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Brasília, 16/12/2011 - Boletim Interno do ICMBio, nº 176 - Ano V 1 ICMBio EM FOCO Brasília, 16/12/2011- Boletim Interno do ICMBio, n° 176 - Ano V Retrospectiva 2011 Trabalhar em prol do meio ambiente é tarefa nada fácil. Nós, que batalhamos no Instuto Chico Mendes, conhecemos bem essa realidade, enfrentada dia após dia. Apesar das dificuldades, o ICMBio em Foco procurou divulgar durante todo o ano as conquistas diárias obdas com o nosso esforço e o de colaboradores da instuição. As celebrações de 74 anos do Parque Nacional de Itaaia e 72 anos dos parques nacionais do Iguaçu e da Serra dos Órgãos, unidades de conservação pioneiras no Bra- sil, mostram que o trabalho vale a pena e deve connuar. Na área administrava, foram destaque este ano a realização de cursos de capacita- ção, processos selevos, programas de qua- lidade de vida, exames periódicos de saúde; a construção do planejamento estratégico, avidade que percorreu o Brasil. Também não podemos esquecer do contrato nacio- nal de gerenciamento de meios, para suprir demandas de materiais diversos de expe- diente e de campo; o desenvolvimento de sistemas, contribuindo para o avanço tecno- lógico do nosso Instuto. As alternavas construídas com as co- munidades, os projetos desenvolvidos por eles e até ações que não são de responsabi- lidade direta, como o socorro prestado pe- los colegas da Serra dos Órgãos e da APA da Serra da Manqueira na tragédia da região serrana do Rio de Janeiro também merece- ram espaço no nosso bolem. Da mesma forma, a realização de ação de cidadania e meio ambiente pelo NGI de Itaituba, o apoio à criação de cooperava de reciclado- res pela Estação Ecológica de Iquê, no Mato Grosso, e o Projeto Educação ambiental aplicada à gestão dos resíduos sólidos no conjunto Bonfim, comunidade limítrofe à Rebio Guaribas, na Paraíba. O ICMBio conquistou a marca de mais de 200 conselhos consultivos e deliberati - vos criados. Comunidades do interior ou entorno de unidades, professores, estu- dantes e outros públicos participaram de uma série de atividades desenvolvidas pelo ICMBio. Curso de manejo para extração de óleo de copaíba na Resex Lago do Capanã Grande, e Oficina de Instrutores do Curso de Pedagogia de Projetos em Temas Am- bientais, no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e outras UCs também mobilizaram nosso público. Os avanços obdos na regularização fundiária e os contratos de Concessão de Direito Real de Uso. Planos de manejo como das florestas nacionais do Trairão e do Passo Fundo, e planos de uso, como da Resex de Cururupu, no Maranhão, eram angas de- mandas, agora atendidas. Não ficaram sem menção as homena- gens recebidas pelos servidores e aquelas direcionadas às nossas unidades de con- servação. O Parque Nacional da Serra do Cipó recebeu o Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza na categoria Melhor Ação em Ecoturismo. As Cataratas do Iguaçu foram escolhidas como Favorite Overseas Attraction in 2010 - Atra- ção Favorita no Exterior em 2010 - em vota- ção por leitores dos tablóides ingleses The Connua...

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Brasília, 16/12/2011 - Boletim Interno do ICMBio, nº 176 - Ano V

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ICMBioEM FOCO

Brasília, 16/12/2011- Boletim Interno do ICMBio, n° 176 - Ano V

Retrospectiva 2011Trabalhar em prol do meio ambiente

é tarefa nada fácil. Nós, que batalhamos no Instituto Chico Mendes, conhecemos bem essa realidade, enfrentada dia após dia. Apesar das dificuldades, o ICMBio em Foco procurou divulgar durante todo o ano as conquistas diárias obtidas com o nosso esforço e o de colaboradores da instituição.

As celebrações de 74 anos do Parque Nacional de Itatiaia e 72 anos dos parques nacionais do Iguaçu e da Serra dos Órgãos, unidades de conservação pioneiras no Bra-sil, mostram que o trabalho vale a pena e deve continuar.

Na área administrativa, foram destaque este ano a realização de cursos de capacita-ção, processos seletivos, programas de qua-lidade de vida, exames periódicos de saúde; a construção do planejamento estratégico, atividade que percorreu o Brasil. Também não podemos esquecer do contrato nacio-nal de gerenciamento de meios, para suprir demandas de materiais diversos de expe-diente e de campo; o desenvolvimento de sistemas, contribuindo para o avanço tecno-lógico do nosso Instituto.

As alternativas construídas com as co-munidades, os projetos desenvolvidos por eles e até ações que não são de responsabi-lidade direta, como o socorro prestado pe-los colegas da Serra dos Órgãos e da APA da Serra da Mantiqueira na tragédia da região serrana do Rio de Janeiro também merece-ram espaço no nosso boletim. Da mesma forma, a realização de ação de cidadania e meio ambiente pelo NGI de Itaituba, o apoio à criação de cooperativa de reciclado-res pela Estação Ecológica de Iquê, no Mato Grosso, e o Projeto Educação ambiental aplicada à gestão dos resíduos sólidos no conjunto Bonfim, comunidade limítrofe à Rebio Guaribas, na Paraíba.

O ICMBio conquistou a marca de mais de 200 conselhos consultivos e deliberati-vos criados. Comunidades do interior ou entorno de unidades, professores, estu-dantes e outros públicos participaram de

uma série de atividades desenvolvidas pelo ICMBio. Curso de manejo para extração de óleo de copaíba na Resex Lago do Capanã Grande, e Oficina de Instrutores do Curso de Pedagogia de Projetos em Temas Am-bientais, no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e outras UCs também mobilizaram nosso público.

Os avanços obtidos na regularização fundiária e os contratos de Concessão de Direito Real de Uso. Planos de manejo como das florestas nacionais do Trairão e do Passo Fundo, e planos de uso, como da Resex de

Cururupu, no Maranhão, eram antigas de-mandas, agora atendidas.

