Sul (Figura 37–1), enquanto que depois do Carnaval os
valores foram, respectivamente, 0,44 e 0,05 µM, novamente observados no setor
CS. A maior média observada antes do feriado foi registrada no setor Sul (0,23
µM). Após o feriado, a maior média de PID foi de 0,18 µM, nos setores Sul e
Centro-Sul. A concentração de fosfato sofreu pequena variação espacial tanto
antes quanto depois do feriado.
CORPUS CHRISTI
Antes do feriado, o mínimo e o máximo foram encontrados nos setores
Centro-Norte e Sul (0,08 e 6,51 µM), respectivamente. Após o feriado, os valores
mínimo e máximo foram verificados nos setores Centro-Sul (0,08 µM) e Sul (0,37
µM) (Figura 37–2). A maior média, antes do feriado, foi de 2,43 µM, registrada no
Sul; e a menor foi de 0,30 µM, no setor CN. Depois do Corpus Christi, a média
mais elevada foi de 0,24 µM, novamente no Sul e a menor, no Centro-Sul (0,12
µM). Os três setores tiveram suas concentrações médias diminuídas
significativamente (p<0,05) com relação aos períodos antes e depois (D>A)
(Tabela 33, em anexo).
SETOR
Fosf
ato
(uM
)
-2
-1
0
1
2
3
4
5
S CS CN
PO43- A
PO43- D
SETOR
Fosf
ato
(uM
)
-2
-1
0
1
2
3
4
5
S CS CN
PID A
PID D
Figura 37. Variação de o-fosfato (PO43-) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Ce
Norte (CN), antes e depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
(2)
(1) ntro-84
5.3.4.2 Polifosfatos (Poli-PO43-)
A concentração de polifosfatos foi medida somente para a campanha de
estudo do impacto do Carnaval (Figura 38).
As concentrações mínima e máxima registradas antes do feriado foram 0,02
uM, nos três setores e 1,62 µM, no setor Centro-Sul, respectivamente. Após o
feriado, as concentrações passaram de não detectável a 1,10 µM, novamente no
Centro-Sul. A variação espaço-temporal de polifosfatos antes e depois do
Carnaval não foi significativa, somente o setor Sul mostrou um acréscimo após o
feriado. A concentração média aumentou de 0,38 a 0,69 µM após o feriado no
setor Sul, ou seja, dobrou.
SETOR
POLI
-PO
43- (u
M)
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
S CS CN
ANTES
DEPOIS
Figura 38. Variação de polifosfatos nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), antes e depois do feriado de Carnaval.
5.3.4.3 Fósforo Orgânico Dissolvido (POD)
CARNAVAL
Os valores mínimo e máximo, antes do feriado, foram encontrados nos
setores CS (concentração não detectável) e CN (0,65 µM). Depois do Carnaval,
foram, respectivamente, não detectável e 0,37 µM, no setor CS. A concentração
85
média de POD diminuiu após o feriado nos três setores da Lagoa. A maior
diminuição foi observada no setor CN. (Figura 39-1).
CORPUS CHRISTI
O valor máximo, antes do Corpus Christi, foi observado no setor Sul (12,88
µM). Após o feriado, o máximo foi de 0,74 µM, no setor Centro-Sul. A maior média
registrada antes do feriado foi de 3,31 µM, no setor Sul; e a menor, de 0,15 µM, no
Centro-Sul. A maior e menor média calculadas depois do feriado foram de 0,34 µM
(CS) e de 0,19 µM (Sul), respectivamente. O setor Sul apresentou uma diminuição
na média (de 3,31 µM para 0,19 µM), enquanto no setor CS o POD aumentou e no
CN, permaneceu constante (Figura 39-2).
SETOR
P o
rgân
ico
diss
olvi
do (u
M)
-4
-2
0
2
4
6
8
10
S CS CN
POD A
POD D
Figura 39. Variação de fósforo orgânico(CS) e Centro-Norte (CN), antes e deChristi (2).
SETOR
P o
rgân
ico
diss
olvi
do (u
M)
-4
-2
0
2
4
6
8
10
S CS CN
POD_APOD_D
5.3.4.4 Fósforo Total Dissolvido (P
CARNAVAL
O valor máximo encontrado
mínimo de 0,07 µM, no Centro-S
mínimo foram: 0,59 (setor Centro-
concentrações médias de PTD
(1)
dissolvido (POD) nos setores Sul (S), Centropois dos feriados de Carnaval (1) e de CoTD)
antes do Carnaval foi de 0,99 µM (CN)
ul. Depois do feriado, os valores máxim
Sul) e 0,12 µM (setor Sul) (Figura 40-1)
seguiram o mesmo andamento que
(2)
-Sul rpuse o
o e
. As
as
86
concentrações de POD após o feriado, apresentando uma diminuição na sua
concentração nos três setores. A análise de variância (Tabela 32, em anexo)
mostrou de fato diferença significativa (p<0,05) entre os períodos antes e depois
(A>D).
CORPUS CHRISTI
Os valores máximo e mínimo, antes do feriado, foram: 13,05 µM (Sul e
Centro-Sul) e 0,20 µM (Centro-Sul). Depois do Corpus Christi, foram
respectivamente, 2,73 µM e 0,25 µM, ambos observados no Centro-Sul (Figura
40-2). Assim como para a variação de PID, as médias de PTD diminuíram nos três
setores. A análise de variância (Tabela 33, em anexo) mostrou de fato diferença
significativa (p<0,05) entre os períodos antes e depois (A>D), assim como
observado para o Carnaval.
SETOR
P to
tal d
isso
lvid
o (u
M)
-2
0
2
4
6
8
10
12
S CS CN
PTD A
PTD D
SETOR
P to
tal d
isso
lvid
o (u
M)
-2
0
2
4
6
8
10
12
S CS CN
PTD A
PTD D
Figura 40. Média e desvio padrão de FCentro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Corpus Christi (2).
5.3.4.5 Razão N:P
CARNAVAL
Ambos valores mínimo e má
(7,10 e 37,72), antes do feriado. A
(1,3) e o máximo, no Centro-Norte
oscilaram entre 20,67 (setor CN)
(1)
ósforo Total Dissolvido (PTD) nos setores SulAntes e Depois dos feriados de Carnaval (1)ximo foram encontrados no setor Centro
pós o Carnaval o mínimo foi verificado no
(90,4). As médias verificadas antes do fe
a 21,44 (setor Sul). As razões N:P mé
(2)
(S), e de-Sul
Sul
riado
dias
87
sofreram um grande incremento após o feriado nos três setores, principalmente no
setor Centro-Norte (de 20,7 para 51,4) (Figura 41-1). A razão de N:P média
aumentou de 21:1 para 37:1 depois do feriado de Carnaval, confirmado pela
análise de variância (Tabela 32, em anexo) que mostrou a diferença significativa
(p<0,05) entre os períodos antes e depois (D>A).
CORPUS CHRISTI
Os valores máximo e mínimo, antes do feriado, foram: 57,55 (Centro-Norte)
e 1,19 (Sul). Depois do Corpus Christi, foram respectivamente, 61,90, no setor
Centro-Sul e 6,97, no Sul. A maior média antes do feriado foi de 32,45, no setor
Centro-Norte. Após o Corpus Christi, a maior média foi de 34,61, no setor Centro-
Sul. Durante o estudo do impacto deste feriado, foi observado um aumento na
razão N:P nos três setores (Figura 41–2). A razão N:P média antes do feriado
(22:1) foi inferior a de depois (33:1).
SETOR
Raz
ão N
:P
0
10
20
30
40
50
60
S CS CN
Razão N:P A
Razão N:P D
Figura 41. Média e Desvio padrão da razão N:P nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
(1) SETOR
Raz
ão N
:P
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
S CS CN
N:P_A
N:P_D
(2)
5.3.5 Variáveis biológicas (clorofila-a e feofitina-a) e sulfetos totais
Os resultados das médias, desvio padrão, mínimo e máximo das variáveis
biológicas e sulfetos totais registrados nos setores Sul, Centro-Sul e Centro-Norte,
antes e depois dos feriados de Carnaval e de Corpus Christi são apresentados
nas Tabelas 30 e 31 (em anexo).
88
5.3.5.1 Clorofila-a (Cloro-a)
CARNAVAL
O valor máximo registrado antes do feriado foi de 13,45 µg/L (Centro-Norte)
e o mínimo foi de 0,20 µg/L (Centro-Sul). Depois do Carnaval, o máximo foi de
4,70 µg/L (CS), cerca de 3 vezes menor do que o valor máximo observado antes
do feriado; e o valor mínimo foi de 2,05 µg/L (CN). A maior concentração média,
antes do feriado, foi de 5,20 µg/L, novamente no setor Centro-Norte. Os valores
médios diminuíram após o Carnaval nos três setores, sendo a maior média (3,53
µg/L) detectada no setor Sul (Figura 42–1).
CORPUS CHRISTI
O valor máximo observado antes do feriado foi de 9,92 µg/L (Sul) e o
mínimo foi de 1,12 µg/L (Centro-Norte). Depois do Corpus Christi, o máximo foi de
8,85 µg/L (Sul) e o mínimo foi de 1,23 µg/L (Centro-Sul). A maior concentração
média, antes do feriado, foi de 7,05 µg/L, no setor Sul; e a menor de 1,82 µg/L, no
Centro-Norte. O valor médio mais elevado depois foi de 6,82 µg/L, novamente no
Sul. A região Sul se diferenciou das demais por apresentar valores
significativamente mais elevados de clorofila-a, tanto antes quanto depois do
feriado de Corpus Christi (Figura 42–2). No setor Sul, a cloro-a sofreu uma leve
diminuição (de 7,05 para 6,82 µg/L) após o feriado, enquanto nos demais, a
clorofila-a aumentou (de 2,76 para 3,04 µg/L, no setor CS e de 1,82 para 2,15
µg/L, no CN). A análise de variância (Tabela 33, em anexo) mostrou somente
diferença significativa entre os setores (CN=CS)<S.
89
SETOR
Clo
rofil
a-a
(ug/
L)
0
2
4
6
8
10
12
S CS CN
Cloro-a A
Cloro-a D
SETOR
Clo
rofil
a-a
(ug/
L)
0
2
4
6
8
10
12
S CS CN
Cloro-a A
Cloro-a D
Figura 42. Variação de Clorofila-a (Cloro-a) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
(1) (2)
5.3.5.2 Feofitina-a (Feo-a)
CARNAVAL
O valor máximo medido após o feriado (1,39 µg/L) foi 9,5 vezes menor do
que o encontrado antes do Carnaval (13,27 µg/L). As concentrações médias de
feo-a na Lagoa antes do feriado foram: 2,36 µg/L (Centro-Norte), 4,14 µg/L
(Centro-Sul) e 5,15 µg/L (Sul) (Figura 43–1). A Tabela 32 (em anexo) mostra que
após o feriado, a média foi significativamente (p<0,001) menor (A>D).
CORPUS CHRISTI
O valor máximo verificado antes do feriado foi de 1,04 µg/L (CS). Após o
Corpus Christi o máximo foi de 0,49 µg/L (CS). As médias encontradas antes do
feriado foram: 0,15 µg/L (setor Sul), 0,33 µg/L (Centro-Sul) e 0,11 µg/L (setor
Centro-Norte). Após Corpus Christi, as médias foram: 0,09 µg/L (setor Sul), 0,10
µg/L (setor CS) e 0,07 µg/L (CN). Portanto, foi verificada uma diminuição de feo-a
nos três setores após o feriado (Figura 43-2).
90
SETOR
Feof
itina
-a (u
g/L)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
S CS CN
Feo-a A
Feo-a D
SETOR
Feof
itina
-a (u
g/L)
0
1
2
3
4
5
6
7
8
S CS CN
Feo-a A
Feo-a D
Figura 43. Variação de feofitina-a (Feo-a) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
(1) (2)
5.3.5.3 Sulfetos Totais (H2S)
CARNAVAL
Os valores máximo e o mínimo observados antes do Carnaval foram
encontrados no setor Centro-Sul (1,34 e 1,06 µM, respectivamente). Depois do
Carnaval o máximo e o mínimo foram: 1,87 e 1,28 µM, novamente registrados no
Centro-Sul. A maior concentração média calculada no período anterior foi de 1,22
µM, no setor CN (Figura 44–1). A variação espacial de sulfeto após o feriado foi
pequena (de 1,50 para 1,51 µM). As concentrações médias obtidas no estudo
aumentaram significativamente depois do feriado nos três setores (p<0,001) (D>A)
(Tabela 32, em anexo).
CORPUS CHRISTI
O valor máximo, antes do feriado foi de 3,15 µM, no setor Sul, e o mínimo
foi de 2,48 µM, observado no Centro-Sul. Após o Corpus Christi, o máximo foi
observado novamente no (3,32 µM) e o mínimo no setor Centro-Sul (2,12 µM). A
maior média no período anterior ao feriado foi de 2,91 µM, no setor CN, enquanto
no período posterior foi de 2,73 uM, no setor CS (Figura 44-2). Na avaliação de
impacto do feriado de Corpus Christi, foi observada uma diminuição de sulfeto
significativa (p<0,05) após o feriado nos três setores (A>D) (Tabela 33, em anexo).
91
SETOR
Sulfe
to (u
M)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
S CS CN
H2S_A
H2S_D
SETOR
Sul
feto
(uM
)
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
S CS CN
H2S A
H2S D
Figura 44. Variação de sulfetos (H2S) nos setores Sul (S), Centro-Sul (CS) e Centro-Norte (CN), Antes e Depois dos feriados de Carnaval (1) e de Corpus Christi (2).
(1) (2)
5.4 Análises Estatísticas para Avaliação de Impacto Antrópico
A análise de variância foi utilizada para o estudo de impacto dos feriados de
Carnaval (experimento 1) e de Corpus Christi (experimento 2) sobre as variáveis
ambientais medidas nas águas da Lagoa da Conceição, em três setores (Sul,
Centro-Sul e Centro-Norte).
Os resultados das análises de variância para o estudo do impacto do
Carnaval e de Corpus Christi separadamente são apresentados nas Tabelas 32 e
33 em anexo, respectivamente.
Os resultados estatísticos da ANOVA para o experimento do Carnaval
mostraram que o pH (p=0,017), OD (p=0,003), NH4+ (p=0,046), NID (p=0,036),
PTD (p=0,049), N:P (p=0,018), Feo-a (p=0,000) e H2S (p=0,000), apresentaram
diferenças significativas entre o período anterior e posterior ao feriado. As
variáveis: pH, OD, PTD e feo-a, tiveram valores médios inferiores no período
posterior ao feriado e as variáveis amônio, NID, N:P e sulfetos sofreram elevação
das suas médias após o período de Carnaval. A média da salinidade, no entanto,
não sofreu variação significativa entre o período posterior e anterior ao feriado,
mas revelou variações nos setores na seguinte relação S< (CN=CS). A salinidade
embora não tenha sofrido impacto do feriado de carnaval nas médias, apresentou
92
diferenças significativas entre os setores, onde o setor S constitui-se em um
sistema salino diverso dos setores CS e CN.
Por outro lado, os valores de F indicam que para a feo-a e os sulfetos, a
variação mais importante entre antes e depois do feriado, ocorreu nas médias das
concentrações, mas não entre as amostras individualmente em cada um dos
setores, ou seja, a variação nas concentrações das variáveis foi pequena nos
próprios setores, mas os setores entre si apresentaram diferenças. No entanto,
para as demais variáveis, a variação entre os valores médios foi menos importante
que os valores individuais, portanto, a variação das concentrações nas amostras
de água nos setores individualmente foi grande, mas não nos setores entre si. Isso
pode ser uma indicação de que o Carnaval influencia setores da Lagoa
diferentemente no que diz respeito a feo e sulfetos.
Os resultados da ANOVA, para o experimento de Corpus Christi, mostraram
que as variáveis impactadas significativamente pelo feriado foram o OD, o fosfato,
o PTD e os sulfetos. As concentrações médias de PID, PTD e sulfetos foram
significativamente maiores no período anterior ao feriado, enquanto as de OD
foram menores. Por outro lado, a salinidade e a clorofila-a não apresentaram
diferenças significativas nas suas concentrações entre o período anterior e
posterior ao feriado, mas entre os setores. Os setores CS e CN formam
basicamente um único setor e o S, um sistema isolado dos dois primeiros.
Os resultados das análises de componentes principais (PCA) estão
apresentados na Figura 45, a qual foi efetuada através das médias das 12
principais variáveis físico-químicas e biológicas obtidas na água de superfície
antes e depois dos feriados de Carnaval e de Corpus Christi.
93
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
PC1
-4
-3
-2
-1
0
1
2P
C2
A
D
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3
PC1
-4
-3
-2
-1
0
1
2
PC
2
C
CC
Figura 45. Análise dos Componentes Principais das médias nos setores Sul, CS e CN. (1) Comparação entre os períodos Antes (A) e Depois (D) dos feriados; (2) Comparação entre os feriados de Carnaval (C) e Corpus Christi (CC).
(1)
(2)
As 12 variáveis relacionadas com os três setores (S, CS e CN) nos
períodos foram: temperatura, salinidade, pH, oxigênio dissolvido, nitrato, nitrito,
amônio, fosfato, relação N:P, clorofila-a, feofitina-a e sulfetos totais.
A Figura 45-1 compara dois agrupamentos distintos: os períodos Antes do
Carnaval e antes de Corpus Christi e os respectivos setores S, CS e CN com os
períodos Depois dos feriados e os mesmos setores. Não é possível identificar
94
claramente as diferenças entre os períodos Antes (A) e Depois (D) ao analisar os
dois experimentos juntos.
A Figura 45-2 confirma a existência de uma diferença entre os
experimentos de Carnaval (C) e de Corpus Christi (CC) através da formação de dois
agrupamentos distintos (um à direita e outro à esquerda). A Tabela 34, em anexo,
apresenta os valores em negrito responsáveis pelos agrupamentos.
A fim de buscar uma melhor visualização e identificação das alterações
ocorridas nas variáveis descritoras do impacto em cada período (antes e depois),
foram utilizadas as médias calculadas nos três setores antes e depois do feriado
de Carnaval (Tabela 35 em anexo) e de Corpus Christi (Tabela 36 em anexo)
separadamente.
A Figura 46-1 apresenta o PCA para os valores médios avaliados nos
setores antes e depois do feriado de Carnaval. As variáveis mais associadas ao
agrupamento formado Antes (à esquerda) foram: pH, nitrito, OD, fosfato, cloro-a e
feo-a. Já as variáveis responsáveis pela separação do setor Sul-D (quadrante
superior direito) foram: sulfeto e temperatura e pelo agrupamento dos setores CS-
D e CN-D (quadrante inferior direito) foram: N:P, amônio e salinidade.
A Figura 46-2 mostra os valores médios avaliados nos setores antes e
depois do feriado de Corpus Christi, sendo que as variáveis responsáveis pelo
agrupamento dos setores CS – D e CN-A (quadrante superior esquerdo) foram:
feo-a e pH. Já as variáveis que influenciaram a separação do setor SUL-A
(quadrante inferior esquerdo) foram: nitrato e N:P. O setor CN-D (quadrante
superior direito) ficou separado principalmente em função do OD e os setores
SUL-D e CS-A (quadrante inferior direito) permaneceram agrupados pela
influência da cloro-a e de PO43-. Portanto, o PCA para o experimento de Corpus
Christi não mostrou a formação de agrupamentos anteriores e posteriores ao
feriado.
95
-4 -3 -2 -1
PC1
-2
-1
0
1
2
3
-4 -3 -2 -1
PC1
-2
-1
0
1
2
3
PC
2
SUL
C
CS
CN A
Figura 46. Análise de Componentes PrinCN, antes e depois dos feriados de Carna
(1)
NO2
o
Cloro
PO
P
0
pH o
0 1 2 3
A
0 1 2 3SUL D
S A
DCN D
cipais das médias das variával (1) e de Corpus Christi
PC2
0
NH4
H2S 43-
C2
T
pH
D SalN:P
Fe
PC1
OD
A
(2)
PC1
OD
D
NO3-
A
N:PFe
PO43-
Cloroveis nos setores Sul, CS e (2).
96
6. DISCUSSÃO
6.1 Dinâmica Espaço-Temporal
A temperatura e a salinidade são particularmente importantes no processo
de mistura da coluna de água em ambientes marinhos costeiros.
O andamento da temperatura durante a campanha de verão foi diferente ao
do inverno nos setores e entre as amostras de água de superfície e de fundo.
Enquanto na superfície, a variação entre as médias das temperaturas foi
significativa tanto nas diferentes estações do ano quanto nos setores, nas
amostras de fundo apenas a sazonalidade foi importante.
As amostras que mais sofreram variação nas temperaturas durante a
campanha de verão foram justamente àquelas vizinhas ao Canal da Barra (setores
Centro-Norte e Centro-Sul), em contraste com os setores mais isolados (Sul e
Norte). Isso é uma indicação da conformação de ambientes diversos, tanto no que
diz respeito à contribuição de tipos de águas, e seus respectivos componentes
químicos e biológicos, quanto na capacidade de mistura dos estratos de superfície
e fundo.
