Brasil de Fato RJ - 150

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Editorial | pág. 2 RIO DE JANEIRO Ano 3 | edição 150 25 a 27 de janeiro de 2016 distribuição gratuita Cultura | pág. 10 e 11 Dilma, não basta mudar o ministro da fazenda Campo de Santana passa por revitalização Administração do parque convida a população a plantar uma árvore. Pobres e classe média não podem pagar as contas dos ricos. Lula Marques Motivos para defender a auditoria da dívida pública Paralisação da obra do VLT oferece risco à saúde da população Obra parada do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) acumula mato, rato morto, água parada com suspeita de foco do mosquito da dengue e Cidades | pág. 4 Cidades | pág. 5 Entrevista | pág. 6 Confira entrevista com ativista sobre a necessária auditoria vetada por Dilma Rousseff. Em vigor há uma semana, a interdição de trechos da rua Rio Branco, no centro do Rio, tem deixado passageiros confusos. Isso porque os ônibus que antes passavam por ali estão sendo desviados pelas ruas Nilo Peçanha e Graça Aranha. Ao todo são 82 linhas de ônibus que foram alteradas. Stefano Figalo / Brasil de Fato Stefano Figalo / Brasil de Fato problemas nas instalações da rede elétrica. Trecho entre a Uruguaiana e a Praça Tiradentes está paralisado há pelo menos um mês. CONFUSÃO NA AVENIDA RIO BRANCO Curta nossa página no Facebook

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Editorial | pág. 2

RIO DE JANEIRO

Ano 3 | edição 150

25 a 27 de janeiro de 2016 distribuição gratuita

Cultura | pág. 10 e 11

Dilma, não basta mudar o ministro da fazenda

Campo de Santana passa por revitalizaçãoAdministração do parque convida a população a plantar uma árvore.

Pobres e classe média não podem pagar as contas dos ricos.

Lula

Mar

ques

Motivos para defender a auditoria da dívida pública

Paralisação da obra do VLT oferece risco à saúde da população

Obra parada do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) acumula mato, rato morto, água parada com suspeita de foco do mosquito da dengue e

Cidades | pág. 4

Cidades | pág. 5

Entrevista | pág. 6

Geral | pág. 3

Confira entrevista com ativista sobre a necessária auditoria vetada por Dilma Rousseff.

Em vigor há uma semana, a interdição de trechos da rua Rio Branco, no centro do Rio, tem deixado passageiros confusos. Isso porque os ônibus que antes passavam por ali estão sendo desviados pelas ruas Nilo Peçanha e Graça Aranha. Ao todo são 82 linhas de ônibus que foram alteradas.

Stefano Figalo / Brasil de Fato

Stefano Figalo / Brasil de Fato

problemas nas instalações da rede elétrica. Trecho entre a Uruguaiana e a Praça Tiradentes está paralisado há pelo menos um mês.

CONFUSÃO NA AVENIDA RIO BRANCO

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EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Au-gusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta e Pedro Rafael Vilela

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

FOTÓGRAFO: Stefano Figalo

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Segunda-feira, 25 de janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F32Parcialmente nublado

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

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e

Seguindo uma tendência mundial, há alguns anos a

economia brasileira apresen-ta sinais de que não vai bem. Os elementos centrais do nos-so problema passam pelas di-minuições do crescimento econômico e da arrecadação pública, o que trouxe proble-mas para o fechamento das contas do governo.

Essa questão das contas é bem complicada. De cada R$ 10,00 que o governo arrecada em impostos, mais de R$ 4,00 são destinados aos bancos e instituições financeiras, para rolar a dívida pública. Uma dívida que aumenta cada vez que a taxa de juros do Banco Central aumenta – ou mesmo quando se mantém elevada, como nos atuais 14,25%.

O que resta dessa conta, ou seja, R$ 6,00, tem que ser di-vidido entre saúde, educação, transporte, moradia, investi-mentos, segurança, defesa na-cional etc. Portanto, o gasto ex-cessivo do governo não é com as políticas sociais, mas com os bancos.

CORTE DE GASTOS SOCIAISQuem já passou por proble-mas financeiros sabe que a primeira alternativa que apa-rece é diminuir gastos. Só que, quando o governo cor-ta gastos, deixa de pagar ser-vidores, fornecedores, elimi-na investimentos etc. Assim, deixa de entrar dinheiro na economia, o que a enfraque-ce ainda mais. Um sério pro-

O verbo agora é crescer

Queremos uma política econômica que retome o crescimento, defenda o emprego e a renda dos trabalhadores

Banco Central aumenta a dí-vida do governo. Dessa forma, corta-se da saúde, da educa-ção e dos programas sociais, para “melhorar” as contas pú-blicas, mas transfere-se o di-nheiro para os bancos. Você acha correto deixar de colocar merenda nas escolas para fi-nanciar o “bolsa banqueiro”?

MUDANÇA DE RUMOSNão basta trocar o ministro da fazenda para mudar os ru-mos. Queremos uma políti-ca econômica que retome o crescimento, defenda o em-prego e a renda dos trabalha-dores. Que diminua a taxa de juros e invista em saúde, edu-

blema para um país que per-deu 1,54 milhões de postos formais de trabalho.

Se esses cortes melhoras-

sem as contas públicas, até entenderíamos. Mas, ao man-ter a taxa de juros elevada, o

cação, transporte e moradia. Foi para isso que demos a vi-tória à Dilma em 2014.

Precisamos que o governo faça as reformas dos sistemas financeiro e tributário, trans-ferindo a maior parte dos im-postos – que hoje cai nas cos-tas dos pobres e da classe média – para os ricos.

Mas de onde tirar dinheiro para tudo isso? Ficam as dicas: as 71 mil pessoas mais ricas do Brasil deixam de pagar im-posto de renda sobre um to-tal de R$ 196 bilhões dos seus lucros. Além disso, somente os 500 maiores devedores dos cofres públicos sonegaram R$ 392 bilhões nos últimos anos.

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32° 23° 33° 24° 34° 24°

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Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 20162 | Editorial

disse o ator Wagner Moura em entrevista à Folha de S. Paulo.

Vigilância sanitária em greve

A greve dos servidores da Vigilância Santinária esta-dual já entrou na terceira se-mana. As causas da paralisa-ção, iniciada no dia 4 de ja-neiro, seriam o parcelamen-to da segunda parte do dé-cimo terceiro salário, o no-vo calendário de pagamen-tos e a falta de um plano de cargos e salários para a cate-goria. Os trabalhadores tam-bém reivindicam melhores condições de trabalho.

SINDICALpor Claudia Santiago

Divulgação

Divulgação

A média da temperatura glo-bal em 2015 foi a mais alta já re-gistrada desde o início da me-dição das temperaturas na su-perfície da Terra, em 1880. A in-formação foi divulgada na últi-ma semana pela Nasa e confir-mada pela Administração Na-cional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que chegaram a essa conclusão em estudos independentes.