Não ficaram sem menção as homena-gens recebidas pelos servidores e aquelas direcionadas às nossas unidades de con-servação. O Parque Nacional da Serra do Cipó recebeu o Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza na categoria Melhor Ação em Ecoturismo. As Cataratas do Iguaçu foram escolhidas como Favorite Overseas Attraction in 2010 - Atra-ção Favorita no Exterior em 2010 - em vota-ção por leitores dos tablóides ingleses The

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Guardian e Observer; o 18º Prêmio Expres-são de Ecologia na categoria Conservação da Vida Silvestre concedido ao Projeto Car-nívoros do Iguaçu; a premiação do ICMBio no 6º Congresso Brasileiro de Pregoeiros, dessa vez na categoria órgão que mais ca-pacitou pregoeiros e equipes em 2010. O Prêmio Transformadores, da revista Trip, à colega Zelinha, chefe da Reserva Biológica do Atol das Rocas; e o reconhecimento pú-blico a Josimarcio Campos de Azevedo pe-los serviços prestados enquanto foi nosso servidor, da APA Petrópolis e Rebio Tinguá.

Nossos centros de pesquisa e conservação fizeram em 2011 um belo trabalho. O desenvol-vimento pelo Cecav de metodologia para iden-tificar áreas vulneráveis do patrimônio espeleo-lógico, a translocação pelo CMA de peixes-bois para ambiente natural e o trabalho do Cepam na avaliação da dieta e qualidade de habitats do peixe-boi amazônico são alguns desses feitos.

A construção de 19 planos de ação nacio-nal para conversação de espécies e a elabo-ração do Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais devem ser festejados. Na área de pesquisa, o aumento do número de estudos realizados, projetos contemplados com bol-sas de iniciação científica, o lançamento da revista Biodiversidade Brasileira e a 3ª edição do Seminário de Pesquisa e Iniciação Científi-ca foram ações que nos enchem de orgulho.

No que diz respeito a operações de fis-

calização para coibir crimes ambientais, fi-guraram apreensão de quatro toneladas de mero na Resex Marinha de Caeté-Taperaçu, no Pará. O trabalho de fiscalização de plan-tios de soja no entorno da Esec Mata Preta e Flona de Chapecó e a campanha Abra os Olhos para a pesca legal, no Parque Nacio-nal Marinho dos Abrolhos. A estruturação de Bases Operativas de Prevenção e Comba-te aos Incêndios Florestais e a diminuição de hectares comprometidos por incêndios em UCs, também não podem ser esquecidos.

Nossas unidades receberam visitantes internacionais atraídos pela repercussão do nosso trabalho. Recepcionamos parlamen-tares europeus na Floresta Nacional do Ta-pajós, o embaixador da Polônia na Estação Ecológica do Taim, o presidente dos EUA Ba-rack Obama no Parque Nacional da Tijuca, autoridades indonésias na CR 4, a ministra do Meio Ambiente do Reino Unido no Par-que Nacional da Chapada dos Veadeiros, en-tre tantas outras figuras ilustres.

Na área de comunicação social, intenso trabalho para construção e lançamento do por-tal e a entrada do ICMBio nas redes sociais.

Se falarmos em visitação, nos lembra-remos da reabertura de tradicionais trilhas de travessia fechadas desde a década de 1980, no Parque Nacional de Itatiaia; bem como a discussão sobre ecoturismo de base comunitária em UCs. A inclusão de deficien-tes visuais nas atividades de uso público da

Floresta Nacional São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul, a campanha de orienta-ção a turistas no Parque Nacional do Supe-ragui, no Paraná, ou a limpeza de unidades de conservação, com mutirões no Monu-mento Natural do Arquipélago das Ilhas Ca-garras e nos parques nacionais da Tijuca e dos Abrolhos.

Também há que se lembrar da recom-posição de mata ciliar na Floresta Nacional de Ritápolis, em Minas Gerais, o planeja-mento da Educação Ambiental e Comu-nicação na Resex Cassurubá, na Bahia, o manejo do pirarucu na Reserva Extrati-vista do Médio Juruá, no Amazonas, e o emocionante hasteamento da bandeira do ICMBio no topo de nossa maior monta-nha, o Pico da Neblina.

Para finalizar é preciso reconhecer que os eventos citados nesta retrospectiva são apenas alguns dentre inúmeros outros, de igual impor-tância, que aproximam o Instituto Chico Men-des da sociedade num ano que nem terminou. Por sua vez, a divulgação pelo ICMBio em Foco dessas e outras ações diárias com impacto Brasil afora busca aproximar as mais de 300 bases do nosso Instituto, destacando iniciativas que po-dem servir de inspiração à outras unidades. No próximo ano, o Instituto Chico Mendes comple-tará cinco anos de um trabalho iniciado tempos atrás pelos órgãos precursores de meio ambien-te no Brasil, mas abrindo sempre novas frentes.

Retrospectiva 2011

Como acontece todo ano, o ICMBio em Foco entra em recesso e voltará em janeiro. Boas festas!

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Consulta Pública para criação da Resex do Litoral Sul de Sergipe

Mais de 700 pessoas compareceram, no último dia 7, a uma Consulta Pública como parte do processo para criação da Reserva Extrativista do Litoral Sul de Sergipe. Entre elas estavam pescadores, catadoras de man-gaba, representantes de movimentos sociais, prefeituras, do governo estadual e de institui-ções de pesquisa, além da universidade e de deputados estaduais.

A Resex abrange rios, uma porção marinha e remanescentes do bioma Mata Atlântica na re-gião, tais como restingas, mangues e fragmentos de matas, dos municípios de Estância, Indiaroba, Santa Luzia do Itanhy e Itaporanga D’Ajuda. A UC contempla a proteção dos ecossistemas associa-dos ao estuário dos rios Fundo, Piauí e Real, ao mesmo tempo em que preconiza a sustentabi-lidade para o uso dos recursos pesqueiros e da coleta de frutos, como a mangaba, cuja árvore é símbolo do estado de Sergipe.

A proposta de criação da Resex teve início em 2005 com a solicitação da Colônia

de Pescadores de Estância e da ONG Água é Vida. Posteriormente, recebeu apoio de ou-tras colônias, associações comunitárias e ain-da do Movimento das Catadoras de Manga-ba. No total, foram três mil assinaturas entre solicitações e apoio à criação.

A consulta foi organizada e realizada pela nossa Coordenação de Criação de Unidades de Conservação - CCUC e teve apoio impres-cindível da Coordenação de Educação Am-biental, do Parna da Serra de Itabaiana, Re-bio Santa Izabel e CR 6. Para chegar até aqui, houve antes ampla mobilização e discussão com os interessados diretos, intensificadas a partir de janeiro deste ano e estendidas a ou-tros movimentos sociais como a associação de quilombolas e o MST. Além da sociedade civil, a proposta foi previamente debatida junto a instituições e órgãos públicos, como prefeituras, Ibama, Incra, Semarh, Universi-dade Federal do Sergipe, Embrapa Tabulerios Costeiros e Governo do Estado de Sergipe.