Os setores Norte e Sul são ambientes de baixa energia hidrodinâmica,
possuem contribuições importantes de águas doces (rios e efluentes pluviais e
domésticos), menos profundos e com intensa atividade biológica. Já os setores
CN e CS apresentam maior estratificação térmica por serem mais profundos,
sofrerem a maior influência das marés que penetram pelo canal da Barra e serem
menos perturbados por águas de menor salinidade (SIERRA DE LEDO et al.,
1993; ODEBRECHT & CARUSO GOMES, 1987; PERSICH, 1990; PANITZ et al.,
1998; GARCIA, 1999; FONSECA et al., 2002).
A estratificação térmica da coluna d’água, em profundidades superiores a
2,5 m, foi demonstrada apenas durante a campanha de verão. Já os locais com
profundidades inferiores a 2,5 m não apresentaram estratificação alguma,
concordando com SIERRA DE LEDO & SORIANO-SIERRA (1999).
97
Embora seja possível dizer que ocorreu estratificação térmica durante a
campanha de verão nos setores próximos ao Canal da Barra pela entrada das
águas mais frias provenientes do mar, não é possível afirmar, com o presente
estudo que ela seja estável.
A salinidade, uma variável considerada conservativa no ambiente, é
importante para avaliar a circulação de um estuário bem como para
identificar fontes de contribuição de águas doces e assim, as interferências
antrópicas por esgotos. A maior média da salinidade durante o verão, tanto superficial quanto em
profundidade, foi verificada no setor CS e as menores médias, no setor Sul. Esses
valores eram esperados na medida em que a região CS é um setor fortemente
influenciado pelo fluxo e refluxo de marés, e o setor Sul é pouco profundo, com
alta densidade populacional e que não sofre influência direta do canal da Barra
(ASSUMPÇÃO et al., 1981; KNOPPERS et al., 1984; ODEBRECHT & CARUSO
GOMES JR., 1987; ODEBRECHT, 1988; PERSICH, 1990; KOCH, 1999;
FONSECA et al., 2002).
A variação entre as médias das salinidades, durante a campanha de verão,
mostrou estratificação salina importante somente nos setores S e CS. Sendo
assim, durante a campanha de verão, a coluna de água da Lagoa, do ponto de
vista da salinidade, pôde ser dividida em três setores distintos:
- Sul, com baixa salinidade, mas com variação vertical importante, menos
influenciado pelo Canal da Barra, mas fortemente influenciado por efluentes
pluviais e civis, razão pela qual a salinidade superficial foi mais baixa.
- CS, fortemente influenciado pelo fluxo e refluxo de marés, com alto
conteúdo salino em profundidade, resultando em estratificação salina.
- Norte e CN, que sofrem pouca influência do Canal da Barra e possuem
baixa densidade demográfica, o que resulta em variação salina vertical pouco
significativa.
Já durante a campanha de inverno, a variação entre as médias das
salinidades na componente vertical e entre os quatro setores das águas da Lagoa,
98
foi insignificante. Sendo assim, durante esta campanha a Lagoa se apresentou,
em média, como uma solução salina bastante homogênea. No entanto, devemos
destacar o setor Sul que além de ter apresentado a maior variação vertical
apresentou também as menores salinidades.
De modo geral, os valores médios de salinidade das águas de superfície na
Lagoa foram mais elevados significativamente no inverno (junho-julho) do que no
verão (fevereiro-março), quando a evaporação supera a precipitação,
concordando com os trabalhos realizados anteriormente na Lagoa por
ODEBRECHT &CARUSO JR. (1987) e KOCH (1999). O sistema lagunar exibiu
pontualmente uma estratificação vertical salina na campanha de verão e uma
homogeneidade na de inverno, como observado em outros estuários no sul do
Brasil (KNOPPERS et al., 1987; BRANDINI, 2000).
Os valores de pH encontrados neste estudo foram semelhantes aos
verificados anteriormente na Lagoa da Conceição (KNOPPERS et al., 1984;
SOUZA-SIERRA et al., 1993; PASSOS, 2001; FONSECA et al., 2002).
De modo geral, a Lagoa apresentou variação vertical significativa de pH,
durante a campanha de verão, apenas entre os valores do estrato superficial e de
fundo, nos próprios setores. Este andamento era esperado, pois geralmente a
atividade fotossintética ocorre na superfície com a elevação do pH enquanto que
em profundidade, o processo de degradação da matéria orgânica conduz à sua
diminuição. Portanto, durante a campanha de verão, a coluna de água da Lagoa
pôde ser divida em dois ambientes:
- a superfície, com atividade fotossintética relativa e pH básico em torno
de 8
- o fundo, com alta atividade respiratória relativa e pH ligeiramente ácido
em torno de 7.
A variação entre as médias de pH, na componente vertical e horizontal das
águas da Lagoa durante a campanha de inverno foi insignificante, o que mostra
que a atividade biológica neste período do ano foi bastante semelhante, na coluna
de água em todos os setores. Sendo assim, durante a campanha de inverno, a
99
Lagoa se apresentou, em média, como um corpo de água bastante homogêneo do
ponto de vista da atividade hidrogeniônica.
De modo geral, os percentuais de saturação de OD nas águas superficiais
da Lagoa, tanto na campanha de verão quanto na de inverno, foram baixos. Assim
sendo, os mínimos e máximos de saturação estão em níveis críticos, pois ambos
refletem não somente a atividade fotossintética, mas também o contato com o ar
atmosférico. Isso sugere que a atividade fotossintética não é capaz de equilibrar a
respiração bacteriana durante o verão, tornando ainda mais críticas as condições
de sobrevivência para os organismos aeróbios, principalmente nos setores Sul,
Centro-Norte e Norte. Já o setor Centro-Sul, em função do Canal da Barra,
manteve uma condição de oxigenação um pouco melhor, apresentando eventuais
momentos de hipoxia, mas em geral com saturação de oxigênio.
Em águas mais fundas a situação se agravou, tanto na campanha de
inverno quanto na de verão, no setor Norte, onde condições de anoxia foram
identificadas. Para os demais setores, de modo geral, a oxigenação em águas
fundas foi mais eficiente no inverno que no verão. Esta situação pode ser uma
indicação de que embora a atividade fotossintética seja menor no inverno e em
profundidade, a decomposição também o é, em relação ao verão.
O nitrato é um nutriente presente em baixas concentrações na água de
zonas marinhas costeiras, e sua estabilidade está condicionada a níveis de
oxigenação bastante elevados (ESTEVES, 1998; RIMMELIM et al., 1998;
SUNDBACK et al., 2000).
De fato, em nosso estudo, verificamos que as maiores concentrações e
variações verticais de nitrato ocorreram na campanha de inverno. Já na campanha
de verão, o corpo d’água foi mais homogêneo e com valores bem menores. Esta
elevação invernal de nitrato correspondeu a níveis maiores de oxigenação nesse
período do ano, quando a decomposição da matéria orgânica é menor e, portanto,
menos amônio é formado. Por outro lado, a maior oxigenação favorece a oxidação
de parte da quantidade de amônio a nitrito e posteriormente a nitrato.
100
Já a significativa correlação positiva entre PID e NO3- durante o inverno
pode representar as mudanças das características dos processos biológicos e
potencial redox, entre o verão e o inverno.
O nitrito é um nutriente intermediário no processo de nitrificação ou
denitrificação, portanto ainda mais instável que o nitrato. Mas como pode estar
presente em concentrações significativas em ambientes com baixos índices de
oxigenação, pode ser um indicador importante de poluição orgânica.
Em geral, a Lagoa apresentou comportamentos diferentes, em relação ao
nitrito, entre a campanha de inverno e a de verão. As maiores concentrações e
variações verticais ocorrem durante o inverno. Já durante o verão, o corpo d’água
foi mais homogêneo e com valores bem menores. Este quadro mostrou um
andamento para o nitrito, durante o inverno e o verão, semelhante ao observado
para o nitrato.
A concentração média de nitrito na água da Lagoa, em nosso estudo, foi 7
vezes menor que a de nitrato enquanto outros autores (SOUZA-SIERRA et al.,
1999) encontraram uma concentração média 10 vezes menor. Embora essa
diminuição nas concentrações seja verdadeira, não podemos nos esquecer que os
nutrientes apresentam uma variabilidade sujeita aos processos biológicos e físico-
químicos, hidrodinâmicos e a carga de matéria orgânica. Além disso, as
concentrações de todas as variáveis nas amostras de água são representativas do
momento da sua coleta e, portanto, devem ser interpretadas a luz dessas
limitações intrínsecas.
O amônio é a forma nitrogenada mais assimilada pelo fitoplâncton pelo seu
alto conteúdo energético. É uma variável dependente da temperatura e do pH. Em
geral, o amônio predomina em pH entre 8 e 9. A concentração média de amônio
encontrada na água de fundo e de superfície foi alta, se comparada aos trabalhos
anteriores realizados na Lagoa da Conceição e em outras lagoas costeiras, em
processo de eutrofização (KNOPPERS et al., 1984; SOUZA-SIERRA et al., 1987;
PERSICH, 1990; BAUMGARTEM et al., 1995; CASTEL et al., 1996; ADINGRA &
ARFI, 1998).
101
Em contraste com o padrão temporal observado para o nitrato e o nitrito, as
concentrações de amônio apresentaram menor variação e valores relativamente
mais elevados no verão. Isso e explicável na medida em que o nitrato e o nitrito
são compostos nitrogenados mais sujeitos às variações das condições redox do
meio e menos estáveis quimicamente. O amônio por sua vez, sendo o nitrogenado
mais facilmente assimilável pelo fitoplâncton, poderia apresentar uma variação
entre inverno e verão significativa, já que no período de verão a atividade
fotossintética é maior. No entanto, como observado no oxigênio, a atividade
fotossintética e respiratória se equipararam, então mesmo que o amônio tenha
sido mais consumido, por outro lado foi o composto nitrogenado mais
disponibilizado, pois resulta da atividade de degradação biológica, donde seus
valores terem sido elevados.
O nitrogênio inorgânico dissolvido por ser o somatório das concentrações
de nitratos, nitritos e amônio inorgânico na coluna de água, variou segundo a
forma nitrogenada preponderante em cada setor e em cada estação do ano.
Na campanha de verão, a maior parte do nitrogênio inorgânico detectado na
água da Lagoa se encontrava na forma de íon amônio, donde as concentrações
de NID terem sido semelhantes às desse íon. Durante a campanha de verão, a
maior média verificada na superfície foi no setor CN e o menor no Sul e em
profundidade, a maior média foi no setor N, as menores no Sul.
No inverno, os valores de NID foram um pouco diferentes dos valores de
amônio visto que outras formas de nitrogênio inorgânico (nitrato e nitrito) foram
também detectadas em concentrações mais elevadas na Lagoa.
As correlações lineares positivas e as equações de regressão mostraram
que o nitrogênio inorgânico aumentou quando o amônio aumentou, tanto nas
águas superficiais quanto fundas, em ambas as estações do ano. É, portanto,
razoável propor que o amônio seja uma variável bastante confiável para a
previsão da concentração de NID na Lagoa da Conceição.
102
O nitrogênio orgânico dissolvido (NOD) representa a matéria orgânica
nitrogenada que ainda não sofreu mineralização, portanto podendo indicar a
contribuição direta de matéria orgânica em estado puro.
O nitrogênio orgânico dissolvido apresentou concentrações médias
elevadas nas águas superfícies enquanto nas águas profundas elas diminuíram
significativamente tanto durante a campanha de verão quanto à de inverno. Em
profundidade as médias das concentrações diminuíram drasticamente, também
em ambas as campanhas de amostragem.
A elevação das concentrações de NOD, principalmente em superfície,
reflete o período de maior densidade populacional em torno da Lagoa da
Conceição. As correlações lineares positivas elevadas e a equações de regressão,
mostraram que o NOD influenciou profundamente o NTD nas águas superficiais
da Lagoa, durante as campanhas de verão e de inverno, e nas profundas apenas
durante o inverno.
Em relação aos setores, era de se esperar que o setor Sul apresentasse a
maior média durante o verão, já que é um setor de baixa renovação de água e de
grande densidade populacional nesse período. Por outro lado o setor Norte, por
suas características demográficas e hidrológicas, parece ser mais influenciado
pelos aportes fluviais e pela vegetação do entorno.
O NTD, constituído pelos compostos orgânicos e inorgânicos de nitrogênio,
revela a carga do nutriente nitrogenado introduzido no ambiente aquático. Na
campanha de verão a porção nitrogenada orgânica foi maior que a porção
inorgânica, nos setores Sul (64,02 % na superfície e 65,34 % no fundo) e Centro-
Norte, em toda a coluna de água. Nos setores Centro-Sul e Norte, este fato foi
observado apenas na água superficial. A maior diferença entre as porções
orgânica e inorgânica calculada na água de fundo foi no setor Norte, onde 68,48 %
é composto por NID e os 31,52 % restantes, por NOD.
As variações nas proporções das frações constituintes do nitrogênio total
dissolvido na Lagoa, durante o inverno, foram semelhantes na maior parte dos
103
setores, com exceção do setor CN que apresentou 64,98 % do NTD constituído
pela fração inorgânica e 35,02 % pela orgânica.
Portanto, é razoável propor, que o aumento da concentração total de
nitrogênio na Lagoa, seja proveniente da contribuição de matéria orgânica versada
em suas águas.
O fósforo orgânico dissolvido (POD) é outro parâmetro representativo da
matéria orgânica ainda não mineralizada.
Estudos anteriores (PORTO-FILHO, 1993; KOCH, 1999; ZWIRTES, 2003) caracterizaram os sedimentos da Lagoa como ricos em fósforo total e inorgânico e
as maiores quantidades de P disponível foram encontradas nas zonas mais
restritas e densamente urbanizadas.
De modo geral, encontramos na coluna de água da Lagoa, concentrações
de PTD mais elevadas durante o inverno em praticamente em todos os setores,
mas particularmente no setor Sul, tanto no inverno quanto no verão, o que de
certa forma reforça o verificado anteriormente nos sedimentos. Por outro lado, as
elevadas correlações lineares entre PTD e POD, assim como as equações de
regressão, revelaram que a quantidade média de fósforo na coluna de água da
Lagoa foi fortemente influenciada pela do fósforo orgânico e que apenas no
inverno e nas águas mais fundas, isso não ocorreu. Isso pode indicar que as
condições de anaerobiose se intensificam no sedimento durante o inverno,
fazendo com que o fósforo fosse liberado na coluna de água na forma inorgânica.
O fósforo inorgânico dissolvido (PID), é a forma de fosfato mais
biodisponível, por isso é também aquele nutriente que junto como amônio ou o
nitrato, contribuem mais significativamente para a fotossíntese. Os polifosfatos são
convertidos a ortofosfato no ambiente e por isso podem ser considerados também
como PID. Com relação à presença de polifosfatos, o setor Sul apresentou os
maiores valores (cerca de duas vezes mais do que no setor Central e três vezes
mais do que no setor N), provavelmente devido a maior quantidade de residências
no entorno do corpo lagunar nesse setor e aos despejos de esgotos ricos em
detergentes fosfatados.
104
As concentrações médias de fosfato na água da Lagoa da Conceição foram
duas vezes mais elevadas no inverno do que no verão.
Durante a campanha de verão, a concentração de fosfato permaneceu
baixa e praticamente constante, semelhante à observada anteriormente na água
da Lagoa por KNOPPERS et al. (1984); PERSICH (1990); FONSECA et al. (2002).
A ausência relativa de um padrão espacial de fosfato no verão, pode ser devido a
diferença na cinética de assimilação pelos produtores primários, decomposição
bacteriana e/ou a processos de sedimentação ou de adsorção ao material em
suspensão (BRANDINI et al., 1988; BAUMGARTEN et al., 1995; SOUZA-SIERRA
et al., 1993; AGUIAR, 2002; FONSECA et al., 2002), em cada um dos setores.
Já na campanha de inverno, os valores mais elevados nos setores Sul e
Centro-Sul, nas águas fundas, podem ter sido o resultado de fenômenos diversos.
O incremento de fosfato e de fósforo total dissolvido pode ter tido origem, nos
setores mais densamente populados (Sul), na mudança das características de oxi-
redução e dos processos biológicos do meio, entre o verão e o inverno, já que
houve uma diminuição do oxigênio dissolvido e de pH na campanha de inverno.
Por outro lado, as amostras coletadas nos locais mais próximos ao Canal da
Barra, que apresentaram as maiores salinidades, também revelaram valores
elevados de fosfato, podendo indicar a origem marinha desse nutriente nesses
locais específicos.
A maior parte das lagoas brasileiras apresenta uma concentração de NID
entre 2 e 10 µM N-(NH4+ + NO2
- + NO3-) e de PID entre 0,3 e 1,5 uM (KNOPPERS
& KJERFVE, 1999), valores em lagoas costeiras tropicais e subtropicais com baixa
eutrofização cultural (NIXON, 1982). A Lagoa da Conceição apresentou os valores
de nutrientes dentro desta faixa de variação. A razão entre os compostos
nitrogenados e fosforados inorgânicos fornece indicações do estado trófico de um
corpo hídrico. A razão entre NID e PID (razão N:P) considerada ideal para manter
ambientes costeiros troficamente saudáveis, varia entre 16:1 e 20:1 (REDFIELD,
1958), e os quatro setores na Lagoa apresentaram razão média NID:PID acima de
19, tanto no verão quanto no inverno.
105
Na campanha de inverno e nas amostras de fundo, a relação N:P foi
principalmente influenciada pelo PID, enquanto o NID apresentou um andamento
bastante generalizado. O fato da razão N:P ser preferencialmente determinada
pelo PID em amostras próximas ao sedimento e durante o inverno, é uma
evidência de que esteja ocorrendo uma troca rápida entre o fósforo inorgânico
retido no sedimento e na coluna d’água imediatamente adjacente a ele,
principalmente em locais onde a mudança do potencial redox do sedimento
propicia a liberação de fosfato agregado ao sedimento.
De modo geral a relação N:P apresentou em média valores que podem ser
reunidos em três grandes grupos:
- N:P em torno a 16:1 (entre 15:1 e 17:1) – composta por amostras de fundo
do setor Sul de inverno e verão
- N:P em torno de 24:1 (entre 22:1 e 27:1) – composta majoritariamente por
amostras dos setores Centro-Sul (ambos estratos da coluna de água) e Sul
(amostras de superfície), para ambas as estações do ano.
- N:P em torno de 35:1 (entre 30:1 e 47:1) – composta exclusivamente por
amostras dos setores Centro-Norte e Norte, para ambas as estações do ano e
estratos da coluna de água.
A feofitina-a é o produto da degradação da clorofila, portanto, locais onde a
atividade fotossintética é maior que a respiração, teremos baixos conteúdos para
ela.
Na campanha de verão, os valores de feo-a observados foram bem maiores
que os na de inverno. As concentrações médias em superfície foram baixas e
bastante homogêneas. Concentrações elevadas de feofitina-a observadas no
verão, tanto na superfície quanto no fundo, foram atribuídas por outros autores à
maior decomposição da biomassa algal formada nos períodos de primavera-verão,
além do aumento na velocidade das reações biológicas e não biológicas,
promovidas pelo aumento da temperatura (BARTOLI et al., 1996; CASTEL et al.,
1996).
106
A correlação linear positiva entre feofitina-a e clorofila-a na água de fundo
durante a campanha de verão oferece uma indicação de que a fotossíntese ocorre
na mesma proporção que a degradação do pigmento principal da reação
fotossintética.
A concentração média dos sulfetos em superfície, durante o verão,
apresentou um comportamento muito semelhante em todas os setores. Durante o
inverno, as concentrações médias de sulfetos na água de superfície e de fundo se
elevaram em relação ao verão, mas se mantiveram homogêneas em todos os
setores. A maior presença de sulfetos no inverno do que verão, bem representa a
atividade biológica deste período do ano, quando a atividade de respiração, ou
seja, degradação da matéria orgânica é maior que a fotossíntese, concordando
com o observado em outros sistemas lagunares (JUSTIC et al., 1993; SOUZA et
al., 2003).
A temperatura é uma variável física que influencia diretamente não somente
a circulação da coluna da água, mas também a atividade fotossintética, medida
em nosso estudo através da clorofila-a. A salinidade, por sua vez, também, pode
ser um auxiliar na interpretação da produção primária, pois permite identificar
fontes de águas doces mais ricas em nutrientes. Além destas duas variáveis
físicas, uma terceira, a transparência da água, permite verificar a profundidade de
penetração da radiação solar, energia fundamental para a fotossíntese.
Durante os períodos de verão e de inverno, o disco de Secchi chegou
próximo ao fundo em todos os locais de amostragem, indicando que a zona
eufótica, ou seja, zona onde pode ocorrer fotossíntese, atinge todas as
profundidades em todos os setores da Lagoa da Conceição. A Lagoa foi
considerada por outros estudos (PANITZ et al., 1998; KOCH, 1999) como sendo
de águas claras e de acordo com ODEBRECHT (1988), GARCIA (1999), KOCH
(1999) e FONSECA et al. (2002), a variação da maré interfere na transparência de
suas águas.
