BREVE ABORDAGEM SOBRE O CRIME DE FOGO ...comparação com o período homólogo do ano anterior houve...
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OPINIÃO
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I. INTRODUÇÃO
O cr ime de fogo posto é um problema
de segurança pública muito grave, um ditado
ch i nê s d i z q ue u m a f a í s c a p o d e q ue i m a r
uma campina inteira, sugere que não se deve
subest imar a força dest r ut iva potencial que
u m p r oble m a a p a r e n t e m e n t e m e no r p o d e
cau sa r. Um a p e que n a ch a m a p o de cau s a r
consequência s mu i to g r aves , u m pequeno
foco de fogo não só pode causar prejuízos aos
bens mater iais e pat r imoniais como também
constitui uma grande ameaça para a segurança,
capaz de pôr a vida dos cidadãos em perigo.
O fogo posto é considerado u m cr ime
grave, porque pode cr iar g randes per igos e
danos para as pessoas, especialmente perigo
para a vida, danos para a integr idade f ísica
e danos vários à propriedade. Para combater
este tipo de crime, de acordo com o conceito
de prevenção cr iminal, deve-se realizar uma
análise casuística. Obtidos os resultados dessa
análise procura-se estudar cada tipo de fogo
posto ocor r ido durante determinado per íodo
de tempo e as características psicológicas dos
autores deste tipo de crime, bem como estudar
a situação ambiental do local de ocor rência
e t c . A Pol íc i a Ju d ic i á r i a de Ma c au , p a r a
prosseguir na concretização dos três conceitos
d e “ p ol i c i a m e n t o a c t ivo”, “ p ol i c i a m e n t o
comunitá r io” e “pol iciamento nas relações
públicas” e para poder prevenir com ef icácia
este t ipo de cr ime, destacando no contexto
do envolv i mento d a comu n id ade na acção
de prevenção, a impor tância da ideia de que
“as forças policiais são limitadas, mas as da
comu n id ade são enor mes”, t em procu rado
fazer a prevenção cr iminal com a ajuda da
força comunitária, a par disso, tem estudado
a legislação vigente para verif icar se produz
suf icientes efeitos dissuasivos, tem também
melhorado os conhecimentos e a técnica dos
seus invest igadores em relação à recolha de
provas no local de crime, com vista a resolver
os casos com cele r idade. Pa ra a lém d isso,
tem intensif icado as acções de sensibilização,
através de campanhas ao ar livre, de divulgação
feita pelos órgãos de comunicação social e de
realização de palestras destinadas a diferentes
instituições escolares e à população, dando a
conhecer ao público as consequências graves
que resultam do crime de fogo posto, chamando
a atenção dos cidadãos, principalmente os que
fumam, para os r iscos envolvidos. A PJ tem
igualmente promovido a educação cívica junto
das escolas, avisando os estudantes para não
brincarem com o fogo e para não incendiarem,
por br incadeira, mater iais inf lamáveis. Tem
af ixado panf le tos publ icit á r ios nos postos
f rontei r iços , espaços públ icos e ed i f íc ios ,
sobretudo nos locais mais f requentados. Na
esperança que, através de diferentes medidas,
seja possível sensibilizar a população, evitando
a ocorrência de fogo posto, para proteger a vida
e a segurança das propriedades das pessoas.
Subinspectora da PJ
BREVE ABORDAGEM SOBRE O CRIME DE FOGO POSTO E AS RESPECTIVAS MEDIDAS PREVENTIVAS
Che Ion Fong
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II . ANÁLISE DOS CASOS DE FOGO POSTO OCORRIDOS EM MACAU
Todos os a c t os c r i m i n a i s i mpl ica m a
existência de inf ractor. Qualquer inf ractor
antes de actuar deve ter sido impulsionado por
um factor de motivação, que o leva a reagir
e, em seguida, a ter um acto consequente ─
cometimento do crime. Este trabalho tenta, de
acordo com os casos de fogo posto ocorridos
nos últimos anos em Macau, fazer uma análise
comparat iva dos factores fundamentais que
impulsionam à prática deste acto delituoso, por
exemplo relativamente aos autores deste tipo
de crime e aos motivos da actuação, resumindo
as estratégias para combater este crime.
(I) ANÁLISE DOS CASOS DE FOGO
POSTO OCORRIDOS NOS ÚLTIMOS ANOS
C o n f o r m e o s d a d o s d i v u l g a d o s n o
“Encont ro A nual do A no Novo Lunar com
a Pol í c i a Ju d ic i á r i a” r e a l i z a d o e m 2 017,
em 2016 foram instau rados ao todo 12.340
processos (inquéritos, investigações sumárias,
d i l igê n c i a s s o l i c i t a d a s e d e nú n c i a s) , e m
comparação com o per íodo homólogo
do ano anterior houve um aumento de
1.035 processos, representando uma
subida de 9,2%, entre os quais 24 estão
associados ao crime de fogo posto.