Nos próximos 30 dias, o ICMBio conti-nuará recebendo demandas decorrentes do processo consultivo por meio de ofícios, car-tas e do. Vencido esse prazo, será dado por finalizado o processo de oitivas. As deman-das recebidas serão examinadas e a pro-posta será então finalizada tecnicamente. O passo seguinte será a análise jurídica e, em seguida, o envio da proposta ao MMA.

Vista geral do público que participou da consulta

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Extrativista do Acre recebe prêmios nacionaisO líder comunitário e seringueiro Aldeci

Cerqueira Maia, mais conhecido por Nenzi-nho, participou no dia 5, em São Paulo, da cerimônia de entrega do 16º Prêmio Ford de Conservação Ambiental, no qual foi vence-dor na categoria Conquista Individual, pelo trabalho de mobilização comunitária para criação da Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema, em Sena Madureira, no Acre.

O objetivo da Ford ao realizar o prê-mio, hoje reconhecido como um dos mais importantes na área ambiental, é incentivar o desenvolvimento de iniciativas inovadoras e exemplares, além de divulgar o trabalho de pessoas e entidades que se dedicam a promover a consciência ambiental do país. Por esse motivo, neste ano a cerimônia de entrega aconteceu durante o 1º Seminário Ford de Sustentabilidade.

No evento, Nenzinho teve a oportunida-de de compartilhar um pouco de sua histó-ria com os presentes, lembrando a luta dos seringueiros da Amazônia para criação das primeiras reservas extrativista no país. Des-de 2006, ele faz parte da equipe gestora da Resex como assistente administrativo, sendo peça fundamental na relação entre ICMBio e comunidades, por ser uma fonte de informa-ção única e memória viva de todos os passos dados até a criação da UC.

Esta semana, Nenzinho recebeu a notí-cia de que também foi um dos vencedores do Prêmio Betinho Atitude Cidadã 2011, pelo seu trabalho e dedicação para criação da mesma Resex, em 2002. A equipe gestora da unidade planeja diversas atividades com a comunidade para comemorar no ano que vem os 10 anos de criação da reserva.

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Nenzinho ao lado de John Viera, diretor global de Sustentabilidade, Meio ambiente e Segurança da Ford, mostra artesanato de borracha confeccionado na Resex

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Seminário Ecoturismo de base comunitária nas Reservas Extrativistas

Produzir informações sobre as experi-ências de Ecoturismo de Base Comunitária - EBC nas reservas extrativistas e construir coletivamente diretrizes institucionais para implantação de projetos da modalidade nessa categoria de UC. Esses foram os ob-jetivos do seminário “Ecoturismo de base comunitária nas Reservas Extrativistas”, promovido pelo CNPT em parceria com a Coordenação-geral de Uso Público e Negó-cios e a Reserva Extrativista de Cururupu.

O evento ocorreu em São Luís, entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, e reuniu 50 participantes de várias regiões do país. Dentre eles, representantes das nossas coordenações de Uso Público e Ne-gócios, de Elaboração e Revisão de Plano de Manejo e de Políticas e Comunidades Tradicionais, do CNPT, de 15 UCs, ONGs, da iniciativa privada e de representantes do poder público, além de pesquisadores e comunitários.

Na abertura do evento foi reforça-da a importância de fortalecer o debate sobre o turismo de base comunitária no âmbito do ICMBio, como importante me-canismo de gestão do uso público nas re-servas extrativistas. Na primeira parte do seminário, painéis com palestras seguidas por debates, foram discutidos conceitos de turismo de base comunitária; manu-tenção do modo de vida e da cultura das populações tradicionais; visão das comu-

nidades, dos gestores e parceiros das UCs; e planejamento do EBC nas reservas. Os participantes destacaram a importância de estender o debate sobre o EBC a outras categorias de UC, mesmo tendo as reser-vas extrativistas como “carro chefe”.

Em seguida, Ernesto Viveiros de Cas-tro, coordenador-geral de Uso Público e Negócios, realizou dinâmica com objeti-vo de definir aspectos fundamentais para conceituação do termo turismo de base comunitária nas unidades de conservação. O grupo definiu como aspectos a gestão comunitária, transparência, partilha dos benefícios, conservação socioambiental, valorização da cultura local e vivências.

O seminário teve continuidade com a divisão dos participantes em dois grupos. O primeiro teve como objetivo estabelecer di-retrizes para a elaboração de projetos de EBC nas reservas, tendo como resultado o esta-belecimento de 14 etapas, além da definição

de atores e procedimentos metodológicos mínimos em cada uma delas. O segundo dis-cutiu os arranjos institucionais para a gestão do EBC, com foco nos instrumentos de ges-tão, nas atribuições e responsabilidades e na prestação de serviços de apoio ao uso públi-co/visitação. O resultado foi uma relação de desafios e atribuições de cada ator no pro-cesso, seja comunidade, conselho deliberati-vo ou ICMBio, em cada eixo trabalhado.

A reunião plenária de encerramento do seminário resultou na criação de um grupo de trabalho para propor diretrizes e subsidiar o ICMBio nas questões relativas ao turismo de base comunitária nas UCs. O GT será composto por um representan-te da Coordenação-geral de Uso Público e Negócios e outro da Coordenação de Polí-ticas e Comunidades Tradicionais; um do CNPT; dois de gestores de UCs federais, as reservas extrativistas Unini e Canaviei-ras, tendo como suplentes Flona Tapajós e Resex Delta do Parnaíba; e dois repre-sentantes de comunidades tradicionais, a Resex Soure e Flona Tapajós, tendo como suplentes as reservas extrativistas Prainha do Canto Verde e Unini.

O seminário fez parte do Projeto “Eco-turismo de base comunitária na Ilha dos Lençóis, Resex de Cururupu” e foi financiado pelo Projeto PNUD BRA 08/023 - Conserva-ção da Biodiversidade e Promoção do De-senvolvimento Socioambiental, tendo sido coordenado por Carolina Alvite, do CNPT.