As concentrações máximas de clorofila-a, durante a campanha de verão
nas águas superficiais da Lagoa foram medidas nos setores Centro-Norte e Norte.
107
Embora o setor Norte possua baixa urbanização em seu entorno, é nele que
deságua o rio João Gualberto. Naturalmente os rios carreiam para sua foz matéria
orgânica dissolvida ou em suspensão, que posteriormente sofre mineralização
disponibilizando para o sedimento e água os nutrientes requeridos para a
produção primária. Além desse papel natural, o Rio João Gualberto também
percorre várias comunidades de uma região denominada Rio Vermelho, que
embora seja uma bacia hidrográfica de pequenas dimensões, recolhe efluentes
civis e isso também pode estar contribuindo no suprimento de nutrientes. Por outro
lado, o setor N abriga em suas margens uma intensa vegetação que seguramente
introduz biomassa morta no corpo hídrico, e pela baixa energia hidrodinâmica e
precária renovação de água, a retém em quantidade razoável. De fato, no verão,
esse setor apresenta na superfície os menores valores para a salinidade, ficando
pouco acima do Sul, temperaturas e concentrações elevadas de NID, NH4, NOD,
POD e PTD. As relações molares N:P de 30:1 e 47:1 em superfície e no fundo
respectivamente, também descrevem um ambiente rico em nutrientes.
O conteúdo de saturação do oxigênio dissolvido atingiu, em superfície, valor
mínimo de 50% e em média 85%. Em profundidade, a situação se agrava, pois o
valor mínimo atingiu 16% de saturação e média de 62%. Claramente estamos em
um ambiente com níveis de saturação de oxigênio no fundo que variam entre a
anoxia e a hipoxia. Em áreas onde prevalecem águas estagnadas, com baixa
renovação e alto conteúdo orgânico, todo ou quase todo o OD dissolvido é
consumido pelas bactérias para a oxidação da matéria orgânica. Sob essas
condições de anoxia, se desenvolvem os sulfetos. De fato, o setor Norte, além do
Centro-Sul, também apresentou, por um lado, as maiores concentrações de
sulfetos em superfície e no fundo, e de outro, baixos valores para o pH em
profundidade. O estado trófico do setor Norte pode ser investigado a partir da
relação molar N:P e a tendência da concentração de clorofila em relação aos
nutrientes. O setor Norte apresentou durante o verão, em superfície, um aumento
na concentração média de cloro-a acompanhada pela diminuição na concentração
média de NID. Porém em profundidade, apesar de NID ter sido mais elevado que
108
em superfície, a quantidade de clorofila foi maior com leve diminuição de PID. No
inverno, a concentração de cloro-a foi maior no fundo que em superfície,
acompanhando a tendência de uma leve diminuição de PID. Uma indicação de
que em ambas as estações do ano o PID pode ser o limitante em águas fundas.
Quando condições de hipoxia prevalecem, o conteúdo de fosfatos tende a se
elevar na coluna de água, pois ocorre solubilização, e se a produção fitoplantônica
ou algal é alta, este nutriente tende a desaparecer e a clorofila-a a aumentar.
No entanto, as campanhas de verão e de inverno mostraram que em média
as águas superficiais do setor Norte no verão se comportam como as fundas do
inverno e as águas fundas no verão se comportaram como as águas superficiais
na campanha de inverno. Vemos então que as relações N:P em torno de 30:1
refletem na cloro-a uma relação entre produção fitoplantônica e degradação da
matéria orgânica aparentemente de maior estabilidade no sentido de
compensação de um em relação ao outro. A matéria orgânica degradada, porém,
não parece proveniente da clorofila-a (pigmento responsável pela fotossíntese),
pois os valores de Feo-a são os mais baixos registrados entre os setores
amostrados na Lagoa.
Já a relação N:P em torno de 25:1 e 47:1, mostrou uma diminuição na
produção de clorofila, embora a primeira razão reflita a campanha de inverno. A
limitação da atividade fotossintética, também imposta pela diminuição da
temperatura e da radiação luminosa, conforme verificada através da relação N:P e
cloro-a de fundo, não conduz, no entanto, tal setor a uma condição de estado
trófico controlado.
O setor Centro-Norte (CN) possui características hidrodinâmicas diversas,
mas físico-químicas semelhantes em média ao setor N, conforme nos mostrou a
análise de variância para as águas superficiais, com exceção da temperatura. Em
profundidade, as diferenças entre as médias se restringiram ao pH (CN>N), NID
(CN<N) e (CN>N) no inverno, PID (CN>N), a relação N:P (CN>N) e Cloro-a
(CN<N). Embora o setor Centro-Norte possua características hidrodinâmicas mais
favoráveis para remobilização dos nutrientes por conta da contribuição das marés,
109
em relação ao Norte, sofre mais intensamente a contribuição de efluentes
provenientes dos restaurantes e das residências localizadas na região da Costa
da Lagoa. De fato, o conteúdo de polifosfatos (componentes de sabões e
detergentes) é maior no setor Centro-Norte do que Norte. Já os teores de
nitrogênio orgânico dissolvido (NOD), de fósforo orgânico dissolvido (POD) e de
sulfetos são menores, e o pH e OD são maiores. Embora a grande circulação da
água de lagunas costeiras rasas, como a Lagoa da Conceição, previne o aumento
na concentração de nutrientes e de clorofila-a na água, evitando condições de
eutrofização (KNOPPERS et al., 1984; PERSICH et al., 1996; SANTOS et al.,
1997), essa condição é insuficiente para explicar o estado trófico da Lagoa.
Os setores Centro-Norte e Centro-Sul praticamente compõem um único
corpo de água do ponto de vista de sua localização geográfica e morfologia, além
do que ambos são influenciados pelo Canal da Barra.
Esses dois setores apresentaram uma semelhança entre as tendências no
andamento de suas principais variáveis durante o inverno. A grande diferença se
deu na média da concentração de PID no setor Centro-Sul em toda a coluna de
água, levando a uma diminuição da relação N:P, mas um aumento da
concentração média de cloro-a em comparação ao setor Centro-Norte.
Com concentrações médias semelhantes para o NID a diferença não nos
fornece uma indicação fácil do fator limitante no inverno, no entanto, podemos
dizer que a relação N:P em torno de 25:1 em Centro-Sul manteve um padrão mais
estável na concentração média de clorofila nesse setor em relação ao Centro-
Norte.
Os setores Centro-Sul e Sul se diferenciaram, na campanha de inverno,
quanto à produção primária em relação aos setores Centro-Norte e Norte. A única
variável interferente deste processo, nesta estação do ano, foi o conteúdo de
fósforo inorgânico dissolvido disponível (PID), já que o conteúdo de compostos
nitrogenados disponíveis foi muito semelhante para todos os setores. Isto sugere
que exista uma diferença na contribuição de nutrientes para o crescimento
planctônico entre as regiões Centro-Sul, Sul, Centro-Norte e Norte, embora não
110
tenha se verificado na análise de variância. Além disso, espécies biológicas
diferentes podem determinar um consumo diferenciado de nutrientes, conforme já
havia detectado ODEBRECHT (1988), a qual encontrou no setor Sul a maior
densidade fitoplânctonica com tamanho inferior a 8 µm, em relação aos demais
setores da Lagoa.
O setor Sul apresenta uma barreira física, que dificulta a renovação de água
e com isso o tempo de residência aumenta, o que favorece uma maior
sedimentação de material orgânico tanto alóctone como autóctone (ODEBRECHT
& CARUSO JR., 1987; FONSECA et al., 2002) e também uma disponibilização
mais intensa de fosfato. O setor Centro-Sul não apresenta as mesmas
características físicas de sedimentação e hidrodinâmica do Sul, mas possui uma
remobilização mais intensa dos sedimentos por conta da alta energia
hidrodinâmica e profundidades maiores. Isso poderia explicar os valores mais
elevados de sulfetos e menores pH e OD no fundo, com conseqüente liberação de
fosfatos.
A ausência de um padrão espacial dos descritores ambientais durante o
verão na laguna pode ser atribuída às características intrínsecas de cada setor
para cada variável isolada. As amostras de fundo coletadas na cubeta central
mostraram-se separadas das demais, principalmente devido às maiores
concentrações de clorofila-a, feofitina-a e sulfeto, indicando presença de
organismos autotróficos sulfato-redutores neste local.
6.2 Avaliação de Impacto Antrópico
A avaliação de impacto não está considerando o fato de que os feriados
estão localizados em duas estações do ano distintas, mas principalmente a
diferença entre a densidade populacional nos períodos amostrados (menor antes
que depois do Carnaval e de Corpus Christi).
111
O experimento de estudo de impacto do feriado de Carnaval foi realizado
logo após o término das férias escolares de verão, pois a ano letivo teve início em
fevereiro e o Carnaval foi no dia 5 de março. Portanto, o período antes do
Carnaval foi de recuperação do final da temporada de verão, podendo também ter
interferido na clareza dos resultados.
A hipótese de provável elevação da temperatura e a diminuição da
salinidade em função do aumento de aportes de água doce por descargas de
esgotos ou pelas chuvas, não foi verificada, de modo geral, nem no feriado de
Carnaval e nem no de Corpus Christi. A pequena elevação na temperatura da
água após os dois feriados, de 1OC pode ter sido em decorrência da elevação da
temperatura do ar nos dias de amostragem realizados após os feriados (elevação
de aproximadamente 2OC na temperatura do ar). No entanto, o setor Sul por
apresentar baixa troca de água com a região Central e alta densidade
populacional, ou seja, maior entrada de despejos domésticos, apresentou uma
diminuição de salinidade após o feriado de Carnaval.
A diminuição no conteúdo de OD, o aumento na concentração de sulfetos e
a diminuição de clorofila-a nos três setores amostrados após o feriado de Carnaval
mostraram que a atividade de degradação de matéria orgânica (respiração)
superou a atividade fotossintética neste período. Esta situação contrasta com o
período anterior ao feriado que apresentou o inverso com relação às variáveis
mencionadas acima.
No feriado de Corpus Christi, as variáveis sulfetos, pH e cloro-a mostraram-
se em média muito semelhantes no período anterior e posterior ao feriado, para os
três setores. Já o oxigênio dissolvido apresentou uma variação significativa,
sofrendo uma elevação da média após o feriado. Nesse caso, o incremento da
população parece não ter modificado a dinâmica biológica do corpo d’água, pois o
aumento da concentração média de OD não se relacionou com a concentração de
cloro-a. Possivelmente a elevação de OD tem origem em fatores hidrodinâmicos e
meteoclimáticos.
112
A diferença verificada para as variáveis acima entre as campanhas de
Carnaval e de Corpus Christi refletem sem dúvida a sazonalidade.
As baixas e praticamente constantes concentrações de fosfato na coluna de
água tanto antes quanto depois do feriado de Carnaval, podem ser decorrentes da
adsorção ao material particulado em suspensão seguido por sedimentação do
mesmo (PORTO FILHO, 1993); ZWIRTES, 2003; KOCH, (2003), da assimilação
dos produtores primários (KNOPPERS et al., 1984; ESTEVES, 1998; FONSECA
et al., 2002) e da possível remoção por precipitação do excesso de fosfato de
origem antrópica da coluna d’água, por adsorção física ou química em hidróxidos
férricos e/ou alumínio insolúveis (ESTEVES, 1998).
Para o feriado de Corpus Christi, o fósforo mostrou um andamento bastante
peculiar, onde o período anterior ao feriado apresentou elevada concentração de
fósforo orgânico e inorgânico dissolvido. O setor Sul revelou as maiores médias
para fósforo inorgânico dissolvido (PID), fósforo orgânico dissolvido (POD) e
fósforo total dissolvido (PTD), além de terem sido muito superiores aos valores
verificados nos outros dois setores amostrados.
O íon amônio aumentou significativamente (p<0,01) na água da Lagoa após
o feriado de Carnaval. O aumento de descargas de efluentes domésticos e
comerciais durante esse período e a posterior decomposição deste material
orgânico pode ter contribuído para a elevada carga de amônio no sistema como já
apontado em outros estudos (SANTOS et al., 1997; ADINGRA & ARFI, 1998;
BAUMGARTEM et al., 1995; 2001). O mesmo não se verificou na campanha do
feriado de Corpus Christi, onde a concentração de amônio permaneceu
praticamente constante.
A concentração média de clorofila-a diminuiu após o Carnaval, enquanto a
razão N:P média aumentou de 16:1 para 26:1 de antes para depois do feriado de
Carnaval. Após o Carnaval os teores de fosfato reativo diminuíram nos três
setores e com ele a razão N:P se elevou, causando uma queda também nos
valores médios de clorofila-a. O aumento da razão N:P se deveu ao incremento de
nitrogênio inorgânico dissolvido na coluna d’água.
113
No feriado de Corpus Christi, os setores apresentaram andamentos muito
distintos entre si no que diz respeito à concentração média de NID e PID e,
conseqüentemente, de cloro-a. A razão N:P média antes do feriado (21,6:1) foi
inferior a de depois (32,6:1). O que interferiu neste aumento da razão média foi a
diminuição significativa de PID após o feriado. A maior concentração de PID
observada no setor Sul parece ter influenciado nos maiores valores de clorofila-a
encontrados neste setor, fazendo com que a razão N:P estivesse próxima aos
valores considerados ideais para crescimento fitoplanctônico (REDFIELD, 1958).
No setor Centro-Sul, a razão de N:P média antes do feriado aumentou, devido ao
maior decréscimo de PID, implicando em um pequeno aumento na clorofila-a
média. No setor Centro-Norte, também houve elevação da razão N:P média após
o feriado, devido à queda principalmente de PID, levando novamente a um
pequeno aumento na média de cloro-a.
A análise de componentes principais serve como ferramenta na avaliação
de impacto através da formação de agrupamentos de setores ou de períodos. A
análise evidenciou melhor a alteração promovida por cada feriado separadamente,
provavelmente pelo fato de que os feriados não ocorreram na mesma estação do
ano.
O estudo de impacto realizado para o feriado de Corpus Christi não
detectou alteração significativa na qualidade da água da Lagoa, pois as alterações
detectadas na água superficial da Lagoa após o feriado não foram decorrentes do
feriado em si, mas sim de fatores externos como, por exemplo, ventos fortes, fato
comprovado pela análise de variância que detectou um aumento significativo na
concentração de oxigênio dissolvido independente da clorofila-a. Tal afirmação foi
confirmada pela análise dos componentes principais.
A análise de componentes principais realizada, para o experimento de
avaliação de impacto do feriado de Carnaval isoladamente, mostrou a existência
de dois agrupamentos (antes e depois), ou seja, evidenciou a alteração das
principais variáveis indicadoras da qualidade ambiental após o feriado.
114
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS As águas da Lagoa refletiram, em nosso estudo, a diferença de temperatura
entre as estações do ano, verão e inverno, típica da região, em torno de 10°C. A
estratificação térmica só ocorreu durante a campanha de verão e nos setores
próximos ao Canal da Barra (Centro-Norte e Centro-Sul). Já na componente
horizontal verificou um gradiente decrescente do setor Sul em direção ao Centro-
Sul e do setor Norte em direção ao Centro-Norte.
O sistema lagunar exibiu na campanha de verão conteúdo salino inferior e
estratificação setorial, enquanto na campanha de inverno o conteúdo salino foi
maior e sem estratificação nos setores. As baixas salinidades medidas nos setores
Sul e Norte podem ser uma indicação das regiões com maiores possibilidades de
estarem sofrendo algum impacto antrópico importante.
Durante a campanha de verão, as águas superficiais da Lagoa
apresentaram pHs mais básicos e as águas profundas e na campanha de inverno,
o corpo hídrico apresentou características mais ácidas, embora mais homogêneo
espacialmente. De modo geral, o pH refletiu na superfície a intensidade da
atividade fotossintética enquanto que no fundo a intensidade da atividade
respiratória.
De modo geral os níveis de oxigênio estiveram no limite de saturação,
principalmente nas águas de fundo, nos setores Sul e Norte, onde condições de
hipoxia e anoxia foram detectadas. Este quadro dramático se revela nas
concentrações de sulfetos que não se correlacionaram negativamente de forma
significativa com o oxigênio conforme seria o desejado. Já na superfície e em
setores próximos ao Canal da Barra, as condições de oxigenação foram melhores,
o que permite sugerir esta proximidade como um importante fator na renovação do
corpo hídrico lagunar.
Os elevados conteúdos de nitrato durante a campanha de inverno podem
estar indicando a ocorrência de nitrificação do NOD, contrastando com a
115
prevalência de denitrificação durante o verão. Já o nitrito, de modo geral, se
mostrou uma variável pouco importante na avaliação do estado de poluição
orgânica da Lagoa. O íon amônio representou a forma dominante de nitrogênio
inorgânico e o fosfato à de fósforo, durante as campanhas de verão e inverno. No
entanto, enquanto a concentração de nitrogênio e fósforo total se elevou nas
águas superficiais durante a campanha de verão em função do NOD e POD, no
inverno tanto em superfície quanto em profundidade, as formas mais importantes
para a elevação de NTD e PDT foram NID e PID.
De modo geral, a qualidade da água da Lagoa da Conceição é afetada pela
sazonalidade da forma apresentada na tabela abaixo.
Variáveis Período Verão Inverno
pH (superfície) ↑
Transparência da água (Secchi) ↑
Temperatura (superfície e fundo) ↑
Salinidade (superfície) ↑
Oxigênio dissolvido (fundo) ↑
Amônio (fundo) ↑
Nitrato (superfície e fundo) ↑
Nitrito (superfície e fundo) ↑
NID (superfície) ↑
Sulfeto (superfície) ↑
Clorofila-a (superfície e fundo) ↑
Feofitina-a (superfície e fundo) ↑
A razão molar N:P, para os setores Sul e Centro-Sul foi inferior a dos
setores Centro-Norte e Norte, em ambas as estações do ano e também em ambos
os estratos. No entanto, a relação causal entre N:P e o estado trófico da Lagoa
fica prejudicada, principalmente pela limitação amostral de nosso estudo. Os
116
nutrientes além de serem variáveis dependentes de características químicas,
físicas e biológicas do ambiente, sofrem influência significativa também de
precipitação atmosférica, dos aportes de água doces e salgadas e do tempo de
renovação/retenção da água.
Algumas das variáveis analisadas apontam para um quadro de distrofia no
setor Norte da Lagoa da Conceição durante o verão e inverno de forma pontual,
embora não se possa apontar claramente sua origem, se natural ou cultural e o
fator limitante, pois enquanto na superfície o NID é convertido em clorofila, em
profundidade o seu excesso parece inibir a atividade do pigmento. No entanto, o
fato de o setor Norte ter apresentado uma concentração de clorofila crítica, nos
parece uma indicação de eutrofização.
Verificamos também que os setores Centro-Norte e Norte, apesar de
próximos fisicamente, parecem apresentar características tróficas diversas, pois
embora a concentração média de cloro-a seja inferior no Centro-Norte do que no
Norte, a oxigenação da água é maior e a presença de sulfetos é menor, indicando
condições de fotossíntese e degradação diferenciadas. As razões dessas
diferenças, entre outras, podem ser desde as condições hidrodinâmicas e
comunidade plantônica diversas até as contribuições antrópicas em cada setor
(CN urbanizado em relação a Norte).
Observamos que em média, a concentração de clorofila-a apresentou seus
maiores valores nos setores Norte e Centro-Norte durante o verão, mas durante o
inverno o comportamento biológico foi diferente, pois nessa estação do ano o
setor Sul superou grandemente as concentrações de cloro-a em relação aos
demais. O setor Norte teve inibida a clorofila-a com razões N:P muito baixa ou
muito alta, no entanto, a aparentemente maior disponibilização de fosfato não
promoveu inibição na produção fitoplanctônica nos setores Centro-Sul e Sul.
Isto sugere a existência de diferenças na assimilação de nutrientes para o
crescimento planctônico entre as regiões Centro-Sul, Sul, Centro-Norte e Norte,
podendo ser resultado da presença de espécies biológicas preponderantes
117
distintas em cada setor, e mesmo entre as estações do ano, e de conseqüência à
variação sazonal e temporal dos fatores limitantes.
Além disso, a proximidade de fontes de material alóctone de origem natural
no setor Centro-Norte da Lagoa, as características hidrológicas e a proximidade
de regiões mais urbanizadas no setor Sul e Centro-Sul exerceram grande
influência sobre as concentrações dos indicadores ambientais da qualidade de
água.
A avaliação de impacto antrópico provocado pelos dois feriados, de verão e
de inverno, na coluna de água da Lagoa, teve a interpretação dos resultados
parcialmente prejudicada pelo fato de não terem sido avaliados os números de
coliformes fecais e totais na água. Os coliformes fecais são indicativos de poluição
de origem de esgotos domésticos, por isso esta variável, em conjunto com as
investigadas (propriedades físico-químicas, nutrientes e clorofila-a), teria sido
fundamental na identificação e comprovação de poluição da Lagoa por esgotos.
O estudo de impacto realizado para o feriado de Corpus Christi não
detectou alteração significativa na qualidade da água da Lagoa. Entre os fatores
que possivelmente influenciaram a avaliação estão: pequeno fluxo de turistas na
região, menor temperatura da água, e, portanto, maior dissolução do oxigênio
dissolvido e menor decomposição de matéria orgânica, além da maior ação de
ventos e elevada salinidade, responsáveis pela homogeneidade da coluna d’água.