De acordo com o g ráf ico 1 que
most ra os dados relat ivos aos casos
de fogo pos to ocor r idos em Macau
e n t r e 2011 e 2016 , e m 2011 fo r a m
3 8 , 2 3 e m 2 01 2 , 19 e m 2 013 , 13
em 2014, 25 em 2015 e 24 em 2016
(número semelhante ao registado em
2015, mas em comparação com 2014
houve um aumento signif icat ivo, um
aumento super ior a 90%). Confor me
o s d a do s e s t a t í s t i c o s r e l a t ivo s a o s c a s o s
de i ncênd ios resu l t antes dos c iga r ros mal
apagados, não houve nenhum em 2014, 2 casos
ocor r idos em 2015 e 6 em 2016, registou-se
um aumento sign if icat ivo. Dos casos 1 e 2
que seg uem pode - se ve r que , os ca sos de
incêndio prat icados por negligência também
podem afectar g ravemente a vida e os bens
patrimoniais da população.
Caso 1
O c o r r e u e m 3 d e Fe ve r e i r o d e 2 015,
pelas 4h00 da madr ugada , na Travessa dos
Poços, da zona da Rua da Barca, o incêndio
danif icou 15 motociclos, comprometendo três
lojas e duas moradias. Recebida a queixa, os
investigadores da PJ iniciaram a investigação,
no cur to espaço de seis horas, conseguiram
localizar o autor deste cr ime, que foi detido
na sua residência , na zona da Areia Preta .
Tr a t a - se de u m re s ide nt e , que t r aba l hava
no sec tor de t r a n spor t e . P rel i m i na r mente
apu rou-se que o det ido es t ava , pelas 4h30
da madr ugada, a fumar na varanda da casa
dos pais e at i rou para a rua, tal como fazia
habitualmente, beatas acesas, causando assim
o início do incêndio.
Gráfico 1: Dados relativos aos casos de fogo posto ocorridos entre 2011 e 2016
38
23
19
13
25 24
0
5
10
15
20
25
30
35
40
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Núm
ero de Casos
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Caso 2
Ocor r ido em 27 de Dezembro de 2016,
pelas 4h00 da madr ugada , per to da Escola
Hoi Fa i d a Aven id a Nor t e do H ipód romo,
ne le fo r a m d e s t r u íd o s 9 0 mot o c ic lo s e 4
bicicletas, envolvendo também algumas lojas.
Os invest igadores da PJ, recebida a queixa,
efectuaram a inspecção ao local do cr ime e
analisaram as imagens gravadas no sistema de
câmaras instaladas naquele lugar, foi excluída
a hipótese de ter sido provocado dolosamente.
Pouco depois foi conf irmado que um cigarro
aceso de i t a do por u m homem no loca l d a
ocorrência esteve na origem do incêndio, que
dev ido ao vento t i n ha quei mado pr i mei ro
diferentes objectos que al i se encont ravam.
Esse homem, autor do descuido acabou por ser
detido no dia 28 de Dezembro.
No dia 29 de Dezembro, na parte da tarde,
a PJ por in iciat iva própr ia , em colaboração
com o Corpo de Polícia de Segurança Pública,
Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais
e Di recção dos Ser v iços pa ra os Assu ntos
de Tráfego, lançou uma operação conjunta ,
para remover os motociclos danif icados e os
dest roços, pa ra retomar o aspecto or ig inal
da área dos parques de estacionamento para
motociclos. Foi feito o possível para que aquela
zona vol t a s se ao e s t a do nor mal , ev i t a ndo
inf luências à vida normal dos cidadãos. A par
disso, foi pedido às lojas afectadas pelo incêndio
que colaborassem na operação, que retirassem
e reparassem os equipamentos danificados pelo
incêndio, para garantir a segurança.
(II) ANÁLISE DOS ENVOLVIDOS
No â mbi to d a s med id a s de p revenção
c r i m i n a l , q u e v i s a m e v i t a r a o c o r r ê n c i a
d e c r i m e s , o s a u t o r e s s ã o v i s t o s c o m o
u ma or ient ação cent ra l , a ssim, é possível ,
estudando a sua situação f ísica e psicológica
bem como a s i n f luênc ia s soc ia i s comu ns ,
i m p l e m e n t a r u m c o n j u n t o d e m e d i d a s
p revent iva s em f u nção des t a s i t u ação, do
a m b i e n t e s o c i a l , b e m c o m o a c t u a r c o m
medidas adaptadas ao regime sancionatór io.