Marcelo Adnet criti-ca o “jeitinho brasileiro”, no programa Tá No Ar. Com boa dose de ironia, o humo-rista critica quem conde-na a corrupção no discurso, mas tem atitudes corruptas em seu cotidiano e sem pe-so na consciência.

Os realizadores do Big Brother Brasil manda-ram mal ao colocar um bo-neco-esponja, em formato de negro de black power, como limpador de pratos. Com isso o programa re-força o estereótipo pejora-tivo em relação aos negros e ao cabelo crespo.

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CARNAVAL O desfile das escolas de samba no Sambódromo no Rio terá este ano sistema de audiodescrição para deficientes visuais. Na frisa do Setor 13, serão disponibilizados 50 fones de ouvido.

FRASE DA SEMANA

A temperatura média global no ano passado superou o re-corde anterior, de 2014, em 0,13 °C. A Nasa informou que o re-corde de 2015 acompanha a tendência de aquecimen-to observada nos últimos anos. Segundo a agên-cia espacial, de 2001 para cá ocorreram 15 dos 16 anos mais quentes já registrados na histó-ria. (ABr)

Gabriel Santos/Riotur

EBC

Mem

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Desconto no contracheque

A contribuição sindical obrigatória dos servidores da Prefeitura do Rio se-rá realizada via desconto no contracheque, no pa-gamento concluído no dia 3 de março. Se o funcioná-rio pretende obter isenção, deverá apresentar uma có-pia do Comprovante de Quitação da Contribuição Sindical ao seu órgão de lo-tação, até 5 de fevereiro.

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EBC Memória

Nasa declara 2015 o ano mais quente da história

“A política antidrogas dos EUA é comprovadamente um fracasso”,

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 2016 Geral l 3

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

A obra do Veículo Leve so-bre Trilhos (VLT) da rua

Sete de Setembro, no trecho entre a Uruguaiana e a Praça Tiradentes, está paralisada há pelo menos um mês. Segundo os comerciários da região, faz tempo que não há movimen-to nessa parte da obra.

E a paralisação tem acumu-lado uma série de problemas e transtornos. Inclusive os traba-lhadores do comércio relatam que, na quinta-feira passada, um bueiro explodiu e a Light foi chamada.

“Tinha um bueiro saindo fu-maça, estava fervilhando e de-pois explodiu. Tivemos que chamar a Light. É provável que tenha entrado água da chuva”, relatou Luiz Carlos, fiscal de uma loja de construção que fica em frente à obra.

Além disso, uma comerciá-ria relatou as condições insa-lubres do canteiro de obras. “Tem água parada e à noite a gente vê muito rato, alguns

do tamanho de um gato”, conta a gerente de uma loja de rou-pa, Conceição Maria da Silva.

Os funcionários da emprei-teira que trabalhavam em outros trechos da obra afir-maram que a empresa coloca

remédio na água acumula-da nos canteiros para evitar a proliferação do mosquito da dengue. Entretanto, há con-trovérsias sobre o tema.

“Chego aqui 7h da manhã e fecho às 18h. Nunca vi nin-guém colocar remédio nessa água parada”, afirmou Concei-ção. Já Luiz Carlos diz que viu, mas só uma vez. “Já tem tem-po, mas uma vez vi um rapaz colocando remédio na água”, disse o funcionário.

Maria Macedo, funcionária de uma lanchonete na mesma rua, disse que também nun-ca testemunhou nenhum tipo de tratamento na água parada acumulada na obra.

“Nunca vi colocarem remé-dio na água. O que a gente vê é que às vezes recolhem o lixo que as pessoas jogam nas va-las da obra. Só estão cuidando dessa parte. Agora, a gente está com medo da dengue e do zika vírus”, destaca a trabalhadora.

MOVIMENTO COMERCIALA falta de movimento no co-mércio na rua Sete de Setembro obrigou algumas lojas a fecha-ram as portas. A última delas foi uma filial de uma grande mar-ca de venda de móveis e ele-

trodomésticos. “Caiu muito o movimento. Desde que come-çaram as obras fecharam pelo menos umas cinco lojas na rua”, garante a gerente Concei-ção Maria da Silva.

Os trabalhadores do comér-cio também reclamam da fal-ta de informação da Prefeitura sobre o andamento das obras. “Eles não dão informação ne-nhuma sobre a obra”, afirma Luiz Carlos.

Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janei-ro (Cdurp), a Concessionária do VLT Carioca será notificada. A Companhia também informa que as intervenções para im-plantação do Veículo Leve so-bre Trilhos (VLT) na Rua Sete de Setembro avançam respei-

tando o trabalho arqueológi-co e o remanejamento de redes de concessionárias de serviços públicos (energia e gás natural) sem interromper a continuida-de dos serviços para a popula-ção. A Prefeitura nega que os trechos com valas não recebam tratamento para evitar a prolife-ração de mosquitos.

PROJETOO Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ligará o Centro e a Região Portuária em 28 Km e 32 para-das. Com funcionamento 24h por dia, sete dias por semana, o sistema terá capacidade de transportar 300 mil passageiros por dia, segundo informações da Prefeitura do Rio. Segundo a Cdupr, o trecho entrará em operação em julho de 2016.

Paralisação da obra do VLT oferece risco à saúde da populaçãoObra parada do VLT acumula mato, rato morto, água parada com suspeita de foco do mosquito da dengue e problemas nas instalações da rede elétrica

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Tinha um bueiro saindo fumaça, estava fervilhando e depois explodiu. Tivemos que chamar a Light. É provável que tenha entrado água da chuva Luiz Carlos, fiscal de loja

Obra do VLT, na rua Sete de Setembro, está paralisada e causa transtornos à população

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 20164 | Cidades

Em vigor há uma semana, a interdição de trechos da rua

Rio Branco, no centro do Rio, tem deixado passageiros con-fusos. Isso porque os ônibus que antes passavam por ali es-tão sendo desviados pelas ruas Nilo Peçanha e Graça Aranha. Ao todo são 82 linhas de ônibus que foram alteradas. Com uma semana com muita chuva, o trânsito, que já estava congestio-nado, piorou e praticamente pa-rou nos horários de pico.

O Brasil de Fato conversou com moradores de diferentes bairros do Rio e as críticas fo-ram as mesmas: dificuldade para chegar ou sair do centro e a falta de informação. Mora-dora de Irajá, na zona norte, a assistente Isabel Carvalho, de 67 anos, se mostrou insatisfei-ta com a atual situação. “É um transtorno vir ao Rio. São qua-se duas horas para fazer o tra-jeto do centro até minha casa. Espero que melhore quando acabarem as obras”.

