Brasil,_Cidades_4
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Brasil, CidadesAlternativas para a crise urbana
Ermínia Maricato
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Juliani J. Firme, Tuanni R. Borba e RavelCarbonera.
Equipe:
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CAPÍTULO INa periferia do mundo globalizado:
metrópoles brasileiras.- Processo de urbanização no Brasil;
- Novidades no padrão de urbanização;- Urbanização e sua evolução;- Dados socioeconômicos.
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CAPÍTULO II
Planejamento para a crise urbana noBrasil.
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Limitações ao planejamentodemocrático.
• Impossibilidade de tomar o ambienteconstruído independentemente da sociedadeque o constrói e o ocupa;
• A cidade vista como campo de lutas econquistas;
• Sociedade desigual, autoritária,relações de privilégios e arbitrariedade =falsas expectativas.
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Limitações ao planejamentodemocrático.
• Dificuldade em lidar com a máquina públicaadministrativa;
• Não somente a lógica burocrática comotambém a “Formação Social Brasileira”;
• Especificidades: Distância entre o discurso e aprática, além da origem exógena da inspiração(Europa e Estados Unidos);
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Limitações ao planejamentodemocrático.
• Resultados:a) A matriz postiça que inspirou a
construção jurídica (a qual é negadapela aplicação arbitrária da lei);
b) Cidadania restrita para alguns e relações deprivilégio;
c) Confusão entre as esferaspúblicas e privada;
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Limitações ao planejamentodemocrático.
d) A cultura usada como berloque, o que implicaem padrões culturais transplantados utilizadoscomo marcas de diferenciação;
e) O distanciamento em relação à realidade localque é dado pelo olhar emprestado àsuniversidade e à produção intelectualestrangeira.
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Limitações ao planejamentodemocrático.
• Trabalho visto como maldiçãoou degradante (escravidão);
• Quanto mais operacional mais desvalorizada aocupação e menor remuneração;
• Exagerado número de funcionários
públicos de gabinetes aos quaiscorrespondem um número insuficientesde funcionários operacionais.
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Limitações ao planejamentodemocrático.
• Planos bem elaborados e aprovados, porémo controle para implementação é falho.
a) Poucos funcionários;b) Desaparelhados;c) Mal pagos;d) Dotados de baixa escolaridade;e) Elevado grau de corrupção.
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• Política clientelista;• Estado absorve mão-de-obra ociosa oriunda
da classe média;• Planejadores que não planejam;•
A realidade passa a exigir: prever ações einvestimentos no tempo, enfim planejar.
Limitações ao planejamentodemocrático.
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Do “Consenso de Washington” ao“Plano Estratégico”.
• 2º Conferência da ONU (Istambul,1996);• Necessidade da criação de uma Organização
das Cidades Unidas;• Cidades-Estados estão de volta: poderosas e
independentes;• Chamada “cidades globais” – centros onde os
destinos do mundo são definidos e queconcentram certas características.
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Do “Consenso de Washington” ao“Plano Estratégico”.
• Fórmula do sucesso: Plano Estratégico, à la Barcelona;
• Roupagem democrática e participativa;• Combinaram ao ideal neoliberal
que orientou o ajuste das políticaseconômicas nacionais por meio doConsenso de Washington.
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Do “Consenso de Washington” ao“Plano Estratégico”.
• Consenso de Washington (1989);• Representantes do governo norte-americano,
dos países emergentes e das organizaçõesfinanceiras;
• Principais pontos da Agenda: Disciplina fiscal;Priorização dos gastos públicos; Reformatributária; Liberação financeira; Regimecambial; Privatização.
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Do “Consenso de Washington” ao“Plano Estratégico”.
• “Cidade corporativa” ou “Cidade pátria”; • Cobra o esforço e o “consenso” de todos em
torno dessa visão generalizante (máquina deproduzir dinheiro) de futuro;
• “Cidade -mercadoria”, vender competências einvestimentos em infra-estrutura.
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Qual o poder do poder local?• O impacto dos acontecimentos internacionais
sobre as cidades é bastante admitido;• Anos 80 e 90 política nacional comprometeu o
desempenho das cidades (ausência deautonomia financeira);
•
1986: capitais dos estados eleiçõesindependentes para prefeito;• Algumas ações tomadas de forma
independentes.
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Qual o poder do poder local?• CF de 1988 entendida como descentralizada;• Prevalecendo a descentralização tutelada ou
vinculada;• Tendência da retomada da centralização por
meio da política monetária da União.
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Qual o poder do poder local?• “Ilhas de primeiro mundo”; • Guerra fiscal;• Buscar a real dimensão do poder local;• Fiori: defende a reconstrução a partir
de baixo;• Eleições de 2000, oposição vitoriosa
(principalmente PT).
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Cidade brasileiras: pressupostos para uma
reorientação democrática e sustentável. • Plano estratégico à la Barcelona elege apenas
as centralidades globalizantes;• Os planos funcionalistas, vigentes durante
quase todo o século XX, eram holísticos epreviam uma aplicação universal que nãoacontecia;
• O discurso sempre universal mas não suaimplementação.
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Cidade brasileiras: pressupostos para uma
reorientação democrática e sustentável.• Criar um caminho de planejamento e gestão
que contrarie o rumo predatório.