Segundo a cr iminologia , a desvantagem de
um ambiente socia l ou onde se desen rolou
o p r o c e s s o d e c r e s c i m e n t o , p o r e xe m plo
uma situação de pobreza ou de desemprego,
t e r c r e s c id o nu m a f a m í l i a p r o b le m á t i c a ,
t e r t i d o u m e n s i n o e s c o l a r n ã o r ig o r o s o
ou t e r v iv ido nu m meio ca rac te r i zado por
escassa segurança , pode afecta r d i recta ou
i n d i r e c t a m e n t e o e s t a d o
p s i c o l ó g i c o e f í s i c o d a s
pessoas. Relativamente aos
mot ivos d a ocor rência de
fogo posto acontecidos nos
anos anter iores, a maior ia
d o s a u t o r e s a d m i t i u t e r
cometido intencionalmente
e s s e a c t o c r i m i n a l p a r a
a l i v i a r a t e n s ã o . Q u a n t o
a o s c a s o s o c o r r i d o s p o r
negligência, foram causados
maioritariamente por beatas
a i n d a a c e s a s , i s s o t e m a
Gráfico 2: Comparação dos factores subjectivos dos infractores dos casos de fogo posto ocorridos entre 2012 e 2016
Com Dolo54,29%
Por Negligência0,52%
Acidentalmente9%
Em Situação de Deficiência Mental 2,86%
Com Perturbações Mentais
15,24%
Sem Classificação9,52%
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ver com a consciência cívica e a questão de
descu ido g rave. Na prát ica , as pessoas em
geral est ão bem cientes das consequências
de um incêndio provocado por descuido, que
pode pôr em risco a vida das pessoas e causar
danos graves aos bens patrimoniais.
De acordo com os dados relat ivos aos
casos de fogo posto ocor r idos ent re 2012 e
2016, destacam-se alguns aspectos, que podem
ser comparados, como os factores subjectivos, a
nacionalidade, o sexo e a idade dos infractores.
Fa c t o r e s s u b j e c t i v o s : c o m e t i m e n t o
d o c r i m e c o m d o l o , p o r n e g l i g ê n c i a ,
acidentalmente, por def iciência mental e por
doença mental. Os casos de fogo posto cometido
com dolo ocupam 54,29%, por acidente 8,57%,
em situação de deficiência mental 2,86%, com
per turbações mentais na altura da actuação
15,24% e por negligência 0,52%. (Gráfico 2)
Nacionalidade dos infractores: predominam
os residentes locais, com 87%, pessoas de Hong
Kong 3%, das Filipinas 4%, da Austrália 1%, da
China continental 2% e Vietname 2%. (Gráfico 3)
Sexo dos infractores: a maioria dos autores
de fogo posto é homem, 88%, mulheres 12%.
(Gráfico 4)
Idade dos inf ractores na altu ra da
actuação: predominam os com 21 a 30
anos , 31,9%, 31 a 40 anos 26,4%, 41
a 50 anos 13,2%, 51 a 60 anos 4,4% e
os com 61 a 70 anos 5,5%; indiv íduos
inimputáveis 13,2% e 16 a 20 anos 5,5%.
(Gráfico 5)
A n á l i s e d a s i t u a ç ã o p s i c o lóg ic a
comum nos infractores. Os motivos que
levam à prát ica de um acto cr iminoso
p o d e m s e r d i v i d i d o s e m d o i s t i p o s :
internos e externos. Os motivos externos
são as inf luências decorrentes do ambiente
e da sociedade, por exemplo problemas
financeiros, problemas com relações amorosas e
pressão da sobrevivência são factores externos
comuns, capazes de impulsionar à prática de um
crime, destes fazem parte também as relações
interpessoais e o ambiente social. A condição
mental, psicológica e emocional das pessoas são
exemplos de factores internos. Esses dois tipos
não se excluem um ao outro e em certa situação
até pode levar a uma mudança do outro.
A condição psicológ ica const it u i , sem
dúvida, o factor determinante para a prática do
Gráfico 3: Comparação da nacionalidade dos infractores dos casos de fogo posto ocorridos entre 2012 e 2016
87%
3%4% 1%
2% 2% 1%
MacauHong KongFilipinasAustráliaChina ContinentalVietnameOutros
Gráfico 4: Comparação, por sexo, dos autores dos casos de fogo posto ocorridos entre 2012 e 2016
Mulheres, 12%
Homens, 88%
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crime. Entre os casos de fogo posto, diferentes
autores apresentavam diferentes razões que
os levaram a prat icar esse acto, o alvo que
intencionavam ofender era diferente, mas as
consequências a enfrentar acabavam por ser
indubitavelmente as mesmas, a punição que a
justiça impõe. O problema económico e o stress
da vida fazem parte dos factores externos, esses
factores levam as pessoas a sentir dificuldades.
S e e s s a s i t u a ç ã o d i f í c i l s e m a n t ive r p o r
u m longo tempo sem melhoramento, essas
d i f i c u l d a d e s p o u c o a p o u c o l e v a m a s
pessoas a ter emoções e a tentar suprimi-las.
Quando essas emoções negativas que se vão
acumulando dentro do indivíduo atingirem um
ponto crítico ou ultrapassam o limite máximo
de resistência, dão lugar a um estado mental ou
uma depressão forte e a uma atitude anti-social,
o que pode provocar condutas extremas, ou até
pode levar a pessoa a cometer um acto ilícito.
Alguns autores de fogo posto com problemas
f inanceiros, por não conseguirem encont rar
emprego, cometem o acto num desequilíbr io
emocional momentâneo.
Caso 3
Ocor r ido em 14 de Dezembro de 2016,
envolvia uma residente local de 26 anos, devido
a o d e s e m p r ego e d e s p r e z o p o r u m
amigo, decidiu queimar ofertas rituais
no corredor do edifício onde esse amigo
mora para se vingar, os vizinhos viram
e denunciaram à polícia. Por sorte, não
provocou um incêndio.