Oficina discute projeto de EBC na Resex CururupuAproveitando o seminário, CNPT e Reserva Extrativista de Cururupu realizaram oficina para discutir o projeto de ecoturis-

mo de base comunitária na Ilha dos Lençóis. O evento, ocorrido nos dois primeiros dias deste mês, também em São Luís, con-tou com participantes do próprio seminário de EBC e convidados locais, entre representantes da prefeitura de Apicum-Açu, pesquisadores das universidades federais do Maranhão e Pará, donos de pousadas e operadores de turismo locais. No pri-meiro dia foram apresentadas informações sobre a Resex de Cururupu, os resultados do inventário participativo do potencial de ecoturismo da Ilha dos Lençóis e dados para uma proposta de turismo denominada “pesca acompanhada”. No segundo dia da oficina, foram estabelecidas ações prioritárias para gestão do EBC na Ilha, com destaque para os eixos infraestrutura básica, gestão de resíduos e criação de animais; infraestrutura e serviços de apoio ao EBC; e beneficiários, usuários e agentes externos à Resex: como operar o EBC na Ilha. O próximo passo será uma visita à Ilha no início de 2012, dando continuidade às atividades para planejamento do ecoturismo de base comunitária.

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Participantes do seminário

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Nosso Projeto Político Pedagógico está em fase de construção

Uma nova etapa no processo de construção do Projeto Político Pedagógico, o PPP, foi realiza-da este mês, na Acadebio. Alguns de seus objeti-vos foram consolidar os grupos de trabalho rela-cionados ao projeto, avançar nas estratégias de sua criação e difusão, discutir e identificar novos textos para qualificar o grupo, além de definir um cronograma até a próxima reunião.

Também foi definido um documento com ações como discussão das reuniões an-teriores, trabalhos dinâmicos em sala, defini-ção de estratégias futuras, troca de opiniões e conhecimento. Dentro desse contexto, os participantes se dividiram em três grupos para tratar respectivamente dos marcos si-tuacional, referencial e operacional do pro-jeto, de acordo com as estratégias definidas pelo autor Celso Vasconcellos. Foram ainda formados os subgrupos Secretaria Executiva, Logística, Suporte teórico formativo, Articu-lação e Divulgação, que explicaram suas es-tratégias de ação.

Para a analista ambiental Dauriléia Vieira, o PPP vai nortear todas as ações de formação e desempenho das atribuições dos servidores. “O objetivo principal da oficina foi definir as etapas do PPP e, dentro delas, os papéis de-sempenhados por cada um”, destaca.

Na opinião de Leda Luz, moderadora da reunião, “muitos dos pontos discutidos aqui se desdobram, tornando o assunto tão amplo a ponto de ser eventualmente discutido em outra reunião”, afirmou. Consenso entre os participantes é de que o PPP será um proces-

so competente para definir as principais pos-turas e práticas do ICMBio em suas ações for-mativas e de construção de conhecimento de uma forma geral. Houve quem destacasse seu caráter dinâmico, que pode comportar novas atualizações e complementos.

Quanto à divulgação do projeto, sentiu-se necessidade da construção imediata de estra-tégias para a sua disseminação e divulgação. “Dada a amplitude do órgão, será necessária uma divulgação forte para que o interesse na participação chegue a todos os servidores”, comenta nossa colega Dauriléia. Dentre as

propostas de divulgação apontadas durante a reunião estão a confecção de folhetos e pai-néis, vídeos informativos para exibição antes dos cursos realizados na Acadebio, além da divulgação das ações do projeto no próprio ICMBio em Foco, de modo a convidar todos os servidores a participar desse processo.

A próxima reunião está prevista para março. Até lá, cada um dos grupos terá que cumprir tarefas a ele designadas. A oficina contou com a presença de instrutores, ser-vidores e colaboradores que compõem o nú-cleo de construção do PPP.

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Flona Pau Rosa realiza oficinas para formação de conselho

A Floresta Nacional Pau Rosa, no Ama-zonas, realizou, entre 16 e 27 de novembro, oficinas nos rios Paraconi, Urária, Parauari e Amaná para formação do seu conselho gestor. Estiveram presentes 16 comunidades além de moradores isolados. Os eventos serviram também para o esclarecimento de dúvidas quanto às regras da unidade e à legislação

ambiental. Utilizando mapas e cartilhas, os presentes receberam informações sobre o SNUC e a área da UC. Fotografias feitas nas comunidades foram a base de um questioná-rio relacionado ao cotidiano dos moradores e à natureza. A equipe da Flona apresentou esclarecimentos às dúvidas relatadas. O tra-balho para composição do conselho teve uma

etapa para identificar instituições públicas e civis que atuam na área, a fim de priorizá-las na formação do conselho, e outra para saber como comunidades e moradores isolados se organizariam para a composição. O resultado dessas etapas e todos os assuntos tratados fo-ram descritos em ata assinada pelos presentes e ICMBio no encerramento das atividades.

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Parna do Tumucumaque terá Complexo de Percepção Ambiental

Oficina avalia projetos do CPPTA de Porto Grande

A equipe do Parque Nacional Monta-nhas do Tumucumaque vai apoiar o desen-volvimento do doutorado em Ensino de Ci-ências e Matemática da professora Cristiane Rodrigues Menezes, da Universidade Federal do Amapá. Para tratar desse assunto, a UC recebeu, no dia 5, visita da professora do De-partamento de Botânica e Ecologia do Insti-tuto de Biociências da Universidade Federal do Mato Grosso, Dra. Edna Lopes Hardoim.

O projeto faz parte do Complexo de Per-cepção Ambiental, que será instalado na área verde localizada no entorno da sede do Par-na, em Serra do Navio, e será composto por um coreto destinado a arte e educação, um bosque com trilhas interpretativas e um jar-dim sensorial. Cristiane explica que o jardim será o foco de sua pesquisa para investigação dos aspectos relacionados a conservação da

O município de Porto Grande, no Amapá, sediou em novembro a Oficina de Avaliação dos projetos construídos pelos professores-cursistas do Curso Pedagogia de Projetos em Temas Ambientais – CPPTA, com apoio da equipe do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Seu objetivo foi conhecer o desenvolvimento dos projetos, desde sua criação até a execução das atividades, dan-do ênfase às suas características positivas e negativas. O CPPTA visa contribuir para o aperfeiçoamento dos professores na cons-trução de projetos interdisciplinares, além de sensibilizar para o tratamento dos proble-mas ambientais das comunidades, utilizando unidades de conservação como Centro de Referência em Educação Ambiental.

Para a coordenadora-geral do CPPTA, professora Cristiane Menezes, foi possível traçar um panorama do andamento das ações a partir do relato dos professores cur-

flora e fauna no município. No decorrer da pesquisa os professores da rede pública se-rão capacitados para utilização dele nas suas atividades educacionais.