É importante lembrar que durante o estudo do impacto de Corpus Christi,
período de inverno, além do elemento nutriente limitante para o crescimento
fitoplanctônico, somam-se a ele outros fatores limitantes como a temperatura e a
radiação solar.
O feriado de Corpus Christi não promoveu impacto sobre a coluna de água
da Lagoa, pois não foram evidenciados alterações positivas ou incremento na
concentração de nutrientes depois do feriado, embora tenha havido modificações
nas razões N:P. As alterações verificadas nas concentrações dos nutrientes e na
feofitina-a, não foram decorrentes do aumento de turistas na região, mas sim
devido a processos físicos e químicos, tais como a maior entrada de água salgada
118
no sistema, menores temperaturas, maior intensidade dos ventos no período e
remobilização de fosfato acumulado nos sedimentos.
O impacto foi detectado no experimento de verão (Carnaval), entre outras
coisas em função do número de turistas muito maior do que no feriado de inverno.
Depois do feriado de Carnaval, a razão N:P foi profundamente alterada
promovendo uma inibição da biomassa fitoplanctônica (verificada pela diminuição
de cloro-a). O fósforo mostrou ser o elemento limitante nos três setores durante a
campanha de Carnaval.
119
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Departamento de Química, Universidade Federal de Santa Catarina.
ANEXOS
135
Tabela 01. Valores brutos de Temperatura (T), profundidade disco de Secchi, Salinidade (S), pH e oxigênio dissolvido (OD) na água da Lagoa durante o verão e feriado de Carnaval.
ESTAÇÃO PROF. SETOR T (ºC)
Secchi (m)
S (%o) pH OD (mg/L)
1A 1 S CS 27,0 1,30 26,73 8,28 8,80 1A 2 S CN 27,0 0,60 25,03 8,17 8,03 1A 3 S CN 28,0 2,20 25,03 8,26 8,29 1A 3 F CN 27,0 2,20 27,47 8,30 11,48 1A 4 S S 28,0 0,90 23,79 8,17 7,89 1A 5 S CS 27,0 3,10 27,19 8,20 7,81 1A 5 F CS 27,0 3,10 33,76 7,85 13,26 1A 6 S CS 27,0 1,00 26,73 8,31 7,57 2A 1 S CS 28,0 2,20 28,43 8,16 9,08 2A 1 F CS 28,0 2,20 28,43 8,24 7,51 2A 2 S CN 28,5 2,00 25,49 8,26 7,19 2A 2 F CN 28,0 2,00 27,30 8,27 7,04 2A 3 S CN 27,9 0,40 25,26 8,26 6,93 2A 4 S CS 28,9 0,90 25,37 8,16 8,66 2A 5 S S 29,0 0,60 23,16 8,32 7,44 2A 6 S S 29,0 1,20 23,62 7,63 6,87 2A 6 F S 28,5 1,20 23,45 8,07 4,83 3A 1 S CN 21,9 0,50 27,30 8,21 6,59 3A 2 S CN 21,9 0,80 27,19 8,05 5,34 3A 3 S CN 25,5 2,10 27,53 8,27 5,96 3A 3 F CN 24,5 2,10 28,49 8,11 8,23 3A 4 S S 26,2 2,50 28,21 8,23 6,59 3A 4 F S 27,2 2,50 30,64 7,66 4,36 3A 5 S CS 27,2 0,60 28,43 8,38 7,60 3A 6 S CS 26,5 2,00 22,32 7,77 9,05 1D 1 S CN 27,2 0,85 28,15 7,95 4,22 1D 2 S CN 27,0 0,85 29,45 7,98 3,74 1D 3 S CS 27,5 1,40 29,85 8,37 3,68 1D 4 S CS 27,8 2,40 30,36 8,36 7,43 1D 4 F CS 27,8 2,40 32,74 7,74 1,42 1D 5 S CS 28,0 3,00 30,41 8,28 7,05 1D 5 F CS 28,0 3,00 34,32 7,15 0,00 1D 6 S S 27,6 1,30 24,18 7,95 6,03 2D 1 S CS 28,0 2,50 27,24 8,03 5,99 2D 1 F CS 28,2 2,50 27,13 7,96 4,78 2D 2 S CN 27,9 2,20 26,90 8,07 6,43 2D 2 F CN 28,0 2,20 27,30 8,04 4,92 2D 3 S CS 27,9 0,90 27,98 8,17 7,38 2D 4 S CS 27,8 2,60 27,30 7,45 10,36
136
Continuação da Tabela 01.
ESTAÇÃO PROF. SETOR T (ºC)
Secchi (m)
S (%o) pH OD (mg/L)
2D 4 F CS 28,2 2,60 33,59 6,07 2,18 2D 5 S CS 27,8 0,80 27,07 8,19 6,70 2D 6 S S 28,2 1,75 22,65 8,07 6,89 3D 1 S CN 27,0 2,50 27,58 7,98 5,62 3D 1 F CN 28,6 2,50 28,09 6,27 5,59 3D 2 S CS 27,2 0,75 27,98 8,05 5,76 3D 3 S CS 27,9 1,30 27,75 8,02 5,69 3D 4 S CS 27,9 2,60 28,09 8,18 6,47 3D 4 F CS 29,0 2,60 33,19 7,40 2,62 3D 5 S CS 28,0 2,00 28,32 8,13 5,27 3D 5 F CS 28,5 2,00 30,13 7,50 2,93 3D 6 S S 28,8 1,10 22,77 7,92 6,88 1N 1 S N 29,9 1,90 27,87 8,17 5,98 1N1 F N 28,0 1,90 27,75 7,97 5,98 1N 2 S N 29,0 1,75 25,32 8,19 5,67 1N 2 F N 28,2 1,75 25,37 8,11 6,21 1N 3 S N 29,5 0,80 27,07 8,15 5,06 2N 1 S N 27,0 2,50 26,96 8,15 3,55 2N 1 F N 27,0 2,50 28,32 7,93 1,88 2N 2 S N 27,5 2,50 27,02 8,15 10,79 2N 2 F N 27,9 2,50 28,89 7,86 1,16 2N 3 S N 27,0 2,10 27,53 8,08 5,98 3N 1 S N 26,5 0,80 24,92 8,05 6,68 3N 2 S N 27,5 2,50 26,96 7,98 5,67 3N 2 F N 27,9 2,50 27,92 6,92 7,20 3N 3 S N 27,9 2,20 27,19 7,90 5,50
137
Tabela 02. Valores Brutos de Temperatura (T), profundidade do disco de Secchi, Salinidade (S), pH e oxigênio dissolvido (OD) na água da Lagoa durante o inverno e feriado de Corpus Christi.
ESTAÇÃO PROF. SETOR T
(ºC) Secchi
(m) S (%o) pH OD
(mg/L) 1A 1 S CN 17,2 4,40 28,07 8,00 7,86 1A 1 F CN 17,2 4,40 29,94 8,01 7,01 1A 2 S CN 17,2 4,70 29,29 8,02 4,75 1A 2 F CN 17,0 4,70 28,72 8,00 5,48 1A 3 S CN 17,2 5,80 29,40 8,01 6,36 1A 3 F CN 17,0 5,80 28,18 8,03 6,52 1A 4 S S 18,0 3,80 26,25 8,06 6,13 1A 4 F S 17,5 3,80 26,31 7,98 4,93 1A 5 S CS 18,0 4,60 29,47 8,04 5,78 1A 5 F CS 17,5 4,60 29,36 8,04 7,81 1A 6 S CS 18,0 4,10 29,99 8,01 5,59 1A 6 F CS 17,5 4,10 29,36 7,99 5,77 2A 1 S CS 18,1 4,00 28,07 8,00 4,17 2A 1 F CS 18,1 4,00 29,83 7,99 3,89 2A 2 S CN 18,2 4,30 28,82 8,00 4,96 2A 2 F CN 18,8 4,30 29,07 7,98 4,16 2A 3 S CN 18,7 4,50 28,07 7,99 6,27 2A 3 F CN 18,3 4,50 28,72 7,98 3,98 2A 4 S S 18,5 2,50 24,54 8,05 3,31 2A 4 F S 19,0 2,50 25,61 8,03 6,09 2A 5 S S 18,0 3,00 24,95 7,98 4,54 2A 5 F S 18,7 3,00 26,47 7,89 7,05 2A 6 S CS 18,3 1,20 29,34 8,02 4,05 2A 6 F CS 18,5 1,20 29,56 8,03 4,41 3A 1 S CS 19,5 4,00 27,11 7,83 6,23 3A 1 F CS 19,5 4,00 29,47 7,83 4,69 3A 2 S CN 20,5 3,00 29,14 7,83 5,33 3A 2 F CN 20,0 3,00 29,29 7,83 5,50 3A 3 S CS 19,2 1,10 29,94 7,93 5,17 3A 3 F CS 19,2 1,10 29,40 7,92 6,54 3A 4 S S 19,5 3,40 25,13 7,83 4,30 3A 4 F S 19,0 3,40 25,82 7,83 5,98 3A 5 S CS 20,5 3,60 26,89 7,83 6,73 3A 5 F CS 20,5 3,60 29,79 7,83 5,25 3A 6 S CS 19,0 2,00 30,92 7,91 6,32 3A 6 F CS 19,0 2,00 30,27 7,83 5,48 1D 1 S CS 20,5 2,20 28,07 7,95 7,86 1D 1 F CS 20,5 2,20 29,18 7,96 6,39 1D 2 S CN 20,5 3,45 29,29 7,96 6,82
138
Continuação da Tabela 02.
ESTAÇÃO PROF. SETOR T (ºC)
Secchi (m)
S (%o) pH OD (mg/L)
1D 2 F CN 21,0 3,45 29,18 7,97 7,56 1D 3 S CN 20,0 5,00 29,61 7,83 6,23 1D 3 F CN 20,5 5,00 28,64 7,83 7,66 1D 4 S S 20,0 3,70 25,38 7,83 8,89 1D 4 F S 20,0 3,70 25,82 7,83 6,55 1D 5 S S 20,5 1,90 26,03 7,83 7,33 1D 5 F S 20,5 1,90 26,41 7,83 7,38 1D 6 S CS 20,0 5,15 30,05 7,93 7,53 1D 6 F CS 20,0 5,15 29,72 7,93 6,91 2D 1 S CS 19,0 1,60 30,81 7,82 6,85 2D 1 F CS 19,0 1,60 29,40 7,82 7,37 2D 2 S CS 19,2 1,20 30,05 7,91 6,39 2D 2 F CS 19,0 1,20 30,37 7,82 8,26 2D 3 S CS 19,2 1,20 28,75 7,93 5,98 2D 3 F CS 19,2 1,20 28,85 7,96 7,31 2D 4 S S 19,0 2,00 25,65 7,82 7,69 2D 4 F S 19,0 2,00 26,74 7,81 7,60 2D 5 S S 19,0 2,00 26,79 7,82 7,98 2D 5 F S 18,5 2,00 25,71 7,94 7,52 2D 6 S CS 19,5 1,10 29,99 8,01 6,53 2D 6 F CS 19,2 1,10 29,40 7,99 7,92 3D 1 S CS 19,1 2,90 29,29 7,99 6,82 3D 1 F CS 19,0 2,90 27,32 8,02 7,31 3D 2 S CN 19,0 4,00 28,72 8,04 7,42 3D 2 F CN 19,2 4,00 29,29 7,98 6,36 3D 3 S CN 19,2 4,70 28,85 7,99 7,32 3D 3 F CN 19,9 4,70 28,96 7,96 7,41 3D 4 S S 19,2 1,00 25,82 8,04 7,84 3D 4 F S 19,2 1,00 25,50 8,00 8,91 3D 5 S CS 18,9 2,00 29,04 8,04 7,38 3D 5 F CS 19,1 2,00 29,29 8,11 6,83 3D 6 S CS 19,5 4,60 30,10 8,05 7,92 3D 6 F CS 20,0 4,60 28,82 8,07 8,28 1N 1 S N 18,0 1,30 27,11 7,86 6,54 1N 1 F N 18,5 1,30 26,79 7,83 4,23 1N 2 S N 18,9 1,65 27,00 7,86 3,54 1N 2 F N 18,8 1,65 28,50 7,86 3,08 1N 3 S N 19,0 4,00 28,82 7,86 3,00 1N 3 F N 19,1 4,00 29,04 7,86 2,50 2N 1 S N 20,5 1,50 27,88 7,95 7,55
139
Continuação da Tabela 02.
ESTAÇÃO PROF. SETOR T (ºC)
Secchi (m)
S (%o) pH OD (mg/L)
2N 1 F N 20,5 1,50 28,75 7,94 6,81 2N 2 S N 20,0 4,60 28,61 7,97 7,95 2N 2 F N 20,0 4,60 28,85 7,95 7,50 2N 3 S N 20,2 2,00 29,51 7,97 7,97 2N 3 F N 20,5 2,00 28,75 7,98 7,50 3N 1 S N 19,7 5,00 28,10 8,01 7,81 3N 1 F N 19,0 5,00 30,05 7,83 7,48 3N 2 S N 19,7 4,50 28,75 7,94 7,92 3N 2 F N 19,7 4,50 28,85 7,98 7,17 3N 3 S N 19,7 2,60 27,54 7,94 7,18 3N 3 F N 19,7 2,60 28,50 7,96 8,02
140
Tabela 03. Valores Brutos de nitrato (NO3-), nitrito (NO2-), amônio (NH4+), nitrogênio inorgânico dissolvido (NID), total dissolvido (NTD) e orgânico dissolvido (NOD) na água da Lagoa durante o verão e feriado de Carnaval.
ESTAÇÃO PROF. SETOR NO3 (uM)
NO2 (uM)
NH4 (uM)
NID (uM)
NTD (uM)
NOD (uM)
1A 1 S CS 0,38 0,06 2,93 3,36 8,27 4,90 1A 2 S CN 0,33 0,07 4,17 4,57 11,74 7,17 1A 3 S CN 0,35 0,05 3,66 4,06 11,25 7,18 1A 3 F CN 0,38 0,05 3,23 3,65 7,04 3,39 1A 4 S S 0,27 0,07 3,22 3,56 11,70 8,13 1A 5 S CS 0,45 0,05 3,59 4,08 5,90 1,82 1A 5 F CS 0,24 0,06 2,93 3,23 6,02 2,79 1A 6 S CS 0,20 0,09 2,42 2,71 9,85 7,14 2A 1 S CS 0,43 0,08 2,81 3,32 10,72 7,40 2A 1 F CS 0,32 0,04 3,07 3,42 7,05 3,63 2A 2 S CN 0,10 0,05 2,37 2,52 9,25 6,73 2A 2 F CN 0,14 0,02 2,93 3,08 7,66 4,58 2A 3 S CN 0,35 0,06 2,63 3,04 9,48 6,44 2A 4 S CS 0,11 0,03 2,56 2,70 6,02 3,31 2A 5 S S 0,15 0,05 2,93 3,13 9,42 6,29 2A 6 S S 0,18 0,08 3,46 3,72 6,39 2,67 2A 6 F S 0,12 0,11 3,77 4,00 9,23 5,23 3A 1 S CN 0,17 0,05 3,00 3,22 6,69 3,47 3A 2 S CN 0,21 0,04 4,54 4,79 7,94 3,15 3A 3 S CN 0,07 0,06 2,51 2,64 5,85 3,21 3A 3 F CN 0,15 0,06 2,17 2,38 6,16 3,77 3A 4 S S 0,23 0,03 3,15 3,41 7,24 3,83 3A 4 F S 0,09 0,05 2,50 2,64 9,93 7,29 3A 5 S CS 0,15 0,05 2,53 2,73 6,58 3,85 3A 6 S CS 0,17 0,05 2,39 2,61 14,98 12,37 1D 1 S CN 0,47 0,04 5,97 6,48 10,01 3,53 1D 2 S CN 0,47 0,07 6,07 6,61 7,97 1,37 1D 3 S CS 0,16 0,12 3,85 4,12 9,91 5,79 1D 4 S CS 0,10 0,06 3,12 3,28 7,06 3,78 1D 4 F CS 0,14 0,04 4,69 4,87 7,79 2,93 1D 5 S CS 0,11 0,06 3,30 3,48 11,56 8,08 1D 5 F CS 0,11 0,08 4,08 4,27 5,30 1,02 1D 6 S S 0,43 0,05 5,80 6,28 9,44 3,16 2D 1 S CS 0,30 0,06 3,69 4,05 4,63 0,58 2D 1 F CS 0,18 0,07 6,13 6,39 9,83 3,45 2D 2 S CN 0,08 0,06 3,23 3,36 10,98 7,61 2D 2 F CN 0,00 0,07 3,89 3,96 10,25 6,29 2D 3 S CS 0,13 0,04 5,03 5,19 9,49 4,29 2D 4 S CS 0,22 0,05 4,06 4,33 12,58 8,25
141
Continuação da Tabela 03.
ESTAÇÃO PROF. SETOR NO3 (uM)
NO2 (uM)
NH4 (uM)
NID (uM)
NTD (uM)
NOD (uM)
2D 4 F CS 0,08 0,08 5,48 5,64 8,10 2,47 2D 5 S CS 0,12 0,03 4,20 4,34 8,45 4,11 2D 6 S S 0,28 0,05 2,93 3,27 11,71 8,45 3D 1 S CN 0,26 0,06 4,77 5,08 5,08 0,00 3D 1 F CN 0,08 0,04 4,55 4,67 9,13 4,46 3D 2 S CS 0,12 0,05 4,02 4,19 10,08 5,90 3D 3 S CS 0,41 0,03 3,70 4,15 6,07 1,92 3D 4 S CS 0,09 0,04 2,95 3,08 4,57 1,50 3D 4 F CS 0,07 0,08 4,88 5,03 11,78 6,75 3D 5 S CS 0,29 0,04 3,02 3,36 8,44 5,08 3D 5 F CS 0,09 0,05 4,13 4,27 7,83 3,56 3D 6 S S 0,18 0,03 0,00 0,21 8,26 8,05 1N 1 S N 0,20 0,06 2,75 3,01 11,82 8,82 1N1 F N 1,07 0,05 3,13 4,25 8,24 3,99 1N 2 S N 0,06 0,05 2,93 3,04 7,82 4,78 1N 2 F N 0,10 0,03 2,93 3,06 6,04 2,98 1N 3 S N 0,76 0,04 3,59 4,39 8,88 4,49 2N 1 S N 0,17 0,04 4,17 4,38 10,03 5,66 2N 1 F N 0,14 0,08 11,85 12,07 12,48 0,41 2N 2 S N 0,00 0,06 3,41 3,48 11,30 7,81 2N 2 F N 0,08 0,08 11,57 11,73 16,39 4,66 2N 3 S N 0,12 0,05 4,06 4,23 7,95 3,72 3N 1 S N 0,11 0,07 3,53 3,71 12,27 8,56 3N 2 S N 0,25 0,08 3,24 3,57 5,55 1,99 3N 2 F N 0,20 0,05 3,19 3,43 7,31 3,88 3N 3 S N 0,25 0,08 4,41 4,73 6,58 1,85
142
Tabela 04. Valores brutos de nitrato (NO3-), nitrito (NO2-), amônio (NH4+), nitrogênio inorgânico dissolvido (NID), total dissolvido (NTD) e orgânico dissolvido (NOD) na água da Lagoa durante o inverno e feriado de Corpus Christi.