Opinião compartilhada pela funcionária pública Juliana Monteiro, de 20 anos. “Faltou uma orientação prévia da Pre-feitura, não teve muita infor-mação”, reclamou a jovem, que mora no bairro do Leme. Ela também lembrou que houve uma piora no transporte para a região em que mora, já que di-versas linhas foram cortadas ou deixaram de passar na zona sul. “O mais prejudicado é sempre o trabalhador, que é quem pega ônibus. A qualidade, que já era ruim, ficou ainda pior. A Prefei-

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

tura não atende as nossas prin-cipais necessidades”.

Outro morador da zona nor-te do Rio, do bairro de Anchie-ta, o motorista Rildo Borges, de 50 anos, já esperava há uma hora o ônibus para voltar pra casa. Ele reclamou que buscou orientação, mas naquele dia, terça-feira (19), não encontrou nenhum agente para dar expli-cações. “A qualidade do trans-porte já não é boa, mas ago-ra com esse engarrafamento, a demora e a falta de informação ficaram ainda pior”, criticou.

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

Passageiros ficam confusos com mudanças na Rio Branco Confira os novos trajetos que os ônibus estão fazendo no centro do Rio

LINHAS Troncal 1, Troncal 3, Troncal 4, 415, 442, 443, 455, 2017, 2018*, 2101*, 2145* Av. Rio Branco, Av. Nilo Peçanha, Av. Graça Aranha, Av. Beira Mar, Aterro * Av. Rio Branco, Av. Nilo Peçanha, Av. Graça Aranha, Av. Beira Mar, Aeroporto Santos Dumont

LINHAS 010, 011*, Troncal 5,180, 202, 247, 309, 350, 351, 384, 385, 399, 422, 438, 2014 Av. Rio Branco, Av. Nilo Peçanha, Av. Graça Aranha, Av. Pres. Wilson, R. Mestre Valentim

LINHAS 107, 157, 184, 472 R. Evaristo da Veiga, Av. Graça Aranha, Av. Presidente Wilson, R. Mestre Valentim

LINHAS 232, 292, 349, 363, 374, 376, 377 Av. Rio Branco, Av. Nilo Peçanha, Av. Graça Aranha, Av. Almirante Barroso

LINHAS 2342, 2343, 2344, 2345 Av. Rio Branco, Av. Nilo Peçanha, Av. Graça Aranha, Rua Araújo Porto Alegre

LINHAS 006, 014, 306, 331, 361, 2110, 2111, 2112, 2114, 2

251, 2295, 2346 Av. Rio Branco, Av. Nilo Peçanha, R. Debret, R. Araújo Porto Alegre

Já os ônibus que antes passavam da Rua Nilo Peçanha para a Rua da Carioca, agora fazem o seguinte trajeto:

LINHAS 006, 014, 201, 229, 239, 310, 311, 320, 324, 328, 329, 330, 342, 344, 352, 368, 2305 Av. Presidente Antônio Carlos (pista lateral), Rua da Assembleia, Rua da Carioca

CONCLUSÃO DAS OBRASO trecho interditado de 600 metros da Rio Branco, entre as ruas Nilo Peçanha e San-ta Luzia, dará lugar a um pas-seio público com área exclu-siva para pedestres, ciclistas e passagem para o Veícu-lo Leve Sobre Trilhos (VLT). Por meio de sua assessoria, a Companhia de Desenvolvi-mento Urbano da Região do Porto (Cedurp), responsável pelas obras, informou que o trecho em construção estará pronto até abril deste ano.

Novos trajetos dos ônibus

Prefeitura deixou passageiros de ônibus sem informações

Trecho interditado da Avenida Rio Branco dará lugar a um passeio público

Izabel Carvalho, de Irajá

Juliana Monteiro, do Leme

Rildo Borges, de Anchieta

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 2016 Cidades l 5

Neste mês, a presidenta Dilma Rousseff vetou a

realização de uma auditoria da dívida pública com partici-pação da sociedade. O veto foi criticado por entidades que defendem a investigação da origem da dívida e tam-bém sua legitimidade, como a Auditoria Cidadã da Dívida, que desde o ano 2000 cobra a transparência de todos os go-vernos em relação aos gastos com pagamento das dívidas.

Brasil de Fato - O que signifi-ca uma “auditoria da dívida”? Rafael Machado - Diferente de “calote”, que seria simples-mente não pagar a dívida, auditar a dívida significa pas-sar a limpo a dívida pública brasileira. Dessa forma, a população pode exigir das autoridades que essa san-gria dos cofres públicos, que supera todas as perdas com corrupção, pare. Assim, o Brasil terá mais dinheiro para investir em áreas sociais, como saúde e educação, be-neficiando a população. No Equador, a Auditoria feita há quase 10 anos permitiu redu-zir significativamente os gastos com o pagamento da dívida pública, e o governo in-vestiu muito mais em outras áreas, restaurando o sistema de saúde pública, investindo maciçamente em educação, e

Rafael Machado, do Núcleo SP da Auditoria Cidadã da Dívida

“Com auditoria, Brasil teria mais dinheiro para saúde e educação”

Joana Tavaresde Belo Horizonte (MG)

conseguiu erradicar o anal-fabetismo naquele país. Brasil de Fato - Porque a pre-sidenta vetou a emenda que previa a auditoria com parti-cipação da sociedade, emen-da que já havia sido aprovada pela Comissão de Finanças e Tributação?Acreditamos que a pressão para o veto tenha vindo dos grandes credores da dívida, pois quem se beneficia des-sa dívida não quer ser expos-to, já que em uma auditoria as instituições que lucram com a dívida teriam seus no-mes revelados. Assim, sabe-ríamos quanto cada uma tem lucrado às custas do trabalho da população.

Brasil de Fato - Quanto o Bra-sil gasta com os juros da dívida e para quem vai esse dinheiro?Desde 1988, os gastos com a dívida pública já ultrapassa-ram a casa dos R$ 20 trilhões. Somente no ano passado, foi gasto quase R$ 1 trilhão, sen-do a metade somente em pa-gamento de juros. Os maio-res beneficiários da dívida pública são os grandes capi-talistas (banqueiros e rentis-tas), e muitos deles sequer re-sidem no Brasil.

A Auditoria é uma manei-ra de aumentar a transparên-cia das contas públicas. Como o maior gasto público atual é com a dívida, a auditoria per-mite reduzir os valores gas-tos, pois dívidas ilegais e/ou ilegítimas devem ser anula-das. Além disso, uma audito-ria poderá desmascarar abu-sos que são impostos ao nosso País, levando à necessária mu-dança de rumos. Não pode-mos aceitar pagar as maiores taxas de juros do mundo, pois não há justificativas para isso. Quanto maior a taxa de juros, mais rápido cresce a dívida. Pagamos taxas de juros maio-res que as de países em guer-ra. O Japão, que há anos gasta mais dinheiro do que arrecada e que tem uma dívida que é o dobro do PIB, paga 0,1% de ju-ros ao ano. Já o Brasil, que deve bem menos que o Japão, e que tem arrecadado mais dinhei-ro do que tem gasto, exceto no

ano de 2015, paga mais de 14% ao ano. Por que nossos juros são tão altos? Não há explica-ções honestas para isso.