Caso 4
O c o r r id o a 1 d e D e z e m b r o d e
2016, cometido por um residente local
de se mprega do de 63 a nos , a s s íduo
frequentador de casino, devido a elevadas
despesas a esposa dele não tinha dinheiro
a mais para lhe dar, o homem de repente
ficou furioso e pegou fogo a uns papéis com um
isqueiro e atirou-os para a cama, num instante
o fogo espalhou-se pelo lençol e atingiu a mão
direita da esposa, o marido não ligou ao que
estava a passar-se, deixou a casa e saiu de Macau.
A PJ deteve-o quando voltava para Macau pelas
Portas do Cerco. O detido admitiu ter cometido o
crime por não ter emprego e por isso causaram-
lhe depressão.
C o n f o r m e a a n á l i s e d o e s t a d o
psicológico dos autores dos casos cometidos
intencionalmente, entre 2012 e 2016 (gráf ico
6), a maioria deles cometeu o crime para aliviar
a pressão, 49,1%, por curiosidade ou fascínio
27,3%, por vingança 7,3%, por aborrecimento ou
depressão ou em estado de ressaca ou por causa
de emoções violentas incontroladas, 3,6%, para
atrair ou chamar a atenção 1,8%. Pelos vistos,
predominam os que prat icaram o cr ime em
estado de perturbação mental e os que actuaram
para aliviar a pressão, mas isso é uma conduta
ir responsável, visto que pode causar bastante
perigo e pode pôr em r isco a ordem pública,
prejudicar os bens pat r imoniais alheios e a
segurança das pessoas só por uma insatisfação
momentânea. Perante a justiça isso é intolerável,
e leva a enfrentar uma sanção rigorosa.
Gráfico 5: Comparação da idade dos infractores dos casos de fogo posto ocorridos entre 2012 e 2016
16-20 21-30 31-40 41-50 51-60 61-70
% 13,2% 5,5% 31,9% 26,4% 13,2% 4,4% 5,5%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
Igual ou Inferior
a 15 Anos
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Pela análise atrás feita apura-se que entre
2012 e 2016, predominam os casos praticados
com dolo, ou seja os infractores atearam fogo
com intenção, tinham o seu objectivo, seguem-
se os casos que foram praticados por causa de
per turbações mentais ou def iciência mental.
Os que foram cometidos por negligência foram
poucos , mas as consequências provocadas
foram as maiores, segundo o caso 1 e caso 2,
pessoas negligentes at i raram cigar ros ainda
acesos e provocaram incêndios que danificaram
muitos motociclos, comprometendo as lojas
daquela zona. Segundo a anál ise dos dados
r e la t ivos à nac iona l id a de , géne ro e id a de
dos autores deste t ipo de cr ime, pode-se ver
que ent re os i n f r ac tores , ocupa m a maior
percentagem os residentes de Macau, há mais
homens que mulheres e a maior ia deles tem
idade compreendida entre 21 e 40 anos.
(III) ANÁLISE DO AMBIENTE
Para que haja um incêndio, é necessária a
presença de combustível, calor e oxigénio que
constituem o modelo chamado “tr iângulo do
fogo” (gráfico 7).
Geralmente , o processo de combust ão
r efe re - se a ocor rênc ia
de reacção de oxidação
de subs t âncias , subida
d e t e m p e r a t u r a ,
e vo l u ç ã o d o c a l o r o u
da luz. À medida que a
tecnologia se desenvolve,
é p o s s í v e l e n c o n t r a r
r e s í d u o s c o m pl e xo s e
diversificados, nos locais
onde houve fogo posto,
com a ajuda de aparelhos
avançados , ent re t anto,
v e r i f i c o u - s e q u e é
muito apropr iado de expl icar o signif icado
de “combustão sem chama v isível” at ravés
do t r iângulo de combustão. Por “combustão
com chama” entende-se que no processo de
combustão, verificou-se a presença do produto
de decomposição não inibido (radical l ivre)
como inte r med iá r io, que desencadeia u ma
reacção em cadeia , a combustão resultante
das substâncias surgidas no tetraedro do fogo
(g ráf ico 7). Daí conclu i-se que pa ra haver
combustão é necessária determinada condição,
exceptuando o oxigénio, apenas com a chama,
(fonte de calor) e sem mater ial combust ível
é impossível formar o tal tet raedro do fogo,
por outras palavras, não pode faltar nenhum
elemento para este efeito.