ESTAÇÃO PROF. SETOR NO3 (uM)
NO2 (uM)
NH4 (uM)
NID (uM)
NTD (uM)
NOD (uM)
1A 1 S CN 0,22 0,07 3,82 4,11 8,31 4,20 1A 1 F CN 0,46 0,14 3,79 4,39 6,32 1,93 1A 2 S CN 0,30 0,07 4,01 4,38 7,16 2,78 1A 2 F CN 0,75 0,17 4,63 5,55 9,48 3,93 1A 3 S CN 0,49 0,09 4,14 4,72 8,98 4,26 1A 3 F CN 0,88 0,07 5,37 6,32 11,17 4,85 1A 4 S S 0,49 0,08 5,74 6,31 6,31 0,00 1A 4 F S 0,53 0,16 3,23 3,93 10,25 6,32 1A 5 S CS 0,49 0,09 3,36 3,95 4,50 0,55 1A 5 F CS 0,33 0,14 2,90 3,36 4,71 1,35 1A 6 S CS 0,30 0,11 6,24 6,65 7,82 1,17 1A 6 F CS 0,45 0,16 3,96 4,57 6,27 1,70 2A 1 S CS 0,51 0,17 4,18 4,86 4,86 0,00 2A 1 F CS 1,86 0,13 3,13 5,13 9,44 4,31 2A 2 S CN 1,28 0,13 3,47 4,88 9,36 4,48 2A 2 F CN 1,24 0,21 3,98 5,43 5,43 0,00 2A 3 S CN 1,09 0,15 3,63 4,87 8,08 3,20 2A 3 F CN 1,20 0,15 4,37 5,71 6,86 1,15 2A 4 S S 5,01 0,18 2,55 7,74 7,74 0,00 2A 4 F S 0,66 0,16 2,50 3,32 3,33 0,01 2A 5 S S 0,60 0,11 3,87 4,58 11,19 6,61 2A 5 F S 2,10 0,42 3,41 5,93 5,93 0,00 2A 6 S CS 2,88 0,15 2,83 5,86 7,33 1,47 2A 6 F CS 1,45 0,32 1,97 3,75 10,08 6,34 3A 1 S CS 1,70 0,17 3,74 5,62 12,84 7,22 3A 1 F CS 0,46 0,15 2,86 3,47 9,57 6,09 3A 2 S CN 3,16 0,19 3,62 6,97 7,20 0,23 3A 2 F CN 0,57 0,09 3,32 3,98 11,73 7,75 3A 3 S CS 1,20 0,22 2,89 4,31 7,31 2,99 3A 3 F CS 2,23 0,32 3,15 5,70 5,70 0,00 3A 4 S S 1,11 0,11 1,27 2,49 15,38 12,89 3A 4 F S 0,93 0,18 1,41 2,52 3,58 1,06 3A 5 S CS 0,96 0,22 1,87 3,05 8,50 5,45 3A 5 F CS 3,12 0,33 2,70 6,15 6,91 0,76 3A 6 S CS 0,70 0,22 2,18 3,10 8,30 5,20 3A 6 F CS 0,54 0,16 2,73 3,43 8,82 5,39 1D 1 S CS 1,33 0,14 3,23 4,70 5,48 0,79 1D 1 F CS 0,58 0,13 4,14 4,86 11,26 6,40
143
Continuação da Tabela 04.
ESTAÇÃO PROF. SETOR NO3 (uM)
NO2 (uM)
NH4 (uM)
NID (uM)
NTD (uM)
NOD (uM)
1D 2 S CN 0,87 0,12 4,33 5,32 6,30 0,98 1D 2 F CN 1,20 0,15 4,13 5,48 5,48 0,00 1D 3 S CN 0,91 0,24 3,83 4,98 8,12 3,14 1D 3 F CN 1,21 0,27 5,10 6,57 8,15 1,58 1D 4 S S 1,08 0,25 1,25 2,58 4,62 2,03 1D 4 F S 0,61 0,10 1,80 2,50 5,42 2,91 1D 5 S S 2,62 0,17 1,76 4,54 10,89 6,35 1D 5 F S 0,63 0,15 1,55 2,33 6,63 4,30 1D 6 S CS 0,69 0,10 2,45 3,25 10,84 7,59 1D 6 F CS 1,30 0,29 2,10 3,69 9,04 5,35 2D 1 S CS 0,47 0,08 4,41 4,97 7,06 2,09 2D 1 F CS 0,48 0,13 4,07 4,68 7,35 2,67 2D 2 S CS 0,50 0,11 5,61 6,22 6,22 0,00 2D 2 F CS 0,56 0,11 3,63 4,30 8,13 3,83 2D 3 S CS 0,87 0,11 3,44 4,41 10,32 5,90 2D 3 F CS 0,50 0,10 4,17 4,76 8,23 3,47 2D 4 S S 0,55 0,09 7,57 8,21 8,48 0,28 2D 4 F S 0,46 0,10 3,61 4,17 8,11 3,93 2D 5 S S 1,36 0,17 5,18 6,70 6,70 0,00 2D 5 F S 1,58 0,26 3,24 5,08 9,22 4,14 2D 6 S CS 0,40 0,06 3,06 3,51 8,26 4,76 2D 6 F CS 0,30 0,07 1,72 2,10 8,90 6,81 3D 1 S CS 0,30 0,13 2,89 3,33 7,21 3,88 3D 1 F CS 0,41 0,09 3,06 3,56 7,40 3,84 3D 2 S CN 0,45 0,06 3,58 4,09 6,25 2,16 3D 2 F CN 0,42 0,10 3,95 4,48 6,11 1,64 3D 3 S CN 0,50 0,08 3,91 4,48 5,32 0,84 3D 3 F CN 0,43 0,08 4,00 4,51 5,40 0,89 3D 4 S S 0,25 0,05 1,36 1,67 7,54 5,87 3D 4 F S 0,24 0,05 1,31 1,60 7,15 5,55 3D 5 S CS 0,24 0,06 1,61 1,91 7,63 5,72 3D 5 F CS 0,35 0,08 1,84 2,27 4,89 2,62 3D 6 S CS 0,31 0,06 1,24 1,60 7,19 5,59 3D 6 F CS 0,17 0,06 1,51 1,73 6,19 4,45 1N 1 S N 1,66 0,14 1,53 3,33 8,13 4,80 1N 1 F N 1,45 0,19 1,14 2,78 5,28 2,50 1N 2 S N 1,11 0,18 1,95 3,24 11,28 8,03 1N 2 F N 0,81 0,24 1,97 3,01 6,65 3,64 1N 3 S N 0,68 0,31 2,47 3,46 11,53 8,08 1N 3 F N 0,58 0,14 3,87 4,59 10,54 5,95 2N 1 S N 1,55 0,07 2,15 3,77 5,77 2,00
144
Continuação da Tabela 04.
ESTAÇÃO PROF. SETOR NO3 (uM)
NO2 (uM)
NH4 (uM)
NID (uM)
NTD (uM)
NOD (uM)
2N 1 F N 1,38 0,12 2,64 4,14 10,51 6,38 2N 2 S N 1,23 0,18 4,28 5,69 11,42 5,73 2N 2 F N 0,67 0,12 4,15 4,94 9,88 4,94 2N 3 S N 1,16 0,09 3,43 4,68 7,02 2,34 2N 3 F N 1,70 0,12 3,74 5,56 5,56 0,00 3N 1 S N 0,43 0,14 3,77 4,34 5,01 0,67 3N 1 F N 0,94 0,11 5,28 6,33 8,37 2,03 3N 2 S N 1,26 0,10 3,84 5,20 9,47 4,27 3N 2 F N 1,08 0,10 4,18 5,36 9,54 4,18 3N 3 S N 0,99 0,24 5,06 6,29 6,29 0,00 3N 3 F N 0,76 0,13 3,89 4,77 9,70 4,93
145
Tabela 05. Valores brutos de fósforo inorgânico (PID), total (PTD) e orgânico dissolvido (POD), razão N:P e poli-fosfato (poli-PO43-) na água da Lagoa durante o verão e feriado de Carnaval.
ESTAÇÃO PROF. SETOR PID (uM)
PTD (uM)
POD (uM)
N:P Poli-PO4 (uM)
1A 1 S CS 0,47 0,76 0,28 7,10 0,02 1A 2 S CN 0,34 0,99 0,65 9,67 0,68 1A 3 S CN 0,44 0,58 0,14 9,18 0,06 1A 3 F CN 0,72 1,03 0,30 5,64 0,68 1A 4 S S 0,34 0,52 0,18 8,12 0,33 1A 5 S CS 0,16 0,30 0,14 23,77 1,62 1A 5 F CS 0,48 1,04 0,57 9,40 0,13 1A 6 S CS 0,13 0,76 0,63 26,65 0,18 2A 1 S CS 0,20 0,35 0,15 16,70 0,44 2A 1 F CS 0,12 0,27 0,15 28,75 0,25 2A 2 S CN 0,10 0,33 0,22 24,20 0,32 2A 2 F CN 0,24 0,37 0,13 12,84 0,22 2A 3 S CN 0,12 0,47 0,35 24,97 0,02 2A 4 S CS 0,07 0,36 0,29 37,72 0,37 2A 5 S S 0,10 0,41 0,31 31,62 0,79 2A 6 S S 0,10 0,27 0,17 37,00 1,33 2A 6 F S 0,21 0,39 0,18 19,21 0,35 3A 1 S CN 0,12 0,34 0,22 27,48 0,29 3A 2 S CN 0,13 0,54 0,41 36,67 0,53 3A 3 S CN 0,21 0,36 0,15 12,54 0,27 3A 3 F CN 0,12 0,24 0,12 19,55 0,35 3A 4 S S 0,38 0,42 0,04 9,01 0,02 3A 4 F S 0,23 0,33 0,10 11,56 0,10 3A 5 S CS 0,18 0,50 0,31 14,86 0,26 3A 6 S CS 0,12 0,12 0,00 21,38 0,35 1D 1 S CN 0,07 0,20 0,13 90,45 0,25 1D 2 S CS 0,16 0,36 0,20 42,26 0,07 1D 3 S CS 0,05 0,24 0,18 76,96 0,24 1D 4 S CS 0,14 0,33 0,19 23,81 0,57 1D 4 F CS 0,19 0,60 0,40 25,14 0,48 1D 5 S CS 0,44 0,49 0,05 7,89 0,28 1D 5 F CS 0,44 0,64 0,19 9,70 0,54 1D 6 S S 0,09 0,12 0,03 72,61 0,93 2D 1 S CS 0,11 0,48 0,37 37,49 1,10 2D 1 F CN 0,14 0,28 0,15 47,19 0,43 2D 2 S CN 0,12 0,41 0,29 28,24 0,26 2D 2 F CN 0,14 0,23 0,09 28,45 0,40 2D 3 S CS 0,14 0,30 0,16 37,71 0,27 2D 4 S CS 0,12 0,47 0,35 36,32 0,05
146
Continuação da Tabela 05.
ESTAÇÃO PROF. SETOR PID (uM)
PTD (uM)
POD (uM)
N:P Poli-PO4 (uM)
2D 4 F CS 0,19 0,27 0,08 29,14 0,24 2D 5 S CS 0,15 0,47 0,32 29,53 0,36 2D 6 S S 0,29 0,33 0,04 11,27 0,20 3D 1 S CN 0,14 0,33 0,18 44,70 0,50 3D 1 F CN 0,11 0,20 0,09 42,53 0,03 3D 2 S CS 0,24 0,24 0,01 17,68 0,07 3D 3 S CS 0,09 0,24 0,14 45,48 0,38 3D 4 S CS 0,23 0,59 0,36 13,49 0,00 3D 4 F CS 0,29 0,33 0,04 17,33 0,30 3D 5 S CS 0,27 0,27 0,00 12,36 0,07 3D 5 F CS 0,14 0,45 0,32 31,54 0,46 3D 6 S S 0,17 0,43 0,27 1,28 0,95 1N 1 S N 0,31 0,31 0,00 9,76 0,11 1N1 F N 0,09 0,30 0,21 47,32 0,65 1N 2 S N 0,18 0,19 0,01 16,53 0,22 1N 2 F N 0,07 0,36 0,29 42,08 0,11 1N 3 S N 0,12 0,53 0,41 37,47 0,35 2N 1 S N 0,14 0,71 0,57 32,35 0,32 2N 1 F N 0,33 0,34 0,01 36,23 0,27 2N 2 S N 0,27 0,28 0,01 12,79 0,27 2N 2 F N 0,16 0,33 0,17 74,57 0,10 2N 3 S N 0,11 0,57 0,46 38,49 0,11 3N 1 S N 0,11 0,45 0,34 33,77 0,27 3N 2 S N 0,20 0,80 0,60 17,69 0,22 3N 2 F N 0,10 0,74 0,64 34,16 0,03 3N 3 S N 0,06 0,33 0,26 74,69 0,08
147
Tabela 06. Valores brutos de fósforo inorgânico (PID), total (PTD) e orgânico dissolvido (POD) e razão N:P na água da Lagoa durante o inverno e feriado de Corpus Christi.
ESTAÇÃO PROF. SETOR PID
(uM) PTD (uM)
POD (uM)
N:P
1A 1 S CN 0,09 0,33 0,24 45,07 1A 1 F CN 0,19 0,31 0,13 23,63 1A 2 S CN 0,10 0,31 0,21 43,52 1A 2 F CN 0,19 0,27 0,08 29,35 1A 3 S CN 0,08 0,29 0,20 57,55 1A 3 F CN 0,07 0,42 0,34 85,89 1A 4 S S 0,16 0,43 0,28 39,44 1A 4 F S 0,14 0,36 0,22 28,07 1A 5 S CS 0,12 0,20 0,09 33,94 1A 5 F CS 0,26 0,28 0,02 13,01 1A 6 S CS 0,15 0,51 0,36 45,03 1A 6 F CS 0,19 0,29 0,10 24,62 2A 1 S CS 0,19 0,41 0,22 25,74 2A 1 F CS 4,59 4,86 0,27 1,12 2A 2 S CN 0,28 0,29 0,01 17,44 2A 2 F CN 0,16 0,31 0,15 33,55 2A 3 S CN 0,99 1,09 0,10 4,90 2A 3 F CN 1,06 1,07 0,01 5,38 2A 4 S S 6,51 6,54 0,03 1,19 2A 4 F S 0,22 0,26 0,05 15,09 2A 5 S S 0,62 0,68 0,06 7,39 2A 5 F S 0,69 0,72 0,03 8,59 2A 6 S CS 2,62 2,73 0,11 2,24 2A 6 F CS 0,43 0,44 0,01 8,81 3A 1 S CS 1,15 1,15 0,00 4,88 3A 1 F CS 0,14 0,52 0,38 25,22 3A 2 S CN 0,24 0,67 0,43 28,61 3A 2 F CN 0,12 2,18 2,06 34,21 3A 3 S CS 1,29 1,70 0,41 3,34 3A 3 F CS 1,40 1,40 0,00 4,06 3A 4 S S 0,17 13,05 12,87 14,65 3A 4 F S 5,00 5,00 0,00 0,50 3A 5 S CS 0,39 0,40 0,01 7,66 3A 5 F CS 0,73 0,74 0,01 8,38 3A 6 S CS 0,39 0,41 0,02 7,62 3A 6 F CS 0,21 0,33 0,12 16,57 1D 1 S CS 0,18 0,25 0,07 26,10 1D 1 F CS 0,10 0,32 0,22 49,53 1D 2 S CN 0,14 0,36 0,21 37,06
148
Continuação da Tabela 06.
ESTAÇÃO PROF. SETOR PID (uM)
PTD (uM)
POD (uM)
N:P
1D 2 F CN 0,09 1,58 1,49 61,54 1D 3 S CN 0,26 0,30 0,04 19,04 1D 3 F CN 0,62 0,62 0,01 10,67 1D 4 S S 0,37 0,37 0,00 6,97 1D 4 F S 0,17 0,27 0,10 14,70 1D 5 S S 0,19 0,28 0,10 23,89 1D 5 F S 0,13 0,51 0,38 17,92 1D 6 S CS 0,15 0,56 0,42 22,10 1D 6 F CS 1,11 1,11 0,00 3,34 2D 1 S CS 0,08 0,36 0,28 60,62 2D 1 F CS 0,11 0,32 0,21 42,57 2D 2 S CS 0,10 0,30 0,20 61,90 2D 2 F CS 0,08 0,35 0,27 52,49 2D 3 S CS 0,10 0,41 0,31 43,90 2D 3 F CS 0,08 0,38 0,30 58,15 2D 4 S S 0,16 0,50 0,34 51,31 2D 4 F S 0,12 0,29 0,17 34,75 2D 5 S S 0,14 0,44 0,30 47,86 2D 5 F S 0,19 0,41 0,22 26,74 2D 6 S CS 0,15 0,48 0,33 23,87 2D 6 F CS 0,16 0,52 0,36 13,42 3D 1 S CS 0,09 0,44 0,35 38,28 3D 1 F CS 0,15 0,37 0,23 24,22 3D 2 S CN 0,09 0,34 0,25 44,86 3D 2 F CN 0,15 0,36 0,22 30,45 3D 3 S CN 0,14 0,45 0,32 32,53 3D 3 F CN 0,09 0,49 0,40 49,46 3D 4 S S 0,09 0,29 0,20 18,56 3D 4 F S 0,07 0,24 0,17 5,93 3D 5 S CS 0,08 0,82 0,74 23,07 3D 5 F CS 0,13 0,48 0,35 17,67 3D 6 S CS 0,14 0,49 0,35 11,62 3D 6 F CS 0,07 0,41 0,34 23,84 1N 1 S N 0,15 0,31 0,16 22,64 1N 1 F N 0,19 0,27 0,08 14,73 1N 2 S N 0,21 0,31 0,10 15,66 1N 2 F N 0,49 0,50 0,01 5,74 1N 3 S N 0,52 0,52 0,00 6,69 1N 3 F N 0,34 0,50 0,16 13,36 2N 1 S N 0,15 0,36 0,21 25,64 2N 1 F N 0,07 0,24 0,17 58,41
149
Continuação da Tabela 06.
ESTAÇÃO PROF. SETOR PID (uM)
PTD (uM)
POD (uM)
N:P
2N 2 S N 0,16 0,17 0,01 35,16 2N 2 F N 0,16 0,41 0,25 31,59 2N 3 S N 0,15 0,26 0,11 31,80 2N 3 F N 0,13 0,32 0,19 43,31 3N 1 S N 0,11 0,19 0,09 40,50 3N 1 F N 0,13 0,38 0,25 49,31 3N 2 S N 0,17 0,40 0,24 31,38 3N 2 F N 0,28 0,59 0,31 19,34 3N 3 S N 0,44 0,45 0,00 14,15 3N 3 F N 0,06 0,17 0,11 77,34
150
Tabela 07. Valores brutos de clorofila-a (CLORO-A), feofitina-a (FEO-A) e sulfeto (H2S) na água da Lagoa durante o verão e feriado de Carnaval.
ESTAÇÃO PROF. SETOR CLORO-A
(ug/L) FEO-A (ug/L)
H2S (uM)
1A 1 S CS 0,20 4,00 1,17 1A 2 S CN 2,33 1,65 1,22 1A 3 S CN 13,45 0,00 1,18 1A 3 F CN 9,10 2,40 1,18 1A 4 S S 5,02 7,13 1,31 1A 5 S CS 3,03 1,83 1,34 1A 5 F CS 12,27 0,00 1,21 1A 6 S CS 3,26 2,39 1,20 2A 1 S CS 4,14 3,45 1,06 2A 1 F CS 18,39 0,00 1,19 2A 2 S CN 3,36 7,41 1,22 2A 2 F CN 6,87 2,36 1,33 2A 3 S CN 6,44 2,00 1,26 2A 4 S CS 3,13 1,62 1,14 2A 5 S S 4,03 3,28 1,16 2A 6 S S 9,79 6,57 1,30 2A 6 F S 6,34 6,08 1,18 3A 1 S CN 6,95 1,64 1,11 3A 2 S CN 1,55 1,91 1,31 3A 3 S CN 2,29 1,88 1,27 3A 3 F CN 6,41 4,11 1,20 3A 4 S S 1,88 4,12 1,15 3A 4 F S 3,04 3,99 1,30 3A 5 S CS 12,09 13,27 1,20 3A 6 S CS 4,53 2,45 1,26 1D 1 S CN 2,05 0,00 1,34 1D 2 S CN 2,60 0,00 1,51 1D 3 S CS 2,60 0,42 1,87 1D 4 S CS 4,70 0,11 1,28 1D 4 F CS 6,21 1,40 1,58 1D 5 S CS 3,97 0,43 1,67 1D 5 F CS 8,75 43,89 34,00 1D 6 S S 3,24 0,75 1,63 2D 1 S CS 2,72 0,37 1,65 2D 1 F CS 3,10 0,28 1,62 2D 2 S CN 4,01 0,48 1,41 2D 2 F CN 3,04 0,59 1,34 2D 3 S CS 2,67 0,61 1,46 2D 4 S CS 2,90 0,30 1,39 2D 4 F CS 19,53 31,11 34,00
151
Continuação da Tabela 07.
ESTAÇÃO PROF. SETOR CLORO-A (ug/L)
FEO-A (ug/L)
H2S (uM)
2D 5 S CS 2,47 0,32 1,44 2D 6 S S 3,22 0,31 1,39 3D 1 S CN 2,79 1,39 1,75 3D 1 F CN 4,06 0,10 1,49 3D 2 S CS 2,26 0,17 1,53 3D 3 S CS 2,67 0,04 1,39 3D 4 S CS 2,79 0,16 1,36 3D 4 F CS 32,42 69,97 1,98 3D 5 S CS 2,33 0,57 1,53 3D 5 F CS 6,95 3,18 1,33 3D 6 S S 4,12 1,01 1,49 1N 1 S N 5,76 0,00 1,25 1N1 F N 9,88 0,35 1,38 1N 2 S N 5,64 0,02 1,27 1N 2 F N 11,45 0,87 1,36 1N 3 S N 12,09 0,00 1,45 2N 1 S N 4,95 0,72 1,53 2N 1 F N 4,90 0,77 1,33 2N 2 S N 4,29 0,84 1,44 2N 2 F N 2,78 0,55 1,22 2N 3 S N 3,76 0,68 1,30 3N 1 S N 34,95 2,37 1,52 3N 2 S N 4,72 0,31 1,72 3N 2 F N 5,71 0,36 1,43 3N 3 S N 3,47 0,18 1,45
152
Tabela 08. Valores brutos de clorofila-a (CLORO-A), feofitina-a (FEO-A) e sulfeto (H2S) na água da Lagoa durante o inverno e feriado de Corpus Christi.