Brasil de Fato - Quais os pró-ximos passos da Auditoria Cidadã da Dívida?Lançaremos uma grande cam-panha para derrubar o veto da presidenta na Câmara dos Deputados e no Senado, e pa-ra isso contamos com o apoio de todos e todas para pressio-narem deputados e senadores para derrubada do veto. Caso o veto se mantenha, seguiremos nos trabalhos de divulgação da nossa pauta, estreitando relações com movimentos so-ciais e fazendo o trabalho de base necessário para que a Auditoria seja realizada. Es-pecialmente em ano eleitoral, apresentaremos o tema em ní-vel municipal, sobretudo em cidades onde o endividamen-to já atingiu níveis altíssimos.

Não podemos aceitar pagar as maiores taxas de juros do mundo

Brasil de Fato - O governo não teria pago a dívida do Brasil com o FMI? Ela é interna ou externa?Lula pagou em 2005 a dívida com o FMI (US$ 15,5 bilhões), que foi “trocada” por uma dí-vida interna a uma taxa de ju-ros maior (19% ao ano), supe-rior à taxa de juros da dívida com o FMI (4% ao ano).

Brasil de Fato - Seria possí-vel reverter esse endivida-mento? Como?

Arquivo pessoal

Divulgação

Arquivo pessoal

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 20166 | Entrevista

REDUC Após 16 anos, completados na última semana, o segundo maior acidente ambiental na Baía de Guanabara ainda não foi devidamente compensado. Os principais afetados são os cerca de 20 mil pescadores artesanais, que foram obrigados a interromper suas atividades e até hoje não receberam a indenização judicial.

Um vereador de Cachoei-ras de Macacu, na região serrana fluminense, foi mor-to na quarta-feira (20) no município. Nélcemir La-goas (PP) tinha 65 anos e integrava a mesa diretora da Câmara Municipal, se-gundo informações do site da casa parlamentar.

De acordo com a Polícia Civil, um homem de 29 anos foi preso em flagrante, sus-peito de matar o vereador. Agentes da Delegacia de Ca-choeiras de Macacu (159ª

Pesquisadores entrevistaram cerca de 1,5 mil moradores de diferentes bairros

Os cariocas estão menos oti-mistas em relação ao lega-

do que os Jogos Olímpicos Rio 2016 deixarão para a cidade. De acordo com a Pesquisa de Per-cepção divulgada nesta sema-na pelo Movimento Rio Como Vamos, no ano passado 27% dos entrevistados acreditavam que os Jogos trariam benefícios para a cidade. Já em 2013, 39% das pessoas ouvidas aposta-vam em melhorias com a rea-lização de jogos da Copa do Copa (em 2014) e da Olimpía-da, este ano, na cidade. A pes-quisa é feita a cada dois anos.

A pesquisa mostrou que a possibilidade de geração de empregos seria o principal be-nefício do evento para a cida-de, na opinião de 44% dos en-trevistados, percentual igual ao de 2013. Esse benefício foi citado em maior percentual pela classe C (47% versus 36% da classe A).

A preocupação com a piora no trânsito e a apreensão quan-to à futura utilização dos equi-pamentos esportivos também aparecem na pesquisa. Apesar disso, para os entrevistados, os investimentos mais importan-tes feitos para os Jogos estão re-lacionados a transporte e mo-bilidade. Os moradores da zona oeste valorizam mais a cons-

ECB Memória

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DP) fizeram perícia no lo-cal e encaminharam o corpo de Nélcemir para o Instituto Médico-Legal.

Testemunhas e parentes de Nélcemir estão sendo ouvi-dos. O delegado titular Antô-nio Furtado pediu à Justiça a prisão preventiva do suspeito.

Este é o segundo vereador fluminense morto em uma se-mana. Na outra quarta-feira (13), Geraldo Cardoso Gerpe (PSB), parlamentar de Magé, foi assassinado no estaciona-mento da Câmara. (ABr)

Mais um vereador é morto no interior do Rio de Janeiro

Olimpíadas: apoio de cariocas diminui

trução de novas vias expres-sas como o Bus Rapid Transit (BRT), enquanto os moradores do centro, da zona sul e da zona norte valorizam mais a expan-são do metrô e a revitalização da zona portuária. Os pesqui-sadores foram a campo em ju-nho de 2015 e entrevistaram cerca de 1,5 mil moradores de diferentes bairros.

Flávia Villela da Agência Brasil

Divulgação

Apenas 27% dos entrevistados demonstram otimismo com Olimpíadas

O Brasil registrou a perda de 1.542.371 postos de trabalho formal em 2015, represen-tando queda de 3,74% em rela-ção ao estoque (número total de empregos formais) do ano anterior.

O estoque de empregos para o mês de dezembro de 2015 atingiu o total de 39.663.114, resultado infe-rior ao registrado em de-zembro de 2014 (41,205 mi-

Brasil fechou 1,5 milhão de vagas com carteira assinada em 2015

lhões) e de dezembro de 2013 (40,785 milhões).

Os setores que mais registra-ram queda foram a indústria de transformação e a cons-trução civil - 608.878 e 416.959 vagas, respectivamente.

A agropecuária foi o único setor que apresentou resul-tado positivo em 2015, com 9.821 postos de trabalho a mais do que no ano anterior. (ABr)

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 2016 Geral l 7

Organizadores do Oscar reconhecem que é preciso garantir diversidade racial

A presidente da Academia de Cinema dos Estados

Unidos, Cheryl Boone Isaacs, admitiu que a entidade pre-cisa de uma mudança, na se-quência de críticas apontadas à ausência de qualquer artista negro entre os nomeados.

As declarações da presiden-te da academia surgem de-pois de o realizador Spike Lee - que recebeu em 2015 um Os-car honorífico - e de a atriz Jada Pinkett Smith terem anuncia-do que não vão comparecer à cerimônia de entrega do Os-car. A justificativa é não existir,

Fotos Públicas

Divulgação

Markus Ercksen/Fotos Públicas

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ção

GUERRA O presidente dos EUA Barack Obama autorizou o ataque norte-americano contra o Estado Islâmico no Afeganistão. A informação foi divulgada pelo jornal norte-americano Washington Post.

O Fundo Monetário In-ternacional (FMI) revisou na última semana para baixo as previsões de crescimen-to global, antecipando que a economia deve crescer 3,4% este ano e 3,6% no próximo, dois décimos a menos do que o previsto em outubro.