De acordo com Edna Hardoim, esta é uma iniciativa pioneira na região amazôni-ca, levando em consideração os aspectos envolvidos na execução da pesquisa e em sua importância para a comunidade de Serra do Navio. Na opinião do chefe da unidade, Christoph B. Jaster, ações como esta são im-portantes para a região de entorno do Parna como forma de integrar as áreas protegidas ao cotidiano da comunidade.

Na ocasião foi realizada audiência com a prefeita de Serra do Navio, Francimar Perei-ra, que também apóia o projeto. A audiência contou com a presença dos analistas ambien-tais Marcela de Marins, chefe substituta do

sistas presentes, sendo a etapa de capacita-ção do CPPTA indicada como ponto de mu-dança positiva e incentivadora dos projetos, e a falta de recursos um fator de impedimen-to para a sua realização.

Já a analista ambiental Mariella Butti, co-ordenadora do CPPTA de Porto Grande, acha

Parna, e Paulo Russo, coordenador de Edu-cação Ambiental e Articulação Institucional e Comunitária, além da Dra. Edna e Cristiane Menezes e da bióloga Aline Vaz, para tratar do termo de cooperação técnica a ser cons-truído entre as instituições envolvidas.

que a retomada dos acompanhamentos com uma oficina tão leve, divertida e produtiva foi uma felicidade. Os professores de Porto Grande têm diversos graus de experiência na execução de projetos, uns de longa data, outros buscando apoio para dar os primeiros passos. Durante a realização da atividade eles puderam compartilhar suas ideias, auxiliar e serem auxiliados, já que está sendo constru-ído no município grupo de apoio mútuo que reúne forças para implementar a pedagogia de projetos nas escolas do município.

Após o término da oficina, facilitada pelo analista ambiental Paulo Russo, ficou sinalizada a realização da sessão solene de entrega dos certificados e do Seminário Pú-blico do CPPTA nos dias 30 de abril e 1º de maio de 2012, aproveitando o aniversário da cidade em maio, como forma de incor-porar as ações do CPPTA pela sociedade de Porto Grande.

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Edna, Cristiane ,Francimar, Marcela e Paulo em audiência na prefeitura de Serra do Navio

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Parna Chapada Diamantina realiza planejamento estratégico

Para alinhar suas atividades ao modelo de gestão estratégica em implementação no ICMBio, o Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, desenvolveu ações específicas durante o mês de novembro. O objetivo é construir o planejamento estraté-gico alinhado com as diretrizes do Instituto e priorizando as atividades previstas no Plano de Manejo da unidade.

O chefe do Parna, Bruno Lintomen, ex-plica que o trabalho desenvolvido auxiliará no fortalecimento do plano de manejo, que é muito extenso, além da equipe ser muito pequena. “Com o planejamento estratégico, pretendemos priorizar as atividades e focar os recursos. A sociedade da Chapada Diamantina

esteve presente em dois momentos: na parti-cipação direta de seis conselheiros na constru-ção do planejamento, e na sua apresentação a todo o conselho consultivo, o que fortaleceu ainda mais a participação social”, ressalta.

Para alinhar plano de manejo com pla-nejamento estratégico foram desenvolvidos mapa estratégico, Balanced Scorecard, lista de atividades prioritárias, painel de gestão à vista, novo organograma, visão e missão da unidade, essa última definida como “Con-servar importantes amostras da biodiversi-dade e das paisagens da Serra do Sincorá, na Chapada Diamantina, promovendo a in-tegração harmônica da sociedade com seu patrimônio natural”.

O planejamento está previsto para o período entre 2011 e 2015. O trabalho foi realizado por meio do Programa Mata Atlântica, com apoio da agência de coope-ração alemã GIZ.

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Construção do planejamento

CPB encerra participação no XIV Congresso Brasileiro de Primatologia

Termina hoje, em Curitiba, o XIV Con-gresso Brasileiro de Primatologia, um dos mais importantes eventos do segmento e que reúne especialistas de todo o país em prol da conservação dos nossos primatas. Sob o tema central “A Primatologia no Bra-sil: do científico ao popular”, os participantes debateram e apresentaram, desde o dia 13, soluções e formas para aproximar a comu-nidade científica da sociedade e fomentar a importância da conservação da biodiversida-de e dessas espécies.

Pela primeira vez, o nosso Centro Nacio-nal de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros – CPB participou como co-respon-sável pela realização do congresso e apresen-tou uma série de resultados de pesquisas e análises sobre diversas espécies de primatas.

Leandro Jerusalinsky, coordenador do CPB, realizou hoje palestra sobre os 10 anos de atuação do centro de pesquisa e

sua contribuição para a primatologia bra-sileira. Nela, o biólogo traçou um breve histórico da entidade abordando as prin-cipais atividades ora em desenvolvimen-to. Ainda nesta sexta-feira, os analistas ambientais do CPB Marcos Fialho, doutor em Ecologia, e Amely Martins, mestre em Farmacologia, fizeram parte da oficina “Éspécies de Primatas Ameaçadas de Ex-tinção/IUCN”.

Ontem, Leandro integrou a mesa-re-donda sobre ações para conservação de Brachyteles, na qual abordou histórico e avanços obtidos com o PAN dos Muriquis, voltado à conservação das duas espécies desse gênero ameaçado. Na quarta-feira, a analista ambiental do CPB Mônica Monte-negro, doutora em Ecologia Aplicada, parti-cipou de mesa-redonda sobre primatas da Mata Atlântica, que abriga 23 espécies, sen-do 65% delas ameaçadas de extinção.

Ao todo, foram apresentados seis traba-lhos por nossos pesquisadores, sendo eles “Endoparasitas em Cebus Flavius de vida livre”, “Status do conhecimento científico sobre primatas brasileiros”, “Caracterização florística de fragmento ocupado por Callice-bus coimbrai no estado do Sergipe”, “Rein-trodução e manejo de Guaribas-de-mãos-rui-vas”, “Uso do Playback para o levantamento populacional de Guaribas-de-mãos-ruivas (Alouatta belzebul) reintroduzidos na reserva biológica Guaribas, Mamanguape” e “Análise cariotípica de Cebus Flavius”.

Aproveitando o evento, o CPB reuniu-se com colaboradores do Plano de Ação Nacio-nal dos Muriquis, para implementação de algumas ações estratégicas futuras, e apre-sentou a exposição itinerante “Primatas Bra-sileiros: Diversidade, Pesquisa e Conserva-ção”, lançada no mês de outubro, durante as comemorações dos 10 anos do centro.