Da análise dos dados sobre os casos de
fogo posto (à excepção dos casos ocor r idos
em apartamento) ocorridos entre 2012 e 2016,
predominam as motas, 27,5%, objectos pouco
utilizados 25%, viaturas 12,5% e lixo 12,5%,
pap elã o aba ndon a do n a v ia públ ica 10% ,
móvel para sapatos 5% e vestuário 5% e, sofás
abandonados 2,5% (gráfico 8). A par disso, os
casos de fogo posto por negligência ocorridos
no período homólogo, deram origem apenas a
Gráfico 6: Estado psicológico dos indivíduos que praticaram dolosamente fogo posto entre 2012 e 2016
27,3%
49,1%
3,6% 1,8%
7,3%3,6% 3,6% 3,6%
PorFascínio
Por Aliviar a Pressão
PorAborrecimento
Para Chamara Atenção
Por Vingança
Por Depressão
Em Estado de Ressaca
Com Emoções Fortes
Incontroladas
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duas situações, beatas acesas e papéis votivos
mal apagados , o que cor responde a 82% e
18%, respectivamente (gráfico 9). Daí nota-se
que, as beatas acesas são a principal causa de
incêndio em motas, objectos pouco utilizados,
papelão etc. Sabendo-se que as beatas acesas
são produtos t raz idos de fora pelo homem,
e n q u a n t o q u e o p a p e l ã o , ob je c t o s p o u c o
utilizados e motas são objectos existentes no
local, deste modo, o factor ambiental é muito
importante, para além disso, a acumulação de
papelão e lixo no espaço público pode originar
muito facilmente um incêndio. Por outro lado,
se eventualmente houvesse chamas num grande
espaço de estacionamento de motas, seria muito
per igoso, uma vez que estas têm o depósito
d a ga sol i n a , s e def l ag r a r u m i ncê nd io , é
possível que o calor faça subir a temperatura da
gasolina, desencadeando a reacção em cadeia, o
mais grave que poderia acontecer é desencadear
uma enorme explosão.
De acordo com os factos acima referidos
e m c o n j u g a ç ã o c o m o f a c t o r t e ó r i c o d a
c o m b u s t ã o , s u p o n d o q u e n i n g u é m t e n h a
deitado chama, por exemplo uma beata acesa,
mesmo com oxigénio, papelão, outros objectos
ou motas, não i r ia haver incêndio, por falta
do obje c t o de ig n içã o. Em cont r apa r t id a ,
s e a lg ué m de i t a s se u ma bea t a a ce sa , i s t o
provocar ia facilmente um incêndio, seja que
ca ia pe r t o do papelã o, de obje c t os pouco
utilizados ou de motas.
III.PREVENÇÃO DE ACORDO COM A CRIMINOLOGIA
Um dos temas do estudo da criminologia
Gráfico 7: Tetraedro do fogo padrão que constitui um incêndio (fonte: internet)
Líquidos inflamáveis e
explosivos
Calor
Combustível
Oxigénio
Reacção em cadeia
Aumento datemperatura
Produção de vapor
Produção dechamas
Combustão contínua
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é a prevenção do crime, que é considerado o
objectivo final. Dado que a prevenção é criada
pelo estudo e teoria da criminologia, por um
lado, consiste na aplicação da criminologia, por
outro, na conclusão da prática do controlo da
criminalidade. As medidas preventivas viáveis
desse tipo de crime, com base nos dados e na
análise acima referidos, são:
( I ) R E F O R Ç O D A I N T E R A C Ç Ã O POLÍCIA-POPUL AÇÃO E CRIAÇÃO DE MALHAS DE JUSTIÇA NA COMUNIDADE
Para a prossecução dos novos conceitos de
governação na área da segurança,
de s t a ca m- se o “ p ol ic i a me nt o
activo”, “policiamento comunitário”
e “ p ol ic ia me nt o n a s r e l a çõe s
públicas”, os quais são os novos
m o d e l o s o r i e n t a d o r e s q u e
funcionam conjuntamente. Por
outro lado, temos colaborado de
forma activa com a comunidade,
com v is t a a aprox imar mo-nos
d a p o p u l a ç ã o , p r o c u r a n d o
responder as suas necessidades
reais , desencadeando d iversas
act ividades de policiamento de
proximidade para que a força policial se alargue
no seio da comunidade, procurar o apoio dessa
camada no t rabalho pol icial , concret izando
deste modo o conceito das l inhas de acção
governat ivas, “ ter por base as necessidades
da população, colocando esta acima de tudo”,
esta iniciativa não só intensif ica as relações
entre polícia e população, como ainda promove
a interacção, o que cont r ibu i muito para a
prevenção e combate à criminalidade e para a
salvaguarda da ordem. O método que devemos
u t i l i z a r pa r a e n f r e n t a r a p opu la çã o deve
ser t ransparente, interact ivo e pró-act ivo, e
ainda, procura dar ajuda àqueles que foram
per tu rbados por um cr ime para que f iquem
aliviados do medo e do sofrimento psicológico,
eliminando rapidamente os inconvenientes para
a população quer em termos ambientais, quer
em termos situacionais provocados por este tipo
de crime.
“A força policial tem limites, mas a da
população é ilimitada”, portanto, considera-se
q u e a fo r ç a d a c omu n id a d e é a ex t e n s ã o
d a força pol ic ia l e é u m suplemento ú t i l .