O FMI justifica a revisão para baixo do crescimen-to mundial tanto em 2016 quanto em 2017 principal-mente com o desempenho econômico dos mercados emergentes e das econo-mias em desenvolvimento.

Oceanos em 2050 vão ter mais plástico do que peixes

ECONOMIA

FMI reduz previsões de crescimento

Em 2050, os oceanos te-rão mais detritos desse ma-terial do que peixes, aler-tou na semana passada o Fórum Econômico Mundial de Davos. Segundo o relató-rio, a proporção entre as to-neladas de plástico e as to-neladas de peixe registradas nos oceanos era de 1 para 5 em 2014. Em 2025, será de 1 para 3 e em 2050 irá evoluir de 1 para 1.

Spike Lee já anunciou que

boicotará premiação

“O sistema atual de produ-ção, de utilização e de aban-dono de plásticos, tem efei-tos negativos significativos: entre US$ 80 bilhões e US$ 120 bilhões (entre 73 bilhões de euros e 109 bilhões de eu-ros) em embalagens de plás-tico são perdidos anualmen-te”, indicou um comunicado do fórum, que reuniu até sá-bado (23) líderes mundiais e bilionários. (Agência Lusa)Em 2014, a proporção de sacolas para peixes era de 1 para 5

pelo segundo ano consecutivo, qualquer ator ou atriz negros nomeados para os prêmios.

Depois da divulgação do comunicado, o ator negro Da-vid Oyelowo disse que o Os-car não representa aquilo que são os Estados Unidos, exigin-do mudanças no evento.

A 88ª edição do Oscar, mar-cada para 28 de fevereiro em Los Angeles, terá apresenta-ção do humorista afro-ame-ricano Chris Rock, que, nos últimos dias, tem sido pres-sionado para boicotar a ceri-mônia. (Agência Lusa)

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 20168 | Mundo

Travestis comemoram entrada em universidades

Divulgação

O desembargador fede-ral Néviton Guedes, do Tri-bunal Regional Federal da 1ª Região, estendeu em 15 dias o prazo para o depó-sito da primeira parcela da indenização a ser paga pela Samarco e suas controla-doras, a Vale e a BHP Billi-ton, pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). O prazo fi-nal para o pagamento, pre-visto na ação civil pública ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no final de novembro, vencia na última quarta-feira (20).

Em 18 de dezembro, a Justiça havia determinado que o primeiro depósito de R$ 2 bilhões devia aconte-cer em um prazo de 30 dias. A decisão era uma resposta a um dos pedidos feitos pela AGU na ação em que pede pelo menos R$ 20 bilhões para reparação dos estragos socioambientais decorren-tes da tragédia. Segundo a AGU, o objetivo é usar os re-cursos em ações de conten-ção dos impactos, para revi-talizar a bacia do Rio Doce e indenizar as pessoas afe-tadas pelo desastre.

INDENIZAÇÃO

Justiça prorroga prazo para Samarco

Após Enem, travestis, mulheres e homens transsexuais esperam diálogo mais saudável

O Exame Nacional do Ensi-no Médio (Enem) de 2015

teve 278 participantes que pu-deram usar os nomes sociais para fazer as provas. Na últi-ma semana, com o resultado do Sistema de Seleção Unifica-da (Sisu), algumas dessas pes-soas - travestis, mulheres e ho-mens transexuais - puderam celebrar a aprovação e as no-vas perspectivas de vida com a entrada na universidade.

O espaço acadêmico ain-da é pouco ocupado por trans e travestis e a representativi-dade na universidade é, para Ana Flor Fernandes Rodri-gues, de 19 anos, fundamen-tal. A jovem, que é morado-ra de Várzea, bairro do Recife onde fica a Universidade Fe-deral de Pernambuco (UFPE), fez o Enem pela segunda vez

fora tem dificuldade de cap-tar algumas nuances da nos-sa realidade. Sendo sujeitos dessa produção teórica, a re-lação entre a teoria e a reali-dade tende a ser mais fácil. Não é uma garantia, mas ten-de a ser mais fácil”, explica a travesti de 28 anos.

NOME SOCIALApesar de não ter solicitado o uso de nome social para a prova, Amanda Palha foi cha-mada dessa forma durante a realização do exame. Ela afir-ma que o respeito é funda-mental para que as pessoas trans e travestis consigam fi-car mais tranquilas.

e teve a felicidade de ver seu nome entre os aprovados no curso de pedagogia. Para Ana Flor, esta é uma oportunidade de ampliar a visão que a so-ciedade tem da comunidade trans: “A pedagogia agora vai

ABr

Ana Elisa Santana do Portal EBC

fazer com que eu consiga fa-lar sobre mim”, explica.

A opinião é compartilhada por Amanda Palha, aprova-da em primeiro lugar para o curso de Serviço Social, tam-bém na UFPE. “O olhar de

No Enem, travestis, mulheres e homens transexuais usaram nomes sociais

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 2016 Brasil l 9

Para muitos é um refúgio para um breve descanso

no intervalo do almoço, ou para dar um tempo entre um compromisso e outro. Para outros, também é um lugar para correr e praticar ativi-dades físicas. O fato é que o Campo de Santana, no Cen-tro do Rio de Janeiro, sempre tem movimento de trabalha-dores e moradores da região.

Desde o ano passado o par-que está passando por uma reconstrução de seus jardins e árvores originais. O lugar exis-te desde 1790 e foi onde teve início a expansão da cidade.

Pouca gente sabe, mas o Campo de Santana foi proje-tado por um paisagista fran-cês, Auguste François Marie Glaziou. Entre os anos de 1873 e 1880 passou por uma super reforma, porém muitas das plantas da época já morreram.

“Estamos plantando as mes-mas árvores, nos mesmos lu-gares onde elas existiam, para que o Campo de Santana vol-te a ser o que era”, explica o ad-ministrador do parque, Auré-lio Rocha. Ele conta que já são mais de 120 espécies replanta-das. “Estamos convidando as pessoas para plantar uma ár-vore e receber o certificado de ‘Amigos do Campo de Santa-na’, para que elas continuem vindo aqui e exigindo que o poder público cuide desse lu-gar”, afirma Aurélio Rocha.

Na área, também é possível encontrar diversas espécies de animais, como cotias, ga-linhas-d’angola, gatos, patos-do-mato e pavões.

Campo de Santana passa por revitalização Administração do parque convida a população a plantar uma árvore e receber o título de amigo do parque

Fania Rodriguesdo Rio de Janeiro (RJ)

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

O parque foi tombado, em 1968, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INE-PAC) e, em 2012, pelo Institu-to do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

IMPORTÂNCIA HISTÓRICAConsiderado a maior área verde dessa região central da cidade, o Campo de Santa-na chegou a ser o marco divi-sório entre o campo e a cida-de, na época colonial. Com a chegada da corte portugue-sa, em 1808, o entorno pas-sou a ser ocupado e abrigar diversas chácaras.