ESTAÇÃO PROF. SETOR CLORO-A (ug/L)
FEO-A (ug/L)
H2S (uM)
1A 1 S CN 2,10 0,00 2,96 1A 1 F CN 2,12 0,40 3,24 1A 2 S CN 2,43 0,00 2,79 1A 2 F CN 2,00 1,58 2,92 1A 3 S CN 1,12 0,00 2,86 1A 3 F CN 1,13 0,26 2,78 1A 4 S S 9,83 0,00 3,08 1A 4 F S 8,52 0,01 3,03 1A 5 S CS 2,47 0,23 3,17 1A 5 F CS 1,33 0,73 3,09 1A 6 S CS 1,55 0,16 2,78 1A 6 F CS 5,91 1,66 3,02 2A 1 S CS 2,63 0,17 3,24 2A 1 F CS 2,72 0,43 2,79 2A 2 S CN 1,99 0,46 3,17 2A 2 F CN 2,55 0,48 3,13 2A 3 S CN 1,40 0,02 2,97 2A 3 F CN 3,19 0,18 3,14 2A 4 S S 6,21 0,43 3,15 2A 4 F S 5,85 0,52 3,11 2A 5 S S 9,92 0,18 2,96 2A 5 F S 12,52 0,80 3,04 2A 6 S CS 5,26 0,00 2,78 2A 6 F CS 3,52 0,70 2,90 3A 1 S CS 2,71 0,32 2,67 3A 1 F CS 4,27 0,41 2,49 3A 2 S CN 1,90 0,19 2,71 3A 2 F CN 3,12 0,74 2,74 3A 3 S CS 1,16 0,10 2,81 3A 3 F CS 2,15 0,00 2,46 3A 4 S S 2,23 0,00 2,67 3A 4 F S 4,09 0,72 2,50 3A 5 S CS 3,17 1,04 2,48 3A 5 F CS 3,40 1,08 2,70 3A 6 S CS 3,15 0,59 2,78 3A 6 F CS 3,38 1,30 2,86 1D 1 S CS 1,67 0,01 2,32 1D 1 F CS 1,71 0,09 2,38 1D 2 S CN 1,62 0,01 2,32 1D 2 F CN 4,81 0,67 2,63
153
Continuação da Tabela 08.
ESTAÇÃO PROF. SETOR CLORO-A (ug/L)
FEO-A (ug/L)
H2S (uM)
1D 3 S CN 2,20 0,08 2,14 1D 3 F CN 3,63 0,00 2,46 1D 4 S S 8,19 0,40 2,61 1D 4 S 7,39
S 3,82
2,70
3,32
3D 5 CS
0,00
F 0,40 2,82 1D 5 S S 7,49 0,04 2,53 1D 5 F S 6,16 0,00 2,45 1D 6 CS 2,03 0,00 2,12 1D 6 F CS 0,96 2,55 2D 1 S CS 1,48 0,00 2D 1 F CS 2,30 0,01 2,76 2D 2 S CS 1,23 0,24 3,06 2D 2 F CS 1,74 0,09 2,94 2D 3 S CS 1,41 0,13 2,79 2D 3 F CS 1,10 0,02 3,31 2D 4 S S 5,00 0,00 2,72 2D 4 F S 4,79 0,85 3,07 2D 5 S S 8,85 0,00 2,36 2D 5 F S 10,30 0,94 2,37 2D 6 S CS 5,22 0,00 2,98 2D 6 F CS 4,56 0,01 2,98 3D 1 S CS 3,20 0,01 2,60 3D 1 F CS 2,95 0,78 2,80 3D 2 S CN 2,78 0,00 3,08 3D 2 F CN 2,31 0,00 3,41 3D 3 S CN 2,00 0,20 2,65 3D 3 F CN 2,84 0,17 2,92 3D 4 S S 4,56 0,01 3D 4 F S 7,30 0,00 2,95
S CS 4,01 0,49 2,94 3D 5 F 3,67 0,11 2,83 3D 6 S CS 7,16 3,10 3D 6 F CS 7,53 0,00 3,04 1N 1 S N 2,33 0,69 2,75 1N 1 F N 3,12 0,80 2,87 1N 2 S N 2,56 0,25 3,09 1N 2 F N 3,36 0,60 2,82 1N 3 S N 2,60 0,37 2,86 1N 3 F N 3,16 0,07 2,70 2N 1 S N 1,66 0,07 2,93 2N 1 F N 1,99 0,33 3,26 2N 2 S N 1,98 0,00 3,40
154
Continuação da Tabela 08.
ESTAÇÃO PROF. SETOR CLORO-A (ug/L)
FEO-A (ug/L)
H2S (uM)
2N 2 F N 3,08 0,38 2,90 2N 3 S N 2,03 0,00 2,96 2N 3 F N 2,40 0,00 2,99 3N 1 S N 2,10 0,01 2,90 3N 1 F N 5,71 0,00 3,40 3N 2 S N 2,21 0,16 3,29 3N 2 F N 3,64 0,22 2,91 3N 3 S N 1,98 0,01 2,92 3N 3 F N 4,43 0,19 3,08
155
Tabela 09. Valores (médias, desvio padrão, mínimo e máximo) de Temperatura (T), Salinidade (S), pH e Oxigênio Dissolvido (OD) nos quatro setores da Lagoa da Conceição (S - Sul, CS - Centro-Sul, CN - Centro-Norte, N - Norte) e em dois estratos de água (S - superfície, F - fundo) durante o verão.
SETORES T
(ºC) S
(%o) pH OD
(mg/L) SUL S Média 28,0 24,05 8,04 6,94
Desv Pad 0,9 1,91 0,23 1,00 Min 26,2 22,65 7,63 6,03 Máx 29,0 28,21 8,32 7,89 N = 7
SUL F Média 28,1 27,04 7,86 4,59 Desv Pad 1,3 5,09 0,29 0,12 Min 27,2 23,45 7,66 4,36 Máx 29,0 30,64 8,07 4,83 N = 2
CS S Média 27,6 27,64 8,14 7,22 Desv Pad 0,6 1,85 0,23 1,66 Min 26,5 22,32 7,45 3,68 Máx 28,9 30,41 8,38 10,36 N = 18
CS F Média 28,1 31,66 7,49 4,34 Desv Pad 0,5 2,72 0,67 4,25 Min 27,0 27,13 6,07 n.d. Máx 29,0 34,32 8,24 13,26 N = 8
CN S Média 26,3 26,81 8,13 6,21 Desv Pad 1,8 1,44 0,13 2,05
Min 21,9 25,03 7,95 3,74 Máx 28,5 29,45 8,27 8,29
27,2 N = 11
CN F Média 27,99 7,80 8,08 Desv Pad 1,6 0,54 0,86 2,59 Min 24,5 27,30 6,27 4,92 Máx 28,6 28,49 8,30 11,48 N = 5
NORTE S Média 28,0 26,76 8,09 6,10 Desv Pad 1,2 0,98 0,10 1,96 Min 26,5 24,92 7,90 3,55 Máx 29,9 27,87 8,19 10,79 N = 9
NORTE F Média 27,8 27,65 7,76 4,49 Desv Pad 0,5 1,35 0,48 2,76 Min 27,0 25,37 6,92 1,16 Máx 28,2 28,89 8,11 7,20 N = 5
n.d.= não detectado pelo método
156
Tabela 10. Valores (médias, desvio padrão, mínimo e máximo) de Temperatura (T), Salinidade (S), pH e Oxigênio Dissolvido (OD) nos quatro setores da Lagoa da Conceição (S - Sul, CS - Centro-Sul, CN - Centro-Norte, N - Norte) e em dois estratos de água (S - superfície, F - fundo) durante o inverno.
SETORES T (ºC)
S (%o)
pH OD (mg/L)
SUL S Média 19,1 25,62 7,92 6,45 Desv Pad 0,8 0,70 0,11 1,96 Min 18,0 24,54 7,82 3,31 Máx 20,5 26,79 8,06 8,89 N=9
SUL F Média 19,0 26,04 7,90 6,89 Desv Pad 0,9 0,44 0,09 1,15 Min 17,5 25,50 7,81 4,93 Máx 20,5 26,74 8,03 8,91 N=9
CS S Média 19,2 29,29 7,95 6,31 Desv Pad 0,8 1,17 0,08 1,13 Min 18,0 26,89 7,82 4,05 Máx 20,5 30,92 8,05 7,92 N=17
CS F Média 19,1 29,38 7,95 6,50 Desv Pad 0,9 0,67 0,09 1,37 Min 17,5 27,32 7,82 3,89 Máx 20,5 30,37 8,11 8,28 N=17
CN S Média 18,8 28,93 7,97 6,33 Desv Pad
N=10
19,5 28,15 7,93
1,3 0,53 0,08 1,06 Min 17,2 28,07 7,83 4,75 Máx 20,5 29,61 8,04 7,86 N=10
CN F Média 18,9 29,00 7,96 6,16 Desv Pad 1,5 0,48 0,07 1,35 Min 17,0 28,18 7,83 3,98
Máx 21,0 29,94 8,03 7,66
NORTE S Média 6,61 Desv Pad 0,8 0,85
7,86
Min
0,06 1,95 Min 18,0 27,00 3,00 Máx 20,5 29,51 8,01 7,97 N=9
NORTE F Média 19,5 28,68 7,91 6,03 Desv Pad 0,7 0,85 0,07 2,14 18,5 26,79 7,83 2,50 Max 20,5 30,05 7,98 8,02 N=9
157
Tabela 11. Valores de nitrato (NO3-), nitrito (NO2
-), amônio (NH4+), Nitrogênio
Inorgânico Dissolvido (NID), Nitrogênio Total Dissolvido (NTD), Nitrogênio Orgânico Dissolvido (NOD) durante o verão.
SETORES
(uM) NO3 (uM)
NO2 (uM)
NH4 NID (uM)
NTD (uM)
NOD (uM)
SUL SUP Média 0,25 0,05 3,07 3,26 9,06 5,80 Desv Pad 0,09 0,02 1,69 1,77 1,91 2,53 Min 0,15 0,03 n.d. 0,21 6,39 2,67 Máx 0,43 0,08 5,80 6,28
11,71 8,45 N = 7
SUL FUN Média 0,10 0,08 3,13 3,32 9,58 6,26 Desv Pad 0,02 0,04 0,90 0,96 0,49 1,46 Min 0,09 0,05 2,50 2,64 9,23 5,23
Máx 0,12 0,11 3,77 4,00 9,93 7,29 N = 2
CS SUP Média 0,22 0,05 3,34 3,64 8,64 5,00 Desv Pad 0,13 0,02 0,72 0,68 2,86 2,92 Min 0,09 0,03 2,39
N = 8 0,26 0,05 4,03
2,61 4,57 0,58 Máx 0,45 0,12 5,03 5,19 14,98 12,37 N = 18
CS FUN Média 0,15 0,06 4,59 4,80 8,12 3,32 Desv Pad 0,09 0,02 1,11 0,91 1,94 1,62 Min 0,07 0,04 2,93 3,42 5,30 1,02 Máx 0,32 0,08 6,13 6,39 11,78 6,75
CN SUP Média 4,22 8,63 4,41 Desv Pad 0,15 0,01
4,50
0,21 0,06 3,56
1,47 1,60 2,09 2,61 Min 0,07 0,04 2,37 2,52 5,08 0,00 Máx 0,47 0,07 6,15 6,61 11,18 7,61 N = 11
CN FUN Média 0,15 0,05 3,35 3,55 8,05 Desv Pad 0,14 0,02 0,91 0,90 1,57 1,11 Min n.d. 0,02 2,17 2,38 6,16 3,39 Máx 0,38 0,07 4,55 4,67 10,21 6,29 N = 5
NORTE SUP Média 3,84 9,13 5,29 Desv Pad 0,22 0,02 0,56 0,62 2,37 2,64 Min n.d. 0,04 2,75 3,01 5,55 1,85 Máx 0,76 0,08 4,41 4,73 12,27 8,82 N = 9
4,73 0,03
NORTE FUN Média 0,32 0,06 6,53 6,91 10,09 3,18
Desv Pad 0,42 0,02 4,58 4,27 1,66 Min 0,08 2,93 3,06 6,04 0,41 Máx 1,07 0,08 11,85 12,07 16,39 4,66 N = 5
n.d.= não detectado pelo método
158
Tabela 12. Valores de nitrato (NO3-), nitrito (NO2
-), amônio (NH4+), Nitrogênio
Inorgânico Dissolvido (NID), Nitrogênio Total Dissolvido (NTD), Nitrogênio Orgânico Dissolvido (NOD) durante a campanha de inverno.
SETORES NO3
- (uM)
NO2-
(uM) NH4
+
(uM) NID (uM)
NTD (uM)
NOD (uM)
SUL SUP Média 1,45 0,13 3,39 4,98 8,76 3,78
2,45
Desv Pad 1,51 0,06 2,32 2,40 3,25 4,47 Min 0,25 0,05 1,25 1,67 4,62 n.d. Máx 5,01 0,25 7,57 8,21 15,38 12,89 N=9
SUL FUN Média 0,86 0,17 3,49 6,62 3,13 Desv Pad 0,60 0,11 0,94 1,41 2,36 2,32 Min 0,24 0,05 1,31 1,60 3,33 n.d. Máx 2,10 0,42 3,61 5,93 10,25 6,32 N=9
CS SUP Média 0,82 0,13 3,25 4,19 7,75 3,56 Desv Pad 0,67 0,06 1,32 1,43 2,11 2,58 Min 0,24 0,06 1,24 1,60 4,50 n.d. Máx 2,88 0,22 6,24 6,65 12,84 7,59 N=17
2,92
CS FUN Média 0,89 0,16 3,97 7,82 3,85 Desv Pad 0,83 0,09 0,88 1,23 1,86 2,09 Min 0,17 0,06 1,51 1,73 4,71 n.d. Máx 3,12 0,33 4,17 6,15 11,26 6,81 N=17
CN SUP Média 0,93 0,12 3,83 4,88 7,51 2,63
4,26
0,06 0,87 2,41
Média
Desv Pad 0,86 0,06 0,27 0,83 1,29 1,53 Min 0,22 0,06 3,47 4,09 5,32 0,23 Máx 3,16 0,24 4,33 6,97 9,36 4,48 N=10
CN FUN Média 0,83 0,14 5,24 7,61 2,37 Desv Pad 0,35 0,62 2,45 Min 0,42 0,07 3,32 3,98 5,40 n.d. Máx 1,24 0,27 5,37 6,57 11,73 7,75
N=10 NORTE SUP 1,12 0,16 3,16 4,44 8,44 4,00
Desv Pad 0,36 0,08 0,84
0,78 1,58 2,87 Min 0,43 0,07 1,53 3,24 5,01 n.d. Máx 1,66 0,31 5,06 6,29 11,53 8,08 N=9
NORTE FUN Média 1,04 0,14 3,43 4,61 8,45 3,84 Desv Pad 0,39 0,04 1,28 1,16 2,09 2,04 Min 0,58 0,10 1,14 2,78 5,28 n.d. Max 1,70 0,24 5,28 6,33 10,54 6,38
N=9 n.d.= não detectado pelo método
159
Tabela 13. Valores de Fósforo Inorgânico (PID), Fósforo Orgânico (POD) , Fósforo Total (PTD), Dissolvidos e Polifosfatos (Poli-PO ) no verão. 4
3-
SETORES PID (uM)
POD (uM)
PTD (uM)
Poli-PO (uM)
43-
SUL SUP Média 0,21 0,15 0,36 0,65 Desv Pad 0,13 0,11 0,13 0,47 Min 0,09 0,03 0,12 0,02 Máx 0,38 0,31 0,52 1,33 N = 7
SUL FUN Média 0,22 0,14 0,36 0,23 Desv Pad 0,01 0,06 0,04 0,18 Min 0,21 0,10 0,33 0,10 Máx 0,23 0,18 0,39 0,35 N = 2
CS SUP Média 0,18 0,22 0,40 0,36 Desv Pad 0,11 0,16 0,18 0,41 Min 0,05 n.d. 0,07 n.d. Máx 0,47 0,63 0,76 1,62 N = 18
CS FUN Média 0,25 0,24 0,49 0,35 Desv Pad 0,14 0,18 0,27 0,14 Min 0,12 0,04 0,27 0,13 Máx 0,48 0,57 1,04 0,54 N = 8
CN SUP Média 0,18 0,27 0,44 0,30 Desv Pad 0,11 0,15 0,21 0,21 Min 0,07 0,13 0,20 0,02 Máx 0,44 0,65 0,99 0,68 N = 11
CN FUN Média 0,27 0,15 0,41 0,41 Desv Pad 0,26 0,09 0,35 0,20 Min 0,11 0,09 0,20 0,22 Máx 0,72 0,30 1,03 0,68 N = 5
NORTE SUP Média 0,17 0,30 0,46 0,16 Desv Pad 0,08 0,24 0,21 0,08 Min 0,06 n.d. 0,19 0,08 Máx 0,31 0,60 0,80 0,27 N = 9
NORTE FUN Média 0,15 0,27 0,42 0,26 Desv Pad 0,11 0,23 0,19 0,34 Min 0,07 0,01 0,30 0,03 Máx 0,33 0,64 0,74 0,65 N = 5
n.d.= não detectado pelo método
160
Tabela 14. Valores de Fósforo Inorgânico (PID), Fósforo Orgânico (POD), Fósforo Total (PTD) Dissolvidos no inverno.
SETORES PID (uM)
POD (uM)
PTD (uM)
SUL SUP Média 0,93 1,58 2,51 Desv Pad 2,10 4,24 4,44 Min 0,09 n.d. 0,28 Máx 6,51 12,87 13,05 N=9
SUL FUN Média 0,75 0,15 0,90 Desv Pad 1,62 0,12 1,55 Min 0,07 n.d. 0,24 Máx 5,05 0,38 5,00 N=9
CS SUP Média 0,43 0,25 0,68 Desv Pad 0,67 0,19 0,64 Min 0,08 n.d. 0,20 Máx 2,62 0,74 2,73 N=17
CS FUN Média 0,58 0,19 0,77 Desv Pad 1,10 0,14 1,10 Min 0,07 n.d. 0,28 Máx 4,59 0,38 4,86 N=17
CN SUP Média 0,24 0,20 0,44 Desv Pad 0,27 0,13 0,25 Min 0,08 0,01 0,29 Máx 0,99 0,43 1,09 N=10
CN FUN Média 0,27 0,49 0,76 Desv Pad 0,32 0,70 0,65 Min 0,07 0,01 0,27 Máx 1,06 2,06 2,18 N=10
NORTE SUP Média 0,23 0,10 0,33 Desv Pad 0,15 0,09 0,10 Min 0,11 n.d. 0,14 Máx 0,52 0,24 0,47 N=9
NORTE FUN Média 0,21 0,17 0,38 Desv Pad 0,15 0,10 0,13 Min 0,06 0,01 0,17 Max 0,53 0,31 0,59 N=9
n.d.= não detectado pelo método
161
Tabela 15. Valores de clorofila-a (Cloro-a), feofitina-a (Feo-a), razão N:P e sulfetos totais (H2S) durante a campanha de verão.
SETORES Cloro-a (ug/L)
Feo-a (ug/L)
N:P H2S (uM)
SUL SUP Média 4,47 3,24 24,41 1,33 Desv Pad 1,51 2,70 24,98 0,19 Min 1,88 0,31 1,28 1,15 Máx 9,79 7,13 72,61 1,63 N = 7
SUL FUN Média 4,69 5,23 15,39 1,30 Desv Pad 0,82 0,53 5,41 0,00 Min 3,04 3,99 11,56 1,30 Máx 6,34 6,08 19,21 1,30 N = 2
CS SUP Média 3,47 1,81 27,05 1,39 Desv Pad 2,37 3,11 16,84 0,21 Min 0,20 0,04 7,10 1,06 Máx 12,09 13,27 76,96 1,87 N = 18
CS FUN Média 13,45 18,73 24,77 9,86 Desv Pad 9,61 26,71 12,55 15,05 Min 3,10 n.d. 9,40 1,19 Máx 32,42 69,97 47,19 >34,00 N = 8
CN SUP Média 4,35 1,67 31,85 1,33 Desv Pad 3,49 2,07 22,91 0,18 Min 1,55 n.d. 9,18 1,11 Máx 13,45 7,41 90,45 1,75 N = 11
CN FUN Média 5,90 1,91 21,80 1,31 Desv Pad
5,64
Média 8,85
2,40 1,60 14,32 0,13 Min 3,04 0,10 1,18 Máx 9,10 4,11 42,53 1,49 N = 5
NORTE SUP 0,57 30,39 1,44 Desv Pad 10,12 0,75
16,32
19,94 0,15 Min 3,47 n.d. 9,76 1,25 Máx 34,95 2,37 74,69 1,72 N = 9
NORTE FUN Média 6,94 0,58 46,87 1,35 Desv Pad 3,61 0,24 0,08 Min 2,78 0,35 34,16 1,22 Máx 11,45 0,87 74,57 1,43 N = 5
n.d.= não detectado pelo método
162
Tabela 16. Valores de clorofila-a (Cloro-a), feofitina-a (Feo-a), razão N:P e sulfetos totais (H2S) durante a campanha de inverno.