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Gestão DocumentalA Biblioteca do ICMBio Outros Serviços

Sophia é um software para gestão de acervos voltados a bibliotecas de pequeno, médio e grande porte, essencial para vencer os obstáculos envolvidos na administração dessas estruturas. A ferramenta também é ideal para instituições que queiram disponi-bilizar consulta on-line de seus acervos, exce-lente para instituições com grande capilarida-de como é o caso do Instituto Chico Mendes. A consulta ao acervo é feita de forma simples, clara e objetiva.

Ainda no primeiro trimestre de 2012, o ICMBio pretende disponibilizar esse ser-

viço à nossa sede, Acadebio e ao CEPTA. A Acadebio pretende ter sua própria biblioteca, que contará com cerca de 15 computadores para pesquisa no Sophia.

Além do acervo já existente nessas três ba-ses, o ICMBio manterá parceria com outras insti-tuições para intercâmbio, ampliando o quantita-tivo e qualitativo de publicações. E, claro, ampliar a base de acervo existente com aquisição de no-vos livros, conforme indicação dos usuários e de acordo com as necessidades institucionais.

As novidades sobre esse e os demais ser-viços disponibilizados pela Biblioteca estarão disponíveis na Intranet a partir da próxima segunda-feira, no link CDOC – Biblioteca. Im-

portante registrar que no local também estarão disponíveis os arquivos de Rese-nhas do Diário Oficial da União.

Com esta edição, termina a série de artigos sobre o Centro de Documenta-ção e a Gestão Documental no ICMBio. Aqui fica o agradecimento a todos que leram e contribuiriam com os artigos. Já no próximo ano, eles serão publica-dos, compondo o Manual de Procedi-mentos do setor, a ser disponibilizado para consulta de todos os usuários. Para futuros contatos, basta utilizar o e-mail [email protected] ou os tele-fones (61) 3341-9646 e 9015.

Esec Rio Acre discute proteção ambiental com lideranças indígenas

Unir forças para proteger e nos forta-lecer. Esse foi o sentimento geral entre os participantes da 1ª reunião entre ICMBio e lideranças indígenas da Terra Indígena Cabe-ceira do Rio Acre, realizada no município de Assis Brasil, no estado do Acre. Promovida pelos gestores da Estação Ecológica Rio Acre, a reunião contou com a presença de líderes das cinco aldeias existentes na região e re-presentantes da Coordenação Regional da Funai, além do apoio da Comissão Pró-Índio.

O encontro foi realizado para discutir problemas enfrentados pelos indígenas que vivem no entorno da Esec e verificar possíveis ações conjuntas do ICMBio de Assis Brasil e da Funai, para maior proteção e desenvolvimen-to socioambiental dessas populações. Foram discutidas as dificuldades que vivem os indí-genas, especialmente em questões como a invasão das aldeias por não indígenas para a prática de caça e pesca ilegais, que compro-metem a segurança alimentar das aldeias. Os indígenas têm relatado a progressiva escassez de peixes nos rios e de caça para consumo, an-teriormente abundantes. Não raramente eles são ameaçados por pescadores e caçadores, brasileiros e peruanos. Em alguns casos, ocor-re coação dos indígenas para cometimento das infrações ambientais. “Na minha aldeia, hoje, a gente não vê mais queixada. E antes tinha muita”, informa um dos caciques preo-cupados com a situação.

O encontro também serviu para orientar os indígenas sobre a importância da proteção da UC e seu vínculo direto com a qualidade ambiental da Terra Indígena. Grande parte dos animais e peixes utilizados como fonte de alimento provém do interior da Esec Rio Acre, em função das áreas serem vizinhas e haver livre trânsito da fauna. “Nosso objetivo com a reunião foi, também, demonstrar aos indígenas que a existência da estação ecoló-gica trás inúmeros benefícios para as aldeias. Devemos ser parceiros. Eles são os nossos olhos no rio”, informa Lincoln Schwarzbach, gestor da unidade.

Como resultado da reunião foi gerado acordo entre ICMBio de Assis Brasil, Coorde-nação Regional da Funai no Acre e caciques de cada uma das cinco aldeias da Terra Indí-

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gena. O documento assinado pelos partici-pantes servirá para orientar as ações em con-junto e as regras estabelecidas para a região.

Os encaminhamentos do encontro já es-tão ocorrendo. Funai, Comissão Pró-Índio do Acre e ICMBio de Assis Brasil iniciaram discus-são para realização de operações de fiscaliza-ção em conjunto, protegendo a Terra Indíge-na e a UC. O passo seguinte será a articulação com os órgãos de proteção e organizações não governamentais do Peru, país vizinho di-retamente envolvido com essas questões.

Para o início de 2012 deverá ser realiza-do novo encontro no município peruano de Iñapari, para a realização de atividades con-juntas. O objetivo será dar maior segurança e proteção ambiental à faixa de fronteira Brasil e Peru.

União para proteger Esec Rio Acre

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CURTASCampanha de NatalTermina hoje, na sede do ICMBio, em Bra-sília, a arrecadação de alimentos, roupas e brinquedos para doação à Casa da Criação Ana Maria Ribeiro, no Distrito Federal. Aque-les que quiserem participar, ainda podem procurar a Coordenação-geral de Gestão de Pessoas. Na CR 6, a arrecadação de alimen-tos não perecíveis e de roupas foi destinada ao bazar da Associação de Apoio aos Porta-dores de Câncer Esperança e Vida, na Para-íba. Já as equipes da UAAF Foz do Iguaçu e do Parque Nacional do Iguaçu trabalharam em parceria com Correios, Batalhão da Polí-cia Ambiental e Concessionária Cataratas. As crianças de escolas carentes fizeram carti-nhas para o Papai Noel que foram adotadas pelos nossos colegas. “O gostoso dessa ação é que todo mundo abraçou a ideia e a mi-nha sala virou um mar de presentes! Alguns colegas também irão participar da entrega indo diretamente à escola”, testemunhou Érica Ribeiro de Alencastro, do Setor de Re-cursos Humanos da UAAF.