Quem caminha pelo par-que não imagina que ele foi palco de grandes feitos his-tóricos. O espaço, que hoje serve como área de descanso dos trabalhadores, foi o local

Campo de Santana é um refúgio de descanso e lazer para quem mora e trabalha

no Centro do Rio

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 201610 | Cultura

Fotos: Stefano Figalo / Brasil de Fato

da aclamação do imperador Pedro I do Brasil e da Pro-clamação da República Bra-sileira, pondo fim à monar-quia. Assim o campo passou oficialmente a denominar-se Praça da República.

Quando surgiu, primeiro foi chamado de “Campo da Ci-dade” e “Campo de São Do-mingos” e depois, em 1753,

CULTURA NO PARQUEA localização privilegiada, pró-ximo ao centro comercial da cidade, faz do Campo de San-tana um lugar propício para abrigar festivais de cultura, de gastronomia e atividades de lazer. No último evento des-se tipo, o II Festival Campo de Santana, teve até troca-troca de livros e exposição de foto-grafia e arte.

Nos últimos meses o Cam-po de Santana recebeu tam-bém o 3º Festival Carioca de Contação de Histórias, visi-tas programadas do Rolé Ca-rioca, atividades culturais do Movimento Rio Ao Ar Livre, entre outras.

Justamente por ser a maior área verde da região, o par-que é considerado o pulmão do Rio, parecido ao Central Park em Manhattan (EUA). Contudo, a degradação da ci-dade acabou atingindo o lu-gar e com isso ele foi ficando com uma imagem negativa.

Uma das maiores queixas da população que vive no en-torno é a falta de segurança. Eventualmente acontecem as-saltos e consumo de drogas no interior do parque.

Estamos plantando as mesmas árvores, nos mesmos lugares onde elas existiam, para que o Campo de Santana volte a ser o que eraAurélio Rocha, administrador do Campo de Santana

ficou conhecido como “Cam-po de Santana”, porque era o nome da igreja nele construí-da, local de grande movimen-tação dos devotos. A igreja foi demolida em 1854 para dar lugar à primeira estação ferro-viária urbana do Brasil, a Es-tação Dom Pedro II, que hoje é a Central do Brasil. Antes, o parque se estendia por essa área também.

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 2016 Cultura l 11

Uma cena de beijo entre homossexuais escandaliza mais as pessoas do que uma cena de violência contra a mulher

Em janeiro de 2016 foi ao ar a minissérie “Ligações Pe-rigosas”. Uma cena envol-vendo uma cena de estupro deu o que falar nas redes. A polêmica já ocorreu há dias, mas ainda vale a pena reper-cutir. Impressionante a ve-locidade e o alcance dos assuntos hoje em dia pela internet e suas redes.

A cena polêmica aconte-ceu entre os personagens Augusto (Selton Melo – tem-pão que ele não dava as ca-ras na teledramaturgia na TV, devia aparecer mais) e Cecília (Alice Wegmann).  O rapaz, um galanteador ma-chista, invade o quarto da menina, fala de amor com ela, ri para ela, começa a acariciá-la, a chantageá-la, a ameaçá-la e, no final, a estu-pra sem qualquer possibili-dade de defesa.

A crítica foi bastante forte, e não é para menos. Li co-mentários que denuncia-vam apologia (defesa e in-centivo) ao estupro: a cena e o texto são muito fortes e violentos e a sensação de impunidade com que Au-gusto termina seu ato é ca-paz, de fato, de sugestionar a criminosa ideia de que o homem pode fazer o que ele fez com uma mulher. Li também que a cena eviden-cia a moral seletiva de nos-sa sociedade patriarcal e machista: uma cena de bei-

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela*

“Estupro romântico” não existe. É violência mesmo

dição de sujeito e de cidadã de direitos. O que Augusto fez não pode ser visto como “ah, é isso mesmo, naquele tempo podia”. Não! Os ho-mens ainda acham que po-dem, e fazem achando que está tudo certo, que não foi nada. Cena de estupro ro-mântico não dá para engo-lir, porque piora a indiges-tão do machismo latente em nossa sociedade.

Reprodução

O quê: Últimos ensaios do bloco D’águas em janeiro leva muita folia com ensaio aberto para qualquer um que toque instrumento e queira fazer parte da bateria.Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha. Quando: Terça (26) e quinta (28), 19h.Quanto: 0800

O quê: Última edição do projeto “Madrugada no Centro” apresenta a cena eletrônica de Berlim, uma das mais famosas no mundo, com o DJ alemão Jan Brauer.Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Quando: Sábado (30), às 23h.Quanto: 0800

O quê: Ensaio de bloco ao ar livre promete muito carimbó, cumbia e lambada, além de contar com barraquinhas e muita alegria.Onde: Rua do Ouvidor, 12 (atrás do Prédio da Bolsa de Valores, esquina com a rua do Mercado), Centro.Quando: Quarta (27), 20h.Quanto: 0800

O quê: Bloco de carnaval fundado por Zica Assis, do salão Beleza Natural, conta com bateria super dançante composta principalmente por meninas de cabelos cacheados.Onde: Rua Barão de Mesquita, Tijuca. Quando: Domingo (31), às 11h. Quanto: 0800

O quê: Desfilando em um trio elétrico personalizado, o bloco conta com apresentações de duplas sertanejas, convidados especiais e DJs.Onde: Saída do Forte de Copacabana, Posto 6. Quando: Domingo (31), concentração às 8h, saída às 10h.Quanto: 0800

O quê: Bloco de carnaval homenageia a cantora Preta Gil, garantindo bastante folia para quem já está a fim de curtir um carnaval antecipado com música boa e muita alegria.Onde: Avenida Presidente Vargas, Centro. Quando: Domingo (31), meio-dia. Quanto: 0800

Bloco da Preta

Bloco D’águas

Chora, me liga

Noites do Norte

Bloco das Cacheadas

Berlim é aqui

AGENDA DA SEMANA

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Tânia Rego/ABr

EBC

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jo entre homossexuais escan-daliza mais as pessoas do que uma cena de violência con-tra a mulher. Por isso os pudo-res da emissora com estas úl-timas cenas são, no mínimo, inexistentes, ao passo que a exibição de um beijo gay é mi-nunciosamente avaliada.