Relativamente aos casos de fogo posto, a polícia
pode, at ravés de ajustamentos na segurança
e na gestão, mobil izar todos os recursos da
Gráfico 8: Tipos de objectos incendiários nos casos de fogo posto entre 2012 e 2016 (casos ocorridos ao ar livre)
10,0%
27,5%
12,5%
5,0% 5,0%
25,0%
12,5%
2,5%
Sofás Abandonados
Papelão Motas Viaturas Móvel para
Sapatos
Vestuário Objectospouco
Utilizados
Lixo
Gráfico 9: Comparação da origem dos casos de fogo posto por negligência (à excepção dos casos
ocorridos em apartamento) entre 2012 e 2016
82%
18%
Pedaços de papéisvotivos a arder
Beatas acesas
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comunidade e métodos leg ít imos, e lança r
depois da ocorrência de um crime, um apelo ao
público, para que este proporcione informações
eficazes e reais acerca do incidente, com vista
a facilitar a investigação. Se a polícia tiver o
apoio da população em termos de prevenção
c r iminal , descober t a do c r ime, recolha de
provas, detenção de indivíduos etc., cria-se uma
malha de justiça, que cobre todo o território,
que não dá possibilidades aos criminosos de se
esconderem. Sempre que polícia e população
tenham o mesmo objectivo, haverá, de facto,
capacidade de prevenir a cr iminalidade com
eficácia e fazer diminuir a ocorrência de crimes.
Para a população ter uma noção mais clara
de como ar t icular com a polícia, deve haver
orientação do policiamento de proximidade e
da intensif icação das ligações, t ransmitindo
informações úteis para a população, para que os
três elementos básicos das relações públicas da
polícia, ou seja, polícia, população e divulgação
de informações estejam totalmente integrados.
Para além disso, a polícia efectua visitas na
comunidade, realiza palestras sobre a prevenção
criminal, divulga informações policiais, tudo
isto é indispensável para melhorar a consciência
da população e do pessoal de administração dos
prédios nesta matéria.
No c a s o d e fogo p o s t o (c a s o 2) , q u e
provocou o incêndio de 90 motas, ocorrido em
27 de Dezembro de 2016, na Avenida Norte do
Hipódromo, o t rabalho de acompanhamento
destacou-se pela importância atribuída por esta
instituição ao policiamento de proximidade e
ainda pela estreita cooperação com os outros
serviços públicos, no sentido de “servir melhor
a população, e preocuparmo-nos com aquilo que
preocupa o cidadão”, tentarmos fazer o melhor
possível para diminuir o impacto provocado
pelos crimes que poderão perturbar a vida da
população.
(II) UMA LEGISLAÇÃO DISSUASORA
E EFICA Z PAR A A EFECTIVAÇÃO DA
RESPONSABILIDADE PELO FOGO POSTO
POR NEGLIGÊNCIA
A prát ica de fogo posto pode impl ica r
consequências muito g raves, e em Macau é
considerado como cr ime de per igo comum,
rege-se pelo cr ime de “Incêndios, explosões
e out ras condutas especialmente per igosas”.
Quem, provocar com dolo qualquer incêndio,
criando perda de vida humana ou causando um
prejuízo de bens superior a trinta mil patacas,
nos termos da alínea a) do número 1 do artigo
264.º do Código Penal, é punido com pena de
prisão até 10 anos. Por outro lado, quanto ao
fogo posto por negl igência , o número 2 do
mesmo diploma, dispõe de forma expressa, que
é punível, ou seja, se o incêndio for provocado
por negligência e causar per igo para a vida
ou ben s pa t r i mon ia i s , como por exemplo,
incêndios provocados por ter lançado beatas
de cigar ro, ter deixado incensos e pedaços
de papéis votivos a arder, é punido com pena
de pr isão até 8 anos e será responsável pelo
ressarcimento civil.
De acordo com a análise dos processos
que deram entrada na PJ em 2016 sobre fogo
posto, em que, de ent re 24, 25% tinha a ver
com beat as mal apagadas , embora a causa
do acto cr iminoso seja a negligência , a sua
punição deve ter um cer to efeito ameaçador,
por isso de acordo com o disposto no número
2 do artigo 264.º do Código Penal, o agente é
punido com pena de prisão de 1 a 8 anos. Isto
devido às consequências muito graves destes
incêndios, se não se aplicarem penas severas
às pessoas descuidadas e desatentas, poderá
haver prejuízos graves para a população por
negl igência de out ros ou a té mesmo haver
perda de vidas. Por isso, as penas aplicadas
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OPINIÃO
69
em Macau, nesse tipo de crime, quer que seja
praticado por negligência quer por dolo, são
relativamente severas.