Yes, we do speak EnglishTerminou no dia 7 o curso de inglês ins-trumental básico, oferecido pelo projeto “Crescendo com as UCs”, à comunidade de Trindade, em Paraty, no estado do Rio de Janeiro. O projeto é desenvolvido pela Área de Proteção Ambiental de Cairuçu e pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina, com foco no fortalecimento da relação entre moradores da vila de Trindade e as duas UCs. Lá, já foram realizados cursos de mecânica de motores e primeiros so-corros. A conclusão do curso, iniciado em julho, com total de 44 horas, e avaliado positivamente por mais de 80% dos alu-nos, completa mais uma etapa do proje-to. Jéssica Mazzetti, instrutora de inglês, trabalhou com os alunos temas ligados ao turismo local e ao atendimento ao públi-co para qualificar os serviços prestados na comunidade. Para a aluna Dalete Bastos, “seria importante que mais oportunidades desse tipo fossem oferecidas, pois há mui-tos interessados. Adorei e fiquei muito fe-liz, pois aprendi bastante. O curso ajudou no meu trabalho e no meu dia a dia.” Os

cursos do projeto “Crescendo com as UCs” já atenderam a 76 pessoas em Trindade, com temas demandados pela própria comu-nidade, e todos eles abordando a educação ambiental como tema transversal.

Esec Raso da Catarina recebe torre de observação A Estação Ecológica Raso da Catarina, na Bahia, acaba de receber mais um impor-tante recurso para o monitoramento de sua área: uma torre de observação de 24 metros de altura. A nova ferramenta será muito útil na prevenção e no combate aos incêndios e na vigilância da UC de forma geral. Além disso, poderá ser utilizada em pesquisas científicas que necessitem de observação da fauna. Segundo Ely Enéas, chefe da UC, a grande vantagem da torre será a rápida localização de focos de fogo na região da UC, proporcionando o direcio-namento dos esforços de forma a otimizar ações de combate. A torre permite o acesso de uma pessoa por vez, cabendo à brigada manter observação periódica. Além do mo-nitoramento fixo, são realizados diariamen-te monitoramento online e ronda do fogo.

Sete maravilhasO Instituto Estrada Real de Minas Ge-rais elaborou a campanha “7 Maravilhas da Estrada Real”. Entre 21 atrativos ao longo do antigo caminho está o Parque Nacional da Serra do Cipó. Desses, serão eleitos sete. Para participar da escolha, basta votar em um dos atrativos pelo en-dereço www.institutoestradareal.com.br. O resultado será divulgado no dia 30 de janeiro.

Tamar avalia 2011 de olho em 2012Coordenadores e técnicos do Tamar analisaram, em reunião anual, os resul-tados alcançados este ano e definiram prioridades para o biênio 2012/2013. A reunião foi na base do Projeto, na Bar-ra da Lagoa, em Florianópolis. Entre as realizações deste ano, foram destacadas a conclusão da avaliação do status de conservação das cinco espécies de tarta-rugas marinhas que ocorrem no Brasil e a finalização do Plano de Ação Nacional para Conservação das Tartarugas Mari-nhas, para os próximos cinco anos. “O desafio é desenvolver um conceito ca-paz de definir prioridades nas ameaças, levando em conta o estado de conserva-ção das espécies que ocorrem no Brasil, além de áreas principais para execução de ações mais focadas, capazes de apre-

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Fortalecimento na relação entre moradores e UCs

Parna da Tijuca celebra 150 anos de reflorestamentoPrestes a completar 150 anos de seu refloresta-mento, o Parque Nacional da Tijuca organizou grande evento no último domingo. Um mutirão de reflorestamento contou com participação do príncipe Dom João de Orleans e Bragança, cujo trisavô, Imperador Dom Pedro II, ordenou o reflorestamento da região em 1861. Durante o dia houve ainda lançamento do Guia de Ob-servação de Aves do Parque Nacional da Tijuca, com sessão de autógrafos das autoras Ivandy Castro-Astor e Cláudia Bauer. Outro lançamen-to foi o do site do Parque Nacional da Tijuca, ferramenta de fundamental importância na di-vulgação do trabalho feito na conservação da biodiversidade da UC. “Recebemos visitantes de todo o mundo, interessados nos mais varia-dos temas, de meio ambiente a visitas guiadas. Por isso não podemos pensar em ficar sem esse tipo de suporte”, comentou animada Maria de Lourdes Figueira, chefe do Parna. Também foi inaugurada a exposição Cenas de uma Floresta Urbana, composta por belíssimo acervo foto-gráfico do funcionário Thiago Haussig. Por fim, ocorreu o lançamento de selo comemorativo ao Dia Internacional da Montanha.

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Príncipe Dom João dá início ao plantio

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CURTASsentar resultados a curto, médio e longo prazos”, afirma a coordenadora técnica nacional do Tamar, Neca Marcovaldi. Se-gundo ela, isso é fundamental porque a costa brasileira possui oito mil quilôme-tros de extensão, repletos de ameaças potenciais às tartarugas marinhas. Além da Coordenação Técnica Nacional, parti-ciparam da reunião cerca de 30 pessoas, entre representantes das coordenações regionais e técnicas e suas assessorias, mais os integrantes de grupos temáticos de estudos do Tamar - Veterinária, Pesca e Sistema de Informações sobre Tartaru-gas Marinhas – Sitamar.

Última assembleia ordinária em SilvâniaDurante a quarta e última Assembleia Ordinária do ano, do Conselho Consul-tivo da Flona de Silvânia, no estado de Goiás, foi apresentada matriz com in-dicativos para atuação do conselho e da unidade de conservação no ano de 2012. O documento foi produzido a par-tir das atividades desenvolvidas com os conselheiros na assembleia realizada em outubro e contempla, entre outros pon-tos, capacitação, atividades prioritárias para o conselho e para a gestão da UC. A assembleia, realizada na sexta-feira passada, assinalou o encerramento das atividades do conselho em 2011, servin-do de espaço para reconhecimento das contribuições prestadas pelos conselhei-ros à gestão da Flona de Silvânia.

tivista Acaú-Goiana, nos estados da Para-íba e de Pernambuco, foram dados entre os dias 7 e 15 deste mês. Inicialmente foi realizada uma reunião e vistoria de campo entre a consultora Daniela Alves, recém-contratada para o trabalho de formação do conselho, e a equipe da Resex, a fim de fazer reconhecimento da área da UC, suas comunidades e realidade, montagem do planejamento das atividades de diagnós-tico socioambiental da Resex, capacitação do grupo de trabalho, das comunidades e instituições para formação do conselho deliberativo. Na segunda-feira (12), foi realizada a primeira reunião do GT com a consultora Daniela Alves, momento em que teve início a sua capacitação. O grupo é composto por lideranças de cada uma das comunidades da Resex, representante da nossa CR 6 e do Conselho Pastoral dos Pescadores. Mirian Lucatelli, responsável institucional pela formação do Conselho Deliberativo da Resex, destaca que o gru-po de trabalho já está formado desde se-tembro e já foram realizados três encon-tros para tratar da formação do conselho deliberativo e gestão da UC, como forma de iniciar o exercício participativo.

taus, ponto focal do RAN, atuaram como facilitadores. Vívian Uhlig e Flávia Batis-ta, do Núcleo de Geoprocessamento do RAN, apoiaram com informações do SIG e de georeferenciamento. Mapas de to-das as espécies foram disponibilizados aos grupos de trabalho, sendo muitos deles ajustados a partir de informações incorporadas. Nessa oficina, foram ava-liadas 285 espécies, totalizando 630 até o momento. A finalização da avaliação dos anfíbios está prevista para ocorrer em junho do ano que vem.