Ambas as críticas e qual-quer outra que se tenha fei-to à cena chocante querem mostrar que a violência con-tra a mulher não é natu-ral. Ela afeta a vida de mui-tas mulheres, o tempo todo, desconsiderando sua con-

Augusto e Cecília protagonizam cena de abuso sexual

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 201612 | Cultura

Variedades l 13

Mousse de doce de leite com cocoDiv

ulga

ção

Ingredientes

• 1 colher de sopa de gelatina sem sabor

• 1 colher de sopa de água filtrada

• 1 xícara de chá de doce de leite (+ou- 300 gramas)

• 1 xícara de chá de creme de leite (+ou- 300 gramas)

• 3 claras em neve

• Coco ralado sem açúcar a gosto

Modo de preparo

Misture o doce de leite, o creme de leite e o coco ralado numa tigela (use 1/2 xícara de chá de coco). Misture até ficar bem homogêneo, com uma espátula. Dilua a gelatina na água e deixe descansar por 1 minuto, depois leve para o microondas por 10 segundos ou ao fogo, misture bem até ficar líquida mas não deixe ferver. Adicione a gelatina já hidratada ao restante do creme e misture bem. Bata as claras em neve até ficarem bem firmes. Adicione um pouquinho da clara no creme e misture bem com a espátula, depois adicione o restante da clara misturando com cuidado de baixo para cima para não tirar o ar. Coloque a mousse em tacinhas ou copinhos e leve para a geladeira por pelo menos 3 horas. Tampe com filme para não ressecar.

Tempo de preparo30 minutos

Rendimento10 copos de 200ml

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Amiga, uso diariamente o protetor solar fator 60 no rosto. Me disseram que não faz di-ferença após o fator 30. É verdade? Qual é a diferença?

Laísa Campos, 21, estudante de psicologia.

Dúvidas? [email protected] Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Querida Laísa, esses pro-dutos possuem um Fator de Proteção Solar (FPS) variado. Nenhum prote-ge 100% e todos acima de 15 têm proteção seme-lhante (15= 94%, 30=96%, 60=99%). O que muda es-sencialmente com o FPS é o tempo que o produto te protege dos raios UVB, responsáveis pelo câncer de pele. Verifique quan-to tempo de exposição ao sol leva para que a sua pe-le, sem proteção, come-ce a ficar vermelha (quan-to mais clara a pele, menor o tempo). Pegue esse tem-

BOMBOU NA INTERNET AMIGA DA SAÚDE

po e multiplique pelo FPS do seu protetor e terá o tem-po que o produto lhe confe-re proteção. Por exemplo, se o tempo para ficar vermelha é de 5 minutos, com um pro-tetor FPS 15, terá 75 minutos de proteção, desde que bem

aplicado e que você não transpire muito, nem la-ve a pele. O FPS maior di-minuirá a frequência da reaplicação. Fique aten-ta, pois a pele do rosto é a mais sensível, sofrendo mais com os raios solares.

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 2016 Variedades l 13

Receita

14 | Variedades

Áries (21/3 a 20/4)Uma desavença poderá colocar uma amizade em causa. Se errou, é melhor refletir e pedir desculpas.

Touro (21/4 a 20/5)Através do diálogo possivelmente conseguirá resolver os problemas que podem aparecer em suas relações.

Gêmeos (21/5 a 20/6)Se está só, é possível que conheça a pessoa que vai fazê-lo feliz. Mantenha a calma e ouça mais.

Câncer (21/6 a 22/7)Dê mais liberdade ao seu parceiro. Procure evitar momentos de angústia na relação durante este período.

Leão (23/7 a 22/8)Terá tendência para estar mais só. Talvez seja melhor chamar um amigo para sair e descontrair um pouco.

Virgem (23/8 a 22/9)Deixe o ciúme de lado e tire mais partido da sua relação. Nem sempre o ciúme é algo necessário.

Libra (23/9 a 22/10)Pode sentir-se mais sensível. Explique claramente o que se passa ao seu parceiro e recupere a harmonia.

Escorpião (23/10 a 21/11)Faça um esforço para dar mais atenção ao seu parceiro, as pessoas gostam de que reserve um tempo para elas.

Sagitário (22/11 a 21/12)O amor deve ser alimentado para crescer forte. Palavras doces e gestos de ternura são indispensáveis.

Capricórnio (22/12 a 20/1)Um amigo pode estar mais sensível. Dê-lhe uma dose de carinho extra e ofereça um pouco de assistência.

Aquário (21/1 a 19/2)Não se deixe manipular pelos seus próprios pensamentos. Para que o estresse não o derrube, alimente-se bem.

Peixes (20/2 a 20/3)Para uma relação ser equilibrada, há que dar e receber. Diga ao seu parceiro que sente falta de atenção.

HORÓSCOPO FASES DA LUA

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Cheia 31/1

Minguante 1/2

Nova 8/2

Crescente 15/2

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 201614 | Variedades

Ricardo Cassiano/PCRJ

A proliferação de casos de doenças causadas pelo mosqui-to Aedes Aegypti, em especial o vírus Zika, tem dado dor de ca-beça aos membros do Comitê Organizador dos Jogos Olím-picos do Rio 2016, o CO-Rio.

Buscando prevenir problemas durante o evento, o CO-Rio tem tomado providências para ga-rantir a saúde dos participantes e espectadores dos Jogos. Ins-peções diárias vêm sendo feitas

CO-Rio demonstra preocupação com ZikaComitê Organizador dos Jogos inspeciona instalações olímpicas

pela equipe médica da Olim-píada, que tem acesso a todas as autoridades em saúde dos governos em todas as esferas.

A preocupação surgiu após o Centro de Controle de Doen-ças e Prevenção dos Estados Unidos recomendarem às es-tadunidenses grávidas não viajarem ao Brasil, por conta da microcefalia que acomete os fetos cujas mães foram con-taminadas pelo Zika. (BP)

A Federação Internacional de Basquete (FIBA) divul-gou as sedes das competições pré-olímpicas que definirão as últimas vagas que disputa-rão os Jogos Olímpicos do Rio 2016, tanto no masculino co-mo no feminino.

As competições masculinas

FIBA define sedes de pré-olímpicosEscolha acabou com as chances do alemão Dirk Nowitzki vir ao Brasil

ocorrerão na Itália, Filipinas e Sérvia, enquanto a femini-na acontecerá na França. De cada torneio entre os homens, sairá um classificado para os Jogos. O feminino dará cinco vagas para o torneio olímpico.

A Alemanha, que pleitea-va sediar uma das competi-

ções masculinas, está defini-tivamente fora dos Jogos. A péssima campanha no Cam-peonato Europeu não garan-tiu lugar aos alemães na com-petição pré-olímpica. Sediar o evento seria a única chance de poder lutar por uma vaga no Rio. (BP)

“Fura-greve” dis-pensada

O escorpião é um bicho assustador. Seu ferrão vene-noso pode até matar uma pessoa. Mas conhecendo alguns hábitos do bicho, é possível saber que ele tam-bém é bem pouco inteligente.

Uma causa frequente de óbitos de escorpiões é o sui-cídio. O bicho não tem mui-to controle sobre o seu fer-rão. Na ausência de um pé distraído para ferroar, mui-tas vezes ele dá uma fer-roada em si mesmo e passa dessa para melhor.

A deliberação do Conselho Arbitral do Campeonato Ca-rioca, que conta com a FERJ e os 16 clubes da primeira di-visão, de proibir a partici-pação de qualquer clube filiado à Federação na cha-mada Primeira Liga neste ano é um desses casos de ferroada na própria nádega.

A ameaça de processo junto à FIFA para clubes que jogarem a tal Liga é ví-tima do próprio argumen-to usado pela gangue que domina o futebol brasilei-ro e carioca.

O tal artigo 217 da Cons-tituição Federal, que dá au-tonomia a entidades de ad-ministração do esporte que não operam com dinheiro público, é a carta na manga dessas máfias que “cuidam” do nosso futebol.

Como só recebem de pa-

O ferrão do escorpião

trocinadores privados, se lambuzam com a grana do futebol e não estão sujeitos ao controle público.

E não é que o argumento utilizado pela Liga para de-fender os clubes cariocas que participarão da competição, além da Lei Pelé, que possi-bilita a criação de ligas inde-pendentes, é o tal artigo 217 da Constituição Federal?

Pois é. Se a Liga é indepen-dente, então possui admi-nistração própria e, conse-

Como só recebem de patrocinadores privados, se lambuzam com a grana do futebol e não estão sujeitos ao controle público

Instalações olímpicas são vistoriadas por equipe médica dos Jogos

O Corinthians/America-na dispensou a pivô Claris-sa. Ela não aderiu ao boi-cote à seleção brasileira de basquete feminino organi-zado pelos clubes da Liga de Basquete Feminino, lidera-dos principalmente pelo próprio Corinthians.

Várias jogadoras dos clu-bes brasileiros não atende-ram à convocação do treina-dor Antônio Carlos Barbosa para o evento-teste da Are-na Carioca 1, que ocorreu no final de semana anterior.

Clarissa tem contrato com o Chicago Sky, da WNBA, mas só retornará aos EUA em abril para a pré-tem-porada. Até lá ela não pode atuar em nenhuma outra equipe brasileira.

Rubens Lopes pode cair na própria armadilha de sua turma

quentemente, autonomia.Podem também dar pou-

ca satisfação sobre o dinheiro que rola na Liga, assim como CBF e federações estaduais, como efeito colateral do ar-tigo. Mas possibilita que Fla-mengo e Fluminense deem uma banana para a FERJ.

A que não deram para a Glo-bo no episódio da escalação de times reservas no Carioca.

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ção/

CBB

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

Uma reunião na sede da CBF serviu para amenizar

a relação entre a Federação de Futebol do Estado do Rio de Ja-neiro (FERJ) e os clubes “dissi-dentes” do Campeonato Cario-ca, Flamengo e Fluminense.

A situação de ambos os clu-bes ficou mais complicada após a reunião do Conselho Arbitral do Carioca 2016, for-mado pela FERJ e os 16 clubes da primeira divisão. O en-contro deliberou, sem a assi-natura da dupla Fla-Flu, que qualquer clube do Rio que participasse da Liga poderia ser punido.

Os clubes que compõem a Primeira Liga se mostraram solidários aos clubes cario-cas, mas procuraram uma saída negociada para a situa-ção, diante da ameaça de ju-dicialização da questão.

Em diálogo com Rubens Lopes, presidente da FERJ, ouviram que a Federação li-beraria duas datas para os cariocas na Liga. Apesar de

Bandeira ameniza e Kalil detona LigaReunião na CBF aproxima Liga e FERJ, enquanto Kalil diz que Liga “acabou”

Alexandre Kalil cutucou Bandeira de Mello: “a Liga acabou”

ainda estar aquém das sete datas propostas pelo calen-dário da Liga, os clubes saí-ram satisfeitos da reunião.

Quem não gostou do resul-tado das negociações entre a Liga e a FERJ foi o ex-CEO da Primeira Liga, Alexandre Kalil.

Em sua conta no twitter, Kalil foi duro em sua avalia-ção do encontro e disparou, mesmo que indiretamente, contra Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamen-

go. Disse que “a Liga acabou” e ainda afirmou que foi vítima de uma “conspiração” para ti-rá-lo das negociações.

Bandeira demonstrou con-fiança no presidente da Liga e do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, que negociou pelos membros da Liga. O presiden-te do Flamengo é tido como um dos grandes responsáveis pela recondução de Gilvan ao comando da Liga, assim como a queda de Kalil.

A diretoria do Botafogo desmentiu a história, publi-cada em uma conta pessoal de uma rede social de uma torcedora, de que o progra-ma de sócios torcedores “Sou Botafogo” só será rea-tivado em março.

A torcedora publicou uma

Botafogo garante ST antes de estreiapostagem indignada com a demora na retomada do pro-grama. Ela teria obtido esta informação após compare-cer pessoalmente à sede do clube, em General Severiano. O site para cadastramento de novos sócios torcedores está fora do ar no momento.

O vice-presidente de comu-nicação do clube, Márcio Padi-lha, disse ao Globoesporte.com que o programa será retoma-do antes da estreia da equipe no Carioca, contra o Bangu, no dia 30 de janeiro. O problema decorre da troca de empresas que ad “Sou Botafogo”. (BP)Programa, que passa por reformulação, existe desde 2013

Apesar de todos no Flu-minense garantirem que o ídolo do time, o atacan-te Fred, está bem, ele não participou dos dois com-promissos do tricolor no torneio disputado nos Es-tados Unidos, a Florida Cup, contra Shakhtar Do-netsk e Internacional.

A razão para poupá--lo, segundo o treinador Eduardo Baptista, foi um desconforto na pantur-rilha direita do jogador. Baptista disse que a deci-são foi tomada conjunta-mente pelo próprio Fred,

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Mailson Santana/Fluminense

Nelson Perez/Fluminense

Fred é preparado para estrear na Liga

a comissão técnica e o depar-tamento médico do clube.

O atacante participou nor-malmente de quase todas as atividades de pré-tempora-da com o restante da equipe, mas na última hora sentiu o problema. Por precaução, pas-sou a realizar atividades de re-cuperação em separado.

No entanto, a expectativa no clube é que o atacante es-teja totalmente recuperado e liberado para estrear na tem-porada de 2016 contra o Atlé-tico-PR, na rodada inicial da Primeira Liga, no dia 27.

O clube ainda não confir-ma, mas busca uma alternati-va de local para realizar a par-tida. O mais provável é que o confronto aconteça em Cuia-bá, na Arena Pantanal. (BP)

Fred se prepara para estrear na Primeira Liga, contra o Atlético-PR

Atacante ficou de fora dos dois jogos do Flu na Florida Cup

Rio de Janeiro, 25 a 27 de janeiro de 201616 | Esportes