• Pressupostos:1) Criar a consciência da cidade e indicadores
de qualidade de vida;
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Cidade brasileiras: pressupostos para umareorientação democrática e sustentável.2) Criar um espaço de debate democrático: dar
visibilidade aos conflitos;3) Reforma administrativa;4) Formação de quadros e agentes
para uma ação integrada;5) Aperfeiçoamento e democratização da
informação;
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Cidade brasileiras: pressupostos para umareorientação democrática e sustentável.
6) Programa especial para regiões metropolitanas;7) A bacia hidrográfica como referência para o
planejamento e gestão;8) Formulação de políticas de
curtíssimo, médio elongo prazo.
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No centro da questão urbanística está
o fundiário e o imobiliário.• Planejamento para crise urbana no Brasil.- Possibilidade de planejamento urbano;- Limitações do planejamento democrático;- Poder do poder local;- Aperfeiçoamento de democratização das
informações;- Bacia hidrográfica como referência de
planejamento;- Formulação de políticas públicas.
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No centro da questão urbanística estáo fundiário e o imobiliário.
• Vinculação da esfera urbanística com amacroeconomia:QUESTÃO SOCIAL X QUESTÃO AMBIENTAL.
• Ponto central do problema urbano no país:questão imobiliária .
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No centro da questão urbanística estáo fundiário e o imobiliário.
• Aglomeração de população;• Planejamento estratégico;• Invasão de terras: alternativa habitacional;• Regiões desvalorizadas: favelas;•
Prestígio imobiliário acaba decidindo osinvestimentos da cidade.
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No centro da questão urbanística estáo fundiário e o imobiliário.
• BNH (Banco Nacional de Habitação): Entre1967 e 1982 o país viveu seu movimento maisforte de produção imobiliária;
• Para população pobre, após a criação do BNHficou mais difícil comprar moradia;
• Realidade Francesa X Realidade AméricaLatina;
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No centro da questão urbanística estáo fundiário e o imobiliário.
• Corrupção: cadastro e registro de propriedades;• Falta de fiscalização;• IPTUno primeiro mundo: Financiador• IPTUna América Latina:Fiscalizador
Cabe destacar a importância de política sobreo solo, pois por falta de aparatos legais não eque nossas cidades tomaram esses rumos.
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No centro da questão urbanística estáo fundiário e o imobiliário.
Instrumentos urbanísticos aos governos municipais:- Ampliar a arrecadação de recursos para o financiamento
das cidades,
-Regular o mercado visando baratear custo de moradia,
- A captação da valorização fundiária,
-Recuperação de investimentos em infra-estrutura,
-Regularizar e urbanizar áreas ocupadas irregularmente,
-Constituir estoques de terras para promoção pública demoradias,
-Garantir preservação ambiental e crescimento urbanosustentável,
-Garantir preservação do patrimônio histórico.
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No centro da questão urbanística estáo fundiário e o imobiliário.
• “A potencialidade dos instrumentosurbanísticos previstos no Estatuto da Cidade,tem a propriedade de mudar o rumo
preocupante que o crescimento urbano temassumido?”
Balneário Camboriú, em 1970 e 2008
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Contexto do Estatuto da Cidade. • Reformas sociais:- Ditadura Militar;- 1967: Fontes financiadoras da política
habitacional e urbana passaram a alimentarforte movimento na construção de cidades;
• Constituição federal: Nova aliançaconservadora em nível nacional associada aglobalização.
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Conteúdo do Estatuto da Cidade.• PL 5.788/90 mais 17 outros projetos;• Deve ser objeto de muitos e amplos debates;• Diretrizes Gerais do Estatuto da Cidade:
- Prevê a participação da população.
- Nos itens XV e XVI do artigo 2°: buscagarantir padrões mínimos de qualidadeconforme a necessidade da região.
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Conteúdo do Estatuto da Cidade.• Função social da propriedade;• Direito de preempção;• Consórcio Imobiliário;• Usucapião especial de imóvel urbano;•
Concessão de uso especial de imóvel para finsde moradia;• Plano Diretor.
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Lei de Zoneamento.• Utopia de dirigir ordenar o uso e a ocupação
do solo, com regras universais e genéricas.• Pode contribuir para expandir o mercado
habitacional e baratear o custo da moradia.• Embora a marca dos grandes conjuntos
residenciais populares, segregado ehomogêneo, deva ser evitado.
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Planos e planejamento urbano.• Boa intenções descoladas de implementação;• Plano Diretor: cidades acima de 20 mil
habitantes;• Orientar os investimentos públicos;• O grande desafio do planejamento: moradia,
transporte público e sustentabilidade;
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Habitação no centro da políticaurbana.
• Mercadoria especial;• Especulação imobiliária;
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Ampliação do mercado e produçãoprivada não-lucrativa.
• Mercado residencial privado legal é restrito auma parcela que não ultrapassa 30% dapopulação;
• Melhoria na qualidade dos bairros periféricos;• Utilização de políticas integradas;
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Conclusão Provisória• Relacionar a reflexão crítica às propostas de
intervenção por meio de políticas públicas.
É preciso e é viável anunciar uma novasociedade a cada momento em cada lugar.
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Obrigado pela