SETORES Cloro-a (ug/L)
Feo-a (ug/L)
N:P H2S (uM)
SUL SUP Média 6,92 0,12 23,76 2,82 Desv Pad 2,62 0,18 13,18 0,32 Min 2,23 n.d. 1,19 2,36 Máx 9,92 0,43 51,31 3,32 N=9
SUL FUN Média 7,44 0,47 16,92 2,81 Desv Pad 2,68 0,39 7,94 0,30 Min 4,09
34,75 0,00 0,50 2,37
Máx 12,52 0,94 3,11 N=9
CS SUP Média 2,91 0,21 25,99 2,78 Desv Pad
n.d. 1,68 0,28 19,07 0,30
Min 1,16 2,24 2,12 Máx 7,16 1,04 61,90 3,24 N=17
CS FUN Média 3,30 0,49 22,76 2,82 Desv Pad 1,66 0,53 17,86 0,25 Min 1,10 n.d. 1,12 2,38 Máx 7,53 1,66 58,15 3,31 N=17
CN SUP Média 1,95 0,10 33,06 2,77 Desv Pad 0,48 0,15 15,85 0,32 Min 1,12 n.d. 4,90 2,14 Máx 2,78 0,46 57,55 3,17 N=10
CN FUN Média 2,77 0,45 36,41 2,94 Desv Pad 1,01 0,47 23,89 0,30 Min 1,13 n.d. 5,38 2,46 Máx 4,81 1,58 85,89 3,41 N=10
NORTE SUP Média 2,16 0,17 24,85 3,01 Desv Pad 0,30 0,23 11,05 0,21 Min 1,66 0,00 6,69 2,75 Máx 2,60 0,69 40,50 3,40 N=9
NORTE FUN Média 3,43 0,29 34,79 2,99
1,99 Desv Pad 1,10 0,27 24,00 0,22
Min n.d. 5,74 2,70 Max 5,71 0,80 77,34 3,40 N=9
n.d.= não detectado pelo método
163
Tabela 17. Resultados da ANOVA comparando as variações nas médias dos descritores ambientais das amostras de superfície. Os fatores utilizados foram: Setor (S – Sul vs. CS - Centro-Sul vs. CN - Centro-Norte vs. N - Norte); Estação do ano (V - Verão vs. I - Inverno) e interação Setor (S) vs. Estação do ano (E).
Variável Setor (S)
g.l. F p Estação do ano (E)
g.l. F p S x E
g.l. F p
Salinidade 82 28,385 0,000* (CS=CN)>(CN=N)>S
82 33,346 0,000* (I > V)
82 0,274 0,844
T (O C) 82 4,038 0,010* CN < (CS=S=N)
82 1050,722 0,000* (V > I)
60 1,183 0,321
pH 82 0,534 0,660 82 33,928 0,000* (V > I)
82 0,038 0,989
OD (mg/L) 82 0,616 0,606 82 0,443 0,508
82 1,016 0,389
NO3 (uM) 82 0,974 0,409 82 25,139 0,000* (I > V)
82 0,943 0,424
NO2 (uM) 82 0,886 0,452 82 62,073 0,000* (I > V)
82 0,519 0,670
NH4 (uM) 82 1,103 0,353 82 0,066 0,798
82 0,205 0,892
NID (uM) 82 1,019 0,388 82 8,391 0,005* (I > V)
82 0,565 0,639
NOD (uM) 82 0,841 0,475 82 7,954 0,005* (V > I)
82 0,137 0,937
NTD (uM) 82 0,835 0,478 82 2,631 0,109
82 0,034 0,991
PID (uM) 82 0,987 0,403 82 2,827 0,096
82 0,734 0,535
PTD (uM) 82 2,044 0,114 82 3,219 0,076
82 2,327 0,081
POD (uM) 82 0,992 0,401 82 1,033 0,312
82 1,359 0,261
N:P 82 0,873 0,459 82 0,051 0,822
82 0,139 0,936
CLORO-A (ug/L)
82 2,860 0,042* S>(N=CS=CN)
82 4,605 0,035* (V > I)
82 4,491 0,006*
FEO-A (ug/L) 82 1,597 0,196 82 18,126 0,000* (V > I)
82 1,719 0,169
H2S (uM) 82 2,105 0,106 82 728,46 0,000* (I > V)
82 0,444 0,722
p* (<0,05) g.l. = grau de liberdade; F = Estatística de Fisher; p = Nível de significância
164
Tabela 18. Resultados da ANOVA comparando as variações nas médias dos descritores ambientais das amostras de fundo. Os fatores utilizados foram: setor (S – Sul vs. CS Centro-Sul vs. CN Centro-Norte vs. N - Norte); Estação do ano (V - Verão vs. I - Inverno) e conjugados: setor (S) vs. Estação do ano (E).
Variável Setor (S)
g.l. F p Estação do ano (E) g.l. F p
S x E g.l. F p
Salinidade 57 19,206 0,000*
S < (N=CN) < CS 57 0,464 0,498 57 6,699 0,000*
(Si=Sv=Nv=CNv) < (Ni=CNi) < CSi
T (º C) 57 1,749 0,161 57 843,220 0,000* (V > I)
57 0,984 0,412
pH 57 0,625 0,602 57 5,913 0,018* (I > V)
57 0,731 0,538
OD (mg/L) 57 1,400 0,252 57 3,244 0,077
57 1,917 0,137
NO3- (uM) 57 0,328 0,805 57 19,676 0,000*
(I > V) 57 0,006 0,999
NO2 (uM) 57 0,279 0,840 57 22,255 0,000* (I > V)
57 0,067 0,977
NH4 (uM) 57 3,510 0,021* (S=CN=CS) < (CN=CS=N)
57 5,263 0,025* (V > I)
57 3,828 0,014*TODOS < N verão
NID (uM) 57 3,672 0,017* (S=CN=CS)<N
57 0,386 0,537 57 3,379 0,024*TODOS < N verão
NOD (uM) 57 0,143 0,934 57 1,294 0,260
57 1,670 0,184
NTD (uM) 57 1,357 0,265 57 2,141 0,149
57 0,301 0,825
PID (uM) 57 0,336 0,799 57 0,786 0,379
57 0,356 0,785
PTD (uM) 57 0,188 0,904 57 0,427 0,516
57 0,246 0,863
POD (uM) 57 0,588 0,626 57 0,147 0,703
57 1,477 0,230
N:P 57 2,959 0,040* (S=CS=CN) < (CN=N)
57 0,000 0,981 57 2,123 0,107
CHL-A (ug/L) 57 3,618 0,019* (CN=N=S) < (N=S=CS)
57 9,439 0,003* (V > I)
57 5,828 0,002*TODOS < CS verão
FEO-A (ug/L) 57 3,590 0,019* (N=CN=S) < (S=CS)
57 4,872 0,031* (V > I)
57 3,491 0,021*TODOS < CS verão
H2S (uM) 57 2,621 0,059 57 0,097 0,757
57 2,769 0,050
p* (<0,05) g.l. = grau de liberdade; F = Estatística de Fisher; p = Nível de significância
165
Tabela 19. Correlação linear entre as variáveis ambientais avaliadas na água superficial da Lagoa da Conceição durante a campanha de verão e do feriado de Carnaval. Correlações marcadas são significativas a p<0,05, N=45.
Variável Sal (‰)
pH OD (mg/L)
NO3-
(uM) NO2
- (uM)
NH4+
(uM) NID (uM)
NTD (uM)
Sal 1,00 0,23 -0,30* 0,03 0,04 0,31* 0,35* -0,32* PH 0,23 1,00 -0,06 -0,16 0,14 -0,27 -0,27 -0,20 OD -0,30* -0,06 1,00 -0,20 -0,01 -0,38* -0,42* 0,32* NO3
- 0,03 -0,16 -0,20 1,00 -0,05 0,32* 0,40* -0,06 NO2
- 0,04 0,14 -0,01 -0,05 1,00 0,03 0,04 0,18 NH4
+ 0,31* -0,27 -0,38* 0,32* 0,03 1,00 0,97* -0,02 NID 0,35* -0,27 -0,42* 0,40* 0,04 0,97* 1,00 -0,03 NTD -0,32* -0,20 0,32* -0,06 0,18 -0,02 -0,03 1,00 NOD -0,43* -0,07 0,46* -0,22 0,15 -0,42* -0,45* 0,91* PID 0,01 0,28 0,31* 0,01 0,05 -0,19 -0,25 0,20 PTD -0,00 0,20 0,10 0,07 0,13 -0,11 -0,15 -0,08 POD -0,03 0,02 -0,08 0,06 0,11 -0,01 -0,01 -0,19 N:P 0,20 -0,28 -0,47* 0,26 0,09 0,66* 0,71* -0,11 CLORO -0,21 0,05 0,04 -0,03 0,16 -0,09 -0,08 0,25 FEO -0,20 0,31* 0,29 -0,13 0,14 -0,29 -0,32* -0,02 H2S 0,24 -0,27 -0,49* 0,02 0,20 0,36* 0,36* -0,08 Poli-PO4
3- -0,23 -0,03 0,06 0,17 -0,06 -0,02 -0,06 -0,24
Variável NOD PID PTD POD
N:P CLORO FEO H2S
Sal -0,43* 0,01 -0,00 -0,03 0,20 -0,21 -0,20 0,24 PH -0,07 0,28 0,20 0,02 -0,28 0,05 0,31* -0,27 OD 0,46* 0,31* 0,10 -0,08 -0,47* 0,04 0,29 -0,49* NO3
- -0,22 0,01 0,07 0,06 0,26 -0,03 -0,13 0,02 NO2
- 0,15 0,05 0,13 0,11 0,09 0,16 0,14 0,20 NH -0,09 -0,29 4
+ -0,42* -0,19 -0,11 -0,01 0,66* 0,36* NID -0,45* -0,25 -0,15 -0,01 0,71* -0,08 -0,32* 0,36* NTD 0,91* 0,20 -0,08 -0,19 -0,11 0,25 -0,02 -0,08 NOD 1,00 0,28 -0,01 -0,16 -0,39* 0,25 0,12 -0,23 PID 0,28 1,00 0,36 -0,23 -0,70* -0,05 0,12 -0,19 PTD -0,01 0,36* 1,00 0,82* -0,35* 0,07 0,12 -0,12 POD -0,16 -0,23 0,82* 1,00 0,05 0,10 0,05 -0,02 N:P -0,39* -0,70* -0,35 0,05 1,00 -0,07 -0,27 0,37* CLORO 0,25 -0,05 0,07 0,10 -0,07 1,00 0,19 -0,00 FEO 0,12 0,12 0,12 0,05 -0,27 0,19 1,00 -0,40* H2S -0,23 -0,19 -0,12 -0,02 0,37* -0,00 -0,40 1,00 Poli-PO4
3- -0,19 -0,25 -0,09 0,06 0,09 -0,09 0,04 0,11
166
Tabela 20. Correlação linear entre as variáveis ambientais avaliadas na água de fundo da Lagoa da Conceição durante a campanha de verão e do feriado de Carnaval. Correlações marcadas são significativas a p<0,05, N=20.
Variável Sal (‰)
pH OD (mg/L)
NO3-
(uM) NO(uM)
2- NH4
+ (uM)
NID (uM)
NTD (uM)
Sal 1,00 -0,40 -0,26 -0,17 0,26 0,04 0,07 0,03 PH -0,40 1,00 0,36 0,26 -0,27 -0,06 -0,02 0,02 OD -0,26 0,36 1,00 0,31 -0,46* -0,54* -0,45* -0,39 NO3
- -0,17 0,26 0,31 1,00 -0,16 -0,21 -0,11 -0,17 NO2
- 0,26 -0,27 -0,46* -0,16 1,00 0,55* 0,55* 0,39 NH4
+ 0,04 -0,06 -0,54* -0,21 0,55* 1,00 0,99* 0,80* NID 0,07 -0,02 -0,45* -0,11 0,55* 0,99* 1,00 0,79* NTD 0,03 0,02 -0,39 -0,17 0,39 0,80 0,79* 1,00 NOD -0,05 0,08 0,09 -0,09 -0,24 -0,28 -0,31 0,34 PID 0,38 0,15 0,30 0,02 0,12 0,02 0,09 -0,05 PTD 0,32 0,11 0,49* 0,11 -0,14 -0,20 -0,11 -0,29 POD 0,11 0,01 0,44 0,15 -0,34 -0,32 -0,25 -0,37 N:P -0,42 -0,08 -0,36 0,12 0,21 0,58* 0,56* 0,53* CLORO 0,43 -0,17 0,01 0,06 0,16 -0,15 -0,14 -0,07 FEO 0,58* -0,38 -0,41 -0,20 0,48* 0,01 -0,02 0,04 H2S 0,56* -0,58* -0,42 -0,15 0,44 0,03 0,01 -0,25 Poli-PO4
3- -0,30 0,20 -0,04 0,30 0,26 -0,19 -0,17 -0,33
Variável NOD PID PTD POD
N:P CLORO FEO H2S
Sal -0,05 0,38 0,32 0,11 -0,42 0,43 0,58* 0,56* PH 0,08 0,15 0,11 0,01 -0,08 -0,17 -0,38 -0,58* OD 0,09 0,30 0,49 0,44 -0,36 0,01 -0,41 -0,42 NO3
- -0,09 0,02 0,11 0,15 0,12 0,06 -0,20 -0,15 NO2
- -0,24 0,12 -0,14 -0,34 0,21 0,16 0,48* 0,44 NH4
+ -0,28 0,02 -0,20 -0,32 0,58* -0,15 0,01 0,03 NID -0,31 0,09 -0,11 -0,25 0,56* -0,14 -0,02 0,01 NTD 0,34 -0,05 -0,29 -0,37 0,53* -0,07 0,04 -0,25 NOD 1,00 -0,23 -0,28 -0,19 -0,04 0,11 0,10 -0,40 PID -0,23 1,00 0,75* 0,14 -0,62* 0,15 0,23 0,20 PTD -0,28 0,75* 1,00 0,76* -0,49* 0,01 -0,05 0,03 POD -0,19 0,14 0,76* 1,00 -0,12 -0,12 -0,30 -0,16 N:P -0,04 -0,62* -0,49* -0,12 1,00 -0,28 -0,31 -0,21 CLORO 0,11 0,15 0,01 -0,12 -0,28 1,00 0,74* 0,25 FEO 0,10 0,23 -0,05 -0,30 -0,31 0,74* 1,00 0,55* H2S -0,40 0,20 0,03 -0,16 -0,21 0,25 0,55* 1,00 Poli-PO4
3- -0,24 0,10 0,01 -0,08 -0,09 -0,04 0,07 0,04
167
Tabela 21. Correlação linear entre as variáveis ambientais avaliadas na água superficial da Lagoa da Conceição durante a campanha de inverno e do feriado de Corpus Christi. Correlações marcadas são significativas a p<0,05, N=45.
Variável Sal (‰)
pH OD (mg/L)
NO3-
(uM) NO2
- (uM)
NH4+
(uM) NID (uM)
NTD (uM)
Sal 1,00 0,20 0,07 -0,34* -0,13 0,12 -0,10 -0,23 PH 0,20 1,00 -0,02 -0,19 -0,54* 0,04 -0,10 -0,37* OD 0,07 -0,02 1,00 -0,32* -0,29* 0,06 -0,15 -0,33* NO3
- -0,34* -0,19 -0,32* 1,00 0,34* -0,20 0,43* 0,12 NO2
- -0,13 -0,54* -0,29* 0,34* 1,00 -0,14 0,12 0,14 NH4
+ 0,12 0,04 0,06 -0,20 -0,14 1,00 0,80* -0,21 NID -0,10 -0,10 -0,15 0,43* 0,12 0,80* 1,00 -0,11 NTD -0,23 -0,37* -0,33 0,12 0,14 -0,21 -0,11 1,00 NOD -0,13 -0,24 -0,18 -0,12 0,05 -0,58* -0,61* 0,86* PID -0,30* 0,17 -0,45* 0,76* 0,24 -0,12 0,36* 0,03 PTD -0,38* -0,11 -0,40* 0,37 0,03 -0,26 -0,02 0,44* POD -0,26 -0,21 -0,21 -0,01 -0,09 -0,22 -0,22 0,47* N:P 0,28 0,06 0,34* -0,40* -0,51* 0,62* 0,31* -0,27 CLORO -0,55* 0,04 0,05 0,15 -0,02 -0,07 0,03 -0,02 FEO -0,13 -0,25 -0,21 0,18 0,40* -0,36* -0,21 0,07 H2S -0,07 0,53* -0,16 -0,04 -0,26 0,02 -0,02 -0,05
Variável NOD PID PTD POD
N:P CLORO FEO H2S
Sal -0,13 -0,30* -0,38* -0,26 0,28 -0,55* -0,13 -0,07 PH -0,24 0,17 -0,21 0,06 -0,11 0,04 -0,25 0,53* OD -0,18 -0,45* -0,40* -0,21 0,34* 0,05 -0,21 -0,16 NO3
- -0,12 0,76* 0,37* -0,01 -0,40* 0,15 0,18 -0,04 NO2
- 0,05 0,24 0,03 -0,09 -0,51* -0,02 0,40* -0,26 NH4
+ -0,58* -0,12 -0,26 -0,22 0,62* -0,07 -0,36* 0,02 NID -0,61* 0,36* -0,02 -0,22 0,31* 0,03 -0,21 -0,02 NTD 0,86* 0,03 0,44* 0,47* -0,27 -0,02 0,07 -0,05 NOD 1,00 -0,16 0,36* 0,49* -0,37* -0,03 0,17 -0,02 PID -0,16 1,00 0,43* -0,06 -0,45* 0,20 0,18 0,13 PTD 0,36* 0,43* 1,00 0,87* -0,29 0,03 -0,03 -0,02 POD 0,49* -0,06 0,87* 1,00 -0,08 -0,07 -0,12 -0,09 N:P -0,37* -0,45* -0,29 -0,08 1,00 -0,21 -0,40* -0,00 CLORO -0,03 0,20 0,03 -0,07 -0,21 1,00 -0,00 0,02 FEO 0,17 0,18 -0,03 -0,12 -0,40* -0,00 1,00 -0,00 H2S -0,02 0,13 -0,02 -0,09 -0,00 0,02 -0,00 1,00
168
Tabela 22. Correlação linear entre as variáveis ambientais avaliadas na água de fundo da Lagoa da Conceição durante a campanha de inverno e do feriado de Corpus Christi. Correlações marcadas são significativas a p<0,05, N=45.
Variável Sal (‰)
pH OD (mg/L)
NO3-
(uM) NO2
- (uM)
NH4+
(uM) NID (uM)
NTD (uM)
Sal 1,00 0,06 -0,11 0,05 -0,03 0,33* 0,36* 0,27 PH 0,06 1,00 0,15 -0,19 -0,26 0,02 -0,09 -0,09 OD -0,11 0,15 1,00 -0,24 -0,30* 0,06 -0,08 -0,13 NO3
- 0,05 -0,19 -0,24 1,00 0,74* 0,03 0,54* -0,05 NO2
- -0,03 -0,26 -0,30* 0,74* 1,00 -0,08 0,34* -0,10 NH4
+ 0,36* 0,02 0,06 0,03 -0,08 1,00 0,86* 0,33* NID 0,33* -0,09 -0,08 0,54* 0,34* 0,86* 1,00 0,25 NTD 0,27 -0,09 -0,13 -0,05 -0,10 0,33* 0,25 1,00 NOD 0,07 -0,04 -0,08 -0,36* -0,30* -0,19 -0,35* 0,82* PID -0,07 -0,11 -0,28 0,34* 0,21 -0,20 0,00 -0,16 PTD -0,04 -0,11 -0,23 0,22 0,04 -0,13 0,00 -0,08 POD 0,15 -0,05 0,10 -0,18 -0,32* 0,11 -0,01 0,23 N:P 0,14 0,11 0,39* -0,24 -0,47* 0,53* 0,30* 0,32* CLORO -0,61* -0,07 0,17 0,08 0,27 -0,28 -0,19 -0,14 FEO -0,02 -0,08 -0,26 0,20 0,37* -0,09 0,04 -0,03 H2S 0,14 0,31* 0,09 -0,23 -0,32* 0,19 0,03 -0,14
Variável NOD PID PTD POD
N:P CLORO FEO H2S
Sal 0,07 -0,07 -0,04 0,15 0,14 -0,61* -0,02 0,14 PH -0,04 -0,11 -0,11 -0,05 0,11 -0,07 -0,08 0,31* OD -0,08 -0,28 -0,23 0,10 0,39* 0,17 -0,26 0,09 NO3
- -0,36* 0,34* 0,22 -0,18 -0,24 0,08 -0,20 -0,23 NO2
- -0,30* 0,21 0,04 -0,32* -0,47* 0,27 0,37* -0,32* NH4
+ -0,19 -0,20 -0,13 0,11 0,53* -0,28 -0,09 0,19 NID -0,35* 0,00 0,00 -0,01 0,30* -0,19 0,04 0,03 NTD 0,82* -0,16 -0,08 0,23 0,32* -+0,14 -0,03 -0,14 NOD 1,00 -0,16 -0,08 0,23 0,13 -0,02 -0,06 -0,15 PID -0,16 1,00 0,92* -0,16 -0,44* -0,05 0,10 -0,27 PTD -0,08 0,92* 1,00 0,22 -0,28 -0,05 0,05 -0,28 POD 0,23 -0,16 0,22 1,00 0,33* -0,03 -0,03 -0,13 N:P 0,13 -0,44 -0,28 0,33* 1,00 -0,24 -0,24 0,25 CLORO -0,02 -0,05 -0,05 -0,03 -0,24 1,00 0,10 -0,07 FEO -0,06 0,10 0,05 -0,03 -0,24 0,10 1,00 -0,11 H2S -0,15 -0,27 -0,28 -0,13 0,25 -0,07 -0,11 1,00
169
Tabela 23: Autovalores das 10 variáveis analisadas para os dois primeiros eixos dos componentes principais e suas percentagens de variação e de variação acumulada. Os valores responsáveis pela posição dos pontos no gráfico estão em negrito.