( I I I ) D A I N T R O D U Ç Ã O D E
E Q U I PA M E N T O S I N O VA D O R E S D E
INVESTIGAÇÃO À INTENSIFICAÇÃO DA
FORMAÇÃO
A investigação criminal tem por objectivo
r e c o n s t r u i r a c e n a d o c r i m e , a p u r a r a s
circunstâncias da sua or igem e identif icar o
autor, isto é feito através de vários meios, entre
os quais, as provas, testemunhas, verif icação
das g ravações captadas pelas câmaras , em
simultâneo, tendo por base o local do crime,
com a utilização de equipamentos e métodos
científicos, efectuam-se inspecções minuciosas
e investigações, estudo e análise profundos,
descoberta de pistas, recolha de provas, e ainda
se recorre a técnicas de peritagem científ ica
para provar a construção do crime e determinar
os su spei tos . A con f i r mação dos fac tos é
feita mediante provas, neste sentido, a função
principal de um investigador é a recolha dessas
provas. O apuramento da origem do fogo posto
é sempre a prioridade da análise no local do
crime, desde que se saiba a sua origem, pode-se
determinar a sua natureza e em seguida decidir
a instauração do processo. Há uma enor me
dificuldade no apuramento do facto, tendo em
conta que por um lado, as marcas provocadas
pelo incêndio são fáceis de serem destruídas
por causa da combustão, ou danif icadas no
momento do salvamento das pessoas ou do
combate ao incêndio, a mudança de posição dos
objectos, por outro, à medida que rapidamente
se desenvolvem a tecnologia, as ferramentas de
ignição, os materiais combustíveis são cada vez
mais diversif icados fazendo com que aumente
a dif iculdade em determinar a causa de um
incêndio.
De acordo com a t eor ia d a prevenção
situacional do cr ime, para os indivíduos que
manifestam uma mot ivação óbvia do cr ime
podemos, mediante a gestão e a concepção,
e n t r e ou t r a s ma ne i r a s , concebe r mé t odos
de p r eve nçã o c r i m i n a l e m z on a s onde os
criminosos eventual ou habitualmente actuam,
criando deste modo um ambiente de prevenção
cr iminal especí f ico, ou seja , min imizando
as opor tunidades para a ocorrência do crime
em zonas com maior t endência ou t axa de
criminalidade, com vista a prevenir esse crime.
1. A instalação do “TeleEye”O Sistema de Monitor ização Digital da
Cidade, também conhecido por “TeleEye”, é
muito importante tanto no âmbito da segurança,
c o m o n o d a i nve s t ig a ç ã o , m a s , a n t e s d e
t udo, deve obedecer à Lei n.º 8/2005 – Lei
da Protecção de Dados Pessoais e à Lei n.º
2/2012 – Regime jur ídico da videovigilância
em espaços públicos, ent re out ras leis, e no
sent ido de proteger a pr ivacidade, devendo
ser colocadas, com prioridade, em locais com
maior ocorrência de crime, tais como em zonas
de estacionamento de motas, no que concerne
ao problema do fogo posto.
A o s S e r v i ç o s d e P o l í c i a U n i t á r i o s
competem a organização e coordenação do
planeamento e disposição da instalação das
câmaras de videovigilâncias no ter ritório, de
acordo com o projecto, prevê-se a instalação
de mais de 1.600 câmaras, nos próximos cinco
anos, a qual é processada em quatro fases. A
primeira fase de instalação consiste em colocar
219 câmaras nos postos f rontei r iços e seus
ar redores, as 263 e 338 câmaras da segunda
e tercei ra fases serão instaladas nos pontos
nevrálgicos, centro modal de transporte, pontos
tur íst icos e algumas instalações cr ít icas; na
últ ima fase serão colocadas 800 em lugares
mais isolados e com r isco de segurança. A
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OPINIÃO
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primeira fase já estava concluída e em plena
utilização, em Setembro de 2016.
2. Mais formação no âmbito da recolha
de provas no local e no das ciências forenses
R e c o r r e - s e a m é t o d o s a v a n ç a d o s d e
ext racção para efectuar testes e anál ise de
resíduos encont rados no local onde ocor reu
um incêndio o que facil ita o apuramento de
acendal has , mate r ia l i n f lamável , focos de
incêndio entre outras pistas importantes. Isto
mostra que o conhecimento e as técnicas são
muito importantes para a inspecção no local,
não devendo esquecer que ter muita experiência
é sempre indispensável para efectuar este tipo
de inspecção. Para além disso, deve haver um
mecanismo de comunicação entre os bombeiros
e os investigadores encarregados para melhorar
o t rabalho de ambas as pa r tes . Em ter mos
gerais, os métodos técnicos para a investigação
d e s s e t i p o d e c r i m e e a e x p e r i ê n c i a s ã o
obtidos mediante a prática ou aprendizagem,
d e s t e m o d o , a s a c ç õ e s d e fo r m a ç ã o s ã o
imprescindíveis para os investigadores. Além
disso, deve haver uma melhor ia permanente
nos equipamentos laboratoriais e nos métodos
usados, ao mesmo tempo, adquirir experiência
na i nves t igação desse t ipo de ca sos ent re
os ser v iços congéneres de out ros países , é
igualmente indispensável para a equipa policial
com vista a melhorar a própria eficácia.