Resex Acaú-Goiana forma conselho deliberativoOs primeiros passos para formação do Conselho Deliberativo da Reserva Extra-

RAN avalia estado de conservação de anfíbiosNosso Centro Nacional de Pesquisa e Con-servação de Répteis e Anfíbios – RAN reali-zou recentemente, em Goiânia, a 3ª Ofici-na de Avaliação do Estado de Conservação dos Anfíbios Brasileiros. Após a realização da quarta oficina, aproximadamente 900 espécies terão sido avaliadas em parceria com a comunidade científica, culminando com a relação de espécies de anfíbios ame-açadas de extinção. Desta vez, Dr. Márcio Martins, coordenador do Táxon, Ariadne Angulo – ambos ligados a IUCN, e Yeda Ba-

Cadastro de moradoresPortaria publicada ontem no Diário Ofi-cial da União institui o Formulário de Ca-dastro de Famílias em Unidades de Con-servação Federais como instrumento de identificação, registro e cadastramento das famílias que moram, ocupam e uti-lizam as unidades de conservação sob gestão do ICMBio. A portaria pode ser acessada em www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=15/12/2011&jornal=1&pagina=117&totalArquivos=240.

Portaria cria Central de ResultadosEm 9 de dezembro, foi criada por porta-ria no Boletim de Serviço a Central de Re-sultados do ICMBio. Instituída no âmbito da Coordenação-geral de Planejamento Operacional e Orçamento – CGPLAN, a Central tem entre suas competências coordenar a consolidação da prática de gestão estratégica no Instituto, zelar pela consistência do sistema de monito-ramento de resultados e pela confiabili-dade dos dados nele inseridos. À Central de Resultados também compete apre-sentar periodicamente um boletim para subsidiar a tomada de decisão por parte do Comitê Gestor e demais instâncias do Instituto. Devido às dificuldades de se trabalhar com os dados gerados pelo

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Assembleia finalizou atividades de 2011

Lideranças expõem suas opiniões

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CURTASsistema de planilhas Excel e tendo em vista a necessária migração desses dados para o Sistema Integrado de Gestão Estratégica - SIGE, que ocorrerá no início do próximo ano, o primeiro Boletim de Resultados do ICMBio será publicado em 2012, já com gráficos gerados pelo novo sistema on-line.

Regimento InternoFoi realizada na última sexta-feira, na sede do nosso Instituto, reunião entre representan-tes da Diplan e das coordenações regionais, visando definir as competências das CRs no Regimento Interno do ICMBio em elaboração. Uma vez concluída, a primeira proposta de re-gimento será disponibilizada na intranet para receber contribuições.

Educação ambiental na Resex do Rio CautárioEntre os dias 30 de novembro e 7 de dezem-bro, foram realizadas atividades de educa-ção ambiental com 28 crianças e 20 adultos moradores das comunidades da Resex do Rio Cautário, em Rondônia, e do seu entor-

no. As crianças participaram do jogo educati-vo Cuidados com o Rio, para identificar ações positivas e negativas em relação ao rio Cautá-rio. Também produziram uma maquete da co-munidade em que residem, momento em que foram trabalhados cuidados e regras em rela-ção aos elementos representados na maquete e o papel de cada morador na conservação do ambiente em que vivem. Uma oficina com participação de adultos teve como objetivo o conhecimento e a fixação das determinações do Plano de Uso da UC. Já a criação da marca da Resex envolveu crianças e adultos.

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Crianças e suas maquetes

No Foco

“Um visual incrível!”. Assim se expressou nosso colega Allan Crema, coordenador de Mosaicos e Corredores Ecológicos, da Direp,autor dessa foto. A imagem foi captada no interior da área intangível do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO).

Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental em Unidades de Conservação – Encea na Bahia, ocorrido em Salvador na segunda semana deste mês. O evento foi promovido pela Secre-taria de Meio Ambiente do estado com apoio do Ministério do Meio Ambiente. Do nosso Instituto também estiveram presentes gestores da Coordenação Re-gional 7, dos Parnas do Descobrimento, Monte Pascoal e da Chapada Diamanti-na, da Resex Marinha Baía de Iguape e Flona Contendas do Sincorá. Segundo analistas do ICMBio, o evento facilitou a integração entre chefes de UCs esta-duais e federais, a troca de experiências e articulação de ações futuras, como o I Encontro de Educação Ambiental do Território de Identidade Sertão Produ-tivo, coordenado pela Flona Contendas do Sincorá, que já aconteceu na última terça-feira e contou com a presença de técnicos da SEMA. Mais informações so-bre a Encea estão em www.mma.gov.br ou podem ser obtidas enviando-se men-sagem para [email protected].

Encontro aproxima gestores de UCs federais e estaduais na BahiaO presidente Rômulo Mello compare-ceu ao lançamento das Diretrizes para

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No Foco

Nosso colega Rafael Amaral, com sua imagem “Desjejum dos Papagaios”, publi-cada no ICMBio em Foco nº 175, levou o título de melhor foto do mês de dezem-

bro. Ele vai receber a publicação Costa dos Corais, além do catálogo com postais da nossa exposição Patrimônios Naturais – Edição Parques Nacionais Brasileiros.

A foto do ano é esta publicada na edição nº 154 e premiada como foto do mês de julho. O pier da Flona de Caxiuanã (PA) foi registrado pelo nosso colega Arthur Brant Pereira, da Dibio.

Ele vai receber o Atlas dos Recifes de Coral nas Unidades de Conser-vação Brasileiras e um kit com produtos do Tamar.