Variável
PC1 PC2
SALINIDADE -0,198 0,440 TEMPERATURA -0,347 -0,473
OD 0,403 -0,240 NO3
- 0,337 0,460 NH4
+ -0,346 0,166 PO4
3- 0,292 0,197 N:P -0,187 0,253
CLORO-A -0,329 -0,072 FEO-A -0,396 0,023
H2S -0,243 0,422 Autovalores 3,80 2,31 % variação 38,0% 23,1%
% var. acumulada 38,0% 61,1%
170
Tabela 24. Valores médios das variáveis físicas (temperatura) e físico-químicas (salinidade, pH e oxigênio dissolvido) encontradas nos setores Sul - S, Centro-Sul - CS e Centro-Norte - CN, antes (A) e depois (D) do feriado de Carnaval.
SETOR T
A (º C)
T D
(º C)
S A
(%o)
S D
(%o)
pH A
pH D
OD A
(mg/L)
OD D
(mg/L)SUL Média 28,3 28,4 24,69 23,20 8,09 7,98 7,20 6,60
Des Pad 0,9 0,4 2,36 0,85 0,31 0,08 0,58 0,50 Mín 27,2 28,2 23,16 22,65 7,63 7,92 6,59 6,03 Máx 29,0 28,8 28,21 24,18 8,32 8,07 7,89 6,89
CS Média 27,4 27,9 26,46 28,40 8,18 8,11 8,37 6,16 Des Pad 0,8 0,3 2,11 1,23 0,20 0,25 0,68 1,12 Mín 26,5 27,2 22,32 27,07 7,77 7,45 7,57 3,68 Máx 28,9 28,2 28,43 30,41 8,38 8,37 9,08 7,43
CN Média 25,8 27,6 26,12 28,02 8,21 8,00 6,90 5,00 Des Pad 2,4 0,4 1,15 1,08 0,08 0,05 1,06 1,24 Mín 21,9 27,0 25,03 26,90 8,05 7,95 5,34 3,74 Máx 28,0 27,9 27,53 29,45 8,27 8,07 8,29 6,43
171
Tabela 25. Valores médios das variáveis físicas (temperatura) e físico-químicas (salinidade, pH e oxigênio dissolvido) encontradas nos setores Sul - S, Centro-Sul - CS e Centro-Norte - CN, antes (A) e depois (D) do feriado de Corpus Christi.
SETOR T
A (º C)
T D
(º C)
S A
(%o)
S D
(%o)
pH A
pH D
OD A
(mg/L)
OD D
(mg/L)SUL Média 18,5 19,5 25,22 25,94 7,98 7,87 4,57 7,94
Des Pad 0,7 0,7 0,63 0,53 0,11 0,10 1,17 0,58 Mín 18,0 19,0 24,54 25,38 7,83
26,79 8,06
Média
7,82 3,31 7,33 Máx 19,5 20,5 26,25 8,04 6,13 8,89
CS 18,8 19,4 28,97 29,57 7,95 7,96 5,51 7,03 Dês Pad 0,9 0,5 1,45 0,85 0,08 0,07 0,99 0,68 Min 18,0 18,9 26,89 28,07 7,83 7,82 4,05 5,98 Max 20,5 20,5 30,92 30,81 8,04 8,05 6,73 7,92
CN Média 18,2 19,78 28,80 29,12 7,98 7,96 5,92 6,95 Des Pad 1,3 0,7 0,60 0,41 0,07 0,09 1,16 0,55 Mín 17,2 19,0 28,07 28,72 7,83 7,83 4,75 6,23 Máx 20,5 20,5 29,40 29,61 8,02 8,04 7,86 7,42
172
Tabela 26. Concentrações médias dos compostos nitrogenados inorgânicos (nitrato, nitrito, amônio, nitrogênio inorgânico dissolvido (NID), nitrogênio orgânico dissolvido (NOD) e nitrogênio total dissolvido (NTD)) encontrados nos setores Sul - S, Centro-Sul - CS e Centro-Norte - CN da Lagoa da Conceição antes (A) e depois (D) do feriado de Carnaval.
SETOR NH NIDNO3
A (uM)
NO3 D
(uM)
NO2 A
(uM)
NO2 D
(uM)
4 A
(uM)
NH4 D
(uM)
NID A
(uM) D
(uM)
NOD A
(uM)
NOD D
(uM)
NTD A
(uM)
NTD D
(uM)
SUL M 0,19 0,30 0,07 0,04 3,19 2,91 3,45 3,25 5,04 6,55 8,49 9,80 DP 0,07 0,13 0,03 0,01 0,22 2,90 0,36 3,03 1,81 2,94 2,06 1,76 Mín 0,12 0,18 0,03 0,03 2,93 n.d. 3,13 0,21 3,83 3,16 6,39 8,26 Máx 0,27 0,43 0,11 0,05 3,46 5,80 4,00 6,28 8,13 8,45 10,91 11,71
CS M 0,27 0,19 0,06 0,05 2,75 3,72 3,08 3,96 5,88 4,48 8,96 8,44 DP 0,14 0,11 0,02 0,02 0,42 0,62 0,54 0,61 3,52 2,50 3,38 2,64 Mín 0,11 0,09 0,03 0,03 2,39 2,95 2,61 3,08 1,82 0,58 5,55 4,57 Máx 0,45 0,41 0,09 0,12 3,59 5,03 4,08 5,19 12,37 8,25 14,98 12,58
0,01
0,35 0,47
CN M 0,23 0,32 0,05 0,06 3,27 5,35 3,55 5,73 5,15 2,78 8,70 8,51
DP 0,12 0,19 0,01 0,86 1,42 0,92 1,07 1,95 3,32 1,96 2,61 Mín 0,07 0,08 0,04 0,04 2,37 3,23 2,52 3,36 3,15 n.d. 5,85 5,08 Máx 0,07 0,07 4,54 6,15 4,79 6,61 7,18 7,61 11,18 10,98
n.d.= não detectado pelo método
173
Tabela 27. Concentrações médias dos compostos nitrogenados inorgânicos (nitrato, nitrito, amônio, nitrogênio inorgânico dissolvido (NID), nitrogênio orgânico dissolvido (NOD) e nitrogênio total dissolvido (NTD)) encontrados nos setores Sul - S, Centro-Sul - CS e Centro-Norte - CN da Lagoa da Conceição antes (A) e depois (D) do feriado de Corpus Christi.
SETOR NO3
A (uM)
NO3 D
(uM)
NO2 A
(uM)
NO2 D
(uM)
NH4 A
(uM)
NH4 D
(uM)
NID A
(uM)
NID D
(uM)
NTD A
(uM)
NTD D
(uM)
NOD A
(uM)
NOD D
(uM)
SUL M 1,80 1,17 0,12 0,14 3,36 3,42 5,28 4,73 10,15 7,65 4,87 2,92 DP 2,15 0,92 0,04 0,08 1,91 2,83 2,27 2,74 4,04 2,31 6,19 3,03 Mín 0,49 0,25 0,08 0,05 1,27 1,25 2,49 1,67 6,31 4,62 n.d. n.d. Máx 5,01 2,62 0,18 0,25 5,74 7,57 7,74 8,21 15,38 10,89 12,89 6,35
1,60
CS M 1,09 0,57 0,17 0,10 3,41 3,10 4,67 3,77 7,68 7,80 3,01 4,03
DP 0,85 0,35 0,05 0,03 1,38 1,34 1,31 1,48 2,56 1,77 2,65 2,56Mín 0,30 0,24 0,09 0,06 1,87 1,24 3,05 4,50 5,48 n.d. n.d.
Máx 2,88 1,33 0,22 0,14 6,24 5,61 6,65 6,22 12,84 10,84 7,22 7,59
CN M 1,09 0,68 0,12 0,13 3,78 3,91 4,99 4,72 8,18 6,50 3,19 1,78 DP 1,10 0,24 0,05 0,08 0,25 0,31 1,02 0,54 0,90 1,17 1,60 1,08 Mín 0,22 0,45 0,07 0,06 3,47 3,58 4,11 4,09 7,16 5,32 0,23 0,84 Máx 3,16 0,91 0,19 0,24 4,14 4,33 6,97 5,32 9,36 8,12 4,48 3,14
n.d.= não detectado pelo método
174
Tabela 28. Valores médios de Fósforo Inorgânico Dissolvido (PID), Fósforo Orgânico Dissolvido (POD), Fósforo Total Dissolvido (PTD) e razão N:P nos setores Sul - S, Centro-Sul - CS e Centro-Norte - CN, antes (A) e depois (D) do feriado de Carnaval.
SETOR PID
A (uM)
PID D
(uM)
Poli-PO4
3- A(uM)
Poli-PO4
3- D(uM)
POD A
(uM)
PODD
(uM)
PTD A
(uM)
PTD D
(uM)
N:P A
(uM)
N:P D
(uM)
SUL Média 0,23 0,18 0,38 0,69 0,18 0,11 0,41 0,29 21,44 28,39 D P 0,15 0,10
0,14 0,05
0,07 0,10 9,18
0,50
0,32 0,35 0,11 0,13 0,10 0,16 15,03 38,63 Mín 0,10 0,09 0,02 0,20 0,04 0,03 0,27 0,12 8,12 1,28 Máx 0,38 0,29 0,79 0,95 0,31 0,27 0,52 0,43 37,00 72,61
CS Média 0,19 0,18 0,46 0,31 0,26 0,19 0,44 0,37 21,17 30,79 D P 0,13 0,11 0,41 0,31 0,20 0,25 0,13 9,73 19,64 Mín 0,07 0,02 n.d. n.d. n.d. 0,07 0,24 7,10 7,89 Máx 0,47 0,44 1,62 1,10 0,63 0,37 0,76 0,59 37,72 76,96
CN Média 0,21 0,12 0,31 0,27 0,31 0,20 0,51 0,32 20,67 51,41 D P 0,13 0,04 0,24 0,24 0,18 0,23 0,09 10,43 27,02 Mín 0,07 0,02 0,07 0,14 0,13 0,33 0,20 28,24 Máx 0,44 0,16 0,68 0,65 0,29 0,99 0,41 36,67 90,45
n.d.= não detectado pelo método
175
Tabela 29. Valores médios de Fósforo Inorgânico Dissolvido (PID), Fósforo Orgânico Dissolvido (POD), Fósforo Total Dissolvido (PTD) e razão N:P nos setores Sul - S, Centro-Sul - CS e Centro-Norte - CN, antes (A) e depois (D) do feriado de Corpus Christi.
SETOR PID A
(uM)
PID D
(uM)
POD A
(uM)
POD D
(uM)
PTD A
(uM)
PTD D
(uM)
N:P A
(uM)
N:P D
(uM)
SUL Média 2,43 0,24 3,31 0,19 5,18 0,38 15,67 29,72 Dês Pad 3,54 0,12 6,38 0,14 5,96 0,10 16,78 19,18 Mín 0,17 0,16 0,03 n.d. 0,43 0,28 1,19 6,97 Máx 6,51 0,37 12,88 0,34 13,05
0,12 0,08
33,37
0,50 39,44 51,31
CS Média 0,79 0,12 0,15 0,34 0,94 0,46 16,31 34,61 Des Pad 0,87 0,04 0,16 0,18 4,95 0,84 16,35 17,77 Mín n.d. 0,07 0,20 0,25 2,24 11,62 Máx 2,62 0,18 0,41 0,74 13,05 2,73 45,03 61,90
CN Média 0,30 0,16 0,20 0,20 0,50 0,36 32,85 Des Pad 0,35 0,07 0,14 0,12 0,33 0,07 19,54 10,83 Mín 0,08 0,09 0,01 0,04 0,29 0,30 4,90 19,04 Máx 0,99 0,26 0,43 0,32 1,09 0,45 57,55 44,86
n.d.= não detectado pelo método
176
Tabela 30. Valores médios de clorofila-a (CLORO-A), feofitina-a (FEO-A) e sulfeto (H2S) nos setores Sul - S, Centro-Sul - CS e Centro-Norte - CN, antes (A) e depois (D) do feriado de Carnaval.
Feo-a H
SETOR Cloro-a A
(ug/L)
Cloro-a D
(ug/L) A
(ug/L)
Feo-a D
(ug/L)
H2S A
(uM)
2S D
(uM)
SUL Média 4,32 3,53 5,15 0,69 1,20 1,51 Desv Pad 1,88 0,51 1,76 0,35 0,07 0,12 Mín 1,88 3,22 3,28 0,31 1,15 1,39 Máx 6,34 4,12 7,13 1,01 1,31 1,63
CS Média 4,34 2,92 4,14 0,29 1,20 1,51 Desv Pad 3,69 0,74 4,11 0,21 0,09 0,17 Mín 0,20 2,26
0,18
1,39
1,62 n.d. 1,06 1,28 Máx 12,09 4,70 13,27 0,61 1,34 1,87
CN Média 5,20 2,86 2,36 0,47 1,22 1,50 Desv Pad 4,20 0,83 2,33 0,65 0,07 Mín 1,55 2,05 n.d. n.d. 1,11 1,34 Máx 13,45 4,01 7,41 1,31 1,75
n.d.= não detectado pelo método
177
Tabela 31. Valores médios de clorofila-a, feofitina-a e sulfeto nos setores Sul - S, Centro-Sul - CS e Centro-Norte - CN, antes (A) e depois (D) do feriado de Corpus Christi.
SETOR Cloro-a
A (ug/L)
Cloro-a D
(ug/L)
Feo-a A
(ug/L)
Feo-a D
(ug/L)
H2S A
(uM)
H2S D
(uM)
SUL Média 7,05 6,82 0,15 0,09 2,96 2,71 Desv Pad 3,65
2,84
Média
1,93 0,20 0,17 0,22 0,37 Mín 2,23 4,56 n.d. n.d. 2,67 2,36 Máx 9,92 8,85 0,43 0,40 3,15 3,32
CS Média 2,76 3,04 0,33 0,10 2,73 Desv Pad 1,24 2,06 0,34 0,17 0,25 0,34 Mín 1,16 1,23 n.d. n.d. 2,48 2,12 Máx 5,26 7,16 1,04 0,49 3,24 3,10
CN 1,82 2,15 0,11 0,07 2,91 2,55 Desv Pad 0,48 0,48 0,19 0,09 0,16 0,41 Mín 1,12 1,62 n.d. n.d. 2,71 2,14 Máx 2,43 2,78 0,46 0,20 3,17 3,08
n.d.= não detectado pelo método
178
Tabela 32. Análise de variância - ANOVA das variáveis ambientais que apresentaram diferenças significativas entre os fatores, para o experimento do impacto do feriado de Carnaval.
Variável Fator
Período (P) A vs. D
df F p
Setor (S) S vs. CS vs.CN df F p
Salinidade 30 1,971 0,170 30 13,113 0,000*
S < (CN=CS)
pH 30 6,396 0,017* A > D
30 0,312 0,734
OD (mg L-1 ) 30 10,739 0,003* A > D
30 5,045 0,013* (CN=S) < (S=CS)
NH4+ (uM) 30 4,347 0,046*
D > A 30 3,075 0,061
NID (uM) 30 4,800 0,036* D > A
30 3,328 0,050
PTD (uM) 30 4,205 0,049* A > D
30 0,215 0,808
N:P 30 6,259 0,018* D > A
30 1,298 0,288
Feo-a (ug L-1) 30 18,120 0,000* A > D
30 1,059 0,359
H2S (uM) 30 36,405 0,000* D > A
30 0,052 0,949
p* (<0,05) g.l. = grau de liberdade; F = Estatística de Fisher; p = Nível de significância
179
Tabela 33. Análise de variância - ANOVA das principais variáveis ambientais que apresentaram diferenças significativas entre os fatores, para o experimento do impacto do feriado de Corpus Christi.
Variável Fator Período (P)
A vs. D df F p
Setor (S) S vs. CS vs.CN
df F p
Salinidade 30 2,883 0,999 30 50,552 0,000* S < (CS=CN)
OD (mg/L) 30 40,457 0,000* D > A
30 0,129 0,879
PID (uM) 30 4,738 0,038* A > D
30 1,578 0,223
PTD (uM) 30 7,007 0,013* A > D
30 4,868 0,015* S> (CS=CN)
Cloro-a (ug L-1) 30 0,038 0,846 30 19,511 0,000* (CN=CS) < S
H2S (uM) 30 5,251 0,029* A > D
30 0,300 0,742
p* (<0,05) g.l. = grau de liberdade; F = Estatística de Fisher; p = Nível de significância
180
Tabela 34. Autovalores das 12 variáveis analisadas para os dois primeiros eixos dos componentes principais e suas percentagens de variação e de variação acumulada durante os dois feriados juntos. Os valores em negrito são os mais significativos na análise.
Variável
PC1 PC2
TEMPERATURA 0,371 -0,062 SALINIDADE -0,167 -0,031
PH 0,291 0,091 OD 0,108 0,632 NO3 -0,330 -0,146 NO2 -0,350 0,047 NH4 -0,014 -0,526
PO43- -0,174 0,303
NP 0,305 -0,362 CLORO 0,367 0,043
FEO -0,326 0,251 H2S -0,377 -0,021
Autovalores 6,93 2,01 % variação 57,7% 16,8%
% variação acumulada 57,7% 74,5%
181
Tabela 35. Autovalores das 12 variáveis analisadas para os dois primeiros eixos dos componentes principais e suas percentagens de variação e de variação acumulada para o feriado de Carnaval.
Variável PC1
PC2
TEMPERATURA 0,128 0,433 SALINIDADE 0,149 -0,564
PH -0,293 -0,370 OD -0,342 0,120 NO3 0,216 0,125 NO2 -0,108 -0,332 NH4 0,311 -0,355
PO43- -0,354 0,131
NP 0,365 -0,163 CLORO -0,342 -0,085
FEO -0,324 -0,054 H2S 0,351 0,195
Autovalores 6,67 2,10 % variação 55,6% 17,5%
% variação acumulada 55,6% 73,1%
182
Tabela 36. Autovalores das 12 variáveis analisadas para os dois primeiros eixos dos componentes principais e suas percentagens de variação e de variação acumulada para o feriado de Corpus Christi.
Variável PC1
PC2
TEMPERATURA 0,297 0,242 SALINIDADE -0,003 0,455
PH -0,395 0,180 OD 0,369 0,209 NO3 -0,166 -0,487 NO2 0,152 -0,228 NH4 0,003 0,149
PO43- 0,350 -0,301
NP -0,358 -0,135 CLORO 0,350 -0,252
FEO -0,351 0,213 H2S -0,269 -0,360
Autovalores 5,56 3,30 % variação 46,3% 37,5%
% variação acumulada 46,3% 73,8%
183
Tabela 37. Resultados do teste-t (médias, grau de liberdade, p e desvio padrão) avaliando dois grupos independentes (água de superfície e de fundo) para locais com profundidade inferior a 2,5 m.
Variável Média de
Superfíce Média de
Fundo Grau de
liberdadep Desv. pad
Superfície Desv.Pad.
Fundo OD (mg/L) 6,46 6,65 34 0,71 1,52 1,51
PH 7,93 7,92 34 0,89 0,08 0,09 Salinidade 28,18 28,25 34 0,91 1,92 1,64
Cloroa(ug/L) 3,62 3,86 34 0,77 2,32 2,34 Feo-a (ug/L) 0,17 0,35 34 0,11 0,23 0,42 NH4
+ (uM) 3,15 2,73 34 0,36 1,64 1,02 NO3
- (uM) 1,32 0,88 34 0,16 1,18 0,58 NO2
- (uM) 0,13 0,16 34 0,20 0,06 0,08 NID (uM) 4,60 3,77 34 0,11 1,80 1,23 NTD (uM) 7,86 7,54 34 0,62 1,60 2,11 NOD (uM) 3,26 3,78 34 0,52 2,60 2,20 PID (uM) 0,71 0,24 34 0,23 1,58 0,31 PTD (uM) 0,93 0,41 34 0,16 1,53 0,26 POD (uM) 0,22 0,18 34 0,42 0,17 0,12
N:P 27,38 28,00 34 0,92 19,18 18,37 H2S (uM) 2,83 2,85 34 0,85 0,26 0,28