(IV) AS ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
DEVEM SER REALIZ ADAS DE FORMA
ABRANGENTE PARA QUE A POPULAÇÃO
SE ARTICULE COM AS AUTORIDADES
POLICIAIS
A s a c ç õ e s d e s e n s i b i l i z a ç ã o s o b r e
a p r e ve n ç ã o c r i m i n a l d e s e m p e n h a m u m
p a p e l m u i t o i m p o r t a n t e n o s e n t i d o d e
proporcionar métodos ef icazes à população a
nível da prevenção desse t ipo de cr imes. As
formas de sensibil ização diversif icadas são
imprescindíveis, face ao desenvolvimento da
sociedade, e essas acções de sensibil ização
p o d e m s e r f e i t a s a t r a v é s d o s m e i o s d e
comunicação de massa, usando a informação
electrónica, televisiva, a rádio ou os jornais,
n o s a u t o c a r r o s , e m p a l e s t r a s , c a r t a z e s ,
pa n f le tos , porém, os a r t igos publ ic i t á r ios
c o n vé m q u e s e j a m c o n c e b i d o s d e fo r m a
at raente para chamar a atenção do públ ico,
simples e fáceis na explicação, para at ingi r
desta forma o seu objectivo. A tecnologia está
a evoluir continuamente, o desenvolvimento
dos ar t igos elect rónicos cr ia também novas
a p l i c a ç õ e s p a r a t e l e m ó v e i s , t a i s c o m o:
WeChat , In s tag ram , YouTube e Facebook ,
ent re out ras plataformas sociais, que podem
t ransfor mar-se nu m meio de i nte racção de
a l t a e f icá c ia e n t r e a p ol íc i a mode r n a e o
público, vale a pena aproveitá-las. Para melhor
implementar o modelo policial de “ t rabalho
policial orientado para resolver os problemas
d a c omu n id a de e o ap oio d a c omu n id a de
a o t r a b a l h o p o l i c i a l ”, d e v e m - s e t e r e m
consideração as expectat ivas da população,
dinamizar os métodos de sensibilização, para
que mais informações cheguem à população,
coordenando o t rabalho policial. No entanto,
no trabalho deve haver transparência, divulgar
atempadamente os cr imes ocor r idos, lançar
investigações e procedimentos posteriores com
vista a esclarecer estes acontecimentos, para
conquistar a confiança e o apoio da população,
ob t e ndo, c omo d i z o d i t a do , “o dob ro do
resultado com metade do esforço”.
Por e s t a s r a z õ e s , e mb or a o s f a c t o r e s
ambientais para a constituição de fogo posto
s e j a m m u i t o s i m p l e s , d e a c o r d o c o m o s
modelos do “t r iângulo do fogo” e “ tet raedro
do fogo”, desde que falte qualquer um destes
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OPINIÃO
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factores, a ocorrência de fogo posto, sobretudo
p o r n e g l ig ê n c i a é d i f í c i l d e s u c e d e r , d e
qualquer modo, a população deve ter sempre
a noção da segurança, nunca deitar focos de
i ncênd io, sobre t udo os f u madores , devem
ter mais civ ismo, evitando at i rar beatas de
cigar ro para o chão, caso cont rá r io poderá
haver consequências imprevistas, mesmo sem
a presença de dolo, esta acção ou erro poderá
afectar a sociedade ou a população, e o autor
terá que ser punido.
Para implementar o conceito de governação
“com maior p r ior id ade na popu lação” e o
modelo policial de “policiamento act ivo”, o
pessoal da PJ põe, com o seu conhecimento
p rof i s s iona l , t odo o poss ível empen ho na
prevenção e investigação criminal, para servir
a população, es t ando sempre à procu ra de
fazer melhor no âmbito da invest igação dos
casos de fogo posto e do trabalho a posteriori,
p o r f o r m a a t e n t a r r e d u z i r o s i m p a c t o s
causados por este tipo de crime que poderão
afec t a r a v id a quot id iana d a popu lação e ,
at ravés das act iv idades de pol iciamento de
prox imidade, or ient a r a força comu nit á r ia
n o s e n t i d o d e m e l h o r a r t i c u l a r o n o s s o
t rabalho. É nossa opinião que, com a união
dos serviços públicos, mais a colaboração da
população, não haverá aumento do número
de crimes, ao mesmo tempo, que o sistema de
videovigilância, pode desempenhar um papel
relevante não só no âmbito da segurança da
comu nidade como t ambém na prevenção e
combate à cr iminalidade, o que merece uma
optimização permanente.
1.2.3.
4.
5.6.7.
Tsai Tung-Min, “Psicologia Criminal” (I) e (II), pela Li Ming Cultural Enterprise Co. Ltd., 1979.John N. Cardoulis. The Art and Science of FIRE investigation, 1990.Li Chunlei e Jin Gaofeng, “Teor ia e Prát ica da Prevenção da Criminalidade” pela Editora da Universidade de Beijing, 2007.Zhao Guoqiang, “Estudos do Direito Cr iminal (cont.)” da Associação de Estudo de Direito Criminal de Macau, 2014.Hu Xiangyang, “Análise do Local do Crime” pela Editora de Sistema Jurídico da China, 2010.Liu Wei-Hsiang, “Investigação criminal” pela Editora Chien Hua Publishing Company, 2001.Fonte internet: http://140.122.142.231/~chem/oldWWW/antiFire/02.htm
Bibliografia: